segunda-feira, 19 de setembro de 2016

DEVEMOS FICAR COM HOMEM COMPROMETIDO?

A L. me enviou esta dúvida:

"Estou num coletivo no Face e esses dias surgiu a discussão -- nós mulheres devemos ficar com homem comprometido? Não é falta de sororidade com a mulher dele?
Choveeeuuuuu de meninas dizendo que é falta de sororidade, porque sabemos que vamos machucar uma irmã.
Irmã? Como assim? Vou machucar quem? Pra mim é muita distorção esse pensamento. Na minha opinião, existem muitos motivos pra não ficar com cara comprometido -- sororidade não é um deles.
Um deles eu lembro de ter até lido no seu blog há tempo atrás: poxa, tem tanto cara solteiro no mundo. Preciso mesmo ficar com esse que já está num relacionamento?
Assim, acho que a questão é muito mais 'Vou me sentir confortável me relacionando com alguém que já está num relacionamento estável?', 'E se eu quiser sair para tomar sorvete na praça central, ele vai poder ir? Vamos ter que nos esconder? Como vai ser essa relação? Vou ter que me privar do quê? Não vou sofrer de vê-lo com outra depois?'
Pra mim são essas questões que pesam, e não "Ah, coitada da mulher dele. Não posso fazer isso com ela (nem a conheço)!".
Estou errada?"

Meus comentários: Bom, L., você não precisa conhecer uma mulher para ser solidária com ela, né? Então o seu argumento de "Nem conheço a mulher do cara, não posso sentir sororidade com ela" não funciona. E outra: e se você conhecesse a moça? Muda muito a situação?
Acho essa discussão toda bem interessante, e já vi esse tema em algumas rodas. Não é um debate fácil. Pra começar, tem muita feminista que acredita que não existe isso de "homem (ou mulher) comprometido", já que ninguém seria de ninguém e querer ser "dona" de alguém envolve um sentimento de posse e temos que nos curar dessa desgraça chamada monogamia
Eu particularmente gosto desses questionamentos todos. Mas também já vi muita feminista, principalmente as mais jovens, que se sente pressionada a não ter relacionamento estável e a fazer sexo casual. E ceder a qualquer coisa por causa de pressão nunca é legal.
Como disse uma leitora, "Se eu quisesse seguir dogmas, procurava uma igreja". O feminismo, que na realidade é feminismos, porque há várias correntes, é liberdade, é ausência de regras. Mas debater assuntos é sempre enriquecedor. E levantar um tema não quer dizer concordar com ele. 
Pra quem só quer ficar com um cara só por vez, eu ainda acredito que tem muita gente solteira e desimpedida no mundo pra ter que ficar com alguém que já está com outra pessoa. Acho que na maior parte das vezes que a gente fica com alguém comprometido, a gente nem sabe que ele tem outra, não é? (ou estou completamente enganada?).
Comigo pelo menos foi assim, nas raríssimas vezes que fiquei com homem comprometido. Estou falando do século passado, de mais de 25 anos atrás. Lembro de ter saído com um rapaz bonito e simpático. Fiquei sabendo que ele dava em cima de todas as mulheres do mundo ao mesmo tempo que soube que ele era casado. Lógico que senti pena da mulher dele. Não fiquei com ele de novo por uma série de motivos, e um deles foi porque ele era casado.
Vários anos antes disso, quando eu era menor de idade, eu transava com um rapaz um pouco mais velho toda vez que a gente se encontrava em Búzios (eu morava em SP, e ele, no Rio). Ele estava noivo de uma moça que eu não conhecia, até porque ela nunca ia pra Búzios. Então um belo dia recebi uma carta anônima (tô falando que isso faz mais de 30 anos, pré-internet!) me xingando por eu sair com um cara comprometido. Provavelmente a carta foi enviada pela noiva dele, e eu pensei: "Por que escreveram pra mim? Deviam ter escrito pra ele! Afinal, a parte comprometida da história não sou eu!"
Mesmo assim, eu não quis continuar naquela trama melodramática. Eu só ficava com o sujeito pelo sexo, não queria complicações. E receber xingamentos anônimos parecia uma complicação (rindo agora: na época eu não tinha a menor ideia que receber ofensas anônimas viraria minha rotina diária depois de começar um blog feminista).
Da atriz sueca Brit Ekland: "Eu digo
que não durmo com homens casados,
mas o que quero dizer é que não
durmo com homens casados felizes"
Confesso que uma vez, muitos e muitos anos atrás, antes de conhecer o maridão, eu quis ter um caso com um homem casado. Eu gostava muito dele, ele gostava muito de mim, havia uma atração grande, e a gente se dava super bem. Mas como eu nunca dei em cima dele, nem ele em cima de mim, nunca aconteceu. E foi melhor assim. Teria atrapalhado a nossa amizade. Tempos depois conheci a esposa dele, gente finíssima. Fiquei aliviada por nunca ter tido nada com o marido dela, meu amigo.
Então, L. querida, talvez um dos argumentos para não ficar com homem comprometido seja pela sororidade com a mulher (mesmo que a gente não a conheça). O que vocês acham?
Seria ótimo também ouvir opiniões de lésbicas. De maneira geral, há menos "comprometimento", menos sentimento de posse, entre mulheres lésbicas? Há mais sororidade? Por ser um grupo menor de pessoas em que muitas se conhecem, ficar com uma mulher comprometida estaria mais sujeito a julgamentos morais entre as lésbicas? E entre homens gays, como funciona?

392 comentários:

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Anônimo disse...

Não é só falta de sororidade, é de caráter também.

Anônimo disse...

Fiquei com o meu atual namorado quando ele ainda estava namorando com a ex dele, com quem ele namorou por sete anos. Como eu e ele éramos colegas de faculdade e amigos antes de namorarmos, convivi também com ela durante esse período.
Tenho muito claro pra mim que o namoro não terminou por minha culpa ou causa. Terminou porque iria terminar. Ela morava longe havia um ano e ele vivia vida de solteiro aqui.
Minha consciência não pesa nem um pouco em relação a isso.
Alícia

Anônimo disse...


"Ah, coitada da mulher dele. Não posso fazer isso com ela (nem a conheço)!". - Empatia mandou lembrança. Por esse raciocínio você poderia matar, roubar, acabar com a vida de alguém contanto que ele seja desconhecido seu, porque afinal, você não conhece, então dane-se. Nossa.

Anônimo disse...

Situação complicada exatamente por estes feminios que tem colocado valores antes absolutos na berlinda. Prefiro adotar a velha tática: Não faça aos outros o que não quer que façam a você. Se o relacionamento da pessoa é convencional, ficar com ela não seria uma atitude legal com a parte titular. Vejo os relacionamentos abertos como uma solução saudável mas requer muita maturidade de todos, maturidade esta que ainda estamos longe de alcançar

Anônimo disse...

Eu acho muito esquisito que isso seja tema de uma discussão feminista. Parece muito católico, "não cobiçarás o homem da próxima". Vocês não estão dando muito valor ao homem? E ao relacionamento amoroso? É estranho pensar em "respeito" nesses termos, parece que a sua integridade tá sendo ameaçada pela infidelidade da outra pessoa, peraí.. isso é supervalorizar o sexo e dar muito poder aos outros sobre você.

Anônimo disse...

Passar por cima de uma mulher por causa de macho é o fim. Quer dizer q se vc n conhece a pessoa pode fazer qualquer merda contra ela??!!!
Essa é uma desculpa muito esfarrapada, a culpa maior é de quem ten compromisso mas isso n tira a culpa do amante, pq sem ele n tem traição.
E n se engane Lola, tem muita mulher q sabe q o cara é casado e estão pouco se lixando.

Rafael disse...

Ética nas relações é essencial, especialmente nas relações afetivas, ultrapassa até a questão de feminismo, é uma questão de valor, de pesar o que vale a pena e de empatia com o próximo

Anônimo disse...

Acho sintoma de psicopatia esse argumento de “não conheço a pessoa então foda-se”, mas um “argumento” que eu vejo pra ficar com a pessoa comprometida é o seguinte: ninguém obrigou o comprometido a ficar com você. Então a não ser que você faça um absurdo trabalho de sedução pra conseguir convencer essa pessoa a trair, se ele ficou com você provavelmente ficou ou ficaria com outras de qualquer jeito. Se ele olhou pra você e fez alguma coisa pra ficar com você, e você falar não, não vai evitar que amanhã ele dê em cima de outra e traia a mulher com essa outra. É um argumento meio cínico mas consigo entender a lógica. É como se a traída precisasse, antes de ser traída, de estar num status de “traível” antes, status esse que não depende de você, e sim do marido dela principalmente. O cara já é cachorro, você só tá tirando a lasquinha.

Mila disse...

Uma mulher que fica ou dá em cima de um homem comprometido é tão mau caráter quanto o homem que aceita. Não adianta se esconder na barra do feminismo ou da liberdade sexual, isso é trairagem. Feminismo também é ter sororidade com a mina comprometida e não facilitar o trabalho do porco traidor.

Anônimo disse...

Hoje sou comprometida, mas eu solteira, se o comprometido desse em cima de mim e eu quisesse ficar com ele, ficava mesmo, porque se tá dando em cima de mim é porque é cafa, eu não fiz ninguém cafa, nunca dei em cima ativamente, só aceitei.

Anônimo disse...

Eu não vejo problema nisso, é só beijo e sexo. Não muda nada, a pessoa não é minha e eu não sou da pessoa, estamos apenas passando um tempo juntos. Tudo acaba. Monogamia é um saco e a causa de muito sofrimento, para ambos os lados. Acho que o maior problema é tratar o outro como propriedade. Até você "perder" e se dar conta de quê aquele ser nunca foi seu, nunca foi sua...

Anônimo disse...

Me preocupa ver feminista pensando que "se o cara for comprometido e der em cima eu fico pq ele ficaria com outras". Sério. Me preocupa saber que vocês não estão nem aí pra mulher que tá do outro lado do relacionamento, frequentemente dando tudo de si para que tudo seja certo. Me preocupa ver feministas como cumplíces de homens cafajestes compactuando, de consciência tranquila, com traição. Realmente precisamos nos unir entre nós mesmas e parar de contribuir com a cultura do garanhão e da masculinidade que só machuca outras mulheres.

Anônimo disse...

Acho que a questão deveria ser outra. O senso comum inteiro da sociedade já cai matando em cima da amante quando um homem comprometido traí (falando de relacionamentos héteros e monogâmicos). Vivendo neste contexto específico, será que vale a pena até o feminismo ficar dando liçãozinha de moral NELA?
Será que não seria mais sororidade, ao invés de focar no quanto AS MULHERES não deveriam ficar com homens comprometidos, em (independente de ficar com ele ou não) tentar juntar provas e enviar (nem que fosse de forma anônima) à mulher que está sendo traída? Por que, que grande e superior sororidade é essa que acha que o problema é o ato de ser vc a transar com um cara num relacionamento monogâmico com outra pessoa, mas tudo bem deixar a irmã sem saber nada? Porque fica parecendo que na cabeça de vcs o problema é o sexo, não é a quebra da confiaça que ele tinha com a outra mulher... E isso já não acaba tendo de qualquer jeito só dele estar tentando ficar sexualmente com vc?

Anônimo disse...

Gente como assim sororidade não é um dos motivos?????
Sororidade é um dos grandes motivos, é empatia caramba.
O individuo mais escroto com certeza é o companheiro/companheira que trai afinal foi ele/ela que fez o acordo monogâmico, mas quem embarca (o/a amante) também tem sua parcela de culpa sim.
E essa balela de ahh o casamento/namoro do cara já é uma merda mesmo então não me sinto tão mal, isso é ridículo, isso é mais uma vez passar pano na cabeça de macho, é ser mãezinha dele. Se o relacionamento tá horrível ele que resolva primeiro.
Para mim o feminismo só entra nessa história do ponto de vista de querer (se é que quer) abolir relações monogâmicas, mas enquanto estas relações existem, enquanto indivíduos acordaram se relacionar assim, então o feminismo não pode ser usado como justificativa para ficar com pessoas comprometidas.

Sandra

Anônimo disse...

Bom, eu sou fiel aos meus sentimentos.
Não faço nem nunca fiz sexo casual, então quando decidi ficar com meu atual namorado, amigo de longa data e comprometido, sabia muito bem o que queria e o que sentia por ele.
Na época, ele via a ex namorada a cada seis meses e ela também, na verdade, já estava envolvida com outro cara, por quem se apaixonou e não vou sair chamando ela de cafajeste por isso.
Muitas vezes é só sexo e curtição sim, mas no nosso caso não foi. Eu decidi não me privar de algo tão bonito e forte dentro de mim porque ele estava "em um relacionamento sério". Por favor. Não me arrependo nem um pouco disso, pelo contrário, e também tenho certeza que a ex dele não me vê como uma vaca que roubou o boy dela.

Alícia.

Anônimo disse...

Vcs tem uma ideia tão juvenil de que mulheres são vítimas de traições quando, na verdade, traímos tanto quanto os homens. E garanto que ninguém aqui vai chamar mulher de cafajeste caso ela traia o namorado. Pelo contrário, darão inúmeras justificativas.
Alícia

Anônimo disse...

Acho que vc pode ser feminista e ter atitudes anti-feministas, até porque vivemos num mundo patriarcal e tal, mas o fato de que possa existir a discussão num meio "feminista" (entre aspas mesmo, porque daí já virou bagunça) sobre ser ético ficar com um homem comprometido tendo consciência disso, aí já acho demais.

Porque essa é claramente uma atitude anti-feminista não só porque vc está contribuindo com a humilhação de outra mulher - e isso já deveria ser o bastante, como se dizer feminista e estar pouco se lixando para as outras mulheres? Como ser feminista e não ter consciência de que o nosso destino está interligado?

E mais, não é só a questão emocional não, não dá pra esquecer que vivemos num mundo em que o tempo da mulher é consumido com cuidados com o homem, com as coisas dele, e ele está se valendo desse trabalho para ter as suas aventuras por aí.

Não acho que as amantes devam ser mais culpadas que os homens, e entendo que isso possa acontecer quando não se sabe que ele é comprometido, ou se está carente, etc.

Qualquer uma pode cair nessa cilada, o que não pode é defender isso como sendo ético num meio feminista. A não ser que disputar migalha de homem seja agora a nova pauta feminista.

Anônimo disse...

Mas quem tá usando o feminismo como justificativa? Eu, que falei aqui nos comentários que ficava com homens comprometidos que viessem atrás de mim, não. Apenas fiz sem nenhuma culpa pq não movi uma palha para tirar o cara do bom caminho, ele já me apareceu descarado sem valer nada.

Anônimo disse...

E se eu descobrisse que meu marido me traiu com outra sendo que ELE deu em cima da mulher e ela apenas foi receptiva, te juro que não ia sair um xingamento da minha boca contra ela, e sim contra ele. Só xingaria a mulher se ela tivesse ido atrás dele.

Anônimo disse...

Meu sonho era criar uma rede de ajuda pra gente ajudar umas às outras a identificar os caras como uma rede de referências . Traidores, abusadores, violentos deveriam ser expostos mesmo, assim ajudaríamos outras mulheres a não cair no conto do lobo em pele de cordeiro.
Claro que isso aconteceria num contexto onde a gente parasse de competir com outras mulheres pelos ex bosta; um contexto onde a gente pudesse expor quem o fulano é depois da fase do perfeitinho.
Lógico que muito omi ia chiar com a oportunidade perdida de enganar a próxima trouxa. Se com o Lulu já foi uma guerra mundial... mas que seria bom, ah, isso seria.

Anônimo disse...

Usar feminismo pra dizer que todo mundo é livre e blablablá é coisa de cafajeste, tanto homem quanto mulher. Conheço meninas que falavam isso até arrumar um namorado, e quando ele ficou com outra foi o maior escândalo, e rolou até o discurso de falta de sororidade pela outra que ficou com o namorado. Então acho que o princípio é: o relacionamento da outra pessoa é aberto? Os dois não se importam de que o/a parceiro/a fique com uma terceira pessoa? Então beleza. Agora se é relacionamento monogâmico, se foi assumido que nenhum deles sairia com outra pessoa, pra mim o correto é respeitar e não dar em cima do cara e nem mole pra ele; porque é sim falta de sororidade. E como já comentaram ali, usar o argumento de "nem conheço a pessoa" não justifica fazer qualquer coisa contra ela.

Anônimo disse...

Fico com a impressão de que sororidade é apenas desculpa.
O que vejo é feminista reforçando a culpa na amante por ela ter se envolvido com um homem comprometido. O patriarcado já faz isso pra caramba! Agora também temos feministas fazendo o mesmo? Cobrando da mulher? Exigindo pseudo-moralidade?
Não vi, nessa discussão, ninguém reclamando do homem que engana. Apenas machismo disfarçado de sororidade.
E aquele que ilude ao ponto da mulher mesmo sabendo que tem outra, continua apaixonada ou envolvida? Que fica paquerando sem parar, que sempre diz que vai terminar um dia com a outra?
Parece mais que o problema no fundo é sentimento de posse, ciúmes. Exigir com que a outra respeite o sentimento de posse que você mulher tem pelo seu companheiro.
Tô achando tudo isso esquisito.

natalia disse...

Vivi um longo relacionamento com um homem casado, 19 anos para ser exata. Fui muito apaixonada por ele e acho que ele por mim. Como todo relacionamento, nos últimos tempos já estava meio desgastado como relacionamento romântico, mas a amizade persistia e também, havia a insegurança para terminar. Mas, enfim, acabou. Eu não queria sacanear irmã nenhuma, não eu não sou mau caráter e ele não era e não é um porco. Era e é um bom homem. Só não nos falamos mais à vontade porque me apaixonei por outro homem e me casei. De forma alguma lamento o tempo que fiquei com ele.

Death disse...

Essa galera do "não tenho culpa pq não fui eu quem deu em cima. foi ele(a) que é/era comprometido(a)" é a mesma galera que defenderia corrupção passiva? "ah, eu não sou corrupta, quem ofereceu dinheiro foi fulano, eu apenas botei no bolso".

E nossa, traição no mundo lésbico dá um drama....

Anônimo disse...

Um dia quando tava chateada com meu namoro por sempre ser ignorada e rebaixada, querendo terminar, conheci um rapaz que ficou louco por mim. Se apaixonou e não parava de flertar. Me senti adorada e especial. Me encantei.
Mas descobri que tem outra e diz pra deus e o mundo que ama ela que por sua vez, parece acreditar piamente.
Meu mundo caiu, fiquei arrasada! Mas quis ele mesmo assim por um bom tempo, porém a traição, a enganação, ver ele ser de um jeito com ela e outro comigo. De me colocar num pedestal e ao mesmo tempo na frente dos outros fizer que é dela que ele gosta, me fez sentir raiva, repulsa, nojo.
Senti pena dela pq ele fez muita questão de me mostrar que toca o foda-se pra companheira. Pena dela e de mim também por ele ser falso.
E daí veio meu questionamento: Valeria ter algo com alguém que engana tão bem a companheira ao ponto de não suspeitar do que fez comigo? Seria eu a próxima a ser enganada? A viver numa ilusão?

Gueis Apoiadores do Feminismo disse...

Sejam feministas de verdade, de caráter, tenham vergonha na cara e não fiquem com homem nenhum. Não contribuam com sua própria opressão e aprendam a serem solidárias entre si, mulheres, deixem todos os homens seguirem o melhor caminho, o caminho natural deles e virem para nós. Vai ser melhor assim pra todo mundo, é o certo.

Faça a coisa certa e ajude a acabar ao mesmo tempo com a homofobia e a misoginia generalizadas na nossa sociedade.
Fiquem bem.
Beijos

Gueis Apoiadores do Feminismo disse...


Viva ao Feminismo!!!


Que o feminismo prospere
e cresça pelo mundo.


Feministas radicais rainhas.


Todos homens na nossa cama
assim que deve ser.


Amém!

Anônimo disse...

Exato, pra mim, se tá tentando pegar outra, já traiu. A outra aceitar é mero exaurimento.

Hele Silveira disse...

Ficar com homens? Nem com solteiro, quanto mais com comprometido, rsrsrs!

Anônimo disse...

Essas egoístas sem empatia sem sororidade sem caráter cheias de desculpas furadas pra pegar homem comprometido tem a cara de pau de se chamarem de feministas? Se olham no espelho com essa cara deslavada e dormem tranquilas a noite sabendo que contribuem com o sofrimento de outra mulher? Não tem nada de feministas, são só umas putas egoístas mau caráter desesperadas por qualquer pica que passe pelo caminho delas.

Anônimo disse...

Homem morre vítima de um coice de jumenta durante estupro no interior da Paraíba

http://www.sobral24horas.com/2013/09/homem-morre-vitima-de-um-coice-de.html

Mereceu muito o desgraçado!!!!
Estupradores têm que ser EXTIRPADOS do planeta!!!!
Valeu guerreira!!!!!
Que o verme queime no Inferno!!

Mas "sua amada jumenta"? Eles romantizam até abuso de animais! Nojo!
"Relação sexual"? Até nesses casos a pessoa não chama pelo nome que é estupro, é crime, não é engraçado.

Anônimo disse...

Nao e falta de sororidade, é de caráter mesmo! 2

Anônimo disse...

Gente, ja tive um namorado por 3 anos, no primeiro ano de namoro ele se mostrou mais controlador, mas pra mim ele me amava muito e eu tinha tambem a certeza que eu amava ele. Meu mundo era ele. Aí aconteceu de eu ir a uma festa numa cidade bem distante da minha(era férias mesmo)e nessa festa eu conheci alguem, impossivel explicar o que eu senti ao ser galanteada por ele. Era uma coisa nova pra mim e mesmo eu amando meu namorado(na epoca)eu me entreguei pra esse cara, a coisa da pele foi tao forte que naquele dia ele era a minha paixao. Ele ainda dormiu na casa de praia da nossa familia e eu me senti protegida com ele. No dia seguinte qdo ele foi embora senti uma dor mto grande, primeiro pq sabia que nao mais o veria, depois pq estava me sentindo suja, eu amava sim meu namorado. O remorso era tanto que ao chegar na minha cidade a primeira coisa que fiz foi falar pro namorado sobre a traição, deu se ai o inicio de um relacionamento abusivo. Eu amava ele, mas me apaixonava por outras pessoas, tive duas paixoes enquanto eu amava ele e ngm no mundo pode falar que nao era amor

Anônimo disse...

Corrupção passiva é crime amigue. Aceitar assédio de cafa, não.

Anônimo disse...

Gente, ja tive um namorado por 3 anos, no primeiro ano de namoro ele se mostrou mais controlador, mas pra mim ele me amava muito e eu tinha tambem a certeza que eu amava ele. Meu mundo era ele. Aí aconteceu de eu ir a uma festa numa cidade bem distante da minha(era férias mesmo)e nessa festa eu conheci alguem, impossivel explicar o que eu senti ao ser galanteada por ele. Era uma coisa nova pra mim e mesmo eu amando meu namorado(na epoca)eu me entreguei pra esse cara, a coisa da pele foi tao forte que naquele dia ele era a minha paixao. Ele ainda dormiu na casa de praia da nossa familia e eu me senti protegida com ele. No dia seguinte qdo ele foi embora senti uma dor mto grande, primeiro pq sabia que nao mais o veria, depois pq estava me sentindo suja, eu amava sim meu namorado. O remorso era tanto que ao chegar na minha cidade a primeira coisa que fiz foi falar pro namorado sobre a traição, deu se ai o inicio de um relacionamento abusivo. Eu amava ele, mas me apaixonava por outras pessoas, tive duas paixoes enquanto eu amava ele e ngm no mundo pode falar que nao era amor

Anônimo disse...

Vc tá confundindo as coisas. Só tonta se envolve amorosamente com um calhorda desses. Sexo não precisa ter sentimento nenhum.

Anônimo disse...

Oi Lolinha ! Quando vi que você perguntou como era para a gente, me senti tentado a contar as minhas experiências ! Bem, aí vai...

Me chamo Y. e já fiquei com um cara casado durante um curtíssimo período. Eu sabia que ele tinha esposa, mas acabei não resistindo, a atração sexual era bem forte - em ambos. E não, ele não ficou me "cantando" até eu ceder ou coisa do tipo. Só que rolou uma vez. E mais outra. E então acabou que entramos num "relacionamento"... Mas comecei a me sentir mal, sabe, porque sei que a esposa dele era monogâmica e não aceitaria isso. Não tínhamos a autorização dela para fazer o que estávamos fazendo - e ela era extremamente fiel ao marido. Sentia que estava destruindo um casamento, arruinando uma vida. Era uma sensação terrível ! (Eu era um monstro ?) E ela não merecia isso. Até que resolvi "separar" do cara e nunca mais me envolvi com gente casada E monogâmica, por uma questão de respeito, sonoridade. Mas se surgir a possibilidade de me relacionar com casais abertos, que gostam de experiências com diversos parceiros (como eu) - porque não ?

Porém, por outro lado, percebo que muitos caras casados se sentem muito tentados a "experimentar" com pessoas do mesmo sexo. Eles querem "ampliar o horizonte de sexo" ? Talvez. É como a frase do seu post "Monogamia rima com monotonia"... Fica como reflexão, pois não cabe a mim julgar o que cada um faz de sua vida privada... Enfim.

E em relação a sororidade entre casais do mesmo sexo... Bem, estou namorando sério um cara agora - e nos amamos muito. Em nosso relacionamento deixamos claro uma coisa : ninguém é dono de ninguém. Se ele gostar e ficar a fim de uma pessoa, tudo bem, mas vai ter que me contar/avisar. Confiança é a base de tudo, não ? E monogamia é muito chato Lola - para nós dois. Raul Seixas já dizia numa letra de música : "Ninguém é feliz tendo amado apenas uma vez"...

E, claro, se eu me interessar por alguém e achar que pode rolar algo, aviso a ele. Creio que isso não nos afasta, mas nos aproxima ainda mais. Parece até que ficamos mais íntimos - com tantas histórias e segredos compartilhados - além de termos aventuras juntos !

Tenho vários amigos e amigas (gays, lésbicas e bissexuais) que se relacionam com pessoas do mesmo sexo que vivem feliz numa relação monogâmica. Estou curioso em saber como são outros relacionamentos, espero ansiosamente por mais relatos.

Beijos !

Anônimo disse...

Moça, é essa a questão. O sujeito é ruim e aí vc vai lá e ajuda ele a sacanear uma pessoa. Empatia pela outra parte que tá sendo enganada custa 0 reais. Com tanto homem solteiro e disponível será que custa muito dispensar um homem comprometido que tá sacaneando uma mulher? É algo que transcende o feminismo, é uma questão de ética pq vale tb para o contrário. Só que de feministas a gente espera o mínimo de empatia pela outra mulher e não compactuar com homem cafajeste.

Anônimo disse...

Gente eu entendo uma traiçao, qdo é algo inevitavel de acontecer e vc nunca espera que vai acontecer com vc, mas acontece. Ja trai, mas nao foi nada planejado e eu amava sim e em nenhum momento me senti mau carater ou essas outras coisas que a socialmente estava fadada a ser aos olhos dos outros.

Tbm ja fui galanteada por um cara comprometido, o caso dele foi meio diferente pq a traiçao dele era premeditada, ele buscava trair, nao cedi as investidas dele. Mas com ele era assim: quero sexo com vc de hora marcada, nunca duvidei do amor dele pela mulher, nunca. Talvez seja pela minha experiência ou por nao ser 8 ou 80, do tipo:se traiu é pq nao ama. Isso nao é cagar regra em relacionamento alheio?

Amanda

Anônimo disse...

Gente, pelo amor da deusa. Parece até que seres humanos têm interesses fixos e imutáveis. Que o casamento, namoro, são eternos. E que todos somos muito maduros e evoluídos e tomamos todas as decisões perfeitas quando estamos confusos em relação à amor ou desejo. Sinceramente, cadê a empatia? Eu não consigo imaginar que o povo da Inquisição aqui nunca, de forma nenhuma, esteve nas duas pontas "ativas" de um triângulo. Eu já estive nas três. É chato ser traída? Muito. Mas passa. Ninguém é escravo meu. É chato saber que outra pessoa está sendo traída "por você"? Sim, me doía o coração, mas eu estava apaixonada, o cara também estava, e levou uns 3 anos para ele ter coragem de se divorciar. E trair um companheiro meu, fiz uma vez, pra terminar no mesmo mês. Ninguém morreu.

Mila disse...

Alícia, por isso que dizemos que, num relacionamento monogâmico trair é uma questão que extrapola o feminismo. É uma questão ética mesmo. Pelo menos na minha, estarei sendo tão errada se eu trair quanto se meu companheiro o fizer. No meu entender, não há dois pesos e duas medidas.
Só que extrapolando o individual e partindo para o coletivo, a traição masculina é mais aceita e até incentivada pela sociedade. Nossa socialização favorece, veja só, que condenemos somente a amante (esta que na maior parte das vezes nem sabe) e a presepada do homem comprometido é irrelevante.
Por outro lado, a mulher que trai é vista como promíscua e muito condenada socialmente. O caso da Fabíola é um exemplo bem marcante.
Hoje em dia, as pessoas têm muito mais liberdade de escolha que relacionamentos monogâmicos. Se não consegue ficar só com uma pessoa, há outras alternativas: tem relacionamento aberto, dá pra terminar e ficar com outra(s) pessoa (s), dá pra ter poliamor, dá pra simplesmente ficar solteiro (ninguém tem que ser obrigado a namorar). Agora se ambos decidem que o relacionamento será monogâmico e fechado, pq ficar traindo a confiança da outra parte?

Anônimo disse...

Acho que o romantismo e o conto de fadas continua super presente em muitas cabecinhas. Senão, acho que esse debate com toda essa polêmica estaria rolando.

claire disse...

Incrivel, mulher vive reclamando que é traida e blablabla, mas na hora de ser amante aceita? Ah pqp ne

WEB DIVA TULLA LUANA disse...

Boa noite. Tudo bem com você? Eu não te conhecia até então eu ter postado os meus vídeos no YouTube, que bombaram, né. E você no seu, no seu site, você mencionou que EU dizia né, era o que eu dizia, que eu tinha esquizofrenia. EU NÃO MINTO! Eu TENHO esquizofrenia. E eu não sei em que seu marido trabalha, porque ali você também colocou que ia perguntar ao seu marido pra ele ver os vídeos e verificar se realmente eu tinha esquizofrenia, eu tenho esquizofrenia. Eu não disse que tenho, eu tenho. Por um acaso você é médica? E o que eu postei nos vídeos não foi relacionado a esquizofrenia. Foi relacionado a promoção enganosa da Colheita Feliz junto com a Pai Mendes e Lacta. O que tem você a falar em relação a minha doença? Agora, veja aqui, esse é o laudo do meu psiquiatra. Cê tá vendo? Se seu marido for médico, se ele for médico, porque não me interessa se ele é ou não, a minha CID, pergunta a ele o que significa CID F.20. Dá pra ver? Tá vendo essa quantidade de medicamentos, Rosana? Você tá me deixando passar, ó, você tá me fazendo passar mal, você tá me fazendo passar mal. Eu tomo Procimax EU TÔ TREMENDO ROSANA. Eu tomo Procimax. Eu tomo Prometazol, Eu tomo esse aqui olha, Zyprexa. Tá tudo aqui olha. Você tá vendo? Isso aqui é mais de 600 e poucos reais. Sabe onde eu consigo, Rosana? Eu consigo no auto custo da prefeitura, porque não tenho condições de pagar. Cê tá vendo isso daqui? Isso aqui é Fenergan que eu tenho que tomar. Você tá vendo isso daqui? Isso daqui é Roipnol que eu tenho que tomar. Fora Rivotril, que eu tenho que tomar.

Então você PARE de duvidar do que eu digo. Eu sei que a internet é assim, muita gente mente, a gente não sabe com quem tá lidando, porém eu não minto, eu não gosto de mentira. E o que está em pauta aqui não é a minha doença, é a promoção, a enganosa promoção que colocaram no Colheita Feliz e eu me senti lesada. Eu não gostei do que você colocou. VOCÊ POR FAVOR SE RETRATE EM RELAÇÃO À MIM! Porque eu não lhe conhecia até então, mas você acabou me conhecendo, né Rosana, e você está me fazendo mal, e eu te digo uma coisa OLHA O QUANTO EU ESTOU TREMENDO. Se eu passar mal, e for, se eu for parar hoje, agora são exatamente nove e quarenta da noite. Se eu passar mal por sua causa, pelo que eu vi ali e for pro hospital, eu vou te responsabilizar, Rosana. Eu não tenho mais nada pra te falar. Eu sou a Tulla Luana Fontes dos Santos, e te provei aqui, POR A + B, QUE EU TENHO ESQUIZOFRENIA! EU SOU ESQUIZOFRÊNICA!

Ilka disse...

Não é a mulher que transa com o "seu" homem o problema, e sim o mito do amor romântico monogâmico que causa todo esse mimimi.

Transar não tira pedaço.

lola aronovich disse...

Eu não sei pra quem é esse comentário das 19:40, e não sei se é a Tulla falando, ou alguém se passando por ela. Mas eu não sou Rosana.

O debate relacionado ao post em si tá muito bom. Continuem!

Anônimo disse...

"Quem trai não tem caráter." Quem dera tudo fosse simples assim, mas somos muito mais complexos que isso.

Anônimo disse...

Poutz gente, eu acho que no feminismo tá mais que claro que quando um homem trai uma mulher ele é culpado e é sim um traidor sem escrúpulos. Discutir isso é o óbvio. Vamos avançar na discussão. A questão a ser debatida agora é: mulher QUE SABE que o sujeito é comprometido e mesmo assim continua um relacionamento com ele. E aí que o feminismo entra, porque o patriarcado espera justamente que a mulher não se importe com a outra que está na outra parte. A gente vai continuar contribuindo conscientemente com essa cultura do homem pegador?

A.A disse...

Vou falar um pouco do que aconteceu comigo há um ano atrás.
Eu era casada, há 10 anos. Hospedei uma pessoa na minha casa e quando eu estive doente e internada, meu ex marido transou com ela.
Quando eu voltei pra casa, ele me pôs pra fora, pra ficar com ela.
Eu não a culpei no começo. Eu me culpei.
Por estar doente.
Por não ter dado atenção pra ele.
Por ter hospedado ela na minha casa.
Por querer relação aberta(e ele não queria).
Depois comecei a pensar: ela se dizia minha amiga e mesmo assim ficou com ele .
Ele é um cafajeste por mentir e me forçar a uma relação monogâmica unilateral, mas e ela, está certa?

Anônimo disse...

Não rola o sentimento de que ele pode, já que tem um histórico de não terminar um relacionamento quando começa outro, fazer o mesmo com você?

Monalisa disse...

Depois de quatro anos de namoro, sendo dois anos morando junto, fui recentemente trocada por outra. O ex e a outra me disseram que ela não teve nada a ver com o término, que não fui trocada, que não havia outra pessoa. Pra mim é o cúmulo da cara de pau, ainda mais quando descobri que o ex ficava chorando as pitangas pra outra, dizendo como estava infeliz no relacionamento. Realmente ela não deve ter influenciado em nada pra ele terminar, nossa. Depois do término descobri no celular dele que ela deu em cima dele no FB e ele correspondeu, sem culpa nenhuma. Acho que ninguém é obrigado a amar ninguém pra sempre, mas fizemos um acordo muito claro de fidelidade, por isso considero os dois completos sem caráter. Falo com ele me referindo a ela como biscate, porque gente, mulher que dá em cima de homem comprometido é o quê? Mas claro que o maior cafajeste é ele, que não foi capaz de terminar antes de me trair. O que tiro disso é que eu nunca faria isso se fosse ele, nem se fosse ela: não corresponderia paquera de alguém que sabe que sou casada, porque não gostaria de ficar com alguém que dá em cima de gente comprometida; e não daria em cima de homem casado, porque se ele trai ela comigo, não tem caráter que o impeça de me trair com alguém. Bom tá muito resumido, não sei se deu pra entender mas é isso: mulher que dá em cima de homem casado é biscate, homem que corresponde é cafajeste, o que gente com caráter faz é respeitar o compromisso, se tá ruim termina primeiro né! (Mas sabe, gente mal caráter tem que garantir um relacionamento antes de desfazer o outro, sabe como é.) Ainda bem que vi a conversa no celular, porque troquei a fechadura e pude ficar com todos os móveis pra mim. Não deixei nem um prego pra ele e ele voltou a morar com a mãe.

Anônimo disse...

Caráter é uma construção social.

Anônimo disse...

Concordo plenamente, Monalisa... e digo mais, gente mal caráter, sem caráter, fraca, abusiva, dependente e parasita que não deixa a outra pessoa livre antes de começar a ciscar por aí pelos galinheiros e chiqueiros.

Anônimo disse...

Trair indica que a pessoa é incapaz de manter sua palavra perante outras pessoas. Se a pessoa engana até quem ela diz amar, imagina se ela é capaz de ser confiável em outros aspectos. Sejamos complexos e também e deixemos de achar que traição diz respeito só a relacionamentos amorosos

Anônimo disse...

Não pq aí ela te enganou na cara dura, se fez de amiga. Foi cobra.

Anônimo disse...

Nao é ser amante, é pegar uma vez e tchau. Ser amante é humilhante demais, vc fica com os restos.

Anônimo disse...

Difícil conhecer alguma mulher que nunca tenha ficado com alguém comprometido...
Sabendo que o cara era comprometido ou não. E quem não sabe, geralmente desconfia... Mas fica... por romantismo, carência, tesão, paixão, amor, vontade de transgredir... sei lá, cada qual com seu motivo.

Sendo muito sincera, só acho que é muito pedestal pra uma caixa de comentário só.

No momento que o cara tem a intenção de trair, dá em cima de outra mulher, ele já traiu. Ainda que nenhuma mulher aceite ficar com ele.

Acho que a discussão desse assunto tem mais a ver com idealização de relacionamentos que com feminismo.
Você não tá preocupada com a falta de sororidade, tá preocupada com a possibilidade de que alguém fique com o seu companheiro...

Mari disse...

Discussão interessante. Acredito que eu não teria um relacionamento amoroso com um homem comprometido. E aí entra a questão da sororidade sim. Mas pra mim isso não é uma questão apenas de feminismo, e sim uma questão de respeito. Saber que a minha felicidade prejudica outra pessoa seria terrível pra mim. Mas isso pensando numa relação mais estável ou ao menos recorrente. Sobre ter um único ou poucos encontros sexuais com uma pessoa comprometida... Quanto a isso minha moral é mais flexível. Acredito que uma noite pode ser o suficiente para mudar toda a vida de uma pessoa. Se transando comigo o cara decidir terminar um relacionamento ruim que vinha se arrastando, beleza! Se ele decidir que gosta mesmo é da namorada "fixa" e quiser ficar com ela, como o casal vai lidar com a traição é problema deles. Agora sim, o cara sair com uma moça diferente toda semana enquanto a namorada fica em casa passando raiva é uma situação horrível e de culpa total do cara

Mari disse...

Não sei se me fiz suficientemente clara no comentário anterior. Acho que a questão principal é que nós, seres humanos, mudamos muito de ideia. E queremos ter novas sensações e experiências. A meu ver, a culpa, se é que se pode falar em culpa, não seria do amante ou da amante, mas sim do traidor. Mas por outro lado, todo mundo busca a sua própria felicidade. E ser feliz envolve certa dose de egoísmo. Sororidade tem limites. Nunca fiquei com namorado de amiga. Mas com ex de amiga ficaria sem remorsos. Até onde vai essa tal sororidade? Vocês dizem que não deve haver brigas e competição, mas acho que tem um limite pra isso também. Já passei por situação em que eu e uma grande amiga minha tínhamos interesse pelo mesmo cara. Mas ele só tinha interesse em mim. Namoramos por anos. Ela nunca superou e me provavelmente me odeia até hoje. Eu poderia ter colocado a amizade em primeiro lugar. Sempre achei que cada um deve cuidar da sua própria felicidade. Mas cadê a sororidade dela? Ela não soube respeitar a minha escolha e nem a do cara.

Anônimo disse...

Confesso que nunca me aconteceu de ser tomada por uma paixão assim tão intensa que me fosse impossível considerar qualquer princípio ético. Sempre que eu fiquei com alguém foi com plena consciência e absolutamente porque eu quis.

Então não entendo muito bem esse discurso de algumas pessoas de que se apaixonou e "aconteceu".

Mas, enfim, já fiquei com homem casado com consciência disso. Acho bonito o que fiz? Óbvio que não, e provavelmente não faria de novo.

A questão é que não dá pra ignorar o contexto social, em que homens traem suas esposas enquanto se valem do trabalho doméstico e muitas vezes são sustentados por elas, e gastam dinheiro que não gastam em casa com motel, saindo com a amante com a roupa lavada e passada pela escrava doméstica deles.

Falar em mito do amor romântico, criticar monogomia e sentimento de posse da outra pra ignorar que se está contribuindo para que homens abusem e enganem outra mulher é, no mínimo, muito desonesto.



Anônimo disse...

"vc não está preocupada com a falta de sororidade, tá preocupada que alguém fique com seu companheiro"

mas, pera, como assim? isso também não é uma preocupação legítima? o investimento num relacionamento é muito alto para uma mulher, em dispêndio de tempo, em trabalho, em dinheiro mesmo.

feminismo e sororidade não podem ser ideais abstratos. se não aparecem em atitudes concretas não servem pra nada.

por exemplo: se o meu marido se apaixonar por outra pessoa nessa altura da nossa vida eu vou ficar com uma carga enorme sim! temos filhos pequenos, temos dívidas juntos.

é claro que ele é uma pessoa livre pra fazer o que quiser, é claro que os sentimentos das pessoas mudam, mas ficar aí falando abstratamente sobre liberdade enquanto as mulheres se ferram pra criar filhos sozinhas (mesmo casadas) para que o bonitão saia com outras, olha... (não é o meu caso, dividimos tarefas em casa, mas a gente sabe que não é a regra)

e outra: importante lembrar que mulheres tem contraído cada vez mais AIDS dos companheiros.

essa liberdade aí toda pra se apaixonar e desapaixonar só faz sentido em novela ou com gente muito rica e sem filhos. na vida real vc tem que ser minimamente responsável. e, se se diz feminista, tem que se preocupar com as outras mulheres sim.

Anônimo disse...

Então,
Acho q ficar c cata comprometido é querer arrumar uma arapuca sentimental p si mesma e encher a bola do sujeito, que normalmente já se acha o último biscoito do pacote. Nessa situação o dito cujo com a mais perfeita naturalidade mente tanto que acho q até ele acredita e vai mantendo uma poligamia.
De resto p quem vir falar q mulher tb apronta isso é uma minoria. Somos talhadas p ser monogâmicas, obedientes, por bem ou por mal pq nisso de trair sempre o cara vira garanhão e a mulher vira puta e galinha. Sem mais,

Anônimo disse...

Que ponto a gente chegou de ver, num blog feminista, mulher xingando outra mulher de biscate.
Se isso não é fortalecer o patriarcado, não sei mais o que é.

Anônimo disse...

Antes de namorar um namorado, ele vivia atrás de uma moça que usava a religião como desculpa pra não ter nada com ele. Mas assim que começou a me namorar ela imediatamente veio atrás dele dando em cima. Ele ficou puto com isso. Eu não senti raiva dela, pois sei que traição só rolaria se ele aceitasse as investidas dela e pq já tinha consciencia da competição feminina.
4 anos se passaram e aí descobri que ele tava trocando mensagens melosas com a mesma moça!
Mas ele não tava chateado com ela? Como é então que anos depois isso me aparece? Fui traída. Porém continuei sem sentir raiva dela. Ele que tava correspondendo.
Mas aí na mesma época calhou de eu trair ele por acaso. Conheci um cara que me paquerou tanto que acabei me interessando.
Então perguntei pra esse namorado o que acha de quem trai. Respondeu que é gente sem carácter, lixo e coisas do tipo. Senti desonestidade nas falas dele.
Terminei com ele por conta dessa falsidade e por outros motivos.
E o cara que me paquerava por quem fiquei interessada? Descobri que tem outra!
Como resultado a minha crença em monogamia e fidelidade diminuiu. Além disso fiquei com raiva dos 2 camaradas e não das meninas. Pq eles que decidiram ser monogâmicos e não cumpriram. Resolveram enganar.

Anônimo disse...

23:09
Eu tb concordo contigo acho q não devia ser colocado assim. Não chame a outra de biscate, nem adianta nada. Acho q ela ainda está com raiva e sentimento de posse. Desculpa tá Mari?
Tb tive história parecida, já tem tempo. já fui traída dentro d um relacionamento complicado e abusivo e perdi a paciência com todo mundo.
Só muito depois refleti que o problema era do meu relacionamento, cheio de tabus e sentimentos de posse de ambos os lados e da postura errada dele. Embora eu ache ainda que a moça quis sim ficar muito com ele e ela acreditava em qualquer mentira dele. Mas acho q isso tem mt a ver com o q a Miriam Goldenberg chama de capital marital, e lendo mais sobre feminismo, vi que as mulheres eu inclusive emocionalmente se coloca muito nessa situação e esquece de si mesma... reforçando papéis de dependência feminina...
Quero crer q da próxima eu não espere p contar com a ajuda da outra pra vir tirar logo qq encosto d minha vida... Homem hoje p mim vai e volta nas ondas d mar, é q nem oferenda kkk

Anônimo disse...

Ah eu tenho mais uma sim, sou a 23:03.

Para comprovar minha tese d que mulher se dá mal nessas situações o último exemplo é o da Camila Pitanga que tá sendo linchada na rede, cujo teor ta difícil de reproduzir por ser muito horrível;

Enfim, certo ou errado em relação a relacionamentos, não importa, pq alem de ser a vida privada alheia, teve morte, isso sim que é tragédia e não tem como reverter ou curar.

Anônimo disse...

*** em anônimo porque já contei essa história aqui antes como anônima e na época teve gente que me malhou aqui :

Fui " a outra " por um curto espaço de tempo (2 a 3 meses ) de um cara com quem eu já sabia havia uns 3 anos .
Um belo dia eu descubro que ele havia arrumado uma " namorada " (não morávamos na mesma cidade, nosso encontros eram quinzenais sem compromisso acertado ) e ele me fala que não queria largar de mim nem dela....me propôs uma " vida dupla "
Senti horror, mas não conseguia largar dele....era apaixonada demais por ele ! Nos encontramos algumas vezes depois disso, mas por várias vezes , depois dos encontros eu chorava , porque queria terminar com ele e não conseguia .
Depois de uns 3 meses , não aguentei: terminei tudo e falei que se ele quisesse amante, que fosse procurar na zona .
Depois de uns meses ele me procura e fala que estava largando a moça pra namorar a sério comigo, que era eu que ele amava.
Ele realmente largou da moça, mas assumir namoro comigo ? Nunca !
Fiquei mais uns 3 anos nessa situação , sabia que esse cara não era o ideal pra mim , era galinha , volúvel, cada hora agia de um jeito ....demorei tempo a entender que era no fundo um cara que não quer compromisso com ninguém , e que quando arruma alguém que resolve " assumir e levar a sério " , em poucos meses , enjoava e vinha me procurar ...tínhamos um lance de sexo / pele muito forte, era o que me fazia ama- lo é que manteve todo o tempo essa relação
Ano retrasado, numa das milésimas pisadas de bola dele , terminei , troquei número de cel, bloqueei em Whats app, messenger, facebook, e mail ....tudo !!
Achava que ia ficar uns 2 anos sem querer nem me interessar por outro, mas menos de 8 meses depois apareceu alguém por acaso , numa situação super inusitada . Ficamos poucas vezes, o sexo foi ótimo , mas era alguém que não queria namorar sério ; hoje mantenho a amizade com ele. E procuro alguém para um namoro , é isso que eu quero . Estou tranquila , sem pressa. Além desse outro l conheci mais um ,legal, mas não rolou química .
Então pra todo mundo que passa pela mesma situação , ou que quer julgar porque " aceitei ser a outra sabendo, não tive do da ofícial , não fui " empoderada " o suficiente : não, eu não estava " empoderada " , minha auto estima estava baixa e acabei aceitando algo que não queria e me feria . Apesar de tudo eu ainda o amava e já saia cm ele havia muito tempo antes .levou tempo a criar forças pra deixar de ser " a outra " e finalmente levou tempo a me livrar de vez desse relacionamento .Eu não sirvo pra isso, se pudesse dar um conselho seria : SER AMANTE É UMA BOSTA , NÃO ENTREM NESSA .
Tem gosto pra tudo, tem gente que consegue mas não sou eu . E acredito que sair com homem comprometido ( pra quem aguenta o tranco ) só vale se for aberto pros dois lados, e se a mulher do cara souber e estiver de acordo com um relacionamento aberto .
Mas acho que raríssimas pessoas conseguem se dar bem com essas situações .
Isso foi baseado na minh experiência, não posso julgar todo mundo , nem endeusar todo mundo que faz isso ou aquilo.
PS : esse ano esse meu ex me procurou via facebook, havia criado um perfil novo ..fiquei aliviada em ver as fotos dele e ver que não quero nada dele, nem amizade, nem amor , nem nada....nem respondi a solicitação de amizade dele.

Anônimo disse...

Pois é mas tem amiga que tb faz de tudo pra ser enganada, pq tem q ter um macho d lado. Daí fica monogâmica a vida toda por pressão social e do cara enquanto ele tem variedade na vida sexual a vontade... Esse tipo vai fazer d qq jeito é vai mentir tudo n cara dura amiga

Kasturba disse...

Se o cara está traindo a namorada/esposa simplesmente pelo sexo, acho ele nojento. Trair a confiança de uma pessoa, mentir descaradamente, humilhar uma pessoa que confia em você, e fazer com que ela faça papel de palhaça, é nojento! É sórdido, e na minha opinião, cheira a psicopatia.

Se o cara está traindo porque está apaixonado/amando a "nova pessoa", acho ele covarde. Covarde porque não tem a coragem de pagar pra ver, de pôr a cara a tapa, ser honesto com si próprio e com sua companheira atual, e terminar o relacionamento antes de se lançar em um novo. Tem medo de "não ser tudo isso", e perder o relacionamento atual.

Por qualquer dos dois tipos de homem, eu não teria a menor atração, e, portanto, nunca ficaria com nojentos ou covardes comprometidos.

Kasturba disse...

E é sério mesmo que existe feminista que acredita que é "libertador" a mulher aceitar ser brinquedo pra homem nojento, canalha, cafajeste entediado???

Anônimo disse...

Estava lendo os comentários...
Muita mulher que já teve relacionamento com cara casado, que era apaixonada, e que não queria largar...

O único problema que eu vejo é justamente nesse lado emocional, da paixão, que passa a sentir pelo cara casado.

Não vejo nenhum problema em fazer uma transa louca com cara casado. O problema é se apaixonar por ele.

Anônimo disse...

Falam tanto de poligamia/poliamor...

Mas Poligamia/poliamor é tudo uma grande mentira, farsa e hipocrisia!!

Sabe quando um adepto de poliamor rapidamente deixar de ser um adepto dessa farsa?

Quando o parceiro dele encontra alguém melhor/mais bonito que ele.

É tiro e queda.

Anônimo disse...

Gostei da sinceridade. Se fosse monogamia, não rolava climão de sexo, namoro, etc. Quando tá assim, é até bom pra ela (a oficial) que o namoro termine.

Hamanndah disse...

Anonimo das 23:55, voce esta sendo "sem noçao"..Camila nunca teve nenhum caso com aquele pobre rapaz. Deixa de acreditar em tudo que vê. na net. A moça está sendo caluniada, sendo 100% inocente dessa tragedia. Vc falou como se fosse verdade esse "caso" que so existiu.a mente perversa das pessoas que nao estao respeitando o luto de Camilinha e da familia dele. E normal carinho e amizade de homem e mulher, inclusive qdo um ou ambos sao comprometidos. Menos maldade e preconceito, anônimo das 23:55.

Anônimo disse...

Olá Lola! Meu nome é Manuella, tenho 21 anos e estou com um problema gigantesco. Eu vou tentar explicar sem muitos rodeios. Eu fiquei com o namorado do meu melhor amigo, Sim namorado, meu melhor amigo é gay e seu namorado bissexual. Nós ficamos numa balada, enquanto meu amigo estava viajando. Foi só um beijo, bom naquele dia, foi só um beijo. Eu sempre vi ele como namorado do meu melhor amigo e tal, nunca tive nenhum tipo de atração por ele, mesmo ele sendo muito bonito. Enfim... No dia seguinte ele foi até minha casa e me pediu desculpa, mesmo sabendo que eu também estava errada. Ele disse que amava e ama, meu amigo e que o beijo foi um erro, decidimos não tocar mais no assunto, pois ele não queria magoar meu amigo, eu concordei claro. Quando meu amigo voltou de viagem, eu quase não consegui olhar na cara dele, e quando consegui eu tive vontade de chorar, eu queria nunca ter beijado o namorado do meu amigo. Dois meses se passaram desde do dia da festa. Eu ainda me sentia culpada, meu amigo perguntou diversas vezes o que estava acontecendo, mas eu nunca disse, Mas um dia o namorado do meu amigo, veio até minha casa e disse que queria transar comigo, minha primeira reação foi manda-lo embora, mas ele não foi. Eu acabei me rendendo, fui fraca e ele também, nós transamos sem proteção. Mais dois meses se passaram e o que eu temia aconteceu. A mais ou menos duas semanas atrás eu vim tendo enjoos e tonturas constantemente, meu corpo está mudando, algumas roupas já não me servem. Eu fiz o teste de farmácia e deu positivo, nesse momento eu já não sabia o que fazer. Não satisfeita, fui no hospital e fiz o exame de sangue, também deu positivo. eu passei noites chorando, meus pais me perguntam o que está acontecendo e eu minto dizendo que estou bem, não vejo meu amigo e nem o pai do meu filho a quase uma semana. Eu não sei o que faço, Lola. Não posso esconder a criança e não vou tira-lo, mas não sei como contar pros meus pais, meu melhor amigo, ou até mesmo o pai do meu filho. Por favor me ajuda! Amo seu blog! Beijão. <3

Anônimo disse...

Todo este post e a caixa de comentários são a prova de como a heterossexualidade compulsória
e toxica para as mulheres, como isto e um mecanismo de opressão estrutural mais bem elaborado pelo patriarcado na mente feminina e como o feminismo deve sim se engajar em desconstruir isto. Não existe vantagem alguma em mulheres se relacionarem com homens nem sexualmente nem afetivamente, muito pelo contrario, as mulheres sã o único grupo oprimido de que se espera que tenha sentimentos românticos e sinta atração pelo seu opressor, e omo esperar que "zebras sintam atração natural por leões"
Pensem bem nisto.

Anônimo disse...

Nunca fiquei com homem comprometido porque 1) não faço com outros o que não gostaria que fizessem comigo; 2) não me sinto atraída por pessoas que são desleais à outras; 3) Nunca me envolvi apenas para ficar casualmente, então se nosso lance prosseguisse para um namoro eu iria ficar com pé atrás sempre, afinal se ele traiu uma é quase certo que iria me trair também na primeira crise (e relacionamentos sempre passam por crises, mais cedo ou mais tarde). Lívia

Anônimo disse...

Fazendo propaganda de que é pra casar

Anônimo disse...

Uma mulher/homem se envolver com um homem/mulher com prévio conhecimento de que este/a está de alguma maneira compromissado/a não é nada louvável, é sim errado, na minha humilde opinião. Não importa que tipo de convicção, crença ou desculpa esfarrada que se tenha. O traído/a da história não tem obrigação nenhuma de compartilhar das suas filosofias.

Mas com certeza, quem quebrou o pacto é o pior. Quem prometeu, se comprometeu e não manteve sua palavra, muitas vezes (ou quase sempre) colocou em risco seu/a parceiro/a e ás vezes até a família inteira é o grande culpado da história. Se é que precisa existir um Judas num caso desses, que seja aquele que não cumpriu o que prometeu.

Mas claro que no caso dos homens, a culpa jamais será dele... por que né, pobre cordeirinho inocente - a "megera" dentro de casa não proveu o que ele queria e uma "puta aproveitadora, golpista e sem coração" seduziu o coitadinho... ele não teve escolha...

Então sim, sororidade é um excelente motivo para não sair com alguém compromissado. Afinal, as mulheres sempre vão ser culpadas pelo mal que lhes é causado. Não traga mais desgraça para uma delas.


Jane Doe

Anônimo disse...

Sua consciência pode lhe cobrar isso caso ocorra o mesmo com você. Espero que emocionalmente esteja preparada para isso.

Anônimo disse...

Sempre tem as feministas de butique querendo relativizar tudo. "Se homem faz nós fazemos também", que maravilha. Se o outro pula da ponte, você não precisa pular, sua trouxa. E já que ter caráter não importa pra você, tente "pensar" no feminismo que você supostamente entende e defende. Você está movimentando a máquina da opressão, só não faz ideia até acontecer com você.

Anônimo disse...

Para certas pessoas uma mulher xingar outra por estar com raiva é pior do que a atitude nojenta, mesquinha, traiçoeira e covarde, de contribuir com um cafajeste salafrário canalha humilhar, enganar, fazer de palhaça, de otária, uma outra mulher - a mulher com quem ele se comprometeu e não deveria trair; a mulher a quem a(s) outra(s) mulher(es) deveria(m) ser solidária(s), entender(em) sua posição, ter(em) empatia em vez de ser uma colaboradora da traição, do abuso e da humilhação dessa mulher por esse homem; até porque você(s) muito provavelmente pode(m) ser a(s) próxima(s).

Anônimo disse...

Muito legal você ter pontuado como tudo é extremamente relativo, Lola! Acho que em termos de moralismo, simplesmente apontar o dedo e condenar é ridículo. A pessoa que trai fez uma bobagem por ter mentido dentro de um acordo firmado, mas é isso. Já vi casais que, após uma traição, se abriram e conversaram mais que antes e chegaram a cogitar abrir a relação, consideraram todas as possibilidades para ver o que os fazia mais felizes. Se alguém é problemático na história, é quem trai sem ser transparente com a pessoa com quem firmou um acordo, ponto.
Não me fez bem ter tido caso com homem comprometido, pois me embrulhou o estômago o cara falando com a menina, mentindo, comigo do lado. Não gosto disso, mas isso me afetar é problema só meu. Depois conheci a menina, nos demos bem - ela era parecidíssima comigo. Passava por uma depressão fortíssima, sabia bem intuitivamente o que tinha se passado e, de forma quase literária, com conversas bem indiretas, lamentamos não ser possível sermos amigas. Lamentei principalmente ela estar com um cara tão fraco que foi fugir buscando uma versão mais saudável dela em vez de ajudá-la num momento tão difícil.
Ele, depois disso (a cara de horror dele enquanto conversávamos era digna de comédia), passou a fingir que eu não existia.

Anônimo disse...

O problema é que a gente começa com isso de "vou só curtir" mas a coisa sai do controle e vc de repente se pega suspirando pelo bofe. Arriscado.

Anônimo disse...

Sério que vc nunca sentiu atração sexual por homem cafa sabendo que ele é cafa? Parabéns miga, eu não sou evoluída assim

Marix disse...

Além da sororidade, um dos aspectos que mais levo em conta para não me envolver com pessoa comprometida é que eu não quero ser clandestina na vida de ninguém. Mesmo que seja só por uma noite. Já sai com uma pessoa comprometida quando eu era mais nova, foi uma vez só, mas foi suficiente para eu não gostar. Não gostar de ter de me encontrar às escondidas, de fazer tudo escondido, e depois fazer de conta que nada aconteceu. Não quero fragmentar minha vida desse modo.

Anônimo disse...

Quem disse que é libertador ou defendeu isso em nome do feminismo? Eu fazia pq tava a fim e pronto.

Mari disse...

Me sinto compelida a comentar de novo. O que o pessoal tem contra poliamor e relacionamentos abertos? Um relacionamento monogâmico também não é garantia de final feliz. Ainda somos livres pra peder o interesse numa relação é nos apaixonarmos novamente. E nem todas as mulheres são pobres sofredoras nas mãos de canalhas. Nem todos os homens são sacanas loucos pra meter em tudo que veem. Pessoal vem dizer "ai, mulher sofre mais, é muito mais traída". Primeiro, cadê as estatísticas? Segundo, por que tantas novas aceitam homens que traem ou aceitam ser a amante e depois vêm aqui reclamar? O maior mal é a ignorância da situação. Quem sabe o que se passa é livre pra fazer suas escolhas de vida.

Luma disse...

olha, pra mim é simples: Considero o cara que trai a parceira/esposa/namorada um canalha de marca maior, sem caráter e babaca, não me importa o motivo pelo qual ele trai. Sendo assim, não me envolvo com um cara desses, nem pra transar, que homens babacas não me dão tesão. Pronto.

Só pra constar, respeito quem sai com caras assim, cada um segue sua consciência, cada um sabe o que sente e almeja. Há casos e casos. Apenas coloco como eu me sinto em relação a essa situação.

E sim, sororidade pesa. Mas eu diria que é mais aquela premissa "não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você". Empatia, sabe? Vale pra homens e mulheres. Bjs.

Anônimo disse...

Parece que ninguém aqui assistiu "as pontes de madison", um dos melhores filmes que eu já vi.

O feminismo deveria ser a favor do amor, não da possessividade. Não adianta dizer "tem muito homem por aí, escolhe outro". Ora, é óbvio que tem muito homem solteiro no mundo, mas de que adianta se eu não sinto atração por eles? Eu deveria ser obrigada a transar com gente que eu não tenho nada a ver? Se é por ESTE homem que eu estou atraída, é com ele que eu vou transar! Não vou entregar meu corpo a qualquer um no meio da rua por culpa da monogamia imposta pelo patriarcado. Eu não estou tirando nada de ninguém.

O conceito de traição só prejudica as mulheres. Deveria ser abolido.

Ci menoni disse...

Então que ele deixe isso claro a esposa, pois se ele pode fazer sexo fora , ela também pode.

Ci menoni disse...

Mas mesmo que ela fosse atrás dele, cabe a ele não te trair. Ele é responsável por escolher te trair ou não.

Ci menoni disse...

Concordo, a culpa da traição, é de quem é comprometido. Basta o cara dizer um NÃO bem dado, que não há a traição. Isso é machismo sim, querem botar nas costas da mulher a culpa dos santinhos dos homens trairem.

Ci menoni disse...

Quem decide se a mulher sofre ou não, é o marido, ele é o casado, ele que não deve trair. Ele decide se te põe o chifre ou não, ninguém força o homem a trair.

Anônimo disse...

Exceto por alguns comentários, que lindo ver tantas mulheres com uma opinião honesta e se importando com outras, ainda que algumas só por sororidade.

Anônimo disse...

Vou aproveitar a oportunidade do debate aqui para desabafar sobre algo que esta engasgado aqui já faz alguns meses:
Conheci um cara super legal a dois anos atras. Me apaixonei logo de cara, ele era virtuoso, ideologicamente engajado com as causas sociais, parecia o cara perfeito, mas eu sabia que era casado por isso nunca deixei que a coisa evoluísse para algo além do coleguismo, nem amigo eu quis considera-lo. Um belo dia, uma amiga recente me pede para indica-lo a ela para interagirem. Não vi nada de mais e assim o fiz. Meses depois descubro que os dois passaram a ter um caso. Que ela deu em cima dele mesmo sabendo que o mesmo era casado e que a esposa dele havia engravidado e tido um bebê prematuro. O senhor perfeito no lugar de dar apoio a sua esposa estava fugindo dos problemas no casamento ocasionados pelo nascimento do filho com uma relação extraconjugal no lugar de dar apoio a esposa. Fiquei revoltadíssima e me pensando, será que fui trouxa e a outra esperta? Graças a Deus tirei isso da cabeça ao saber do que vinha se passando com a esposa do cretino. Ela estava estressadíssima com os problemas do bebê prematuro, com baixa estima e não se sentia suficientemente apoiada pelo marido que insistiu muito para que tivessem um filho (a maior realização de um ser humano). Mas o pior estava por vir, a minha amiga esperta começou a espalhar o caso dos dois para todos, aparentemente ela queria muito que a esposa descobrisse tudo e terminasse o casamento para ele ficar com ela. Amoça deu detalhes dos encontros e chegou a insinuar que estaria grávida do moço virtuoso que assim que percebeu tudo isso terminou com ela e a substituiu por uma amante mais discreta. A ex amante por sua vez, agora tenta negar tudo quando questionada mas o estrago já foi feito. Fiquei enojada principalmente por se tratar de um cara que vende uma imagem de justiça e integridade mas não é nada disso. Por uma cidadã que se dizia ser minha amiga ter me usado para chegar a um cara casado e prejudicar outra mulher sem culpa alguma e principalmente, por ter acreditado em ambos como pessoas.
Acho que a questão envolve muito mais que sororidade. Estamos falando das vidas de outras pessoas. Fazer algo deliberado sem se importar com o impacto que isso pode causar em outra pessoa. Compactuar com um ato de negligencia e traição. Tudo isso é questão de caráter sim, vai além de empatia e solidariedade. Fica entre os limites da maldade e do egoísmo. A situação toda me fez entender como o feminismo é importante mas principalmente como nossos valores e nosso querer bem ao próximo devem estar presentes, acima de qualquer vaidade tola e principalmente, sobre questões familiares e maternidade, saber escolher bem com quem e em que momento ter filhos pois o fardo é pesado, por mais glamuroso que a sociedade queira fazer parecer. Perdão pelo desabafo.

Ci menoni disse...

Nesse caso, ela é tão cafajeste quando ele.

Unknown disse...

"Pra que ficar com um homem comprometido se há tantos solteiros por ai" ai vc troca uns beijos com um homem solteiro e ele começa a pressionar pra conhecer sua mãe, colocar fotos nas redes sociais sem sua autorização, querer andar de mãos dadas na rua... Pra sexo sem compromisso comprometidos sao melhores

Ci menoni disse...

Exatamente.

Anônimo disse...

Nao me considero feminista, mas vai la ja fiquei com varios caras comprometidos, é estranho, mas sempre pensei que a outra tbm traia o nsmorado pra ele ter que chegar ao ponto de comprometer a relaçao deles. Fico msmo e se for necessário traio tbm

Unknown disse...

Acho simples perguntar se a pessoa é comprometida, e se reposta for sim, parto pra outra. E no meu caso, a carne não é fraca, consigo controlar meus desejos e não entendo pq com as outras pessoas não pode ser o mesmo.

Anônimo disse...

Exatamente, culpa é de quem tem compromisso. Essa pessoa é que escolhe trair.

Anônimo disse...

Anônimo de 20 de setembro 01:30 h

Eu sou a pessoa que postou o comentário de ontem as 23:59

Concordo que não devemos nos apaixonar por homem casado. Mas no meu caso, eu já saia com ele uns 3 anos antes de ele arrumar "namorada " , já estava envolvida é apaixonada antes. Não é fácil simplesmente dar o pé na bunda nesse caso.
Com outros homens comprometidos,nunca fiquei . Se sabia que o cara tinha namorada ou era casado já pulava fora muito tempo antes de rolar algo . Mas no caso desse homem , eu já era envolvida antes.
Fica muito fácil criticar , julgar :" você deveria ter sido mais forte " . Pois é , deveria mas não fui . Paguei o preço por isso e depois de um tempo terminei .
Meu conselho continua sendo o mesmo : nunca seja amante, porque é uma bosta . E não caia na lábia nem em conversinha fiada deles .

Anônimo disse...

Tanto a esposa , quanto a amante são brinquedos né. Porque o homem que trai , não está nem aí para a esposa também.

Anônimo disse...

Inclusive culpada pelas próprias mulheres, que isentam a culpa do traidor.

Anônimo disse...

Não é sentimento de posse, é uma questão de quebra de confiança. A pessoa investe seus recursos físicos, emocionais, financeiros numa relação. A pessoa até tem a oportunidade de trair, mas prefere se manter fiel, pois não quer carregar o peso de uma traição para o companheiro.
A culpa já cai demais sobre a mulher traída. Ela ficou velha, ficou feia, engordou, não é atraente o suficiente. Traição mexe com a autoestima dela, significa que ela não é o bastante. Ela não conseguiu manter o macho. E é muita desonestidade da nossa parte pedir que ela passe pano pra amante, que mesmo sabendo, participou desse processo na vida dela.

Anônimo disse...

Vou complementar meu comentário em resposta a alguns comentários.

1- Para mim o macho traidor é ainda pior, não merece nadainha. E claaaro que na minha humilde opinião deve ser mais rechaçado que a amante. Afinal quem fez o acordo de monogamia foi ele. Então - - parem de criar espantalho, a maioria das feministas rechaça homem traidor, agora porque somos feministas vamos passar a mão na cabecinha da coitadinha???? que - ohh nossa! a sociedade já julga tanto a amante. Nada disso, é errado e pronto.

2- Sem essa de - ahh o cara é que veio, eu “só” aceitei. É exatamente o que comentaram acima, é tipo corrupção passiva. É tipo - huum me deram esse dinheirinho aqui da merenda escolar de criança que nem tem o que comer em casa, mas sabe, não fui eu quem foi lá e arrancou delas, me deram então não é errado.

3- Comentaram ai que se fosse a mulher a trair o marido as feministas não iriam fazer escarcéu, na minha opinião é errado sempre e vindo de qualquer lugar.

4- Alguém comentou ai – a que ponto chegamos chamando mulher de biscate- Migue se a gente chama homem de escroto, cafajeste quando faz merda, porque não pode chamar mulher de biscate quando faz merda???? Fica ai o questionamento. Feminismo agora é acobertar merda de mulher é??? Seres humanos podem ser terríveis sendo homem sendo mulher. O que o feminismo faz é tentar destruir as estruturas que favorecem as merdas vindas dos homens, mas até aonde sei não se trata de fingirmos que mulheres são seres que nunca cometem erros.

5- E por ultimo mas não menos importante. Vocês juram que querem ter algo com um cara que trai a companheira??? Que feminismo é esse que aceita migalha de cafajeste. Que feminismo é esse que fica com um cara que tá sacaneando a outra, que muitas vezes conta na sua frente o quanto a outra é chata, isso e aquilo???? Se valorizem mais. Eu é que não quero, se ele não presta, porque cargas d´gua vou querer um cara desses??? Isso é premiar macho escroto. Não meeesmo.

Sandra.

Anônimo disse...

Eu também tô passada com o grau de individualismo de algumas por aqui. Então quer dizer que se o sujeito casado estiver se oferecendo tá certo pegar mesmo, se não for vc outra vai? Quer dizer que sua suposta "liberdade sexual" (no fundo backlash pra ser sexo casual do casado) é mais importante que a humilhação de outra mulher? Pensei que o feminismo era para lutar pelo bem estar de todas as mulheres e não colaborar com a máquina da opressão, a qual amanhã estará vitimando você.
Gente, que que esse backlash bucetopower tá fazendo com vcs?

Sportano disse...

Eu jurava que eu veria aqui comentários tendendo somente para um lado. O lado de não se relacionar com pessoas comprometidas. Pelo simples fato de parecer tão lógica a resposta para a pergunta do título do tópico ser um claro e estrondoso NÃO!

Surpreende ainda que pessoas achem normal, procurem de alguma forma uma tentativa de explicação plausível para sair com pessoas comprometidas do tipo : "ah, é só sexo/ ah, o relacionamento dele já estava no fim/ah,isso ou aquilo". Pessoas, essas pessoas com as quais vocês saíram ou ainda saem estão comprometidas em um relacionamento que é um acordo de vontades nos quais se comprometeram a ter fidelidade. E não possuem coragem suficiente ou bom senso suficiente para enxergarem que não estão mais na sintonia daquele tipo de relacionamento. Como se envolver com uma pessoa assim? Ou até achar que a pessoa pode ter algo sério com você (feito uma ou outra disse que está agora com o cara com o qual ela foi a amante -sim,pois por mais nome bonitinho que você use, por mais desculpa que você queira colocar...sim. Se você saiu com alguém comprometido, você foi sim amante-) sem efetivamente trair você como fez com a ex ou as exs?

Vemos tantos e tantos casos (especialmente mulheres) que se machucam porque descobrem uma traição e você vai, de livre e espontânea vontade auxiliar pra que uma traição ocorra?

Anônimo disse...

Olha já comentei aqui: já fui traida e não acho que mulher tem q ser xingada (me arrependi d quando fiz espero agir diferente n futuro) ou execrada na situação colocada pelo post.
O problema é o cara que assume e exige compromisso, monogamia fica só pra mulher geralmente, e usa relacionamento como poder e abuso sobre mulheres, infelizmente passei por isso.
Claro que é bom evitar esses caras pq como disse outra aqui tb tem as situações mais complicadas com filhos e família e realmente pode ser falta de sororidade.
Mas tb acho q a responsabilidade maior é a do cara, que foi mau catater, mente e comigo, depois quase 5anos, além d tudo ele achava q eu tinha q aceitar tal situação pq era assim mesmo, pq todo homem trai, nas palavras dele. Mandei ele ir pastar, depois ficou atrás chorando. Nem pra ficar c a outra ele teve peito p ficar. Hj m relacionar é mt difícil, evito perder tempo com isso. Confiar desconfiando sempre é meu lema.

Anônimo disse...

Sim, ele teria culpa nos dois casos, e a outra só se ela foi atrás.

Anônimo disse...

anonima das 10:31

Você disse bem, e filmes como " pontes de madison ", " príncipe das marés "? Tem uma porrada de gente que diz que chora, se emociona vendo o filme mas depois vem xingar / condenar as pessoas da vida real que passam pela mesma situação .
Hipocrisia pura !
A gente não manda nos sentimentos .
(Mas acredito que a partir do momento em que vc percebeu que sente algo por outra pessoa , ou que começou a ter algo com outra pessoa, deve tomar uma decisão e fazer uma escolha ) . Não dá pra ficar anos a fio levando uma situação assim indefinidamente . Eu pelo menos não conseguiria . Uma hora a pessoa tem que sair de cima do muro e escolher pra que lado vai .

Anônimo disse...

Pois é, pelo menos a "outra" sabe que tá sendo só peguete e tá ok com isso. Algumas né, tem umas que se submetem a ser amantes, se apaixonam, patéticas.

Anônimo disse...

"Ora, é óbvio que tem muito homem solteiro no mundo, mas de que adianta se eu não sinto atração por eles? Eu deveria ser obrigada a transar com gente que eu não tenho nada a ver? Se é por ESTE homem que eu estou atraída, é com ele que eu vou transar!"
Correto! Homem não é igual a sapato, se não tem seu número vc vai e escolhe outro! só sou contra dar em cima do comprometido ativamente, iniciar o flerte, isso eu não faço. Mas se ele começa e eu me interessar, vou em frente sim. A maioria só fica olhando e não faz nada, pelo menos isso. Já tive lances platônicos pesados com casados, que nunca fizeram nada além de demonstrar atração forte por mim. Tb não fui atrás.

Anônimo disse...

Eu quando solteira ficava com comprometido sem nenhuma culpa, mas trair meu marido jamais, ele não merece.

Anônimo disse...

Um dos maiores instintos femininos chama-se competição! Todo homem sabe que é só botar uma aliança no dedo que chove mulher na horta como se diz no popular, da mesma forma que o homem considerado galinha e pegador em seus maiôs de convivência atrai muito mais a atenção sexual de mulheres do que os chamados "solteirões bom partidos"
A lógica para tal comportamento e de que "se ninguém tá disputando e porque não é bom e gostoso"

Anônimo disse...

Isso funciona se vc tá numa balada, mas geralmente acontece com gente da sua convivência, não com estranhos.

Anônimo disse...

Pra mim feminismo é a luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, fim. Não ficar protegendo todas as mulheres do mundo sempre e de tudo. A traída deveria sair e trair pra se vingar e dar um pé na bunda do cachorro.

Anônimo disse...

12:40

Um dos maiores instintos masculinos é mentir rs

Anônimo disse...

12:40,

Não se preocupe, ele é que deve estar traindo você, com moças que agem como você agia.

Anônimo disse...

É ÓBVIO que a responsabilidade maior é da pessoa que tem o compromisso. Isso nem se discute.

Mas é uma questão moral e ética você não fazer algo errado e não fazer aos outros o que não deseja que façam pra você. Precisa ser feminista pra isso?

Anônimo disse...

A sociedade diz ao homem que ele "pode", porque é "da natureza" dele. Uma mulher que fica com um homem casado não faz nada além de reforçar o machismo. É patético ver "feministas" gostando disso.

Anônimo disse...

13:13

kkk e vc me conhece pra saber como eu agia? kkk

eu nem me preocupo mais com traição, é mato, e mato alto, ja foi muito instrutivo passar pela legiao de mentiras que vocês contam.

E mesmo antes disso, nem toda mulher curte homem casado, muitas aqui como eu não fazem isso. Tenho nojo e passo longe. Acho que é FDP de cara. Relacionamento dos outros respeito e muito, foi assim desde sempre, mesmo que muita gente não faça isso. Mulher é criada pra ser monogâmica e obediente, pra desconstruir isso é um longo caminho e não precisa passar por cima dos outros.

Bando de mentirosos e traíras são homens. A maioria, na minha opinião, só pra ser legal.

Não gostou ja vai tarde, vlw flw

Mila disse...

Também me sinto compelida a postar aqui de novo. (PS: Estamos tendo uma discussão sadia, relacionada ao tema e sem trolls e isso é muito legal).

Minha melhor amiga foi traída pelos 3 últimos namorados. Todos corriam atrás de sexo com outras mulheres, inclusive casadas. Com o Homem 1 ela vivia uma situação de relacionamento abusivo, com o 3 vivia uma situação que se encaminhava para ser.
Acompanhei de perto o sofrimento que o fracasso dessas relações fizeram a ela. Além de fortalecer meu feminismo, isso me fortaleceu também como pessoa. Ninguém gosta de ver uma pessoa amada sofrendo por causa de homens estúpidos, manipuladores e desleais. Descobrimos a traição do Homem 2 por causa de uma moça, feminista, que nos enviou prints, provas e tudo o mais do assédio. Sabemos que são poucas as pessoas capazes de fazer isso, sobretudo pq nós mulheres tendemos a acreditar que as outras são inimigas. Com o Homem 3, ele dava em cima de qualquer uma que fosse mulher, dando preferência a mães solteiras (sexo fácil na lógica masculina).
A gente cansa de problematizar as questões de relacionamento entre homem e mulher. Que a realidade é de a mulher investe muito nos seus relacionamentos, que por trás de um babaca que acha que tem o divino direito de andar atrás de outras, é altamente provável que exista uma mulher dando tudo de si num relacionamento, por vezes até numa situação abusiva.
Daí a gente fica com um homem que é incapaz de manter a fidelidade com alguém que ele diz amar. E notem: estamos falando de um relacionamento monogâmico e fechado, na qual é de comum acordo que ambos sejam fieis. Não é uma prisão. Exceto em relacionamentos abusivos, qualquer um pode cair fora quando convier (e quem tem o poder de traição dificilmente vive uma situação de submissão perante o outro). Hoje temos diversos modelos de relacionamentos que permitem a configuração que a pessoa preferir. Mas é esperado de alguém que tenha se comprometido a ser monogâmico tenha a honra de cumprir com sua palavra.
Eu ainda busco entender o porquê de premiar um homem que trata uma mulher como objeto? O porquê de contribuir, conscientemente, que uma mulher seja humilhada quando há outras opções de relacionamento as quais as pessoas não são enganadas?

Anônimo disse...

"Pra mim feminismo é a luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, fim. Não ficar protegendo todas as mulheres do mundo sempre e de tudo. A traída deveria sair e trair pra se vingar e dar um pé na bunda do cachorro."

Sei não, mas não quero ser igual aos homens. Sair por aí resolvendo tudo na porrada, achando que eu tenho direito de ser traíra com as pessoas, disfarçando minha falta de caráter com "instinto" e "natureza"? Não quero ter o direito de fazer o que eles fazem de pior, obrigada.

Não precisa a mulher pagar na mesma moeda. Quer sair enfiando o p** em tudo e em todos? Se apaixonou por outra pessoa? Termine seu relacionamento monogâmico, proponha relacionamento aberto, opte por outra solução em vez de ficar enganando a outra pessoa. Tem que ser honesto, pelamor. O problema é que quem faz isso geralmente quer o melhor dos dois mundos. Quer sair pegando geral, mas também quer ter a mulher e a família de comercial de margarina. E voces aí, dando corda para homem mimado ter o "direito" de ser homem.

Anônimo disse...

Gente, eu nunca traí. Sempre respeitei meu namorado e o meu ex.
Mas já fui traída pelo meu ex inúmeras vezes. Ele ficava com garotas que sabiam ou não da minha existência, nunca culpei elas (fiquei sabendo tudo de uma vez e terminei).
Uma delas, foi uma amiga minha de infancia que eu apresentei pra ele. Ela pede desculpas pra mim até hoje, mas acabou o namoro e a amizade.
Descobri tudo por meio do namorado de uma das garotas que ele ficou. Ele veio me alertar, me mostrou as conversas com elas (o cara era FBI) e o jeito q ele usava os mesmos apelidos comigo.
Doeu, mas a sensação maior foi de livramento. Fiquei feliz por isso ter acontecido antes de nos casarmos, ou termos filhos, ou passar tempo demais e eu me acostumar com isso.
A vida é muito grande, nos dá muitas possibilidades e nos arrancam certezas. E isso é lindo, tem q ser celebrado!
Eu poderia ter sido covarde e continuado (ele nunca quis terminar comigo, só se divertir com as outras), mas eu preferi sair e isso só trouxe pessoas maravilhosas pra minha vida. Fui muito feliz solteira, ao lado dos meus amigos, me diverti muito e aprendi que felicidade não precisa estar num relacionamento. Só entrei em outro porque achei que valia a pena e por enquanto está valendo, não vou morrer se acabar. Ninguém morre.
É claro que eu queria ter esperado meu atual ter terminado, mas isso demorou seis meses depois do nosso primeiro beijo, pq ela morava longe demais. E é claro que tem histórias e histórias. Mas enfim, a vida não é preto no branco, tem mtas nuances.

Alícia

Anônimo disse...

Ser amante é muito bom, é saber que uma mulher desafia todo o mundo, todas as regras ridículas das Igrejas reacionárias para ficar comigo. Não acho lógico eu falar mal da sociedade repressora e viver de acordo com suas regras.

Ter tesão e seguir os nossos impulsos é natural.

Ao mesmo tempo sei que devemos ser discretos, já que não interessa fazer marketing com as relações.

Sempre gostei de ser amante, infelizmente não sou no momento.

Anônimo disse...

Só aqui vendo o feminismo liberal mainstream ainda tem muita coisa a aprender com o radical e o mulherismo. As moçoilas individualistas prezando mais pelo seu próprio prazer que o senso de comunidade e unidade que deveria estar entre as mulheres. Afinal, importa mais o "omi" que outra mulher que está sendo enganada né mesmo?

Anônimo disse...

É possível ser feliz num relacionamento aberto. A monogamia acaba prejudicando todas as pessoas.

Muita gente fala do amor, mas não consegue perdoar uma transa boba de camisinha... Qual a vantagem de ler e se libertar da repressão da sociedade e não saber perdoar ?

Muitos homens e mulheres ficam felizes em saber das transas de seus conjuges pois isso apimenta a relação.

Anônimo disse...

"Tudo o que era possível trazer para cá, em termos sexuais, já era conhecido entre os nativos: homossexualidade, bissexualidade, transexualidade, bigamia, poligamia.
(...)
O adultério era permitido a ambos os sexos, sem punição, assim como o divórcio: bastava a mulher colocar os pertences do homem para fora da casa.
(...)
a “Santa” Inquisição foi convocada para reprimir sexualmente os nativos, coibindo “delitos” como a bigamia ou a sodomia, embora fossem práticas permitidas em algumas culturas indígenas.
(...)
o adultério era permitido também às mulheres, que seduziam amigas para o leito conjugal. “As que querem bem aos maridos, pelos contentarem, buscam-lhes moças com que eles se desenfadem, as quais lhe levam à rede onde dormem, onde lhes pedem muito que se queira deitar com os maridos, e as peitam para isso; cousa que não faz nenhuma nação de gente, senão estes bárbaros”,
(...)
http://www.geledes.org.br/como-igreja-arruinou-vida-sexual-das-americas-com-pecado-culpa-e-preconceito/#gs.EClmSyY

Anônimo disse...

Certeza que é mesmo a sonoridade o motivo? Não é possesdividade?
Não estão sem querer reproduzindo e reforçando a monogamia que é cultural? Criada à princípio para controlar o corpo feminismo?

Anônimo disse...

Muito comentário relacionando ficar com um homem comprometido com liberdade, mas depois fica se martirizando.
Que liberdade é essa em que vc se torna refém dos seus impulsos e desejos?!

Não somos só razão nem só paixão. Acho que buscar o equilíbrio sobre a tutela da coerência e da ética é um bom caminho.

Na época da faculdade, tive duas ocasiões de me envolver com um homem comprometido:
Acho que a primeira foi com um professor do segundo período. O cara, além de inteligente, era meu número, e vira e mexe olhava pra mim com admiração e soltava elogios na turma ou no ouvido de alguém que ele sabia que chegaria em mim. Eu passava várias aulas imaginando nos dois juntos, mas o cara era casado e tinha uns dois filhos pequenos.
Por mais que a atração fosse grande e recíproca, eu não me via no papel de 'destruidora de lares', e, se ele fez escolhas das quais se arrependeu na vida, eu não estava disposta a incorrer no mesmo erro.
Queimei de paixão até descobrir que ele estava ficando com uma colega minha (que estava se fazendo de bff), se separando da mulher e a situação deles não estava muito legal. Depois ele começou passar o rodo pelas alunas.
Me senti super aliviada em ter escapado dessa situação (não por sorte, mas por escolha), e de quebra ainda vi que aquela menina não valia muito.
Enfim...
O outro caso, foi durante um congresso. Fui com um pessoal conhecido, mas lá cada um ia prum lado. Fiquei colega de um carinha legal, charmosinho, inteligente, mas que estava noivo.
Ele foi super sincero, falou que estava atraído por mim, mas tb contou que era noivo e jogou a bola da decisão pra mim. Fiquei lisonjeada, mas, ao mesmo tempo, não ficaria bem comigo mesma pela outra menina. Falei pra ele que tb sentia atração por ele, mas que não gostaria de fazer com os outros o que não queria que fizessem comigo, além de que não podemos ser escravos de nossas paixões. Continuamos o coleguismo até onde deu.
Acabei ficando com outro garoto nesse evento e foi uma merda, quase me arrependi de não ter ficado com o primeiro, mas pelo menos fiquei em paz de espírito.

Já nos casos em que eu estava comprometida, tive problemas no início de namoro que reverberam até hj.
Tentei me conter pra não deixar o plano das idéias, mas olhares com um e uma ou outra mensagem com outro acabaram escapando. Meu namorado (hj marido) viu e não gostou nadinha, isso abalou muito nossa relação (a quebra de confiança que já foi falada aqui).
Acabei passando por um bom período abusivo na relação e isso aos pouco está sendo mudado, graças às leituras do feminismo (que ora ele se interessa, ora contesta), mas vira e mexe um esfrega na cara do outro o que o outro fez, soltando toxidade pela relação.

Acho que a heterosessualidade compulsória e a necessidade de estar em um relacionamento normativo são extremamente tóxicos. Se fossem outros tempos e paradigmas, talvez eu não tivesse passado por nada disso.

Anônimo disse...

Sempre tem uma chata ignorando a existência de mulheres bis e heteros.

Anônimo disse...

13:40,

Você disse que saía com homens comprometidos. Como agia? Agia como um lixo, bjo.

Anônimo disse...

Concordo e digo mais. Parece mais cagação de regra em se meter com a sexualidade alheia especialmente a da mulher.
Como forçar a pessoa a querer outras se atração não se controla? Seria bom, mas não é assim que funciona.
Mas aí a mulher tem que se reprimir sexualmente por causa disso?
A poligamia já é válida pra homens.

Anônimo disse...

Reformulando meu comentario das 13:40: era endereçado pro 12:40

Anônimo disse...

Tem mulher muito burra aqui. Traíra e mentiroso é só homem? Tá louca? Aí a mulher reclama deles e acha legal fazer igual. Hahahaha, gente...

Anônimo disse...

Tá reproduzindo machismo

Anônimo disse...

Blá-blá-blá. Só quis dizer que ser feminista não tem nada a ver com aceitar ou não assédio de casado. Vcs que criaram esse ideal de que ser feminista é amar e cuidar de todas as mulheres do mundo só por serem mulheres. Bacana, bonito, estrelinha pra vc, mas uma coisa não está ligada a outra. Assim como ser militante anti homofobia não significa amar e cuidar de todos os gays e evitar a todo custo o sofrimento pessoal deles por qualquer motivo.

Anônimo disse...

Talvez você tenha apenas um péssimo gosto para homens ;)

Anônimo disse...

13:13 - kkkkk ele pode até estar me traindo, mas deve tá muito escondido pq tenho todas as senhas dele inclusive do celular, assim como ele tem as minhas. E mesmo assim um sai e larga o telefone perto do outro de boa - e ninguém olha. Relacionamento com confiança é assim, conhece?

Anônimo disse...

Me mostre aonde?

sandra

Anônimo disse...

Uma vez conheço um guri mala sem alça que ficou me paquerando. Dei mil foras e mesmo assim continuou insistindo.
Me pediu em namoro em seguida e neguei. Ele não curtiu e em menos de 1 hora depois esfregou uma namorada nova na minha cara.
Detalhe que o pedido de namoro foi feito de noite e as fotos com a nova namorada foram feitas de dia!
Dei mais um fora e me achei finalmente livre.
Mas agora reapareceu de novo. Chamou pra fazer ménage achando que só pq sou mulher, automaticamente sou bi e curto ménage. Minha sexualidade e minha vontade foram ignoradas.
Além disso demostrou ser super machista, racista, mentiroso e burro.
Confessou que trai sendo que antes disse que o relacionamento é aberto. Mandou nudes e imagens e vídeos eróticos pra sensualizar sem que eu tenha demostrado um pingo de tesão.
Como tô farta de tanto dar fora e ele não aceitar, incluindo bloqueios, resolvi mudar de estratégia.
Vou fingir interesse marcando encontro e não aparecendo. Em seguida mandar prints pra namorada. E isso pra mim é sororidade de mostrar o lixo que ela namora.
Não sei se vou conseguir ficar livre pra sempre, mas não tenho mais o que fazer.

Anônimo disse...

" Ser amante é muito bom, é saber que uma mulher desafia todo o mundo, todas as regras ridículas das Igrejas reacionárias para ficar comigo. Não acho lógico eu falar mal da sociedade repressora e viver de acordo com suas regras.

Ter tesão e seguir os nossos impulsos é natural.

Ao mesmo tempo sei que devemos ser discretos, já que não interessa fazer marketing com as relações.

Sempre gostei de ser amante, infelizmente não sou no momento."



Você pode "desafiar o mundo" tendo relações abertas, poliamor, transar com dois, três, dez parceiros ao mesmo tempo. Isso tudo é válido, escolha pessoal, e se esse for seu "impulso natural", pode ser bem saudável.

Mas se existe uma pessoa envolvida na história que está sendo ludibriada, enganada e feita de palhaça, então você não passa de um(a) canalha cafajeste, assim como todo o restante dos envolvidos.

Qualquer racionalização pra isso é apenas querer distorcer a realidade.

Anônimo disse...

Eu definitivamente não gostaria de ter alguém como você entre as amigas ou num cargo de respinsabilidade. Comentário típico de pessoas egoístas e que não dão a mínima para o outro mas que sucumbem quando o jogo vira. Conheci uma mulher que pensava e agia como você. No dia em que foi trocada por uma amante, de mesmo Status mais jovem e rotulada como "pegajosa" surtou. Chorou, atacou o ex amante. Adoraria perguntar a ela hoje se ainda pensa assim.

Samantha disse...

Olha, não gosto de dizer o que as pessoas devem ou não fazer, mas, como está aberto ao debate, vou dar a minha opinião, que foi solicitada.

Só acho viável ficar com homem comprometido (falo da perspectiva hétero, pois é o que eu sou) se o relacionamento for aberto e ambas as partes do relacionamento estão ok com isso.

Sem isso, não, não devemos nos relacionar com pessoas comprometidas com terceiras em um relacionamento monogâmico.

Não é porque você não deve satisfação para a namorada/esposa do cara que isso te torna uma pessoa menos pior quando se envolve deliberadamente com uma pessoa comprometida, tendo ciência disso. Você é pelo menos a pessoa mais egoísta do mundo e que não tem um pingo de respeito pelo próximo.

Claro, a responsabilidade pelo relacionamento é da pessoa que está no relacionamento. Ela tem obrigação de respeitar o parceiro, ou deveria ter essa obrigação. Mas eu acho que tem que ter uma bela dose de cinismo e hipocrisia em se envolver com uma pessoa comprometida e dizer "ain, mas eu posso, porque eu sou solteira (o)".



Anônimo disse...

14:29 Da minha parte, pelo menos, não é sentimento de posse.
É rompimento de confiança. Ninguém obriga o cara a ficar num relacionamento monogâmico. Se ele não consegue seguir as regras desse relacionamento que termine ué! E aí ele tá livre pra pegar quantas e na frequência que ele quer

Mas claro que nunca vai ser para não prejudicar a outra mulher. No feminismo liberal, a ideia de sororidade e senso de união entre as mulheres parece impensável. A gente querer que outras mulheres se importem com as outras é surreal. O mais lógico é acreditar que a louca possessiva quer o omi só pra ela e não disponível para as outras pegarem.

Anônimo disse...

Poxa 15h42, lamento que você encare a questão isoladamente e não de maneira holística. De saber que a gente deve parar de contribuir para essa cultura de masculinidade pegador-macho alfa sendo troféu ou número na estatística de quantas ele já comeu. O feminismo incomoda a machaiada quando eles percebem que nós já não aceitamos as migalhas e os papeis que eles nos dão. Sem contar que tem aquilo né, pimenta no dos outros é refresco. Amanhã todo mundo aqui pode ser a corna da vez. E se a gente é traída, a culpa é nossa.
A gente não quer considerar todas as mulheres santas exploradas pelo homem mauzão, mas também não passar a mão na cabeça de mulher que em nome da liberdade sexual ela pode fazer o que der na telha, inclusive compactuando com macho casado.

Anônimo disse...

Para o Anônimo às 14:27

"Em termos gerais, as transgressões sexuais eram castigadas com severidade nas culturas mesoamericanas.

O adultério, por exemplo, era castigado com a morte em algumas civilizações, e em outras, como a dos astecas, permitia ao marido traído arrancar a mordidas o nariz dos adúlteros.

Os purepechas tinham outro castigo: no caso dos adúlteros terem assassinado o marido, o amante era queimado vivo enquanto água com sal era jogada sobre ele até sua morte.

O adultério era castigado por uma forte razão: em algumas culturas, acreditava-se que a prática causava desequilíbrio para a comunidade e o cosmos, destacam Miriam López e Jaime Echeverría em seu ensaio "Transgressões sexuais no México antigo".

A presença do transgressor provocava desgraças, como a perda de colheitas ou a morte de crianças, e em alguns casos chegava-se a acreditar que ela poderia provocar o fim de uma época.

Como exemplo, eles citam que o líder asteca Moctezuma destruiu um local de prostituição, porque acreditava que as transgressões públicas das prostitutas teriam feito com que os deuses permitissem que os espanhóis chegassem e impusessem seu domínio."

(http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2010/07/100713_precolombianossexo_ba.shtml)


donadio disse...

"Afinal, importa mais o "omi" que outra mulher que está sendo enganada né mesmo?"

Mas a outra mulher só está sendo "enganada" por que para ela importa o "omi". Se o "omi" não tivesse importância para ela, qual seria o problema?

O "feminismo radical" não passa de outra vertente do liberalismo individualista, e se deixa guiar pelos ditames do patriarcado tanto quanto o feminismo liberal.

Ilka disse...

Donadio é muito amor :)

Anônimo disse...

Disse o homem.

Anônimo disse...

Sou apaixonada por outro que não possuo.E transar com qualquer um, casado ou não, é apenas tesão e satisfação de necessidade.Ainda mais com o pau desejável e invejável, porque não possui-lo?

Dona Juana

Anônimo disse...

O problema está com o sentimento de querer romance com sujeito comprometido.
Se caso aprontassem cmg eu diria q estaria livre pra voar.nao o mesmo de vingança,se caso o cara ainda fosse de alguma importância...
Dona Juana

Anônimo disse...

Não donadio. Tem importância pq os dois firmaram um acordo de fidelidade e uma das partes não está cumprindo. Isso já foi repetido exaustivamente aqui no blog. O contexto não é de relação onde a mulher não se importa que está sendo traída, o contexto é de uma parte que está por livre e espontânea vontade em uma relação monogâmica e mesmo assim insiste em trair. "Quebra de confiança", coisa que já foi repetida aqui à exaustão e não o espantalho da posse que vocês estão criando e insistindo em argumentar.

Anônimo disse...

Pra mim, é falta de ética, sonoridade, empatia e amor próprio mesmo. Como minha vó diria- quem se contenta com migalha, nunca saboreia o pão. Tive N oportunidades de estar com homens comprometidos e independente da minha atração, pensei na outra mulher desta relação. Eu não gostaria de ser ela e então não contribui para isso. O homem comprometido é o maior canalha da situação.
Um dos casos mais bizarros, foi um namoradinha de infância, que veio atrás de mim depois de 10 anos. Quando a atual esposa dele, tinha 2 semanas de parida. Disse coisas horríveis da coitada, como as coisas mudaram depois da gravidez, como o bebê mudou tudo ( em 15 dias). Porra! Um imbecil completo, o tipo de sujeito imundo, que tem coragem de abandonar 2 pessoas, uma frágil por natureza e outra completamente fragilizada. Eu não cai. Mas teve quem tropeçou neste lixo. Sabe eu acredito que relacionamentos tem fim, mas nunca faria isso com outra mulher, muito mais, uma que estava no puerpério.
Duvido muito, da índole de quem ainda se glorifica por isso, sei lá. Também acredito que a maior destes casos é que ele acaba repetindo isso, com a própria amante-atual...a traindo e trocando.
Se o cara ser um indigno,traidor, deste nível não for motivo para todas rede de mulheres ignorar a existência dele, nem sei o que é. ( afinal até estuprador é visita na cadeia)

Mariana

Anônimo disse...

“Tudo o que os homens escreveram sobre as mulheres deve ser suspeito, porque eles são, a um tempo, juiz e parte”.
— Poulain de la Barre

Anônimo disse...

Acho que no final das contas se relacionar com homem dá MERDA. É só ler os comentários que se vê o tanto de mulher fudida, tanto as amantes putas e vagabundas quanto as casadas burras e infantis que acharam que casamento é uma boa escolha (hahaha). Sabe quem sobrevive no final das contas de toda essa desgraça? A mulher que decidiu ficar solteira, cuidar da sua vida sozinha, sem homem,sem romance,sem sexo, sem porra nenhuma enquanto todas as desgraçadas estão se esfolando umas as outras e seus maridos distribuindo AIDS pelo mundo. Boa noite as mulheres desgraçadas do Brasil.

Anônimo disse...

Nunca vi em apenas um post tanta mulher desgraçada. Desgraçada por que foi traída, desgraçada porque acha que ser puta é vantagem, desgraçada porque se relacionou. Para quem vê de fora, parece um bando de burras. Feminismo não defende burrice e muito menos vagabunda. Achou ruim? Assina um documento de burrice e vaza.

Anônimo disse...

Feminismo radical eu concordo até, mas liberal ?!

Como, donadio ?

Ass T.

Monalisa disse...

Jura, você não pensa em nada que fortalece mais o patriarcado que isso? Que bom, a coisa não tá tão séria como eu pensava então.
Eu também achava muito feio chamar alguém de biscate, até ser trocada por uma. Só pra constar, fui olhar no dicionário e acho que a palavra se encaixa muito bem pra uma pessoa liberal e promíscua como essa, que deu em cima do meu ex-namorado sabendo que ele era comprometido e ainda deu pra ele quando eu estava viajando. É óbvio que o calhorda é ele, como deixei bem claro pra ele, aliás com vários sinônimos. Mas ela não é nem um pouco vítima. A tal sororidade mandou lembranças.
Mas fiz questão de não chamar ela de puta ou piranha, porque acho muito ofensivo.
Pras putas e piranhas, claro, que afinal estão só trabalhando.

Monalisa disse...

No caso o comentário era pra mim? Rsrs
Ainda estou com raiva com certeza, aliás acho que não vai passar nunca. Mas estou me permitindo senti-la, me fazer de compreensiva é que não vai me servir de nada.
Pra mim, chamá-la de biscate ajuda bastante, principalmente porque na minha opinião chamá-la assim não me faz chegar nem perto da baixeza dela, ou seja, estou com muito crédito.
Não estou querendo me fazer de perfeita, só que acho inadmissível dar em cima de alguém comprometido, mas vai, deve ser só coisa minha né.
Sentimento de posse não tenho, nunca fui ciumenta, e na verdade nem sinto falta dele, mas é a traição da nossa confiança é que revolta. É a desonestidade, enfim.

Monalisa disse...

Então, isso.

Monalisa disse...

Exato.

Monalisa disse...

Disse tudo, miga.

Anônimo disse...

Eu e a maioria esmagadora das mulheres.

Monalisa disse...

Concordo plenamente com a Kasturba. Só o que não consegui descobrir sobre meu ex foi isso: se ele era psicopata ou covarde.
Ah, teve gaslighting também: ele disse que o que li no celular era só amizade, que eu estava distorcendo tudo, que ele me amava muito só não queria mais "tentar" (isso depois de me pedir pra morar junto e dar certeza que era um "casamento"), e, claro, que a traição "aconteceu".
Ah, eu falei que ele era feminista? :-)

Anônimo disse...

O que eu tô percebendo é que a mulherada não tá muito preocupada se o marido anda atrás de outras mulheres, contanto que essas outras se recusem em nome da sororidade, tá tudo certo e o casamento tá certinho. Cada uma com seu nível de exigência, né...

Monalisa disse...

Onde é que a gente dá like?

Anônimo disse...

Lamentável ter que explicar pra algumas mulheres (e uns homens no meio) que trair ou contribuir pra uma traição não é bacana. Não é porque a mulher gosta do homem (que absurdo ter sentimentos, né) ou porque monogamia está fora de moda... é porque traição, em qualquer tipo de relacionamento, não é bacana.

Isso me faz lembrar de um outro texto que a Lola postou faz um tempo, em que se questionava se essa "liberdade" sexual tão valorizada pelas mulheres não é mais um modo de nos manipular. Acho que está aí a resposta.

Anônimo disse...

Verme cara de pau, ainda tem a pachorra de vir dizer o que mulheres devem fazer ou deixar de fazer, com o que devem se importar, pra favorecer ele lógico.

Deixou bem explícito que é mais um cafajeste, canalha que no mínimo do mínimo apoia a humilhação, o abuso, a traição e passar por cima de mulheres e continuar mentindo da forma mais cínica do mundo pra permanecer tirando vantagens.

O cretino em se deu ao trabalho de tentar disfarçar que é um dissimulado usando de artifícios patéticos na tentativa de esconder o medo da libertação das mulheres e perder a hospedeira, parasita maldito. Babaca.

Samantha disse...

Não se trata de sentimento de posse, mas sim de confiança.

Se eu e meu marido concordamos que vamos se relacionar de forma monogâmica, no momento em que ele se relaciona (casualmente ou não) com uma outra pessoa, ele trai esse acordo. Ficar puto com isso é esperado; o que menos importa é a transa, mas sim o fato de que a pessoa quebrou um acordo pré-estabelecido.

Como cada um reage, vai de cada um. Tem gente que não se importa. Tem gente que termina. Tem gente que trai também e encerra o assunto. Tem gente que opa, comete crime passional. E esse é o problema, a reação desmedida não o sentimento de traição.

Onde entra a outra (ou o outro) nisso? Simples. Questão de ética. Pode não ter sido essa pessoa quem traiu minha confiança, mas ela foi extremamente egoísta se sabia que a pessoa era comprometida e a pegou sem se importar. Minha raiva, claro, não deve ser contra ela, ela não me deve nada, mas puta merda gente, bora assumir responsabilidade. Quer ser egoísta tá tudo sussa, seja mas assuma.

Fazendo uma analogia, você incentiva seus amigos a mentirem e a traírem a confiança de amigos, pais, parentes apenas porque você não é a pessoa em questão? Ué, se você não incentiva pessoas a serem canalhas no dia a dia, por que vai ser canalha e incentivar alguém a ser canalha com outra pessoa?

Por que é sexo? Por que é "amor"? Se for, tem que ver isso aí, porque amor não é nada disso.

Anônimo disse...

Demorou para os Trolls aparecerem. Acabou a paz no debate.

Anônimo disse...

Povo tomando aulinha de coisas que deveriam ter aprendido com os pais. Não tá fácil.

Netuno disse...

anonima do 20:21 achei excelente teu comentario, sou homem mas achei excelente. e esse comentario foi influencia pra mim. infelizmente cresci num ''mundo'' onde se incentiva a promiscuidade, muita lavagem cerebral e nao é do dia pra noite que aparecer alguem com uma opiniao tao inteligente como voce, o que voce falou me influenciou profundamente, sei que voce tem nojo de homem mas o que voce disse me inspirou muito entao acrescento o que voce falou à minhas ideias e personalidade.

donadio disse...

"Tem importância pq os dois firmaram um acordo de fidelidade e uma das partes não está cumprindo."

E os dois firmaram um acordo de fidelidade porque... o patriarcado exige acordos de fidelidade para que a transmissão patrilinear de propriedade privada possa acontecer. E é claro que para que a transmissão patrilinear de propriedade privada, o que interessa é a fidelidade feminina, não a masculina. Daí que esses acordos só podem se sustentar como prática social hegemônica com base na opressão das mulheres.

Os índios charruas tinham uma sociedade extremamente machista, mas que não tinha propriedade privada. Tão pequena era a importância que eles davam às mulheres, que não se importavam nem um pouco com o fato de que elas transavam com os outros (quando os portugueses e espanhóis chegaram, isso resultou em desastre - os europeus, que valorizavam as mulheres como propriedade, facilmente as tomaram todas, e a sociedade charrua se extinguiu - mas isso é outra história).

Se as mulheres quiserem realmente destruir o patriarcado, elas terão de estar preparadas para encarar os homens como os homens charruas encaravam as mulheres. Menos do que isso é romantismo, e romantismo é uma manifestação (bastante brutal, aliás) do patriarcado e da falocracia.

donadio disse...

"Feminismo radical eu concordo até, mas liberal ?!

Como, donadio ?
"

Não entendi sua dúvida, T.

Pra mim, são dois lados da mesma moeda, e a moeda é o liberalismo modelo século XVIII.

Anônimo disse...

Muito lindo na teoria, mas se essa terceira pessoa ficou com um tesão incrível no cara, é difícil exigir que ela diga vários nãos em nome da "ética". Tem que ser muito evoluído. Não é a mesma coisa que recusar um salgado de carne numa festa. Tesão quando bate é foda. Não é a postura mais aplaudivel no mundo, mas eu só consigo resistir se for por amor (a meu marido ou à mulher, se for alguém que eu amo), não por princípios morais.

Anônimo disse...

O patriarcado quer filhos também, devemos condenar as mulheres que resolvem engravidar? Ah, não, isso não favorece os homens, né. Fiquemos quietos.

Anônimo disse...

Tesão derrete o cérebro, né? Difícil controlar. Engraçado como homens justificam abuso o tempo todo com isso. Só acho curioso como esse argumento é conveniente em certas situações...

Anônimo disse...

Tem quem ache monogamia o melhor. Se essa pessoa se relaciona com outra que diz pensar o mesmo, não deve existir traição porque monogamia não permite isso. Quer dormir com mil? Entre num relacionamento aberto e, já que os dois estão de acordo, não há traição. A traição é o ato que fere o que foi combinado entre duas pessoas.

O que não dá é usar esse argumento de "é coisa do patriarcado" pra tacar na fogueira as escolhas e sentimentos dos outros. Não há evolução nem igualdade sem respeito.

Anônimo disse...

Sororidade é também respeito. Se te falta isso, você precisa rever urgentemente os seus conceitos.

Anônimo disse...

Ao anônimo em 20 DE SETEMBRO DE 2016 22:43

Migue não cria espantalho, a maioria já bateu e rebateu aqui que o marido/namorado que trai é o pior na história toda. Mas caso você não tenha notado o texto é direcionado às mulheres, ou seja, nós mulheres devemos ficar com homens comprometidos? posto isto, é mais que normal que acabem focando mais na mulher que se envolve com o homem casado/em relacionamento monogâmico.

Sandra

Anônimo disse...

donadio,
a monogamia realmente é a melhor estratégia para a transmissão de propriedade patrilinear, por sua intrínseca relação com a patrulha e interdição da sexualidade da mulher. daí também sua popularidade no capitalismo (em intima relação com o patriarcado). menciono o capitalismo porque ao parecer, ao menos na alemanha oriental, as relações sexuais em grupo eram não só permitidas, mas também naturalizadas. por outro lado, não era permitida a prostituição. mas infelizmente, a homossexualidade era um tabu.

mas enfim, algumas aqui parecem inverter a fórmula: acreditam que a mulher que fica com o caboco casado está contribuindo para a perpetuação do machismo, a partir do momento em que naturalizam a traição masculina. e não que a monogamia vem com um peso de uma história patriarcal. o que essa inversão tenta fazer é desideologizar a monogamia. como se ela fosse um simples acordo entre duas pessoas em igualdade de condições. mas o proprio reconhecimento de que a mulher que fica com o casado contribui para a naturalização do machismo, sustentando a ideia de que homem tem mais desejo que mulher, já confirma que existe nessa dinâmica monogâmica uma desigualdade de condições. e também uma ideologia.

pode-se optar por ser monogamico ou não. entendo que vivemos sob uma influencia brutal do arranjo monogâmico para abandoná-lo assim com facilidade. mas acho que é interessante entendê-lo desde uma perspectiva histórica. e a perspectiva histórica não é lá muito simpática à monogamia. Mas se decidir optar por ela, vai em frente, hoje, e teoria, existe mais liberdade pra se estabelecer melhor os termos do contrato, com certeza. o que me parece contraproducente é ignorar toda a questão ideologica e histórica da monogamia e resumir os problemas desse arranjo à falta de "sororidade" de todas as outras cabocas do mundo que não contribuem para que SEU contrato seja cumprido como VOCÊ idealizou. porque se fosse idealizado por caboca namorada e caboco namorado, talvez não fosse necessário mobilizar todas as outras cabocas do mundo. pra mim essa mobilização das outras cabocas do mundo dialoga com a ideia de que "já que homem nao pode se controlar, então que as mulheres nao contribuam para essa prática de quebra do contrato". dialoga tb com a ideia da mulher virtuosa, tão cara ao patriarcado. a mulher que é unica e exclusiva na vida do cara, e não aquela que fica com as migalhas. aquela que nao aceita ser responsável pela dissolução da familia, instituição mais importante da sociedade (ou numa versão alternativa, aquela que nao aceita ser responsável pela falência do investimento de tempo, dinheiro e amor de outra pessoa).

ser traído é uma barra pesada com certeza. por mais que entendamos as coisas, ainda somos muito influidos por esses modelos. ninguém aqui tá dizendo que é fácil. mas o que me parece realmente uma regressão no aprimoramento das relações é esse entendimento básico das relações afetivas: "se vc ama, não trai". ou ainda, "se vc trai, é mau carater". "se queria ficar com outras pessoas, devia estar solteiro". e ainda "a traição só existe porque existe alguém disposta a ser cúmplice".

Anônimo disse...

anônima 22h43: tô percebendo isso também.

Anônimo disse...

Donadio, existem outras configurações de relacionamentos não necessariamente monogâmicos e fechados. E eu acho que a gente deve ter a liberdade de optar pelas configurações de relacionamentos que cada um achar melhor, não acha? Relações monogâmicas fechadas são o padrão, e o que está em questão no debate é como essas configurações devem ser mantidas pelas duas partes. Se a mulher traída e o homem traidor optaram por essa configuração, os dois TÊM DE CUMPRIR sua parte. Quem não consegue se adaptar a relacionamentos abertos têm de estar, então, sujeito à traições e achar isso normal? No relacionamento, como em qualquer acordo, as duas partes precisam manter sua palavra. O mundo seria caótico com cada um fazendo o que lhe der na telha.

Se sua crítica ao feminismo radical teve a intenção de desqualificar o meu comentário, better lucky next time. Sou mulherista africana, partimos de um contexto e premissas muito diferentes do liberalismo ocidental pautados no individualismo e no pensamento branco e patriarcal, mais voltados para os pensamentos de matriz africana.

Mari disse...

Interessante observar como há pessoas que acreditam ter total domínio das próprias emoções. Será que nunca se apaixonaram? Pra mim a questão moral é muito clara: é certo a minha felicidade causar infelicidade a outra pessoa? E isso é sim aberto ao debate. Do ponto de vista puramente racional claro que é errado. Mas tem outros fatores envolvidos. O mais correto sempre seria: sentir atração por alguém que não é seu parceiro -> terminar o relacionamento -> só então ir atrás da outra pessoa. Mas a vida não é assim.

Mari disse...

Imagina seu parceiro ou parceira de anos te mandando um WhatsApp no meio do dia: "amor, a gente não tá bem faz tempo. Seguinte, sentou uma pessoa incrível do meu lado no ônibus e a gente tá pensando em se pegar. Não te quero mais, mas fica bem. Bjo"

Mari disse...

"na Alemanha oriental as relações sexuais em grupo eram não só permitidas, mas também naturalizadas"

Amiga, o nome disso é SURUBA e te garanto que ninguém parou de fazer isso por ter mudado o regime de governo.

Anônimo disse...

Eu e todas as que conheço estamos fora dessa conta, então. Se fosse você me certificaria do resultado rs

Anônimo disse...

O texto é pras mulheres refletirem se acham certo fazer parte de algo errado.

Ninguém está discutindo se o homem pode correr atrás, se a mulher se importa mais com a "outra" do que com o homem que corre atrás, nada disso.

E as pessoas continuam sendo desonestas a ponto de tirar o foco da discussão das mulheres.

Anônimo disse...

Anônima de 22:43,

O que você percebeu é que o texto não é sobre o que tá certo num casamento, mas sobre mulheres se envolverem ou não com caras casados. Favor reler com atenção. Bjo.

Anônimo disse...

Eu não fico com cara comprometido, principalmente porque meu interesse (inclusive sexual), está relacionado com admiração e não tem como admirar gente mau caráter.

Na real eu nunca nem fiquei com homem galinha/pegador,pelo mesmo motivo. Por mais gato que fosse o cara, o comportamento sempre me brochou.

Da mesma forma que uma vez um colega de trabalho começou a me flertar discretamente, sabendo que eu era casada. Eu achei de extremo mau caráter.

Numa escala de 1 a 10, a pessoa comprometida (homem ou mulher) que trai, tem um 10 de culpa e mau caratismo. A pessoa que fica com o/a comprometido, sabendo do compromisso, ganha pelo menos um 3.A pessoa que ainda por cima vira amante... aí é falta de amor próprio mesmo.

donadio disse...

"Donadio, existem outras configurações de relacionamentos não necessariamente monogâmicos e fechados. E eu acho que a gente deve ter a liberdade de optar pelas configurações de relacionamentos que cada um achar melhor, não acha?"

Sim, eu acho que a gente deveria ter a liberdade de optar pelas configurações que a gente prefere. Mas essa liberdade não existe. A monogamia não é uma opção, é uma imposição. Não há casamentos entre três ou mais pessoas, e não há cláusula em nenhum contrato de casamento que não inclua a... fidelidade permanente e inegociável das mulheres. Sim, o contrato-padrão inclui também a fidelidade permanente e inegociável dos homens, mas isso é uma mera ficção jurídica. Na prática, a infidelidade feminina torna o fim do relacionamento praticamente obrigatório, por que rompe a condição fundamental para a transmissão de propriedade. A infidelidade masculina, hoje em dia, abre a possibilidade do fim do relacionamento, mas não a impõe, nem nunca a imporá, antes que o patriarcado acabe.

"Relações monogâmicas fechadas são o padrão, e o que está em questão no debate é como essas configurações devem ser mantidas pelas duas partes. Se a mulher traída e o homem traidor optaram por essa configuração, os dois TÊM DE CUMPRIR sua parte."

Bom, sim, juridicamente, têm. E daí? Nunca cumpriram, e particularmente, os homens nunca cumpriram. O que significa que a lei está errada, não que as pessoas estão erradas. Não vão cumprir, e a parte que paga o pato é sempre a mulher, nunca o homem. Não sei porque tanto empenho em defender uma ordem das coisas que só ferra com as mulheres.

"Quem não consegue se adaptar a relacionamentos abertos têm de estar, então, sujeito à traições e achar isso normal?"

Sujeitos à "traição", estamos todos nós, ou pelo menos aqueles que se iludem em relacionamentos supostamente fechados. Só não está sujeito a ela quem a descarta liminarmente, ao não aceitar a ilusão. Achar normal é outra coisa; todo mundo tem a liberdade de se indignar com o que quiser. Mas o que você sugere? Pena de morte para os adúlteros? Vai resultar em mulheres, não homens, sendo executadas. Cadeia? Vai resultar em mulheres, não homens, sendo encarceradas. Penas financeiras? As mulheres é que vão pagá-las. Estigma social? Vai resultar em mulheres sendo chamadas de putas e biscates, os homens vão continuar a ser valorizados na razão direta da sua infidelidade.

O patriarcado não é consequência dessas coisas, é causa delas.

"Se sua crítica ao feminismo radical teve a intenção de desqualificar o meu comentário, better lucky next time. Sou mulherista africana, partimos de um contexto e premissas muito diferentes do liberalismo ocidental pautados no individualismo e no pensamento branco e patriarcal, mais voltados para os pensamentos de matriz africana."

Acho que não; essa é mais uma ilusão. A começar pelo fato de que "África" é uma invenção europeia.

*******************

A questão é que as coisas deveriam ser separadas: o que uma pessoa "deve" ou "não deve" fazer é determinado pela forma como a nossa sociedade se organiza. Sim, dentro desse contexto opressivo e asfixiantes, as mulheres "não devem" se envolver com homens comprometidos. Os trabalhadores "não devem" entrar em greve, os negros "devem" saber o seu lugar, etc, etc, etc. Se o que se pede é um conselho pessoal, sobre o que fazer para se ferrar menos, é isso mesmo: a resistência é penalizada, e você pode ser preso, espancado, até assassinado, por "fazer diferente". Mas a resistência é necessária; talvez a gente não "deva" ir à manifestação, para não apanhar da polícia, mas se ninguém for à manifestação, continuamos todos nos ferrando cada vez mais. Então talvez a gente "deva" fazer o que não "deve" de vez em quando, senão saporra não muda nunca, ou só muda pra pior.

Camila disse...

Sempre tive em mente que as mulheres, por serem tão inferiorizadas pela sociedade, deveriam evitar fazer isso umas com as outras. Não que o homem não tenha cérebro e não possa resistir (novidade: ele tem e pode), mas a sociedade o ensina a ser assim e, enquanto tentamos mudá-la, deveríamos ter mais respeito justamente por vivenciarmos esse tipo de coisa como algo normal - e não é.

Anônimo disse...

Mari,

Se apaixonar não é algo do dia pra noite... tem um filme que chama 'Closer - perto demais', com a Julia Roberts e a Natalie Portman, que fala sobre isso.
numa cena a Natilie diz algo como 'se interessar por outra pessoa é natural (e deve acontecer com todos em algum momento de uma longa vida monogâmica -meu comentário isso), o que te define, é a decisão que você toma de como lidar com esse sentimento'. A decisão de trair começa muuuuuuuito tempo antes da traição se concretizar, quando você se dá conta de que você pode se interessar por um colega, que pode se apaixonar por ele, e não tomar as providências pra evitar.

Aí vai dizer: ah! me apaixonei, não deu pra evitar... a gente não manda nos sentimento. A gente não manda nos sentimentos, mas manda nas ações, que moldam os sentimentos.
E em último caso, querendo se relacionar com a pessoa fruto da paixão, não custa nada terminar o relacionamento monogâmico. Isso é maturidade, coragem, caráter.

Anônimo disse...

Talvez se a Lola fizesse como a moça que usou as notas de dinheiro pra ilustrar o estupro e ilustrasse uma traição com notas também, a galera entendesse.

Algo como:

- Seu amigo tira uma nota do bolso de uma garota (que você não conhece, fica tranquila, rs) e te dá, você aceita?

Anônimo disse...

Belas palavras.
Vc é um exemplo a ser seguido.

Machisto

Anônimo disse...

"E daí? Nunca cumpriram, e particularmente, os homens nunca cumpriram. O que significa que a lei está errada, não que as pessoas estão erradas."

Trair é certo, então, já que sempre vai existir traição.
Matar é certo, já que sempre vai existir assassinato.
Estuprar é certo, já que sempre vai existir estupro.
E assim vamos.
Tá certinho.

Anônimo disse...

"ser traído é uma barra pesada com certeza. por mais que entendamos as coisas, ainda somos muito influidos por esses modelos. ninguém aqui tá dizendo que é fácil"

11:33 gostei muito de sua fala e vou refletir, embora eu tenha entrado do coro de quem promove "uma regressão" como vc disse...

Sendo criada dentro dessas regras do jogo do patriarcado, que saem tão difíceis pra gente ter consciência e negociar uma situação boa pra gente... sei que tenho ainda que aprender e lutar muito pra desconstruir isso...

Por isto ainda prefiro sim não me relacionar com comprometidos, acho que tem razão o post quando diz que não é APENAS por sororidade a outra mulher. Pra mim até é também. Mas fica a pergunta:

Será que outras motivações na escolha de alguém (eu me vejo assim, no caso) não se relacionar com um comprometido pode ser tb não naturalizar e colaborar com a "desigualdade de condições" na monogamia?

Embora eu entenda como positivo tudo o que já se falou aqui sobre a vida não ter tanta regra assim e existirem outras configurações de relacionamentos. Ou dizendo de outro jeito: não acho que quem esta fora do "contrato" está errado.

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