terça-feira, 3 de março de 2015

GUEST POST: O PAÍS DA CADEIA PARA A MULHER QUE ABORTA

Mapa-múndi do aborto: Brasil, na contramão dos países desenvolvidos, é um dos mais restritivos do planeta

Ana Eufrázio, ativista feminista e blogueira, escreveu este ótimo texto:

Semana passada circulou na mídia notícia informando sobre a prisão de uma jovem cabeleireira, moradora de Diadema (São Paulo), em decorrência da realização de um aborto. Após atender a cabeleireira de 19 anos, que já tem um filho de 4 anos, e constatar que a jovem havia provocado o aborto, o médico Mahmud Daoud Mourad decidiu chamar a polícia. A denúncia e detenção ocorreram no último dia 16.
A acusada estava grávida de quatro meses quando resolveu ingerir 4 comprimidos abortivos depois do namorado tê-la abandonado ao ser informado que ela estava grávida. Logo que começou a passar mal, por conta da medicação, ela foi levada ao hospital onde acabou fazendo uma curetagem. A jovem permaneceu internada por 24 horas, tendo alta na terça-feira.
Felizmente, ela permaneceu detida apenas no hospital, não foi levada para a prisão. No entanto, enquanto permaneceu no hospital foi vigiada por dois policiais. Depois de receber alta e pagar fiança de mil reais pelo crime de aborto, ela foi liberada. Apesar de estar em liberdade e poder responder pelo aborto em liberdade ela ainda corre o risco de pegar até três anos de prisão.
Em entrevista divulgada no site O Globo, ela declarou “Só desejo sumir. Você se sente muito exposta. Não sou contra nem a favor do aborto. A decisão de uma mulher interromper uma gravidez já é muito difícil por si só. Ser tratada como uma criminosa, responder a um processo. Estou muito assustada.”
Somente em 2014, conforme levantamento feito em 22 unidades da Federação, 33 mulheres foram presas por conta do crime de aborto. Parte das denúncias que levaram as gestantes à prisão no ano passado tiveram a mesma origem: os hospitais.
No dia 17 de junho de 2014 uma mulher de 22 anos procurou o Hospital Municipal do M’Boi Mirim, na zona sul São Paulo, com queixa de fortes dores abdominais. 
Ela havia ingerido uma medicação para provocar o aborto. Estava no quarto mês de gestação. Como não tinha condições financeiras para procurar uma clínica aborto acabou optando pelos comprimidos. A médica que atendeu a moça também resolveu denunciá-la à polícia. “Fiquei algemada na cama por três dias”, desabafou a acusada.
Segundo reportagem publicada site Exame, “As prisões por aborto ilegal no Brasil se concentram no Sudeste. O Rio tem 15 presas, São Paulo, 12, e Minas, uma. As demais denúncias foram registradas no Paraná (3) e no Distrito Federal (2). Acre, Maranhão, Rondônia, Tocantins e Roraima não informaram o número de denúncias. Todas as mulheres foram enquadradas no artigo 124 do Código Penal, de 1940, que criminaliza o aborto. A pena pode variar de um a três anos de detenção. Os perfis das rés têm semelhanças: jovens, negras, com pouca escolaridade e baixa renda.”
É sempre preciso salientar que a penalização pelo crime de aborto, seja através da prisão, danos à saúde ou morte, alcança majoritariamente as mulheres pobres e, mais ainda, as negras. 
Compare com a declaração recente de Débora Bloch, que revelou ter feito um aborto: “Quando tinha uns 20 anos, engravidei sem querer de um namorado e abortei. Meu ginecologista me indicou uma clínica. Não tive nenhum tipo de arrependimento depois”. Ela não foi penalizada porque suas condições financeiras permitiram que fosse devidamente assistida. 
Enquanto, isso, mulheres pobres continuam sendo marginalizadas ou morrendo por optarem pela interrupção da gravidez. A fundadora do Women on Web declarou: "Não acho que exista no mundo uma situação tão desesperadora como no Brasil".
Apesar de se tratar de crime, o profissional de saúde está impedindo de comunicar ou denunciar a polícia qualquer mulher atendida por ele que tenha espontaneamente abortado ou provocado aborto. Aquele que denuncia ou comunica aborto a polícia está desrespeitando o sigilo médico, além de violar o Artigo 154 do Código Penal. 
5. ÉTICA PROFISSIONAL DO SIGILO PROFISSIONAL
Diante de abortamento espontâneo ou provocado, o(a) médico(a) ou qualquer profissional de saúde não pode comunicar o fato à autoridade policial, judicial, nem ao Ministério Público, pois o sigilo na prática profissional da assistência à saúde é dever legal e ético, salvo para proteção da usuária e com o seu consentimento.
O não cumprimento da norma legal pode ensejar procedimento criminal, civil e éticoprofissional contra quem revelou a informação, respondendo por todos os danos causados à mulher.
Art. 154. Código Penal. É crime: “revelar a alguém, sem justa causa, segredo de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem”.
Portanto, além de responder criminalmente, o profissional também pode responder processo civil de reparação de danos, o que pode leva-lo a ter de pagar indenização à mulher por ele denunciada.
A quebra de sigilo médico-paciente, em específico sobre aborto, pode tornar as consequências de procedimentos mal sucedidos, que hoje já é um sério problema de saúde pública, num verdadeiro genocídio, já que o medo de ser denunciada pode impedir que as mulheres busquem por ajuda. As denúncias podem amedrontar, inclusive, vítimas de aborto espontâneo, que se sentirão receosas de serem injustamente acusadas e presas por aborto.  
Quantas Jandiras precisarão ser assassinadas para que parlamentares compreendam que saúde pública não se regula com fundamentalismos religiosos? Quantas mulheres precisaram ser coagidas a maternidade compulsória por conta do medo de serem presas, responderem a processo, terem suas vidas devastadas simplesmente por ignorarmos o fato de que maternidade deve ser um ato de amor, voluntário e consciente?
Até quando vamos ignorar o fato de que muitas mulheres que se submetem a abortos inseguros mesmo sendo crime e tendo ciência de que estão se arriscando a perder a vida e deixar seus filhos órfãos? Mulheres que optam pelo aborto não precisam enfrentar processo e/ou serem presas. Precisam de acolhimento, precisam de cuidados, inclusive médicos e psicológicos. É dever do Estado resguardar a vida de milhões de mulheres que se submetem anualmente a procedimentos abortivos e se arriscam a se converter em mais uma vítima fatal entre as centenas que morrem em decorrência de procedimentos mal sucedidos.
Em meio a esse problema que, ao que tudo indica, tende a se agravar, um paliativo pode amenizar o sofrimento de quem atualmente está enfrentando processo criminal por aborto no nosso país. O Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem), coordenado no Brasil pela advogada Gabriela Ferraz, está identificando as mulheres presas por este crime no país para prestar assessoria jurídica gratuita.
Enquanto isso, o presidente da Câmara, o deputado evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que recentemente realizou culto evangélico no Congresso –- ferindo princípios constitucionais -– esbraveja:  “Aborto e regulação da mídia só serão votados passando por cima do meu cadáver”. 
Essa declaração é uma clara ameaça de que durante o seu mandato haverá boicote a qualquer intenção de avanço no tocante ao aborto e aos direitos reprodutivos femininos. Na verdade, é provável que projetos de lei que visem restringir direitos ou cassar alguns já conquistados sejam postos em pauta, como por exemplo, o estatuto do nascituro e o bolsa estupro.
O mínimo que se espera num momento crítico como esse, em que a bancada fundamentalista vem crescendo e tornando-se uma promessa de retrocesso, é que se puna exemplarmente, inclusive com cassação, os profissionais que desrespeitam o Código de Ética Médica e o Código Penal e denunciam mulheres que recorrem aos serviços de saúde à procura de socorro médico.

94 comentários:

Anônimo disse...

Desculpe mas informação a respeito de "processar médicos por falta de ética" está bastante enviesada e não corresponde à realidade do ponto de vista jurídico.
Sem entrar no mérito se é justa ou não a criminalização do aborto, a partir do enfoque penal, é um crime ao nível de qualquer outro. Não há nenhuma penalidade ao médico que informa à polícia ter prestado assistência a criminoso baleado durante confronto ou fuga (fato que trás evidente prejuízo ao meliante, e nem por isso haveria chance de prosperar nenhum pedido indenização por danos materiais ou morais). Lembrando sempre que, do prisma jurídico, um não é "mais crime" do que outro.

Anônimo disse...

O fato é que os médicos estudam a repercussão legal dos seus atos na faculdade. Esse é um caso clássico e é objeto de estudo certo durante a graduação. Dificilmente esse texto tenha poder de dissuasão sobre os possíveis denunciantes.

Anônimo disse...

pq não reclamam com a presidente sobre esse absurdos ?
lembrei, ela está muito ocupada roubando $ agora que já foi eleita.

Anônimo disse...

=> Assunto interessante. Veremos por aqui algum dia também pedidos acalorados de "punição exemplar" para os políticos do Partido dos Trabalhadores envolvidos no assalto à Petrobrás ?

A conferir

Bizzys disse...

"Quantas Jandiras precisarão ser assassinadas para que parlamentares compreendam que saúde pública não se regula com fundamentalismos religiosos?"

Infelizmente, podem morrer mais 1000 mulheres nessas condições, que não vai mudar a mentalidade desses parlamentares. Para esse pessoal religioso, se a mulher não está cumprindo seu papel de incubadora, ela vale menos que lixo.

Eu fico muito triste e preocupada com esse fundamentalismo religioso que está tomando conta do governo brasileiro, queria ter esperança mas acho que para os próximos anos, nós mulheres vamos sofrer mais com o conservadorismo.

Anônimo disse...

Para esse pessoal religioso, se a mulher não está cumprindo seu papel de incubadora, ela vale menos que lixo.

=> fiquei emocionado com a maneira tão terna que as feministas se referem a função biológica da maternidade.

Ah, a mãe natureza que deu o papel de incubadora às femeas, essa porca reacionária com certeza é mascu

Anônimo disse...

acredito que anonimo 14:58 se referia a forma como os parlamentares pensam.

Querido ou vc nao interpreta direito ou é mto desonesto msm.

Aninha disse...

Esse é um assunto que me deixa extremamente triste (além de inconformada).

Na única vez que achei que estava grávida não tinha a menor intenção de continuar com a gravidez. Mas para mim, classe média, o aborto é acessível e foi discutido abertamente com meu marido. Sempre soubemos que dentro ou fora do Brasil eu o faria de maneira segura.

Nesse momento e desde então, eu sempre penso nos milhões de mulheres compatriotas minhas que não tem essa opção. Que são vítimas de açougueiros, de desespero, de gravidez indesejada e posterior violência obstétrica. Até quando nosso país continuará insistindo no sofrimento delas?

A questão do aborto é uma das poucas que me faz ter vontade de deixar o Brasil, de ir para um lugar onde meu corpo e daquelas que eu amo será respeitado.

Anônimo disse...

acredito que anonimo 14:58 se referia a forma como os parlamentares pensam.

Querido ou vc nao interpreta direito ou é mto desonesto msm.

=> é que ela acusa os parlamentares, quando na verdade foi a mãe natureza que deu o "papel de incubadora" às fêmeas (de todas as espécies). ela sim é a verdadeira olavette, fascista e coxinha.
Não podemos errar o alvo.

Anônimo disse...

Lola, acabei de ler no Jus Brasil sobre esse tema. Colo o artigo aqui:

O sigilo médico, o aborto e a lei

Noticiou a imprensa que em São Paulo um médico atendeu uma jovem de 19 anos com hemorragia pós-aborto, em razão de ter ingerido quatro comprimidos de um medicamento indicado para úlcera e considerado abortivo. Após o procedimento, o médico comunicou o fato à autoridade policial, que lavrou o auto de prisão em flagrante delito pelo abortamento praticado pela paciente, com o consequente arbitramento de fiança para ser colocada em liberdade. Ainda segundo a notícia, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo irá instaurar sindicância para apurar a falta ética do médico que, uma vez provada, poderá acarretar a cassação do seu registro profissional.[1]

O artigo 5º, § 3º do Código de Processo Penal faculta a qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de crime em que caiba ação pública, que é o caso do abortamento, poderá, verbalmente ou por escrito, comunicar o fato à autoridade policial, que irá instaurar inquérito, se procedente a notitica criminis. Assim, levando-se em consideração o fato narrado, o vizinho da mulher tem plena legitimidade para fazer a delação à autoridade policial que, obrigatoriamente, deverá dar início à persecução penal. O médico que a atendeu e realizou o procedimento, no entanto, não está compreendido neste permissivo processual.

Parece até uma incoerência, porém há razões legais para tanto.

A relação médico-paciente, além de criar um vínculo obrigacional, vem acobertada pela confiabilidade que deve orientar as partes envolvidas. No instante em que a paciente narrou e confidenciou ao médico a prática do abortamento, elegeu-o como depositário e guardador de seu segredo, permitindo a realização de exames clínicos, obstétricos e complementares para realizar o procedimento indicado para o caso. Tais informações são imprescindíveis e devem ser utilizadas somente para providências em favor da paciente. Tamanha é a importância do sigilo médico que, mesmo que o fato seja de conhecimento público ou até mesmo que o paciente tenha falecido, permanece vivo para sempre.

(continua)

Anônimo disse...

(continuação)


Tanto é que o Código Penal, em seu artigo 154, erigiu à categoria de crime a revelação, sem justa causa, de segredo de que o agente tenha ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão e cuja revelação possa produzir dano a outrem. É importante observar que a definição de segredo no Código Penal corresponde a todo fato cuja divulgação a terceiro possa produzir um dano para seu titular. A intenção da lei é fazer prevalecer a confiança pública depositada no profissional, justamente para que seu serviço possa ser executado com toda segurança, presteza, sem qualquer atropelo coativo. Preserva a vida privada e a intimidade do paciente, expressões blindadas pela Constituição Federal e Código Civil para resguardar o foro íntimo como o asilo inviolável do cidadão, nos moldes do peace of mind do direito americano. Assim, com a divulgação do segredo quebra-se o pacto convencionado entre as partes e a publicidade indevida passa a representar uma invasão à vida privada do paciente acarretando não só a inconveniente investigação policial, como também a intranquilidade do espírito pela intromissão alheia.

É certo que o sigilo relatado, compreendendo somente aquele revelado no exercício profissional, não vem revestido de caráter absoluto, pois, em algumas hipóteses, pode ser quebrado, tais como dever legal, justa causa ou autorização expressa do paciente. Mas, no caso presente, ausentes tais requisitos.

A preservação da confiança da paciente que revelou ao médico circunstâncias de caráter íntimo e direcionadas para uma prestação de serviço mais eficiente, mesmo que verse sobre fato criminoso, não pode provocar, em contrapartida, a sua exposição e submetê-la a uma investigação penal. O Código de Ética Médica (Resolução CFM nº 1931/2009), que contém as normas que devem ser seguidas pelos profissionais, em seu artigo 73 é taxativo ao afirmar que é vedado ao médico “revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente”.

Por outro lado, ainda relacionado com o tema, o Ministério da Saúde vem realizando sistemáticas campanhas que colocam a mulher como destinatária de novos serviços e benefícios, principalmente a fundida no documento “Norma técnica de atenção humanizada ao abortamento”, além dos esclarecimentos aos profissionais da saúde responsáveis pelo procedimento do ato médico.

Fato anterior a respeito do sigilo médico diante de uma situação de aborto ensejou a Consulta 24.292/00 do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, que foi conclusiva no sentido de recomendar a instauração do devido processo administrativo para sua apuração.

Concluindo, todo o imbróglio foi criado pelo fato de ter o médico comunicado o abortamento à autoridade policial. Daí surgem várias outras situações jurídicas, tais como o erro do médico em acreditar que fosse obrigado a denunciar o fato, o direito da paciente em pleitear indenização cível, a constituição de prova ilícita para a apuração penal, sem falar ainda do processo de cunho ético.

Eudes Quintino de Oliveira Júnior, promotor de justiça aposentado/SP, mestre em direito público, pós-doutorado em ciências da saúde, advogado, reitor da Unorp/São José do Rio Preto.

Anônimo disse...

Se os dados das feministas estiver correto - 1 milhão de abortos ano e uma morte pelo procedimento a cada dois dias - o índice de mortalidade por abortamento clandestino é de menos de 0,2 por mil mulheres. Isso não é um problema de saúde pública prioritário.
Violência é obrigar uma população onde 80% da população é contra e até repudia a prática a pagar o procedimento para terceiros através de impostos.

@vbfri disse...

Aborto: sempre tema com alto índice de trolls.

--> Violência é obrigar uma população onde 80% da população é contra e até repudia a prática a pagar o procedimento para terceiros através de impostos.

Também acho. Vamos proibir o SUS de atender pacientes que são vítimas de acidentes provocados pelo combo bebida + direção? Se estiver em um acidente e cheirar a álcool, a gente deixa de atender. Beleza??

Eu sou super contra bebida e direção. Além de colocar a própria vida em risco, coloca a vida de outras PESSOAS (nascidas, com vida própria, com identidade, CPF) por uma imbecilidade.

Afinal, era só beber e não dirigir, certo?

Então a gente paga de pagar isso.

Vamos parar de pagar, também, tratamentos de diabetes, pressão alta, cirrose hepática. Afinal, era só a pessoa ter se cuidado, não é mesmo?

Ah, e vamos parar de pagar tratamentos de câncer de pulmão, afinal a pessoa fumou porque quis.

Hmmm... Que mais?

Eu acho um absurdo o governo pagar, também, tratamento para câncer de próstata, afinal os homens sabem que tem que fazer exame de toque a cada ano para prevenir. Então, abaixo o uso dos meus impostos para câncer de próstata!!!
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É cada argumento ridículo que vou te falar...
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Antes que alguém venha entender isso como literal, vou informar que trata-se de ironia/sarcasmo.

Anônimo disse...

É certo que o sigilo relatado, compreendendo somente aquele revelado no exercício profissional, não vem revestido de caráter absoluto, pois, em algumas hipóteses, pode ser quebrado, tais como dever legal, justa causa ou autorização expressa do paciente. Mas, no caso presente, ausentes tais requisitos.

=> A questão aqui é esta. O sigilo pode ser quebrado se há "justa causa". Como justo é um juízo de valor, a comunicação de crime previsto no Código Penal é causa de exceção clara.
...
Caso de um psicólogo que informe às autoridades do planejamento de homicídio por parte de um cliente. É causo de exceção para quebra do sigilo profissional. Do ponto de vista da lei não há diferença no fato de ser justificavel a quebra do sigilo para tutelar a proteção dada por lei à vida ou a um embrião. Os dois casos estão cobertos pela exceção legal, pelo menos esta é a visão majoritária.

Camila Lobo disse...

Lola, sou mãe. Engravidei aos 19 anos, também não tinha emprego, tampouco o pai. Confesso que tive apoio familiar, então posso falar pouco sobre hipossuficiência e falta de amparo. Mas eu amo tanto a minha filha, que fico imaginando o quanto doeria se ela não tivesse nascido. Há quase 4 meses perdi um bebê, com 6 semanas de gestação. Apesar do pouco tempo, ele foi muito amado. Não é falta de empatia e muito menos desejo que elas sejam tratadas como criminosas, mas não posso nem de longe falar que apoio o aborto ou a sua legalização, seria muita hipocrisia da minha parte. Falta informação, falta uso de contraceptivos, falta amor-próprio (você se viola) e falta amor pelo bebê. Eu já amava meu filho desde que descobri e ainda o amor, mesmo depois de quase 4 meses que perdi. Não sei realmente o que dizer sobre isso. Sinto compaixão, compreendo o desespero, mas ainda não sei opinar. Não sei mesmo. Dizer que eu seria a favor seria como dizer que eu poderia ter tirado a minha filha, apesar das condições adversas... Mas não sou ninguém pra julgar. Apenas penso que não é tão simples. Ela abortou com 4 meses, o bebê já mexe com 4 meses, e provavelmente deve ter sofrido muito com o aborto.

Anônimo disse...

Se analisar bem. O cara aí acima tá correto.

A incubadora foi criada para substituir o corpo da mulher em caso de emergência (nascimento prematuro). Logo, a incubadora natural é mesmo a mulher.

Então quem dá o papel de incubadora a mulher não é o machismo mesmo. Dessa culpa estamos livres.

@vbfri disse...

Gente, pelo amordetodasasdeidades, não vamos confundir a descriminalização do aborto com as mulheres serem FORÇADAS a abortar.

E essa história de "eu não faria", "eu não abortei e amor x minha/meu filhx", ótimo, que bom, parabéns pra você! Quer uma estrelinha por isso??

Eu sou contra o aborto (para mim, para a minha família e para os meus amigos) e a favor da descriminalização.

São duas coisas diferentes. Pelo amor de tudo o que você considera sagrado, parem de usar esse tipo de argumento.

Eu também acho um horror que ela tenha abortado no quarto mês. Mas ninguém pensa no nível de desespero para a pessoa fazer isso, sozinha, em casa, ou com um cabide, num quarto fétido?

Jura que vocês acham melhor isso do que legalizar o aborto e ter como controlar onde, quando e porquê a mulher aborta?

Ah, nem gente... Sério...

processatudo disse...

taca-lhe processar estes medicos, vai demorar, mas qdo as condenações começarem a sair os outros vão pensar duas vezes antes de descumprir a lei

Anônimo disse...

corrigindo

Sobre o parecer jurídico do promotor acima. No Brasil, é possível encontrar um parecer para cada tese jurídica defendida que se possa imaginar.

O que interessa é a jurisprudência. Quero ver se existe alguma decisão (transitada em julgado) que tenha concedido indenização CONTRA médico que tenha denunciado aborto às autoridades policiais. Ou mesmo cassação de registro médico (decisão administrativa)

Se me mostrarem um, retiro o que eu disse sobre a questão judicial.

Kittsu disse...

Enquanto a mulher é vista como mero sujeito da "função biológica da maternidade" ela é sim tratada como mera incubadora.
A maternidade é muito mais que o desempenho de uma função biológica: É social, psicológica, afetiva. Para os seres humanos, não influenciados meramente pelo cumprimento de suas funções biológicas, mas sim por todos estes outros fatores (e outros que não citei), a maternidade deve sim ser uma escolha e não uma imposição natural e nem social.
Quando você admite que "a mãe natureza/Deus fez as mulheres serem incubadeiras" você admite sua visão puramenente mecânica e irracional do gerar/parir, e descarta completamente o que realmente sigifica a maternidade - que é algo muito maior do que esta visão reducionista e provavelmente fruto do desprezo pela própria figura da maternidade - ora, se é tão fácil e é só gerar e parir, não precisa muito mais do que um útero para isto. logo, a mulher e o papel de mãe prestado pela mulher não seriam nada mais complexos do que o de uma vaca que põe um bezerro no mundo, ou de uma cadela e sua ninhada.
Ser mãe significa permanentemente se responsabilizar pela formação e cuidados de um outro ser humano, e isso é uma coisa simplesmente GRANDIOSA. Seres humanos SÃO coisas grandiosas e não coisas que você coloca no mundo só porquê "é, né, fazer o quê?". Então se um ser humano não deseja tomar para sí esta responsabilidade (seja por falta de condições, seja por não se sentir preparado), como obrigá-lo sem fazer isso tão somente por um conceito limitado do que é maternidade, que dezumaniza a mãe e sacraliza o filho sem se preocupar com o futuro dele?
Antes que não venha a se tornar um ser humano (antes que seja possivel existir dor ou sensciência para o embrião) do que permitir que se torne um humano tratado como sub-humano e apartado do acesso a seus próprios direitos e dignidade - como é a realidade das crianças nascidas de famílias pobres, que são justamente as que encontram as maiores barreiras para fazer um abortamento.

Anônimo disse...

Kitsui.

Entendo seu ponto de vista e boa parte dele é bem fundamentado. No entanto é bastante contraditória dizer que se faz o aborto por se preocupar com o futuro da criança. É exterminar qualquer futuro (bom ou ruim) a resposta para a preocupação com o futuro ? Para pensar.
.Além do mais, embora exista lei contra o aborto, não existe nenhuma lei que obrigue a mãe a cuidar da criança. Ela pode ser entregue a adoção assim que nascer. Devem existir milhares de criança com futuro lindo pela frente sendo criados por pais adotivos.
.
Respeitosamente, e sem animo de te ofender.

Graciema disse...

Kittsui,

Apoio CADA uma de suas palavra.

Anon das 16:33, no mesmo espirito, não para ofender. Mas sim, existe lei que obrigada a mãe cuidar do filho. Abandono de incapaz, negligencia, maus tratos, etc...todos são crimes. Sobre doar a criança, o processo não é rápido, nem fácil, nem simples como querem fazer parecer - para começar, prioriza-se a família consanguínea para doação. Afora todo o julgamento moral que vai recair sobre a mulher que se recusar a maternar a criança que gerou. Também não é tão fácil assim ser adotado, principalmente se a criança for negra. Esse cenário que você pintou é o melhor dos casos. Sugiro que vá a uma casa abrigo para conhecer a realidade disso.

E isso ainda não leva em consideração que uma gestação e um parto, por si sós, são difíceis, muitas vezes dolorosos e complexos em termos psicológicos. Forçar uma mulher a passar por isso sem que ela o deseje me parece desumano. Ao contrário do embrião (me referindo aqui no aborto até 3 meses), ela já é um ser humano adulto, plenamente desenvolvido e capaz de sentir dor, tanto física quanto emocional.

@vbfri disse...

Kittsu:

Perfeito. Simplesmente perfeito.

Bizzys disse...

Kittsu, OBRIGADA por esclarecer.

Como está faltando interpretação de texto na caixa de comentários, vou reforçar: o fato de que as mulheres podem engravidar e ter filhos não significa que essa é nossa obrigação. Mas grande parte da sociedade acha que é obrigação sim, e esse é o papel de incubadora que nos dão. Não vou me alongar porque a Kittsu já explicou o suficiente.

Aliás, anon das 15:04 e outros, a mesma mãe natureza que deu a "função biológica da maternidade" às mulheres também te deu um cérebro, eu sugiro que você o use da próxima vez que vier comentar aqui.

@vbfri disse...

--> Além do mais, embora exista lei contra o aborto, não existe nenhuma lei que obrigue a mãe a cuidar da criança. Ela pode ser entregue a adoção assim que nascer.

Moçx, sério. Estuda isso que você vai ver que não é bem assim.

O estado faz DE TUDO para a mãe ficar com a criança. Se ela não quiser, vão procurar TODOS os familiares e tentar encontrar alguém que aceite. Esqueça privacidade da mulher. Esqueça tratamento minimamente humanizado.

A galera faz DE TUDO para a mulher ficar com a criança. E chantagem emocional é a PRIMEIRA coisa.

Além do que TODA a sociedade vai humilhar a mulher até o fim dos tempos porque, né, pessoa desumana que dá o filho.

Aborto até é possível esconder.

Barriga de 9 meses, não.

E, se fosse fácil assim, não existiria TANTA criança para adoção.

Então não é fácil assim.

Além do mais, esse argumento, novamente, reduz a mulher a uma INCUBADORA.

E porque mesmo que a vida do feto vale mais do que a da mulher?

E se a mulher está desesperada assim para não ser mãe, imagina o tipo de tortura que a criança passará? Sério. Imagina a criação.

Ai depois a criança vira criminoso e a galera pró-vida tá gritando "bandido bom é bandido morto"

Depois faz uma enquete pra ver quantos que estão presos são frutos de gestações em que a mãe quis/tentou abortar... E tratou a criança feito lixo.

Anônimo disse...

"E porque mesmo que a vida do feto vale mais do que a da mulher?"

A mulher não vai "perder a vida", ao contrário do feto.
Em caso de gravidez de risco, onde ela pode perder a vida, o aborto é permitido.

@vbfri disse...

--> A mulher não vai "perder a vida", ao contrário do feto.

Diz isso para as milhares de mulheres que morrem por abortos malsucedidos.

E que, várias vezes, deixam filhos órfãos.

Filhos que ninguém quer ficar, filhos que ninguém quer adotar, filhos que ficam em orfanatos até os 18 anos e são retirados com um chute no traseiro.

Orfanatos, aliás, onde ocorrem, muitas vezes, abusos físicos, emocionais, sexuais.

E, aliás, até o terceiro mês de gestação, o feto/embrião, não sente dor. Ao contrário da mulher, que sente dor, fome, frio.

A mulher é um SER HUMANO. O feto/embrião é um SER HUMANO EM POTENCIAL.

Novamente: por que mesmo que a vida do feto vale mais do que a da mulher?

@vbfri disse...

--> Em caso de gravidez de risco, onde ela pode perder a vida, o aborto é permitido.

Tem um guest post da Lola que prova que, MESMO nesses casos, mesmo nos casos de estupro, mesmo nos casos permitidos por lei, a mulher NÃO consegue aborto pelo SUS.

Procura no Ministério da Saúde quais os hospitais do SUS (são menos de trinta NO PAÍS INTEIRO) que fazem aborto nos casos permitidos por lei. O Ministério da Saúde NÃO DIVULGA quais são porque os médicos são ameaçados de morte.

Ah, e o médico pode se RECUSAR a realizar o aborto MESMO nos casos legais, alegando que a crença dele não permite.

Novamente, moçx, vai ler antes de falar abobrinha.

C. disse...

“Mas para mim, classe média, o aborto é acessível ... Sempre soubemos que dentro ou fora do Brasil eu o faria de maneira segura.
Verdade. Mas acredito que se quisermos levar a discussão adiante chegou a hora de nos questionarmos e expormos todos os motivos. Sim, as mulheres que lutam pela liberação do aborto tem empatia pelas mulheres pobres que se submetem a procedimentos de risco, que estão muito mais sujeitas à violência e morte. Entretanto, tal liberação consiste em benefício inegável para nós mulheres de classe média. Meu exemplo: se eu precisasse fazer um aborto hoje e tivesse que pagar, digamos R$10 mil, eu poderia pagar. Claro, enquanto classe média, esse dindim não está dando sopa, mas eu tenho meios de conseguir a grana. Se fosse R$ 20 mil, R$ 30 mil, R$100 mil!, sei lá quanto... Seria um perrengue, mas, ok, dá pra eu conseguir. Teria eu garantia de segurança? Não conheço nenhuma clínica. Eu deveria sair perguntando? Como vou saber se meu ginecologista vai agir com solidariedade se eu pedir uma indicação? Não sou rica, sou classe média, o que significa que tem um bom emprego, acesso a várias coisas negadas para os mais pobres e um salário ótimo se comparado com a realidade geral. Pra ser sincera, tenho medo de sofrer violência na hora do parto (algo legal), mesmo tendo acesso à melhor maternidade do país.
Tendo tudo isso em vista, pq raios eu faria um aborto? Pq eu quero. As mulheres abortam por falta de condição financeira? Sim. E também pq querem. Pq tem seus motivos que só interessam a elas mesmas, sejam elas pobres, classe média, podre de ricas, casadas, solteiras, mães, o que for. Sempre quando a discussão começa a aprofundar demais sobre a condição financeira que a “criança” teria se existisse, me dá medo (particular) de alguém entender que uma mulher pobre não pode ter quantos filhos ela quiser. Fico com a impressão de que podemos incorrer no erro de pensar que se parecermos tão desprendidas, pensando só no interesse dos mais fracos, os outros nos darão mais crédito. E essa estratégia não está funcionando.
Enfim, claro que temos empatia com as mulheres pobres. Claro que nos horrorizamos com as mortes, com a violência, com o preconceito. Mas lutamos por nós mesmas pq todas estamos nesse barco. Vide a francesa que voltou ao seu país para fazer o aborto, será que elá não podia arcar com um valor alto? E o exemplo da Jandira, o valor que ela pagou foi um valor alto, isso não garantiu a segurança dela.

Anônimo disse...

Anônimo 14:51, não vamos esquecer os políticos do PMDB, do PSDB e de outros partidos que se envolveram no caso Petrobras e tantos outros. Aliás, o ex-presidente da Transpetro, um dos primeiros a se afastar, era apoiado pelo PMDB.

Acho interessante como algumas pessoas realmente acham que corrupção é uma coisa muito mais relevante do que a morte de mulheres pobres sem direito à escolha. Eu não acho, anônimo 14:51. Prefiro que a Lola continue denunciando canalhas como esses médicos que condenam à prisão mulheres à beira da morte por não terem direito ao seu corpo.

@vbfri disse...

Agora, uma pergunta honesta (juro!):

Para quem entende que a vida começa na concepção/fecundação, o que fazer com os milhões de embriões em clínicas de reprodução humana? Eles fertilizam vários óvulos e escolhem quais implantar.

O resto é congelado. Depois de um tempo é descartado.

Faz o que com isso??

@vbfri disse...

Antes que me massacrem:

"Faz o que com isso??" quer dizer: com esse tratamento para os "bebês" que estão congelados.

Força a mulher a se inseminar? E dane-se se tiver problemas genéticos?

E dane-se se ela passar por (mais) um aborto (mulheres que procuram clínicas de fertilização normalmente já passaram por um ou mais abortos)?

A vida começa ou não na concepção/fecundação?

Porque se começa, vamos ter que rever isso.

Se não começa, vai começar quando?

Eu sou a favor da descriminalização até o terceiro mês, quando não há dor para o feto/embrião.

Mas e quem defende que a vida começa na concepção?

Luiza Original disse...

Já fiz essa pergunta dos óvulos fecundados pra todos os anti-aborto, e NUNCA, NUNCA recebi resposta. Nem uma capenga sequer, só ignoraram.

Anônimo disse...

@vbfri, aí entra a diferença entre um feto e um embrião. Que é justamente a definição do corpo em características humanas, com orgãos e tecidos especializados, e partes do corpo distintas (cabeça, membros, etc), que ocorre a partir da 9ª semana de gestação.

Kittsu disse...

"No entanto é bastante contraditória dizer que se faz o aborto por se preocupar com o futuro da criança. É exterminar qualquer futuro (bom ou ruim) a resposta para a preocupação com o futuro ? Para pensar."

Eu concordo, é contraditório sim. Aborto não é um assunto nem minimamente agradável pensar sobre.
Mas aí existem dois pesos para serem mensurados: a expectativa de vida (o embrião) e a vida já consolidada (a mulher que o carrega). A vida esperada pode vir a não ocorrer: um abortamento espontâneo, uma doença grave, uma má formação, etc. A vida esperada não possui sensciência, não sabe a respeito de sua existência e portanto não pode sofrer com a ameaça de não mais existir, ou gerar expectativas pelo seu futuro. Também não terá dor física, pois neste período não possui conexões neurais que permitam sentir isto. SE viva, poderia tanto ter um futuro péssimo quanto um futuro brilhante e ser o cara que descobriria a cura do câncer, talvez fique no meio termo disso - mas ora, como saber disso? são apenas chutes baseados numa idéia de futuro do qual ninguém tem certeza nenhuma se virá a existir. Até este ponto da gestação, existe alí o material biológico humano que está em processo de transformação para, se tudo correr bem, se tornar humano.

A vida consolidada já existe neste momento. Ela está sujeita a danos físicos decorrentes da gestação, que pode ser um período delicado, do ponto de vista médico, causar sequelas e até a morte. Ela está sujeita á pressão social, que pode ser contrária as espectativas dela (ela não quer, todo o resto pressiona para que queira) ou pode tornar ela própria indesejada em seu meio por... ter engravidado (famílias religiosas, machistas). Ela está sujeita ao sofrimento psicológico gerada não só por esta pressão, mas pelos seus próprios medos e anseios (insegurança financeira, falta de apoio familiar, doenças genéticas que correm na família, por não se sentirem preparadas para este compromisso). Esta vida já existe e já sofre por se encontrar em uma situação que pode comprometê-la pelo resto de sua vida: E não acaba quando "doa a criança". Tudo isto pelo qual ela passou não vai simplesmente ser apagado de sua memória depois que a criança sai da frente dela, ela também vai passar o resto da vida pensando em como a vida poderia ter sido se ela tivesse mantido esta criança. Curiosamente, algumas mulheres que abortaram também passam o resto de suas vidas pensando em como poderia ter sido, e outras não se arrependem e não sentem falta... assim como algumas mães que deram seus filhos para adoção. Assim como algumas mães que não desejavam serem mães engravidam e têm filhos à contra-gosto, e ficam sonhando sobre como seria sua vida sem filhos. Ou mulheres que queriam ser mães, não foram, e sonham sobre como teria sido - Mas e não é este o ponto.

O moral da história é: entre a espectativa de vida, incapaz de sofrer, e a vida já formada que busca caminhos para evitar o sofrimento, creio que o segundo tem um peso maior e não deveria ser detrimida em favor do primeiro. Dentre todos os caminhos possíveis, uma pessoa deve ser plenamente livre para seguir qualquer um que acredite ser mair apropriado.

E durante este tempo todo me referí tão somente às gestações dentro daquele período no qual não há sistema nervoso, e por isso acho tão importante que seja possível escolher pelo abortamento dento deste tempo: sem cerebro, sem sofrimento. A partir do momento em que pode existir o sofrimento, acho que já é outra conversa... Não sei qual, e ainda tenho que pensar muito a respeito. Pra mim é um fator que pesa muito.

Anônimo disse...

O profissional de saúde está LEGALMENTE IMPEDIDO de denunciar às autoridades NESSE CASO ESPECÍFICO DE ABORTO, sob penalidades.

Julia disse...

Não sei qual é a situação nos outros países do mapa que estão em vermelho mas o aborto no Chile é proibido em qualquer caso. Sim, isso inclui estupro e risco de vida pra mulher.
A igreja católica tem grande influência nisso, depois ainda tem gente que tem o desplante de dizer que feministas "atacaram" a igreja católica. Mal sabem eles que eu quero que a igreja católica vire pó pra eu sapatear em cima. E as evangélicas também, claro. Porque eu não sou preconceituosa.

Anônimo disse...

Aborto não pode, mas a bosta do meu útero não posso tirar nem ninguém tira. A bosta das minhas trompas não posso costurar-aliás, costurar não, agora os médicos só cauterizam e eu corro o risco da maldita se regenerar. Usar camisinha depois de anos de namoro ou sendo casada, não pode, mulher comprometida que usa camisinha é vadia, tem que parar de usar. Educação sexual na escola? Nem pensar, é imoral, é feio, vai incentivar! Ou seja, parece um tipo de conspiração social em larga escala pra obrigar as mulheres a parirem, seja pela falta de conhecimento sobre concepção, seja por pressão social pra não se prevenir, por haver impedimentos legais pro aborto e pra esterilização (que nem envolve feto, mas os médicos machistas não aceitam fazer em mulher sem filho), qualquer que que seja a desculpa, o importante é obrigar as mulheres a parir. E a criança que o embrião vai se tornar é o que menos importa pra esses """""pró-vidas"""""; a mãe pode ser irresponsável, espancar, permitir que abusem sexualmente dx filhx, pode não dar comida à criança, não levar pra escola, não levar ao médico que eles não se importam. A criança pode ir parar num orfanato e nunca ser adotada, passar a infância sofrendo todo tipo de atrocidade. Não ligam. Só querem que a criança esteja lá pra punir a vadia que transou. Não sei como os """""pró-vidas""""" não morrem de vergonha de si mesmo. E a maioria deles provavelmente nem é um bom pai ou mãe. Principalmente se for pai, nem a pensão devem querer pagar. Dá nojo.

Anônimo disse...

Posts como esses ( seguidos dos comentarios que li ate agora), so me fazem dar"gracas a deus" de ja ter 40 aninhos,e daqui a uns 5 ou 6 anos, se deus quiser, nao ter que me preocupar com gravidez indesejada num pais de mentalidade atrasada como o nosso.

@vbfri mandou bem em todos os comentarios.

Maria Valeria

Rodrigo disse...

Tá aí. Esse maldito conservadorismo sempre insuflado por nossa maldita imprensa, que fez esse rebanho eleger o pior congresso da era pós-ditadura. Que fez um canalha feito CUnha ir parar na presidência da câmara. Provavelmente nós vamos andar pra trás na questão dos diretos sim. Malditos.

Anônimo disse...

Lolinha, verdade!
Concordo com vc. O aborto deveria ser um direito no BRASIL!!!
Quem sabe assim sua mamãe teria nos feito o favor de ter abortado vc quando tu eras apenas um feto totalmente indefeso e seguro no útero dela, né?
Pelo menos nós não teríamos que ler essa bobagem que vc defende agora.
Entendeu o espírito da coisa ou precisa desenhar, hein, Lolinha abortista????
Vc tem filha? Acho q não, né, querida?? Seus netos podem ser abortados e vc concorda, ou somente pode o dos outros, Heim??
Hipocrisia e falta de noção é pouco pra vcs!!
VERGONHA!!

Anônimo disse...

Na natureza não existe o "bem" ou "mau". É bastante normal que as femeas que tiveram filhote sem ter maturidade suficiente abandoná-los, ou então até comê-los, como é o caso de alguns cães que tem filhotes por cesária. A mulher não é mera incubadora porque se ela quiser abortar ( existem muitas ervas abortivas), ninguem iria detê-la. Basicamente, se o filhote vai viver ou não depende apenas da mãe. Não acho que ter utero seja algo ruim, pelo contrário, eu posso ter filhos sem ter um parceiro, fazendo uma inseminação artificial ou (na teoria) clonagem, ainda tendo certeza de que o filho seria meu. Se querem utilizar a natureza como desculpa, é isso que aconteceria.

Joane Farias Nogueira disse...

Camila Lobo nao precisa misturar sua vontade ser mãe com a empatia que vc sente pelas mulheres que não querem ser mães. E vc tb não deve nada pra nada pra ninguém. Acho que vc teve todas as oportunidades que muitas mulheres não tem. Sua situação é diferente em tudo. E vc tem noção disso. E mesmo assim vc empatia por outras mulheres. Isso é admirável, pq vc não abre mão de sua opnião , mas entende que não pode impor nada a ninguém
Me identifico c vc nesse sentido.Quero muitoooooooooo ser mãe,e queri gerar filhos e quero adotar meus filhos tb. Mas entendo que nem todas as mulheres querem ou podem isso.

Joane Farias Nogueira disse...

Anônimo3 de março de 2015 17:04
Segundo materias de sites que li, o risco de uma mulher abortar são menores que os riscos dela prosseguir c a gravidez.

Anônimo disse...

Eu queria ver esse tratamento empenhado com vítimas de estupro.
Será que eu estuprador ficaria algemado? Será que iriam automaticamente procurar o criminoso e processá-lo?
Não, né, estupro não tem razões religiosas para prender o homem, somente para condenar a mulher por ser vítima de um crime.

Julia disse...

Acho que a culpa de serem grandessíssimos imbecis vocês nunca estarão livres. Essa merda deve estar impregnada no cromossomo. Você e o outro idiota anônimo chamando mulher de incubadora tem o que em comum? O de sempre.

Anônimo disse...

Hurrr, durrr... Se a mae da lola tivesse usado qualquer meio contraceptivo ela tambem nao estaria aqui. O mesmo serve para voce. Que argumento mais imbecil.

Anônimo disse...

E assim falou uma moça """""""""""pró-vida""""""""""" sobre a hipocrisia, que é a Anônimo das 20h52...

Vamos combinar uma coisa de uma vez por todas: aqui se discute a DESCRIMINALIZAÇÃO. Ninguém aqui é a favor de aborto, e sim contra a CRIMINALIZAÇÃO. E isso não é uma bobagem, você não deve ser assim tão insensível diante de tantas mortes de Jandiras...

Luiza Original disse...

E não responderam ainda se também são contra inseminação artificial.

Típico. Vou continuar esperando sentada.

Anônimo disse...

Médicos, aqueles que deveriam cuidar da nossa saúde, se preocupam mais em... em... bom, eles devem saber, né...

Anônimo disse...

@vbfri, não que eu ache suas comparações absurdas, mas justamente por já haver muitos gastos públicos por causa de problemas evitáveis, voces ainda querem piorar a situação socioeconomica do país com a legalização do aborto? Vão fazer coisa errada por que os outros fazem também?

Anônimo disse...

voces ainda querem piorar a situação socioeconomica do país com a legalização do aborto?


Quem faz uma pergunta dessas merece levar uns tapas né não ?

Anônimo disse...

Sou feminista a favor do direito da mulher de abortar, mas, apesar de nao ter religiao, acho q temos de ser justas senao fica parecendo perseguicao. Nao sao so as igrejas catolica e evangelicas q sao contra o aborto. Esquecem q o espiritismo tb condena, e igualmente o isla. Mas nao vejo ninguem falando das outras religioes.

Rodrigo disse...

Mas essas religiões não são o centro do problema, pelo menos no Brasil, elas são minoritárias e não impediriam o avanço da causa, o problema mesmo são os cristãos fundamentalistas, essas criaturas é que elegem coisas como o CUnha e impedem causas como aborto e criminalização da homofobia de avançarem por aqui.

Anônimo disse...

NASCER E UM DIREITO, PELO DIREITO A VIDA JÁ.

Anônimo disse...

Mereço uns tapas por que? Se não tem nada de interessante pra dizer então não diga nada porque se é assim quem merece uns tapas é voce. Se dinheiro público é gasto em doenças e acidentes causados por inconsequentes, por que não pode ser gasto em aborto? @vbfri fala bem, mas não seria como dizer "as pessoas fazem coisas erradas e o governo ainda dá ousadia a elas, então vou fazer coisas erradas também."?

Valéria Fernandes disse...

A notícia comentada no texto (já a conhecia) só mostra a falta de ética médica e compaixão para com uma mulher em dificuldades. Sim, foi um aborto tardio, daí, mede-se o desespero desta moça, ainda uma adolescente, diante de uma nova gravidez. Aos juízes do corpo alheio, a frase mais comum é "deveria ter se cuidado". Deveriam, não é? Porque do pai, que pode sair livre, por não ser a incubadora do futuro bebê (*ainda era feto*), ninguém fala, a culpa, o ônus, é somente da mulher envolvida e, por extensão, de sua família. Exceções existem, mas são exceções.

No geral, todo aborto praticado por uma mulher, começou com um aborto praticado por algum homem, um pai (*já que adoram falar em mãe para a mulher que aborta*) que não quis assumir o filho que ajudou a gerar. Só que a dupla moral impera, a culpada, a criminosa é somente a mulher.

E, sim, acredito que nunca faria um aborto, tampouco o aconselharia com o coração leve, mesmo em casos permitidos pela lei, mas sou a favor da descriminalização. Pago meus impostos e quero que mulheres como eu e como minha filha (*uma menininha de 1 ano e 4 meses*) não tenham que passar pelo drama desta moça. Educação sexual nas escolas, famílias mais presentes, distribuição gratuita de contraceptivos (*pafos com os meus e os seus impostos*), tudo isso reduziria o número de abortos, mas, ainda assim, cabe à mulher livremente escolher dentro de uma margem de tempo definida pela lei.

Infelizmente, não tenho esperanças de mudança legal rápida, devemos é nos mobilizar para que abusos como os deste caso não se tornem lugar comum.

Anônimo disse...

Como sempre, MÉRDICOS fazendo merda. Grande novidade.

Anônimo disse...

Amig@as, por favor, parem de chamar essa corja de pró-vida. Eles não são pró-vida. São, no máximo, pró-parto. Porque depois que nasce meu bem, problema é de quem pariu. A mim, essa gente não engana nadinha.

@vbfri disse...

--> @vbfri, não que eu ache suas comparações absurdas, mas justamente por já haver muitos gastos públicos por causa de problemas evitáveis, voces ainda querem piorar a situação socioeconomica do país com a legalização do aborto? Vão fazer coisa errada por que os outros fazem também?
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Vamulá...

No aspecto financeiro: gasta-se BEM menos com um aborto do que com parto (seja normal ou cesárea), pra início de conversa. Daí gasta-se menos com educação, saúde, alimentação (a famigerada bolsa família, que todo coxinha odeia), previdência social... Preciso continuar? Ou seja, financeiramente, a descriminalização do aborto é interessante.
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No aspecto de certo ou errado: não seria melhor abortar, quando o feto não tem consciência, não sente dor, frio, sede ou fome, do que colocar a criança na rua? Do que a criança ser abusada fisica e/ou sexualmente pelos "pais"?
Um "erro" não justifica o outro, até entendo o que você quer dizer. Mas se a mulher já está infeliz o suficiente para querer abortar, você realmente acha que ela será uma boa mãe? (até pode se tornar, mas quais as chances de uma mulher com tanto asco da gravidez, amar esse filho depois que ele nascer?)
E outra, parece que tem gente que acha que a criança brota do ventre materno como que por mágica e que todas as mães moram em casa branca com janela, varanda e cerca no jardim e que não quer ter filho por causa de "birra". Não levam em conta os aspectos todos envolvidos. O contexto no qual se insere.
Pode ser por "egoísmo"? Pode (eu acho egoísmo uma pessoa ter filho para ter quem cuide dela na velhice, mas tudo bem, tem gente que acha que quem não é mãe que é egoísta).
Pode ser porque quer se estabilizar financeiramente? Sim.
Mas pode ser porque a pessoa SABE que vai ser uma péssima mãe.
Pode ser que o contexto psico-social.
Essa mãe pode estar desesperada com a gravidez porque SE CUIDOU e, ainda assim, engravidou num momento péssimo da vida.
Pode ser que essa mulher odeie crianças.
Pode ser que essa mulher esteja utilizando medicamentos pesados.
Pode ser que ela esteja passando fome e morando debaixo da ponte.
Pode ser que ela seja portadora de uma doença grave e não queira passar para essa criança.
Pode ser que ela esteja fazendo quimioterapia e uma gravidez vai impedir a continuidade do tratamento.
Pode ser que ela tenha sido estuprada pelo senhor marido dela e aquela gestação a relembre diariamente. Aí ela não pode contar que foi estuprada e não pode doar a criança (como se o bebê brotasse do ventre, novamente, e a mulher não passasse nove meses com aquela barriga crescendo).
Pode ser que... qualquer coisa.
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Quem é VOCÊ para julgar o que está passando na cabeça de uma mulher que chega a decisão de querer abortar?
Acha que é fácil? Que é tipo ir no salão de beleza fazer as unhas? Não é. É um peso emocional. Se ela chegou a essa decisão, de abortar, pode ter CERTEZA que ela não está adorando a ideia. Pode ter CERTEZA que isso teve um peso muito grande para ela.
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Más decisões, todos nós tomamos.
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Agora, uma mulher que decide não ter um filho, que AINDA NÃO NASCEU, merece ser presa por isso?
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O que dizer do PAI da criança que sumiu no mundo?
O que dizer do PAI da criança que NÃO QUER o filho?
O que dizer do PAI da criança que abandonou a mãe.
E se a mulher tiver engravidado de um cara que ela descobre ser pedófilo? Que ela descobre que ele abusa sexualmente de uma filha DELE de outro casamento? E ela depende dele para viver (financeiramente, emocionalmente, não importa)? E ela sabe que, se levar a gestação adiante o cara poderá abusar sexualmente dx filhx?

@vbfri disse...

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Porque, olha, pra cada mulher que aborta tem uns 100 homens que abandonaram os filhos.
Vamos prendê-los?
E se a gente prender todos eles (primeiro que não tem espaço na cadeia nem pra colocar os que não pagam pensão alimentícia), o que vai ser da economia do nosso país?
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Aliás, criar filho vai muito além do aspecto financeiro. Muito, muito, muito além.
Durante os primeiros meses, a única fonte de alimentação da criança é o leite materno. Ou seja, a criança está dia e noite pendurada no seio da mãe. Que tem que estar disponível para aquele ser.
Tem que educar, limpar, dar banho (a criança vai se limpar sozinha e tomar banho sozinha lá pelos 5 anos). Tem que cuidar quando tem febre, tem que levar para o hospital, para tomar vacina, para tratar cárie. Tem que levar para a escola.
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Aí vem o "paizão" e leva pra passear no fim de semana e diz que é um excelente pai. Sendo que, se muito, dá pensão e leva pro McDonalds no fim de semana.
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Anônimo disse...

Anon das 00:32 é pra não gastar dinheiro público com "coisa errada" (e coisa errada na sua opinião)? Então que tal parar de gastar dinheiro com gente que bebe e dirige? Beber e dirigir é errado, não vamos pagar hospital pra eles serem atendidos! Nada de distribuição de medicamento grátis pra hipertensão e diabetes, pq os diabéticos sabem que tinham que se alimentar bem e fazer exercícios, e os hipertensos sabiam que não podiam comer sal! Nada de gastar dinheiro público com pacientes de câncer de pulmão, pois eles sabiam que fumar causava câncer e mesmo assim fumaram! Nada de gastar dinheiro público com coquetel anti AIDS pra HIV positivos, pois eles sabiam que se transassem sem camisinha podiam pegar AIDS! Chega de gastos de dinheiro público com coisa errada! Saúde não é pra todos.

Qual é a sua próxima ideia brilhante? Não prestar socorro a pessoas que construíram casas em barrancos em caso de desabamento? Não fazer transplantes pra pessoas com cirrose hepática causada pro alcoolismo? Não tratar caso de dengue se a pessoa tem criadouros em casa? Melhor ainda, não gastar dinheiro atendendo vítimas de estupro porque, afinal, ela sabia que se nascesse mulher corria um alto risco de ser estuprada. É, você merece uns tapas. Nunca fui de volência, mas tenho que concordar com quem disse que você merecia uns tapas. Eu mesma lhe daria uns se pudesse.

Luiza Original disse...

Filhote, os procedimentos padrão para aborto são mais baratos que socorrer o aborto feito errado. Geralmente se usa comprimidos e a mulher fica em observação. Agora vai lá comparar com o gasto da sala de cirurgia para corrigir uma hemorragia e um útero perfurado, vai.

Raven Deschain disse...

É como eu já disse. Esses próvida cretinos acham que se matarem uma mulher de medo o suficiente ela vai parir mil filhos. Só que não é assim que acontece. Existem mulheres que tem mais medo de parir doq de morrer. E normal um homem dizer que criar filho só tem a ver com o financeiro. Pra maioria deles é assim mesmo. É pra uns nem assim.

Raven Deschain disse...

E* pra uns.

Maldito autocucumber.

Camila Lobo disse...

Joane Farias, é exatamente isso. Sou mãe e amo ser, quero ser mais de mais 2 filhos, talvez 3 se assim eu puder. Mas não posso imaginar o quão duro é ser mãe sem nenhum apoio, sem condições financeiras ou mesmo desejo em ser mãe. Ser mãe, pra quem de fato quer e tem meios de sustentar um bebê, é sublime. Mas não conheço o outro lado da mulher em outras condições, por isso mesmo não julgo ou condeno. Eu gostaria que isso não acontecesse, que homens e mulheres tivessem consciência de usar métodos contraceptivos.

@vbfri disse...

Camila,

Aí é que tá...

Você sabia que existem remédios que cortam o efeito da pílula? E que médico NENHUM fala isso?

A minha ajudante, casada com um cara (segundo marido, o primeiro faleceu), teve alguns problemas de saúde e o médico dela deu-lhe a tacar remédio.

Ela, que sempre tomou a pílula direito, mesmo horário, etc, engravidou. Quando foi tirar satisfação com o médico, ele falou que estava na bula, que ela poderia ter lido (porque as bulas são muito claras, né?), que o remédio xxx interferia com a pílula e ela "deveria saber".

Olha, desculpa, eu tenho pós graduação, trabalho em área de saúde (mas administrativamente, sou formada em direito) e eu não sabia disso! Descobri com mais de 30 anos. Mesmo indo nos melhores médicos (quase sempre vou em consulta particular), nenhum deles me falou disso.

Assim como nenhum deles me falou que pílula aumentava o risco de vários problemas de saúde.

Na consulta seguinte à minha descoberta, a minha gineco falou "é, tem remédio que corta o efeito da pílula mesmo".

E, vem cá... Eles não falam PORQUE?

A minha ajudante, aliás, teve a menina, numa gravidez de risco (afinal ela estava com problemas de saúde já), sendo que ela tinha se cuidado.

Então a gente tem que tomar muito cuidado quando a gente alega que a pessoa não se cuidou...

Anônimo disse...

Sou contra o aborto e a legalização e se mais casos como o da assassina de bebês não aparece na mídia, é porque muitos profissionais de saúde estão faltando com seu dever legal de informar a polícia imediatamente, assim que a criminosa dá entrada no hospital para resolver as complicações do procedimento (com nosso dinheiro). E antes que falem de estupro, sou contra abortar nesse caso também porque bandido é o pai e não o nenezinho no ventre. A única situação aceitável é o de risco de vida para gestante, que com o avanço da medicina hoje em dia é uma porcentagem irrisória de gravidezes que se enquadram nessa categoria.

Mila disse...

É interessante (e serve até de autocrítica para nós ocidentais) que o Brasil está atrasado até em relação a países mais religiosos.

Anônimo disse...

A pessoa nunca leu a bula do remedio q toma e a culpa é do médico e n se cuidou mesmo e a camisinha?
O mais seguro é usar os dois.
A mulher mata o filho de 4 meses,é denunciada pelo crime q cometeu e e ela é a vítima na história? Filho q pelo tempo deve ter sentido muita dor e n estão nem aí, logo vcs q são tão caridosas q acham q se matar em pouco tempo de gestação ,n tem problema, pq n vai sentir nada...
O pai se mandou? Tem leis para obrigar ele a pagar e se n quiser vai preso,nem famoso escapa dessa.
E q conversinha fiada sobre a quantidade de mulheres morrendo em aborto clandestino,a coisa n é escondida,?De onde vem esses dados super confiavéis?
A famosa ali n foi presa pq n foi denunciada e n por ser branca e com dinheiro,como devem ter várias q matam os filhos e fica por isso mesmo.
Elas arrumam dinheiro para abortar mas comprar camisinha de 2 reais n tem.

Anônimo disse...

Ledo engano, o médico vai responder, e a moça já está com advogado para ingressar com Ação por danos.

Estão, inclusive sendo investigados , médicos de SP por denúncias de aborto.

Anônimo disse...

Esqueceu dos drogados, afinal usar drogas é uma escolha, também não devemos pagar o tratamento dessa gente.
Seguindo o pensamento do anônimo.

Anne disse...

Eu acompanho o seu blog e na maioria das vezes eu concordo com você, mas no caso do aborto sou totalmente contra, independente de religião ou que for, mas quem somos nós para ter direito de tirar a vida de alguém, engravidou porque não doa a criança, tantas famílias que não podem gerar filhos e as feministas querendo matar.

Anônimo disse...

O ou todos os ignorantes que estão dizendo que a mulher denunciada "assassinou um bebê" mostram o quanto o Brasil é ignorante e realmente precisa de educação. Quando algém não sabe distinguir um embrião dum feto (isso eu aprendi na 5° série) e menos ainda distinguir ambos de um bebê nascido vivo, que é o único sujeito de direitos reconhecido pela lei (não, embriões e fetos não são sujeitos de direito Só é sujeito de direitos quem NASCEU vivo) então é porque o negócio tá bravo mesmo. Mas qual o interesse em estudar, né? Muito mais cool ficar hipocritamente esbravejando e exigindo a morte de todas as mulheres que abortam e mandando a peguete abortar por baixo dos panos. Lindo isso, não? Hipocrisia pura. E ignorância.

Anon das 17:00 você pode ser contra o aborto mas não pode querer impor sua vontade sobre as mulheres e obrigá-las a não abortar. Muita gente já disse que dar pra adoção não é uma solução viável; a assistente social, o juiz, pressionam a mulher pra ficar com a criança, inclusive ameaçando com processo e cadeia (K7, quantas vezes eu vou ter que contar isso de novo?). Se mesmo assim a mulher não ceder, vão procurar os parentes que às vezes a mulher nem quer que saibam da gravidez pra COAGIR alguém a ficar com a criança. E o linchamento moral da mulher não vai parar se ela der pra adoção. Os que tanto defendem o "Dê pra adoção" vão continuar chamando a mulher de monstro, de vadia sem coração, como ela se atreveu a dar o filho? Ah, e os adotantes só querem meninas recém-nascidas, brancas, loiras e completamente saudáveis. Quem não se encaixa nesse perfil fica até os 18 no orfanato, as vezes sofrendo violência física e sexual. Sai, fica perdido, alguns acabam entrando no mundo do crime por não saberem encontrar alternativas e aí clamam pela pena de morte, bandido bom é bandido morto.

E aí você jura que só quer o bem-estar da criança? Assim?

Enfim, só mais um típico dia cheio da velha hipocrisia brasileira. Juram que é pela criança, mas o que querem mesmo é punir as 'vadias' por fazerem sexo, e ainda juram que estão enganando alguém...

Anônimo disse...

Mulher nenhuma é obrigada a parir porque alguém que ela nem conhece quer ser mãe, colega. E esse pessoal aí que quer tanto ter filho só querem meninas branquinhas recém-nascidas. Meninos, crianças maiores de dois anos, crianças negras, pardas, deficientes ou com algum problema de saúde mofam nos abrigos até os 18 anos. Admita que você não está nem aí pras crianças, quer é que mulheres se ferrem.

Anônimo disse...

Porque que as familias que não conseguem gerar filhos não adotam ou inves de culparem as que abotam? Existem tantas crianças que querem ser adotadas.

Anônimo disse...

Quanta ignorância... Então tá, continuem junto a esses países tãããooo desenvolvidos que criminalizam o aborto.
Sejam felizes para sempre no atraso, na ignorância e no obscurantismo.
Viva a idade média!

Anônimo disse...

Cada comentario que me da nojo...

Tipo assim:

" Nas Europas, nos states que e bom, pq tem pena de morte e bandido bom eh bandido morto"
dai se vc disser que" nas europas e os states( em alguns estados) que eh bom," o aborto eh legalizado, vc toma pedrada kkkkkkkk
Resumindo: " quero o primeiro mundo, mas so se for do MEU JEITO, mimimi, so se for com as ideias e leis que EU QUISER "
hahhahaha
Lola, amo seu blog, mas parei de vir aqui e venho so de vez em quando, pq as caixas de comentarios:
1- ou vc vomita de tanto nojo
2- ou vc ri ate nao poder mais , pra evitar ter nausea
hahahha!!
e tirei o ano pra cidar de mim, da minha saude, enfim..
bj
Maria Valeria

Anônimo disse...

ps " porque mimimi EU pago isso com o MEU dinheiro dos MEUS IMPOSTOS "

outro dia li um artigo muito bacana, Lola, sobre os mitos de " pagar imposto pra sustentar preso em vez de matar bandido"
nao lembro quem era o autor; mas ele explicava que nos EUA, por ex, onde existe a pena de morte( ou nos estados que existe), custa MUITO MAIS CARO fazer um ' bandido entrar pro corredor da morte', pq pra condenar o sujeito por isso tem que ter CERTEZA, etc etc e a investigacao eh muito mais rigorosa que no Brasil, e muito mais cara, pra provar que o cara ' merece morrer', o processo demora anos.
achei bem interessante, eu sempre fui contra a pena de morte.
' mimimi, meu $, mimimi, meus impostos'... ai que cansaco.
( sorry, teclado sem acentos)

Maria Valeria

ps: Raven e @ vbfri continuam as fofas de sempre.

Raven Deschain disse...

Oi Maria Valeria! =3 Saudade de vc.

Anônimo disse...

Tá... e só porque você ama o seu bebê e escolheu ser mãe que as outras mulheres tem que fazer o mesmo?

Anônimo disse...


Quando o assunto é aborto alguns argumentos conservadores me irritam.

a) Hoje em dia engravida quem quer tem existem métodos anticonceptivos. Queridos nenhum método é totalmente seguro, o que eu sinto é que querem punir a mulher que faz sexo.

b) Doa a criança. Tenta fazer isso a mulher sofre chantagem emocional, os abrigos são lugares em sua maioria das vezes completamente despreparados, fora que a mulher acaba condenada chamada de mãe desnaturada.

c) Li para pedirmos a nossa presidente a liberação do aborto. Vcs querem mesmo é irritar, todos sabemos que não vivemos uma ditadura, as leis passam pelo congresso, que atualmente é conservador, querem até impedir que a mulher estuprada aborte, fora que vivemos uma era religiosa, que querem acabar com os direitos das mulheres

d) Para finalizar o que me revolta é que neste país, as mulheres ricas abortam e nada acontece e a pobre sofre as consequências de uma lei hipócrita. Se os homens engravidassem o aborto já tinha sido liberado

Anônimo disse...

se os homens engravidassem, aborto nao seria liberado.

seria um dos dez mandamentos.


Maria Valeria

Anônimo disse...

"se os homens engravidassem, aborto nao seria liberado.

seria um dos dez mandamentos."

hauhaauhahuaha né?
e se homem menstruasse, teria 10 dias de licença médica todo mês e ainda ficaria se gabando do tamanho do absorvente

Camila Lobo disse...

@vbfri, Eu realmente não sabia disso. Nesse assunto, só o que posso dizer é que sou senso comum, porque, apesar de ter passado por uma gravidez ainda muito jovem, eu tive apoio total dos meus pais, que me ajudaram a cuidar da minha filha o tempo inteiro e nos sustentaram enquanto eu não estava empregada. Imagino o quanto deve ser difícil. A respeito do médico, concordo plenamente que ele deve ser punido, pois descumpriu o dever profissional do sigilo além da falta de ética, pois vendo que a moça já se encontrava frágil pelo aborto (eu já passei por um espontâneo e entendo bem essa dor física), ainda saiu de lá conduzida e exposta. Espero que ela pelo menos responda o processo em liberdade. Ele deveria tê-la orientado ao invés de acionar a Polícia.

Anônimo disse...

Vou deixar uma dica aqui caso alguém precise.

Essa dica funciona melhor para quem vai fazer o aborto usando medicamentos. Lembrando que NÃO INTERESSA O QUE O VENDEDOR TE DIGA, cytotec não é pra engolir nem pra enfiar na vagina, é pra colocar no canto da bochecha e deixar se dissolver.

Um aborto em andamento nessas condições, de olhômetro, não pode ser atestado como provocado por nenhum médico. Não tem resto de medicamento abortivo na vagina então, para todos os efeitos, é um aborto natural. E ainda que esses restos existissem, dependeria de perícia pra comprovar que se trata de medicamento usado nessa finalidade.

"E se fizerem um exame de sangue"?
Sem a anuência EXPRESSA da futura ex-gestante, esse exame não poderia ser feito e ainda que fosse, constituiria prova jurídica ilegal. Por força da Constituição, ninguém pode ser obrigado a produzir provas contra si mesmo (você pode, inclusive, mentir em juízo que a lei te ampara. Esqueçam os filmes americanos).

Assim, de olhômetro e nessas condições, todo aborto é espontâneo e fim de história.

Se a pessoa for coagida a "confessar" (outro instituto sem validade jurídica alguma nesse caso, o Estado tem que provar que você praticou o que está sendo acusado assim mesmo), se for humilhada, se for pressionada pelos médicos ou se for deixada pra morrer numa maca, CHAME VOCÊ A POLÍCIA. Ah, eu sei, sua vida já está um inferno, mas não facilite pra ninguém. Repito: CHAME VOCÊ A POLÍCIA ANTES DELES, afirme com toda veemência do mundo que esse aborto é espontâneo até o fim da sua vida e aponte o CRIME DE OMISSÃO DE SOCORRO em andamento contra a sua pessoa. Não interessa se o PM vai botar terror também, NEGUE ATÉ O FIM DA VIDA E APONTE O CRIME QUE ESTÁ SENDO COMETIDO CONTRA VOCÊ, que pode ser omissão de socorro, constrangimento ilegal, cárcere privado e outros, dependendo da situação fática. E processe Deus e o mundo, com direito a danos morais inclusive, porque tem gente que só aprende quando dói no bolso.

*EU* já tive que acudir mulher com abortamento espontâneo verdadeiro que estava sendo injustamente acusada pelos justiceiros da saúde pública e minha orientação foi exatamente essa: chame VOCÊ a polícia antes que chamem pra você. E isso vale para mulher que abortou de propósito e precisa de atendimento também, porque como falei, nas circunstâncias que descrevi o médico além de não ter como apurar, também não pode se sub-rogar no papel do Judiciário.

Se te pedirem qualquer condicional, como um exame por exemplo, NEGUE a menos que esteja descrita a finalidade do exame em termos que o paciente compreenda. Não aceite. A pessoa tá ali pra receber uma curetagem e é isso que precisa acontecer. HOSPITAL NÃO É DELEGACIA. MÉDICO NÃO TEM PODER DE POLÍCIA

Vou além. Sabia que você não precisa de autorização judicial para gravar as próprias conversas? Seja em audio ou video? Gravar a de terceiros não pode, mas as que você participa independente de autorização prévia.

Assim, munida de um gravador (que pode ser o seu velho smartphone baratinho que já vem com um gravador de voz embutido, se não vier é só baixar um de graça), proteja-se de tudo. Não se preocupe, não precisa segurar ele na mão, o alcance costuma ser grande.

No próximo comentário, vou falar sobre o que uma mulher deve fazer caso vá a Juri por crime de aborto praticado por ela mesma ou com seu consentimento.

Anônimo disse...

vcs ficam com esse mimimi que a unica razão para alguém ser contra aborto é raiva da mulher de ter transado.
e quando a lei que obriga o homem a pagar pensão e prende o cara se n pagar,é por pura raiva dele ter transado? n tem argumento melhor que esse?

Anônimo disse...

Não, anon das 20:16. Acontece que pensão é um direito do filho. O sujeito que fez um filho tem obrigação de sustentar e cuidar porque a concepção de um ser humano que precisa de cuidado, suporte emocional e financeiro não é brincadeira nem "efeito colateral" da gozada de um cara. E tanto a contracepção quanto a criação de um filho demanda responsabilidade. Se os caras não assumem a responsabilidade de evitar filho, tem que assumir no mínimo a de sustentar o filho. Afinal, você foi responsável pela existência dessa pessoa. Tem que assumir a responsabilidade por ela. Sei que responsabilidade é uma noção meio que alienígena pra machistas imaturos, mas a hora de crescer chega pra todo mundo. Mesmo que tenha que ser na porrada.

Anônimo disse...

ganhou o oscar de hipocrisia,o homem deve assumir a responsabilidade pelo próprio filho,por n ter se cuidado,mas a mulher n precisa,já que vcs lutam tanto para poder abortar a hora que quiserem e o direito a vida que se foda.
kkkkkkkkkk vcs sim sabem o que é responsabilidade...cômico.
agora voltando ao mundo real,ambos devem ser responsáveis,já que aborto e n sustentar o próprio filho é crime.

Anônimo disse...

Trollzin de estimação das 00:52, você esqueceu um pequeniníssimo detalhe: A GRAVIDEZ OCORRE NO CORPO DA MULHER. Você pode chorar o quanto quiser, mas enquanto a gestação ocorrer no corpo da mulher ela vai sim ter MAIS direitos que você sobre a gravidez. Ponto. Reclame com a mãe natureza, que resolveu excluir completamente vocês homens do mais importante evento reprodutivo: a gestação.

Aliás, trollzin, esse seu mimimi acaba de mostrar a segunda maior raiva do homem em relação à gravidez e ao aborto: o não poder escolher. Os homens não podem controlar o que acontece dentro do útero da mulher, não podem interferir diretamente na gestação. Depois da sexualidade feminina, o maior ódio dos homens é não poder controlar o útero. Por isso proíbem as mulheres de abortar, os machochos querem fingir que controlam alguma coisa na gestação, que tem algum poder sobre o útero, mas no fundo sabem que se uma mulher não quiser, ela não vai parir e eles não podem fazer nada em relação a isso. Por isso tanto ódio e oposição ao aborto legalizado. Como essas mulheres más se atrevem a tirar a pouca ilusão que temos de controle sobre a gestação?! Que morra! Que não arruine nossa ilusão! Malvada! Morra!

Machistas gonna hate.

E também vão chorar enquanto as mulehres esmagam essas pífias ilusões de controle sobre o útero alheio que vocês tem. É só uma questão de tempo.

Anônimo disse...

Quando ouço gente "planejando ter filhos", só consigo pensar que essa gente tem vento na cabeça...

Anônimo disse...

isso é o que vcs dizem a si mesmas para poderem validar o assassinato dos próprios filhos e é hilário sinceramente.
o homem tem tanto direito quanto a mãe simplesmente pq o filho tb é dele,n adianta vcs choramingarem.
mas continuem com essa ladainha que é pura raiva de mulheres transarem e n tem nada a ver com a vida de outro ser humano sendo aniquilada.
quem sabe um dia eu acredito.

Anônimo disse...

A sua birrinha é que é hilária, trollzin. Sério, tô sufocando de rir do seu mimimi clichê-ainda mais sabendo que você é daqueles que fecha a janela quando passa por uma criança de rua, não contribui nem doando fraldas prum orfanato, defende a minoridade penal e diz que bandido bom é bandido morto.

Chora não, fofo. Quando você engravidar vai poder mandar no seu útero à vonta-oooops. Falha minha. É mesmo, você nunca vai engravidar; portanto, nunca poderá decidir sozinho manter a gestação ou não. Pronto, pode começar a chorar *segurando a canequinha de recolher male tears* Já já é hora do meu cházinho.

Anônimo disse...

Se o homem tem tanto direito quanto a mãe no nascimento é esperado que ele arque com as suas resbonsabilidades no aborto também, se a mulher abortar e for presa, que ele também seja preso, por ter deixado seu feto morrer. Como sabemos que isso nunca vai acontecer, deixemos de hipocrisia, o aborto acaba sendo uma questão que afeta somente as mulheres simplesmente porque os "papais" fogem de suas resbonsabilidades e não querem se envolver no assunto.