quinta-feira, 31 de maio de 2018

MEIO SÉCULO DE MAIO DE 68 PARA ESPANTAR QUEM QUER O AUTORITARISMO NO PODER

Maio no fim e eu ainda não falei de maio de 1968!
Eu só tinha um aninho quando maio de 68 aconteceu, mas, desde que eu me conheço por gente, ouvi falar do revolucionário maio de 68. Hoje, meio século depois, ainda tem aquela aura de ano que não terminou. 
1968 realmente foi uma data decisiva, marcada pelo fim da Revolução Cultural na China. 
Foi o ano do clamor pelo fim da Guerra do Vietnã (a ofensiva do Tet marcou a vitória dos vietnamitas contra o maior império do mundo), da primavera de Praga, de Woodstock (festival de rock e festa do movimento hippie que juntou meio milhão de pessoas durante 3 dias em agosto), do assassinato de Martin Luther King (que havia recebido o Nobel da Paz quatro anos antes). 
Em 1968 México, Chile e Costa Rica eram os únicos países da América Latina que não estavam sob uma ditadura militar patrocinada pelos EUA para arrumar seu quintal. Assim como estudantes de todo o mundo, os do México, mais precisamente da Universidade Nacional Autônoma, fizeram várias assembleias para discutirem uma ampla reforma universitária. 
Em setembro, dez dias antes dos Jogos Olímpicos, organizaram uma marcha que reuniu 4 mil manifestantes. A polícia e o exército esmagaram o protesto, matando duzentas pessoas no que ficou conhecido como o massacre de Tlatelolco (e isso que o México era uma democracia! Imagina quantos eles não teriam matado se fosse uma ditadura). 
Brasil, maio de 2018
No Brasil, estávamos já no quarto ano da ditadura militar (aquela que muitos hoje negam ter sido uma ditadura enquanto se ajoelham para pedir aos militares para "intervir", ou seja, para instalar uma nova ditadura. E o bônus é que nem precisa ser através de um golpe, porque golpe já tivemos, há dois anos). 
O estudante secundarista Edson Luís, de 18 anos, foi morto no final de março de 1968, quando policiais militares invadiram o restaurante Calabouço, no Rio, durante uma manifestação estudantil (outro estudante, Benedito, também foi baleado e morreu, mas no hospital). Houve protestos com milhares de estudantes no Rio e SP. Na missa de sétimo dia, em abril, a cavalaria militar atacou as pessoas ao saírem da igreja. 
A famosa passeata dos 100 mil pedindo o fim da ditadura ocorreu no final de junho. O AI-5, que representou o endurecimento do regime militar, veio em dezembro de 68. 
Maio de 68 está mais ligado mesmo às revoltas na França naquele mês e ano. 
"A beleza está na rua"
Começou com uma ocupação dos estudantes nas universidades de Sorbonne e Nanterre por reformas, contra a burocracia. Em poucos dias isso virou uma greve geral gigantesca que uniu, além de estudantes, trabalhadores, desempregados, anarquistas, intelectuais marxistas, artistas, enfim, todo mundo contra o governo do general Charles De Gaulle, então presidente francês. Esses protestos se espalharam por toda a Europa. Um dos lindos slogans da época era "Seja realista: exija o impossível". 
O filósofo Derrida definiu maio de 68 como "um acontecimento que não sabemos denominar de outra forma a não ser por sua data, 1968”. O jornalista Joaquim Estefanía o definiu como uma rebelião contra o autoritarismo e o imperialismo. Para De Gaulle, um dos principais alvos dos protestos, foi uma revolução de filhinhos de papai. 
Para o jornalista José Arbex, "Maio de 1968 tem uma alta dose de ilusão, achando que uma revolução na cultura iria resolver o problema. Por outro lado, as questões que são postas hoje na mesa — de gênero, de libertação do corpo, o fim do patriarcalismo, o fim do machismo e da violência contra as mulheres — foram todas questões abertas em 1968 e que não foram resolvidas. Por isso, eu acho que maio de 1968 está mais atual que nunca". 
Porém, completa ele, maio de 68 não realizou seus objetivos, por não trazer a perspectiva de luta de classes: "É por isso que não podemos idealizar o que houve em 1968. Houve, por um lado, uma revolução dos costumes, é verdade; mas, por outro lado, como ela não conseguiu derrotar o capitalismo, que é a base de tudo, o capitalismo conseguiu transformar essa energia em mercadoria".
Pois é. Pra mim não resta nenhuma dúvida que hoje estamos muito mais próximos da reação conservadora dos anos 1980 que das décadas revolucionárias de 1960 e 70. E dói ver jovens sem idealismo. Se não serão idealistas nem quando jovens, serão quando?
E quanto às mulheres? Bom, o famoso protesto feminista no Miss America ocorreu naquele ano, mas não em maio, e sim em 7 de setembro. Foi nessa ocasião que cerca de 400 feministas jogaram na "lata de lixo da liberdade" itens simbólicos de opressão, como sutiãs, cílios postiços, batom etc. Uma repórter que cobria o evento fez uma analogia entre esse protesto feminista e o protesto pacifista contra a Guerra do Vietnã (em que homens queimavam suas convocações para ir à guerra) e, assim, nasceu o mito de que as feministas queimavam sutiãs. 
É verdade que maio de 68 revigorou o movimento feminista na França (que estava atrasado em relação às americanas, que conquistaram o direito ao voto em 1920 -- as francesas só o conquistaram em 1944). A feminista francesa Anne Zelinsky, que participou dos protestos em 1968, disse recentemente: "Maio de 68 não era para as mulheres, mas autorizou que elas lutassem". 
Os protestos fizeram que o movimento feminista crescesse, atingindo sua maturidade para as conquistas importantes dos anos 70, como a legalização do aborto na França. 
Annie Sugier, outra feminista que foi às ruas em 68, disse: "Antes dos protestos, eu pensava ser a única com a impressão de que as mulheres não eram livres ou que não tinham os mesmos direitos dos homens". 
O documentário Maydays mostra pouquíssimas mulheres nas reuniões e manifestações francesas de maio de 68. As mulheres que ficaram conhecidas foram em papéis coadjuvantes (por exemplo, a atriz Marie-France Pisier levou no porta-mala do seu carro o líder Daniel Cohn-Bendit para fora da França, para que ele não fosse preso). O sociólogo Jean-Pierre Le Goff é outro que confirma que as mulheres de maio de 68 ficaram restritas aos papéis de secretárias e companheiras dos homens. 
Por isso também me corta o coração que vários dos eventos organizados para discutir ou comemorar o maio de 68 têm mesas só com homens. Meio século depois e alguns revolucionários acham que pode existir uma revolução sem mulheres... 

40 comentários:

Anônimo disse...

Não entendo como tem gente que apoia ditaduras, de qualquer lado.

Felipe Roberto Martins disse...

Olá!!!
Lindo mesmo o "Seja realista: exija o impossível"
Afinal tanta coisa é possível, depende da gente.
Adorei, eu quero um Brasil impossível onde possamos ser mais felizes, ser nós mesmos = Brasileiros.

Anônimo disse...

Porque a esquerda apoia o Boulos e a Manuela que defendem o maduro na venezuela?

Anônimo disse...

"1968 realmente foi uma data decisiva, marcada pelo fim da Revolução Cultural na China"

estimativas variam entre 40 e 60 milhões de fuzilamentos. Foi o maior massacre da historia humana.

Anônimo disse...

tudo deve ser visto dentro do contexto da guerra fria. Os EUA patrocinavam ditaduras pela America Latina, A URSS patrocinavam o terror vermelho no Leste Europeu...

Anônimo disse...

1968 foi o ano em que começou a ser colocado em pratica as iniciativas idealizadas por Antonio Gramci.
Gramsci teve uma ideia muito astuta: pensou que se o socialismo não pudesse derrotar o capitalismo através da disputa econômica, científica, tecnológica e militar, seria então mais eficiente atacar o capitalismo a partir de dentro. Postulou então que todas as instituições que há sustentam no mundo Ocidental são a família, a moral religiosa, a igreja, e as instituições que fortalecem a democracia. Para criar uma sociedade que pense, raciocine, e sinta como um esquerdista, ele postulou que as pessoas deveriam ser educadas através da cosmovisão marxista desdo berço, de modo que não haja qualquer possibilidade de senso crítico fora desses termos, e essa sociedade toda contaminada de marxismo, ao qual ele chama de ”pensamento hegemônico”, levaria cerca de três gerações para acontecer, e de modo que se assemelhe com ”um peixe que não sabe o que é a água porque ele nunca esteve fora da água, então ele não terá meios de comparação para saber.”

A Guerra do Vietnã por exemplo, os EUA nunca perderam uma batalha no campo de combate, porem perderam a guerra da Opinião Publica em casa, e tiveram que se retirar, deixando o Vietnã do Sul a merce do Vietnã do norte. Assim que se retiraram foi um massacre de fuzilamentos e estupros promovidos pelo exercito vermelho do norte ao sul, porem nos regimes comunistas não existiam opinião publica, apenas a baioneta na ponta do AK 47.

Anônimo disse...

Começou a babaquice gramsquiana. Cara, vai buscar um psiquiatra pra tratar da paranóia

Anônimo disse...

o q sustenta o capetalismo é a ~famiglia~, a iNgreja e a "moral" religiosa

puto q fugiu

e eu aqui achando q eram meios de produção privados visando lucro

câncervadores são aberrações cognitivas em todos os sentidos, valha-me

Anônimo disse...

"e eu aqui achando q eram meios de produção privados visando lucro"

"pensou que se o socialismo não pudesse derrotar o capitalismo através da DISPUTA ECONÔMICA , científica, tecnológica e militar, seria então mais eficiente atacar o capitalismo a partir de dentro. Postulou então que todas as instituições que há sustentam no mundo Ocidental são a família, a moral religiosa, a igreja"

A base da ideia de Gramsci e o desconstrutivismo via infiltrações culturais, então o raciocínio esta correto.

Anônimo disse...

00:43 - pense, seu verme, use a sua cabeça, deixe de ser burro

vcs câncervadores são tão idiotas e pretensiosos, kkkkkkkkk

familícia e iNgreja não sustentam a si próprias, vão "sustentar" qual sistema econômico?

vcs pegam qualquer factóide e criam um sofisma risível e patético

vcs são uns merdas, merecem cada centavo roubado pelo patrão, seus lixos

titia disse...

20:56 se manter regimes econômicos fosse só questão de manter a igreja, a """""moral""""" e a família nuclear, coleguinha, nós ainda estaríamos na porra da Idade Média. Quer uma época em que a igreja teve mais poder? Em que o moralismo era tamanho que até a quantidade de sêmen ejaculado durante o sexo a sociedade/igreja regulava? Em que a única formação familiar que não levava as pessoas pra fogueira era a nuclear?

Aliás, sabia que na União Soviética eles também tinham uma "moral" rígida? Na Rússia prostituição dava cadeia, homossexualidade era punida com morte e cidadão TINHA que casar e formar família. Família nuclear, papai, mamãe e pelo menos dois filhinhos. Nada de arranjos alternativos nem de celibato. Ah, e se você fosse o cidadão que contratou a prostituta, se não for membro importante do Partido vai em cana junto com ela. Legal, né?

Na China comunista a "moral" era mais rígida ainda. Pra você ter uma ideia de quanto, casais casados no papel e tudo podiam ser presos e torturados por terem 'conversas indecentes no quarto'. Foi flagrado dando umazinha com sua noiva? Escolha entre cometer suicídio ou ser fuzilado. Fez uma gracinha pra vizinha casada? Idem. Se estiver disposto a passar uns dias em coma pelo esforço cerebral, leia "As Boas Mulheres da China", de Xinran. Com certeza você ia amar a "moral" da China durante a Revolução Cultural.

Oh gosh, perceberam o que se revelou nesse comentário? O comunismo é o paraíso moral dos reaças! Eu sabia que esse ódio todo tinha que ser enrustimento.

Anônimo disse...

Que tal procurar um psiquiatra?

Anônimo disse...

A família existe e continuará existindo embora com novas configurações adaptadas ao mundo mundo moderno que muda cada vez mais rapido e isso nada tem a ver com Gramsci. A espiritualidade continuará existindo e também as igrejas, mas as pessoas estão modificando as regrinhas religiosas que não servem para nada. Na Europa muitos dos que continuam frequentando igrejas são na verdade ateus. A queda de Deus e da religião como esta foi no passado não é uma conspiração gramsquiana e sim o fruto do avanço do conhecimento que ninguém pode impedir. Nem mesmo a outrora poderosa igreja catolica o pode. Se esta echando ruim o mundo moderno, volte ao passado quando não existia divórcio, viva para sempre num casamento infeliz, tenha 10 filhos mesmo não querendo ter mais nenhum, lute só para conseguir o que comer o dia inteiro e morra lentamente de tuberculose ou outra doença que hoje já não significam nada.
Conselho: procure um psiquiatra.

Anônimo disse...

Pois é... Os paranóicos do marxismo cultural adorariam viver dentro da moral comunista bastava mudar o rótulo do deus e e não mecher no precioso bolsinho deles. Tanta oposição ao "comunismo" parece mesmo ser amor disfarçado que essas desgraças autoritarias sentem. Não dá pra discutir com imbecis que não tem um pingo de sanidade mental.

Anônimo disse...

Ateus frequentando igrejas e eu que preciso de psiquiatria?

Anônimo disse...

A união Soviética destruiu tanto o conceito de família do povo o substituindo por um conceito coletivista, que na Rússia dês anos 50 para cá houve decréscimo populacional. Hoje a Russia e e país gigantesco e subpovoado.

Anônimo disse...

Não só precisa de um psiquiatra como precisa de conhecimento das coisas do mundo se você não sabia que isso acontecia. Ateus declarados frequentam igrejas na europa. Questão de tradicao que nada tem a ver com crença verdadeira em um deus. Além disso os que acreditam não levam a religião muito a sério.

Vocês precisam aprender uma verdade dolorosa: o que vocês chamam de desconstrução da moral religiosa e da igreja não aconteceu por culpa de Gramsci ou outras coisas estapafurdias criadas pela mente de vocês. Se hoje acontece divórcios, se existe controle de natalidade, se há uma tendência a aceitação do casamento gays é porque as pessoas se beneficiaram disso. Só existe aumento da liberdade porque as pessoas preferiram isso. Porque apesar de todos os males elas acharam isto melhor do que as camisas de força do passado. Toda mudança que acontece nos costumes só tem sucesso porque as pessoas querem isso. Porque elas, salvo alguns idiotas, não toleram ninguém ditando o que elas devem fazer com suas vidas. Elas preferem viver felizes ou infelizes fazendo as suas proprias escolhas do que vivendo de acordo com as regras dos outros sempre que podem.

Anônimo disse...

Cara, em que mundo você vive? Decrescimento da população é tendência mundial não tem nada a ver com comunismo não. Essa informação é facilmente encontrada na internet. Em que mundo você vive? De fato, a ideologia marxista tentou destruir a família porque eles julgavam que era uma instituição burguesa, já o divórcio e as novas configurações familiares nada tem a ver com comunismo ou com Gramsci. Não se preocupe. Durma em paz que a família é algo que não vai deixar de existir. Não há comunismo que a derrube e não há nenhuma conspiração neste sentido. Se hoje ela se transformou e ganhou novas formas e porque as pessoas precisam que seja assim no momento e é assim que a instituição familiar sobrevive.

Anônimo disse...

Olhe para o mundo a sua volta. As novas configurações familiares coexistem com o modelo da família nuclear do século XIX. E assim continuará sendo porque as pessoas constroem famílias que são os melhores modelos para elas. Nada demais. Está tudo bem.

Anônimo disse...

Assim diz a geração mais solitária de todos os tempos. Coincidência??

Anônimo disse...

câncervadores são tão burros, kkkkkkkkkk

Anônimo disse...

Entendi. Gays querem se casar porque é bom perfeito. Heteros estão todos se separando porque a união deles e ruim opressão.
Agora tudo faz sentido.

Anônimo disse...

"geração mais solitária" (sic)

fonte: sua uretra

tá, mas e daí? isso é problema pra câncervas e liberotários?

não era o comunismo que "está transformando tudo em ~coletivo"

decida-se, seu babaca, o q vcs libercons querem da vida?

coletivismo = comunismo
individualismo = comunismo tb

ah, vão tomar na uretra, seu bostas

Anônimo disse...

"a união deles e ruim opressão"

e é mesmo

casamento étero = prisão física e emocional para qualquer mulher

Anônimo disse...

Geração mais solitária porque os machos se recusam a evoluir e repensar seus privilégios, indo todos se esconderem atrás de vídeo games, cultura geek e sites pornográficos. Sinples assim.

Anônimo disse...

Era o contexto da guerra fria, no qual os dois blocos disputavam o poder mundial e patrocinavam ditaduras pelo mundo e o Brasil, por ser um país subdesenvolvido e com presidentes sendo depostos, se tornou vulnerável e alvo dos dois blocos da guerra fria.
A tal marcha da família achou que a sua moral seria derrubada, mas era o contrário, apesar de renegar o cristianismo e/ou qualquer outra religião, o bloco comunista tinha uma moral bastante rígida em relação aos costumes, a homossexualidade e ao sexo. Eles incentivavam o casamento das pessoas desde jovem, queriam que os casais tivessem logo filhos, condenavam a prostituição. Não sei como era a questão das drogas ditas ilícitas na época, na Alemanha oriental, mas na Berlim ocidental dos naos 70, houve um surto de cocaína e heroína, em que a personagem mais famosa era a Cristiane F. O bloco soviético era igualmente conservador, com poucas diferenças em relação à moral do cristão fanático. Na Alemanha oriental por exemplo, eles proibiam o rock pq além de ter ser um estilo iniciado nos países capitalistas, achavam que dava mal exemplo e má influência aos jovens do lado socialista.

Anônimo disse...

13:36 - pq vc é tão babaca?

titia disse...

11:13 você está confundindo 'geração mais solitária' com 'geração em que ninguém aceita carregar relacionamentos que não funcionam ou aturar estorvos apenas pra se adaptar a normas sociais ridículas'. Não, você não vai convencer as mulheres que aturar um macho lixo é melhor do que estar solteira. Desista. Você não pode mais contar com o desespero feminino. Se quer se relacionar com uma mulher, vire gente.

11:17 não coleguinha, é mais ou menos assim:

. Gays querem se casar porque querem partilhar a vida com alguém que amam e desfrutar/garantir que seu parceiro desfrutará dos benefícios legais e civis da união.

. Lésbicas querem se casar porque querem partilhar a vida com alguém que amam e desfrutar/garantir que sua parceira desfrutará dos benefícios legais e civis da união.

. Alguns homens e mulheres hétero (poucos) querem se casar porque querem partilhar a vida com alguém que amam e desfrutar/garantir que seu parceiro ou parceira desfrutará dos benefícios legais e civis da união.

. Homens hétero (maioria) querem se casar pra ter em casa alguém que limpe, lave, cozinhe e arrume sem eles precisarem pagar, que trabalhe fora pra ganhar dinheiro assim ele não precisa sustentar a casa sozinho (alguns não querem nem mesmo trabalhar), que gere e cuide dos filhos dele de graça e que ainda faça sexo.

. Mulheres hétero (felizmente cada vez menos) querem se casar porque acreditam em contos de fadas/ mentiras midiáticas de que só serão realizadas caso tenham um homem/pressão social/crenças religiosas/qualquer motivo que alguém quiser acrescentar.

Casamento (qualquer tipo de relacionamento amoroso, aliás) é um troço que só funciona quando ocorre entre iguais. Uma vez que a maioria esmagadora dos homens ainda não vê mulheres como iguais, acham que ainda estão acima delas, pensam (só pensam) que são superiores a elas e que por isso tem todo o direito de explorar, abusar e escravizar, relacionamentos hétero tendem a terminar em fracasso. Uma vez que dois homens gays se veem como iguais, e duas lésbicas idem, é natural que os casamentos deles tenham sucesso enquanto os casamentos hétero na maioria afundam na lama. Por que vocês machistas modernos que tem nojinho de mulher não vão ser felizes com outros homens, já que não veem mulheres como suas iguais?

13:36 feministas não choram, quem choram são os mascus. Feministas denunciam a escrotice machista e lutam contra o machismo.

Anônimo disse...

"Uma vez que dois homens gays se veem como iguais, e duas lésbicas idem, é natural que os casamentos deles tenham sucesso enquanto os casamentos hétero na maioria afundam na lama"

disse tudo

Anônimo disse...

Na Alemanha oriental, em de construírem o muro, deveriam ter deixado as pessoas que queriam ir embora irem em paz e quem quisesse continuar no então paraíso da Alemanha oriental não iriam se importar com falta de muro, porque continuariam lá. A União Soviética sabia que as pessoas estavam fugindo em massa do lado oriental para o ocidental e causando constrangimento a União Soviética sobre o seu discurso de paraíso e que também estavam preocupados de não haver quantidade suficiente de gente para a mão-de-obra no país e ainda tem os casos de doping para os atletas nas olimpíadas. Eu sei que ocorreram muitas injustiças com a anexo do país, muita gente perdeu o emprego e tiveram suas formações acadêmicas desprezadas, muitos trabalhos científicos e livros interessantes foram jogados fora e até mesmo os alimentos. Do noite pro dia muita gente se viu sem nada e não houve uma união de fato e sim uma anexação. Por mais que tenham havido coisas positivas na Alemanha oriental, haviam altos preços como ser vigiado constantemente e não se pode esconder o erros e abusos cometidos na Alemanha oriental apenas por interesses ideológicos.

titia disse...

14:36 ninguém apoia as barbaridades que ocorreram em regimes ditatoriais. Seja de direita, seja de esquerda, ditaduras são completa e absolutamente reprováveis. Intolerável é a hipocrisia desses idiotas que condenam as ditaduras de esquerda enquanto aplaudem e apoiam as de direita.

Anônimo disse...

Anon 11:30, mas não é uma coisa boa os machos caírem fora da arena pública, se escondendo cada vez mais atrás de vídeo games, cultura geek e sites pornográficos? Enquanto eles se afundam nos próprios vícios os espaços públicos ficam livres para as mulheres poderem mudar o mundo: retomarem o controle de tudo, tomarem todas as decisões sobre todos os assuntos importantes em conjunto, solucionarem os problemas que os homens causam e criarem a partir de si mesmas um mundo completamente novo. Não?

Anônimo disse...

Anon 11:30 Que visáo estereotipada e preconceituosa... Muitas pessoas curtem video games e cultura geek e não são solitárias.

Anônimo disse...

Anon 11:30 Acreditar nisso seria o mesmo que achar que feministas odeiam homens ou sao solitárias que criam gatos.

Anônimo disse...

Anon 11:30 Ate porque "mulheres nao curtem games": "Mulheres são 52,6% do público que joga games no Brasil, diz pesquisa"

Link: http://g1.globo.com/tecnologia/games/noticia/2016/03/mulheres-sao-526-do-publico-que-joga-games-no-brasil-diz-pesquisa.html

Anônimo disse...

Anon, você perdeu totalmente o ponto. A questão não é simplesmente curtir cultura geek, games e jogar vídeo game de vez em quando, o que mulheres podem sim fazer. Mas a questão é o fato de muitos homens (cada vez mais) se esconderem atrás dessas coisas e do vício em pornografia, em vez de buscarem evoluir, mudar, se tornarem pessoas melhores, repensarem seus privilégios e deixarem de ser pirralhos birrentos e mimados com corpos de adultos que não suportam ouvir não, que não respeitam a liberdade das outras pessoas, que acham que são merecedores que tem direito automático a tudo o que quiserem só por terem nascido com um pênis e que todos a sua volta, especialmente mulheres e meninas, lhes devem algo.

Anônimo disse...

Odiar homens e ser "solitária" que gosta da companhia de gatos e cria alguns não são coisas prejudiciais, como o vício em pornografia, vídeo games e cultura geek; pelo contrário.

Anônimo disse...

Joguinho de celular não conta kkkk

Anônimo disse...

11:17. Você fez aulas de interpretação de texto na sua vida? Como eu havia dito é impossível conversar com uma pessoa que não tem um pingo de sanidade mental.

Anônimo disse...

11:13, tá falando de você mesmo? Te garanto que se você tivesse uma família amorosa de qualquer configuração você não se sentiria tão solitário. Mais uma vez: a culpa não é do Gramsci. Você apenas deu azar. Tente compensar formando uma família ou fazendo amigos.