Já falei e planejo falar muito mais de Como Ser Mulher, bestseller da jornalista britânica Caitlin Moran. Gostei e me diverti com o livro, e sempre tenho grande admiração por quem consegue escrever sobre assuntos sérios de um modo leve e engraçado.
É incrível que um livro feminista esteja vendendo tão bem em todo o mundo. Precisamos de mais obras assim! Moran não é nada acadêmica. Não há teoria (se bem que há idolatria de sobra por Germaine Greer) nem índice em Como Ser, e há excesso de referências que só as inglesas que cresceram na década de 80 irão entender. Mas o livro é assumidamente feminista, sem qualquer rodeio, e pode influenciar milhares de meninas a sair do armário.
Lógico que ninguém é perfeito.
Moran fez uma grande besteira em julho. Ela anunciou, no seu Twitter, que iria entrevistar Lena Dunham, criadora e protagonista do seriado Girls (eu particularmente vi os três primeiros episódios e não fiquei nada entusiasmada, mas tem menina que adora). Uma seguidora perguntou a Moran se ela iria questionar Dunham sobre por que Girls não ter personagens negras. E Moran respondeu da pior forma possível: “Negativo. Eu literalmente não dou a mínima pra isso”.
Essa grosseria, somada ao fato de que há instantes de anti-islamismo e uma grande ausência de um feminismo mais interracial no livro de Moran, fez com que muita gente passasse a detestá-la. Porque, de fato, se tem uma coisa que uma feminista branca não pode fazer é desprezar questões raciais. Se bem que, vale lembrar, Moran não teve uma infância privilegiada. Ela vem da classe operária, e teve que usar, na adolescência, as calcinhas de sua mãe, algo que pra nós da classe média está a um universo de distância.
Moran merece muitas críticas pelo tweet desastrado e pelas falhas de seu livro. Mas uma coisa que eu lamento, e sofro na própria pele, é isso de “Você falou alguma coisa errada ou da qual eu discordo e agora te odeio com todas as minhas forças e quero que você morra”. Pô, peralá! Não dá pra rebater apenas aquele erro, sem incorrer em ofensas pessoais, sem dizer que a pessoa presta um desserviço ao feminismo, sem chamá-la de pseudofeminista (seja lá o que isso quer dizer), sem afirmar que esse tipo de feminista faz jus ao apelido de mal-amada (essa eu ouvi semana passada)?
Então, com licença, sigo achando o livro de Moran altamente positivo pro feminismo e vou continuar recomendando que o comprem. Mas hoje eu queria tocar na parte que, pra mim, é a mais problemática de Como Ser Mulher. Assim, disparado. Lá pelas tantas, Moran diz, com todas as letras, que nós mulheres não temos feito nada:
“Porque até mesmo o historiador feminista mais ardente, seja homem ou mulher -– ao citar as amazonas, os matriarcados tribais e Cleópatra –- não escondem que as mulheres não fizeram basicamente porra nenhuma nos últimos 100 mil anos. Vamos lá, temos que reconhecer. É hora de parar de fingir, de maneira exaustiva, que existe uma história paralela de mulheres vitoriosas e criativas, em pé de igualdade com os homens, que foram acobertadas de maneira geral pelo homem. Não existe. As mulheres artistas, filósofas, filantropas, inventoras, cientistas, astronautas, exploradoras, políticas, e nossos impérios, exércitos e ícones caberiam confortavelmente em uma cabine de karaokê privada. Não temos um Mozart, um Einstein, um Galileu, um Gandhi. Nada de Beatles, Churchill, Hawking, Colombo. Simplesmente não rolou” (pg. 103-4).
Falar uma besteira dessas me ofende como mulher e como professora de literatura. Porque o que eu e tantas outras pessoas tentamos fazer é trazer para o cânone uma história alternativa, sepultada durante décadas, pra desmentir essa percepção estúpida de que "mulheres não fizeram nada". Até meados da década de 1960, se você pegasse qualquer antologia de literatura em língua inglesa, só encontrava homens brancos e héteros. Jane Austen, as irmãs Bronte, Emily Dickinson, eram raríssimas exceções. Foi pra trazer, sei lá, Kate Chopin, Langston Hughes, Chinua Achebe, Lorraine Hansberry, e tantxs outrxs pra sala de aula que lutamos as guerras culturais.
Outra coisa que eu trago pra sala é um curto ensaio de Virginia Woolf chamado “A Irmã de Shakespeare”, tirado de Um Teto Todo Seu. Nele Woolf imagina o que aconteceria se o genial dramaturgo tivesse uma irmã tão genial quanto ele na Inglaterra do século 16. Pra começar, ela não poderia ir à escola. Ficaria em casa fazendo afazeres domésticos. Se por acaso chegasse perto de um livro, seria lembrada das meias pra costurar.
Com 17 anos, ela teria que se casar com o marido que o pai escolhesse. Mas vamos supor que ela fugisse pra Londres e batesse à porta de um teatro (Shake era ator, lembra?), querendo atuar. Os homens iriam rir de sua cara, porque mulheres não podiam ser atrizes (os papéis femininos eram interpretados por garotos adolescentes). Podiam ser prostitutas. Woolf conclui que essa irmã imaginária se mataria: “Qualquer mulher com um grande talento no século 16 certamente ficaria insana, cometeria suicídio, ou acabaria seus dias em alguma casinha distante da vila, meio bruxa, meio vidente, temida e ridicularizada por todos”.
Certo, isso era lá por 1590, mas em 1840 Mary Ann Evans ainda precisava adotar o pseudônimo masculino de George Eliot pra ser levada a sério. Parece que Mileva Maric, a primeira mulher de Einstein, era uma cientista tão genial quanto ele, mas adivinha quem ficou com a glória? E é só pensar em Marta, a maior jogadora de futebol de todos os tempos. Ela é como se fosse um Pelé. Mas, por ser mulher, e o Brasil ser um país que acha que futebol é coisa de macho, Marta não tem o reconhecimento que merece. Por aí vai.
Então, né, alguém por favor avisa Caitlin Moran que as mulheres só foram aceitas em universidades nos últimos 200 anos. Isso, em termos históricos, é igual a nada. São segundos num relógio. A gente tem um sistema repressor que diz que mulheres não podem fazer isso e aquilo, e esse mesmo sistema determina o que é valioso. Por coincidência, apenas coisas feitas por homens brancos e héteros. É só ver o cânone pra qualquer coisa que não seja alguns tipos de música e esportes. Mas música clássica e hipismo podem entrar, ok? Quantos negros de destaque há lá?
Quantos Einsteins e Mozarts negros existem? Nenhum? Por que será? A resposta racista é que os negros são inferiores, burros, preguiçosos, não fizeram p*rra nenhuma nos últimos cem mil anos. A resposta sensata é que negros estavam sendo escravizados, explorados e brutalizados enquanto os homens brancos tinham tempo e espaço pra compor sinfonias e descobrir relatividades. Era proibido ensinar um escravo a ler e escrever! Proibido pros próprios donos de escravo. Aí abolimos a escravidão, pagamos indenização apenas pros donos dos escravos, não pros escravos, damos um tapinha nas costas dos negros, e falamos pra eles: “Parabéns, agora vocês estão livres! Oportunidades iguais, hein? E somos iguais, então somos contra as cotas!”
É péssimo que Moran não consiga ver todo o contexto, e dê munição pros machistóides dizerem que mulheres são inúteis mesmo. Aliás, quando vejo homens machistas se vangloriando de como os homens fizeram o mundo, eu quero perguntar: Fulano, o que você fez? Qual foi sua gloriosa participação nisso tudo? Quantas sinfonias você compôs? Quantas Capelas Sistinas você pintou? Quais vacinas você criou? Porque não estou vendo o seu nominho insignificante em nenhuma lista dos maiores realizadores. Foi você que inventou a roda e o fogo? Putz, e deixaram seu nome fora das enciclopédias?! Entre com um processo!
Quer dizer, o sujeito, ao mesmo tempo que não aceita ser responsabilizado pelas ações de seus antepassados (Escravidão negra? Não tenho nada a ver com isso! Você está querendo me culpar por crimes cometidos antes de eu ter nascido!), quer colher os louros de todos os sucessos da humanidade. O que você e o Isaac Newton têm em comum? Um pênis? Só isso? Mais alguma coisa? Todos esses gênios, tirando Van Gogh, tinham duas orelhas. Então eu posso usá-los pra provar como eu também sou genial e como tudo de bom no mundo foi criado por minha causa?
É incrível que um livro feminista esteja vendendo tão bem em todo o mundo. Precisamos de mais obras assim! Moran não é nada acadêmica. Não há teoria (se bem que há idolatria de sobra por Germaine Greer) nem índice em Como Ser, e há excesso de referências que só as inglesas que cresceram na década de 80 irão entender. Mas o livro é assumidamente feminista, sem qualquer rodeio, e pode influenciar milhares de meninas a sair do armário.
Lógico que ninguém é perfeito.
Moran fez uma grande besteira em julho. Ela anunciou, no seu Twitter, que iria entrevistar Lena Dunham, criadora e protagonista do seriado Girls (eu particularmente vi os três primeiros episódios e não fiquei nada entusiasmada, mas tem menina que adora). Uma seguidora perguntou a Moran se ela iria questionar Dunham sobre por que Girls não ter personagens negras. E Moran respondeu da pior forma possível: “Negativo. Eu literalmente não dou a mínima pra isso”.
Essa grosseria, somada ao fato de que há instantes de anti-islamismo e uma grande ausência de um feminismo mais interracial no livro de Moran, fez com que muita gente passasse a detestá-la. Porque, de fato, se tem uma coisa que uma feminista branca não pode fazer é desprezar questões raciais. Se bem que, vale lembrar, Moran não teve uma infância privilegiada. Ela vem da classe operária, e teve que usar, na adolescência, as calcinhas de sua mãe, algo que pra nós da classe média está a um universo de distância.
Moran merece muitas críticas pelo tweet desastrado e pelas falhas de seu livro. Mas uma coisa que eu lamento, e sofro na própria pele, é isso de “Você falou alguma coisa errada ou da qual eu discordo e agora te odeio com todas as minhas forças e quero que você morra”. Pô, peralá! Não dá pra rebater apenas aquele erro, sem incorrer em ofensas pessoais, sem dizer que a pessoa presta um desserviço ao feminismo, sem chamá-la de pseudofeminista (seja lá o que isso quer dizer), sem afirmar que esse tipo de feminista faz jus ao apelido de mal-amada (essa eu ouvi semana passada)?
Então, com licença, sigo achando o livro de Moran altamente positivo pro feminismo e vou continuar recomendando que o comprem. Mas hoje eu queria tocar na parte que, pra mim, é a mais problemática de Como Ser Mulher. Assim, disparado. Lá pelas tantas, Moran diz, com todas as letras, que nós mulheres não temos feito nada:
“Porque até mesmo o historiador feminista mais ardente, seja homem ou mulher -– ao citar as amazonas, os matriarcados tribais e Cleópatra –- não escondem que as mulheres não fizeram basicamente porra nenhuma nos últimos 100 mil anos. Vamos lá, temos que reconhecer. É hora de parar de fingir, de maneira exaustiva, que existe uma história paralela de mulheres vitoriosas e criativas, em pé de igualdade com os homens, que foram acobertadas de maneira geral pelo homem. Não existe. As mulheres artistas, filósofas, filantropas, inventoras, cientistas, astronautas, exploradoras, políticas, e nossos impérios, exércitos e ícones caberiam confortavelmente em uma cabine de karaokê privada. Não temos um Mozart, um Einstein, um Galileu, um Gandhi. Nada de Beatles, Churchill, Hawking, Colombo. Simplesmente não rolou” (pg. 103-4).
Falar uma besteira dessas me ofende como mulher e como professora de literatura. Porque o que eu e tantas outras pessoas tentamos fazer é trazer para o cânone uma história alternativa, sepultada durante décadas, pra desmentir essa percepção estúpida de que "mulheres não fizeram nada". Até meados da década de 1960, se você pegasse qualquer antologia de literatura em língua inglesa, só encontrava homens brancos e héteros. Jane Austen, as irmãs Bronte, Emily Dickinson, eram raríssimas exceções. Foi pra trazer, sei lá, Kate Chopin, Langston Hughes, Chinua Achebe, Lorraine Hansberry, e tantxs outrxs pra sala de aula que lutamos as guerras culturais.
Outra coisa que eu trago pra sala é um curto ensaio de Virginia Woolf chamado “A Irmã de Shakespeare”, tirado de Um Teto Todo Seu. Nele Woolf imagina o que aconteceria se o genial dramaturgo tivesse uma irmã tão genial quanto ele na Inglaterra do século 16. Pra começar, ela não poderia ir à escola. Ficaria em casa fazendo afazeres domésticos. Se por acaso chegasse perto de um livro, seria lembrada das meias pra costurar.
Com 17 anos, ela teria que se casar com o marido que o pai escolhesse. Mas vamos supor que ela fugisse pra Londres e batesse à porta de um teatro (Shake era ator, lembra?), querendo atuar. Os homens iriam rir de sua cara, porque mulheres não podiam ser atrizes (os papéis femininos eram interpretados por garotos adolescentes). Podiam ser prostitutas. Woolf conclui que essa irmã imaginária se mataria: “Qualquer mulher com um grande talento no século 16 certamente ficaria insana, cometeria suicídio, ou acabaria seus dias em alguma casinha distante da vila, meio bruxa, meio vidente, temida e ridicularizada por todos”.
Certo, isso era lá por 1590, mas em 1840 Mary Ann Evans ainda precisava adotar o pseudônimo masculino de George Eliot pra ser levada a sério. Parece que Mileva Maric, a primeira mulher de Einstein, era uma cientista tão genial quanto ele, mas adivinha quem ficou com a glória? E é só pensar em Marta, a maior jogadora de futebol de todos os tempos. Ela é como se fosse um Pelé. Mas, por ser mulher, e o Brasil ser um país que acha que futebol é coisa de macho, Marta não tem o reconhecimento que merece. Por aí vai.
Então, né, alguém por favor avisa Caitlin Moran que as mulheres só foram aceitas em universidades nos últimos 200 anos. Isso, em termos históricos, é igual a nada. São segundos num relógio. A gente tem um sistema repressor que diz que mulheres não podem fazer isso e aquilo, e esse mesmo sistema determina o que é valioso. Por coincidência, apenas coisas feitas por homens brancos e héteros. É só ver o cânone pra qualquer coisa que não seja alguns tipos de música e esportes. Mas música clássica e hipismo podem entrar, ok? Quantos negros de destaque há lá?
Quantos Einsteins e Mozarts negros existem? Nenhum? Por que será? A resposta racista é que os negros são inferiores, burros, preguiçosos, não fizeram p*rra nenhuma nos últimos cem mil anos. A resposta sensata é que negros estavam sendo escravizados, explorados e brutalizados enquanto os homens brancos tinham tempo e espaço pra compor sinfonias e descobrir relatividades. Era proibido ensinar um escravo a ler e escrever! Proibido pros próprios donos de escravo. Aí abolimos a escravidão, pagamos indenização apenas pros donos dos escravos, não pros escravos, damos um tapinha nas costas dos negros, e falamos pra eles: “Parabéns, agora vocês estão livres! Oportunidades iguais, hein? E somos iguais, então somos contra as cotas!”
É péssimo que Moran não consiga ver todo o contexto, e dê munição pros machistóides dizerem que mulheres são inúteis mesmo. Aliás, quando vejo homens machistas se vangloriando de como os homens fizeram o mundo, eu quero perguntar: Fulano, o que você fez? Qual foi sua gloriosa participação nisso tudo? Quantas sinfonias você compôs? Quantas Capelas Sistinas você pintou? Quais vacinas você criou? Porque não estou vendo o seu nominho insignificante em nenhuma lista dos maiores realizadores. Foi você que inventou a roda e o fogo? Putz, e deixaram seu nome fora das enciclopédias?! Entre com um processo!
Quer dizer, o sujeito, ao mesmo tempo que não aceita ser responsabilizado pelas ações de seus antepassados (Escravidão negra? Não tenho nada a ver com isso! Você está querendo me culpar por crimes cometidos antes de eu ter nascido!), quer colher os louros de todos os sucessos da humanidade. O que você e o Isaac Newton têm em comum? Um pênis? Só isso? Mais alguma coisa? Todos esses gênios, tirando Van Gogh, tinham duas orelhas. Então eu posso usá-los pra provar como eu também sou genial e como tudo de bom no mundo foi criado por minha causa?
221 comentários:
«Mais antigas ‹Antigas 201 – 221 de 221“O que eu estou dizendo é que o trabalho braçal, pesado, extenuante, hercúleo, perigoso, sempre foi predominantemente masculino.”
esse serviço sempre foi feito e ainda é feito por pobres, homens e mulheres, escravizados ou não, sub empregados, mal remunerados, sempre explorados.
essa discussão aqui não faz sentido nenhum. parece briga de criança.
“Vide, por exemplo, o trabalho nos canaviais, majoritariamente masculino”
a mulher sempre foi considerada “frágil” e relegada a um papel eminentemente doméstico. mostrar q o trabalho na lavoura é majoritariamente masculino, mostra apenas q mulheres não são contratadas para fazerem este trabalho, mas não q não sejam capazes de fazê-lo.
os parâmetros todos são masculinos. como uma mulher, de constituição física menor pode fazer as mesmas coisas q um homem? dentro de sua capacidade de ação, as mulheres produzem muito no corte de cana. é isso q deveria ser levado em consideração na hora de avaliar a capacidade de trabalho de duas pessoas. a produtividade proporcional.
ocorre q o capitalismo quer produtividade absoluta. daí, a desvantagem feminina. o q não tem a ver com um problema intrínseco das mulheres, mas da organização social e econômica q escolhemos pra viver.
é o melhor sistema? não. mas é bastante vantajoso para quem tem poder. por isso perdura. por isso prospera. pq mantém os explorados lutando uns contra os outros uma briguinha idiota sobre quem pode mais (sendo q ninguém pode coisa alguma, efetivamente), enqto o poder permanece sempre nas mãos dos capitalistas.
"Não é só esse aspecto que deve ser considerado no caso das mulheres, mesmo porque é amplamente sabido que a sua estrutura biológica é incompatível com o dispêndio excessivo de força física. Em face de sua condição uterina e a exposição dos hormônios através das mamas, elas não são aconselhadas a carregar peso porque é prejudicial à sua saúde."
não li o pdf, e não farei isso agora, mas isso não faz sentido. mulher tem menor massa muscular e menor força física em função, justamente, da menor massa muscular. mas, considerando os limites físicos, mulheres são tão capazes de realizarem esforço qto um homem. o problema é q querem q mulheres com o corpo menor do q um homem, faça EXATAMENTE O MESMO ESFORÇO E A MESMA FORÇA q um homem faria.
condição uterina? exposição de hormônios através das mamas? o q é isso?
mulheres não devem carregar mais peso do q sua capacidade física, da mesma forma q homens não devem fazê-lo.
e sim. o trabalho pesado é também a dupla jornada, a falta de descanso. homens, mesmo cortadores de cana, descansam, saem com amigos, se divertem nas horas vagas. mulheres, mesmo cortadoras de cana, trabalham em casa, cuidam dos filhos e praticamente não tem momentos de lazer. o q resta é a igreja, q acaba afundando ainda mais essas mulheres no conformismo. triste q elas ainda tenham, depois do trabalho tão árduo qto o masculino no corte de cana, escutarem do pastor ou do padre o qto são inferiores, pecadoras, responsáveis por td de ruim q acontece no mundo. depois de trabalharem duro, ainda tem sua autoestima destruída por um deus misógino do qual são mais devotas do q os homens. é demais pra minha cabeça.
Lola seu melhor texto, sérião:
"também tenho 2 orelhas",rsrsrs
tú é f°da mulher!
Ai gente, eu quero ser que nem a Cora quando eu crescer!
E igual a Mordred, também.
Posso tascar um beijão em vocês?
Esqueceu de dizer que as mulheres sempre foram incentivadas a se acharem inferiores. Quando li frankeinstein, mary shelley escreve na introdução como chegou a escrever aquele romance, a historia do "concurso" que fizeram ela o marido e os amigos, mas que aquilo tinha sido excepcional, que se fosse o marido dela quem tivesse escrito esse romance seria um livro infinitamente melhor e bom, esse é o único livro que ela escreveu. Tornar-se excelente escritora seria competir com o marido e pior, humilha-lo. Muito triste o que disse a autora do livro sobre porque nao ha mais mulheres inventoras etc, e muito bem rebatido lola.
Luiza,entra na fila fia =p
Cora,que aula MARAVILHOSA,nessas horas dá MUITO gosto ficar só de botuca aprendendo com as meninas aqui.
Eu sou a terceira da fila, então!
Por isso leio cada virgulinha do que a Cora escreve.
Aprendo muito com vc, com a Luiza, Mordred e a Cética que comenta pouco mas é sempre certeira.
E com a Lolinha, claro!
Anon, que historia triste essa da Mary Shelley. Aconteceu isso com muito mais mulheres do que gostaríamos de acreditar.
Feipe e Hugo, nas falas de vcs reconheci tanto uma visão eurocentrica e androcentrica quanto classista, mulheres que não tinham privilégio de classe sempre trabalharam, a opressão da mulher rica se dava em outros âmbitos, como o de comportamento, por exemplo. Quanto as Mosuo, recomendo o livro O Reino das Mulheres. Já se quiserem saber mais sobre a imensa contribuição dos povos não-europeus para o desenvolvimento tecnológico, recomendo Descobertas Perdidas, do autor Dick Teresi.
Pois é ju, o Mais triste é que poderíamos ter muito mais livros da mary shelley, melhores ate que o frankeinstein mas ser mais que o marido, pra mentalidade das mulheres da época nao era bom.
E eu quando li a introdução pensei : "ue ele tb participou da brincadeira, porque o livro dele realmente nao é melhor que frankeinstein?"
Ju, Cética e Luiza,
agradeço, mas não mereço! o mérito todo (se existe de fato algum) eu divido com vcs e com todas as mulheres que não se conformam e que me ensinaram e ensinam muito.
sintam-se abraçadas e mais uma vez, obrigada pela força e pelo carinho!
Nao tenho certeza mas acho que mary shelley escreveu outros livros sim, embora o mais famoso foi frankeinstein mas ela concentrou os seus esforços mais em promover a obra do marido, um tal de percy, cuja obra nao chega de longe a genialidade de mary. Pena que os seus esforços nao foram usados para escrever e promover mais livros dela mesma.
Eu estava mesmo esperando você chegar.
“não é verdade q mulheres viveram sempre mais seguras do q homens.”
É verdade sim. Desde tempos imemoriais, em todos os conflitos armados, eram os homens os recrutados para morrer. Os homens tomavam parte nas guerras civis, e nas guerras internacionais. Os homens sempre atribuíram a si próprios o dever de proteger as suas famílias (mulheres inclusas) e as suas propriedades (que as mulheres também usufruíam). Se existiam invasores e ladrões na propriedade, era o homem quem ia lá expulsá-los. Se a honra ou a dignidade de algum membro da família eram maculadas, era o homem quem devia limpar o nome da família, ainda que fosse necessário matar ou morrer em nome disso.
Os homens sempre executaram os trabalhos mais pesados e perigosos, que envolviam riscos de vida, ou mesmo a possibilidade de morte por cansaço e exaustão, ou através de seqüelas físicas contraídas do rigor das atividades. Não tenho informações de mulheres, ao longo da história, construindo castelos, trabalhando em minas subterrâneas (com o risco de morrerem soterradas), construindo estradas, trabalhando na construção de arranha-céus (com o risco de caírem lá de cima), de muralhas, de templos, de navios cargueiros, de extensos quilômetros de ferrovias, pirâmides, pontes, canais.
Também não tenho registros que confirmem o trabalho de mulheres realizando o transporte de mercadorias e matérias-primas pelos quatro cantos do globo, trabalho que sempre foi muito perigoso, fosse ele realizado por terra ou através dos mares.
Sem dúvida, a vida da mulher nunca foi fácil. Mas a vida do homem sempre foi ainda pior.
Você é inteligente e agradável, mas me preocupa o fato de ser bastante leviana e irresponsável com muitas coisas que diz.
“mulheres e crianças não tiveram importância nenhuma”
“ninguém se importava muito com o q acontecia com mulheres grávidas e crianças”
Na tua cabeça, quando uma mulher ou criança morriam, pela fome, pela peste, ou por qualquer outro motivo, era como se alguns mosquitos tivessem morrido. Ninguém da comunidade, do vilarejo, ou da família se importava. Os corpos eram jogados em qualquer lugar, e todos se dirigiam a taverna mais próxima, para beber cerveja e se divertir, como se nada tivesse acontecido.
Na certa eram os homens que eram importantes, na Idade Média. Tao importantes que os senhores feudais do período obrigavam os seus camponeses homens a lutarem e a morrerem por ele, enquanto que ele mesmo, junto com as mulheres e as crianças, ficavam enclausurados dentro dos feudos, livres da carnificina. Enquanto que os valorizados homens camponeses eram mortos como porcos nos campos de batalha.
“sem contar q, no passado, as taxas de mortalidade de mulheres em idade fértil eram maiores do q para homens, justamente em função de gestações sucessivas e problemas de parto.”
Em tempos de guerra, jamais. Até porque a maioria dos homens estava lutando e morrendo longe de casa, não existia nem mesmo a possibilidade de muitas mulheres engravidarem, com tantos homens fora de casa lutando.
“mulher não tem nada de frágil. ao contrário. se fosse de fato frágil, não teria sobrevivido aos homens”
Afirmação sem sentido. Os homens foram, historicamente, muito mais violentos com outros homens do que com as mulheres.
“enqto a rua é o ambiente mais perigoso para um homem, a casa, o suposto lar, é o ambiente mais perigoso para a mulher. é no lar, onde está “segura” q a mulher é agredida, violentada e morta. o homem é agredido por desconhecidos. a mulher é agredida por conhecidos”
O lar familiar nunca foi uma câmara de tortura e de extermínio de mulheres, como a sua tradicional irresponsabilidade quer transparecer. As chances de uma mulher, exposta a uma situação de risco de vida ou de extrema vulnerabilidade, ser salva por outra mulher, sempre foi infinitamente menor do que as chances dela ser salva por um homem, seja ele um conhecido, um familiar, uma transeunte, um soldado, um religioso, ou seja lá o que for.
Aliás, não devemos nos esquecer que as mulheres nunca foram camaradas leais e fiéis, entre si. Historicamente, o mal que as mulheres fizeram umas as outras, sempre foi algo notável, em várias épocas e lugares.
“NÃO HÁ JUSTIFICATIVA ALGUMA PARA O QUE HOMENS FIZERAM COM MULHERES AO LONGO DA HISTÓRIA.”
Não há justificativa nenhuma para o que os homens fizeram com outros homens ao longo da história.
“qual o mérito ou a necessidade de constatar, o tempo td, q mulheres foram reduzidas à maternidade? q mulheres foram impedidas de existir plenamente? sabemos disso. existem escritos religiosos, filosóficos, literários... dizendo isso. nosso trabalho é desconstruir essas ideias q impedem o pleno desenvolvimento das mulheres até hj, e não ficar constatando isso o tempo td.”
Me desculpe, mas eu não pretendo esconder fatos em nome dos interesses de causa das ideologias revolucionárias. Fato é fato, tem que vir à tona, doa a quem doer.
“esse serviço sempre foi feito e ainda é feito por pobres, homens e mulheres, escravizados ou não, sub empregados, mal remunerados, sempre explorados.”
Negativo. Os trabalhos mais pesados, mais perigosos, noturnos, com maiores riscos de seqüelas para a saúde e para o corpo, nos quais ocorrem os maiores casos de acidentes de trabalho com invalidez total ou parcial, que demandam mais força física e resistência física, sempre foram, e ainda SÃO, majoritariamente masculinos.
“a mulher sempre foi considerada “frágil” e relegada a um papel eminentemente doméstico. mostrar q o trabalho na lavoura é majoritariamente masculino, mostra apenas q mulheres não são contratadas para fazerem este trabalho, mas não q não sejam capazes de fazê-lo”
Em geral, não são capazes de realizá-los com o mesmo ritmo, intensidade e produtividade com que os homens realizam.
"ocorre q o capitalismo quer produtividade absoluta. daí, a desvantagem feminina. o q não tem a ver com um problema intrínseco das mulheres, mas da organização social e econômica q escolhemos pra viver.”
Não se trata do modelo econômico que a sociedade segue. Mas sim da necessidade que a humanidade tem de alocar a mão-de-obra de acordo com o seu potencial produtivo. No socialismo, os homens ainda realizavam os trabalhos mais pesados na indústria, na agricultura, e na construção da infra-estrutura nacional. E será assim (e foi assim) em qualquer sociedade na qual o estágio de desenvolvimento estrutural e industrial alcance níveis razoáveis de progresso, independentemente de ser capitalista, comunista, mercantilista, ou tribal.
A preferência para o serviço pesado sempre será masculina, pois os homens, trabalhando um mesmo número de horas que as mulheres, conseguem uma produtividade maior que elas, por causa de sua maior força física, mobilidade e resistência física. Não é a toa que qualquer empresa que pretenda contratar profissionais para executar serviços pesados, prefere homens. Isso quando não exige, expressamente, que os contratados sejam homens (como muitas fazem).
“é o melhor sistema? não. mas é bastante vantajoso para quem tem poder. por isso perdura. por isso prospera. pq mantém os explorados lutando uns contra os outros uma briguinha idiota sobre quem pode mais (sendo q ninguém pode coisa alguma, efetivamente), enqto o poder permanece sempre nas mãos dos capitalistas.”
Típico pensamento esquerdopata de acreditar que o capitalismo e o liberalismo econômico só trazem vantagens para quem possui capital. Você possui capital? É capitalista? No entanto, pare para pensar o tanto de coisas que você usufrui, e que foram sofisticações genuinamente capitalistas, produzidas através de uma expectativa de gerar lucros e vantagens privadas para quem as desenvolveu e projetou. A internet é só um exemplo. Recurso que, aliás, os seus adorados países socialistas insistem em limitar e perseguir, quando não proíbem de vez o seu acesso por parte do seu povo.
O capitalismo foi o sistema econômico que mais tirou pessoas da pobreza em toda a história da humanidade. Os países onde existe maior distribuição de renda no planeta são os capitalistas (e antes que você pense que este fato está ligado ao colonialismo histórico, saiba que está enganada. Posso te citar países capitalistas que nunca exploraram colônia nenhuma e ainda assim, hoje em dia, são muito prósperos, igualitários, livres, e tecnologicamente avançados). De todos os sistemas econômicos possíveis de serem implementados, o capitalismo é o melhor deles. Ou, se preferir, o menos pior.
E o melhor sistema para quem pretende concentrar poderes nas mãos de um só ou de poucos é o comunismo. A vida e o destino de nações inteiras são decididas de acordo com a vontade soberana e absoluta de algum líder totalitário (Stálin, Mao, Tito, Pol Pot), ou de alguns poucos integrantes do partido.
“e sim. o trabalho pesado é também a dupla jornada, a falta de descanso. homens, mesmo cortadores de cana, descansam, saem com amigos, se divertem nas horas vagas. mulheres, mesmo cortadoras de cana, trabalham em casa, cuidam dos filhos e praticamente não tem momentos de lazer. o q resta é a igreja, q acaba afundando ainda mais essas mulheres no conformismo.”
Afirmação irresponsável.
Os exemplos de mulheres (e de homens também) que conquistam autoestima, felicidade, sentido de existência, fraternidade, respeito, atenção, suporte emocional, carinho, companhia etc, abraçando a religião, são muito notórios.
Não acredite que o que a religião provocou em você, ou em mulheres próximas a você, é necessariamente o que provoca em todas as mulheres da face da terra.
“já imaginaram como as coisas poderiam ter sido diferentes (não sei se melhor ou pior – se bem q pior é praticamente impossível) se as mulheres não tivessem sido mantidas tanto tempo fora das esferas de decisão? se as mulheres não tivessem sido mantidas artificialmente afastadas da educação e da cultura?”
A esmagadora maioria dos homens, ficou excluída das decisões políticas da história da humanidade. Apenas uma ridícula minoria tomou parte nelas. Ou você acha que a Democracia foi a forma de governo dominante no mundo, ao longo da História?
A esmagadora maioria dos homens foi afastada da educação e da cultura, ao longo da História. Poucos puderam ser educados com esmero. A maioria se manteve analfabeto, ou semi-analfabeto, vivendo longe dos grandes centros culturais e intelectuais (o maior acontecimento cultural, para eles, era uma vaca cagando no pasto).
Lola, é o meu primeiro comentário aqui, mas eu já te leio há uns bons dois anos!
Primeiramente, um super parabéns, com todo o meu coração, por tudo o que você representa. Em segundo lugar, eu traduzi o texto da Virginia Woolf inteiro, porque achei duma valia imensa e esclarecedora pra muita gente que tem uns comentários bem boçais a respeito de mulheres ao longo da história por aí. Caso você precise usá-lo em outros contextos, estou aqui pra ajudar!
Beijos, obrigada por mais um ótimo post!
“não é verdade q mulheres viveram sempre mais seguras do q homens.”
"É verdade sim. Desde tempos imemoriais, em todos os conflitos armados, eram os homens os recrutados para morrer. Os homens tomavam parte nas guerras civis, e nas guerras internacionais. Os homens sempre atribuíram a si próprios o dever de proteger as suas famílias (mulheres inclusas) e as suas propriedades (que as mulheres também usufruíam). Se existiam invasores e ladrões na propriedade, era o homem quem ia lá expulsá-los. Se a honra ou a dignidade de algum membro da família eram maculadas, era o homem quem devia limpar o nome da família, ainda que fosse necessário matar ou morrer em nome disso."
Felipe, se você acha que as mulheres sempre viveram seguras devido aos homens serem convocados para as guerras, o que você tem a dizer sobre o estupro de mulheres como arma de guera, para desonar dos inimigos e limpeza étnica?
carina,
Eu não disse que as mulheres sempre viveram seguras. Eu disse que, em geral, as mulheres viveram menos expostas aos perigos e aos riscos de vida que os homens. Compreenda que eu estou abordando as coisas não de forma absoluta, mas de forma relativa. E a guerra não foi o único motivo disso, mas também os outros que eu já apresentei anteriormente. A violência que o homem cometeu contra os indivíduos do seu próprio gênero sempre foi muito maior do que a violência que ele cometeu contra as mulheres.
Para que haja estupros em massa de mulheres, em uma guerra, é necessário que esta guerra seja levada para o território de um dos combatentes. Se a guerra é travada em território neutro (como muitas foram), não existe possibilidade de estupro de mulheres. Caso a guerra seja travada no território de um dos combatentes, as mulheres que habitam neste território só sofrerão estupros por parte dos invasores caso estes tenham exterminado os homens que foram incumbidos da tarefa de combatê-los e expulsá-los.
Ou seja, para que aconteçam estupros em grande escala, antes é necessário que uma quantidade absurda de homens tenha sido assassinada pelos invasores. Só por este fato você já conclui que os riscos de uma mulher sofrer nas mãos dos invasores só serão efetivos depois que muitos homens de sua pátria já estiverem a sete palmos do chão. Muito antes de a primeira mulher ser estuprada, os corpos de centenas ou milhares de homens de sua pátria já estarão sendo devorados pelos abutres.
Para que as mulheres da pátria sejam estupradas, violentadas, seqüestradas, escravizadas etc, é necessário que os seus homens não consigam evitar a entrada do inimigo em suas fronteiras nacionais. Isso significa que a condição das mulheres depende da proteção dos seus homens. Significa que os rumos da guerra é o que determina a sorte da mulher. Se a guerra é travada em território neutro, não há riscos de estupros. Se a guerra é travada em território inimigo, as mulheres da pátria também não sofrem riscos de estupro (apenas as mulheres inimigas). Nestes casos, o sofrimento das mulheres é exclusivamente por perder os seus filhos, maridos, irmãos, pais, no conflito.
No caso dos homens, o sofrimento físico e os riscos de morte, independem dos rumos da guerra, de onde ela é travada, ou como ela é levada a cabo. A guerra, por si mesma, independente de qualquer coisa, já é suficiente para exterminar milhares ou milhões deles.
Lola, viciei no seu blog. Socorro!
Beijas, sua linda!
Terminei de ler esse livro sábado e comprei motivada pelos seus comentários, que me despertaram curiosidade. Primeiro: bom, quem sou eu para opinar sobre feminismo, não tenho tanto entendimento e nem consigo me considerar feminista por parecer não conseguir me "livrar" de ideias machistas (mas já considero que melhorei um pouco). Eu gostei do livro, ela consegue tratar assuntos sérios de maneira divertida, mas acho que ele foi escrito para mulheres como ela: inglesas (ocidentais pelo menos, mas diversas celebridades que ela citou eu não conhecia), brancas, obesas ou com sobrepeso, com mais de 30 anos e de classe média média pra alta (apesar da infância quase miserável que teve). Duas coisas que me incomodaram um pouco, foram: ela ter dito que um homem feminista também devia subir na mesa e aproveitar pra trocar a lâmpada, pois não podemos fazer isso sozinhas (precisamos mesmo de homens pra trocar lâmpadas?)e ter dito que ela e o marido trancariam a filha numa torre (isso se refere à futura vida sexual da filha que eles vão querer cercear? não entendi muito bem). Enfim, talvez sejam ironias do "humor britânico" que não consegui entender, talvez esteja me incomodando com besteiras. sei lá. Ah, e sobre filhos achei sua posição um tanto contraditória... Mas digo que achei uma leitura bem agradável e que me fez pensar!
Lola, sabia que Mozart era negro? Mas pra que não fosse sotratizado era sempre representado como branco, horrendo, não?
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