quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CRÍTICA: UP – ALTAS AVENTURAS / Excluídos voam com balões coloridos

Super fantástico: também quero viajar nesses balões.

Adorei a mais recente produção da Pixar, Up – Altas Aventuras. Ela é bonita, poética, e passa uma sensação meio francesa, começando pela bela música (veja aqui um trailer que não dá conta da dimensão da trama, legendado com uns errinhos). Ela começa com uma menina e um menino que sonham em voar pelo mundo. Crescem, se casam, envelhecem, ela morre, ele fica ranzinza. E tudo isso no início, praticamente sem diálogos. Assim: deu dez minutos e eu já tava alagando a poltrona, um verdadeiro dilúvio. Só esse comecinho já é um raro exemplo de um casal sem filhos que dá certo no cinema, o que me fez falar pro maridão após a sessão: “Vamos ser que nem os dois velhinhos? Você morre antes”. Ele não gostou, então eu ratifiquei: “Vamos ser que nem os dois? Mas com sexo?”. E o lembrei que eles nunca brigam. Ele: “Mas você viu como a velhinha era simpática?”. Eu: “O que você quer dizer com isso, seu crapulento?”. Ele: “Nada, meu anjo. O que você entendeu?”.
Depois que Up usa um meio original de expor a passagem do tempo (através de gravatas), aparece um menino gordinho, com traços asiáticos―o tipo que nunca é protagonista num filme. Inclusive, Up inteiro lida com aqueles que são deixados de lado pela sociedade: velhinhos, excêntricos, bobalhões, tomboys (menina que parece menino. Ela só tem voz na infância. Quando cresce, o diálogo termina, o que talvez seja uma boa descrição do casamento), até mãe solteira, se a gente considerar a pássara. Por não ter mais onde morar nem pra quê continuar vivendo, o velhinho sai voando com sua casa, e leva o garoto junto sem querer. Isso da casa móvel me lembrou as casinhas de madeira que vi nas ruas de Joinville. Agora é mais raro, mas já vi muita casa em cima de um carrinho, ocupando a rua inteira, indo devagar de um bairro pra outro. Com balões coloridos fica mais bonito.
E é interessante como o filme sutilmente cutuca o nosso materialismo. Ele critica como a gente se apega a uma casa, e aos objetos dentro dela. A mensagem parece ser que é preciso largar as coisas materiais para poder voar. O protagonista faz isso literalmente.
Já é bacana, e melancólico de certa forma, que um cara que cresceu sonhando em ser explorador vire vendedor de balões de gás. Mas Up aponta que não tem nada de medíocre em não realizar seus sonhos (ou que nunca é tarde pra voar atrás do prejuízo). Ao mesmo tempo, é um pouco frustrante que a mulher não possa alçar voos mais altos, já que ela morre antes. Como no mundo, em Up o espaço também é limitado para as mulheres. Trata-se do conceito ainda não ultrapassado que homens são móveis, enquanto mulheres são imóveis, domésticas. Pra mulher, uma casa, um lar, é o mais importante. Prum homem, o que vale mesmo é um meio de transporte. Up perturba um pouco essa ideia fixa. Se a gente pensar bem, é um filme inteirinho sobre espaço. O casal sonha em ir viver na América do Sul, guarda dinheiro pra isso, mas nunca chega lá. Quando a mulher morre, o espaço do velhinho é ameaçado por grandes empreiteiras, que bloqueiam a sua vista e querem adquirir o seu lote, o único espaço que ainda lhe resta. Já o menino que vai com ele está aprendendo a negociar o espaço que a vida lhe reserva.
Mas nada é muito certinho em Up. A única outra personagem feminina além da velhinha é a pássara, e ela é também a única que pode voar por meios naturais. Seu espaço é ilimitado, embora ela insista em ficar em cima da casa e voltar pro ninho. Ela sente-se miserável, prestes a morrer, quando está enjaulada. Adorei a pássara, tão linda, cheia de cores e divertida. Eu ri nas partes que ela se esconde atrás de um galho, e seu corpo continua aparecendo. E não me identifiquei com ela apenas porque ela pula de um precipício pra ir atrás de um pedacinho de chocolate.
Já dos cachorros falantes eu não gostei muito não. Eles não são animais que falam como os que vemos em todos os desenhos animados. Um inventor criou uma coleira para que seus pensamentos sejam expostos através da fala. Algo assim. Por mim, Up podia ter cães (talvez em menor número) sem voz. A gente se comunica com eles ainda que não falemos a sua língua. E acho que o roteiro exagera no caráter servil dos cachorros. Pelo menos com os nossos nunca foi assim. A gente sabia muito bem quem era o mestre, quem mandava, e lamento dizer que não era a gente. O líder da matilha aqui em casa nunca foi humano.
“Up” é também um título que vem a calhar, porque é bem isso que o filme faz—nos levanta. Só que tem um teor triste por baixo. Acho que ninguém chorou tanto quanto eu, que voltei com os olhos inchados pra casa. Chorei no começo, no meio e no fim, com intervalos entre as partes, graças aos céus. O filme dosa muito bem sentimentalismo com aventura, apesar de ser menos pretensioso que Wall-E, por exemplo. Up é apenas uma animação com muito lirismo. Tanto que nem dá vontade de ver o negócio em 3-D. Ele sobrevive bem sem essa técnica, e a gente sai do cinema mais levinha. Se bem que algumas pessoas, não quero citar nomes, saem também meio encharcadas.

35 comentários:

Barbara disse...

Eu achei Wall-e um dos filmes mais tristes do mundo (apesar de o meu marido insistir de que o final eh feliz, e eu discordar - recriar a humanidade depois de ter destruido tudo e feito uma m... inacreditavel eh final feliz aonde?). Tenho ate medo do tanto que eu vou chorar com Up (porque eu nao so choro - eu soluco no cinema!)

Paloma Peruna disse...

Amei o filme. Fui com meu marido e sobrinho e chorei horrores. Vi no sábado e em 3D. Os efeitos não fizeram mta diferença mesmo. Qdo a velhinha morreu logo no início fiquei chocada. E me apaixonei pelo menininho qdo ele diz: "às vezes as coisas chatas são as melhores" (ou algo assim, lembro q era sobre coisas chatas e a brincadeira de contar carros). Chorei horrores nesta parte. Já ía pedir pra vc comentar pq achei liiiiindo!

Lord Anderson disse...

Um filme otimo com certeza.

O mais "emocional" da pixar na minha opinião, e com um grande misto de emoções.

Gostei muito.

L. Archilla disse...

AMEI Up, Lola! Quero ver de novo, e no cinema! (considere isso muito importante, pq eu não tenho mais carteirinha de estudante.)

enfim, quero fazer uma crítica bem elaborada, e pra isso preciso ver de novo. fiquei tão chocada com o conteúdo adulto do filme, tão emocionada, q não consegui nem raciocinar direito. (adulto no sentido de forte, mesmo. não pornô ahahahah).

é muito profundo, me lembrou édipo em alguns aspectos. (sim, pra isso q quero ver de novo ahahah - preciso fundamentar melhor).

dannah5 disse...

Eu gostei muito do filme, mas Wall-E me emocionou mais de maneira sonhadora, talvez pelo inicio dos dois velhinhos eu fiquei triste o filme todo. Tenho a mania de me imaginar no lugar do personagem e na hora q o medico ta com ela falando dos bebes, nossa, eu abri a boca a chorar, depois apesar deles serem felizes deu aquela melancolia, pq foi apesar de nao ter filhos, nao sei se me faço entender mas nao foi uma escolha, ela queria e nao pode. Depois quando ela morreu, nossa, so pingavam as lagrimas aqui.

O durante da aventura deles eu gostei bastante de toda a simbologia, da história, o menininho, "o kevin" mas fiquei com sentimento de melancolia pelo inicio.

Mas eh bem adulto o filme.

Beijocas

Luma Perrete disse...

Também chorei pra caramba. Sai do cinema meio deprimida. E as crianças que estavam na sessão saíram felizes, inclusive se acabaram de rir quando o vilão morreu (vai entender). É mais um exemplo da genialidade da Pixar. Elas fazem filmes que divertem as crianças, mas que só os adultos entedem de verdade.

Eu não achei que a questão de ele levar a casa e ser tão apegado aos objetos tivesse a ver com o materialismo, mas sim com o fato de que ele não superou a perda da mulher e se desfazer de tudo aquilo seria deixar pra traz tudo que trazia lembranças dela. E acho que ele se sentia culpado por não ter podido cumprir a promessa que fez a ela enquanto ela estava viva. Tanto que quando ele vê o livro de aventuras e vê a mensagem dela agradecendo por tudo, ele se livra da culpa e consegue deixar todas as coisas pra trás.

E o que você achou do curta que passou antes do filme? Achei uma graça. Fiquei com pena da nuvenzinha e do passarinho hahaha

Bárbara Reis disse...

Tenho ate medo do tanto que eu vou chorar com Up (porque eu nao só choro - eu soluco no cinema!) [2]

Quando eu assisti 'Click'... meu pai quase me asfixiou... pra tentar abafar os meus soluços.. HAHUAHUAHUHUAHUA...

Aii Lolaaa, eu quero ver esse filme!!!! Aliás, quero ver qualquer um, NECESSITO ir ao cinema. hahaha... T_T

Já tô quase chorando de imaginar o quanto eu vou chorar. Todo mundo falou bem desse filme.

Eu chorei o Wall-e inteiro.
*-* Achei muito lindo e triste!

Depois que eu assistir, te falo o que eu achei. :]

Beijão!
;D

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Eu adorei o filme e tanto eu quanto a minha noiva choramos bastante também (no início, no meio e no fim)! Achei que ele tem umas sacadas bem legais apesar do início trágico!
Senti falta de mais personagens femininas, mas acho que a Ellie é bem legal pois ela não é "banana" e além disso ela é muito parecida com a minha noiva em vários aspectos! ^.^
Acho que essa história tem um foco muito apertado, por isso o baixo número de personagens, mas isso não tira nenhuma graça do filme!

Christina Frenzel disse...

Eu adorei o que assisti de Up (levei a Ciça, mas ela se cansou do começo e, quando o filme 'começou' para ela, já foi tarde demais...

Quero assistir novamente, claro.

Ah, adorei o Chico Anysio como o velhinho, interessantíssma a sua rabugice rss

Beijos

James Figueiredo disse...

Lola, ainda não vi Up (mas devo retificar isso logo), mas já assisti o curta que passa anes do filme (e que a Pixar já transformou numa arte insuperável, fazer curtas tão bons ou melhores que o programa principal), e gostaria da sua opinião - Achei o desenho lindo, mas depois de assistir, não consegui me livrar do incômodo por tê-lo achado um tanto racista. O que você acha?

Bárbara Reis disse...

hohohoho... voltei ao primeiro lugar nos comentários!

Enfim, só pra dizer que comentei numas criticas antigas!

Adoray! ri muito.

HAHAHAHA

:***

Giovanni Gouveia disse...

Quando eu vi o trayler juro que eu pensei que fosse sobre o padre voador.

O FILME É LINDO!!!!

Pra Cris foi o melhor filme do ano. (Ela ficou perguntando se eu não tinha ficado sequer com um nó na garganta, não sabe(ia) ela que no escurinho do cinema as emoções são diferentes da luz)


Mas o filme é encantador demais, a cumplicidade do casal é tudo que qualquer casal sonha, qual seja sonhar junto...


as três falhas do filme:

A voz de chico anísio;
A menina líder que se transforma em "apenas" uma companheira;
A varanda da casa que não tinha nada e de repente, no alto dos céus, aparece um garotinho querendo entrar (SPOILER) e sequeer foi retirado pelos funcionários do hospício

Mary V. disse...

Achei Wall é pretensioso também, Lola. Forçaram a barra na coisa da destruição do mundo, esperando um grande sucesso que nem foi tão grande assim. Pela sua crítica, Up é tudo aquilo que eu to esperando mesmo. Vou ver hoje mesmo!

Fabiana disse...

Lola, vc acha que eu posso levar a minha filha de 4 anos? Ela vai ficar chocada ou tem coisas fofas de criança?

Unknown disse...

http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/09/16/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=127650/em_noticia_interna.shtml

Ana Sofia disse...

Poxa, Lola... e eu achando que tinha sido a única a chorar horrores com esse filme. Bom saber que não estive sozinha nisso!
Up foi um dos melhores filmes assistidos nos últimos tempos, lindo demais!

Felipe Guimarães disse...

Ah Lola, acabei de sair do cinema. O filme é ótimo! Tudo é ótimo! Provavelmente, seu eu não tivesse coração de pedra, irira chorar litros (na parte que ela morre e o livro no final). Mas eu gostei dos cachorros (principalmente as partes dos esquilos). Mas o melhor filme da Pixar pra miha pessoa, ainda é Wall-e

Humberto disse...

Olá, Lola, boa tarde! Já faz algum tempo que venho acompanhando, silenciosamente, seu blog...adoro a sua forma de escrita, a sensibilidade narrativa. Gostaria de lincá-la no meu blog, denominado "Sobre raízes e asas", mas queria ter sua permissão. Bom, de qualquer forma, deixo claro que as visitas no meu "espaço virtual" são virtualmente zero; mas eu escrevo para mim, como uma terapia e forma de aliviar o excesso de ideias que as vezes passam por minha cabeça!! :o)
Se vc quiser conhecer, para ver se autoriza ou não a lincagem, segue o endereço: http://sobreraizeseasas.blogspot.com/.
Abraços, Humberto.

Andie disse...

Ei Lola! Eu achei Up muito triste! Chorei demais, demais, a ponto de que, apesar de ter gostado do filme, nao o veria de novo! Ele eh mto bem feito, mas me fez chorar mais que Atonement! Nao da, neh?
Nao sei se voce viu Bolt? Esse sim, uma gracinha. Nao tem nem um 1/5 da inteligencia e arte de Up, mas nao me deprime! hehe

ps. concordo com a Barbara -- tambem achei Wall-e muito triste, mas ao menos ele eh bonitinho no final!

Ivana disse...

Loléte, eu já estava louca para ver este filme - adoro desenhos - agora mais ainda!!! E pode ter certeza que vou sair tão enxarcada qto tu.
Beijo.

Lud disse...

Oi, Lola!
Estou viciada no seu blogue! A cada dia leio um pedação dos arquivos. Não sei o que vou fazer quando acabar =(. Você posta com freqüência, sim, mas a minha fome é grande!
Ih, vi o Humberto, todo educado, pedindo permissão para linkar o seu blogue no dele. Eu já fiz isso e nem pedi! Foi uma falha de netiqueta?
Desculpe não falar do Up, mas esse eu ainda não vi (tá na lista). Assisti ontem a Um Corpo Que Cai, do Hitchcock, e não agradei dele, não. Corri para o Escreva Lola Escreva para ver se você feito uma crítica do filme, mas infelizmente só achei reviews pela internet elogiando muito o Vertiguinho. Será que só eu que achei creepy o James Stewart se apaixonar doudamente pela Kim Novak em dois dias, sem nunca ter trocado uma palavra com ela? Salvar a moça de um afogamento e, invés de levá-la para o hospital ou para casa dela, carregar a Kim desacordada para a casa DELE e ainda tirar a roupa dela? Ficar atormentando a Kim (2) para transformá-la na Kim (1)? E em mais de uma cena usar a força física para obrigá-la a acompanhá-lo? Eu ficava dizendo para a tela, "Run, Kim, run".
O problema não foi exatamente esse - foi não ter encontrado uma única crítica que achasse esses "detalhes" relevantes. Ao contrário, o povo insistia em usar as palavra "romance" e "amor" para falar do filme (ok, era "romance assustador" e "amor obsessivo", mas anyway). E ficando todo mundo com peninha do personagem do James Stewart, coitado, psicologicamente abalado.
Psicologicamente abalada estou eu, depois de ver Vertigo.

Alba Almeida disse...

Vou assistir, só não sei se levo o marido... ele chora muito.

Nicole Dias disse...

Ahhh, que fofo! Estou doida pra ver esse filme! Adorei as fotinhos dele. :D

Isis disse...

O melhor filme de animação que eu já vi, sem dúvida nenhuma (e olha que sou fã do gênero).

Aquela coisa que só a Pixar sabe fazer com tanta sutileza: agradar crianças (mta criança no cinema rindo com os bichos e td mais) e, além disso, passar uma mensagem a mais pros adultos

Os 10 primeiros minutos mais tristes de um filme. Tipo, traumatizante :P

Anônimo disse...

Talvez eu va assisti-lo esse fim de semana. Li algumas criticas falando muito bem do filme.

PS: Lola, acabei de ler essa noticia e achei bem absurdo o pensamento desse sujeito.

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1307340-5598,00-JUIZ+DIZ+QUE+PARTE+DA+LEI+MARIA+DA+PENHA+E+FEMINISMO+EXAGERADO.html

kai disse...

Lola, mais uma vez eu to aqui pra falar o quanto adoro o blog. Concordo 100% com suas análises.

Achei a parte do pai do garotinho tãaao triste. =/

Lola Aronovich disse...

Que bom que todas(os) vcs gostaram do filme! Ele é ótimo mesmo, mas é triste em vários momentos. Nao sei, é estranho: apesar de ter um clima melancólico, ainda acho que levanta a gente. Mas nao chega a ser um feel good movie, ne?
Crianças e adultos vao ver o filme de um jeito diferente. Talvez elas nao fiquem tristes. Mas UP nao é um filme com censura livre. Li em algum lugar que é a primeira animacao da Pixar que nao seja censura livre (pelo menos nos EUA, é PG, nao é? Nao tenho certeza, e estou na UFSC, sem tempo pra checar).

Gostei muito do curta que veio antes tb, mas o esqueci rapidamente. Por que vc o achou racista, James?

Lola Aronovich disse...

Lud, Vertigo - Um Corpo que Cai é um dos meus Hitchcocks favoritos. Deve ter algum comentario muito breve sobre ele aqui no blog. Procure na busca por Hitchcock ou Vertigo, que deve aparecer. Mas realmente é muito difícil ver o filme como um romance. É claramente um filme sobre obsessao! Creio que a maior parte dos criticos entende isso, mas, por serem homens, não conseguem ver o problema de um cara stalking uma mulher como um... ahn, problema. Quando o personagem do James Stewart manda a Kim tingir o cabelo, pra ficar igual a outra, dá vontade de gritar.
Nao da pra ver Vertigo achando que o protagonista é um modelo a ser seguido. Ele é um cara extremamente problemático e doente!


Humberto e outros(as), imagina, nao precisa pedir permissao pra me linkar no seu blog. A única etiqueta que eu conheço (e que mesmo assim nao é unanimidade) é não colocar um texto inteiro de outro blog no seu blog - mesmo com link! Porque aí vc está tirando tráfego do blogueiro que escreveu aquele post original. Então o certo seria colocar só um pedaço do post e dar o link pro leitor continuar lendo o post original no outro blog. Mas pra colocar link e incluir blog no blogroll nao precisa pedir permissao, nao!
E muito obrigada a todas(os) que dizem estar viciadas no meu bloguinho.

Paa Candido! disse...

lol minha mãe estava louca pra ver esse filme velhinho, mas ela só queria se fosse em 3D --' ai ai mães...

beijinho

James Figueiredo disse...

Lola,

Não é que ele SEJA racista, é que me passou a forte impressão de ter um subtexto racista.

Veja, num mar de nuvens brancas que fzem animais fofinhos, a única nuvem escura é a que faz os animais feios e/ou perigosos? Por que não há nuvens claras fazendo animais feios, ou outras nuvens escuras fazendo animais fofinhos?

Sei lá, quando assisti adore, mas depois, refletindo sobre o curta, me senti meio incomodado com isso.

Raiza disse...

Vi esse filme hoje,achei bem legal.Uma das coisas que eu gostei é que o velhinho sempre dividia as tarefas de casa com a esposa.Você reparou? Os dois tiravam o pó,os dois limpavam a vidraça,achei isso tão legal.Também gostei bastante da esposa dele,tinha bastante personalidade,adorei a cena em que ela tasca um beijão nele no dia do casamento.
Acho que a única coisa que eu não gostei muito foram os cachorros,realmente tinha cachorro demais e eles eram muito submissos.De resto,foi ótimo.Dou 9.

Valéria Fernandes disse...

Acabi de assistir UP agora à tarde (*segunda é mais barato, é minha flga e por aí vai*). Gostei. Há cenas memoráveis ea seqüência inicial é tudo o que você falou e muito mais. A forma como mostram o desrespeito pelos idosos e a luta do Carl pelo seu direito à existência e ao sonho.

Lá pelo meio, achei que as coisas começaram a ficar "filme de ação demais". E um idoso não teria condições de encarar aquilo tudo. Cães falantes também poderiam sair. Ainda assim, o filme é carregado de belas imagens, belas mensagens e um elogio à amizade.

Mas terminando o filme, compreendo a crítica das americanas que até comentei lá no blog. É um elogio à amizade entre homens. Há, claro, a relação entre o casal, belíssima, sem dúvida, motivador do Carl,sem dúvida, mas, ainda assim, Ellie só está viva na lembrança. Queria que fosse uma menina escoteira, uma nova Ellie.

Isso, claro, não quer dizer que não gostei do filme. A música é linda. Fiquei até o fim dos créditos.

Precisava comentar, devo postar alguma coisa no meu blog sobre as minhas impressõs.

Thays disse...

Oi! adorei o filme e achei interessante os seus comentários sobre o espaço reservado ao 'feminino'... confesso que tinha ficado mais atenta ao eixo novo-velho.

Fiz um post também no meu blog. Acho que esta história está ajudando a preparar as crianças para a vida - e para a finitude, para a morte, como os antigos contos infantis faziam.

[ ]s

Revista Destak disse...

UP é simplesmente ótimo.