sexta-feira, 25 de maio de 2018

GUEST POST: NADA TORNA ILEGÍTIMA A GREVE DOS CAMINHONEIROS

Reproduzo aqui o texto de Larissa Riberti, que considera legítima a greve (ou locaute) dos caminhoneiros.

Tem ao menos seis anos que colaboro com um jornal de caminhoneiros e não me arrisquei a fazer nenhuma análise sobre a recente greve da categoria. Mas muitas opiniões, sobretudo de "esquerda" proferidas nessa rede social [Facebook] (ninguém se importa, na verdade) me geraram um incômodo. Por isso, me arrisco agora a escrever algumas pontuações sobre a greve dos caminhoneiros, lembrando que, dessa vez, muita gente perguntou.
1) A greve começou como um movimento puxado pela CNTA, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos. A convocação da paralisação se deu após encaminhamento de ofício ao governo federal em 15 de maio, solicitando atendimento de demandas urgentes antes da instalação de uma mesa de negociação. As urgências eram: o congelamento do preço do Diesel, pelo prazo necessário para a discussão sobre benefício fiscal que reduzisse o custo do combustível para os transportadores (empresas e caminhoneiros); e fim da cobrança dos pedágios sobre eixos suspensos, que ainda está acontecendo em rodovias de caráter estadual, conforme compromisso assumido pela lei 13.103/2015, conhecida também como Lei do Motorista.
2) No ofício encaminhado pela CNTA se fala na deflagração de uma paralisação em 21 de maio, caso não fossem atendidos os pedidos da Confederação. Também se explicita o apoio de 120 entidades representativas, mas não se esclarece se essas organizações são sindicatos patronais ou de autônomos.
3) A paralisação prevista para 21 de maio aconteceu, já que o governo se recusou a negociar com a CNTA e com demais entidades. Ao que consta nos comunicados de imprensa do organismo, também estavam na pauta discussões como o marco regulatório dos transportes e a questão da "reoneração da folha de pagamento".
4) Abro parênteses para o tema: desde 2011, a discussão da desoneração da folha de pagamento vem acontecendo no Brasil com vistas a garantir a geração de empregos. Nos anos seguintes ela foi ampliada para outros setores, como o do transporte rodoviário de cargas. Com a desoneração os patrões tem a possibilidade de escolher a forma mais "vantajosa" de pagar a contribuição previdenciária, recolhendo 20% sobre os pagamentos dos funcionários e contribuintes individuais (sócios e autônomos) ou recolhendo uma alíquota sobre a receita bruta (cujo percentual variava entre diferentes setores da economia, no caso do TRC é de 1,5 a 2%). No ano passado, o governo Temer, através do Ministro da Fazendo, Henrique Meirelles, anunciou a reoneração da folha de pagamento com a justificativa de que era necessário reajustar "as contas" da União. Atualmente, a ampliação da reoneração da folha de pagamento está sendo discutida no âmbito do TRC.
5) Com a mobilização que se potencializou em 21 de maio, uma série de pautas foram levadas para as "estradas". Dentre os mobilizados nesse primeiro momento estavam autônomos e motoristas contratados. As informações que nos chegam é a de que eles estão deixando passar as cargas perecíveis e os medicamentos e os itens considerados de primeira necessidade.
6) A paralisação continuou e ganhou adesão das transportadoras que prometeram não onerar os funcionários nem realizar cortes salariais ou demissões por causa da greve. Afinal de contas, a redução do preço do Diesel também é do interesse da classe patronal.
7) A greve conta com grande apoio nacional, porque a alta do preço dos combustíveis afeta não só a prestação de serviços, mas a vida de grande parte dos brasileiros.
8) Os sindicatos estão batendo cabeça. De um lado, muitas federações e entidades soltaram nota dizendo que não apoiam a greve e que ela tem características de lockout justamente porque a pauta tem sido capitaneada pelos setores empresariais em nome dos seus interesses. Do outro lado, existem sindicatos de autônomos, como a própria CNTA, o Sindicam de Santos que puxou a paralisação na região do porto, e agora a Abcam, que recentemente se mobilizou na negociação, apoiando o movimento. Segundo nota, o presidente da Abcam esteve em Brasília hoje e depois de uma reunião frustrada disse que a greve dos caminhoneiros continua. A reunião tinha como objetivo negociar a redução da tributação em cima dos combustíveis.
Esse é o cenário geral da mobilização. Ela é composta por uma série de segmentos que conformam o TRC. E, obviamente, suscita algumas questões:
1) Existe uma clara apropriação da pauta dos caminhoneiros por parte da classe empresarial que exerce maior influência nas negociações. Isso significa que, por mais que a greve seja legítima, pode acabar resultando num "tiro pela culatra" a depender dos rumos tomados na resolução entre as partes e as lideranças.
2) Não existe uma pauta unificada, o movimento não é hegemônico, nem do ponto de vista social, nem do ponto de vista ideológico. Existe um grupo de caminhoneiros bolsonaristas, outros que são partidários de uma intervenção militar, outros pedem Diretas Já e Lula Livre. Ou seja, é um movimento canalizado principalmente, pela insatisfação em relação ao preço do Diesel.
3) Em função da grande complexidade e fragilidade das lideranças sindicais de autônomos, o movimento carece de uma representatividade que possa assegurar as demandas da classe trabalhadora, bem como que possa evitar o crescimento dos discursos conservadores e das práticas autoritárias. Enquanto isso, os sindicatos patronais acabam por exercer maior influência, determinando os caminhos da negociação e o teor das reivindicações.
4) Isso se faz notar, por exemplo, no tipo de reivindicação expressada por grande parte dos caminhoneiros que é a redução da tributação em cima do preço do combustível. Ora, todos nós sabemos que o cerne do problema é a nova política de preços adotada pelo governo Temer e pela Petrobras, que atualmente é presidida por Pedro Parente.
5) Novo parênteses sobre o tema: desde o ano passado, a Petrobras adotou uma nova política de preços, determinando o preço do petróleo em relação à oscilação internacional do dólar. Na época, esse tipo de política foi aplaudida pelo mercado internacional, que viu grande vantagem na venda do combustível refinado para o Brasil. Aqui dentro, segundo relatório da Associação de Engenheiros da Petrobras, a nova política de preços revela o entreguismo da atual presidência da empresa e governo Temer, que busca sucatear as refinarias nacionais dando prioridade para a importação do combustível. Tudo isso foi justificado na época com o argumento que era necessário ajustar as contas da Petrobras e passar confiança aos investidores internacionais.
6) É verdade, portanto, que o movimento em si tem uma percepção um pouco equivocada da principal razão do aumento dos combustíveis, mas isso não significa que toda classe dos caminhoneiros não faça essa relação clara entre o problema da política de preços da Petrobras e o aumento dos combustíveis.
7) De fato, portanto, o grande problema nesse momento é saber quem serão as pessoas a sentar nas mesas de negociação. De um lado, existe uma legítima expressão da classe trabalhadora em defesa das suas condições de trabalho e dos seus meios de produção. O aumento do Diesel é um duro golpe entre os caminhoneiros autônomos e a reivindicação da sua redução, seja pela eliminação dos tributos, seja pelo questionamento da política de preços da Petrobras, é legítima e deve ser comemorada.
8) A questão fundamental agora é saber o que o governo vai barganhar na negociação. Retomo, então, a questão da reoneração da folha de pagamento. O governo já disse que haverá uma reoneração da folha e esse é um dos meios de captação de recursos caso haja fim do Pis/Cofins incidindo sobre os combustíveis. Na prática, porem, a reoneração pode ter um impacto sobre os empregos dos próprios caminhoneiros, resultando em demissões.
9) Se houver o fim da tributação no Diesel, conforme inclusão do relator, Orlando Silva (PCdoB/SP), na Medida Provisória, de parágrafo que exclui a tributação, a classe trabalhadora e toda sociedade serão impactadas. Afinal de contas, com redução de receita, haverá, consequentemente, um corte no repasse da verba para a seguridade social, previdência, saúde, etc.
Considerando tudo o que foi dito, expresso meu incomodo com análises e percepções simplistas da esquerda, ou de pessoas que se dizem da esquerda, sobre o movimento. Locaute virou doce na boca dos analistas de facebook. Porque não atende à nossa noção de "movimento" ideal, os caminhoneiros que legitimamente se mobilizaram em nome da redução do preço do diesel estão sendo taxados de vendidos e cooptados, como uma massa amorfa preparada para ser manipulada.
Os "puristas" não entendem a complexidade da categoria, e tampouco atentam para a dificuldade que é promover a mobilização ampla desses trabalhadores, tendo em vista não só a precarização extrema à qual estão sujeitos, mas também à realidade itinerante de seu trabalho. Soma-se a isso o duro golpe que atualmente foi proferido contra as entidades sindicais menores de autônomos, com o fim da obrigatoriedade do imposto sindical. Sinto dizer aos colegas acadêmicos, portanto, que nem sempre nossos modelos de análise social se aplicam a realidade. Não se trata de uma disputa entre o bem e o mal; nem de um movimento totalmente cooptável e ilegítimo; uma massa manipulável e "bobinha". 
Por outro lado, também não é um movimento cujos protagonistas tem uma consciência enquanto classe, enquanto categoria. Não é unificado, as pautas são heterogêneas e também voláteis. Por tudo isso, parte desses trabalhadores expressam reações conservadores e, alguns grupos, visões extremistas sobre a política e suas estratégias de luta.
Nada disso, ao meu ver, torna ilegítima a mobilização. Pelo contrário, é um convite para que busquemos entender mais das categorias sociais e para que aceitemos que as mobilizações sociais nem sempre atendem ao nosso critério idealizado de pauta, objetivo e organização.

38 comentários:

Anônimo disse...

Pediram tanto intervenção militar e agora acharam.

Anônimo disse...

https://www.sul21.com.br/opiniaopublica/2018/05/sobre-a-greve-dos-caminhoneiros-por-andre-rosa/

Sempre que há uma greve de caminhoneiros, fico meio receoso. Geralmente, as mesmas não são fruto de organização popular e sim um movimento paredista articulado por patrões e setores da elite. Ao longo da história sempre foi assim. No Brasil, no Chile de Allende, na Argentina e nas demais nações latino-americanas. Basta lembrar que tais movimentos sempre foram utilizados para derrubar governos e jogar o poder central dos países mais à direita (mesmo que em certos casos eles já estejam à direita).

Minha opinião é que o atual processo não é diferente. Se alguém acredita que esse movimento é por arrependimento ao anterior, onde os mesmos atores ajudaram a consolidar o golpe no Brasil. Se alguém acredita que é somente pelo alto valor dos combustíveis, pode estar redondamente equivocado.

Assim como os movimentos anteriores dos caminhoneiros, este também é articulado pelas tais forças ocultas que sempre mantiveram quase intactos seus interesses. Quando ameaçados, por trás de movimentos como esse, desestabilizaram nações e promoveram golpes. Basta observar nesse processo que mesmo antes do final do primeiro dia de movimento, já havia falta de combustíveis, setores do agronegócio alertavam sobre desabastecimento, montadoras automotivas paravam sua produção. Tudo como se as grandes distribuidoras e os grandes supermercados não mantivessem os estoques necessários para manutenção do abastecimento por um certo período. Portanto, junto com a greve, há também a proposital retirada de produtos do mercado consumidor com objetivo de promoção de um caos calculado. Por sua vez, para alimentar ainda mais a sensação de medo da população sobre desabastecimento, a Rede Globo exerce seu papel de porta-voz da elite em reportagens calculadas e nitidamente espetaculosas. Dessa forma, gera o desespero e uma desnecessária demanda que acaba por desabastecer, em pouco tempo, pequenos e médios comerciantes.

Pergunto: a quem interessa o caos e o medo? Se observarmos o passado no Brasil, Argentina, Chile e demais nações latino-americanas, veremos que o objetivo sempre foi o mesmo. Desestabilizar países, derrubar governos e promover a manutenção dos interesses da elite no poder real.

Não pensem com isso que faço a defesa da manutenção do atual governo golpista ou deixo de reconhecer que, na base do movimento, possam haver trabalhadores com certo grau de consciência. Não se trata disso. Porém, quando observamos um deles afirmar que a greve é “para acabar com os comunistas que estão no governo”, percebe-se claramente o grau de manipulação da elite sobre esses.

O que há por trás da greve, como afirmei anteriormente, é a geração do clima de caos, medo e desestabilização num período pré-eleitoral onde Lula ainda pode ser candidato. Cabe lembrar que a elite ainda não encontrou uma candidatura confiável e com capilaridade para vencer o ex-presidente e manter no poder central um presidente decorativo comprometido com seus podres interesses. Nesse caso, todo esse processo em curso pode levar o país ao cancelamento da eleição presidencial num grande acordo (com STF, com tudo) em nome de sua “estabilização”.

É disso que se trata. Por isso não é possível para alguém de esquerda defender o movimento paredista que se realiza através da articulação da elite.

Unknown disse...

Lola fora do assunto: estou pulando de alegria, Requião na liderando a corrida para o Senado. Oh! Glória!
@aesculapiusml

Anônimo disse...

O Brasil que eu quero para o futuro e um Brasil cheio de caminhoneiros.

CRISTIANO DE ALMEIDA LIMA disse...

É uma questão de prioridades:
Quando professor faz greve por salário em dia e melhor, contra menos dinheiro para educação e educação de qualidade que poderia desenvolver tecnologia inovadora para termos formas de transporte e combustíveis mais baratos, porrada no lombo desses vagabundos.

Quando caminhoneiro faz greve por tabelamento do diesel a sociedade brasileira apoia e defende, pois em primeiro lugar o preço dos produtos e serviços, além é claro da carona do tabelamento da gasolina, já que claro, meu sagrado direito de me locomover em um veículo próprio em primeiro lugar.

O povo brasileiro e o povo americano são farinha do mesmo saco do raciocínio tipo "visão de toupeira".

Anônimo disse...

O Brasil que eu quero para o futuro é um Brasil cheio de caminhoneiras.

Anônimo disse...

essa petista não foi tão compreensiva com as jornadas de junho (2013)

falsa e hipócrita

Anônimo disse...

Cruuuuuuuzes...

lola aronovich disse...

Gente, mil desculpas! Havia vários esboços de posts agendados pra ontem, e esqueci completamente de reagendá-los (porque eles não estavam prontos, não tinham links nem ilustrações, alguns eram de perguntas e respostas e não tinham a minha resposta, etc). Assim, eles foram publicados ontem sem querer. Já os reagendei e eles serão publicados prontos assim que... ficarem prontos. Essa minha presepada já aconteceu antes. Várias vezes antes. É que às vezes eu esqueço do blog, ou pelo menos dos posts agendados do blog.

Anônimo disse...

Beleza, Lola!! 😄

Felipe Roberto Martins disse...

Refletindo Lola :).

Anônimo disse...

Maravilhosa a greve... fudendo o pais inteiro e arriscando a vida de pessoas nos hospitais, que podem morrer sem medicamentos. São um bando de fdp! Apesar de achar q eles tem direito de reclamar por melhorias de trabalho, podiam fazer isso de outro jeito.

titia disse...

A PF intimou empresários para depor por suspeita de locaute. Não é tão fora da realidade que isso seja precursão pra um novo golpe, duvido que dos militares (que só servem pra serem fantoches) mas dos empresários desse país que sempre acharam que podem fazer tudo. Não há a menor possibilidade de Temer ser eleito legalmente, e eles não tem nenhum capanga com nome e apoio popular o suficiente pra concorrer; o único nome da direita com alguma notoriedade (negativa) é Bolsonaro, mas ele é tão incapaz e ridículo, um mero palhaço dando show pra um bando de bebês barbados mimadinhos sem vontade de crescer, que nem mesmo os empresários alienados e medíocres desse país querem entrar em conluio com ele. O desespero da corja deve estar grande.

Além disso, creio que pouca gente percebeu mas o movimento dos caminhoneiros só protesta contra a alta do preço do diesel, os outros combustíveis não estão na pauta deles. Na hora que o acerto pelo preço do diesel for satisfatório, adeus greve. A gasolina vai continuar subindo sem que ninguém se disponha a colocar um freio e os patos vão continuar pagando 5 golpes o litro, ou mais. Pode ser apenas mais um caso da mentalidade "Farinha pouca meu pirão primeiro" que é tão típica dos brasileiros ou pode realmente ser uma tentativa de golpe.

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/pf-chama-20-empresarios-para-depor-por-suspeita-de-locaute/

Sim, brasileiros são no geral um bando de toupeiras.

Rafael disse...

Era uma demanda que a esquerda poderia ter trabalhado,mas estava preocupada demais com Lula.Agora o movimento está na mão da direita.De novo

Joana disse...

Na boa, pessoas... Quem ainda tiver MEIO (meio, só, viu?) neurônio funcional já descobriu que há estrada e caminhoneiro demais para exército de menos. É vergonha que chama o que o Temer quer passar, né? Forças disso e daquilo, tá...

Anônimo disse...

Ah tá, a autora só esqueceu de um mero detalhe: locaute é crime, portanto, sim, a greve dos caminhoneiros é ilegítima. Concordo com a Lola, apoiar é uma cilada.

Anônimo disse...

Fugindo do assunto, mas:

https://m.huffpostbrasil.com/2018/05/26/o-sim-para-a-legalizacao-do-aborto-vence-em-referendo-na-irlanda-aponta-boca-de-urna_a_23443812/?utm_hp_ref=br-homepage

Anônimo disse...

Que bom que a Irlanda referendou o aborto.

Quem quiser abortar, bastar ir para lá.

Anônimo disse...

Preços dos combustíveis?

Quem se preocupa com isso é a classe média. Anda com seu carrinho 1.0 (comprado em 60 meses) olhando para o marcador do tanque.

Ricos não tem esse sintoma. E os empresários? Repassam os aumentos para o produto e pronto.

Anônimo disse...

Verdade! Diante de tanto desastre uma boa notícia. Um dia o Brasil deixa de ser um pais de imbecis e conseguimos aqui também. Interessante é que nos paises onde o aborto é legalizado a taxa de aborto tem caído. Enquanto que nos países pobres governados por uma mentalidade conservadora atrasada se faz muito mais abortos.É que em paises formados porpor idio conservadores as pessoas tem pouco acesso a informações sobre contracepção.
A baixa taxa de abortos onde o aborto é legalizado mostra que a proibição não diminui em nada a prática do aborto.

Anônimo disse...

É mesmo? E você acha que os ônibus são movidos a que, idiota? Água? Você acha que os alimentos são transportados a força de que? Urina? Pobre por acaso não usa ônibus? Pobre por acaso não come? Então como é que só a classe média tem motivos pra se preocupar com preço dos combustíveis? Ah vai se ferrar

Anônimo disse...

Não seja ingênuo(a), anon bobalhão (ou bobalhona) das 19:23h.

Goste você ou não, quem quiser abortar, já aborta por aqui mesmo, contra tudo e todos, em segredo já que aqui não está legalizado (a diferença é que quem tem dinheiro, o faz com segurança; quem não tem corre risco de morrer por um procedimento mal feito).

E se o aborto fosse legal aqui?? O que te afetaria? Basta vc não fazer um se vc for mulher. Se vc for homem, faça sua parte e use camisinha para não engravidar ninguém e de resto fique de boca fechada pois não te diz respeito.

Anônimo disse...

Sofro com esses antas bolsominions que estão jurando que vai haver paralisação geral, o povo está cagando e andando pra tudo o que está acontecendo e eles estão agora lá jurando que vai parar tudo e vai ter intervenção militar logo em seguida kkkkkkkkkkk. O caquético do temer vai é acabar com tudo antes e enganar o povão burro mais uma vez.

Anônimo disse...

Brasileiro é bobinho demais.

500 anos e ainda não aprenderam que essa terrinha de ninguém nunca muda.

Anônimo disse...

Não adianta fazerem greves, protestos, manifestações se no fim das contas a população continua sendo mal educada, egoísta, individualista, corrupta, que só pensa em tirar vantagens para si e sem noção nenhuma de coletividade.

Os políticos no Brasil representam sim a população, contrariando o que dizem.

Vergonha de ter nascido nesse país.

Anônimo disse...

E se o aborto fosse legal aqui?? O que te afetaria? Perguntou alguém.

Aborto legalizado aqui, no Brasil, não me afetaria em nada. Aprovo e eu até concordaria com um histerectomia (útero e testículos) compulsória dos pais que optassem pelo aborto

Tem muita gente no mundo e o aborto seria um tipo de controle.

Anônimo disse...

A titia insiste com a afirmação de que militares são fantoches. Ela cria um paradoxo e nem percebe. O que vocês chamam de ditadura militar nunca existiu,justamente com base no que a titia diz:

Empresários usaram e usam as forças armadas para obterem seus intentos. Não houve e nunca haverá vontade própria por partes dos militares em tomar o poder. As pessoas aqui não são tolas. Todos aqui sabem que, frente à ameaça do comunismo na América do Sul,em 64, empregaram o exército para fazer o trabalho sujo.

Anônimo disse...

06:56 - "compulsória" o seu cu, seu bosta

o q eu concordaria é com uma histerectomia da sua uretra, seu merda, pra ver se para de sair pus apodrecido daí de dentro, seu porco

"ditadura militar nunca existiu" - seu rim cheio de pedra, sua anta

vá sofismar na casa do caralho, seu imbecil

titia disse...

http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/pf-instaura-37-inqu%c3%a9ritos-para-apurar-pr%c3%a1tica-de-locaute-na-greve-dos-caminhoneiros/ar-AAxQDxA?li=AAggXC1&ocid=iehp

Conversando com minha mãe sobre a greve dos caminhoneiros, ela disse algo que me fez entender mais ou menos como pensam essas viuvinhas da ditadura. Reclamou que quando ela era menina, na década de 70, o país não estava tão ruim, não era tão violento, não era tão caótico quanto hoje, que não havia tanta violência familiar nem roubos, etc. Claro, desconsiderou totalmente o fato de que o governo ditatorial manipulava e maquiava dados, a mídia era toda censurada, nunca se mostrava os números reais. Quando contestada, disse que não apoiava a ditadura e suas torturas e assassinatos, mas queria que o país entrasse em ordem, e que se o povo brasileiro não consegue fazer isso sozinho, alguém tem que ir lá e impor a ordem. Agora pensa em como é fácil transformar "ordem" e "ditadura" em sinônimos. Minha mãe era criança em 70 e mesmo com todo o conhecimento que se tem agora sobre a ditadura, ainda chama o golpe de "revolução de 64" e continua idealizando os anos em que foi criança, em que tudo era lindo e perfeito, não desenvolveu senso crítico, consciência social atrelada à política; prefere viver no mundinho imaginário achando nada pode ser feito e que, portanto, o povo que apanhe pra aprender a não ser anarquista. E os jovenzinhos que defendem a volta da ditadura sem nunca a terem vivido provavelmente vão na onda das viuvinhas porque tem preguiça de pensar e formar opinião própria.

titia disse...

07:20 defensor da ditadura, é tão paradoxal que realmente existiu, aqui, uma ditadura militar ordenada e coordenada pelos Estados Unidos, pra manter a colônia que fornecia de matéria-prima barata e pagava caro pelos produtos que eles manufaturavam com elas e mandava de volta. É assim até hoje. E não, não adianta você tentar contar essa lorota de que não existiu ditadura; ao contrário de você, ninguém aqui cabulou as aulas de História na escola.

Anônimo disse...

Hummmmmmm... histerectomia é remoção cirúrgica de útero, não testículos.
Legalização de aborto é uma coisa, remoção de órgãos reprodutivos é outra. São coisas diferentes, as demandas e indicações são diferentes. Não misture coisas que não tem nada a ver entre si. Informe-se melhor, leia, estude, procure na internet, tem informação aos baldes, mas não vou te explicar nada nem caçar links para deixar aqui pra voce. Faça isso vc mesmo antes de passar vergonha por aqui.
Outra coisa: quem aborta ou não quer ter filhos não tem que ser punido com mutilações compulsorias, isso não é planejamento familiar, é barbárie mesmo.
Para quem diz que não seria afetado (a)por uma possível legalização do aborto, sua resposta é um tanto raivosinha...

Anônimo disse...

Ditadura nunca existiu...

Tu viveste em Saturno durante aqueles anos??

Anônimo disse...

A única pessoa que merece uma histerectomia forçada aqui é você, que não passa de um resto de aborto malfeito. É tão bom ver o desespero e frustração dos pró desgraça feminina diante das vitórias das mulheres no mundo. Tão bom vê-los derrotados diante de mulheres que fazem aborto - porque são elas que sabem as dificuldades de levar adiante uma gravidez - a despeito de tudo que eles pensam sobre elas.

Anônimo disse...

Histerectomia compulsória? Eis que cai a máscara do reaça que se diz precocupado com a vida dos fetos. Eis que ele mostra todo seu sadismo e desejo de poder e controle sobre os corpos de PESSOAS adultas e conscientes colocando-se a favor de procedimentos de tortura - histerectomia forçada- contra todos estes que ousam fazer o que ele não aprova. Afinal ele acha que pode se colocar no lugar de Deus para julgar os pecadores abortistas embora o próprio Deus não tenha se manifestado para salvar os fetos ou punir os pecadores. É bom para que todos vejam que tipo de gente cruel e com desejo de poder são essa gente próvida. Que ninguém se engane: esse discursinho bonito de salvação dos 'bebês', de ser a favor da vida, esconde sentimentos muito feios e impulsos muito cruéis dessa gente que se acha no direito de julgar as escolhas e a vida dos outros.

Anônimo disse...

10:35, ele sabe o que é histerectomia, mas está com preguiça de usar melhor as palavras para tratar do assunto porque o que ele quer mesmo é a tortura de seres humanos por meio de retirada forçada de órgãos sexuais só porque as pessoas não fazem o que ele acha que é certo

Anônimo disse...

o que ele quer mesmo é a tortura obrigatória de seres humanos fêmeas (sexo feminino) a.k.a. mulheres.

por isso que falou histerectomia.

bastante sintomático.

Anônimo disse...

Vdd. Eu não atentei para este ato falho.

Anônimo disse...

Olá Anon das 13:05 e das 14:44

Ah, sim, isso mesmo, a principio achei que ele não soubesse o que é histerectomia, mas é isso mesmo que vocês disseram.É sim desejo de torturar e controlar mulheres.