quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

CRÍTICA: VICKY CRISTINA BARCELONA / Na Espanha, faça como os americanos

Ah, o peso do mundo nos ombros dos homens...

Quando eu era adolescente e eu fantasiava sobre o homem que se apaixonaria perdidamente por mim e vice-versa, aquele com quem eu iria transar no chão da cozinha, ele sempre tinha uma profissão que lhe permitisse ficar em casa o tempo todo, tipo pintor ou escritor. Não, pensando bem, escritor não, que escritor tem dessas frescuras de se trancar num quarto. Pintor mesmo, que era mais romântico. Legal saber que o Woody Allen tem as mesmas fantasias que eu tinha aos 15 anos. Claro, estou falando de Vicky Cristina Barcelona, que eu gostei, pero no mucho. Tem tanta gente tão entusiasmada com esse filme! Eu só pude pensar que talvez ele me dissesse alguma coisa vinte anos atrás, quando eu ainda sonhava com o pintor.
Já a Lolinha de hoje achou o roteiro peguiçoso. Quer dizer, é tão tranquilo assim fazer um filme? Pegue uma narração em off insistente, junte uma musiquinha repetitiva, ponha uma pitada de atores bonitos, misture com um cenário deslumbrante, e habemos Chester, é? Vicky é um pouco sobre o puritanismo americano vs. a liberalidade européia. Mas é também sobre a facilidade de ser homem vs. a dificuldade de ser mulher. Pensa só: a Cristina (Scarlett Johansson) não sabe o que quer e só descobre o que não quer. A Vicky (Rebecca Hall, que fazia a mulher do Christian Bale no excelente O Grande Truque) já está frustrada aos vinte e poucos anos. Vai repetir a triste sina da personagem da Patricia Clarkson. E Maria Elena (Penélope Cruz) está tão desesperada que tenta o suicídio. Enquanto isso, temos Juan Antonio (Javier Bardem), que só quer se apaixonar, e que é tão seguro de si que chega numa mesa de restaurante e já convida logo duas americanas pra transarem com ele. O marido da Patricia só quer jogar golfe. E o noivo da Vicky está feliz e não nota nada ao seu redor. O único personagem masculino ligeiramente angustiado é o pai de Juan, mas mesmo este contenta-se em ter fantasias sexuais com sua ex-nora. Seu filho quer apenas aceitar que a vida não faz sentido e aproveitá-la. Mas isso vindo de alguém que não sei por que cargas d'água acha a vida chata e dolorosa.
E sim, os personagens que dão vida à película chamam-se Juan Antonio e Maria Elena. Eu sou a única que acha estranho chamar as pessoas por dois nome? Se eu conhecesse um Juan Antonio, eu provavelmente o chamaria de Ju, ou, se ele fosse nos moldes do Javier Bardem, de Gostosão. Mas esses nomes compostos seriam usados apenas quando eu ficasse muito, muito brava com a pessoa. Por exemplo, se eu saísse com o Gostosão e ele ficasse falando da ex o tempo todo, eu gritaria: “Juan Antonio, pode parar já com isso! Nem que a sua ex seja a Penélope Cruz eu quero ouvir falar nela!”.
As primeiras quinze vezes que Juan Antonio diz pra Maria Elena falar inglês são até legais. É uma lembrança pros diretores de cinema de todo mundo: não importa onde vocês estiverem filmando, os atores têm que falar inglês, porque americano é uma besta que não lê legenda. Trata-se de uma prova de imperialismo que espanhóis tenham que falar inglês até na Espanha, porque as turistas americanas (uma delas estudante de cultura catalã) não fazem o menor esforço pra aprender a língua local, nem passando meses de férias por lá.
Outra coisa que eu acho esquisita é que o Woody tem fama de não dirigir seus atores. Mas aqui, mais que em outros filmes, eu senti todos muito “woodianos”. Percebi mais na cena em que a Patricia Clarkson (normalmente uma ótima atriz, como em À Espera de um Milagre) conversa com a Rebecca Hall e mexe mais a cabeça que alguém tendo um ataque epiléptico. Ela tá cheia dos tiques. Mas quase todos fazem isso, talvez porque seja o que o Woody faz quando atua. Acontece que nele fica bem. Aliás, os críticos estão babando pela atuação da Penélope - eles acabam de dar-lhe um prêmio de melhor atriz coadjuvante no ano -, mas eu não achei grande coisa não. Eu já vi pessoas neuróticas de perto, e nunca as achei sedutoras.
Vicky também contém críticas ao modo de vida yuppie. É um pouco hipócrita da parte do Woody criticar os ricos quando ele é milionário faz mais de quarenta anos. Sério, ele já era rico antes de fazer seu primeiro filme. Ficou rico já com o stand-up comedy. Ou será que ele se considera um boêmio desgarrado só porque toca jazz às segundas-feiras? Mas eu gosto como o Woody não é sempre o mesmo. Tudo bem, durante toda a sua vida ele enfocou cenários de classe alta. Mas em Ponto Final havia uma preocupação financeira, já que aquela é a história de dois alpinistas sociais, e há a sugestão de que o único meio de galgar posições é através de crimes e imoralidades. E em Sonho de Cassandra a obsessão com dinheiro fica ainda mais evidente. Pra mim deu a impressão que os dois irmãos passam metade do filme só falando no vil metal. Nesse sentido, é um Woody muito diferente. Agora, com Vicky, voltamos ao mundo do “dinheiro não é problema”. Não vemos ninguém pagando alguma coisa, nem algodão doce, nem aviãozinho particular, nem hotéis e restaurantes cinco estrelas, nem concertos de grandes violinistas. Uai, por que mesmo que eles acham a vida chata e dolorosa?

77 comentários:

Daniel Olivetto disse...

Primeirão do Dia!

Ah Lola! Eu gostei tanto! Eu até concordo com as questões do tipo "dinheiro não é problema" ser um pouco exaustiva, até porque eu tava com um saco de pipoca que custou mais caro que o ingresso e isso é uma injustiça perto daquala gente tomando vinho bom em lugares fantásticos. Mas acho que o final dá uma patada neles, voltando pra casa infelizes no amor... O Woody - mesmo sendo milionário - deve entender bem disso [he he he]

Acho a melhor atuação a da Rebecca Hall, por representar bem esse puritanismo - e excesso de teorias sobre o amor - do americano xaropão! A Penélope achei ótima, mas digamos que com um personagem daquele tava fácil até pra Lindsay Lohan...

Concordo com o filme ter como temas o puritanismo vs. liberdade pélvica européia, mas, digamos que isso deve se resumir à Espanha e Itália [na Inglaterra e França não deve ser tão fácil, rsss]. Mas, onde o filme me pega mesmo é em falar sobre a falência das relações amorosas [tema nada novo, by the way]. Parece ser um filme "sobre a dificuldade de se definir o que é o amor". A Cristina fala isso sobre o filme que ela dirige [naquela cena de jantar ela diz isso da dificuldade de se definir o que é o amor]. Na verdade é o contrário, todos eles sabem definir muito bem o que é... mas vão acabar vendo que definir não é compreender... Gostei disso no filme!

Legal ler tua crítica [não tinha pensado em várias destas coisas]!

Giovanni Gouveia disse...

Não sei se amo as tuas críticas, ou me odeio por ser cinefilo e não poder ir ao cinema com a freqüência que gostaria (Danton não é a única razão, diga-se de passagem)...
Sobre ter dois nomes, alguns nomes "casam" outros não, Giovanni José é, definitivamente, dessas combinações que não casam rsrsrsrs
Sobre falar outro idioma minha Cris, que é english teacher, diz que não fala em inglês com gringo aqui no Brasil não, a menos que seja a trabalho...
Mas isso não é exclusividade de USAns, tenho alguns amigos virtuais de outras nacionalidades anglófonas que afirmam não conseguir aprender outro idioma...
Sobre Woodie, não sei como é a vida particularíssima dele, mas ele não aparenta ser daqueles ricos de "nariz em pé". OU seja, há ricos e ricos

Lúcia Soares disse...

Nem vou falar do seu ótimo texto, pq não vi o filme, ainda.
Mas sobre nomes duplos posso falar.Meu nome é duplo e é exatamente assim: quando falam "normalmente", é apenas Lúcia. Quando querem me "xingar" ou se exaltam comigo, vão logo no duplo. Passei anos detestando meu nome, por causa disso. Hoje já consigo achar engraçado...

Anônimo disse...

Mas Lola, pensa bem, só rico tem crise existencial, os pobres estão mais preocupados em trabalhar para pagar as contas e conseguir sobreviver, no final do dia estão tão cansados que nem dá para ficar filosofando sobre a vida, o universo e tudo mais.

Anônimo disse...

Pois é Lulu. A impressão que me deixou o filme é que o W A ficou tão deslumbrado por Barcelona, a Penélope e o Bardem que todo o filme ficou meio que uma celebração da cidade e das personagens espanholas. E se perdeu no tratamento das outras personagens. Meio sem humor também, o que é insólito em se tratando de W A. Muito solene pra meu gosto. E com tanta gente bonita e uns decorados desses. Um filme travado, é isso. Eu queria tanto gostar do filme, tem tudo pra gostar. Mas não da. Quer dizer, da pra ver, mas não pra rever. Talvez seja uma homenagem a Almodóvar, sei lá. Nelly

Ju Ribeiro disse...

lola, você viu essa pérola do presidente do fluminense?

http://www.bobnews.com.br/noticias/rene-ganhou-prata-com-mulheres-de-2-neuronios-diz-cartola-do-flu-26698.html

Raiza disse...

Eu vi esse filme tem pouco tempo,e também não me empolguei não,li várias críticas nos jornais e todo mundo adorando,dizendo que é sobre a busca da felicidade,impedimento moral e o escambau.Bom,eu achei simplesmente chato.
Obs:Todo vez que eu penso no homem ideal eu também imagino um que possa trabalhar em casa.Estranho não?

Tina Lopes disse...

Ih, Lola, não poderia discordar mais. Só não o faço porque estou no meio do trampo e a coisa tá pegando. Mas no geral achei que o Woody foi bastante zombeteiro conosco, público, ao brincar com grandes clichês e revertê-los; achei sim o personagem de Bardem triste, e com razão - não vejo porque os ricos não possam amar e viver deprimidos se não se realizam no amor e na profissão (afinal, a influência da Penelope em sua obra era praticamente uma sombra); adorei a personagem da Scarlett, pra mim a personificação do "só sei que nada sei" e do quanto são enganosas as nossas convicções; prova disso é o mergulho numa relação inexistente dado pela Vicky. Enfim, vi muita coisa boa no filme, e não foi Barcelona, que aí sim achei ter sido filmada burocraticamente, mas ora, se eu quiser conhecer a alma da cidade ligo o Travel Channel. Hoje te achei meio implicante e a crítica meio cri-cri demais pra quem gosta de Mamma Mia... (hahahaah, ok, essa comparação foi sacanagem). Bj.

Margot disse...

concordo totalmente com a tina lopes. muitas vezes eu acho que você analisa demais os filmes, pega tudo MUITO ao pé da letra (tipo fiquei totalmente rolling my eyes pra ti naquela crítica do fight club. enfim - às vezes é preciso agree to disagree, I guess...). Dentro do seu gênero, achei vicky cristina ótimo!

bjos!!

Adriana Riess Karnal disse...

Não vi o filme, mas ele vale pelos seus comentários, tipo transar na cozinha, o gostosão, enfim, o que parece ser unviversal aos 15 anos.
Agora me empolguie para ver, estranho é isso.Só o amor constrói?rs

lola aronovich disse...

Daniel, não, eu sei que falar do “dinheiro não é problema” é implicância minha, até porque num filme do Woody dinheiro quase nunca é problema mesmo, e também porque não é só nos filmes dele. Quantas vezes a gente vê algum personagem num filme pagando táxi, por exemplo? Se vemos, é sempre saindo correndo do táxi, deixando o troco todo com o motorista. Não é real. É raríssimo ver um filme made in USA em que dinheiro seja problema.. E acho que o filme dá uma patada nos personagens o tempo todo, não apenas no final. Aliás, algo que achei interessante é que ele não endeusa nenhum dos personagens. Depende de nós, do público, encarar o que o Javier Bardem diz como grandes tratados da filosofia ocidental ou como pura besteira. Eu só penso que tem uma parte do público que vai achar o Juan Antonio um gênio meio que instantaneamente, mas aí a culpa não é do Woody. Gostei da Rebecca Hall. O papel dela tem muito mais nuances que o da Scarlett ou da Penélope. É um papel mais difícil, e ela se sai bem. Mas às vezes senti que ela mexe demais a cabeça, como se fosse o Woody atuando num de seus filmes.
Muito interessante o que vc fala sobre definição e compreensão do amor no filme. Gostei! Só acho que o Woody podia ter mostrado isso num roteiro menos preguiçoso.

lola aronovich disse...

Gio, obrigada pela parte que me toca. Se o Danton não é a única razão pra vc não ir ao cinema, por que não tenta ir mais? Sei que é difícil, com filho pequeno, e por isso pensei que ele fosse o único motivo. Mas vc mora em Recife, que tá cheio de cinemas, inclusive cinemas de arte... Vá mais!
Sobre falar inglês no Brasil, eu não posso falar nada porque sou uma English teacher também e acho que os turistas devem ser bem tratados. Conheço vários americanos que vem passar um tempo no Brasil e sempre falo inglês com eles, sem problemas (inclusive porque me senti muito mal em Moscou porque não sabia russo e ninguém falava inglês - mas convenhamos, inglês é mais “universal” que russo). Geralmente esses amigos PEDEM pra gente falar português, porque eles querem aprender a língua. Eu vejo muito americano querendo aprender português quando está no Brasil, querendo conhecer nossos costumes. Eles têm grande curiosidade mesmo, de maneira geral. Mas a personagem da Scarlett não faz nenhum esforço pra aprender espanhol, notou? E a da Rebecca, bom, pra mim foi um pouco chocante que ela estudasse cultura catalã sem nem falar espanhol (não falar catalão eu entendo). E sobre o Woody, o cara vive em Manhattan e é milionário. Eu gosto muito dos filmes dele. Como pessoa, ele deve ser bastante insuportável (hipocondríaco, maníaco por limpeza, distante dos filhos, sem falar do escândalo todo com a Mia Farrow). Mas ele tem todo o direito de criticar o modo de vida yuppie mesmo sendo um...

hugo disse...

Talvez eles achem a vida chata e dolorosa mesmo com dinheiro,porque a vida não se resume só a isso não é?Não adianta ter bastante dinheiro e ser desencantado com o amor.

lola aronovich disse...

Lúcia, vá ver o filme, tá? Vale a pena! E sobre nome duplo, eu não gosto de nomes duplos! Sei que são comuns, mas pra mim soa tão formal e desnecessário. E aí a pessoa fica com uma penca de nomes. Mas é isso mesmo, né? A pessoa só chama pelo nome inteiro quando está zangado. Se não, é um apelido. Achei isso esquisito no filme. Será que na Espanha é diferente?


Débora, tá, eu sei que é meio preconceito meu dizer que pobre não tem crise existencial. Acho que tem, sim. Pobre tem depressão. Mas acho que tem menos tempo pra pensar nisso. Existem preocupações existenciais que pra mim soam como preocupações burguesas (e não digo que não deveriam existir. Só que essas pessoas devem entender que são privilegiadas).

lola aronovich disse...

Pois é, mãe, eu, por um lado, achei que o Woody ficou deslumbrado com Barcelona, mas, por outro, não achei as tomadas da cidade tão esplendorosas assim. Quer dizer, tem filmes com fotografia muito mais bonita, não? Eu acho que me incomodou a figura do narrador. Muito blasé, mas ao mesmo tempo sem muito humor. Talvez, se fosse mais escancarado... Mesmo assim, eu acharia preguiçoso se continuasse tendo narração em off o tempo inteiro, mesmo que o narrador tivesse mais personalidade. Mas seria interessante falar do filme pensando no Almodóvar. Eu não li nada do Almodóvar falando do filme. Vi só quando a produção foi anunciada, e o Almodóavar pareceu ter uma pontinha de ciúmes. Disse que o nome do filme não significava absolutamente nada (e tem razão).


Ju R, obrigada pela pérola! Que lindo, né, dizer que mulher tem dois neurônios e insinuar que as nossas jogadoras de futebol só conseguiram vencer a Olimpíada de 2004 porque tinham um treinador homem... Não entendo: não dá pro bundão elogiar o treinador sem ofender as jogadoras e todas as mulheres? Tem que fazer gracinha em cima de tudo?

hugo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vitor Ferreira disse...

Eu gostei do filme. Acho que as pessoas se empolgam porque ele é acima da média no geral. Gostei da Penélope. Uma neurótica divertida, como nos filmes do Almodóvar. Ela desponta como provável vencedora do Oscar e é a melhor coisa do filme. O filme sem ela antes fica chato. E a narração é irritante. Fala muita coisa desnecessária. A Vicky é insuportável. Ela é a personagem que o Woody Allen normalmente fazia nos seus filmes. E eu detesto as neuroses dele. Annie Hall eu odiei. Não consegui me entreter com a chatice do Woody. Um porre, intolerável (ele e o filme)! O meu favorito dele continua sendo A Rosa Púrpura do Cairo.
Uma coisa que eu notei é que ninguém trabalha no filme. Devem nadar em dinheiro, até porque Barcelona é uma cidade caríssima.

Elisa disse...

Lolinha,

Uma coisa que ninguém disse ainda e que me marcou no filme foi como a insatisfação está presente na vida do ser humano. Até aquela musiquinha repetitiva que vc cita fala sobre insatisfação também, né?
Soube de uma amiga que esse filme foi encomendado pela própria cidade, mas não consegui saber se isso era mesmo verdade.

Não posso dizer que achei o filme ruim, mas alguns diálogos são bem previsíveis e pobrinhos, sobretudo nas cenas em que o Javier Barden está flertando com alguém.

Gostei da Penélope Cruz. Entre eles, para mim ela se destacou. Adorei a cena em que ela se desespera com a partida da Vicky. A única coisa que não me agradou muito foi perceber que ela era o "ingrediente humorístico" de algumas cenas, a pessoa-desequilibrada-ridícula-engraçada, sabe? Isso eu não achei muito legal.

Vitor Ferreira disse...

Quanto aos nomes duplos, eu me acostumei porque eu assistia muita novela mexicana quando era criança. Eu me divertia com os exageros. Não sei na Espanha, mas na América Latina os nomes duplos parecem ser muito comuns. Meu irmão tem nome duplo e um apelido. Meus pais só chamam os dois nomes quando está com raiva. Já o meu só a entonação muda...
E você achou filme bem parecido com Almodóvar? Eu achei... Ficou bem diferente do que o Woody costumava fazer. Acho interessante ele se reinventar à essa altura. Uma coisa bem Madonna!

Anônimo disse...

"Eu já vi pessoas neuróticas de perto"

todo dia! no espelho!!! huahuhaahahahahahahahahah!

jose-

Anônimo disse...

Eu ainda não vi mas estou cheio de curiosidade. Vale só pela boquinha da scarlet.
Já estreou por aí o dia em que a terra parou? Por aqui já, quem viu o trailer já viu o filme todo...porque toda a gente tem medo de aprofundar a história quando ela parece boa? Porque toda gente fica pelo arrasa quarteirão e não faz um pouco mais como fez o cavaleiro, não é?
Mesmo assim, com um papel fraquito, Jennifer connoly continua sendo a minha preferida.

Acho que essa história de americano que não se importa por outras culturas está mudando, lentamente, mas acho que está. Em lugares como California e NY muita gente fala espanhol também, e em Miami nem se fala, digo, se fala muito. Em sevilha tem uma escola americana própria para intercambio, são mais de 10.000 americanos passando o verão lá só para aprenderem a lingua. Que coisa não é? Quero aprender a falar holandês, então vou viver três meses na Holanda, fácil assim? E sei lá, os maiores turistas que veem para Europa são os Americanos e os japoneses. As cidades são invadidas por eles, e querem saber tudo. Talvez não seja todo americano com condições para viajar assim, mas que um estilo europeu faria bem para eles faria.
E problema de amor parece os únicos que os milionários possuem.

lola aronovich disse...

Princesa, eu não achei o filme chato em nenhum momento, mas também não achei nenhuma maravilha. Fiquei decepcionada porque gosto muito do Woody e esperava mais. Interessante isso do “homem ideal” poder trabalhar em casa, né? Claro: a gente quer um homem que esteja sempre à disposição.


Oi, Tina! Obrigada por discordar. A gente viu coisas diferentes no filme. Eu não vi um Woody zombeteiro e muito menos revertendo grandes clichês. Não gostei da personagem da Scarlett. Ela, a Scarlett, é a atriz mais criticada do filme pelos críticos em geral. Dizem que ela é insossa, sem luz (apesar do brilho dos cabelos), que não está à altura das outras atrizes, mas eu - que não costumo morrer de amores pelas interpretações da Scarlett - achei que o problema é mais da personagem que da atriz. Ela é a que menos se desenvolve. Ok, nem todo personagem precisa se desenvolver, mas nas outras temos algumas nuances. A Scarlett chega com o “só sei que nada sei” e continua assim até o fim. Ah, e Mamma Mia é totalmente despretensiosa, ao contrário de Vicky... E perceba que eu só gostei mesmo de Mamma Mia na segunda vez que vi o filme. Na primeira fui bem cri-cri também. Quem sabe quando eu vir Vicky novamente eu seja mais tolerante...

lola aronovich disse...

Mi, eu nem disse que não gostei de Vicky! Só disse que não gostei muito. Mas sobre “analisar demais” os filmes, é justamente o que eu tento fazer. Eu podia ficar só na superfície e fazer resuminho de trama e não falar mal de filme algum só pra não correr o risco de ofender algum leitor, como tantos “críticos” costumam fazer. O meu estilo de análise invariavelmente fará com que alguns leitores me achem exagerada e cri-cri, e fará com que eles/as roll os olhos. E nem sei o que é “pegar muito ao pé da letra”, juro. Eu tenho que ignorar alguma coisa que eu achei que o filme passou? Eu nem mencionei na crítica, porque é uma coisa pequena, mas sabe uma coisa que achei estranha e que me incomodou um pouco? Na cena em que o Juan Antonio e a Vicky estão num jardim e vão transar, a câmera corta logo depois de um beijo ardente, mas antes fica em câmera lenta, e aí corta quando os dois “caem” no chão. Essa câmera lenta eu achei mais que canastrona. Achei que remete a filmes em que há estupros. Eles geralmente são filmados assim: a câmera lenta mostra o homem derrubando a mulher, e corta. Enfim, essa foi a minha impressão. Não significa que o Woody filmou assim pensando nisso, ou que outras pessoas vão ver assim. Mas foi a minha leitura.

lola aronovich disse...

Adriana, ah, quer dizer que essas coisas são universais aos 15 anos? É bom saber! Pensei que fosse só eu. Sobre transar na cozinha, sempre me lembro do diálogo de Harry e Sally. Sempre! Em que a Sally diz porque que o cara que morava junto com ela há anos não queria casar ou ter filhos: se tivessem filhos, não poderiam ir a Europa a cada momento, nem transar no chão da cozinha. Só que aí ela lembra que eles só foram a Europa uma vez e que nunca transaram no chão da cozinha, porque ele é muito frio. Eu adoro esse diálogo. Mas quanto a Vicky, veja sim, vale a pena.


Hugo, é verdade, mas não dá pra negar que três quartos do planeta adorariam ter a vida “chata e dolorosa” que os personagens do Woody têm...

Leila disse...

oi Lolita,
desculpe a ausência de comentários.
Meu pc pifou :( e sempre usava o do meu namorado para ler o blog, isso quer dizer q toda a vez ele tava do lado e eu odeio escrever algo para alguém (no caso você), e o zoiudo atrás lendo. This is just wrong.
...
Não assisti esse filme, mas assisti outros do Woody e li alguns livros. Eu acho ele fenomenal, um humor único, nao aqueles pastelões (ou diria papelões) americanos típicos. Milionários sim, mas ao menos exótico, acho que é isso que tem de tão especial nele. Eu diria até ousado.
Recomendo: Cuca fundida.

Tina Lopes disse...

Eita, é hoje. Além de ter curtido mais a Scarlet que as outras duas, eu a-do-rei as cenas de sexo - só no beijão! Vou voltar pra burocracia do escri e parar de te incomodar, hahaahah. Bj.

lola aronovich disse...

Vitor, então, eu não achei a Penélope uma neurótica divertida! Não a achei engraçada. Totalmente diferente das neuróticas em Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, por exemplo. Mas concordo que ela dá energia ao filme. A narração em off eu achei totamente over, inclusive porque, como vc diz, ela narra muito que a gente pode ver. Fica desnecessária sim em várias partes. Não achei a Vicky insuportável. Ela não é o personagem que o Woody faz porque ela não tem humor. Eu rio das neuroses do Woody. Da Vicky não. Eu adoro Annie Hall, Rosa Púrpura, e vários outros.
E sobre não trabalhar... O tipo de classe social que o filme enfoca não é uma classe que precisa trabalhar.


Elisa, tem razão, o filme fala bastante dessa eterna insatisfação. A musiquinha repetitiva fala disso tb? Eu nem percebi! Não é que o filme tenha sido “encomendado” por Barcelona, mas o Woody está precisando de financiamento pros seus filmes, e nos EUA está cada vez mais difícil de conseguir, porque eles só visam lucro, e americano não vê filme do Woody (que é sucesso na Europa). Então acho que ele está negociando com vários lugares (e mal ao turismo de Barcelona, o filme certamente não deve fazer). Eu li que o Rio pode ser seu próximo cenário!
Eu ri em tão poucos momentos no filme... Nem lembro de ter rido da Penélope. Eu até achei interessante que o filme não se define como drama nem comédia, fica sempre no meio.

lola aronovich disse...

Vitor, não me expressei bem. Os nomes duplos são muito comuns em todo lugar, inclusive aqui no Brasil, o que estranhei é que as pessoas do filme se chamem pelos dois nomes o tempo inteiro, e não apenas quando estão com raiva. Não tem apelido? Isso que estranhei! Então, não vi nenhuma semelhança com o Almodóvar. Aliás, se o filme não fosse rodado em Barcelona, duvido que alguém citasse o diretor espanhol. Mas gosto sim do Woody reinventado. Match Point é tão diferente de tudo que ele já fez!


José, é a primeira vez na vida que alguém me chama de neurótica, mas pode ser. Eu me acho Pollyanna e simples demais pra ser neurótica.

lola aronovich disse...

Cavaca, não, O Dia em que a Terra Parou é só pra janeiro por aqui. Quer dizer... mês que vem! Eu tenho vontade de assistir, embora imagine (pelo trailer) que não deve ser muito bom.
É, às vezes somos injustos com os americanos. Tem muito americano que quer aprender outras línguas e outras culturas. É só que na Europa é bem mais comum alguém (um povo rico) falar outras línguas, enquanto nos EUA... E eles sofrem muita influência do México, e espanhol seria uma língua “útil” pra eles, portanto viria a calhar. E não se esqueça que é um povo rico, que pode perfeitamente se mudar prum país por vários meses pra aprender a língua. E que é o terceiro país mais populoso do mundo! Claro que a gente vai ver americano em todo lugar. Se já vemos brasileiro em todo lugar... E olha que brasileiro é pobre!

lola aronovich disse...

Leila, estava sentindo a sua falta! Espero que agora que seu pc está em ordem (está?), vc volte. Tb odeio escrever com um zoiudo lendo. Eu adoro o Woody, também o acho fenomenal, e acho que ele tem umas 7 ou 9 obras-primas em sua carreira, o que é muita coisa. Infelizmente, Vicky não está entre elas. Pra mim, pelo menos. E o que é Cuca Fundida?


Tina, eu não falei nada das cenas de sexo! Apenas de uma, entre o Juan Antonio e a Vicky, é que me incomodou. E pode incomodar à vontade, que vc sabe que não incomoda. Mas euzinha aqui vou tentar trabalhar um pouco também.

Patricia Daltro disse...

Teve um tempo em que gostei mais do Woody. Hoje, não sinto mais o frisson de ver seus filmes. Sei lá, de neurótica, basta eu! rs E, no final, fica sempre parecendo sempre ser a mesma história, apenas com uns toques para diferenciar. Mas, achei sua crítica interessante, e, embora saiba que não foi sua intenção, reforçou minha vontade de não ver.

Giovanni Gouveia disse...

Lola, Recife tem hoje mais salas de cinema do que na época em que havia cinemas no centro e nos bairros, mas 98% estão dentro dos shoppings, e os preços são pra lá de proibitivos pra ir diuturnamente, e os cinemas de arte têm horários proibitivos...
Sobre falar em inglês com a gringalhada, eu faço isso, mas a mulé se arreta pq estudou a vida toda inglês, e, se ela se esforçou pra aprender a língua deles pq eles não podem se dar ao trabalho de aprender outra língua? É revanche da parte dela... :D
Cazuza tem uma frase legal sobre essa coisa de ricos, que se encaixa acerca de Woody, em burguesia: "eu sou burguês mas sou artista"...

Giovanni Gouveia disse...

Sobre W.A. ser neurótico, se ele não fosse não teria um átimo do patrimônio (artístico e financeiro) que ele tem hoje, a genialidade dele está justamente em absorver o que poderia ser um limitador em impulsionador da verve dele...

Gisela Lacerda disse...

Caramba, nos afinamos nessa. Achei a mesma coisa que você! Impressionante, mas tudo que vcê escreveu foi o que disse ao meu namorado depois que saímos do cinema. Ele, por sua vez, adorou o filme. E é bem mais velho que eu.

Sobre as personagens, vou fazer aquela leitura pobre de identificação e quase nenhuma reflexão: identifiquei-me com todas. Sou tudo aquilo, sou muito múltipla e não consigo ter "uma só personalidade". Coisa meio squizo talvez.. ou não. Sobre a personagem da Scarlet (confundi-me um pouco; quem era Vicky e Cristina? hehe), sou igualzinha: sempre soube o que não queria. É difícil à beça ser assim. No mais, a Vicky tem cara de Cristina e a Cristina tem cara de Vicky!

Gostei do final do filme, porque achei totalmente realista, ao menos no tocante às minhas experiências de vida. Gostei das paisagens, cafés, ruas de Barcelona e só.

Gisela Lacerda disse...

A propósito, nunca tinha visto "la Johanson" atuando e até que gostei bastante.

hugo disse...

Lola,simples ilusão dessas pessoas que querem a vida igual..tá,vai ser assim: quando eles tiverem uma vida assim (se tiverem) vão acabar se queixando.O que podemos fazer se a raça humana sempre quando alcança algo que quer,ou reclama ou quer algo mais?Mas em si o filme é até que interessante.

Anônimo disse...

ah, Lola, discordo totalmente de vc! Achei o filme uma gracinha. Não é o melhor do Woody claro, mas é muito bom.
Primeiro que acho um comodismo tremendo dizer que as pessoas não têm direito de sofrer porque estão bem de dinheiro. Ora, e isso é tudo na vida? A interpretação (excelente) da Rebecca Hall deixa bem claro o vazio do meio em que ela vive e a angústia de se trocar aquilo que já se conhece e que é confortável por algo um tanto mais misterioso e complicado. Ela se casa, tem grana, vive bem e o marido dela é um cara meio mané, que obviamente não sabe nada sobre ela porque sequer percebe que ela está mudada, e ela convive com pessoas que falam sobre dinheiro e o que conseguem com esse dinheiro o tempo todo. Emocionante pra chuchu... Acho o tipo de crítica que vc fez chatíssimo. Dinheiro nunca garantiu felicidade de ninguém. Garante segurança e olhe lá... E tb não vi nada de machismo no filme, nao. Eu sou feminista, eu acredito em igualdade, mas homens e mulheres são diferentes em algumas coisas, isso é fato. Juan Antonio é um cara meio passivo, que acredita em prazer e sexo, e vive em busca disso. Maria Elena é uma "gênia", complicada e tempestuosa e eu não acho que o Woody tenha feito isso parecer negativo. É uma personagem forte e sedutora (nao só no sentido sexual). Acho até que as mulheres do filme têm muito mais alma e profundidade do que o personagem do Javier Bardem. E isso é muito bacana. Não vejo mesmo o menor resquício de machismo no filme

Não acho que a gente deva procurar no filme coisas que o diretor obviamente nao colocou. Woody nunca foi sociólogo. Ele está tratando de aspectos ao mesmo tempo maiores e menores de duas culturas diferentes. Maiores pelas diferenças entre o materialismo e o puritanismo dos americanos e a maior liberdade sexual e emocional dos europeus; e menores porque se foca na vida de duas meninas americanas (privilegiadas economicamente, mas não só isso) que se embatem com essas diferenças pela primeira vez.
É um filme singelo e bem bonito...

Barbara

Anônimo disse...

Olá,
assisti a VC&B e gostei. Achei legal ver alguns esteriótipos possíveis em uma história que considero não pretenciosa. Você mesma disse que pareceu ser fácil fazer um filme ao vê-lo. Não há final feliz, nem triste, o final não foi muito diferente do que imaginei que iria acontecer. E, pra mim, a personagem mais instigante foi exatamente a "menos desenvolvida" Cristina. O lema "só sei do que não quero" é realidade de muita gente boa, e que de certa forma se tornam apagadas. Mas é que Cristina não está interessada em muita coisa. Um exemplo de sua confusão: para dissertar sobre o amor, ela faz um documentário de 12 minutos (nossa!). Também não acho que ela precisasse falar de amor, isso só foi um dado do filme. Ela vive como a moça da música "A banda", vê as pessoas passarem por sua janela. De fato, ela me angustia.
O lado bobo por demais do filme foi a separação entre artistas/interessantes-vida-louca e o-resto-do-mundo-trabalhadores-de-wall-street/chatos-e-sem-noção. Clichezinho fácil, fácil...

Ainda sobre o post que fala da Proposta 8, respondendo sua pergunta: o governo federal já adota políticas de inclusão. Vi casos na Câmara dos Deputados, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Tribunal Regional Federal, de servidores que tiveram seus parceiros atendidos em casos de pedidos de pensão, assistência médica... Na iniciativa privada, estou por fora...
Luiz.

Tina Lopes disse...

Mas vem do chato de Wall Street a declaração de amor mais clara e simples - o marido da Vicky diz que morreria sem ela, depois do tiro na mão. Simples assim. Quanto mais lembro, mais gosto (SPC).

Mica disse...

Ainda não assisti. Confesso que é porque eu odeio a Penelope Cruz e por este motivo tenho birra, mas quero ver se mais cedo ou mais tarde eu assisto.

Nomes compostos eu adoro. é bem verdade que chamar pelos dois nomes fica parecendo novela mexicana, mas gosto mesmo assim. E dependendo o nome dá para chamar, como por exemplo João Victor, José Carlos, Maria Eduarda...sempre chamo pelos dois nomes, pq acho mais bonito.

Anônimo disse...

Lola, sabe que eu gostei de 'Vicky Cristina'? Achei divertido, nada mais. Não é um filme para comprar o DVD ou ficar revendo de tempos em tempos.

Olha, eu tenho apenas um nome, Christina, mas sei que quando me chamam de Christina... aí vem coisa. Ou é CHris, ou Kika, ou mamãe... cresceu o nome, a seriedade da questão aumenta rsss

Beijos

Aldrin Iglesias disse...

Lola, boa tarde

O seu blog é maravilhoso. Inteligente e bonito. Vou espiar sempre.

Vim parar aqui em um texto em q vc escrevia sobre livros proibidos nos EUA. Tenho q pesquisar mais, n acredito naquela lista. Chaucer? Joseph Conrad? Twain? Impossível, devo ter lido errado.

Depois eu volto.
Abraços,
Aldrin

L. Archilla disse...

ainda não vi, mas pra ver vou ter q enfrentar 2 preconceitos: Woody Allen e Scarlet Johansson! tá, tirando um dos corpos mais lindos de Hollywood na atualidade, alguém consegue ver alguma coisa nela??

Kaká disse...

Eu me diverti com o filme, achei interessante que do mesmo jeito que elas chegaram em Barcelona elas foram embora. Christina sem saber o que quer e Vicky de volta a rotina. E tem muito do american way of life x european way of life.

Me deu saudades de Barcelona, achei que ele mostrou bem a cidade com aqueles tons de amarelo/ laranja/ ocre. E ele mostrou praticamente todos os pontos turísticos.

Ahh, e o Javier Bardem vale qualquer ingresso. Lola, eu já o vi num restaurante em Ipanema e quando ele saiu duas meninas que estavam na mesa sairam para pedir uma foto, ele foi super simpático. E ele é bonitão do jeito que está no filme.

Esse negócio de chamar pelos dois nomes é comum nas novelas mexicanas como disse o Vitor, eu acho muito divertido, é uma coisa mais dramática. Eu tenho dois nomes e geralmente só me chamam pelos dois se for problema, mas a minha melhor amiga se chama Maria Luiza e eu sempre chamo pelos dois. :) Acho que tem nomes que sempre são chamado em dupla como Roberto Carlos, Ana Maria, Ana Lucia, João Pedro, etc.

Anônimo disse...

Eu gostei! Vi ontem e hoje me perguntei quando você ia postar sobre!
Eu conheço só os últimos do Woody Allen e, esse, junto com Match Point, estão entre meus filmes preferidos.
Eu sou super suspeita pra falar, porque amo a Scarlett Johansson, mas acho que a atuação dela foi bem melhor nesse filme.
Amei a fotografia, a trilha, a Penélope. E principalmente essa parte da dúvida entre eles, que, como falaram antes, não chega a ser uma dúvida sobre definir o que o amor é, mas não conseguir compreender.
E eu me identifiquei bastante com a Cristina, acho que isso contou bastante! É estranho ver q concordam mais com o noivo da Vicky. Ele é totalmente "fabricado"!
Quanto ao resto.. dinheiro, inglês x espanhol, narração um pouco desnecessária, concordo com você! =D
E ah, nunca tinha comentado aqui, mas leio o que você escreve faz tempo.

Lari Reis disse...

Oi Lola, desculpe, ainda não li este post. Estou escrevendo pra dizer que estou te dando um selo, por blog! Passa lá no meu e pega! É um presente! Depois volto pra ler seu post tá?! Um BEijo.

Masegui disse...

Comecei a ler os comentários (como sempre) e parei. Pô, quer dizer que quando chamamos a outra pessoa pelo nome duplo é porque estamos zangados? ... sniff, é verdade, meu caçula Maíque vira Mário Henrique quando estou brabo... mas isso não é nada... o sniff é porque toda vez que você responde meu comentário começa por "Mário Sérgio"... sniff, sniff, sniff... eu gosto tanto de meu nome... buaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Anônimo disse...

Ah, pensei q era só eu q não tinha visto nada demais nesse filme. Só o Javier bardem claro. Porque de vez em quando certos filmes causam histeria coletiva? Acho q o pessoal vê só o cartaz, só pode. E a cena dele abordando as duas é inverossímil, sei lá, ou eu sou puritana demais também.

lola aronovich disse...

Ah, Patricia, eu acho que sempre gostei do Woody! Desde que comecei a gostar de cinema, eu gosto dele. Mas sim, sem dúvida, muitas das histórias dele são parecidas, principalmente os filmes em que ele aparece, porque a persona dele é fortíssima. E volta e meia ela acaba se transferindo até pra personagens que não deveriam ser ele. Ih, reforçou sua vontade de NÃO ver o filme? Puxa, não foi minha intenção mesmo! Ah, hoje vi os seus trabalhos no Flickr e amei! Dá tanta vontade de ter tanta coisa. Fiquei muito tentada em participar da sua promoção. Mas, não sei, não me agrada a idéia de pedir pras leitoras(es) deixarem um recado num outro blog pra eu ganhar um prêmio. Eu já fiz isso esta semana, pedindo pra que votassem no prêmio que fui indicada. Mas que deu vontade de ganhar um kit lindo seu, ah, isso deu!


Gio, é mesmo, né? Quanto custa em média um ingresso aí no Recife, só pra eu ter uma base?
Bom, no doubt que o Woody é artista! Um super artista, por sinal!
E a persona dele é totalmente neurótica. Lembro de um documentário que eu vi, esqueci o nome, em que ele vai tocar sax na Europa com a Soon Yi. E me passou uma idéia que não esperava do relacionamento deles. Eu pensava que ela seria toda frágil e submissa, mas que nada! Gostei.

lola aronovich disse...

Gi, uau, UMA coisa em que concordamos! Até que enfim! Interessante vc ter se identificado com todas as personagens. Juro que entendo como isso pode acontecer. Certamente, se eu tivesse me identificado com alguma personagem, teria gostado mais do filme. Ah, e concordo que a Vicky tinha cara de Cristina e vice-versa! Também achei isso! Mas o quê? Vc nunca tinha visto a Scarlett em ação? Ué, vc não viu Ponto Final?


Ai, Hugo, seria tão bom se tanta gente tivesse a vida boa que o pessoal do filme tem... Aliás, se tivesse a nossa vida também, com casa, carro, computador, comida todo dia... Eu torço pra que a raça humana atinja o nosso patamar de conforto.

lola aronovich disse...

Barbara, acho que as pessoas têm direito de sofrer em qualquer circunstância. Mas convenhamos: os pobres devem achar muito esquisito o nosso papo de “dinheiro não traz felicidade”.
Mas sabe, eu não achei o marido da Vicky um “mané”. Achei que ele é um dos personagens mais bem-escritos! Porque seria muito fácil transformá-lo numa caricatura, deixar que a gente ria dele, e no entanto ele parece ser uma pessoa real. Não sei se foi o trabalho do ator (Chris Messina - não sei quem é. Putz! Agora vi que esteve em vários episódios de A Sete Palmos, que eu adoro! Mas não sei quem é!), ou o personagem em si, mas esse eu achei bem realista. Ou talvez seja porque o narrador meio que o deixa em paz. E esse marido desconfia que sua amada está diferente. Ele diz que ela está mais “viva” pro sexo do que estava nos EUA, e ela recebe isso como um grande insulto. Deu pena dele, porque ele se casou com uma mulher frustrada que não o ama.
Ahá! E desde quando eu falei que o filme é machista?! Não achei o filme machista de jeito nenhum. Eu só disse que os personagens masculinos me pareceram mais felizes e menos neuróticos que as mulheres. Um cineasta pode fazer uma personagem neurótica como a Maria Elena e ainda assim não estar passando mensagem machista alguma. Filmes com personagens machistas (que não é o caso de Vicky) podem até ser feministas.
Quanto a “procurar no filme coisas que o diretor não colocou”, é difícil determinar o que o diretor quis ou não colocar, ou se ele conseguiu passar o que queria. “Intenção” é um conceito batido, que não se usa mais. A gente costuma dar mais ênfase à receptividade hoje em dia. E cada um vai encontrar coisas diferentes numa mesma obra...

lola aronovich disse...

Luiz, é, também não achei o filme muito pretensioso. Realmente pareceu um filme fácil de fazer. E um pouco preguiçoso... Acho que a Vicky me angustiou mais que a Cristina, mas vc tem razão, ela é bem passiva, quase uma observadora da história (e da vida). Isso que vc menciona da separação do filme entre artistas loucos e trabalhadores de Wall Street chatos eu não achei tanto. Tirando o marido da Patricia Clarkson, que mal aparece e é um clichê total, os outros yuppies (como o marido da Vicky) até que são bem construídos (veja meu comentário acima).
Que legal que tantos órgãos do governo estejam participando dessa inclusão dos gays! Fico muito feliz em ouvir isso.


Tina, eu gosto do caretão do marido da Vicky! (veja os dois comentários acima).

lola aronovich disse...

Mica, odeia a Penélope?! Tadinha. Eu e muita gente ficamos com um pouquinho de birra dela depois de Vanilla Sky, e pior ainda, depois que ela tentou fazer uns filminhos horrorosos nos EUA, mas eu só tenho admiração por ela depois de Volver.
Ai, espero que não tenha nenhuma leitora chamada Maria Eduarda por aqui, mas acho horrível esse nome! Primeiro que não gosto de nomes compostos (vc sabe o meu desdém por atores com 3 nomes - eu nunca decoro o nome!), depois que acho sonoramente feio.


Chris, então, se até um nome simples como Christina é raro alguém chamar pelo nome inteiro, imagina nome composto! Mas que bom que vc gostou do filme e tá conseguindo ir bem mais ao cinema que no primeiro semestre.

lola aronovich disse...

Garrafa e Mar, muito obrigada pelos elogios! Que bom que vc gostou. Ah é, agora eu vi, seu nome é Aldrin. Deixei um comentário no seu blog. Juro que aquele negócio dos livros proibidos é verdade! Volte sempre, único blogueiro brasileiro a falar de Nelson Ned e Francis Bacon num só blog!


Lauren, é, ela não é uma grande atriz, a Scarlett. Mas ela tem feito bons filmes com o Woody. Só Match Point já vale a parceria! Mas ela precisa melhorar bastante como atriz, concordo. E vc não gosta do Woody?

lola aronovich disse...

Kaká, gosto do final inconclusivo, apesar de ser bem anti-climático. Jura que vc já viu o Javier Bardem em Ipanema?! Que demais! E legal saber que ele é simpático. Eu não o acho bonitão sempre, depende muito do ângulo. Ele de perfil é bem feinho. Eu lembro de uma capa dele na Entertainment Weekly (na ocasião do Oscar), em que ele estava irreconhecível de tão feio. Mas em Vicky ele tá bonito na maior parte das cenas.
Ah, eu tive várias amigas chamadas Ana Lúcia e era raríssimo alguém (eu inclusa) chamá-las pelos dois nomes. Sei lá, nome composto usado no dia a dia só em novela mexicana mesmo. E na Espanha, pelo jeito...

lola aronovich disse...

Kori, jura que vc gosta da Scarlett?! Eu acho que ela ainda deixa a desejar como atriz. Mas tenho esperança que vá melhorando com o tempo. Eu gostei do noivo da Vicky! Acho um personagem realista. Ah, a parte do dinheiro e do inglês x espanhol dá pra relevar. O que mais pegou pra mim foi a narração em off mesmo. Achei desnecessária em várias cenas. Obrigada por comentar e por me ler. Agora pode comentar sempre!


Lari, não entendi, querida! Qual selo? Eu passei lá mas só vi o Dardos. É esse? Esse eu já tenho. Mas agradeço muito a lembrança!

lola aronovich disse...

Mario Sergio, e vc acha que eu GOSTO de te chamar pelo nome composto?! ODEIO! Por favor, me dê logo um apelido pra eu te chamar. Quando eu respondia com “Masegui” vc não gostava. Acho que vc não gostou quando eu usei apenas “Mario”. Eu raramente estou brava contigo pra te chamar pelo nome completo!


Suzana, eu também não entendo porque às vezes alguns filmes causam tamanha devoção. Mas que bom que vc concorda comigo! Por essa crítica eu fui quase apedrejada. Me chamaram de levar tudo ao pé da letra, de ser chata, de ser neurótica... E outras que esqueci. Sinal que o filme tem seguidores fiéis mesmo!
Também achei a cena do Javier abordando as duas no restaurante inverossímil. Acho difícil funcionar na vida real.

Anônimo disse...

Ei Lola, eu concordo com a Tina, acho que o filme é todo sobre clichês, e é muito irônico. E eu acho que o universo dos ricos do woody allen é incrível. não porque eles são ricos e bonitos, mas porque o tema dele é a alta cultura. é uma escolha estética. criticá-lo por isso é como criticar wilde por ambientar seus diálogos em festas da nobreza. dinheiro pode ser uma questão, como em match point, sonho de cassandra, etc. mas a perspectiva é sempre highbrow. nunca vai ser a luta pela sobrevivência, mas dilemas morais, questões existenciais. O jazz do Allen é highbrow, não uma questão de boemia, mas de refinamento cultural. Eu discordo totalmente quando você diz que ele não critica os yuppies porque tem grana sendo ele mesmo rico, de forma hipócrita, mas acho que sim ele critica gente rica que é menos refinada e inteligente do que poderia. gente que tem o mundo aos pés e mesmo assim pensa mal, é clichê. Woody Allen pode falar de bartók num café em manhattan. alta cultura é um tema válido também, eu acho.

abraços

L. Archilla disse...

Então, Lola, até hoje só vi um filme dele (Trapaceiros). Não curti, além de sem graça achei pretensioso. Além disso, todo pseudo-intelectual que quer parecer inteligente cita Woody Allen como cineasta favorito.... essas coisas contribuem pra eu perder a vontade de ver outros filmes dele, sabe? Mas eu não desistirei! Ainda vou ver mais filmes e formar uma opinião.

Quanto à Scarlett, sei lá, acho q meu lance com ela é pessoal. Sério! ahahahah Freud explica. O problema não é só ela não ser uma grande atriz. É ter toda uma babação de ovo como se ela fosse a Fernanda Montenegro no corpo da Angelina Jolie! Só que, apesar do corpo escultural, eu olho pra ela e acho q ela tem cara de retardada!!! ahahah

Gisela Lacerda disse...

Nunca vi! Nem o tal "Brinco de pérola", menina. Acho-a gostosa, lindona e boa atriz. Talvez a "babação de ovo" seja realmente justificada. E a moça gosta do que faz, trabalha pra burro pelo visto. Parece que tem Lua em Escorpião e uma Vênus capricorniana "workaholic". Dá no que dá. Palmas pra ela!

Anônimo disse...

Clap! Clap! Clap!
Depois de tudo o que li vou falar o que? Rs...

Alguém aí falou em deslumbramento, e eu concordo plenamente. Deslumbramento do Alle com a cidade, com as mulheres e até com o Barde. É um filme bom? É um filme ótimo! Porém ele ainda assim é vago, deslumbrantemente vago...

Tina Lopes disse...

Ah. L. Archilla, Trapaceiros é um dos piores W. Allen ever! O cara tem uma obra de pelo menos 3 décadas anterior, não o avalie por esse filme menor. Posso te dar uma sugestão? Assista Poderosa Afrodite. Se não gostar, me conte, mas eu duvido. Eu não sou pseudo-intelectual, não, sou bem rasinha e só não assisti a uns 3 filmes dele, da fase bergniana. (outros que amo e acho que vc pode gostar: Celebridade (s?) e Desconstruindo Harry.

L. Archilla disse...

Valeu, Tina! e eu acredito q vc não seja pseudo-intelectual. pseudo só frequenta blog de gente q escreve difícil, tipo gerald thomas. heheheh ;)

lola aronovich disse...

Depois eu respondo os outros comentários, mas agora é meu momento de “salvar a Lauren das garras da Tina”! Lauren, não vai na da Tina não! Se vc só conhece Trapaceiros do Woody Allen, realmente, não conhece nada. Não é um bom filme. Mas esses que a Tina citou não estão nem de longe entre os melhores. Que tal começar pelas obras-primas dele? (e nunca ouvi alguém dizer que Poderosa Afrodite é uma obra-prima). Comece por Annie Hall (Noivo Nervoso, Noiva Neurótica), ou Manhattan, ou A Rosa Púrpura do Cairo, ou Hannah e suas Irmãs, ou Crimes e Pecados, ou Maridos e Esposas, ou mesmo Match Point (Ponto Final), pra ficar no mais recente. Nem vou citar Zelig ou Radio Days porque aí é mais coisa de pseudo-intelectual mesmo.

Anônimo disse...

Oi, Lola,


uma coisa que tem de ser colocada sobre o filme é que ele é uma pelicula encomendada. Nem por isso é ruim, né? Mas o W fez sob encomenda para exaltar a cidade de Barcelona. Um jeito de ficar mais rico.

Mas quanto ao narrador: ele explica tudo bem explicadinho. Vc não vê um pouco de ironia nisso pelo fato dos estadunidenses não ver filmes com legendas rsrsrs!
bjim

Mari Biddle

lola aronovich disse...

Oi, Juliana. Eu não achei o filme muito irônico, nem que ele seja todo sobre clichês. Gostaria mais se fosse mais irônico, imagino. Mas sim, o tema do Woody é a alta cultura. Mas acho que em Match Point e Sonho de Cassandra é diferente. Não que exista aí uma luta pela sobrevivência, porque não é isso, mas em Match Point existe também um clash entre culturas, não apenas entre classes sociais. A personagem da Scarlett quer ser atriz, e isso não é bem visto. O protagonista lê sobre algo que interessa ao seu futuro sogro nos Cliff Notes! É ótimo. Já em Sonho não me lembro de nada disso. Existe algum tipo de alta cultura ali? E sim, vc tem razão: em Vicky (e em vários outros filmes), Woody critica os yuppies por não serem refinados, muito mais que por serem ricos.

lola aronovich disse...

Lauren, formar uma opinião de um dos cineastas mais celebrados de todos os tempos, autor (auteur mesmo!) de 43 filmes, um por ano, muitos ótimos, depois de ver apenas UM filme? Não dá. Dê mais uma chance a ele. Aliás, várias chances. Ele merece. E sobre a Scarlett, concordo que ela não tem cara de inteligente. Muitas vezes ela atua com a boca aberta (como na foto de A Outra). Mas sabe, nos filmes do Woody é onde ela está MAIS inteligente. Sério. Eles trabalham bem juntos.


Gi, ué, como vc acha a Scarlett boa atriz, se nunca viu um filme dela? Eu a acho bonita, ela certamente é trabalhadora, e torço para que ela ainda cresça muito como atriz. Nos filmes do Woody ela tá bem...

lola aronovich disse...

Debby, é, deslumbramento é uma palavra que vem a calhar. Mais pela recepção ao filme que pelo filme em si, a meu ver...


Mari Biddle, então é isso mesmo? Vicky é sob encomenda, feito pro governo espanhol? Eu imaginava que Barcelona houvesse entrado com uma parte do patrocínio, mas... Enfim, não é por isso que um filme é bom ou ruim.
Há, é verdade! Então o narrador explicar tudo bem explicadinho é pra americano não ter que depender das legendas? Faz sentido!

Anônimo disse...

Eu concordo totalmente com a Juliana: o universo do W A é sobre os yuppies ricos de N Y, de um refinamento que só a grana da. O que ele critica nos yuppies não é que eles tenham tanto dinheiro. É que eles não sejam suficientemente refinados como poderiam ser. (Meio como Balzac?) Acho que sempre foi o tema dele. Até em Manhattan, meu preferido, ou Hannah, que eu amo. Nunca vi pobres nos filmes de W A, boêmios, talvez, mas ele não conhece pobres. Então, deixa o Woodie fazer os filmes que ele quer. Eu amo o W A. Só me parece que este ta pouco irônico, sim. Vocês têm razão.

Gi, você tem que ir c-o-r-r-e-n-d-o a alugar “Moça com o brinco de pérola”. A Lola não gosta da Scarlett, mas aqui ela ta maravilhosa. O filme é um prato cheio pra quem gosta de pintura, como você: a Scarlett preparando as tintas, moendo os azuis, limpando as janelas pra a luz entrar. Um luxo de filme. AMEI! E você vai ver que o Vermeer também ta lindo de ver. Vai e depois me conta. Nelly

Tina Lopes disse...

Sabe Lola, tem gente que simplesmente implica com a existência, o jeito, a voz, do Woody Allen. Por isso é que recomendei os três lá pra L. Archilla, porque são filmes divertidos, inteligentes, mas em que ele não é necessariamente o protagonista que tanto irrita (eu reputo esse ódio à dublagem dos filmes que já passaram na Globo, mas sei lá). De qualquer forma, adoro a Mira Sorvino em Poderosa Afrodite - e o coro grego, então - e o Kenneth Branagh em Celebridade (adoro também aquela atriz que faz a ex-mulher dele) e acho realmente que Desconstruindo Harry é um dos ótimos filmes de W.A. Tanto é que choro baldes no final. Mas enfim, esses que vc citou obviamente são os melhores. Bj.

Gisela Lacerda disse...

Nesse filme especificamente. Tá certo que uma andorinha não faz verão, mas ela agradou, entende? Acho que dá pra falar um pouco vendo só um filme.

Anônimo disse...

Acabei de ver o filme. Não gostei. Não me identifiquei com nada, achei super sem graça... totalmente olhar masculino: mulheres gostosas e incompreensíveis, homens neutros. E não sei o que vocês vêm no Javier Bardem, eu acho ele horroroso, hahahaha.

E perdi a conta dos comentários, mas o Woody detona a Maria Elena, sim, quando faz a Vicky criticar a obra dela. Mulher pode fazer charminho sendo infeliz, incompreensível e neurótica, mas não a ponto da agressividade, né?

[na faculdade, eu e meus amigos tínhamos uma novela mexicana, e TODO mundo usava nome composto. Como ninguém consegue falar o meu nome composto verdadeiro, eu era a Cynthia Maria...]

lola aronovich disse...

Mãe, eu concordo com a Juliana tb. E eu adoro o Woody Allen. Quem falou que eu não gosto da Scarlett? Acho que ela está muito bem em Match Point. Em Brinco tb, mas o filme não foi marcante. Até em A Outra ela tá bastante bem. Mas mãe, ela ainda tem que melhorar muito como atriz...


Tina, tem razão. Como tem gente que implica com o Woody Allen ator, talvez seja melhor começar por algum outro filme em que ele só dirija e escreva. Mas esses filmes que vc recomendou me irritam justamente por isso: o Kenneth Branagh imita um Woody! Igualzinho! Ah, eu prefiro o original. Desconstruindo é muito legal. Tem aquela descida ao inferno, não? Faz tempo que quero ver de novo!

lola aronovich disse...

Gi, deixa disso e vá ver mais filmes com a Scarlett! Sabe que eu gostei até de A Ilha?


Cynthia, ah, eu gostei de Vicky mais que vc gostou. Não achei super sem graça nem nada. O Javier é horroroso dependendo do ângulo. Mas às vezes ele é muito bonito.
Não achei que o Woody detona a Maria Elena. A Vicky vai até a casa do Juan Antonio, e não gosta muito de nenhum quadro, até que vê uma obra da M. E. E como o J. A. parece que só é artista por causa dela... Sei lá, fica claro que ela é mais talentosa que ele. Mas acho exagerado quando a M. E. entra atirando no final. Histérico. Ah é, novela mexicana... Tudo com dois nomes! Ô moça, fazia um tempão que vc não comentava aqui. Pensei que tivesse me abandonado de vez!

André Gonçalves disse...

ah, Lola, lá venho eu de novo discordar. Mas eu gosto tanto de suas análises que adoro discordar, também. Gostei muito de VCB. Adorei a sacanagem do Woody Allen, mostrando que, sim, aqueles são os desejos de todo mundo aos 15 anos. E no fim, todo mundo se fode, né? Quer dizer: todos sonhamos a vida toda com as coisas dos 15 anos, e no fim... Adorei não ter nenhum momento "pay for". Os ultimos filmes diziam "oh, como o dinheiro faz mal às pessoas", e, nesse, é "olha só, como não é o dinheiro que ferra as pessoas e, sim, nós mesmos que nos ferramos por nós mesmos". Achei Penélope arrebatadora. Ela transforma o filme. Scarlet é belissima, mas é uma beleza que acho que as mulheres não entendem. Até porque nem nós, homens, a entendemos muito bem. Só adoramos. Vicky é completamente Allen. Irônico, sacana, frases aparentemente perdidas mas que tocam pontos sem a gente nem perceber. Acho que o barato do filme são os segredos, as conveniências, e o eterno não saber que carregamos. "Não sei o que quero, mas sei o que não quero". Isso é muito bom, Lola. O filme é ótimo! Reveja, vai! Beijo! Feliz 2009.

Anônimo disse...

Gostei muito do filme e do seu comentário. Não é o melhor do Woody Allen, mas achei muito bom, um dos melhores de 2008. Como não consegui ler todos os posts, volto depois!

Sobre a locação, sim, foi uma 'encomenda', mas não acho que isto faça grande diferença. Poderia ser em outras cidades onde se encontre 'sangue latino'. O próximo filme, também por convênio, será em Paris (se me lembro, da entrevista que vi).

Pelo que percebi, as mulheres ficaram mais mobilizadas pelo filme - tendem sempre a se identificar como 1 (ou até com as 3!!!). Engraçado que não ouvi nenhum homem falando que se identificou com um dos personagens masculinos.

Postei sobre isto no meu blog, se quiserem palpitar depois, espero vocês por lá!

Nyckynha disse...

Não gostei do filme tanto assim pq só foi mais um de relacionamento em trio.Ainda vou esperar o Woddy fazer o contrario,um relacionamento de dois homens e uma mulher,mas acho que vou esperar sentada.:(