sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

OS FILMES QUE MAIS GOSTEI DO OSCAR

Estatuetas recebem últimos retoques para a cerimônia de domingo

Finalmente fiz as apostas nos dois bolões do Oscar, ontem à noite, sem nenhuma confiança, muita coisa na base do chute mesmo. Você já fez?
E finalmente acabei de ver todos os oito indicados a melhor filme. Eu os colocaria assim, na ordem do filme que mais gostei pro que menos gostei:
1 - Birdman
2 - Selma
3 - Sniper Americano
4 - Boyhood
5 - A Teoria de Tudo
6 - Whiplash
7 - Grande Hotel Budapeste
8 - Jogo da Imitação

Não creio que nenhum seja um grande filme, e nenhum é ruim. Mas certamente o que me interessou menos (eu até dei uma cochiladinha) foi Jogo da Imitação
Boyhood é bonito e sensível, mas também é longo, e chega uma hora que cansa. 
Repare que, tirando A Teoria de Tudo, em que a ex-esposa de Stephen Hawking, Jane Wilde, é (quase?) tão protagonista quanto ele, todos os outros têm uma perspectiva quase que unicamente masculina (o último filme vencedor do Oscar que teve uma protagonista mulher foi Menina de Ouro, de 2005, pra você ter uma ideia).
Retiro o que havia pensado e dito de Hotel Budapeste. Não é pretensioso, é até fofinho. Deve ser a produção do Wes Anderson que mais gostei até hoje. Só não vou me lembrar dele na semana que vem.
Vcs estão demorando pra votar na gente no bolão do Oscar, hein?
Você deve estar estranhando eu ter colocado Sniper ali, em terceiro. 
Eu nem teria visto o filme se ele não estivesse no Oscar. Não sou grande fã de filmes de guerra, e menos ainda sobre a Guerra do Iraque. É óbvio que Sniper, dirigido pelo reaça Clint Eastwood, iria glorificar a capacidade bélica dos EUA. Porém, o filme realmente é bom. e me deixou apreensiva e ansiosa durante toda a duração. E, pior, torcendo pelo atirador. Vê se eu tenho qualquer simpatia por atiradores!
É aquele negócio: gostei pacas do filme, não gostei da mensagem (que, se você se esforçar muito pode ser interpretada como anti-guerra, porque trata de distúrbios mentais causados pelas guerras; só que infelizmente o final do filme depõe contra essa interpretação). 
Posso dizer o mesmo de Whiplash. O filme é super envolvente e animado, com uma atuação esplêndida do J. K. Simmons, favorito ao Oscar de melhor coadjuvante. Mas a mensagem é aquela babaquice capitalista que diz que bullying é bom pra construir caráter, sabe? 
A mensagem é que um professor detestável, que fará assédio moral contigo, que até te estapeará em público, é a melhor coisa que pode acontecer a um aluno. Eu discordo totalmente disso. Isso de que competição é mais importante que cooperação, que individualismo é superior à coletividade, é algo muito americano. E não me convence, ainda mais quando estamos falando de uma orquestra, pô!
Vc não vai participar do Bolão, motherf*cker?!
Mas voltando a Sniper. Ele vem explodindo na bilheteria (pesquisas mostram que nacionalistas do Tea Party que nunca vão ao cinema estão marcando presença nas sessões, como fizeram com A Paixão de Cristo), e é o filme mais rentável de todos que o velhinho incansável Clint (já com 84 anos) dirigiu. 
Ele canoniza Chris Kyle, um atirador que, na vida real, nas mesas de bar, onde bebia pra caramba, contava aos amigos que havia atirado e matado dois caras que tentaram roubar seu caminhão (sem ser indiciado pela polícia), que havia dado uma surra no ex-governador de Minneapolis, ex-lutador e ex-veterano, porque ele criticou a Guerra do Iraque (ele está processando e já provou que o que Chris disse pra aumentar as vendas do seu livro nunca aconteceu), e o pior: que ele e outro atirador estiveram em Nova Orleans logo após o furacão Katrina, ficaram em cima de um estádio, e lá atiraram e mataram cerca de trinta "depredadores", que não estavam respeitando a propriedade privada no meio da maior catástrofe da história da cidade. 
O bebê mais fake a já aparecer numa grande produção
É provável que nada disso tenha ocorrido, mas Chris ter contado vantagem com situações tão sérias demonstram que ele não era o carinha humilde e bacana que o filme aponta.
Pra piorar ainda mais, decidiram lançar Sniper no mesmo fim de semana em que se comemora o dia de Martin Luther King, ícone na luta contra o racismo e a segregação nos EUA, e morto em 1968 por um... sniper. Pega mal, vai! 
Selma conta um fato histórico, uma caminhada que vai dessa cidade no Alabama, até Montgomery, para pressionar os políticos para que os negros tivessem direito a voto (uma excelente cena inicial com a Oprah Winfrey mostra como eram tratados os negros que queriam se registrar para votar, isso um século depois da Guerra Civil e do fim da escravidão!).
Selma é de revoltar qualquer pessoa que defende direitos humanos e igualdade. E, apesar do filme tratar de um fato real ocorrido cinquenta anos atrás, o racismo ainda está longe de acabar. Muitos negros americanos afirmam que "Ferguson é a nova Selma". Quem fez a canção "Glory", indicada ao Oscar, fez esta conexão. 
E o elenco de Selma compareceu à premiere do filme em NY usando camisetas de "Não consigo respirar", em protesto à morte de Eric Garner, um negro assassinado pela polícia (aliás, a primeira música do Pussy Riot em inglês também é sobre isso). 
Aí fui ver a discussão sobre Selma no IMDB e fiquei atordoada. Tá cheio de racista lá difamando a vida do Martin Luther King, como se a missão na Terra desses reaças fosse acabar com um legado. Fazia tempo que eu não lia atrocidades tão racistas (e ignorantes), como um cara jurando que a segregação racial nas escolas se deu por conta da higiene (negros não cheiram bem, segundo ele). E dezenas de debates sobre quem seria o maior herói americano, o vencedor do prêmio Nobel da Paz Martin Luther King ou o atirador Chris Kyle. 
E fazia tempo que eu não via dois filmes polarizarem tanto as opiniões. Selma é adorado pelos progressistas e odiado pelos conservadores, e Sniper é adorado pelos conservadores e odiado pelos progressistas. A resposta a "Quem merece mais honras, King ou Kyle?" (ou mesmo a formulação de uma pergunta tão absurda) já diz muito sobre quem é quem.
Hmm, este filme ou aquele outro do superherói?
Pessoas queridas, pra participar do bolão do Oscar, só até às 23:59 h de hoje (horário de Brasília). Por favor, participem! Pro bolão grátis é fácil e rápido, basta colocar seus chutes  aqui, mais nada. Deve levar uns 3 minutinhos, se tanto. 
Não deixe de participar!
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47 comentários:

Belle disse...

Oi Lola até gostaria de participar... Mas ando com uma preguiça desses filmes do Oscar, toda essa coisa de misoginia, racismo, etc. Sei que é a indústria cinematográfica e sociedade em geral, mas a cerimônia é particularmente elitista. E depois fica aquele povo ainda criticando os vestidos das atrizes ARRRRRGHHH... rsrs

Então não assisti nenhum dos que estão concorrendo a melhor filme, na realidade o único que vi e está em alguma categoria foi o abutre, você viu? Eu gostei bastante. Hoje vou ver se assisto Relatos Selvagens, recomendam? Acho que concorre a filme estrangeiro.

Karina disse...

Eu gostei demais de Jogo da Imitação. É uma história real e muito necessária de ser contada. O filme não entre em detalhes na vida de Alan Turing, mas ele morreu em consequência da castração química imposta a ele como pena pelo crime de "indecência". A homossexualidade era crime na Inglaterra até início dos anos 60. O filme também mostra como o machismo imperava e podava avanços afastando mulheres das ciências matemáticas. A contribuição que Joan Clarke - muito bem representada por Keira Knightley - deixou para o a ciência e para a decodificação do Enigma é imensa. Ela fez parte daquele equipe que conseguiu encurtar a guerra em dois anos, que salvou milhões de pessoas e que criou a base para toda a ciência computacional que usamos hoje. Sem eles, e sobretudo sem Turing, não estaríamos agora lendo o blog da Lola, nem os computadores seriam utilizados em tantas áreas humanas úteis e necessárias. A atuação de Benedict Cumberbatch é impressionante, o extraordinária. O filme é muito bem feito. Claro que cada um tem sua opinião, passei apenas para deixar a minha.

Anônimo disse...

Karina, eu concordo contigo 100%. Para mim, o jogo da imitação no filme não se limita à alusão ao trabalho em que Turing propõe a forma de distinguir máquinas de seres humanos, mas, ainda: quão tênue não era a linha entre nazistas e aliados!!! Aliados que avançavam os mesmos discursos de exclusão e ódio... Capazes de permitir um tratamento tão vil a um homem que voluntariamente serviu a pátria de forma tão crucial porque ele era "indecoroso".

Também gosto da forma como Clarke é retratada no filme, como são expostas as limitações ao seu desenvolvimento (tem que trabalhar com mulheres, tem que casar, é tratada como mentirosa quando diz que recebeu convocação para a seleção da equipe de matemáticos porque uma mulher não seria capaz de solucionar um problema complexo).

Vivo em um universo onde meus colegas de trabalho acham a pior ofensa do mundo insinuações de homossexualidade (aquelas idiotas do tipo coca zero é gay), são a favor de uma nova ditadura (não entendo), de chacinas em prisões para que não se gaste dinheiro de imposto com ladrão e vagabundo... E costumo ser a única mulher em reuniões com 10, 15 pessoas. Quando sou assertiva em relação a insatisfação com o resultado de algo, seja com homem ou mulher, é um drama, como se eu tivesse ofendido um idoso gravemente doente e ferido de forma gratuita. Nem precisa dizer a repercussão de bronca dada por homem: nenhuma. Por essa ser a minha realidade, acho que esse filme é sobre muito mais do que ganhar uma guerra com matemática: é sobre gênero e o valor do seu trabalho.

Kittsu disse...

sempre caguei pro oscar...

Anônimo disse...

Não foi Natalie Portman a última protagonista a receber um oscar?

Anônimo disse...

Lola:

Você com toda a sua cultura e sensibilidade feminina não conseguiu captar que o Clint fez um filme totalmente anti-guerra usando justamente a guerra? Você não percebeu a sutileza da mensagem? O Sniper é mostrado em todo o filme como um doente mental vivendo em uma realidade paralela a todo tempo. A sua mulher é mostrada em todo filme sempre com essa consciência.

Você acha que o diretor de Pontes de Madison e Bird, só pra citar dois, seria insensível ao ponto de ser uma reacionário beligerante, apesar de republicano?

Você tem coragem de chamar o homem que dirigiu Cartas de Iwo Jima de reaça? Um reaça, tipo John Wayne, daria palavras aos Japoneses?

O livro é tudo o que você diz, inclusive mentiroso, mas o Clint corrigiu isso no filme na medida do possível, sem perder o fio da história.

Me perdoe, sei que no seu blog você da a sua opinião a vontade, mas que não combina com uma pessoa de esquerda e feminista com você, chamar o diretor e ator de As Pontes de Madison de reaça, não combina.

PS. O filme é razoável e realmente não merece ser indicado ao Oscar, mas fazer o que?

Anônimo disse...

O reverendo King era extremamente conservador no que se refere a valores morais e cristãos, inclusive ele detestava Malcon X, a quem considerava um delinquente, que mais atrapalhava do que ajudava a nobre causa civil dos negros estadunidenses.
Quanto a kyle, pergunte a qualquer soldado, que ele lhe salvou a vida, o que ele pensa sobre o mais letal atirador da historia da US Army

Karina disse...

A última protagonista a receber um Oscar foi Cate Blanchett por Blue Jasmine, no ano passado. Aliás, um filme muito feminino e um Oscar muito merecido.

Anônimo disse...

Birdman e fantástico, representa o ultimo suspiro de liberdade que um homem dá, nesta porcaria de sociedade.

lola aronovich disse...

Gente, acho que me expressei mal. As atrizes indicadas na categoria melhor atriz principal (não coadjuvante) geralmente são protagonistas dos seus filmes (não sempre, por exemplo, em Um Estranho no Ninho, a Louise Fletcher é praticamente uma coadjuvante, apesar de ser a única atriz com mais falas). Então, né, claro que Natalie Portman era a protagonista de Cisne Negro, e Cate Blanchett de Blue Jasmine. Mas esses dois filmes não ganharam o Oscar de melhor filme, entendem? O último filme que teve uma mulher como protagonista a ganhar Melhor Filme (o prêmio principal) foi Menina de Ouro (e ela dividia o protagonismo com Clint Eastwood, eu acho). De todos os 8 filmes que concorrem a melhor filme em 2015, apenas A Teoria de Tudo tem uma mulher como protagonista (dividindo o protagonismo com um homem). Os outros 7 só tem mulheres como coadjuvantes.
Como posso colocar isso no texto pra ficar mais claro?

Raven Deschain disse...

Verei somente os vestidos depois da cerimônia. Nisso tudo ainda não vi Birdman nem Selma. Em compensação assisti Onde os Fracos não tem vez. Finalmente. Haha

Quem sabe os que concorrem esse ano eu veja daqui a uns 5?

Raul disse...

Hj ainda faço a minha listinha pro bolão.

Anônimo disse...

OFF TOPIC

Amigas queridas desse blog, acho que estou meio atrasada, mas vcs já ouviram falar de sílvia pilz? Aí seguem dois trechos e links para textos facistas, nojentos, horríveis. Como pode isso ser veiculado no O Globo, não seria crime? To chocada, quem puder, pfvr comente....


Trecho extraído de "Preto no branco"
http://www.silviapilz.com.br/2015/02/preto-no-branco/

"Eu quero voltar pro mundo onde negros eram chamados de negros, já que chamá-los de afrodescendentes não mudou em nada o preconceito que eles sofrem, sofreram ou sofrerão. Todo mundo quer ser branco e ter olhos claros. Negras alisam cabelos, pais e mães, quando resolvem adotar bebês, vão pro Sul do país. Se bem que os mini-afrodescentes estão em alta. Simbolizam o “eu não tenho preconceito”, porque o que acontece em Hollywood, depois de um tempinho, acontece aqui. Parece uma espécie de campanha na qual quem adotar o mais feio garante seu lugar no céu".


Trecho extraído de "O plano cobre"

http://www.silviapilz.com.br/2015/02/o-plano-cobre/

"Outro dia assisti a um programa da Globo, chamado Bem-Estar. Interessantíssimo. Parece um programa infantil. A apresentadora cola coisas em um painel, separando o que faz bem e o que faz mal dependendo do caso que esteja sendo discutido. O caso normalmente é a dúvida de algum pobre. Coisas do tipo “tenho cisto no ovário e quero saber se posso engravidar”. Porque a grande preocupação do pobre é procriar."

Anônimo disse...

Oi, Lola,
você mencionou que o Clint é reaça…onde posso linkar para ler sobre.
Bj grande.

Anônimo disse...

Um jornalista, perguntou a Chris Kyle, se ele ainda sentia alguma coisa, quando puxava o gatilho de sua arma, ele respondeu:
"Sim, o recuo da arma"

Anônimo disse...

Gostei de whiplash por causa do paradigma moral, o professor no filme é colocado sim como uma espécie de vilão, mas aquele final, de certa forma relativiza tudo o que ele fez, e eu acho isso realista.
Até pq, esforço não implica em uma conduta moral

Anônimo disse...

complexo, snipers são pessoas treinadas para atirar para matar, há uma enorme cobrança para não haver falhas e quase sempre a morte de uma pessoa irá libertar outra.

Anônimo disse...

"Quem merece mais honras, King ou Kyle?" Nossa Lola, que tristeza, nem tem o que comentar, tamanha aberração. Ragusa

Bizzys disse...

Dos que estão concorrendo a melhor filme, só assisti Birdman, Selma, Grande Hotel Budapeste e Jogo da Imitação.

Odiei Birdman, achei muito chato e confuso, não dá para ter empatia com o personagem principal nem com mais ninguém. Também fiquei sem entender o final.

O Grande Hotel Budapeste é uma gracinha, muito divertido. O Jogo da Imitação também é muito bom, e concordo com tudo o que a Karina comentou nesse post, principalmente sobre a Joan Clarke.

Agora, Selma para mim é o melhor de todos. É impossível não traçar um paralelo com os acontecimentos recentes nos EUA, e é bem triste pensar que depois de tanta luta, os negros continuam sofrendo discriminação, apanhando da polícia, sendo preteridos na sociedade como é mostrado no filme. Também é uma pena que a diretora não tenha sido indicada ao Oscar de direção.

Assim como a Lola e outras pessoas que comentaram, também sinto falta de ver mais filmes protagonizados por mulheres. Os poucos que tem são quase impossíveis de ver no cinema (poucas salas/lugares difíceis de ir, etc.).

Não participo do bolão porque não assisto à cerimônia do Oscar e nem tenho tanto conhecimento em cinema para apostar (ou chutar, hehe) mas estou curiosa para saber quem vai ganhar.

Anônimo disse...

Clint Eastwood fez um filme anti-guerra? Hahahahahahahaha

Mas não podemos negar como o diretor fez bem seu trabalho: a própria Lola admitiu como se pegou torcendo pelo sniper. Li outros críticos dizendo o mesmo. Mas a gente pode analisar friamente e perceber como o diretor conseguiu isso: a queda do World Trade Center, e nosso herói, mudo e chocado, decide se sacrificar indo à guerra (no Iraque. Vamos ignorar que a retaliação a esse atentado foi contra o Afeganistão, mas tanto faz, o importante é usar as cenas das torres caindo - provavelmente uma das imagens mais fortes do nosso século). Nosso herói se sente aliviado quando não precisa atirar numa criança inocente. Ele é perseguido por um vilão maquiavélico, do qual só conhecemos o nome. O ator é carismático e querido. Ao final, ele vira uma lenda.

Não gostei do filme porque não gosto muito de filmes de guerra, mas realmente as cenas de combate são muito tensas é bem produzidas. Tirando isso, é um filme raso e cheio de clichês (não só cliches comuns a filmes de guerra, mas a romances e dramas também).

Anônimo disse...

O que eu não entendo é não gostar de Whiplah por causa da mensagem e gostar de Sniper Americano apesar da mensagem. Ignorando o texto das duas obras, como filme Whiplash é muito superior, enquanto Sniper é um amontoado de cliches.

lola aronovich disse...

Mas anon das 14:26, onde que eu disse que não gostei de Whiplash? Eu gostei sim, apesar da menagem, só que gostei mais de American Sniper, apesar da mensagem.


E sobre American Sniper ser anti-guerra, acho que tem que forçar bastante a interpretação pra aceitar isso. Tudo bem, mostra os efeitos terríveis da guerra (como o filme é uma patriotada americana, não tá nem aí em mostrar os efeitos terríveis da guerra no país que foi invadido, o Iraque, e sim nos veteranos americanos, que não conseguem se readaptar). Eu li que 22 veteranos de guerra dos EUA se suicidam POR DIA! É um número extraordinário. Só que, pra mim, Sniper faz Chris Kyle ser tão bonzinho que nem o Post Traumatic Stress Disorder dele parece ser tão horrível. Acho que o filme seria mais anti-guerra se de fato mostrasse o final. (SPOILERS SPOILERS SPOILERS) Eu nunca tinha ouvido falar no cara, então não sabia que ele tinha sido assassinado por um outro veterano. Se tivessem mostrado isso, em vez de só colocar uma legendinha e terminar com as pessoas ovacionando o herói morto, teria sido um bom exemplo do que a guerra faz (soldados matarem soldados do mesmo país). Pelo que li, chegaram a filmar a cena (o cara ainda por cima atirou em Chris pelas costas), só que a viúva de Chris pediu para que não incluíssem a cena, pois os filhos deles iriam ver o filme e lembrariam do pai sendo morto e tal.

Kittsu disse...

22 caras se matam por dia por terem participado de uma guerra? caraca. Eu imaginava que os coitados já voltavam bem estragadinhos, mas não imaginava que a quantidade de suicidios era tão alarmante.
Guerra por só só já é um absurdo altamente glamourizado e tido como "coisa de macho" justamente para persuadir jovens influenciáveis a demonstrar virilidade apoiando ou participando de guerras. É algo que é praticamente feito para maltratar homens, mas a lavagem cerebral os faz abraçar a guerra como parte até da própria identidade.
Que merda, isso, viu. Não passa de um joguinho usando a vida de milhares de pessoas, no qual soldados acreditam que estão lutando pelo interesse da pátria mas na verdade estão lutando pelo interesse de particulares que vão se beneficiar enquanto estão lá dirigindo seus carrões, nadando nas bahamas, comendo do bom e do melhor. É foda...

Thomas disse...

Não acredito que logo você gostou do American Sniper. Um filme pintado de vermelho, azul e branco do começo até o final, que glorifica um assassino e ainda por cima tentar tratá-lo como um herói, sendo que na vida real todos sabem que ele foi um escroto, racista e mentiroso. E ainda gostou mais que Whiplash?????

Lola, me devolva sua carteirinha de esquerdista e de cinéfila depois dessa. Não tô acreditando no que li. Se você fez esse post só pra me trollar, você me pegou. Parabéns.

Anônimo disse...

American Sniper é um filme testosterona que cativa pela virilidade dos machos deliciosos que tem no filme. Filme de guerra gostoso são os filmes com homens seminus se arrebentando, transbordando virilidade. Hoje em dia a prevalência dos valores femininos nas casas, nas escolas e nos governos está apagando a masculinidade e virilidade masculina do mapa e deixando os homens perdidos. Hoje o que mais vejo nas baladas são esses homens sonsos, sem tempero que tentam ser bonzinhos e delicados o tempo todo e ficam pagando uma de engajado e descolado. Eu fico chocada diante esses homens heterossexuais que não exprimem a sua sexualidade, totalmente reprimidos pela pressão social, politicamente correto e metrossexualidade. Várias vezes fiquei sem ação diante de homens interessantes por não conseguir definir a opção sexual daquele ser vivo. Isso é o que me atrai em filmes de guerra. Homens se comportando como homens, zero metrossexualidade, 100% testosterona. E diga-se de passagem que esses atores cada vez mais usam e abusam de anabolizantes e dietas especiais que os deixa musculosos e deliciosos.

Anônimo disse...

Concordo com o que foi falado(18:19) por um lado, o feminismo trouxe direitos iguais e liberdade sexual para as mulheres(ok, pra ser honesta, a pilula, camisinha, etc; ajudou muito). Mas o maior problema do feminismo em minha opinião, é emascular os homens. Não que isto seja um problema do feminismo como um todo só de parte do movimento. Na Russia, os homens continuam tendo virilidade a medida que as mulheres conquistaram seus direitos. Olhe o presidente deles, o Vladimir Putin, mesmo tendo 60 anos, tem uma barriga de tanquinho maravilhosa.
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Do que adianta ter liberdade sexual e não ter homens altos, fortes e lindos, pra me satisfazer? Os homens estão ficando uns frangotes.

Anônimo disse...

"Pra piorar ainda mais, decidiram lançar Sniper no mesmo fim de semana em que se comemora o dia de Martin Luther King, ícone na luta contra o racismo e a segregação nos EUA, e morto em 1968 por um... sniper. Pega mal, vai!"

Uau. Quanta besteira.

Thomas disse...

"Olhe o presidente deles, o Vladimir Putin, mesmo tendo 60 anos, tem uma barriga de tanquinho maravilhosa."

Não viaja, o cara é gordo. Se um dia você visse minha barriga, que é um tanquinho de verdade, seu mundo ia virar do avesso. Mas fica de boa aí que me recuso a mostrar meus dotes físicos pra pessoas que acham que um idoso tetudo é sarado, você não me merece.

Anônimo disse...

Meus direitos, como de todas as mulheres, são mais importantes do que essa desculpinha troxa de virilidade ai. homem que não é "emasculado" hoje tambem não era emasculado ontem, ficam apenas inventando desculpas para não aceitar sua propria impotencia.

Anônimo disse...

Haha, isso foi engraçado.

Kittsu disse...

"Não viaja, o cara é gordo. Se um dia você visse minha barriga, que é um tanquinho de verdade, seu mundo ia virar do avesso. Mas fica de boa aí que me recuso a mostrar meus dotes físicos pra pessoas que acham que um idoso tetudo é sarado, você não me merece."

HAHAHAHAHAHA orra meu, até eu fiquei com vontade de ver essas parada aí.

Anônimo disse...

Diva


Lola, caros(as) leitores(as) deste importante blog.
Infelizmente NÃO irei opinar sobre este assunto que tanto gosto que é Cinema porque uma notícia me deixou chocada e revoltada!!
Eu sou contra aborto, mas também sou totalmente contra a criminalização deste.
Uma garota foi para o hospital porque sofria hemorragia de aborto praticado de forma precária e o médico que a atendeu foi...CHAMAR A POLÍCIA!!!
Como um dito "médico" atende um SER HUMANO e QUEBRA o sigilo médico OBRIGATÓRIO pra subjugar uma MULHER?!!!
Será que um INFELIZ desse não tem irmã, mulher, filha, conhecidas, etc?!
Ele ser contra o aborto é um direito, mas, a paciente tem o direito maior ainda de ser socorrida sem ter que passar outro trauma que é ser presa quando foi buscar ajuda médica!!
Que este imbecil deixasse suas crenças fora do hospital e atendesse ali um SER HUMANO!!
Sem mais palavras...


http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/02/1592839-medico-chama-policia-apos-atender-jovem-que-fez-aborto-na-grande-sp.shtml

Anônimo disse...

O problema é que agir como um homem normalmente significa agir como um babaca idiotizado. A impressão que dá é que os homens sempre estiveram perdidos. A masculinidade é frágil demais. Se formos coerentes temos que reconhecer que o sexo frágil sempre foi o masculino.

Anônimo disse...

Thomas, só uma pergunta. Se você é tão lindo, por que uma foto de gato? Não é um insulto nem nada, só uma pergunta. Quanto ao que eu falei do Putin, para um sujeito de 60 anos, ele ta ótimo, mas é meio baixinho pros meus padrões.
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Quanto a de 21 de fevereiro de 2015 20:13, ninguém quer retirar seus direitos. O feminismo é algo que não tem uma única voz. Por exemplo, alguns movimentos aceitam homens, por achar que isto pode desconstruir o machismo na sociedade e outros não por achar que possa ser uma ameaça ao protagonismo. Outras defendem a prostituição como liberdade da mulher e outras acham que é objetificação.
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Quanto a das 21 de fevereiro de 2015 21:22, existem estudos demonstrando que as taxas de testosterona nos homens estão cada vez menores. Eu também não quero um ogro selvagem, agora, um "ogro domesticado", por que não?

Thomas disse...

Eu não sou lindo, apenas sarado. Apesar que já falaram que sou bonito diversas vezes. Pra falar a verdade, às vezes eu me olho no espelho e me acho foda, bem bonito mesmo. Outras vezes me acho feio. Essa semana eu tô num meio termo, mas no geral tô achando a minha barba bem bonita, deixei crescer bastante e raspei a cabeça, acho um visual legal.

Eu uso foto de gato porque eu tenho motivos sérios pra continuar anônimo aqui. Eu estudo Letras na USP, que é o maior antro de esquerdismo e feminismo da américa latina. Apesar de eu apoiar o feminismo e concordar em várias coisas com a Lola, o pessoal lá da FFLCH é um tanto sensível ao ler qualquer coisa que possa ser contra às ideias deles. Então se alguma conhecida minha ver a minha face ligada a um post mal humorado meu aqui já viu né, nunca mais vão me oferecer um baseado lá, ou me convidar pra festinhas ou me passar a matérias dos dias que faltei.

Anônimo disse...

Meus cachorros são domesticados e eu cuido e gosto muito bem deles...

Anônimo disse...

Tem um biologo que afirma que para se ter uma sociedade mais pacífica é preciso que os homens percam um pouco da testosterona mesmo, assim não ficam tão descontrolafos por causa desse hormonio.

Anônimo disse...

Morri de rir desses dois caras comentando como se fossem mulheres e falando de ~homens gostosos~ nos filmes de guerra. Vocês não estão enganando ninguém, viu?

Sphynx disse...

Tenho que admitir um espanto em ver Sniper Americano tão alto, e ainda mais tão acima de Jogo da Imitação, que eu também não considero um graaande filme, mas achei o "menos pior" dos filmes-baseados-em-personalidades-reais-para-indicar-o-ator-ao-oscar lol (ou seja, todos que concorrem a melhor ator exceto Birdman). Tenho minhas dúvidas de que Sniper merecia a indicação a melhor filme, bem como que Jogo merecia a de direção.

O que me faz torcer para Whiplash na categoria melhor roteiro adaptado, e se não for ele, que seja o Jogo mesmo. Este não é dos anos mais fortes nessa categoria mesmo...

Sphynx disse...

Obs. Vou atestar que usar imagens de felinos no perfil sempre é legal lol

Anônimo disse...

Homem não entende nada de mulher mesmo! Não tem ideia de como mulher se expressa. Mas ficou engraçado. Homem fala (21 de fevereiro de 2015 18:19), homem responde (21 de fevereiro de 2015 19:00). Provavelmente, o mesmo homem.

Anônimo disse...

"Eu discordo totalmente disso. Isso de que competição é mais importante que cooperação, que individualismo é superior à coletividade, é algo muito americano."

Chega a ser trágico ler uma besteira dessas. O clima de competição presente nos EUA deu origem a: circuitos integrados, microprocessadores, internet, facebook, twitter e smartphones. Tudo que a esquerda caviar adora.

Anônimo disse...

Lola,

Estava ruim pra Blue Jasmine ganhar o Oscar naquele ano, com o recrudescimento das denúncias a Woody Allen de estupro da filha adotiva. Cate estava soberba.

Anônimo disse...

Redcarpet-fashionawards.com. Pra quem não conhece, esse blog (é bem antigo e famoso) mudou minha vida de fuçar vestido! E uma coisa que acho bacana é que tem uma abordagem diversificada, não é fofoca nem pura idolatria de brancas magras jovens, fala de moda em todos os corpos (famosos). E ainda examina homens tanto quanto mulheres.

Anônimo disse...

Outro forte motivo para não gostar de Sniper Americano: está ocupando o lugar que deveria ser de O Abutre.

Valéria Fernandes disse...

Ah, não vou participar do bolão da Lola. Não vi nada, só Interestellar... Desde o nascimento da minha filha, cinema é raridade. Enfim, mas fiz minhas apostas assim mesmo: http://bit.ly/1EFw8vD

Annie disse...


Eu consegui assistir grande parte dos filmes principais e confesso que o que eu mais odiei foi Birdman. Achei extremamente arrogante a forma que o filme 'age' na tela.
O filme que eu mais gostei foi A Teoria de Tudo.
E dormi com Hotel Budapeste ..