domingo, 24 de setembro de 2017

PAI FEMINISTA, PRESENTE!

Regras para namorar a minha filha:
1. Eu não faço as regras
2. Você não faz as regras
Eu criança e meu amado pai
3. Ela faz as regras
4. O corpo é dela, as regras são dela

Observação: Se vier com essa besteira de que feminista não tem pai, nem tente que eu corto. 

56 comentários:

Anônimo disse...

Isso não é ser feminista, homens não podem ser feministas -- feminismo é das mulheres, para as mulheres, pelas mulheres.

Isso é apenas não ser um ser pai escroto atrasado antiquado ogro-bicho-das-cavernas; é apenas ser um humano minimamente decente fazendo a coisa certa (se não estiver apenas se auto-promovendo para ser admirado e aplaudido pelas mulheres); é apenas ser um cara que respeita a individualidade, a privacidade e os direitos dos outros seres humanos, inclusive da filha, no lugar de vê-la como um objeto, um troféu, um certificado ambulante de "honra" e "dignidade", que pertence a ele -- como a maioria dos pais fazem; é apenas não querer manipular e controlar a vida e sexualidade da própria filha e não agir no sentido de controlar/manipular ela, o que invariavelmente envolve objetificar/sexualizar/fetichizar a própria filha; é apenas não ser um pedófilo incestuoso nojento, repugnante -- como a maioria dos pais são.

lola aronovich disse...

Seu comentário é tão ridículo e absurdo que parece mais coisa de troll, anon sem coragem de deixar o nome. Felizmente o seu feminismo (que não visa mudar nada, só segregar) representa pouquíssima gente.

Anônimo disse...

Eu admiro como você ainda tem paciência de lidar com gente assim, Lola. Deus me livre.

Anônimo disse...

Se sua filha de 15 anos quiser transar com um maconheiro dentro da sua casa lembre-se que você "não faz as regras" só paga as contas.

Anônimo disse...

Se sua filha quiser fazer sexo no meio da sala com o namorado vc não deve falar nada, senão será considerado machista

Anônimo disse...

Lola vc insiste tanto em dizer que feministas não tem o pai ausente, talvez pq vc saiba que esse seja um ponto fraco

Anônimo disse...

Boa.
Quebrou as pernas de todas aqui.

Elas não vão analisar esse teu exemplo que vc citou.

Vão te xingar. Espere.
Bastante previsível.

lola aronovich disse...

Meu problema não é com pontos fracos, anon das 13:51. É com mentiras.
E mais: dizer que feminista não tem pai ou tem problema com pai ou qualquer generalização cretina dessas me ofende pessoalmente. Meu amado pai foi a pessoa mais importante da minha vida. E, pra mim, ele vai sempre estar vivo e presente.

Anônimo disse...

Não existe pai feminista, por que sua esposa abortou o feto.

Anônimo disse...

Lola vc acha que Pabllo Vittar rouba o protagonismo das mulheres?

Brunna Moreira disse...

inda bem q meu pai serve apenas para pagar as contas lá de casa - a atenção dele é estritamente essa. agradeço todos os dias a deusa essa dádiva q me foi dada pq sinceramente não suportaria ver aquele velho feioso ignorante do mato opinar num tantinho da minha vida sequer. ele não tem esse direito!!

lola aronovich disse...

Tô confusa, troll das 14:28. Vc tá dizendo q não existe feminista mãe? Ou mãe feminista? Tds as feministas q engravidam abortam? Td mulher q aborta é feminista? Ou não existem feministas, já q todas foram abortadas? O cara q fez a camiseta em questão não é pai, ou não é feminista?

lola aronovich disse...

Não acho, anon das 14:49. Não sei muito sobre Pablo Vittar, mas o feminismo é grande demais pra ter o protagonismo das mulheres "roubado" porque homens ou pessoas com gênero fluído (é esse o caso de Pablo?) são feministas. Aliás, Pablo é feminista? Como eu disse, não sei muito sobre ele/ela.

Luise Mior disse...

Lola, você vai ir para o céu sem escalas, pelamor! Aguentar esses mascustrolls e radfemstrolls é para poucos. Não consigo levar a sério as radfems anônimas que aparecem nesse blog pois elas só sabem xingar as feministas que discordam e atacar os homens. Vergonhoso que tais feministas não percebam que tal postura só afasta pessoas e Che já dizia: o papel de um revolucionário é ganhar, não ser purista ou moralista, fechado em um grupinho e meramente atacando os demais. Dá desânimo nesses tempos de retrocesso ver ainda tantas feministas gastarem tempo se atacando. Desculpe o textão querida Lola, mas eu precisava desabafar sobre essa questão. Adoro essa camisa! Ótimo post, como usual. E então, que horas estarás em Brasília quarta? Gostaria de vê-la se possível, pois estarei lá até 18:30. Abraços e boa semana!

lola aronovich disse...

Luise querida, a mesa na Câmara dos Deputados está marcada para quinta (não quarta!), dia 28/9, às 10 da manhã. Aliás, todas as pessoas bacanas de Brasília estão convidadas. para a mesa "Mulheres, violências e mídias sociais". Como não quero perder aula, vou pra Brasília e volto pra Fortaleza no mesmo dia. Chego aí lá pelas 10h, fico na mesa, almoço num dos restaurantes da Câmara, e depois não sei se me encontrarei com uma deputada ou se irei pro aeroporto. Venha pra mesa e venha falar comigo depois!

Anônimo disse...

Sou pai de uma adolescente. 14 anos. É a mais bonita da sala (não sou eu que digo, apenas escuto). É extremamente estudiosa e sempre tem notas dignas de aplausos. Sabem como ela consegue ser tudo isso? Andando corretamente segundo as MINHAS regras. Afinal, ela depende 100% de mim para ser (como será) uma mulher de sucesso. Dizer NÃO a uma adolescente de vez em quando é amá-la, evitando um mal maior. Futuramente elas entenderão e agradecerão por não ter sido autorizado isso ou aquilo. Quando eu deixarei de ditar as regras de sucesso? Quando ela for dona do próprio nariz. Até lá, os pais SIM, devem regrar a vida dos filhos. Talvez se não fossem essas regras ela seria mais uma coitada adolescente com a vida destruída por drogas, namoradinhos marginais, gravidez precoce, LGBTs e etc. Deus que nos livre de todos esses males, AMÉM!

Lara disse...

Lola vc viu como a extrema direita alemã está voltando ao poder? Parece que décadas depois de Hitler os nazistas estão se reerguendo. Eu não tenho a sua certeza que o bolsolixo não tem chance em 2018, medo.

http://www.sabado.pt/mundo/detalhe/depois-de-hitler-a-extrema-direita-pode-voltar-ao-parlamento-alemao

Anônimo disse...

Certo, anon 16:36. Sou feminista e acho que os adolescentes precisam de regras. O que eu questiono é o duplo padrão. Quando o pai dá regras apenas para as filhas. Quanto aos filhos eles até incentivam que saiam por aí e pegue todas as outras mocinhas. Isso não é ser um pai que dá regras. Isso é machismo.

Anônimo disse...

Eita preconceito feio hein anon 16:36! o que os lgbts tem a ver com o sucesso ou fracasso da tua filha. Se toca crentão.

Anônimo disse...

Che dizia coisas muito bonitas entre um fuzilamento e outro.

titia disse...

Oh céus, já começou o chororô. Amigolinos que se dizem pais, entendam...

O problema não é ter regras pra crianças e adolescentes. Regras fazem parte da vida e dar limites é uma coisa saudável. O problema é quando pais doentes da cabeça, com sérias inclinações incestuosas e pedófilas (não é exagero de radfem não, esse tipo existe mesmo), tratam a filha como se a vagina dela fosse propriedade deles. Quando reprimem, condenam, cerceiam e só faltam castrar a filha com faca, ao invés de orientá-la a sempre se proteger e nunca fazer qualquer coisa que não queira. Quando reprime, condena, cerceia e só falta castrar a filha com faca, mas o filho pode sair por aí fazendo o que quiser e nem orientado a usar proteção é.

Quando fazem toda essa merda e dão como desculpa o fato de que pagam as contas (nada mais que sua obrigação, viu, quem escolhe botar filho no mundo tem mais é que calar a boca e sustentar) porque vê a filha como objeto, coisa, uma posse que eles tem que manter para si. E antes que venham me encher o saco, não, eu não sou troll radfem. Mas não tem absolutamente nada de normal num sujeito que acha que a vagina da filha pertence a ele.

G1 - Júri absolve mulher que mandou matar o pai, com quem teve 12 filhos

g1.globo.com/.../2011/08/juri-absolve-mulher-que-mandou-matar-o-pai

É assim que casos como esse começam: com um homem achando que a vagina da filha é propriedade dele.

Anônimo disse...

E terminou fuzilado.

Luise Mior disse...

Querida Lola, fico muito feliz! Me confundi, é quinta que estarei livre lá em Brasília. Com certeza irei te ver, abraçar, dar alguma lembrança e tietar. Abraços e até breve!

Anônimo disse...

Para quem não tem filhos, como a Lola, é fácil falar.

Quero ver se na casa das feministas que têm filhas adolescentes, elas deixam as filhas fazerem as próprias regras.

Duvido.

Valéria Fernandes disse...

Que legal, você volta a Brasília? Tentarei ir ver você. :)

lola aronovich disse...

Vem sim, Valéria! Já tem mais de 6 anos que a gente se conheceu pessoalmente, e nunca mais! (Certo?) E olha que eu estive em Brasília várias vezes durante esse tempo todo.

Unknown disse...

Regras para namorar a minha filha:

1. Eu não faço as regras
2. Você não faz as regras
3. Ela faz as regras
4. O corpo é dela, as regras são dela.
5. Se sob o meu teto: É minha casa, minhas regras.

Quer viver viver sem regras? Ótimo, contudo que não vá de encontro com as minhas.

Unknown disse...

É claro que toda feminista tem um pai - pelo menos um biológico. A partogênese humana é uma impossibilidade, mas dizem que já ocorreu.

Outra impossibilidade é vivermos em sociedade sem regras. Até a autora do blog tem suas regras e critérios para liberar ou não os comentários, e ela esta corretíssima: Seu blog, suas regras.

No caso especifico - de um pai que não impõe regras para namorar sua filha - eu não concordo. Se ela ainda viver sob minha tutela legal, ela deverá seguir minhas regras: Minha responsabilidade, minhas regras.

Quer viver sem regras, ou se as regras delas vão de encontro com as minhas: Que ela seja independente e que viva longe de mim.

Se me considerarem machista, retrogrado, conservador, medieval, ou qualquer outro adjetivo.. ótimo. Tenho uma regra para isso também: Não me importa com a sua opinião.

Felipe Roberto Martins disse...

Adorei Lola! Bom dia.

Anônimo disse...

Lola, fale de algo que vc ( supostamente) entenda. Sobre criação de Filhos, por exemplo, vc não sabe nada. Então fale de seu marido, de seu feminismo, dos LBGTWYQSK, das maravilhas do comunismo e etc... Mas deixe os filhos FORA de sua alçada, ok? Agradeço a atenção e espero que compreenda. Bjs

Anônimo disse...

Concordo! Comentário lúcido que vê como as coisas são, de verdade, no mundo das pessoas de verdade, nas relações entre elas, no chão de fábrica da vida.

Anônimo disse...

É isso aí!!! Jamais deixaria minha filha despencar para VIDA LOUCA. Se tem gente que acha isso cool, descolado, moderno, libertador, massa, picada etc, tudo bem, mas aqui em casa naaao

Anônimo disse...

Correto,mas também não podemos incentivar mulheres terem comportamentos de vigaristas, cafajestes, para igualar as mulheres por baixo

Anônimo disse...

No dos outros é refresco e bonito!

Cão do Mato disse...

Bom, essas regras do " Pai Feminista" valem para uma filha maior de idade, né? Enquanto for menor, valem as regras do Pai (e da Mãe).

titia disse...

Você faz as mesmas regras pro seu filho, Sérgio Carneiro? Ou o garotão pode sair pro aí fazendo o que quiser com quem quiser enquanto a sua garotinha tem que "se dar ao respeito"?

Por que ainda pergunto? É claro que pro machinho do papai não tem regras.

Se só homens sem fixações doentias na vagina da filha tivessem autorização pra se reproduzir, teríamos bem menos mulheres traumatizadas pela repressão, estupros, mutilações genitais e abusos sexuais nesse mundo. Resolveria o problema do excesso populacional também. Se esses homens sofrendo de complexo de Electra às avessas só parassem de procriar, pelo menos metade dos problemas desse mundo já teria sido resolvido.

10:09 e quem é você na fila do pão pra dizer do que a Lola deve ou não deve falar, verme (eu ia dizer fofo, mas você não merece essa cortesia)?

Kasturba disse...

1)
Como já disseram, existem pais doentes que sentem alguma atração pela filha, e portanto um ciúme descontrolado em relação a qualquer outro homem que se aproxime dela, e por isso se portam como fiscais da vagina da própria filha.
Mas existem também pais (e maes) preocupados e zelosos, que igualmente "fiscalizam" a vida íntima da filha, mas porque acreditam que esse é o certo a fazer (afinal, seus pais faziam isso com suas próprias irmas.) Agem com boa intençao, acreditando que controlar e reprimir a sexualidade de suas filhas adolescentes é o maior favor que podem fazer a elas.
Para esses pais, eu gostaria de contar minha própria experiência, quando adolescente.

Meus pais sempre foram ótimos pais. Dedicados, preocupados, presentes, carinhosos. E eu também sempre fui uma ótima filha. Nunca usei drogas, nem tabaco, só comecei a beber socialmente após os 19 anos. Sempre estava entre as notas mais altas da minha escola, passei no vestibular pra um curso concorridíssimo em primeiro lugar na federal da minha cidade antes de completar o segundo grau. Não desobedecia, era religiosa, não mentia pros meus pais. Enfim, eles tinham todos os motivos pra se orgulharem de mim.
Aos 16 anos me apaixonei e comecei a namorar um garoto da escola (também era um rapaz muito responsável e estudioso). Meus pais, então, se portaram dessa forma que eu citei: Sexo era algo obsceno e proibido na minha casa. Nem falávamos sobre isso. Era algo inimaginável. Nem meu pai nem minha mae nunca me chamaram pra conversar sobre sexo; ao invés disso, passaram a agir como guardiões da minha pureza: Eu era proibida de ficar sozinha com meu namorado. Nos víamos na escola, as vezes ele ia na minha casa (ficávamos conversando na sala, sempre com alguém por perto), de forma alguma eu podia ir na casa dele (nem quando a família dele estava presente, porque "filha minha não vai em casa de namorado), se íamos no cinema, meu pai me deixava na porta e me buscava na porta, etc...
O namoro foi evoluindo, e depois de uns meses começamos a cogitar transar. Eu me sentia muito nova, e não me sentia preparada, mas ele insistia bastante. Como eu não tinha ninguém pra conversar sobre isso (eu tinha vergonha ate mesmo de falar com minhas amigas, tamanho o tabu que o assunto era na minha casa), eu não entendia muito bem sobre consentimento. Então mesmo não me sentindo â vontade, e mesmo com todas as tentativas dos meus pais de impossibilitar, acabamos transando, porque eu queria provar pra ele o quanto eu o amava. (aviso pros pais: se o adolescente quer, ele vai dar um jeito). Eu achei que fôssemos transar uma vez só e pronto, mas depois da primeira vez, ele passou a insistir mais ainda, já que agora eu não tinha mais motivos pra não querer, pois não era mais virgem (na cabeça dele a virgindade seria o único motivo pra uma mulher não querer transar na hora que o macho quer). Eu nunca queria, e ia contornando a situação, enrolando ele, mas alguma hora sempre eu acabava cedendo. Me sentia mal, pois eu não estava preparada pra levar uma vida sexualmente ativa, e alem disso, quando transávamos eu sentia que estava fazendo algo errado, enganando e mentindo para meus pais. Era um misto de sentimentos de obrigação, de culpa, de inadequação.
Nao usávamos nenhum metodo contraceptivo. Primeiro porque não tínhamos dinheiro pra comprar (se eu pedisse dinheiro pros meus pais, teria que dizer o porquê), e segundo porque eu não teria como guardar na minha casa (imagina se um dia minha mae encontrasse camisinha ou anticoncepcional nas minhas coisas? ela me mataria!). Como a gente transava bem de vez em quando, eu realmente achava que não corria risco de ficar gravida. Seria azar demais.

Kasturba disse...

2)
E foi azar demais. Aos 17 descobri que eu estava grávida. Fiquei totalmente desesperada!! Eu chorava de medo só de imaginar como eu contaria pros meus pais que isso tinha acontecido comigo!! Cogitei fugir de casa pra ter esse bebê, cogitei manter a gestação em segredo, cogitei tanta coisa... No fim de tudo, meu namorado me convenceu que a melhor solução seria fazer um aborto. E depois de uma confusão, os pais dele descobriram que eu estava gravida. Em vez dos filhos da puta dos pais dele terem a decência de contar pros meus pais (eu e meu namorado éramos dois adolescentes assustados), o pai dele comprou cytotec e me mandou usar. Fiz como ele mandou, e nada. Ele comprou mais e me mandou usar de novo. Detalhe: naquele dia eu iria viajar sozinha de noite, poi seus pais estavam na casa de praia, e eu havia ficado com minha avó pra fazer umas provas. Comecei a sentir cólicas e sangramento no avião, e o aborto finalizou de madrugada, na casa de praia, quando saiu um feto todo formado do tamanho da minha mao. Senti muitas cólicas, sangrei muito, chorei desesperada ao ver aquele mini bebê que eu havia matado (tinham me falado que sairia uma bolinha). Puxei o cordão e tirei a placenta (eu não tinha nem ideia do que aconteceria - nem sabia que placenta existia). Obviamente não fui a nenhum hospital e nem fiz curetagem. Tive muita sorte por não ter morrido, e o pior que o fop do pai do meu namorado sabia desse risco (ele era da área de saúde), mas não estava nem um pouco preocupado com o que aconteceria comigo - só queria resolver seu "problema", que era o filho ser pai adolescente.
E hoje eu não posso engravidar (não sei se tem relação com o aborto, mas creio que sim).

Nao culpo e nem tenho raiva dos meus pais, pois sei que eles faziam o que achavam que era certo e melhor pra mim. Mas as coisas poderiam ter sido muito diferentes, se ao invés de se posicionarem como guardiões do meu hímen, eles tivessem me dado a abertura para conversar com eles, e para tomar minhas próprias decisões sobre meu corpo. Primeiro, se eu conversasse sobre sexo com eles, provavelmente perceberia como meu namorado estava sendo escroto insistindo e usando de chantagem para que eu transasse com ele. Talvez eu nem tivesse transado com ele, ou tivesse até mesmo terminado o namoro. Mas se eu decidisse transar mesmo assim (mais tarde ou mesmo naquela época), certamente teria usado métodos anticoncepcionais, e a gravidez nunca teria acontecido. Se mesmo assim eu tivesse ficado grávida, não teria esse medo todo dos meus pais, poderia ter conversado com eles, e feito um aborto mais seguro, ou mesmo poderia ter tido o bebê.

Tive muita sorte de não morrer, mas mesmo assim isso tudo foi traumático pra mim, e ainda hoje me sinto mal quando lembro de tudo isso.
Portanto, aos pais que realmente querem o bem de suas filhas: Conversem com elas. Sejam amigos, e orientem como iniciar uma vida sexual saudável, dando noções de consentimento, escolha, saúde e cuidados, ao invés de serem carrascos querendo limitar sua natureza. Sexualidade é normal, e é normal adolescentes sentirem desejos, medos, dúvidas. Não há nada de pecaminoso ou feio nisso, como essa sociedade patriarcal ridícula tenta fazer parecer. Quando os pais se recusam a conversar sobre o assunto e criam uma barreira entre eles e suas filhas, aí sim elas se tornam susceptíveis a viver situações traumáticas e perigosas.

Viviane disse...

Não sei se você permitiria, mas seu comentário merecia virar guest post. Taí uma história que precisa ser divulgada.

Anônimo disse...

Tu quando criança parecia um gremlin...

Anônimo disse...

E dava para tirar foto colorida quando tu era criança? Aliás, qualquer foto? Então por quê nunca vi uma foto real de um dinossauro?

Kasturba disse...

Viviane, com certeza. Se a Lola achar conveniente, pode fazer um post sim.
Eu vejo como esse falso moralismo prejudicou minha vida e a relação com meus pais, quando adolescente, e fico pensando em como eles ficariam arrasados se algo mais grave tivesse acontecido comigo. Até hoje eles não sabem sobre a gravidez e o aborto (eles ficariam muito tristes e decepcionados comigo e talvez com eles mesmos se soubessem, mesmo depois de tantos anos), mas acho que se pudessem escolher voltar atrás e terem feito as coisas de maneira diferente, teriam feito (sei disso porque eles são bons pais, e sei que sempre só desejaram o melhor pra mim). Se essa historia ajudar algum pai hoje a repensar seus atos e não repetir os erros dos meus, já seria muito válido e me deixaria muito feliz.

Anônimo disse...

15:58 e 16:31
Nossa, sério?? Se você tiver mais que 8 anos de idade, esse comentário foi ridículo. Se tiver até 8, foi até engraçado, mas ninguém nunca te ensinou a respeitar os adultos?

Anônimo disse...

Germain tem olhos imensos

João Paulo Ferreira de Assis disse...

Ridículo foi o seu comentário, anônimo das 19 e 35. O relato da Kasturba nada tem de desrespeitoso. Ninguém faz aborto aos oito anos de idade. A Kasturba contou a história da vida dela, e no final do comentário deu um conselho aos pais, muito bom por sinal: dialoguem com suas filhas, conversem sobre sexo com elas, mostrem que o sexo sem prevenção resulta em gravidez precoce, e cancelamento de planos para estudar, por exemplo, pois a maternidade obriga à mãe a dispensar cuidados ao bebê, o que pode retardar o início da vida profissional. Orientem, para que suas filhas não tenham que escolher entre o aborto e a maternidade precoce.

Anônimo disse...

Regras para quem não tem filhos:

1. Os pais fazem as regras
2. Não falem do que vocês não sabem
3. Vide regras 1 e 2

Anônimo disse...

Ao pessoalzinho que está falando "não falem do que não sabem" e outras drogas do tipo...

ALGUNS de nós podem não ter filhos (ainda, não sei) - mas acreditem em mim, TODOS nós somos filhos de nossos pais !

Podemos muito bem apontar os erros que nossos pais cometeram em nossa criação e não cometê-los na criação dos nossos (ou recomendar aos outros que não cometam tais erros) !

Pois alguns limites dos nossos pais, por mais puras que fossem suas intenções, provocaram certas sequelas em nós. Sei que não era o objetivo, que buscavam apenas nos proteger, mas... Não deu certo a tentativa de proteção. Porque não avisar os outros de tais erros ? Vergonha de assumir ?

Sei que vocês acham que regras são boas e devem ser seguidas pelos seus filhos - MAS ALGUMAS REGRAS SÃO EXTREMAMENTE PREJUDICIAIS ! E é esta a questão que estamos abordando aqui. Não estamos proibindo vocês de ter regras para os filhos de vocês. É natural dos pais estabelecerem alguns limite pros filhos.

Mas vocês adotariam qualquer regra - independentemente das consequências que isso possam causar aos filhos de vocês ? Então, lamento informar, mas quem não são bons pais são vocês.

Anônimo disse...

Joao Paulo Ferreira de Assis: Eu chamei de ridículo os comentários dos anônimos das 15:58 e 16:31, com piadinhas ridículas sobre a Lola...

Anônimo disse...

Ok. Mas é "ainda bem", "que","porque"," em um". E depois de ponto, a primeira letra é maiúscula, vamos ser feministas mas sem perder o português correto ok?

Anônimo disse...

Concordo, e sou totalmente feminista por sinal. Um dos maiores erros do brasil é que os pais estão cada vez menos tendo coragem de dizer não aos seus filhos. Isso gera adolescentes mimados e irresponsáveis que podem causar delitos no futuro. Sinceramente, fico bem envergonhada com certos posicionamentos de algumas das presentes, mas acho que é mais uma influência da esquerda do que uma característica do feminismo em si (Em outros países os pais são responsáveis pelos filhos e estes possuem liberdade se forem responsáveis suficientes para merecê-las, até para feministas.)

Anônimo disse...

Os adolescentes em geral (tanto meninas quanto meninos) precisam seguir as regras e conselhos dos pais, mas também podem ter a sua liberdade caso mereçam, e isso delende do comportamento de cada um. Ex: É muito melhor deixar seu filho sair com os amigos quando o histórico dele é ser responsável, escolher de livre e espontânea vontade ficar longe de drogas e bebidas, se os amigos são igualmente responsáveis (seres humanos andam com seus iguais) do que o contrário.
Obs: Sou feminista desde o início do blog da lola em 2008, e infelizmente vejo que cada vez mais nossos jovens brasileiros estão mais irresponsáveis e frustados, porque a falta de rumo causa frustração. O feminismo não pode ficar a mercê disso.

Anônimo disse...

Tenho um casal de filhos, um tem o temperamento bem difícil e um histórico grande de mentiras, inclusive está na terapia há dois anos e o outro é mais calmo, organizado e nunca me deu problema. Simplesmente não posso tratar a ambos da mesma forma e nem dar os mesmos privilégios. Então se você tem uma filha cabeça boa, que você sabe que pode confiar, com amizades dentro do aceitável, com uma personalidade melhor, dá pra deixar mais livre sim. Se é uma pessoa muito avoada ou imatura, rebelde, com amizades suspeitas, enganadora, aí tem que meter regra mesmo senão com 14 anos aparece o netinho pra você cuidar. Os pais fazem as regras porque eles que conhecem os filhos como filhos, dentro de casa. Quem é pai ou mãe entende isso na maior perfeição. A lei nos obriga uma série de responsabilidades e não podemos ser culpados por fazer exatamente o que é esperado da gente pela justiça e pela sociedade. Então isso de "minha filha faz as regras", olha, depende muito da filha viu.

Anônimo disse...

Ser um pai feminista que larga a filha a deus dará, podendo se enfiar em todo tipo de situação abusiva, não é feminista e sim ser um pai de merda que não tá fazendo o trabalho dele.

titia disse...

A discussão não evolui, né? Toda hora "Mimimi responsabilidade", "mimimi precisa de regra pra minha filha", "mimimi se eu não fizer regra minha filha vira uma vadia". E sabe o que é pior? Olhar pra esses comentários imbecis e saber que, por trás, tem algum machista doente que deixa o filho fazer tudo que quer enquanto só não bota um cinto de castidade na filha porque é ilegal. Sim, porque todo esse papinho besta de responsabilidade, bom comportamento, confiável, cabeça boa se resume a 'quero garantir que minha filha não trepe'. Apenas isso. Tentam disfarçar, mas é só ler: tudo se resume a garantir que a filha não terá qualquer experiência sexual. Dá nojo.

Anônimo disse...

"não agir no sentido de controlar/manipular ela, o que invariavelmente envolve objetificar/sexualizar/fetichizar a própria filha; é apenas não ser um pedófilo incestuoso nojento, repugnante -- como a maioria dos pais são."

Sinto muito por você ter tido um pai assim e ter criado uma imagem tão distorcida do que é ser pai...

Anônimo disse...

Por que é tão difícil entender que a camiseta não se trata de não ter regras com os filhos?? Tá meio difícil interpretar as coisas por aqui...

A camiseta não diz que não há regras na casa dele. A camiseta não diz que ele não diz NÃO à filha. A camiseta não diz que a filha faz o que bem entende.

A camiseta é uma crítica àqueles homens que quando viram pais de meninas começam com o papinho ridículo: "pra namorar a minha filha tem que ser assim, assim e assado..." QUEM ESCOLHE QUEM VAI NAMORAR É A MENINA! Simples assim. Foi só isso que a camiseta quis dizer.

Isso é coisa de pai que garante a educação que deu à filha, que sabe que a educou para não se deixar levar por qualquer homem que venha com meia dúzia de palavras melosas. Porque sabe que ela é capaz de fazer as próprias regras em relação ao namora de maneira íntegra.

Ass: pai de uma menina linda, inteligente, estudiosa, trabalhadora, recém cursando um doutorado, recém casada com um homem também íntegro, trabalhador, inteligente e carinhoso com ela. Que ela mesma escolheu sem que eu me achasse no direito de dar pitaco.