segunda-feira, 9 de junho de 2014

HOMENS PODEM (E DEVEM) SER FEMINISTAS

No final de abril a jovem Jarid Arraes publicou um post muito completo e embasado na Fórum, analisando o papel dos homens no feminismo. 
Ela entrevistou oito homens (alguns conhecidos meus), que se dividem entre se declarar feministas ou pró-feminismo -- em linhas gerais, os pró-feminismo não se assumem feministas para não ameaçar o protagonismo das mulheres.
Ontem saiu um artigo no New York Times, escrito por um homem, perguntando: "É possível ser um homem feminista?", com várias perspectivas, todas com um viés bem americano, como é de se esperar. 
Minha posição sobre o assunto não mudou nesses 6,5 anos de blog: sim, homens podem ser feministas. Aliás, eu quero mais é que sejam. Eu quero que todo mundo se assuma feminista, ué. Eu não segrego, eu não excluo. Mesmo que minha definição de feminismo tenha se alterado um pouquinho -- antes eu achava que era só ser "a favor de direitos iguais", hoje eu acho que é uma luta contra todas as opressões, principalmente contra a opressão do machismo --, eu sempre achei que feminismo é pra todo mundo. Esse inclusive é o título de um belo livro da magnífica bell hooks. 
Para hooks, feminismo é um movimento para acabar com o sexismo, a exploração sexista e a opressão. Desse jeito, ela nomeia o inimigo -- não é o homem, é o machismo. Ninguém deveria querer acabar com os homens. Mas todo mundo deveria querer acabar com o machismo. E, para hooks, ser revolucionárix não é só querer mais direitos dentro do sistema. É querer transformar o sistema. Concordo 100% com ela.
Pra mim, o feminismo deve ser inclusivo. Não é pra um grupinho seleto que leu as "bíblias" do feminismo (livros sagrados que variam bastante, de acordo com cada corrente). Não é um clubinho fechado. Não é apenas pra quem milita. É pra todo mundo. E como esse "todo mundo" poderia querer excluir homens?
Mas, sem dúvida, muitos homens sentem-se excluídos do feminismo. Em abril do ano passado recebi email de um leitor, um sociólogo, casado, que fora com a esposa a um evento feminista, e viu-se rejeitado porque "o discurso é sempre voltado às mulheres". Pra piorar, na saída do evento, ele ouviu uma participante dizer pra outra que seria melhor se o encontro fosse "restrito ao público feminino". Essa foi a gota d'água pro sociólogo. Ele, que sempre se dissera feminista, iria "abdicar do rótulo". A partir de então, não mais lutaria contra a opressão de mulheres. 
Na ocasião, eu respondi com um email dizendo que o feminismo é plural, que a opinião de uma pessoa não representava o movimento inteiro, que quem sabe no próximo evento haveria discussão envolvendo homens. Só que, na hora de editar o post, percebi que o moço estava transformando um movimento político num problema individual. Pareceu chantagem: vocês não me dão a devida atenção, então tô fora. O que de jeito nenhum deveria ser o comportamento de um homem, feminista ou não. Muito menos de um homem feminista. Então respondi novamente (tudo foi relatado neste post. Os comentários também são interessantes).
No começo do ano publiquei um guest post de uma moça que trabalha com programação e escreveu sobre o forte machismo na área de TI. Nos comentários apareceu um professor de TI indignado, dizendo que não era assim, que não havia machismo, e que ele sim podia falar porque trabalhava na área. Eu rebati que a autora do guest post também trabalhava na área, que aquela era a experiência dela, e que a dele não era mais importante. 
Ele me enviou um email mais revoltado ainda relatando que já tinha ido a uma palestra minha com a namorada: "Os olhos dela brilhavam ao falar de você e dos seus pensamentos. Ela citou o quanto você é ofendida e ameaçada. Mas depois que li no seu blog a minha resposta, você perdeu todos os seus pontos positivos. Nunca vi tamanho desrespeito, preconceito e ofensa a mim. Uma pessoa totalmente honesta e correta!"
Levei um mês pra parar de revirar os olhos. Daí respondi: "Vc escreveu um comentário negando que a experiência de uma leitora seja legítima e verdadeira. Não sei se vc sabe, mas esse é o comportamento padrão de trolls machistas. Não estou dizendo que vc é um troll machista, estou dizendo que vc agiu como um. Entenda: não é sobre você. Vc parece centrado demais na validação da sua pessoa, da sua experiência. Vc insiste que a sua experiência é a única que deve ser ouvida. Se vc age dessa forma -- deslegitimando experiências alheias, se revoltando com uma resposta -- mesmo depois de ter algum contato com o feminismo, bom, tudo o que posso dizer é que vc precisa de muito mais contato com o feminismo, porque vc parece não ter aprendido muita coisa. Espero que sua namorada possa ajudá-lo".
Camiseta unissex
Não sei se este é um bom exemplo, porque nem sei se esse rapaz algum dia se identificou como feminista. Mas ele namora uma feminista, falava sobre feminismo. E ainda assim, na primeira discordância com uma feminista, fez um mimimi incrível e disparou um "Vc perdeu seus pontos". Logicamente que existem mulheres que agem dessa forma, mas convenhamos: é muito mais comum entre homens. 
Meu terceiro e último caso de frustração com homens feministas: já troquei mensagens com um feminista que me disse, na cara dura, que ele era feminista para seduzir mais mulheres, porque, afinal, tudo que os homens fazem é pra conseguir sexo. Como o cara em questão sempre evita confronto e mantém um ar blasé de "tudo que eu falo é irônico pra provocar", pode ser que ele estivesse apenas brincando. Mas foi meio chocante. 
Tem o outro lado também (sempre tem). Eu posso citar uma dúzia de exemplos de homens que se assumem feministas e não decepcionam. O melhor blog de feminismo acadêmico que acompanho é escrito por três homens feministas. Mas observo de longe casos de homens que vem com toda boa vontade se unir ao feminismo e são recebidos com pedradas.
Campanha da página do FB Homens
contra o Machismo (sem relação com
a Marcha das Vadias)
Num post de um mês atrás na sua página no FB, Cynthia Semíramis, uma feminista que conheço desde que comecei o blog, e que, apesar de várias discordâncias, sempre teve a maturidade de não "romper relações", relatou uma situação bizarra. Um rapaz tirou uma foto apoiando a Marcha das Vadias de BH. Em represália, ganhou uma montagem com a frase "Vou tirar delas a única coisa que elas ainda têm: o protagonismo em seus movimentos". 
Cynthia pergunta, com razão, como uma foto de um apoiador pode tirar o protagonismo de um movimento. Sendo que o rapaz nunca se disse protagonista de nada. Sinceramente: isso é necessário? Por que tratar com agressão gratuita um aliado? 
Faz pouco tempo brincávamos de "adoro homem feminista", "homem feminista é sexy", e agora estamos pejorativamente chamando homens feministas de "feministos". O que mudou, de lá pra cá? (Minha hipótese é que correntes minoritárias do feminismo, que antes só existiam no Orkut, muitas vezes em comunidades fechadas, tornaram-se mais vocais com o Facebook.) Claro que existe um amplo debate acadêmico sobre homens no feminismo, mas não é isso que vemos na internet. Infelizmente, o que vemos aqui é feminista achar que contribui pra discussão escrevendo "iuzomismo" e "male tears".  
Homens contra o
Machismo
Em outubro do ano passado, participei do I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta, que contou com mais de duas mil mulheres feministas e socialistas. Enquanto as mulheres palestravam e debatiam, os homens (também feministas e socialistas) cuidavam da infra-estrutura, cozinhando, dirigindo, limpando, cuidando das crianças (havia uma creche, como tem que ter). Um deles me contou que os homens estavam fazendo o que as mulheres tradicionalmente costumam fazer enquanto os homens se reúnem politicamente (ainda assim, algumas feministas achavam que as mulheres deveriam tomar conta da infraestrutura do evento também. Não havia unanimidade, nunca há). 
Em toda palestra que eu vou tem homem. E em todas eles parecem ouvir atentamente, ávidos para aprender. Em muitas eles perguntam o que eu acho dos homens no feminismo. Minha resposta é sempre a mesma: eu acho ótimo. Vengan! Só não creio que homens devem ser protagonistas, assim como héteros não devem ser líderes de movimentos LGBT, e brancos não devem liderar movimentos negros (bom, no movimento negro do PSDB, cujo slogan é "a luta não é do negro, é nossa", a liderança de um dos núcleos é de uma branca loira). 
Depois das palestras, muitos homens vem me abraçar e tirar foto comigo. Sinto um carinho genuíno vindo deles. Sei que há um monte de homens que querem a minha caveira. São homens preconceituosos, de direita, atrasados no tempo. Não dou a mínima pro que eles pensam de mim ou do feminismo. Mas a grande maioria dos homens com quem tenho contato de verdade (meu marido, meus amigos, meus alunos, o pessoal que vem as minhas palestras) luta pelos mesmos ideais que eu. Nunca na minha vida cogitei não gostar dos homens.
Precisamos dos homens pra mudar o mundo. Com isso não quero dizer que devemos pedir a eles delicadamente que nos concedam alguns direitos, ou agradecer por migalhas. O que quero dizer que é impossível mudar o mundo sem mudar metade da população mundial. Já conquistamos muitas leis que na teoria nos garantem direitos iguais. Mas na prática é outra história.
Eu não quero prisão perpétua pro marido que bate na mulher, eu quero é que ele nunca bata na mulher, e, portanto, não precise de punição ou de reabilitação. Eu quero que ele entenda que o modelo de masculinidade que ele teve que engolir é falho, até porque lhe condicionou a só resolver conflitos através da violência. A maior causa dos nossos problemas  hoje é cultural, não penal. Como mudar a cultura falando apenas a uma parte das pessoas?
Pra mim, me dizer feminista me basta. Não preciso, nem quero, me enquadrar em nenhuma corrente feminista específica. Tenho discordâncias e concordâncias com todas as correntes que conheço, e até dentro de correntes específicas há bastante pluralidade. Pros homens (quase todos de direita) que odeiam o feminismo e não sabem nada sobre ele, eu sou a mais misândrica e radical das feministas, quase empatando com a segunda feminista que eles conhecem, Valerie Solanas
Já muitas feministas radicais se indignam comigo, me consideram mole demais (e um post falando que eu quero homens no feminismo certamente não as fará gostar mais de mim). 
Mas quer saber? Não estou aqui pra agradar machista ou misógino, nem pra agradar feminista segregacionista, nem pra agradar homem que se diz feminista desde que ele seja protagonista do movimento. Agora, pra todos os outros, pelo menos no que me diz respeito, só posso dizer: seja bem-vindo. Sinta-se acolhidx.
Eles também podem. Todxs podemos, juntxs

174 comentários:

Anônimo disse...

Normalmente dizem que o homem não é feminista a não ser se for gay ou escravo buceta, é o que dizem os machistas.
E eu entendo é muito difícil um homem falar o machismo também me oprime.
Eu acho que o mundo nunca vai ser feminista por conta da guerrinha dos sexos, e também pq é voltado pras mulheres, no máximo vai ser humanista e eu acho melhor cada um defendendo seus direitos e ponto final.

Anônimo disse...

É bom mesmo achar um homem que não seja sexista isso sim, mas isso aí a gente só encontra lá na europa no Brasil deve ser só 10%.

Anônimo disse...

Uma vez eu vi uma foto de um homem e uma mulher fazendo inversão de papéis, e uma frase
"HOMEM FEMINISTA"
Agora se fosse o contrário ninguém falava nada! muito pelo contrário se a mulher não transar de 4 ela é frigida mas se o homem transar assim ele é feminista, submisso.
Fico pensando até onde vai o machismo até no sexo?, se nota que tem algo de errado aí.
No mundo onde só a mulher deve ser submissa em todas as áreas fica bem monótono, o homem machista é infeliz não expressa suas vontades pensando no medo do que vão pensar dele.



Carla Aguiar

Anônimo disse...

Iuzômi?

Anônimo disse...

Não entendo mulher machista pq uma mulher ia querer defender o direito do homem oprimir ela.
Homem feminista é difícil pq não é a causa diretamente ligada a eles apesar de discutir alguns problemas enfrentado por eles.
Acho que deveria ter um espaço pro homem discutir os dilemas que eles sofrem.
Chega de opressão.

Anônimo disse...

As feministas querem mandar nos homens, querem podar eles, querem mudá-los." Não, nós queremos acabar com o machismo dos homens e queremos que você desconstrua sua masculinidade, não é possível ser aliado se você não esta disposto a desconstruir -la, não é possível ser pró feminista acreditando ser possível que "ser feminista não me faz menos homem", neste "menos homem" está contido a construção masculina patriarcal que nos agride, que nos massacra, que oprime a nós mulheres, e não, nós não queremos ao nosso lado homens que não entendem que precisam abrir mão disso.

Samantha disse...

Algumas discussões para mim não fazem o menor sentido. As duas que mais me fazem revirar os olhos: é a eterna "briga" que homens podem ser feministas ou são "apenas" aliados do feminismo; a outra é se mulher é machista ou se ela "apenas" reproduz o machismo.

Eu, como defensora de que homens podem e devem ser feministas e de que existe mulher machista, quando vou discutir sobre isso com outra pessoa sempre pergunto: qual é a diferença? Chamar um homem de feminista ou de aliado muda alguma coisa? Dizer que uma mulher é machista ou reproduz machismo tem alguma diferença? Ou é apenas uma forma de se apegar a nomenclatura risíveis ao invés de debater o que efetivamente interessa?

O que me faz revirar os olhos é que o debate normalmente descamba em brigas. Se tudo ficasse no campo das ideias, sem ressentimentos, poderia ser interessante. Como vai para a briga "você é menos feminista que eu", eu só consigo lamentar mesmo.

Um homem, sendo denominado aliado ou feminista, é positivo. Eu, pessoalmente, acho terrível você dizer que alguém não pode ser alguma coisa. Também acho que dizer que homens não podem ser feministas uma coisa meia cissexista. E os homens trans? Como ficam na equação? Não ficam? Não existem? Hum, sei.

Eu quero homens no feminismo. Eu quero que homens não tenham medo de se dizerem feministas. Afinal, os homens também precisam do feminismo, caramba. Todo mundo precisa. E quanto mais gente se assumir feminista, melhor.

Anônimo disse...

Homens brancos cis hétero defendidos no movimento feminista, e puro heteronormativismo, e uma agressão aos oprimidos por eles como agentes do machismo que são, e uma perpetuação do status quo.
Afirmar que quem oprime as mulheres e o machismo e não os homens, e o mesmo que que afirmar que quem perseguiu os judeus foi o nazismo, e não os nazistas.

Anônimo disse...

A Lola tem um "maridão, branco hétero cis" não dá para esperar muito.

Anônimo disse...

Lolinha, eu uso o termo "feministo" e ao mesmo tempo acredito que homens podem ser feministas sim.

O "feministo" é aquele que quer protagonismo, que faz mansplaining, que acha que pode ditar agenda do movimento. É aquele que acha que ele é tão legal por tratar mulheres como seres humanos, e que acha que pode "se livrar" de privilégio (eu preciso explicar que privilégio não se apaga nunca e que você só precisa ser consciente dele?) e que merece confete ou mesmo merece sexo das companheiras por ser TÃO legal.

Eu já conheci um "feministo" que abusou de uma menina do coletivo e o argumento dele era que "não tinha nada demais" e ela estava sendo puritana (afinal, "vamos revolucionar as visões a respeito do sexo! li um pós moderno e posso te libertar!")

"Feministo" é aquele que bate o pezinho pra provar que não é privilegiado e acha que deveria ter lugar especial e de destaque nas reuniões por ser uma "jóia rara". É aquele que durante uma discussão fica insistindo que ele sofre também então os tópicos de discussão de gênero precisam ser descartados só por causa dele. É aquele que quer falar sobre assuntos femininos como se ele entendesse melhor que as mulheres e pudesse dar insights "super valiosos" e quem discordasse dele seria "ignorante".

E eu nem preciso descrever o que é um homem feminista, né. Vocês sabem.

ZETA FANTASMA disse...

lola, voce é minoria entre as feministas. pelo que percebo o feminismo ta retornando a ser como era na origem, com margaret sanger. vi ate comentario preconceituoso contra deficientes mentais aqui no blog, com papo pró-manicomial. o feminismo ta retornando ao fascismo.

a maioria das feministas nõa querem homens feministas porque elas tem nojo e desprezo por eles. elas só respeitam machos alfas machistas, ricos e assassinos, se pensar profundamente da pra perceber que o objetivo do feminismo só é aumentar o elitismo social e aumenntar a discriminação contra grande parte dos homens.

Ana disse...

hahahaha!!!
"A Lola tem um "maridão, branco hétero cis" não dá para esperar muito."
Mas de onde me saiu essa pérola??? A criatura acha mesmo que vai mudar o mundo sem contar com todas as mulheres que têm "maridão, branco hétero cis"????
O mundo inteligente se resume ao que, carissimx ser dotado de sei lá que qualidades raras?
Aguardo ansiosa seus esclarecimentos magnânimos!

Anônimo disse...

feministas não querem mandar nos homens,sei...Mas tem a frase ali "homens DEVEM ser feministas",se contradizem o tempo todo,não enganam ninguém.

O inimigo de vcs é qualquer um que discorde da visão feminista e já vi que o que irrita mais ,é a mulher que caga e anda para o que vcs dizem.
Nem toda mulher se sente "oprimida" por ser dona de casa por ex,mas,claro que para vcs isso n existe,já que a arrogância é tanta que acham que falam por todas e todas DEVEM pensar exatamente igual as santas feministas.

Anônimo disse...

Ótimo. Mas a rede feminista de saúde continua sua jornada reticente aos homens em sua jornada rumo ao acesso igualitário à saúde. O instituto Papai foi contra o novembro azul. O CFEMEA acha um absurdo criar uma lei que proteja os homens da violência doméstica. Aliás, não só o CFEMEA, como também a SPM (que é um ministério). Opinião misândrica de feminista de facebook é fichinha diante disso.

Preciso falar mais para dizer que o feminismo não representa os homens?

Se existem feministos (que é o mesmo que homem feminista ou aliado do feminismo), parabéns para eles e a sua sanha em salvar as mulheres com a sua armadura brilhante e seu cavalo branco. Além de seu machismo berrante, de fazer inveja a qualquer mascu.

Vanessa disse...

eu concordo com normalidaderealidade.
Em pelo menos 80% da discussões na internet sobre feminismo, tem feministo explicando pq assim é certo e assado é errado. Nessas discussões, eles tão la dizendo que feminsita é histérica, tal como o Eli Vieira. Tão la para dizer que não é bem assim. Tão la para dizer que eles são superiores.

E tem as male tears, também, que é o eterno "e o serviço obrigatorio militar? mimimi". Desculpaae, mas isso é male tears, isso é a reclamação eterna de que devemos lutar por eles. E essa do serviço militar é só um exemplo. Tem mais milhares de male tears por ai.

Iuzomi é só mais uma expressão de male tears. Se voce posta sobre feminicidio, aparece aquele feministo para dizer "o assassinio de rapazes jovens é muito mais grave". Iuzomismo é filosofia de vida de muito marxista e anarquista por ai.

Então eu sou segregacionista pois me nego a aceitar esse tipo de coisa? Fechado. Meu feminismo é para quem precisa dele para sobreviver, as mulheres. Não de quem tem dor de pelanca pq não é comtemplado por outras questões. Ainda que meu feminismo se encontre com o meu socialismo, e que o meu socialismo esteja extremamente preocupado com o jovem negro que morre na favela, no ambiente feminista eu estou preocupada com a mulher negra assassinada.

Feminismo é ótimo quando se encontra com outros movimentos que lutam contra a opressão. Mas é preciso ter muito claro sobre o que o FEMINISMO trata.

Rebecca Souza disse...

Eu sou das que ama homens feministas,acho que é dificil querer mudar o machismo,se não vou intteragir com quem mais se beneficia com ele.HOje penso que se for para ter um relacionamento que seja com um homem que está do meu lado na luta.
Concordo sobre o que vc diz do advento das radfem,e me espantade como muitas vezes no discurso de facebook,elas consegue ser mas opressoras que muito mascu.
Faço parte de um coletivo feminista que tem 5 homens,e eles não são protagonistas,e sabem disso,estão ali para somar conosco,entre eles tem um homem trans e dá uma vergonha alheia de ouvir tudo que ele passou com as amigas feministas,quando resolveu assumir sua identidade.
Jà ouvi pérolas que me arrepiam,já fui xingada de ´´cachorra do patriarcado´´por uma radfem,já ouvi que ´´mesmo que seja preconceituosa ou homofobica,eu vou apoiara se for mulher´´,sério?quer dizer que vc apoia quem exclue companheira negra,pq é mulher?
Faço sempre questão de falar que meu feminismo é inclusivo,que o meu feminismo cabe homem e mulher,cis e trans,pq se fala e luta para fim de opressões,pode contar que está do meu lado.
E pro anonimo que falou do marido da Lola,que bom pra ela ,não é querido?Torço muito que exista cada vez mais desses lindos por ai.

Anônimo disse...

Principio feminista para os homens do movimento:
"Sente-se ali no canto, enquanto nós definimos a melhor forma de adestra-lo, e torna-lo o que você não é, HUMANO"

Caio Borrillo disse...

Meu deus, como tem homem anônimo ignorante comentando aqui, cara, que inferno.

Desçam dessa merda de pedestal, abaixem a cabeça e vê se aprendem algo sobre feminismo ao invés de vir chorar as pitangas num espaço feminista, seus otários. O privilégio deixou todos vocês cegos e tagarelas, disparando merda por aí.

E assim como tem mulher também comentando. Concordo com a Lola quando ela diz que o machismo oprime sim. Fomos todos criados numa cultura machista que oprime infinitamente mais as mulheres que os homens, mas o fato de ter homens que se identificam como feministas é uma amostra de que sim, homens também reconhecem o machismo, aceitam a opressão que ele causa e estão mudando. Não se pode demonizar inteiramente os homens, especialmente aqueles que querem fazer parte do movimento porque reconheceram que estão errados. Levar pedrada por querer aprender é uma opressão também.

Lei Maria da Penha JÁ DEFENDE HOMENS QUE SOFRERAM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. Gente, é desonestidade intelectual de vocês já! Uma busca rápida no Google já mostra esses resultados! Parem com esse mimimi babaca porque vocês estão passando por bebezões que precisam de uma mulher pra colocar amaciante nas cuequinhas de vocês.

O homem NÃO DEVE PROTAGONIZAR O FEMINISMO porque esse movimento NÃO É DELE, NEM PRA ELE. Mas ele deve sim lutar para que as mulheres tenham os mesmos direitos e privilégios que a gente sempre teve! E ele deve ser acolhido num espaço feminista quando mostrar a boa vontade de aprender, de ser humilde, de ouvir. O que eu tenho visto aqui, na boa, é homi gritando para ser ouvido ao invés de ouvir e mulher gritando que todo homem é um porco misógino. Então, gente, por favor. Mais humildade da parte dos dois, especialmente da parte masculina, mas tem mulher aqui que tá com um discurso tão opressor quanto o machismo.

Anônimo disse...

Qual a necessidade disto? Criar mais divisão entre mulheres no movimento, em vez de acolhimento?
Já parou para pensar o porque algumas mulheres não querem homens por perto, que elas podem ter um motivo muito grave e doloroso para isto?
Desculpa Lola, mas este post foi um verdadeiro tiro no pé, um dos muitos que você tem dado ultimamente.O movimento e de empoderamento das mulheres, acolhimento e equidade.
E sim nós queremos mudar um mundo para metade da população mundial,sem pedir por favor a metade opressora. A outra metade ou se adapta aos novos tempos, ou se tornará obsoleta.

Elisa disse...

Caio Borrillo, desculpe, mas você se equivocou e confundiu a lei de violência doméstica com a lei maria da penha.A violencia doméstica contra o homem é prevista pelo Código Penal 'simples', e as medidas protetivas da lei Maria da Penha são exclusivas para mulheres, não podendo ser usadas para homens que sejam agredidos. Embora um ou outro juiz tenha usado tal lei para homens agredidos, essa não é a posição recomendada pelos tribunais superiores.

Gle disse...

Só acho que a Lola deve ter dado boas gargalhadas por conta do Anônimo 12:10...

Concordo que "USZÔMI" devem conhecer o feminismo e fazer parte sim! No Brasil existem diversos grupos que agregaram alguns outros conceitos junto à base do Feminismo, e aí que começa a confusão do que eles apoiam ou não. Enfim, se eles entenderem e nos apoiarem na libertação de padrões opressores baseados em normas de gênero, eu já fico feliz!

lola aronovich disse...

Vanessa, não estou no FB, então não fico muito a par das tretas. Mas tem certeza que homem que chega e diz "e o serviço obrigatório militar?" é feminista? Porque eu duvido muito. Só conheço mascus e machistas genéricos que falam essas besteiras. E nem sei se dá pra chamar de male tears, porque é mais que mimimi -- é trollagem mesmo. Eles só querem desvirtuar tópicos, porque obviamente não estão nem um pouco interessados no serviço militar que não terão que fazer. Eu mando esses caras passearem. Mas vc não está confundindo trolls machistas com homens que são assumidamente feministas? (é como o erro mascu de achar que toda mulher é feminista. Antes fosse...).


Bom, anon das 1:42, pra mim tiro no pé é um feminismo que diz que metade da população se tornará obsoleta. Entendo perfeitamente que haja grupos de acolhimento fechados, só para mulheres. É o caso de grupos de sobreviventes de estupro, por exemplo. É compreensível que não queiram homens dentro daquele grupo. Mas são grupos específicos. Assim como há grupos só de homens para lidarem com questões de violência doméstica. Só que segregar todos os grupos, todos os movimentos, o mundo inteiro? Pra mim, isso é totalmente contraproducente. Acho triste quando feministas segregacionistas parecem mascus. Tem uma grande corrente mascu chamada MGTOW (Men Going Their Own Way), que prega a total separação entre homens e mulheres. Algumas de vcs parecem querer a mesma coisa.

Felisa disse...

O homem machista é visto como hétero másculo e cavalheiro que ainda manda flores.
E a feminista como uma mulher que odeia homens.
Simples assim!
E vcs acham mesmo que os homens estão aí pras mulheres , eles só gostam deles mesmos. Deve ser por isso que tem tanto gay



Caio Borrillo disse...

Elisa,

não, não me equivoquei. Apenas não expliquei direito.

Abç

Unknown disse...

Acho que os exemplos do texto da Lola ilustram bem o tipo de homem "feminista" que algumas chamam jocosamente de "feministo" e "iuzômi". É o homem que se diz feminista, mas não consegue sair da pele do privilegiado. É o cara que já tem uma infinidade de espaços em que é protagonista e fica chateado porque não pode ser uma liderança dentro do feminismo. Também é o tipo de cara que tenta o tempo inteiro diminuir as vivências de mulheres porque elas não teriam a "base acadêmica" feminista que ele tem - tipo, eu li Simone de Beauvoir então posso dizer o que é ser mulher ou não.

Eu não vejo sentido nenhum em segregar homens do movimento, mas se os homens feministas me permitem uma observação, vejo muita ação no sentido de se mostrarem feministas para as mulheres, e precisamos urgentemente que eles se mostrem feministas para os homens. É nessa "frente", digamos assim, que a gente precisa mais que eles atuem: chamando a atenção do machismo de outros homens. Mas não é muito bem isso o que tenho observado, infelizmente. O cara se diz feminista para ganhar uma estrelinha dourada das mulheres, mas continua rindo das piadas machistas e homofóbicas dos amigos.

Anônimo disse...

Lei Maria da Penha JÁ DEFENDE HOMENS QUE SOFRERAM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. Gente, é desonestidade intelectual de vocês já!

Desonestidade intelectual? Receio que não. Vou citar um trechinho da Lei 11.340/2006 pra você, que não a leu, possa entender. E eu tirei daqui: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

Art. 1o Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher(...)

Não é contra homem. É especificamente contra A MULHER. Não adianta ficar com raivinha porque a lei não é para você a lei não protege você. Se você apanhar da sua esposa, se fodeu. Você terá sorte se ela pagar algumas cestas básicas por lesão corporal.

E se é desejável, com a palavra a então ministra da SPM, Iriny Lopes: Aplicar Maria da Penha para proteger homem 'não é adequado'. E essa ainda é a opinião da SPM sobre o assunto.

Uma busca rápida no Google já mostra esses resultados! Parem com esse mimimi babaca porque vocês estão passando por bebezões que precisam de uma mulher pra colocar amaciante nas cuequinhas de vocês.

Tá bom, feministo. Você ganhou a atenção de suas colegas de luta. É hora de se recolher à sua insignificância e começar a questionar o SEU machismo e os SEUS privilégios. Comece pela definição de "privilégio", ok?

Seja um bom menino e nunca mais pense que você vai salvar as mulheres com o seu feminismo, o seu cavalo branco e a sua armadura brilhante, ok, feministo? Ao pensar dessa forma, você está sendo tão machista quanto os mascus. E ao agir dessa forma, você não salva nem a si mesmo do patriarcado, quanto mais metade da população. Além disso, as feministas já tem feito vários progressos e obtido várias vitórias sem você e seu cavalo branco. E vão continuar avançando no mesmo ritmo, com você, sem você ou apesar de você.

Anônimo disse...

Alguém mais acha que o anônimo das 15:00 é um mascutroll fingindo ser radfem?

Anônimo disse...

Eu concordo com a lola. Os movimentos tem que ser inclusivos. A questão do ser ou nao ser ou se pode ou não pode é algo que carece de estudos. Já conheci muitos homens, principalmente na universidade, que enchem a boca pra falar sobre ser feminista e numa balada qualquer vira um monstro misógino. Conheço quem diz que é e bate na namorada. E conheço os liberais, lutam pelas mulheres em todo barzinho, mas preferem manter as suas lindas esposas, lacradas e perfumadas em casa, cuidando de seus filhos. É o tipico: pra casar e pra sair comigo no bar.
São casos que incomodam qualquer feminista. Não adianta gritar aos 4 cantos se não entender e praticar feminismo. Muitos homens carecem de entender do que se trata. Não é só por igualdade ou vaidades. A participação é válida desde que acompanhada de consciência, sem hipocrisia.

Tenho pavor de homem que se diz feminista, mas no fundo é machista. Tem uma visão da participação do movimento e uma visão sobre "sua" esposa ou namorada. Das liberais e das guardadas a 7 chaves.

Anônimo disse...

Ser feminista é abdicar do poder patriarcal, de ser dominante, da força física, do olhar inquisidor, de todo status social supremo, do medo do diferente, do mando, da ordem, da posse, da violência, etc.


Tem homem que já consegui isso?

Anônimo disse...

"Alguém mais acha que o anônimo das 15:00 é um mascutroll fingindo ser radfem?"

Já eu acho que o Caio é radfem fingindo ser homem.

Anônimo disse...

Se quiserem superar o capitalismo têm que largar o feminismo e todos esquerdismos afins. Esses movimentos produzem uma ficção social, neste caso o patriarcado, em que simboliza as dificuldades locais de um tipo para assim reivindicar reformas estatais. Não é de se surpreender que grandes organizações financeiras sustentem muitos desses grupos esquerdistas pois plantando a discórdia entre o povo, culpando uns aos outros, colhem subserviência ao sistema e desculpas para fortalecer a máquina burocrática.

Igor César disse...

sou homem e feminista. acredito que homens possam sim ser frministas, mas nunca assumir um papel de protagonista no movimento

Anônimo disse...

Difícil viu? já tiveram feministas que disseram que eu era feminista, mesmo que não concordasse com isso, e outras que disseram que eu não podia ser feminista.
Sinceramente, hj vejo o feminismo mais como um movimento social que como uma ideia abstrata, penso que o feminismo não tem em seu núcleo central a igualdade, e sim o empoderamento feminino.


Gravitor

Anônimo disse...

Eu vou em todas as manifestações pró-feminismo, pois sou um homem feminista e também porque não perco a oportunidade de ver uns peitinhos de fora grátis né, que não sou de ferro, rsrsrsrsrsrs

Jéssica disse...



"Ser feminista é abdicar do poder patriarcal, de ser dominante, da força física, do olhar inquisidor, de todo status social supremo, do medo do diferente, do mando, da ordem, da posse, da violência, etc.


Tem homem que já consegui isso?"

Contanto que abdicar de "ser dominante" não signifique se tornar mosca morta, eu conheço homens feministas que sim, abdicaram de quase tudo isso que vc listou, meu marido incluso, mesmo pq ele nunca foi "dominante" e muitos homens nunca se tornam isso. Só estou confusa com essa questão do olhar inquisidor = abdicar disso é se tornar uma pessoa sem senso crítico? Se fôr, feminista nenhuma nunca, nunca nunca deveria perder seu olhar inquisidor.

Agora, convenhamos que, mesmo que se abdique do "poder patriarcal" e do "status social supremo", não é possível, enquanto homem hétero cis deixar de se beneficiar disso e isso não seria motivo suficiente para desqualificar a priori homens feministas. O máximo que podem fazer é ter consciência disso e fazer o máximo para não se utilizarem. Privilégio não é uma coisa que se liga e desliga por vontade própria.

Sinto que algumas (prestenção que eu disse ALGUMAS) amigas que passaram a se identificar como radfem e que inclusive estão deletando homens do facebook só por serem homens, andam muito atarefadas em encontrar imperfeições na postura dos homens feministas. E, quando não encontram, dão um jeito de fabricá-las, tomando por feministas qualquer homem machista até mesmos masculinistas assumidos. Tudo isso para terem motivos para desfazer amizade, dar block e afins para agradarem azamigas terfs e radfem.

Sobre deletar homens do facebook: é sério, já vi duas que avisou assim: "estou deletando todo mundo que não for mulher ou amigo íntimo do facebook, adeus". E não estou falando de mulheres em trauma com alguma violência não.

Flavio Moreira disse...

Acho que a Elaine Pinho foi direto ao ponto: o que é que nós, homens, fazemos em relação a nós mesmos. Se vejo algum amigo fazendo piadas ou comentários machistas, me posiciono para mostrar o quanto isso é errado? Se sim, bacana, porque estou tentando mudar essa estrutura de dentro para fora; se só me digo feminista para conquistar a simpatia das mulheres, então estou bastante equivocado.
Além de tentar conscientizar os amigos/familiares homens em relação às suas posturas machistas, acho que o espaço que algumas correntes do feminismo abrem para o autoaprendizado é muito importante.
Foi através de blogs e discussões feministas que, por exemplo, comecei a prestar atenção à linguagem que uso em relação a homens e mulheres. E na maneira como xingamos as pessoas baseadas em seu gênero: 'vaca', 'vadia', 'viado' etc. Daí que em situações de estresse com qualquer colega de um dos gêneros, uso 'idiota','estúpido', 'energúmeno', 'imbecil'. Claro que o ideal seria não xingar ninguém e que todas as pessoas vivessem em paz e harmonia, mas como somos humanos, com defeitos e virtudes, que pelo menos os xingamentos sejam igualitários (rs).
Enfim, acho que a discussão feminista aberta aos homens ajuda os homens a refletir sobre seu papel como agente do machismo e é aí que se pode comprovar sua adesão ao movimento: quando consegue fazer a autocrítica e evitar ao máximo validar comportamentos machistas.

Anônimo disse...

Bah, homem quer estar em tudo mesmo. Invés de ocupar O MEU ESPAÇO, por que não descontrói os espaços que ele ocupa?

Nem li e nem lerei.

Caroles disse...

Lola, não tenho tempo de ler os comentários agora, mas vou dar minha opinião. Concordo contigo, homens podem ser feministas, e devem, afinal, são metade da população, e se nós queremos mudar qualquer coisa, precisamos do apoio deles. Concordo também, é óbvio, que eles não devem ser protagonistas. E o problema começa aí. A maioria dos caras que eu conheço que se dizem feministas ou pró-feministas não sabe se colocar num lugar não-protagonistas. Acostumados como são a serem os reizinhos do mundo desde sempre, querem que seja o mesmo dentro do feminismo. Assim, quando alguma companheira fala de como o feminismo é feito de mulheres para mulheres, sempre aparece um dizendo IUZOME (e daí vem o iuzomismo). Quando alguma companheira fala de situações violentas e horrendas que passou na mão de homens e sobre como ela NÃO QUER contato com homens - acho que é o direito de qualquer mulher - sempre aparece um cara chorando as pitangas e dizendo que ELE não é assim que NEM TODO HOMEM é assim (e daí vem as MALE TEARS). É possível que homens que frequentem espaços feministas como palestras sejam mais sérios nas suas intenções, realmente em espaços ao vivo eu nunca vi tantos problemas. Mas na internet é um festival de, sim, FEMINISTOS, homens que querem perks por se dizerem feministas, que querem um tapinha nas costas e um parabéns, que não aceitam que dentro do movimento a voz é nossa (nãoé?), já que a voz deles é ouvida em todo lugar, a qualquer hora. E aliás, ao meu ver, o homem dentro do feminismo deve ESCUTAR e APRENDER, e usar a voz dele, tão mais ouvida do que a nossa, pra propagar o que ele aprende. É isso. Mas o que eu vejo de homem deslegitimando experiências de companheiras, achando que sabe mais de machismo do que nós... Parece que é a mesma situação de uma cantada de rua, na qual somos lindas até revidarmos: eles são feministas até alguém chamar atenção deles pra uma pisada de bola. Eu nunca vi gurias ~racharem macho~ (como elas dizem) a não ser que houvesse motivo. Eu não acho que o feminismo tem que ficar se ocupando de ensinar homem machista que claramente não quer aprender, já que tá ali dentro de um grupo ou de uma discussão mas em vez de absorver o que escuta/lê, quer só falar do que é o machismo PRA ELE ou whatever. Acredito que alguns querem de fato aprender, outros não. Eles são privilegiados, serão privilegiados por muito tempo, e perceber e abrir mão de privilégios é impossível para alguns. Vários abrem mão de alguns mas não de outros: sou feministas, nenhuma mulher é puta por dar pra quem quiser! MAS não pego gordas peludas. Ahn? Ah ok, desconstrói então só o machismo que convém...
Acredito que homens tem que estar dentro do feminismo, mas bem longe da posição de protagonistas, e é por isso que muitas gurias se irritam com os caras de calcinha e tal na Marcha: pra que isso? Acabam saindo só eles em fotos, na mídia, etc. Por que não estar ali pra cantar junto e marchar junto, mas deixar o protagonismo PRAS MULHERES? E eu sei pq: é pq pra alguns isso é impossível. Eles são os reizinhos e querem ser os reizinhos sempre. Então é, existem homens pró-feministas e feministas... Mas também tá cheio de feministo por aí, Lola.

Caroles disse...

@normalidaderealidade acabei lendo teu comentário e SIM, falou melhor do que eu tudo que eu quis dizer.

Unknown disse...

Eu não entendo. A ideia não é tornar o feminismo a ideologia dominante, fazer com que o maior número de pessoas aceite e apoie o movimento?

Então porque algumas feministas promovem a exclusão? Sem o apoio dos homens, da religião, de pessoas brancas, enfim, DE TODOS, nunca o feminismo chegará o que nós buscamos.

Se simplesmente aceitarmos que os homens são machistas e nunca poderão nos ajudar, estamos limitando o alcance das nossas ideias. Nunca venceremos o machismo sem o apoio dos que AINDA não são feministas.

Anônimo disse...

Resposta para o comentarista Zeta Fantasma: O fato de ALGUMAS feministas fazerem comentários pró-manicomiais e preconceituosos contra pessoas com problemas mentais, não significa que TODAS concordam com este discurso. Não quero parecer ofensivo, mas seu comentário me lembra a falácia da generalização precipitada. Acho bom te lembrar que o sistema manicomial também já foi utilizado para oprimir e tirar a credibilidade das mulheres. No passado, quando uma mulher se rebelava contra a dominação dos homens, ela poderia ser "diagnosticada" com uma "doença mental" chamada "histeria feminina" que era "causada" pelo "útero ambulante". O "tratamento" dessa "doença" incluia "massagens" vaginais (contra a vontade delas) que era uma espécie de estupro legalizado. Muitas mulheres que perdiam a virgindade antes do casamento, eram rotuladas como "pervertidas sexuais" e privadas de liberdade sem direito a um julgamento justo. O Dr. John Harvey Kellogg queimava com ácido o clitóris das "pervertidas" e ele também fundou uma das primeiras organizações eugenistas (quando fiquei sabendo disso nunca mais comi sucrilhos rsrsrsrs) Eles também falavam que as mulheres não deveriam ter direito ao voto porque elas tinham a "mente fraca". Uma parente minha foi considera louca por fugir de casa com o namorado, ela ficou presa em um "hospital" onde recebeu eletrochoque e ficou praticamente cega. Feminismo defende que mulheres devem ter automomia sobre seus corpos, a lógica manicomial defende que as pessoas não são capazes de tomar suas próprias decisões, feminismo defende liberdade, a lógica manicomial defende que as pessoas sejam privadas de liberdade, feminismo defende liberdade sexual, a lógica manicomial defende uso de drogas que causam problemas sexuais, logo são conceitos incompatíveis. Ass: Sandro

Anônimo disse...

Se o feminismo quisesse :

-Tempo de contribuição igual para homens e mulheres na aposentadoria.
-Direitos reprodutivos iguais( direito a ser mãe ou pai sendo obrigatório ou opcional para os dois gêneros.
- alistamento obrigatório para ambos os gêneros ou nenhum.
- ser igual até na hora de trocar pneu e pagar conta de motel.

Ai eu acreditaria que o feminismo defende o igualitarismo.Não é errado lutar por seus interesses ,mas não levante a bandeira da igualdade se esta não lhe interessa.
já sei qualquer opinião discordante é male tears ou mimimi pra vocês.

Jéssica disse...

Outra coisa que tenho percebido dentro dos movimentos: existe a opinião x dentro de vários movimentos feministas. Muitas feministas não concordam com essa opinião x dentro dos movimentos feministas e muitas feministas concordam. Daí um "feministo" cita a opinião x numa conversa e a feminista que não concorda diz "homem não tem q dar opinião no feminismo, isso q vc disse tá errado, tinha q ser homem pra falar isso mesmo." Daí, ao invés de discutir a opinião x, ou concordar em discordar, afinal a opinião x não foi formulada por "feministos" e é usada também por feministas mulheres, a feminista dessa anedota diz que o "feministo" é machista e está ali para roubar o protagonismo e sabotar o movimento e pronto.

Gente, tenho visto irmãs, depois de muito praticarem esse caminho tortuoso de desqualificar o interlocutor pelo gênero começarem a taxar mulheres feministas de ~feministas~ e """"feministas"""", como têm feito com a Cynthia Semíramis, como se só existisse uma única corrente feminista de verdade.

E gente, aliás, que aprendeu a ser feminista lendo a Cynthia e a Lola, mas agora são elas que são as feministas de verdade.

Natalie disse...

Pois é, esse é um assunto complicado. Já vi umas feministas olhando torto quando eu chegava em palestras ao lado do meu marido e isso me incomodava muito. Ele sabe que que o homem não deve ser protagonista do movimento, mas pode participar à vontade e ele não quer tomar o lugar de protagonista da mulher na luta dela. E eu fico feliz de ele saber que não são todas as feministas que impedem homem de ajudar.

E como já falaram aí, tem os feministos idiotas também. É o típico hipócrita que diz que luta por mudanças para as mulheres mas fala mal da tia que é divorciada e sai com vários.

13:24, puxa, desculpa deus, não sabia que pedir por direitos iguais era tentar adestrar os homens, será que se eu rezar Ave Maria o senhor me perdoa?

Anônimo disse...

Sou homem e já tem algum tempo que entendi que não devo protagonizar o feminismo, e sim escutar a aprender. Não quero me tornar uma joia rara e nem quero ser considerado especial por acreditar na equidade dos gêneros. Meu papel essencialmente é tentar passar os ideias feministas para os meus amigos ( e porque não até amigas machistas, se é que isso existe) e não querer ser apenas o cara "cool" para as feministas. Infelizmente, é quase impossível o machismo deixar de ser perpetuado em tão pouco tempo, e por isso viverei toda a minha vida como privilegiado e não sei se conseguirei abandonar essa posição de conforto totalmente, mas sempre me esforço ao máximo para isso. Tanto faz se posso ser considerado como homem feminista ou pró-feminismo, o importante é o que eu tento fazer na divulgação do feminismo.
Bom, porém tem algo que me deixa um pouco a contragosto. É um detalhe que diante de tudo que as mulheres sofrem deve passar despercebido propositalmente, mas nesse debate acho que não tem problema em me expressar: Vamos supor que em grupo feminista em que eu me detenha em apenas ouvir e aprender, algumas feministas digam que todo o homem é um estuprador em potencial. Como um homo sapiens macho meu papel é apenas ver aonde essa proposta chega, pois sempre haverá ideias diferentes entre as feministas e provavelmente alguma irá discordar. Imaginem então que todas as feministas a quais discordem tenham argumentos ruins e eu tenha um argumento que na minha cabeça é melhor do que todos os usados contra essa preposição... Como é que fica ? Se eu ficar calado e tiver razão, talvez uma desinformação será espalhada, tanto por mim, tanto por feministas e homens pró-feministas, o que é ruim, mas se eu falar irei erroneamente forçar uma protagonização no feminismo, algo pior ainda. Nessas horas eu me vejo em um impasse, sem saber o que fazer. É como se um aluno olhasse para outros dois alunos discutindo como fazer uma conta e percebesse que ao ver dele ambos estão errados, mas não pode tentar corrigi-los, e se não fizesse isso os outros dois alunos poderiam tirar zero na prova .Olha, eu não estou querendo dizer que homens são ou não são estupradores em potencial ( não tenho opinião formada sobre isso. Não estou me propondo a discutir isso e peço por favor que vejam essa preposição apenas como um exemplo), talvez o aluno que está vendo a discussão esteja errado no final e um dos outros dois alunos esteja certo, apenas apontar um detalhe que para mim causa um pouco de desconforto. O que devo fazer ? Não é contraproducente deixar que possíveis ideias erradas sejam propagadas por causa da limitação que o homem deve ter ( justamente ) no feminismo ? Volto sempre a afirmar: concordo que as mulheres devem protagonizar e homens não, mas o que chamam de “male tear” e “iuzomi” pode ser na verdade apenas uma observação sincera e inocente, como em outros casos pode ser mimimimimi de homem não querendo perder privilégios, ou apenas trollismo mesmo. O que estou vendo é que por causa da limitação do homem no feminismo, querem meter todas essas opções no mesmo saco sem mais nem menos só por causa do genêro do argumentador através de ironias e sarcasmos. Qualquer ser humano ao qual se depara com zombarias por causa do que pensa fica irritado, isso é normal, e por causa disso as longas discussões começam. Pelo menos pra mim toda essa questão se resume a esse mísero ponto. Fico até me perguntando se alguma feminista me responder, devo responder ou não para não ser protagonista, ou se fazer esse comentário já estou me metendo onde não devo, só para ver como para mim isso tudo é complicado.
Enfim, escrevi demais e pararei por aqui. Vou reforçar: Isso não é nada comparado com o que as mulheres sofrem, por favor eu apenas quero entender isso. E se alguma feminista por acaso me responder, por favor deixe no final do comentário se posso responder ou não. Não quero ofender ninguém, seja radfem ou não.
Obrigado pela paciência :]

Cética disse...

Eu não desacredito que os caras que vc conheceu, ao longo da sua vida de palestrante,sejam feministas,agora,eu nunca conheci um h feminista na minha vida "real",nunquinha mesmo.Na marcha daqui da mina cidade tinha era muito h se dizendo/pintando "vadia" e puxando grito ( passando por cima das meninas que já o estavam fazendo,desgosto da porra isso viu) Nas internetes só vejo feministos,principalmente no face,é um inferno,eles não ficam de fora de nenhuma discussão,em TUDO têm que dar pitaco,e ai daquela que discordar,o mocinho repreende e todas se voltam pra ele,ora pra "defender",ora pra "atacar" e pronto! o objetivo da postagem se perde ( advinhem? iuzome se torna o centro da discussão)tem aparecido tmb um novo espécime,os caras que se dizem aliados do movimento transfeminista,usando isso como muleta pra destilar misoginia/machismo contra as rads/terfs ( e tendo apoio de outras mulheres por isso) "ensinando-as" como é ser uma feminista/mulher de verdade ( vale até ameaça de violência física,os velhos xingamentos de feia,gorda,mal comida etc...)enfim,do meu ponto de vista,só vejo homem escroto fazendo o que eles fazem de melhor,sendo o centro de tudo.

Anônimo disse...

Anon das 17:08 e Zeta Fantasma:

Eu sou feminista, paciente psiquiátrica desde os 13 anos de idade. Meu transtorno não é fofinho - eu não sou "levemente depressiva" nem tenho "ansiedadezinha light quando brigo com o papai" - eu tenho um transtorno psicótico que atualmente tá com a definição meio que por mudar. Uma rodada de caos, alucinações e paranóia pra galera.

(inclusive eu adoro comentar em blogs quando estou em crise. beijo, Lolinha!)

E assim, eu queria entender melhor a opinião dos antimanicomiais desse blog. Eu já vi gente aqui que era contra uso de medicação, e falava de medicamentos usados em transtornos psicóticos como se fossem enormes vilões! (Aliás, medicação que eu uso, e que não me mutilou em nada, inclusive salvaram a minha vida!)

E aí tipo, vocês são contra a existência de hospitais para reabilitação e tratamento de crises complicadas? Porque eu acho que se eu ficasse muito pior eu ia querer ser internada, receber tratamento constante, e por aí vai. Aí, se eu voltasse a ser capaz de me virar, eu iria sair da internação e tudo iria ficar legal. Tipo, esse é meu mundo perfeito - hospitais que tratam pessoas que precisam ser tratadas, assim como hospital de ortopedia remenda pé quebrado e a cardiologia coloca marcapasso.

Eu ia contar a minha história de vida, mas - não - vou.

Eu sou paciente psiquiátrica. Eu estou sendo preconceituosa com problemas mentais por achar que algum dia eu posso precisar de uma internação? Eu uso medicação psicoativa. Eu estou sendo reaça ou cruel por achar que algumas pessoas podem se beneficiar deles?

Gente, não é tudo maniqueísta desse jeito. Os anos 50 já acabaram, e eu não tô falando de lobotomia aqui, nem de ser internada por "histeria". (Polêmica: recentemente descobriram que eletroconvulsoterapia quando bem feita pode aliviar o sofrimento de muita gente, e aí?) E não me venham dizer que é tudo construção social, porque se minha sintomática é construção social por favor me digam em que sociedade eu posso parar de ter elas. Ah sim, e não venha com "você não sabe nada sobre sociologia da loucura" que eu te dou um Goffman no meio da cara.

Anônimo disse...

Carla Aguiar, entendi o seu ponto de vista, mas não pude deixar de pensar: como seria o sexo entre homem e mulher com ele de quatro?? rs

LOla, Adorei o post, como sempre. Vou sempre aprendendo um pouco mais sobre o feminismo. Eu também concordo que homens podem ser feministas e conheço até quem entenda mais do babado que eu. Claro que há muitos que nem sabem do que se trata (e muitos que nem querem saber...) mas, feliz ou infelizmente, precisamos deles né?! É pra mudar o mundo todo, oras!! =)

Unknown disse...

Lola, da forma como eu enxergo, a própria militância no feminismo é uma forma de dar voz e empoderar as mulheres, e acredito ser, no mínimo, um começo. Sob essa perspectiva, caso ela não seja falaciosa, até que ponto um homem militando, chamando para si o título de feminista, não está roubando parte da visibilidade das mulheres e não acaba, colateralmente, tirando voz e empoderamento feminino? Até que ponto um homem ali não pode acabar dificultando o trabalho de reconstrução feminino de alguma mulher que ainda não conseguiu se livrar da ideia machista de que os homens são naturalmente superiores? (explicando essa ideia, como isso, por vezes, acontece em um nível inconsciente, a presença do cara ali pode acabar fazendo com que mulheres passem a seguí-lo, sem, talvez, questionar).

Anônimo disse...

Já que o assunto são os homens, não sei se vocês já viram, mas saiu uma campanha feminista voltada ao público masculino, chamada "Homens, libertem-se!" Segue o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=DBSTHArYJwQ

Apesar de ser declaradamente feminista, a campanha foi elaborada por muitos homens. Porém, eu, particularmente, acho um problema que a única forma do feminismo não silenciar discussões de gênero masculinas deva ser feita sob a égide dele próprio e ainda por cima coordenado por uma mulher(se fosse um homem, o vídeo seria inviabilizado/invizibilizado). Mas vamos lá, acho que merece um voto de confiança. O material não é ruim ou tendencioso. Apesar da coordenação de uma mulher, é visível que o ponto de vista não é feminino, não são mulheres dizendo porque homens agem como agem e que tudo que podem fazer é rever os próprios privilégios (nunca as próprias mazelas) e proteger (a mais ambivalente característica dita masculina) as mulheres da violência de outros homens. Vale o voto de confiança.
Talvez seja a esperança de um feminismo masculino (?) que não fique enchendo o saco das mulheres (como eu estou fazendo agora), que não fique repetindo o que as mulheres sofrem pra elas mesmas ou que tente aparecer onde não é chamado. Eu acredito seriamente que se cada um desconstruir o sexismo do próprio ponto de vista o resultado vai ser o mesmo. Se um homem desconstruir as questões do sexismo que oprime ele, ele desconstrói o sexismo que oprime as mulheres. E vice-versa.
Ninguém tem autoridade para falar sobre a condição de um gênero ao qual não pertence ou mesmo sobre a experiência de opressão que indivíduos tem dentro do mesmo gênero.

Anônimo disse...

Me perdoem a ignorância, mas vejo muito no feminismo um discurso contra o homem HETEROSSEXUAL, o que para mim não faz muito sentido: Se o movimento é de empoderamento feminino, qual é o problema dos homens que somente tem interesse romântico em mulheres? Por que um homem sentir atração por outros homens o faria mais feminista?

Anônimo disse...

É aquela velha história, uma fruta podre estraga todo o cesto.
A partir do momento que uma minsandrica é aceita como feminista aqueles de fora vão associar o movimento com ódio aos homens, é por isso que quando o comportamento de uma pessoa é inadequado ela é expulsa do clube, estabelecimento comercial, movimento, partido... por que se aquela instituição tolera tais comportamentos ela vai ser associada a eles, e quem vai simpatizar com um movimento que o odeia?
O cara lê seu blog, adota a ideologia e quando resolve ir em uma palestra/encontro/reunião escuta que não deveria estar ali, que está roubando o protagonismo, aí ele taca o foda-se, sai mandando tudo pra puta q pariu e se tona mais um inimigo.
Minha opinião: Querem a simpatia/apoio dos homens? Comecem a evitar chamar pessoas misândricas de feministas, chamem de "metidas a feministas" ou sei lá. É o que eu faria se fizesse parte de um movimento legítimo e alguns membros fossem dignos da lata de lixo.

Sara disse...

Acho o ser humano egoísta, e como esse sistema favorece e muito aos homens, penso q a grande maioria é contra o feminismo.
Mas existem homens feministas de fato, são poucos mas existem, e tem muitos q apoiam e participam do movimentos feminista em apoio a suas companheiras, e entram em contato com os ideais e propostas através delas, acho q esse é o caso do namorado de minha filha, que tem nos acompanhado nas marchas e nos atos públicos feministas.
Antes ele não ia, depois começou a ir só pra acompanhar, hje ele já carrega cartazes ao nosso lado, e tenho muito orgulho dele.
Mas muito mais importante do q se assumir como feminista, carregar cartazes e participar de atos feministas é o homem mudar sua postura herdada do patriarcado e tratar a mulher como uma igual em direitos e respeito.

Regicida disse...

Eu teria diversas linhas de comentário para escrever, mas vou resumir a conversa. Belo texto e fico contente com a sua posição diante do pé que vemos estar o movimento feminista e as cabeças das mulheres que o faz existir…
Sou um homem que não se coloca mais como feminista por n˜åo acreditar mais na ótica de que podemos (nós homens) ser, mas ainda assim me encontrei bastante em tuas palavras

Alonso disse...

Entre machismo e feminismo eu prefiro o machismo, até porque o feminismo não da vantagem nenhuma para os homens.


O feminismo é um movimento decadente que só gerou atrasos pelos países por onde passou, não há como negar. exemplo disso é que todos os países que antes eram grandes potencias com a chegada do feminismo entraram em derrocada. Já os países machistas estão crescendo cada vez mais e se tornando as novas potencias mundiais como a China, Índia, África do Sul, Brasil etc.
E também vale ressaltar que o feminismo estão causando a morte da cultura dos países Europeus e da america do norte, por terem causado a diminuição na taxa de fertilidade.Enquanto nos países machistas, muçulmanos as taxas de fertilidade tem crescido cada vez mais, nos países feministas a taxa de fertilidade tem diminuído cada vez mais. A taxa de natalidade dos Europeus é de 1.2, enquanto os muçulmanos que moram lá é de 8.1. O número de muçulmanos já passou o número de católicos no mundo. Antes de 2050 Europa pode ser tornar muçulmana e a América também, até 2026 a França será um país muçulmano, 1 de cada 5 Russos serão muçulmanos, EUA também se tornara um pais muçulmano.
E quando chegar esse dia nem vai se falar mas em feminismo.

Vanessa disse...

Anon 20:10, sentir atração por outros homens não faz um homem ser feminista. Mas a homofobia que gays sofrem tem origem no machismo. A opressão de gays e mulheres tem a mesma origem.


Anon 22:46, que vê o futuro, com essas previsões tão catastróficas o feminismo só tende a crescer, né? Ou tá achando que mulheres vão aceitar isso de bom grado? A não ser que homens comecem a adotar em larga escala a técnica do Boko Haram e sequestrar meninas em escolas, não vai ser tão simples assim, não, fofo.

JG disse...

Obrigado Lola... finalmente me sentindo bem-vindo!

Anônimo disse...

Resposta para a comentarista realidade e normalidade: Parece que vc está com um pouco de dificuldade de interpretar o contexto dos meus comentários. Todos esses temas são extremamente complexos, é complicado abordá-los de forma simplista. Em nenhum momento falei especificamente sobre seus problemas, em outros comentários sempre falei de forma geral, falei sobre uma pessoa da minha família, falei sobre eventos acontecidos na Alemanha, na terra do tio sam, em Minas Gerais e outros lugares. Se vc deseja saber o ponto de vista dos antimanicomiais desse blog, te dou o meu. Peço licença para falar sobre vc. Aparentemente sua experiência pessoal, parece contrariar minha opinião, mas com um olhar mais atento vemos que não é bem assim. Se vc está com problemas desde os treze anos e até hoje não conseguiu solucioná-los, vejo isso como uma evidência da incompetência desse sistema de crenças. Esse sistema de crenças afirma que seus problemas são causados por um desequilíbro químico, e que essas drogas corrigem esse problema, se isso fosse verdade vc não teria mais crises e não precisaria fazer comentários em blogs para aliviá-las. Alguns testes e estudos mostraram que essas drogas não são melhores que placebos e provocam graves efeitos colaterais como ganho de peso, convulsões, acatisia, mania, alucinações, problemas sexuais, problemas cardíacos, problemas respiratórios, problemas cognitivos, psicose tardia, discinesia tardia, sídrome neuroléptica maligna, automultilação, hostilidade, agressividade, pensamentos suicidas e/ou homicidas, e até mesmo encolhimento do cérebro. Em outras palavras provocam os mesmos problemas que deveriam tratar. Parar de usa-las também é muito complicado, afinal de contas são substâncias psicoativas. Na verdade, desde que essas drogas foram lançadas nos anos 50 o número de pessoas inválidas por doenças mentais aumentou de forma assustadora. A terra do tio sam é a maior consumidora dessas drogas e todo mês um sujeito sai por ai que nem o rambo atirando em todo mundo. Infelizmente vc está falando de lobotomia sim, o eletrochoque (ou terapia eletroconvulsiva) é uma forma lobotomia que usa eletricidade no lugar de um picador de gelo, e os neurolépticos são uma forma de lobotomia química, eles bloqueiam a tranmissão da dopamina no lobo frontal. Esses procedimentos são tão benéficos quanto um AVC. Sobre o Goffman, não conheço e não posso falar nada sobre ele (fiz uma pesquisa de 45 segundos no google rsrsrsrs). Talvez vc vivesse melhor em uma sociedade que respira ar puro, talvez vc vivesse melhor em uma sociedade que não consome alimentos contaminados com agrotóxicos que tem efeito neurotóxico, ou em uma sociedade que não te dá água cheia de flúor, ou em uma sociedade que te dá alimentos geneticamente modificados, ou em uma sociedade que não te dá adoçantes que provocam depressão e alucinações, ou em um lugar livre de alimentos industrializados cheios de conservantes e aditivos, talvez um lugar com alimentos não contaminados com metais pesados, talvez um lugar em que vc não tenha que trabalhar como uma condenada para pagar impostos, um lugar que seu dinheiro seja gasto sua diversão e não com elefantes brancos, um lugar seguro... Sobre hospitais psiquiatricos, eles não são feitos para reabilitar e sim para tirar a liberdade, para drogar, para matar, para enlouquecer, para punir, para lucrar, para dopar, para vigiar, para silenciar, para tirar a esperança, para isolar, para higienizar e para usar os pacientes como cobaias. Ass: Sandro

Sara disse...

alonso praga de urubu não pega!!

Raven Deschain disse...

Me interessei Carla. Como um homem hetero trepando com uma mulher transa de quatro?

Raven Deschain disse...

Alistamento obrigatório caralho. Obrigatório! Pq um ser tapado, burro, babaca lutaria por algo obrigatório? Porra. Porra. Se vc disse - alistamento facultativo - para todos aí eu ate concordaria. Até porque bicho burro, tem muita mulher querendo se alistar e não podendo por causa do ahn... Machismo. Sabe como? "Mulheres são fracas e não aguentam o tranco e tal". Burro. Burro. Que loucura. Sobre o tempo de contribuição milhões de feministas ja responderam. A hora que vcs lavarem tanta privada quanto a gente, revemos isso de tempo de contribuição. Direitos reprodutivos iguais? Não, vc tá zoando. Só pode tá zoando. Zoeira never ends. Yeah yeah. Sqbe quando alguns homens escolhem ter filhos? Nunca. Quantas mães solteiras vc conhece que o cara veio, meteu, e foi embora e fuckitall? Quanto a trocar pneu e pagar a conta.. Pelo amor de deus. De zeus. De exu. De anubis. Puta q pariu. Que comentário burro. E eu perdendo de tomar toddynho pra responder essa babaquice.

Raven Deschain disse...

Aff eu ia fazer um comment lindo e excelente e esqueci por causa da quantidade de homem burro comentando aqui. Fico pensando se a ilha de Lesbos não é uma boa pra mim. Inacreditável. Depois eu volto.

Anônimo disse...

Do tumblr:

não romantize direitos básicos
não é atraente um homem ser feminista
não é sexy o fato de que um homem finalmente percebeu o preconceito contra mulheres e o quanto oprimidas as mulheres são
é bom senso

http://gtfothinspo.com/post/88283878089/atomic-glitter-nychnymph-dont-romanticize

Mariane disse...

Para mim o importante é o homem estar empenhado em desconstruir nossa cultura machista,reconhecer seus equívocos e destituir dos privilégios recebidos.A denominação que esse homem recebe é o que menos importa.

Anônimo disse...

"O que devo fazer ? Não é contraproducente deixar que possíveis ideias erradas sejam propagadas por causa da limitação que o homem deve ter ( justamente ) no feminismo ?"
Olha, pessoalmente não vejo problema nisso, claro que a linguagem que você usaria seria importante e caso alguém discordasse de ti, é inaceitável começar a xingar as mulheres do debate, como várias relataram na caixa de comentários desse post. Mas realmente tem mulheres que não concordam com essa intervenção e eu como mulher, também não sei como agir.

Como já disseram, é muito difícil achar um homem feminista que compreenda esses fatores de não-protagonismo, estrelismo e algumas vezes, não, vocês não podem participar, eles ficam ofendidos e não tentam se colocar no lugar do outro, aí é que aparece "pô, mas eu tô aqui te fazendo um favor e vc ainda vai negar minha ajuda?" e aí dá muita preguiça ZzzzZz

Por mais que entenda a falta de definição do feminismo, por ser plural, evitar uma liderança e etc., acho complicado quando existem discordâncias entre correntes feministas porque um sempre acha que o outro está completamente errado e então, cria-se divisão no feminismo. Mas ao mesmo tempo, eu não conseguiria apoiar feministas que são a favor da segregação de gênero (até parece que isso é praticável) e são transfóbicas, mas quando se trata de assuntos como prostituição, envolvimento ou não de homens no feminismo, liberdade sexual e valorização da aparência, isso são discordâncias que podem conviver, mas geralmente não se vê uma tentativa de criarmos um debate em conjunto, vai uma corrente atrás de suas reivindicações e a outra atrás das suas, não vejo como isso seria efetivo.

Anônimo disse...

Raven, você é ótima hahaha
E quanto a transar com um cara de quatro, que falta de imaginação gente, pode usar um vibrador, fio-terra, ou simplesmente o role play da odminação mesmo.

vivian disse...

Anônimo das 19h28

"Eu acredito seriamente que se cada um desconstruir o sexismo do próprio ponto de vista o resultado vai ser o mesmo. Se um homem desconstruir as questões do sexismo que oprime ele, ele desconstrói o sexismo que oprime as mulheres. E vice-versa."

Tava pensando nisso ontem. Acho que é isso mesmo. Sei lá que nome este homem vai dar para desconstruir o seu machismo, mas contanto que ele esteja mais preocupado em desconstruir o sexismo e questionar o gênero do que propagar machismo, tá valendo muito.

"Ninguém tem autoridade para falar sobre a condição de um gênero ao qual não pertence ou mesmo sobre a experiência de opressão que indivíduos tem dentro do mesmo gênero."

Concordo. Sob este ponto, vejo vídeos feministas voltados para homens e com homens atuando como uma boa solução. Afinal, estes outros homens foram criados de um jeito parecido, e "falam o mesmo idioma". Homens e mulheres são criados de forma muito diferente para que o gênero oposto vá ao cerne da questão do outro.

André disse...

vivian,

Mas se ninguém tem autoridade para falar sobre a condição de um gênero ao qual não pertence me parece estranho que haja tanta discussão sobre os "privilégios" masculinos?

Anônimo disse...

Interessante que o mulherio pede "desconstruam suas masculinidades, emasculem-se, não sejam opressores"
Mas então desconstruam suas feminilidades oras, cortem estes cabelos cutinhos, e mais pratico. param com as maquiagens,unhas pintadas e afins.

Mirella disse...

pensei, pensei, escrevi comentário gigante, apaguei, pensei de novo, voltei - para azar de quem ler.

acredito que chamar alguns homens de feministos seja o mesmo que chamar alguns homens de mascu.
E acho que é importante para separar, sim. A intenção é separar e apontar o discurso problemático, sim. Não quero esses homens em nenhum lugar feminista, não. Eles já tem o mundo inteiro.

Homens feministos não hesitam em calar a experiência de uma mulher e em querer se igualar como sofredor das mesmas opressões, em clamar pelos mesmos espaços, e adoram apontar atitudes machistas em mulheres.

Dá para aguentar uma pessoa branca dizendo "mas mais racistas são pessoas negras!!!"? Dá para aguentar um discurso "mas sem os brancos como vamos mudar o mundo? não podemos excluir os brancos!"? Alguém acredita, por um segundo, que pessoas brancas serão excluídas de qualquer lugar? Olhemos para os donos do dinheiro, os donos do poder. Qual a cor? Qual o gênero?
(e, só pra deixar claro, sou branca).

E aí é um grupo feminista que vai "excluir" os homens de não sei onde? Não é. É tanto entitlement assim que os homens não conseguem conceber o fato de não pertencerem a todos os lugares da sociedade?


Vou aguentar homem feministo? Não, não vou.
Você ficou chateado porque prefiro gastar meu tempo empoderando mulheres? Well, well.

Mirella disse...

Anonimo das 10:01,


desconstruir a masculinidade não se resume a deixar o cabelo crescer ou fazer as unhas.
desconstruir a feminilidade não se resume a cortar o cabelo e deixar de fazer as unhas.

Quando se fala em masculinidade, se fala no comportamento, por exemplo: a violência excessiva (verbal ou física), homofobia, machismo, a supressão de sentimentos, o descuido com a própria saúde, promiscuidade. A masculinidade tem infinitos lados que podem se refletir no aspecto exterior "homem que é homem não usa cabelo assim, não faz assado", mas são resultados de comportamentos esperados.

A feminilidade, por sua vez, é caracterizada pelos comportamentos opostos atribuídos a mulheres, tais como delicadeza, passividade, recato, submissão, fraqueza. tudo isso pode ser refletido no aspecto físico: cabelos compridos, unhas compridas, manter o tom de voz baixo, e mais um monte de coisas.

Desconstruir a masculinidade se refere a acabar com um modelo único do que é ser homem - um modelo nocivo, cruel e violento - o que obviamente vai tornar a vida de todas as pessoas melhor. Desconstruir a feminilidade se refere a acabar com um modelo único do que é ser mulher - um modelo submisso, fraco e sem poder - o que obviamente vai tornar a vida de todas as pessoas melhor.

Deu pra entender? Não é o comprimento do cabelo que define qualquer coisa, não somos Sansão.

Mas já que você mencionou, desde que cortei uns 30cn do meu cabelo minha vida ficou realmente mais fácil, recomendo o teste.

Márcia Canário disse...

Fiquei muito feliz em ler este post no blog. Equilibrado e preciso, mostra a importância de, ao longo dessa luta bonita que travamos diariamente pelos direitos das mulheres, valorizarmos os aliados que conquistamos e permitirmos que eles nos ajudem. Os verdadeiros homens feministas sabem que estarão ajudando, acima de tudo, a si mesmos.

Bruno Góis disse...

Gostei de ler o seu artigo de hoje. Encontrei-o porque: parece que no mesmo dia escrevemos sobre o mesmo tema: "Masculinidades feministas: Um homem feminista não é um herói" http://www.acomuna.net/index.php/contra-corrente/4620-masculinidades-feministas-um-homem-feminista-nao-e-um-heroi . Além deste, partilho um outro também publicado na revista que dirijo, A Comuna, este do Daniel Cardoso

"Das masculinidades-chouriço e do feminismo como ingrediente principal" http://www.acomuna.net/index.php/contra-corrente/4619-das-masculinidades-chourico-e-do-feminismo-como-ingrediente-principal

Abraço e sucessos para o Blog,
Bruno Góis

Anônimo disse...

Nossa Mirella, seu conceito de masculinidade e extremamente negativo hem?!
Conte-e mais como você sabe o que e ser homem, e como pretende a ensinar homens a serem homens melhores, do SEU ponto de vista?
E como você sugere que deva ser o novo homem? se abolirem a masculinidade total nos homens, o que vc sugere ser posto no lugar, nos ilumine Mirella.

Verô! disse...

Eu acho essa questão dos homens feministas mais delicada do que parece. Não sou feminista segregacionista e sou aberta à colaboração dos homens nos espaços feministas, mas quanto à homens participarem como as mulheres em grupos feministas tenho minhas reservas. Não estou dizendo que sou contra, estou dizendo que tenho algumas reservas.

Primeiro porque homens em geral dominam os espaços, eles foram criados para fazer isso e ficam muito, muito contrariados quando estabelecemos alguns limites. Me lembro de uma vez que estava na Caminhada Lésbica de São Paulo. Eu estava no caminhão ajudando a organizar o espaço, e num determinado momento abrimos o microfone para a fala dos diversos grupos que estavam lá. Nessa hora foi decidido que só mulheres ficariam no caminhão e que as/os jornalistas e fotógrafas/os que estavam lá também deveriam descer para que o caminhão de som, que era pequeno, não ficasse atolado e não comprometesse a segurança das pessoas. Olha, foi um sufoco! As jornalistas e fotógrafas desceram de boa, mas alguns homens mostraram resistência e um fotógrafo que se identificou como sendo da CUT (sim, falo mesmo) ficou tão revoltado que pensei que ia me agredir. Eu juro que acho que ele não me agrediu só porque o caminhão e todo o entorno estava cheio de mulheres feministas e se ele se atrevesse a levantar a mão para mim ia ficar feio para o lado dele.

Outra vez estava ajudando na organização de um evento sobre sexualidade das mulheres lésbicas e bissexuais. Quando as reuniões eram sobre sexualidade nós preferíamos que só mulheres estivessem presentes. Explico. Muitas mulheres se sentem desconfortáveis para falar de sexualidade, de saúde sexual e assuntos relacionados na presença de homens. Há muita pouca informação sobre saúde sexual de mulheres que transam com mulheres, muitas dessas mulheres não têm coragem de falar abertamente sobre isso nem com suas/seus ginecologistas. Então quisemos criar um ambiente confortável e acolhedor e contávamos com a presença de profissionais de saúde, todas também mulheres e que também transavam com mulheres. A idéia era que as participantes pudessem tirar suas dúvidas com conforto, num ambiente acolhedor e onde não tivessem vergonha de falar. Então apareceu um cara lá e uma das mulheres que também estava na organização explicou tudo isso que eu expliquei, o cara saiu, mas batendo o pézinho e fazendo birra. Ah, me poupe, né?

Dei só dois exemplos, mas por esses e outros acho que a presença de homens em espaços de debate feministas precisa ser bem discutida. E se por ventura um homem estiver nesse tipo de espaço ele deve saber que ali as protagonistas são as mulheres. Isso é mais difícil do que parece. Muitos homens - arrisco dizer até que a maioria deles - não se sente nada bem com mulheres colocando limites para suas performances públicas.

Outro ponto, e agora dou um exemplo muito pessoal. Sou super solidária às lutas do movimento negro e tenho uma especial admiração pela luta das mulheres negras. Acompanho e já participei de atividades direcionadas para mulheres negras. Sou fã mesmo, não tive melhores professoras do que as mulheres negras que estão na luta. A visão delas sobre o feminismo tende a ser, na minha opinião, muito mais rica. Mas eu digo, quando eu estou com elas estou na posição de aprendiz. Eu sou uma mulher branca, eu não tenho propriedade para falar por elas, eu não tenho as experiências delas. Eu posso contribuir no que elas acharem pertinente, mas são elas, e somente elas, que têm a prerrogativa de julgar até quando eu posso participar. Eu tenho muita tranquilidade no que tange à isso. Acho que os homens que querem contribuir com o feminismo precisam ter uma postura desse tipo. Mas como a Lola também exemplificou muitos homens dão piti quando se vêem nessa posição. É complicado…

André disse...

Verô,

E todas as feministas tem esse seu desprendimento na convivência com feministas negras? Se alguma não tiver ela será menos feminista? Se alguma que não tiver esse desprendimento ficar revoltada e deixar implícito que pode ficar violenta ou usar termos ofensivos ela ainda pode ser considerada feminista?

Carol disse...

Anônimo da 12:09

Eu sou lésbica e sou completamente a favor de homens no movimento feminista.
Espero que seu mundo não tenha caído agora.



E sobre as pessoas que falam que nunca encontraram um homem que seja feminista de verdade, ou que não acreditam na existência deles:
Já ouviram falar que, no mundo, você só consegue enxergar as pessoas e seus atos a partir de sua própria ótica?
Talvez você não esteja vendo as pessoas como elas realmente são e apenas as interpretando do modo como você é.

Se acreditar e dar uma chance a todos de mudar é ser uma pessoa ingênua, pois bem, prefiro continuar a ser assim.


E Lola, por favor, faça um post a respeito de feministas que estão sendo transfóbicas e tentando excluir mulheres (e homens) trans do movimento. Isso é algo que cresce cada vez mais no Facebook e se torna cada vez mais preocupante. Já não bastasse serem vítimas constantes de preconceituosos, um movimento que prega a igualdade de direito também quer prejudicá-las.

Caio Borrillo disse...

Alonso,


cara, de que universo misógino você saiu, cara???

Eu não me aguentei de tanto rir com tanta MERDA que você falou!

Países feministas afundando em crise???? CARA, sua psicodelia argumentativa foi show, espero que você se dê bem na carreira de comediante!

Paulo Silveira disse...

Nao se pode ser "de direita" e contra o machismo?

Anônimo disse...

Não espere um grande apoio para o movimento feminista enquanto os grupos vocais, como você mesma disse são os que odeiam homens e falam que todos são estupradores e que isso está no nosso DNA. Eu apoio o ideal feminista, mas não vejo nenhum movimento feminista que consiga apoiar. Todos que conheço são liderados por mulheres que odeiam homens. Você falou da pessoa que transforma o drama pessoal em movimento político. Eu vejo isso bem mais nas lideranças feministas que transformam o estupro ou a história de abuso em uma guerra contra todos os homens. De qualquer forma agradeço por colocar a sua posição de uma forma bem diplomática e educada.

Mirella disse...

anonimo de whatever horas,

Ué, quem confunde masculinidade e homens é você, não eu. Mas ok.
Agora, conta você, qual o seu conceito de masculinidade? Se resume a cortes de cabelo?
Aliás, você não teve problema nenhum em reduzir a feminilidade a um corte de cabelo e manicures - e eu não debochei de você ao dizer que o conceito é mais profundo, debochei? Ao contrário de você, apenas disse exatamente isso, que é mais profundo.
E jamais direi que entendo "os homens", da mesma forma que é impossível entender "as mulheres", seja você uma ou não. É necessário respeitar as individualidades de cada um, em vez de engessar as pessoas em homens másculos e mulheres femininas.
E caso eu tenha sido muito sutil, a feminilidade também é extremamente nociva. O que não significa dizer que mulheres são nocivas, pois sei que mulheres vão além da noção limitada de feminilidade. Da mesma maneira que homens vão além da noção da masculinidade.
Agora, vai dizer que a masculinidade encontra exemplo em um homem próximo dos seus sentimentos, carinhoso, atencioso, preocupado com a própria saúde e não violento?
De qualquer forma, tenho uma política de não trocar mais que dois comentários com quem não tem coragem de assinar nem um apelido, então, obrigada pelas risadas.

Anônimo disse...

tenho nada contra homem feminista, contra PESSOA feminista diga-se de passagem, agora contra os FEMINISTOS eu tenho absolutamente tudo em desfavor

Anônimo disse...

Tem Radfem dando bafo no facebook por causa desse post da Lola. Radfems querem matar a Lola.
Parece que a Lola não vai ter mais que encarar apenas os mascus, mas também as radfems. E eu acho que esse Caio é radfem disfarçado de homem.

Anônimo disse...

Sandro, eu vou falar só um pouquinho e vou evitar ficar brava.

Eu levei oito anos e cinco profissionais para conseguir um diagnóstico e tratamento corretos. Principalmente porque diagnosticar e tratar crianças e adolescentes com distúrbios psicóticos é muito arriscado e muito difícil. Eu só pude me cuidar depois dos 20, sendo que eu tinha crises desde a primeira infância. O tratamento foi maravilhoso pra mim.

Meu transtorno não tem cura. Dizer que eu deveria ter resolvido eles é a mesma coisa que dizer pra um paciente sem um membro, que toma analgésicos pras dores fantasma, que "se a medicina fosse boa mesmo seu braço teria nascido de volta já".

Eu concordo que o US consome neuroativos demais. Crianças demais diagnosticadas com TDAH, antidepressivos desnecessários, uso de antipsicóticos modernos só pra segurar o antidepressivo, e por aí vai. Eu também sou contra o uso indiscriminado de medicação e a internação compulsória. Mas existem casos e casos. O meu é um no qual o coquetel fez toda a diferença. Para o bem. E eu sei que tem muita gente que tem medo de se tratar ou vê a psiquiatria com preconceito, e o tratamento podia evitar sofrimento ou mesmo morte.

Raven Deschain disse...

Ae voltei. Gente, devo ser muito tapada. Ainda não consegui imaginar. Huashua

Então, depois que conheci o feminismo, claro, falei dele pra muita gente. E alguns dos meus amigos concordam com quase tudo. De liberação sexual feminina a não xingar as mocas de piranha. Só que eles não dizem em alto e bom som que são feministas ou mesmo aliados. Pq pra eles é esquisito. É um movimento de, por e para as mulheres. Eles só estão lá achando tudo ótimo. E isso é muita patetice. Concordar e não fazer nada? Credo. Eu adoraria que se engajassem mais. Não consigo concordar em exterminar os homens da face da terra. Nadaavê.

Anônimo disse...

Raven

Em resposta ao seu doce comentário só tenho duas coisas a dizer :

1 - por causa de feministas agressivas como você que sempre que podem estão contra os homens é que nos não gostamos do feminismo mesmo concordando que algumas causa foram ou são justas.

2 - Seja mais polida pois a internet não é favela.

Anônimo disse...

O feminismo ainda é muito burgues na sua composição social. As feministas daqui do brasil importam todo o que há de mais liberal do feminismo norte americano. E as rad o que há de mais sexista do feminismo norte americano. Quando as feministas e socialistas vão se apropriar da vasta e incrivelemente fecunda bibliografia feminista de esquerda? Nunca vi em nenhuma evento feminista que participei no Brasil as feministas marxistas que abundam nos EUA, na Europa e onde mais se tenha teoria academica com enfoque sobre a questão da mulher e das minorias na sociedade. O marxismo brasileiro é o mais conservador e maxista que eu conheço e o feminismo majoritariamente liberal. É tudo muito estranho aqui, quando a teoria não acompanha a prática. com uma reflexão menos dogmática e mais ligada a práxis talvez não teriam tantas tretas com grupos dentro do feminismo. Quando se coloca o feminismo no contexto geral se percebe feministas de direita, de esquerda e fascistas com mais esclarecimento que colocando todo o feminismo num balaio só.

Unknown disse...


Hum, Lola, acho que o problema com a grande maioria dos homens que se dizem feministas, ou pró-feminismo é exatamente esse que você citou no texto. Eles só são 'feministas' até o momento em que alguma mulher decide apontar um erro dele. Desconstruir preconceito internalizado e rever privilégio que é bom nada! E o pior, querem aplausos e biscoitos por fazerem nada mais do que a obrigação deles: tratarem mulheres como seres humanos, com respeito e dignidade. Sabe o que eu vejo, pelo menos no 'mundo virtual'? Homem revoltado com feminista ~misândrica~ se usando dessa desculpa para vazar prints de relatos (dentro de grupos feministas não-mistos, com a ajuda de outras feministas) para praticar misoginia. Pior é que eles tem aval para isso! Eu respeito e apoio minhas irmãs ditas "misândricas" sim, até porque muitas delas usam essa suposta misandria (digo suposta, porque não temos poder político para oprimir homens de fato) para se proteger. Acho que a gente DEVE sim ter apoio dos homens, mas não vou passar a mão na cabeça de machinho que não sabe problematizar as coisas que fala e que não aceita que ele é só isso, um coadjuvante, um apoio, não tem como ser mais do que isso, porque ele já está cercado de representatividade e privilégios. Acho o cúmulo o cara dar tapinha nas costas das feministas, fazer o tipo "there, there", mas se recusar a rever os privilégios que tem. Acho o cúmulo o iuzomismo e as male tears que sempre se seguem toda vez que você os questiona. Pode ser que, na sua vivência, que é maior do que a minha já que eu tenho apenas 22 anos você tenha sim conhecido homens que realmente se empenham em mudar algo. Eu milito há pouco tempo, 3 ou 4 anos, por isso não posso afirmar que todos são assim, porém é o que eu mais vejo: homem que não admite que tem preconceitos a serem desconstruídos, que tem sim que acabar com o seu egocentrismo e que deve ouvir, ter empatia e usar a sua voz em espaços aonde ele é privilegiado, não em locais onde quem deve ter visibilidade é a mulher. A mim não ajuda nada um cara marchando com "VADIA" escrito no peito se quando um amigo dele faz uma piada machista, ou um comentário misógino ele não se posiciona. A mim não ajuda se eles não se engajam em conscientizar os outros homens para que parem de oprimir as mulheres. E entre perder tempo sendo didática com homem (que pode muito bem dar uma lidinha básica, pesquisar no google, ou frequentar as palestras para OUVIR, APRENDER e REPRODUZIR o que aprendeu para OUTROS HOMENS) e ajudar a uma irmã que precisa do meu apoio, eu com certeza escolho a segunda opção. Um homem não tem o direito de me dizer como o feminismo deve ser, entende? E o que tem de "homem feminista" querendo pautar a luta dxs outrxs aí não tá escrito, viu? É isso! Beijo! :*

Anônimo disse...

Brigado, mas eu passo.

Alhambra disse...

Militância de qualquer tipo emascula um homem. Sair na rua com cartaz, tinta no corpo e grito de guerra para pedir benção à opinião pública é definitivamente pouco masculino e mesmo que um homem decida por concordar com o feminismo, deveria levá-lo para a prática pessoal, e não para performances teatrais.

Um cara apaixonadamente feminista não passa de um ser perturbado pela falta de pertencimento e é um grande risco para os trabalhos das pensadoras feministas sérias.

Anônimo disse...

Se vocês falam...
Ser feminista não faz o homem ser "menos homem", mas também não faz ser mais homem. Por que diabos a gente tem que defender os protestos que darão benefícios a elas!? Na minha opinião homem feminista é um baita de um abestalhado que acha que as feministas de hoje lutam pela igualdade. Esses idiotas lutam é pras mulheres tenham mais direitos que ele. Eu acho que eles querem é virar cachorrinhos adestrados por essas feministas podres.

Domingos Tavares disse...

@Raven
Então, depois que conheci o feminismo, claro, falei dele pra muita gente. E alguns dos meus amigos concordam com quase tudo. De liberação sexual feminina a não xingar as mocas de piranha. Só que eles não dizem em alto e bom som que são feministas ou mesmo aliados. Pq pra eles é esquisito. É um movimento de, por e para as mulheres. Eles só estão lá achando tudo ótimo. E isso é muita patetice. Concordar e não fazer nada? Credo. Eu adoraria que se engajassem mais. Não consigo concordar em exterminar os homens da face da terra. Nadaavê.


Sabe, eu entendo porque seus amigos não se tornam feministas.

"É um movimento de, por e para as mulheres", como você falou. Vantagens para eles não existem. Afinal, o feminismo raramente se propõe a discutir como o machismo afeta os homens. Aliás, é comum que algumas feministas rotulem os homens - todos eles - como sendo "os opressores", "os inimigos". E o inimigo do feminismo é o machismo e não os homens, certo?

E dessa forma, essas feministas não apenas diminuem os problemas dos homens (aqui entra "male tears", "iuzomismo"), chegando a casos onde pregam a misandria como sendo uma coisa boa. Isso quando não cobram que os homens cumpram com um de seus papéis de gênero do patriarcado e exigem que ele proteja as mulheres próximas.

Quanto aos homens feministas, teoricamente, são eles quem deviam desconstruir os padrões de gênero que afetam os homens, identificar e combater o machismo na parte onde os homens sofrem com base em sua perspectiva de gênero, criar espaços para discutir masculinidades sob a ótica feminista e lutar para que sejam criados espaços para acolher homens vitimados pelo patriarcado, entre outras coisas.

Mas tudo o que eu vejo homens feministas fazendo é sendo um bando de fedelhos inúteis que se acham mais do que as feministas mulheres. Isso quando eles não ficam puxando o saco delas só para parecer cool e acaba se tornando aquele mala que acha que salvará todas as mulheres com o seu cavalo branco, a sua armadura brilhante e o seu feminismo. Eu tenho NOJO de caras assim.

E eu nunca conheci um homem feminista de verdade. Só feministo mesmo. Principalmente na Internet. Para mim, feministos são piores que mascus e não merecem um pingo de respeito de minha parte.

Alisson Prando disse...

Lola, você é uma Deusa.
Obrigado por partilhar suas ideias aqui.
Sou estudante de Filosofia Feminista, e fico tão triste quando me chamam de "feministo" ou de qualquer coisa assim.
Creio que a gente precisa de muita teoria para atingirmos uma prática bem executada. As feministas de redes sociais precisam entender o conceito de interseccionalidade política pra ontem.

Anônimo disse...

Obrigado pelo reconhecimento, Vivian, eu sou o anônimo ao qual você se referiu.

Assim como o Domingos Tavares (que tem um discurso um tanto mais agressivo, mas com o mesma premissa), eu acredito que o papel do homem no feminismo, como membro ativo, é questionar o sexismo como um sistema de opressão universal, contribuindo para e motivando-se a partir da própria experiência.
Nas pautas e nos manifestos do feminismo atual (as questões de gênero femininas), eu acredito que o papel do homem é ver e aceitar a experiência alheia - da mesma forma como acredita que deveriam ser legitimadas os próprios problemas.
Eu confesso que tendo a ver os homens que tiram a camisa na Marcha das Vadias e escrevem "vadia" no peito um tipo de caricatura do manisfesto. Quase uma falta de respeito mesmo, justamente porque eles não são chamados de vadia. Não que eu não acredite em empatia, mas eu acho que empatia é legitimar/acatar e não satirizar a luta de outrem ou querer chamar atenção em contexto em que nem deviam receber atenção.
Às vezes eu me pergunto se essa abordagem do tema em que eu acredito não seria também sexista ou individualista, mas como poderia ser de outra forma se justamente as experiências são diferentes?

Ana disse...

Lolinha, POR FAVOR, diminua o nº de imagens nas suas postagens e no blog em geral...

Lola não seja ingênua, esses homens feministas não prestarão para nada e só estão "apoiando" a causa achando que vão conseguir mulher com isso (e isso se chama homem interesseiro).

Lola você está sendo usada pela maioria das mulheres heterossexuais, pois elas só são feministas para terem aceitação para serem promíscuas. Fora isso, elas são muito machistas.

Ass: mulher homossexual assumida.

Anônimo disse...

Eu realmente não acho que os homens se importam com coisas como alistamento militar e algumas outras bobagens usadas como argumentos, se isso fosse importante eles mesmos lutaria contra.
Alguns argumentam que as feministas não fazem nada pelo homens, as feministas chamam isso de "male tears", mas elas querem que o homem apoie a causa delas, sendo que só vão estar contribuindo com uma causa que só é boa para os outros, seria isso "female tears".
Não é incoerente dizer que os homens é que devem se virar com seus problemas e ao mesmo tempo dizer que eles deveriam contribuir com o feminismo, espalhando isso para outros homens, no caso?

Eu concordo que nenhuma mulher deveria fazer nada para mudar a sociedade a favor do homem.
Também concordo que nenhum homem deveria mexer um dedo pra contribuir com o feminismo.
Ou todos se ajudam, ou cada um faz e seu e foda-se o resto, vamos ser coerentes, por favor!

Pra mim, o único feminismo que faz sentido é o feminismo segregacionista, aquele que não se importa com homens, ou até os odeie.
As mulheres que lutem pelo que elas querem, não temos nada a ganhar com isso. Assim como elas não tem nada a ganhar exigindo o fim do serviço militar obrigatório.

Anônimo disse...

Não adianta, o feminismo só prejudica homens feios e pobres, homens bonitos e/ou ricos estão no topo dos humanos e ninguém mudará isso.

Anônimo disse...

Isso de os homens não tem nada a ganhar com o feminismo é ridículo, tem mulheres morrendo, mas tu só entre se ver avntagem? Egoísmo da porra, incapaz de enxergar outro ser humano.
Posso apoiar o movimento trans sem ser trans, o negro ser ser negra, posso até entender a opressão de animais não-humanos mesmo de sendo de uma espécie diferente, porque vivemos em sociedade em um planeta, não existimos no vácuo. o sofrimento do outro me toca, se pra ti não faz diferença nenhuma, tá bem em humanidade hein?

Julia disse...

Raven, continue sempre assim, querida.

E o anon que não gostou que se foda.
Espero que a minha "agressividade" não tenha ferido os seus sentimentos, anon.

Anônimo disse...

"Isso de os homens não tem nada a ganhar com o feminismo é ridículo, tem mulheres morrendo, mas tu só entre se ver vantagem? Egoísmo da porra, incapaz de enxergar outro ser humano."

E desde quando eles enxergam mulher como ser humano? Tem a cara de pau de vir aqui perguntar onde estão as "vantagens" deles.

Bando de escrotos.

vivian disse...

Anônimo das 19h28
Olá! Imagine!
As experiências de homens e mulheres são bem diferentes realmente. Por este motivo, acho uma ótima saída homens conversarem com homens para desconstruir gênero e explicar os por quês das convenções de gênero serem prejudiciais a eles.

Acho difícil que as pessoas se livrem do sexismo de uma hora pra outra, como esse lance dos protestos... mas eu sou do tipo que, embora acredite que exista uma versão ideal dos fatos, comemoro os pequenos avanços e apoios (mesmo que tortos muitas vezes).

Eu concordo com sua opinião e espero que você, assim como eu, a multiplique dentro dos grupos aos quais pertencemos =)

André:
Uma coisa é analisar a estrutura do sistema. Outra coisa é analisar a vivência individual das pessoas. Ninguém precisa ser especificamente homem ou ser mulher para saber que a estrutura da sociedade funciona de modo desigual em detrimento de um gênero. Porém, para compreender melhor as vivências de um indivíduo (e assim se comunicar com ele), outra pessoa que compartilhe dos mesmos valores e experiências, guiadas pelas mesmas diretrizes, vai entender e se comunicar muito melhor.

Anônimo disse...

Sigmund Freud era realmente um homem a frente de seu tempo, Gênio.

Amana disse...

Valeu, Lola!!!
:D

Cris disse...

Parabéns, RadFems! Parabéns, demais feministas que toleraram e permitiram que as ideias da Segunda Onda voltassem a ter força no seu movimento, tornando-o fundamentalista!

Conseguiram dar inicío ao próprio processo de isolamento e enfraquecimento.

Cris disse...

Homem ex-feminista com orgulho.

Anônimo disse...

"Claro que existe um amplo debate acadêmico sobre homens no feminismo, mas não é isso que vemos na internet."

Não se vê na internet porque o debate acadêmico se confunde com "militância". Em vez de lugar amplo, de estudo, com troca de diferentes linhas de pensamento (como acontece em departamentos de sociologia e psicologia, com vários professores de metodologias diferentes), há somente o barulho. Se você discorda intelectualmente sobre um conceito feminista, você é acusada de dormir com o opressor.

Anônimo disse...

OFF TOPIC Lola,
No post vc fala das várias correntes feministas. Gostaria de saber quais são. Acho que seria uma idéia para algum post e ficaria feliz se vc pudesse faze-lo!
Luiza

Verô! disse...

André,

1. Não tenho como dizer que toda a feminista tem o "meu desprendimento", mas isso é esperado. Mas há algum em comum com todas as mulheres feministas que nenhum homem terá, somos todas mulheres. Isso leva o diálogo para outro nível.

2. Violência e termos ofensivos, mesmo que implícitos, não são práticas aceitas nos espaços feministas onde transito. Apesar das desavenças, dos debates por vezes acalorados, os espaços feministas são particulares: generosidade e solidariedade, empoderamento e união, aprendizagem e formação, são essas coisas que normalmente experimento com as minhas companheiras.

Anônimo disse...

Considero-me um homem feminista enquanto feminismo como forma de lutar contra todo tipo de opressão e sexismo. Embora não li algum livro de autoras(es) feministas, tive criação e experiências de vida que influenciaram de forma positiva minha compreensão deste movimento. De leituras que estão em prol ao feminismo, embora não diretamente sobre este assunto, li muitos livros de Humberto Maturana que é um biólogo e epistemólogo. Digo em prol ao feminismo pois seus estudos o levaram a deduções que falam no "reconhecer o outro como legítimo outro". Estou sendo bastante sintético para não delongar este comentário. Sugiro leitura do livro de Maturana "Emoções e Linguagem na Educação e na Política" para compreender melhor meu comentário.
Entendo que esta dedução de Maturana amplia o potencial transformadora do movimento feminista na sociedade patriarcal-patrimonialista-capitalista, pois, não se trata somente do ser humano mas de toda forma de vida.

Domingos Tavares disse...

@Anom das 23:22
Isso de os homens não tem nada a ganhar com o feminismo é ridículo, tem mulheres morrendo, mas tu só entre se ver avntagem? Egoísmo da porra, incapaz de enxergar outro ser humano.


Só mulheres? Só no Brasil são mais de 45 mil homens assassinados por ano, mais de cem por dia. Enquanto mais de 5 mil mulheres são assassinadas anualmente. Está ruim para as mulheres, mas em termos de assassinatos está pior para homens.

E é fácil falar quando o feminismo traz muitas vantagens às mulheres. Ou você acha que o apoio masculino é gratuito e eles vão se martirizar em protestos de graça, para que eles tenham nenhuma mudança pro lado deles ou mudanças para pior?

Você está sendo egoísta ao cobrar que homens se aliem ao feminismo e abram mão de seus privilégios a troco de nada. Não se esqueça que a luta dos LGBTTs, dos negros, dos defensores das espécies não-humanas não te afeta diretamente. Ter ou não casamento gay ou qualquer outro direito não vai te fazer diferença se você não for lésbica. Combate ao racismo não vai mudar a sua vida se você não for negra ou efetivamente racista. Direitos dos animais não humanos não vai fazer diferença muita para você, já que você não precisa escravizar um animal para sobreviver. Só não vai ter mais carne se eles tiverem sucesso, mas você ainda terá muitas coisas para comer ou usar.

Mas o feminismo afeta diretamente os homens. Afinal, estão querendo mexer na vida DELES para melhorar a vida DELAS. E o cara nem precisa ser machista para que o feminismo tenha uma proposta para alterar a vida dele. Por exemplo, se a luta pela igualdade salarial tiver sucesso, ele vai ter o salário dele reduzido para que isso seja alcançado. Ou você acredita MESMO que os patrões vão dar aumento para as mulheres só para igualar ao salários dos homens? E tem também a remoção de privilégios masculinos, que muitos se agarram a eles. E acha que eles vão desistir deles por algo que não seja melhor do que esses privilégios?

Só lembrando que o que oprime os homens, de acordo com as propostas de várias entidades feministas, vai continuar intacto. Morrer mais cedo, poucos investimentos na saúde deles e menos acesso à medicina, cada vez menos acesso à educação (se comparado às mulheres), 11x mais chances de ser assassinado (17x na rua e aumentando), invisibilidade quando vítima de violência doméstica (como perpetrador ele tem o sistema prisional), trabalho infantil, escravidão, segurança no trabalho, descartabilidade masculina, etc., nada disso vai sofrer a menor alteração no que depender dessas entidades. A não ser, é claro, quando estiverem falando de meninas e mulheres vitimadas nos problemas relatados acima. E, mesmo assim, se esforçarão exclusivamente por elas.

E se essa luta não vai libertar os homens, por que eles deveriam se preocupar? E se o feminismo substituir o patriarcado, o que vai ser dos homens? Iuzomi?

Anônimo disse...

"Só mulheres? Só no Brasil são mais de 45 mil homens assassinados por ano, mais de cem por dia. Enquanto mais de 5 mil mulheres são assassinadas anualmente. Está ruim para as mulheres, mas em termos de assassinatos está pior para homens."

Morrem por serem homens? E são assassinados por mulheres?
Mulheres geralmente são assassinadas dentro de casa por serem mulheres e normalmente por homens.

Thalita

1AEL disse...

Domingos Tavares,

"Por exemplo, se a luta pela igualdade salarial tiver sucesso, ele vai ter o salário dele reduzido para que isso seja alcançado."

Muito nem lembrado. Na Suécia, em Umeå, o município elevou a taxa de imposto para os homens, a fim de manter a igualdade salarial.

Mariana disse...

Uau, Lola. EU TE AMO POR TER ESCRITO ESSE TEXTO. Você falou exatamente tudo que eu penso, e mais um pouco. Como essas mulheres querem lutar contra o desprezo e exclusão de seu gênero enquanto desprezam e excluem o outro gênero? É contraditório. É infantil. E cá entre nós, é ridículo e não traz benefício algum ao movimento feminista, muito pelo contrário.

Anônimo disse...

"Morrem por serem homens? E são assassinados por mulheres?
Mulheres geralmente são assassinadas dentro de casa por serem mulheres e normalmente por homens."

Isso não muda em nada o argumento do texto,

Anônimo disse...

"Lei Maria da Penha JÁ DEFENDE HOMENS QUE SOFRERAM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. Gente, é desonestidade intelectual de vocês já! Uma busca rápida no Google já mostra esses resultados!"

Desonesto intelectual é você.
De fato existiram algumas decisões isoladas aplicando a maria da penha em casos onde o homem foi vítima.
Você só esqueceu de dizer que, posteriormente, o STF cassou todas essas decisões e proclamou que a maria da penha é aplicável apenas e tão somente aos casos em que a mulher é vítima.

Não sei se isso é só ignorância ou se é desonestidade mesmo.
Partindo da premissa que o movimento feminista é inteiro desonesto, acho que é só desonestidade mesmo...

Anônimo disse...

"Morrem por serem homens? E são assassinados por mulheres?
Mulheres geralmente são assassinadas dentro de casa por serem mulheres e normalmente por homens.

Thalita"

Quando você tem um discrepância de 9 pra 1 você realmente acredita que não tenha tendencialismo de gênero dentro das taxas de homicídio?! Você acha que o fato de um assassino escolher homens majoritariamente como vítima ou o simples fato de homens estarem mais envolvidos em situações de crime e risco não configura discriminação de gênero? Pede empatia, mas acha que homens assassinados não merecem tal consideração porque, afinal de contas, foi assassinado por outros homens?

É muito umbigo e senso comum pra pouca reflexão crítica.

Anônimo disse...

"Só mulheres? Só no Brasil são mais de 45 mil homens assassinados por ano, mais de cem por dia. Enquanto mais de 5 mil mulheres são assassinadas anualmente. Está ruim para as mulheres, mas em termos de assassinatos está pior para homens.

E é fácil falar quando o feminismo traz muitas vantagens às mulheres. Ou você acha que o apoio masculino é gratuito e eles vão se martirizar em protestos de graça, para que eles tenham nenhuma mudança pro lado deles ou mudanças para pior?

Você está sendo egoísta ao cobrar que homens se aliem ao feminismo e abram mão de seus privilégios a troco de nada."


Eu não estou cobrando que homens defendam o feminismo, estou apontando o problema em só querer se envolver em algo se houver benefício próprio. Se não querem ser feministas não sejam, mas usar esse argumento é ser mesquinho.
O fato de mulheres estarem sendo assassinadas pelo machismo e homens pela violência global faz toda a diferença, até porque ninguém disse que o feminismo era "a favor das guerras" ou o que seja, na verdade, muitxs feministas são antimilitarismo, anticapitalismo e defendem que as drogas sejam tratadas como questões de saúde, fatores esses que estão extremamente relacionados com a violência. Mas o machismo não ocorre por esses motivos, ele existe devido a todas as razões que a gente já conhece baseadas em mulheres não serem tão merecedoras de direito quanto os homens.
E o a troco de nada varia bastante de pessoa para pessoa. Um valor que eu levo para minha vida é me preocupar também com o bem-estar das pessoas à minha volta, então pra mim faz sentido lutar por uma causa que não seja minha se eu a achar justa.

"Não se esqueça que a luta dos LGBTTs, dos negros, dos defensores das espécies não-humanas não te afeta diretamente. Ter ou não casamento gay ou qualquer outro direito não vai te fazer diferença se você não for lésbica."

Isso não é verdade. Existem muitos privilégios brancos e cis, tanto é que vemos uma infinidade de pessoas reclamando de cotas e de "terem" que dar espaço para pessoas negras; quanto a transfobia, para garantirmos direitos de pessoas trans, a sociedade como um todo precisa repensar sua forma de ver gênero (o que está bastante relacionado com machismo), precisa considerar pessoas trans... pessoas! E com isso ver as oportunidades de trabalho, os banheiros inclusivos, coisas que são óbviamente de direito de pessoas trans, mas que muitos acham um absurdo.
Outro exemplo seria a opressão de classe, onde para os pobres terem acesso a recursos que pessoas classe média e alta têm, seria necessário muitas mudanças na vidas dos mais confortáveis socialmente, por isso existe tanto mimimi de classe média, como com a nova lei das domésticas. Então sim, homens teriam que mudar seu estilo de vida para serem feministas, mas aí vai de cada um avaliar o quão necessário é: fazer piadas de estupro, desrespeitar o não de uma mulher, não ter tanta concorrência em cargos em muitas áreas, assediar mulheres. Não sei vocês, mas na minha visão isso seria o normal que uma pessoa decente faria. Abdicar de privilégios é uma coisa ~difícil~, mas é o caminho óbvio para quem se considera justo.

(continua)

Anônimo disse...

(continuação)
"Só lembrando que o que oprime os homens, de acordo com as propostas de várias entidades feministas, vai continuar intacto.
E se essa luta não vai libertar os homens, por que eles deveriam se preocupar? E se o feminismo substituir o patriarcado, o que vai ser dos homens?"


Opressão é um sistema histórico de dominância e exploração de um grupo sobre o outro, homens não sofrem opressão. Homens podem pertencer a um grupo que sofra opressão (ser pobre, negro, LGBT+) ou sofrer discriminação individual baseada em determinadas características. os problemas sociais como violência, dificuldades financeiras, etc. não são opressão porque atingem a todos.
E o feminismo traz vários benefícios para homens, que já foram muitas vezes discutidos aqui. Além do que uma coisa não exclui a outra, a maioria das feministas também quer uma mudança social na maneira de educarmos, fornecermos saúde, segurança, etc., mesmo que isso não seja pauta do feminismo.
E já falei que o motivo para alguém se juntar a alguma causa assim é pura empatia, acreditar na vida em sociedade e não suportar ver outro ser humano sofrendo, mas a escolha é livre, claro.

Anônimo disse...

"Opressão é um sistema histórico de dominância e exploração de um grupo sobre o outro, homens não sofrem opressão. Homens podem pertencer a um grupo que sofra opressão (ser pobre, negro, LGBT+) ou sofrer discriminação individual baseada em determinadas características. os problemas sociais como violência, dificuldades financeiras, etc. não são opressão porque atingem a todos."

Não, não moça, você está certa. As discrepâncias de gênero enormes nos índices de violência e suicídio mostram como são "os outros problemas" sociais, independente de gênero, que matam homens, lógico. Mas a única forma de chegar em tal conclusão é considerar que, por exemplos, existem pelo menos nove vezes mais homens negros e/ou pobres e/ou homossexuais e/ou trans que mulheres na mesma situação.

Mirella disse...

Anônimo das 14:33:

Pois é, mas quando se fala na desconstrução da masculinidade e do modelo de educação violenta, aí não falta homem dizendo que estamos castrando os homens, que homem é violento por natureza e por conta da testosterona, que é para parar de querer mudar os homens, porque é assim que as coisas foram e sempre serão...
Caso duvide, é só ler os comentários, inclusive de outros anônimos neste mesmo post, em que os próprios homens não dissociam masculinidade de si mesmos.
Leia o post de hoje, quarta, e nele mesmo se fala que não, não é que o homem é inerentemente violento, é a sociedade que engessa um gênero dentro do conceito de violência e, caso ele vá contra o mesmo, é marginalizado pelos homens "machões".
O que mais tem é homem batendo no peito dizendo que é homem com H, que é machão, que ser "manso e emasculado é ser menos homem".


E depois eu, que acredito que essa violência pode ser dissociada de qualquer um, é que sou misândrica.

Paulo Marcelo Oz disse...

Lola. Eu te amo. Honestamente. Lembro que achava o feminismo o maior barato, super justo, desde criança. De repente, no último ano, fui proibido de, sequer, tocar na palavra. Percebi um sempre alto nível de truculência toda vez que falei coisa qualquer coisa simpática ao feminismo nos últimos meses, a ponto de eu começar a ficar com raiva (q eu vergonha) de um movimento que sempre admirei.

Te agradeço profundamente pelo post, de verdade.

Anônimo disse...

No meu trabalho vejo tanto homens quanto mulheres no comando, vejo mulheres ganhando tanto ou até mais que homens. Em termos nacionais, as mulheres tem maior nível de escolaridade e conheço muitas garotas que fazem os mais diversos cursos: engenharia, direito, psicologia, biologia, etc.
O que quero dizer é que mulheres no Brasil e em países do ocidente não são oprimidas, porém sofrem sexismo; não há nenhum impedimento por lei para que mulheres não exercem as mesmas funções que os homens ou nos direitos.

Não li todos os comentários, mas já que nesse post estamos falando dos homens, por favor respondam essa pergunta:
Se vivemos num sistema patriarcal, que sempre beneficia o homem e ele está sempre no controle, então seria ele o culpado pelo seu estupro, assédio, violência sofrida pela parceira ou por outro, mesmo que seja estranho? Isso não seria culpabilização da vítima? E dizer que quando acontece com os homens não é o mesmo porque eles são homens e/ou porque não tem a mesma frequência (ou mesmo destaque), não é diminuir a experiência deles ou fazer pouco caso?

Seria a solução abrir um espaço somente para homens? Ao meu ver podemos perfeitamente falar sobre violência, assédio ou estupro abordando os dois gêneros, sem apagar um ou o outro; falar sim, sobre a maioria dos casos, onde a vítima é mulher, mas sem deixar de falar dos homens.
E se essa for a solução, então acho que tem outro nome e não feminismo.

Outra pergunta: por ser mulher (e parda, se fizer diferença), eu tenho que ter medo de todos os homens que eu encontrar na rua ou que conhecer? Eu trabalho e estudo com vários homens, ontem um homem me ajudou na rua quando me machuquei e já vivi outras situações parecidas.
Não quero dizer que não existam casos onde as mulheres sofram com o sexismo, porque eu já vi isso também, vemos muitos casos de mulheres que também são mortas por isso, mas peço que a minha opinião não seja descartada simplesmente porque não tive a mesma experiência que muitas tiveram.

Anônimo disse...

Lola, qdo vc diz que o protagonismo é da mulher, isso inclui mulheres trans* ? Pq eu acho que elas assim como os homens podem militar, mas não podem protagonizar não. Dizem que algumas inclusive criam caso quando mulheres cis querem falar de aborto, menstruação, pílula e outros assuntos que não diz respeito a elas.
Pra mim todos deveriam ser feministas, a luta contra o machismo tem que ser de todos, mas o protagonismo é da mulher CIS, assim como a trans é protagonista do Transfeminismo. No feminismo ela é só aliada.
Outra coisa, o que vc acha de gente que cria caso que homem não pode se dizer "feminista", mas "pró-feminismo" ? Respeito a forma de pensar de todas, mas na minha opinião ngm tem o direito de dizer o que o outro deve se autoproclamar ou não, acho que só o fato de ser "homem e feminista" já é claro que o protagonismo não é dele. E olha só, no facebook as radfems estão indignadas e mesmo as trans* (!) Estão dizendo que você ñ tem direito de dizer que homem pode se proclamar "feminista" pq vc defende/perdoa estuprador arrependido (!) e não tem moral. Que história é essa? hahahahaha
Achei ridículo que existe trans feminista segregacionista tb (!)

Tiago Gomes disse...

Lola, gostei muito de seu texto. Acredito que de certa forma é um elemento esclarecedor para a idéia da possibilidade da auto-proclamação de homem feminista para os homens que simpáticos ao feminismo assim o desejarem. Apesar de ter simpatia e corroborar com diversos aspectos do movimento feminista desde os processos de igualdade entre gêneros seguindo pela valorização de todos os indivíduos e pela necessidade de mudanças sociais profundas para a execução desse ideais, ainda sim vejo como um contra-censo encontrar homens ditos feministas numa sociedade como a nossa. Não sei de outros lugares pois nunca morei fora, contudo todo o sistema e as formulações de trabalho desde o sistema educacional ao sistema financeiro passando pelo mercado de arte e diversos outros meios do mercado de trabalho tem uma estrutura machista, patriarcal e sexista. Por ser simpático ao feminismo acabo por tomar atitudes e ter hábitos extremamente diferentes de grande parte dos homens que conheço mas ainda sim não posso me dizer feminista. Um homem no Brasil mesmo que queira ser feminista acaba não sendo, digo isso de uma realidade fora e distante de uma grande capital do sudeste que como São Paulo ou Rio que tem suspiros de processos sociais Feministas bem embalsados e ligados a "academia".

Anônimo disse...

Lola, eu sou um homem que se considerava um feminista e as vezes, sem entender, causava no protagonismo, sendo muito enfático, etc. mas eu percebi isso a certa altura e tudo mais e passei a mais ser um apoiador e falar sobre isso com homens e ser um bom homem feminista.

SÓ QUE NÃO!! eu percebi tbem que o meu feminismo era murcho, que eu, mesmo compreendendo a teoria feminista, eu era/sou machista pra caralho, e um dia cometi um grande erro, agredindo física e psicologicamente uma mulher que era minha parceira.

sem justificativas para tanto (pois é injustificável tal ato) e sem compreender o próprio comportamento meu, eu caí no ciclo da depressão.

OLHA AQUI, não quero ser vitima tbem, sei que não sou e nunca serei, Lola. eu sou um agressor. eu percebi o quanto danifiquei uma outra vida, e que toda minha tristeza não significava porra nenhuma. vc entendeu.

eu te pergunto apenas se, na sua opinião, existe regeneração para mim (sem jamais repetir este ou nenhum comportamento, vigiando-me etc) ou se eu devo me reduzir a nunca mais falar nada sobre... ou se devo ficar próximo das feministas q ainda falam comigo e acreditam na reconstrução da minha pessoa (se não houver repetição desse comportamento etc).

da última vez que nos vimos nada disso havia acontecido. eu estou ansioso pra saber o que você pensa. um abraço.

lola aronovich disse...

Oi, anon das 20:53. Sim, inclui mulheres trans também, porque são mulheres. Entendo que mulheres cis tenham mais interesse em algumas coisas, como a questão do aborto, da gravidez, da menstruação. Acho perfeitamente compreensível que o protagonismo nessas questões seja de mulheres cis. Mas, assim, os feminismos são tão plurais, tão sem hierarquia, tão horizontais, que nem sei qual protagonismo é esse que estamos falando. Tem lugar pra todo mundo que seja feminista. Eu não tenho paciência pra essa briguinha que transfeministas e radfems importaram dos EUA. Pra que brigar? Odeio esse autoritarismo de que trans não pode isso, homem não pode aquilo -- não pode nem se dizer feminista. As radfems já confiscaram minha carteirinha feminista uma pá de vezes. Algumas transfeministas também já me queimaram numas fogueiras virtuais. Felizmente não são elas -- nem ninguém -- quem decide quem é ou não feminista.

lola aronovich disse...

Anon das 22:48, nós já nos vimos? Bom, não sei quem vc é, porque vc é anônimo. Mas um dos pontos que algumas radfems mais odeiam em mim é isso de acreditar em reabilitação, em perdão, em segunda chance. Como já disse várias vezes, entendo que uma feminista sobrevivente de estupro ou outra forma de violência sinta ódio por quem lhe fez aquilo e até por outros homens. Entendo que essa seja uma forma de enfrentar o problema (embora eu não considere a melhor forma. Ódio não faz superar traumas, ódio corrói). Mas isso individualmente. Quando vem uma corrente feminista e diz que o ódio é uma estratégia legítima de um movimento, bom, aí eu já discordo totalmente. Se já acho o ódio pouco prático individualmente, coletivamente, então, é um fracasso como estratégia de luta. Esse feminismo punitivista que prega castração, pena de morte, linchamentos, não é pra mim, pois vai contra direitos humanos. Tenho sérios problemas com feministas que, no seu ódio, se confundem com mascus. Às vezes passam a ter os mesmos discursos segregacionistas.
Enfim, não sei quem vc é, nem o que vc fez, mas não acredito em prisão perpétua. Não sou juíza de nada, não posso julgar, nem cabe a mim absolver alguém. Mas creio em princípios básicos de justiça -- que todos devem ter direito à defesa, por exemplo. Que depois da condenação e da punição, a pessoa tem direito a uma nova fase.

Anônimo disse...

sou eu de novo. você é demais cara. bati na garota e assustei ela totalmente embriagado (não justificativa). nos vimos numa universidade em que vc foi falar sobre genero. não me identificarei. sei que era apenas a opinião que você poderia dar, mas valorizo a sua. entendo o ódio totalmente, entendo todos os olhares enviezados. eu mesmo tenho visto a reconstrução da minha militancia, mas sempre vale algum eco. valeu aí. um beijo.

Anônimo disse...

Sim, Lola! Não sou o anon das 22:48, mas vou me meter. É verdade, radfem diz que misandria é uma forma de defesa. Tipo, radfems são meio sheherazadeanas: fazem justiça com as próprias mãos. são justiceiras. tá com pena? adota um mascuzinho, hahahahahaha
Radfem é o caralho! Não fecho com feminismo segregacionista

Letícia Penteado disse...

Perfeito.

God's Secrets of Wisdom disse...

Caros homens cis, sei que vocês tem se sentindo chateados com a exclusão que vocês tem sofrido no feminismo quando a poucos anos vocês eram coagidos a entrar no mesmo, vou explicar o que ocorre para tanta revolta.

Como vocês sabem, existem diversos problemas culturais que prejudicam as mulheres:

- Ditadura da Magreza: Esse padrão corporal regido por modelos pseudo anoréxicas e de ossos finos(eslavas, nórdicas, asiáticas e algumas germânicas) faz com que diversas mulheres, muitas da faixa dos 12 anos, desenvolvam anorexia nervosa, uma doença que causa de desnutrição à paralisia cerebral e morte.
Porém, a resposta que mais se tem publicamente de vocês é "não somos obrigados a gostar de gordas", isso quando não vem o patético "e a ditadura da musculação?" o qual vocês pateticamente ignoram o fato de que contusão no joelho nunca matou ninguém.

- Racismo estético: O padrão de beleza é euroasiaticocêntrico, de fato, mesmo uma mulher bem cuidada que passe duas horas por dia cultivando seus longos cachos e pele de ébano é vista como "mal cuidada" e é destratada publicamente corriqueiramente.
Mas vocês preferem dizer que "o homem negro também sofre" ou "não é obrigado a gostar de negra", ignorando o fato de que além de o padrão dos homens ser raspar a cabeça(5min no barbeiro), a não ser que o sujeito seja modelo, prostituto ou gogo boy, ninguém o julgará por seus atributos eróticos no mundo comercial.

- Transmisoginia: Como se sabe, existe algo chamado transfobia. Mas vocês, mesmo quando se põem como feministas, são ainda piores, ao tentarem parecer educados e gentis com pérolas como "não tenho nada contra esses caras que sofrem de desordem de identidade de gênero, mas eu gosto é de mulher", sendo de fato transfóbicos, patologizantes, insensíveis....

- Diferença de Salários: Mulheres em geral recebem menos, não no salário base, mas são preteridas na participação dos lucros, promoções e outras bonificações.
Mas vocês preferem argumentar que "mulheres em geral já são bancadas pelos homens", quando além do Mundo não se resumir a baladinhas, o fato de tu ser dispenser de cerveja em baladinhas não significa que somos privilegiadas ou ressarcidas, e sim que vocês são otários mesmo a ponto de pensarem que ao fazer irão comprar sexo conosco por R$20 em cerveja. E isso não é misandria, é economia: Somente prostitutas pobres e doentes cobram R$20 em um programa, e em espécie.


Perceba que boa parte dos problemas os quais passamos vocês enquanto feministas não lutam contra, tampouco tentam compreender, mas fazem diversas justificativas que apesar de articuladas, é transparente que vocês não tentaram compreender e se empatizar com o problema, apenas advocam dizendo que "não é bem assim".



Enfim, tentamos incluí-los nos últimos anos, e simplesmente não deu. Desculpa, mas em geral são estúpidos demais e a única conclusão lógica é que vocês são o problema.

Anônimo disse...

Onde tá rolando treta no facebook?

Anônimo disse...

God's Secrets of Wisdom, pára de separar as pessoas pelo que elas tem entre as pernas. Isso é sexismo, não feminismo!
E quando você chama um homem, mesmo bem intencionado, de "feministo", isso é misandria SIM. Isso não te faz mais feminista do que ninguém, até pq a impressão que passa é que você parece que está dizendo: "vão ser machistas, o feminismo é das mulheres!" Feminismo ou modinha?
E na minha opinião vc está se contradizendo quando diz mulheres trans* e cita coisas que estão em total desacordo com mulheres trans. Como por exemplo padrão de beleza. Como uma mulher trans pode ser tão protagonista do movimento feminista quanto uma mulher cis que nasceu e sofreu opressão por ser MULHER uma vida inteira? Feminismo quer acabar com a ditadura da magreza e padrões de beleza. Nunca vi nenhuma trans querendo acabar com ditadura da magreza e padrões de beleza. PELO CONTRÁRIO. Há inclusive grupinhos de radfem sem transfobia no feminismo, o que eh amadorismo puro. Tudo leiga. O feminismo radical quer abolir papéis de gênero, prostituição/pornografia, penetração vaginal (ao contrário dos transsexuais) que geralmente são pró todas essas coisas. Acho válido que algumas radfems não sejam TERFs, mas deviam saber que Radfem não é trans-ally pq a ideologia não bate nem um pouco. Lola, radfems chegaram ao cúmulo do ridículo de ofenderem mesmo mulheres de serem "libfems" ! Ou seja, estão segregando, separando entre feministas e feministas. Qualquer coisa que vc discorda falam que vc eh fake de mascu, é libfem, como se ñ ser radfem fosse uma ofensa! Acho super válido vc aproveitar a popularidade do blog e fazer um post esclarecendo o lance das radfems, elas estão afastando muita gente do movimento feminista!
Negar que o movimento feminista é um movimento de todos, mesmo dps do aval de bell hooks, Naomi Wolf, Judith Butler, Gloria Steinem (q já assumiu ser gay/trans-ally)indica um baita amadorismo e desserviço ao mesmo. TODOS deveriam ser feministas: mulheres, homens, trans. Mas o protagonismo é de mulheres cis. O protagonismo de trans, entra no transfeminismo. De gays, no movimento gay. Do negro, no movimento negro. etc etc etc

Anônimo disse...

Anônimo das 03:01


Por favor, me delicie com mais de tuas male tears.

Anônimo disse...

Sério que eu vim aqui pra ler feminista falando que mulher feminista hétero vira feminista pra poder ser promíscua?
É sério mesmo?


Plmrdds.
Sou a favor do engajamento masculino no feminismo e acho que falta paciência pra muita feminista por aí (eu sei que é foda, você fica uma vida inteira ouvindo que você está errada e depois de décadas que você vê que não estava vem os homens às vezes até com boa intenção pedindo o porque você acha isso e como sabe que está certa). Mas o que mais falta é empatia masculina. Quer entrar no feminismo? Pare de olhar pro seu umbigo. Sério. Pense nx outrx. Pare de achar que você merece uma festinha por deixar pedaços de você que te estragavam e que estragavam as pessoas ao seu redor pra trás. Pouca gente aplaude quando mulher vira feminista. Porque aplaudiriam homem?

Lígia

Cris disse...

"Anônimo disse...

Anônimo das 03:01


Por favor, me delicie com mais de tuas male tears."


Isso aí em cima se chama: não tenho argumentos, vou tentar desqualificar o oponente.

Sonado Alaikor disse...

Bem, tem um tempo que não comento Lola, devido tanto a falta de tempo quanto ao fato de estar tentando justamente ser mais passivo dentro do feminismo (ouvir e ler mais, opinar menos).

Eis um tema complicado ein?!
Particularmente tento respeitar ambos os posicionamentos, de quem me aceita dentro do movimento, me acolhe e ouve meu parecer (todas as experiencias são uteis, mesmo que seja para ajudar a refutar) quanto quem afirma que não é meu papel estar no movimento, o que posso fazer é respeitar e me retirar do meio do fogo cruzado.

Contudo, sair do caminho nas militâncias é o máximo que posso fazer. O feminismo transcendeu o patamar de luta pelos direitos da mulher, e há outras frentes de luta que tenta abranger, o problema é que não há como eu aceitar colaborar com uma frente de luta que quer uma mão de via única e pouca gente vai topar isso.

Maria do Carmo Bitt disse...

Oi Lola, também não quero prisão perpétua para os agressores, mas quero que eles paguem sim, pelos crimes que cometeram, e violência é crime! aliás não vi ainda uma relação com um agressor se "curar" sem que este, o homem ou mulher, assuma a responsabilidade inclusive penal dos seus atos!

Myke Bevilacqua disse...

30 de maio de 2014, século XXI, dentro de uma Instituição Federal de Ensino, aproximadamente umas 17:53 da tarde visto que tinha chegado atrasado na reunião que discutiria as próximas páginas da II Marcha das Vadias de Uberlândia – MG – ao qual fui convidado no facebook por um dos membros do Diretório Central dos Estudantes, sento-me no saguão do 5O-A onde envolto por várias meninas que, despojadamente, rogam um cigarro em torno de um círculo de umas 25 garotas. Eu rejeito o cigarro da colega ao lado e ela joga para a próxima da fila, que aceita e funge uma fumaça blasé no meu rosto enquanto uma outra mulher começa a falar do surgimento da Marcha no Canadá. Me senti bem acolhido ali naquele lugar até o momento que olhei mais ou menos a minha frente e vi que tinha uma moça incomodada com alguma coisa naquele ambiente visto o intemperismo de suas caretas e da sua aflição para com as mãos da colega. Ela interrompe a outra que falava ainda sobre a luta e direitos conquistados pelas mulheres.

- Vocês, dois que chegaram agora, já se apresentaram?

Disse meu nome e curso, minha amiga que me acompanhava disse o mesmo, mas usando suas interpelações pessoais. De volta, a moça retorna a mim e pergunta o que eu estaria fazendo ali e se eu me considerava mulher. Eu disse que não, mas que era feminista. Foi só o que eu pude dizer.

Fui retirado da reunião com a justificativa de eu SER HOMEM.

O constrangimento não poderia ser maior, e mais do que depressa peguei minha mochila. levantei do chão e fui para casa. A caminho dessa, ainda desapontado com tal atitude me veio a cabeça que as vadias, como assim se referem, lutam por um ideal de igualitarismo de gênero e me perguntei se essa construção do movimento não feria esse igualitarismo. Ora, se querem combater algo que as atingem e usam a mesma ferramenta que o machismo usa contra elas que é a exclusão e um ataque desprivilegiando a classe, estão fazendo tudo errado. Seria como eu combater a guerra usando armas.

Quando eu cheguei em casa nada ainda fazia sentido, se por um lado eu queria apoiá-las, agora eu não entendia do por que o meu apoio não valeria de nada se elas lutam contra mim – personagem homem – e eu estava do lado delas. Para completar a semana – vou ao supermercado e só escuto uma voz se distanciando de um caminhão andando ao lado me dizendo “Vira homem”. – q?

Eu, ateu, gay, pobre – tudo que a sociedade discursa como errado, impotente, incapaz. doente – e agora “homem demais para estar aqui” me deixa com um profundo desânimo da incerteza desse tradicionalismo de ideologias que se perduram por desde sempre e até o sempre. Será que precisamos mesmo ser sempre monotônicos em todos os tipos e categorias de assuntos? Será que não poderemos viver entre sim e o não? É sempre esse ou aquele, nunca nada nos dá a oportunidade de ser isso e aquilo.

Eu sei que as feministas tem grande importância na formação desses direitos que as mulheres conquistaram que antes não tinham – como votar e direito ao trabalho, mas dá pra fazer isso de uma forma correta? De uma forma mais justa, mista. Nem homens nem mulheres mudarão o mundo sozinhos e essa visibilidade que vocês ganham quando são colocadas na mídia por essa ou aquela marcha deveria promovê-las e instigar seus anseios e não esconder seu preconceito por detrás dos bastidores.

Unknown disse...

Obrigada por esse post!

Tamires disse...

Lola, pelo que eu acompanho em vários grupos e páginas da internet, não são todos os homens que aparecem se dizendo feministas e dando suas opiniões que são atacados, quando isso acontece trata-se de caras que querem bancar os esclarecidos às custas do nosso movimento, que querem impor um ideia a todo custo, que ficam ridicularizando os diferentes tipos de ativismos, que querem "nos ensinar" como agir, tipo o Felipe Neto e o Eli Vieira, sujeitos assim tem que ser expulsos mesmo. Fodam-se as male tears, e o omi que não entender que vaze junto. Minha prioridade é conscientizarmulheres.

Marceleza disse...

Na minha experiência pessoal (não estou querendo "chantagear" ninguém, por favor, é apenas um relato), tamanha a agressividade que tenho recebido por parte de alguns grupos "feministas", deixei recentemente de utilizar o termo "feminista" para definir minhas posições ideológicas... hoje prefiro explicitar que luto pela equidade de direitos e contra uma cultura machistas e utilização de critérios sexistas inadequados...
Mas não tenho mais coragem de me afirmar como "feminista"...

Anônimo disse...

Levei um mês pra parar de revirar os olhos. Daí respondi: "Vc escreveu um comentário negando que a experiência de uma leitora seja legítima e verdadeira. Não sei se vc sabe, mas esse é o comportamento padrão de trolls machistas.
_______________________

Exatamente isso Lola! Quando jogamos a verdade NUA A CRUA na cara deles, eles fazem DE TUDO para tentar desmerecer, diminuir e tentar convencer de que vc está equivocada!

Ontem num grupo de facebook um cara postou uma reportagem de uma mulher que quer reduzir a população de homens para 10% apenas... um dos métodos seria o aborto seletivo...
papo vai e papo vem, eu disse que isso já era uma REALIDADE na China, só que com mulheres... ah pra que eu fui dizer isso!!!
começou um festival de dramalhão e male tears que vc precisava ver!

aí eles um deles falavam que isso era coisa da cultura deles, e revidei dizendo que a cultura não deve servir de justificativa para isso.
Outra, o governo chines deixa o aborto seletivo rolar solto , se deixa é porque interessa a eles, não tem ninguém inocente nessa história!
Além disso, falei da mutilação feminina e por fim terminei dizendo que como somos a carne mais barata do açougue mundial,não interessa a nenhum organismo internacional intervir nesse tipo de coisa.
E o male tear prosseguiu, um deles começou a citar histórias de lugares remotos onde a mulher levava a (melhor), ou seja usando e abusando de uma total falsa simetria como se isso compensasse todo um machismo e misoginia a nivel GLOBAL!
Ou seja , o genocídio feminino na China e na ìndia se compensa porque lá na tribo tal, das ilhas fiji num lugar totalmente insignficante a mulher é tida com superior.. uma sociedade microscópica SEM RELEVANCIA ALGUMA a nível mundial, uma compensa a outra! PQP só na mente doentia machista mesmo!!! é cada uma!!!

ps: ilhas fiji foi só um exemplo , não sei de nada que acontece por lá.

Anônimo disse...

Quando falei do aborto seletivo na china , as frases que eu mais escutei foram:

''isso é invenção das paranoicas feministas.''

''isso não é bem assim.''

''isso é da cultura deles.''

''ah mas mas ilhas salomão mulher é superior''.

''vc está fazendo discurso de ódio'' OI?

Ou seja, o desespero deles em tapar os olhos e desmerecer é PATÉTICO!

Anônimo disse...

Em tempo Lola, analisando sua resposta, vc passou longe de ser desrespeitosa com ele. Vc foi educada e respondeu ponto a ponto tudo o que ele disse.
Mal educado foi ele tentando desmerecer o relato da aluna e seus relatos. Não é porque com ele ou na classe dele isso nunca aconteceu, que não acontece em outras classes.
Outra, tratar bem não é ''ESMOLA'' como ele fez parecer, tratar bem é o MÍNIMO que se espera de pessoas educadas.
Enfim, vc foi objetiva e clara , argumentou ponto a ponto não deixando nenhuma margem para ele e o que ele faz? Chora, bate o pé e te acusa... acusar de que? mal educada onde ?
È assim que eles agem, quando não tem mais o que argumentar , disparam uma torrente de acusações inócuas.
Um opressor, mesmo que involuntário , JAMAIS vai saber o que passa um oprimido. Pior ainda , eles tentam de tudo para desmerecer a experiencia do oprimido e o que é pior, ainda tentam fazer falsa simetria , tentam inverter papéis com uma única intenção, que vc pare de apontar os erros , se cale e se submeta! Deixe o opressor em sua zona de conforto, não mexa nele. È isso

Joyce disse...

Lola querida, não tinha lido esse post ainda e estou muito feliz agora ao lê-lo. Me identifico totalmente com o que você pensa e fico muito triste quando me deparo com algumas correntes mais radicais que lutam para excluir os homens do movimento. Já é tão difícil conseguir aliados para o movimento, com um discurso segregacionista então!
Eu só acrescentaria uma coisa: Sempre que dizem que um homem não pode ser feminista, apenas pró-feminismo, que não pode ser protagonista do movimento feminista, eu me lembro do caso desse indiano: goo.gl/OQ2vCW
Depois de ler sobre o que ele fez, utilizando de seu privilégio masculino na sociedade machista para melhorar as condições de vida e promover o empoderamento das mulheres, como dizer que esse homem não é feminista?!

Ana Raíssa disse...

Lola, querida! Hj estava num debate a respeito de homens feministas com amigas. Gostei do seu texto, expressa a opinião minha e de minhas amigas próximas la do curso de Serviço Social da UFMA. Um super beijo querida!

Felipe Rocha disse...

Eu concordo que os movimentos feministas devem ter uma postura no sentido de "acolher" os homens nos espaços, lutas e eventos, já que é esse contato que nos permite ter uma sensibilização em relação à opressão de gênero que a mera vivência masculina não permite ter.
Entretanto, acho que o cuidado que se deve ter é no sentido de que há espaços que devem sim ser exclusivamente femininos, porque, por mais que os homens ali presentes estejam lá com as melhores intenções,a depender do tema que será discutido ou do público com que se discutirá, a mera presença masculina poderá silenciar as mulheres. Vou ilustrar pra deixar meu pensamento mais claro: imaginem uma oficina sobre como a divulgação de fotos e vídeos de mulheres em momentos íntimos reflete o machismo da sociedade.E que nessa oficina haja uma menina que foi vítima dessa covardia e que gostaria muito de ter com quem conversar sobre o assunto. Nessa situação, não seria de se estranhar se ela não se sentisse à vontade para relatar a sua experiência pessoal, caso houvesse um homem no público.

Outro exemplo: uma oficina sobre feminismo em uma comunidade pobre do interior com mulheres que nunca discutiram sobre opressão de gênero e que vivem submissas ao poder patriarcal com muita força. Em tal situação, seria compreensível que muitas dessas mulheres, acostumadas apenas com o protagonismo masculino, se sentissem inconscientemente inclinadas a esperar uma "liderança" por parte dos homens presentes, caso houvesse a presença masculina no local.O que seria mais um obstáculo para o empoderamento dessas mulheres.

Enfim, o que quero dizer é que também considero importante o engajamento masculino nas lutas contra a opressão de gênero, mas penso que é preciso ter sensibilidade para saber que em alguns momentos e eventos específicos, a mera presença masculina poderá tolher o desenvolvimento do protagonismo das mulheres. E como é impossível pensar abstratamente em todas as situações em que isso pode acontecer, é preciso que essa reflexão seja feita sempre levando em consideração quem é o público do evento, quem são os sujeitos do evento, a sua finalidade e o tema que será discutido.

Felipe Rocha

Anônimo disse...

Mas meu amor pare e pense............ "NEM TODA A MULHER" está sujeita a ganhar menos? Não né? TODAS as mulheres estão sujeitas a ganhar menos, não é mesmo? Logo, todas as mulheres estão sujeitas ao machismo, correto? Tá vendo o porque da revolta toda? Te liga companheiro! Abraço

Anônimo disse...

A outra metade detém o poder econômico e não vai deixar você fazer nada...
Enquanto vocês encararem a guerra contra o sexismo como uma guerra contra os homens vocês vão continuar gritando para o vazio.
Cai na real... As únicas formas de se conquistar algo é pela força ou pela persuasão.
A não ser que você esteja disposta a pegar em armas você precisa SIM contar com a boa vontade dos dominantes, que neste caso são os homens.
A escravidão no Brasil foi abolida por uma branca.
O direito de voto das mulheres foi concedido por um parlamento masculino (vocês não podiam nem votar nem ser eleitas, logo, foram homens que lhes deram este direito).
Cada uma das conquistas de vocês foram obtidas com CONSCIENTIZAÇÃO dos homens que entenderam que aquilo era um direito e votaram e aprovaram isto.
Cada vez que vocês tomam uma atitude misândrica a única coisa que conseguem é má vontade dos homens. Não acha que é uma estratégia pouco inteligente? Que tal ao invés de confrontar tentar educar, mostrar CALMAMENTE onde está a falha, explicar como se sente, ao invés de ficar histericamente gritando "OPRESSOR!"?

Edu 'Jesus' disse...

Na verdade o paralelo correto seria dizer que quem oprimiu os judeus seriam todos os alemães 'arianos', e não foi assim.

Edu 'Jesus' disse...

Ela precisa ser lésbica pra ser feminista?

Matheus L. Brinhosa disse...

O seu post é lógico, o contrário disso anula a própria possibilidade do feminismo ser efetivo. É uma questão bem primária, feministas que não reconhecem isso sabotam o próprio movimento, tornam a pauta irracionalista (como se a opressão não tivesse sua objetividade, e não pudesse ser compreendida por todos). Quem afirma o contrário de você, achando que a pauta necessita da subjetividade feminina para ser entendida, se for coerente, só tem duas opções: pegar em armas contra os homens ou mudar de opinião.

Anônimo disse...

Não, o fato não é ela ser lesbica, mas ser casada com um opressor. Homem não é opressor por natureza, mas são opressores dada a socialização que receberam desde o nascimento. Homem cis nunca poderá ser feminista pq ele se beneficia da misoginia mesmo que indiretamente, se tornando misógino mesmo que indiretamente.

A Página Vermelha disse...

Lola sou de esquerda e sou anti-feminista, pois há inúmeros motivos para ser contra o feminismo e você mesma reconhece alguns deles em seu texto.

Eu tenho uma camarada que participava de alguns grupos feministas. Ela era tida por "machista" simplesmente por ter o cabelo longo, por ser feminina. É absurdo que uma mulher seja hostilizada simplesmente por ter uma coisa que é natural a qualquer ser humano, que é a vaidade.

Para quem vê de fora é muito bonito "ter uma ideia de defesa dos direitos da mulher, ser contra a sua opressão" (como se o homem trabalhador também não fosse oprimido), mas quando se conhece a podridão que há nesses movimentos isso causa repúdio e ojeriza só de imaginar.

Muitos desses movimentos que se dizem "feministas" em realidade pregam a misoginia, o que se confirma quando, após a notícia de uma médica que decepou o pênis do ex-noivo, moças do referido grupo aplaudiram a iniciativa. E não é pra menos, há no Youtube até um vídeo de um grupo que canta uma música com o desprezível nome de "vou cortar sua pica". Imaginemos o contrário, que um grupo de homens cantasse "vou cortar clitóris", evidentemente muitos, justamente, iriam dizer que se trata de "misóginos", e com pessoas que promovem esse tipo de "cultura" como esse grupo feminino são igualmente doentes e desprezíveis!

O feminismo, enquanto corrente progressista, tinha alguma validade até o começo do século XX, quando era representado por Alexandra Kollontai, Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo, mas hoje a sua expressão está em nomes abomináveis como Sara Winter, no FEMEN (responsável pelo massacre de Odessa em 2014) ou em grupos ligados ao Depto de Estado Norte americano como o Pussy Riot. Está ligado infelizmente, à vulgarização, mercantilização e banalização da mulher. Isso também acontece aos homens no capitalismo, mas não é reproduzindo a podridão masculina que uma mulher vai parecer "melhor".

Por que será que esses grupos "feministas" jamais falam de nomes como a Procuradora-Geral Natalya Poklonskaya, da Crimeia, antifascista? Por que será que jamais falam das mulheres que hoje pegam em armas para combater o regime sanguinário da camarilha neonazista de Poroshenko na Ucrânia? Por que será que jamais falam das mulheres que, junto a homens de coletivos comunistas, incineram e destroem plantações de cannabis dativa ou executam traficantes na Novorrússia ou o fazem na Coreia do Norte?

A Sra. é eslava, e o seu sobrenome não nega o seu passado, justamente por isso fica desde já convidada a estudar a forma como suas irmãs promovem o verdadeiro feminismo, que nada tem a ver com uma emulação barata dos vícios masculinos.

Não sei se esse comentário será publicado, caso sim, desde já obrigado!

Anônimo disse...

A ação faz o ser. Enquanto tem muita gente querendo 'ser' feminista tem muito pouca gente praticando o feminismo. Por isso os nuneros dr violência contra a mulher só aumentam. Nasci e fui socializado como homem e hetero, em ambientes machistas. Fui 'feito' machista pela prática, assim como minhas irmãs. Só a prática política pode me 'refazer' a cada dia, na luta concreta contra a injustiça e a iniquidade que tem no machismo uma de suas muitas ferramentas. Blábláblá de facebook não faz de ninguém mais feminista. Machismo ou feminismo não são essência, são prática. Partam para a prática homens, não se preocupen em 'ser', preocupem-se em fazer(-se)!

Anônimo disse...

Agradeço pelo acolhimento!
Sou da TI e sei do machismo dentro da área, infelizmente.
Sou professor e policial e em todos os meios o machismo é absurdo!
Gostaria de contar um relato (e fazer um mea culpa):
Como a maioria das crianças de um estado pequeno fui criado dentro de uma rigidez de normas e costumes. Entre eles estava o machismo arraigado, este "machismo nosso de cada dia".
Como tal, cresci um pequeno troglodita machista. Embora sensível, "antenado" e preocupado com o que pensam, sentem e querem as mulheres (já que as desejava), cresci com a ideia de que "quanto mais melhor" e exerci estes instintos durante muito tempo.
Mesmo sem ter agredido fisicamente, psicologicamente ou ter sido inescrupulosamente ególatra e machista, no sentido lato do termo, fui machista porque agressão sentimental também é uma agressão e, como tal, a cometi muitas vezes. Usando as mulheres como objeto de desejo e prazer (dando prazer também, mas pelo simples fato de que vê-las tendo prazer, me dava prazer).
Vendo hoje em perspectiva observo o quanto mudei e digo, não é fácil. Ser criado por mulheres que perpetuaram o machismo e por homens que o seguem dentro de uma estrutura social e cultural machista que vangloria o "pegador" e o "garanhão", não é definitivamente fácil. Às vezes, nos pegamos, ainda hoje, em meio à algumas contradições inerentes à linguagem, enfim.
Mas uma coisa aprendi com meu casamento, com minha nova vida e com as mulheres que me rodeiam: é possível mudar sim!
Eu mudei! Me considero, sim, um feminista e vejo no machismo o inimigo. Tento combater nas searas em que estou inserido mais diretamente (faculdade, família e trabalho). Não tenho medo de ser chamado de "esquerdista" ou mesmo "gay", como já fui chamado. Meu compromisso é mais do que com direitos das mulheres, mas pela erradicação da praga do machismo.
Não sou exatamente um militante, mas gostaria de sê-lo.
Parabéns pelo blog!

Anônimo disse...

Caraca! Me impressiona a quantidade de rótulos e imputações (pretensamente) identitárias com que tropecei ao longo da leitura dessa discussão toda. Parece uma espécie de tentação fetichista, totêmica, uma espécie de totalitarismo classificatório do "quanto mais detalhado, mais preciso, mais próximo da Verdade". Suspeito que tenha alguma coisa errada aí, uma espécie de compulsão classificatória de quem se entrega ao seu onanismo finalista por ter perdido o horizonte da simplicidade: indignar-se com a opressão e aperfeiçoar a justiça. Talvez seja por isso que o feminismo se torne cada vez mais uma seita para guetos fundamentalistas mais interessados em classificar diferenças reificadas que em legitimar outras relações possíveis. Como a cobra que engole o próprio rabo, o feminismo parece ter perdido a própria utopia, para se tornar, ele próprio, estigmatizador, patrulhesco, inquisitorial e opressor.
Acho que ainda prefiro ser apenas anti-machista que abraçar uma causa "afirmativa" tão perigosa.
(E quem será que acaba de escrever este comentário? uma mulher ou um homem?)

Fred disse...

Olha, o que eu vou falar pode ser só um desabafo que seja.
Mas acho que qualquer pensamento lançado pode levar a uma reflexão, que seja superficial.
Não vou falar que sou feminista a mais tempo, tenho vivência no movimento punk que tem afinidade com o feminismo.
Minha namorada conheceu ou começou a levantar a bandeira feminista agora. Coisa boa, eu acho.
O problema, é que começou a me tratar, por palavras como "o inimigo". Suponho que o feminismo não se opõe aos homens, mas ao machismo.
Existe toda uma estrutura social que privilegia os homens, baseado primeiramente no sexismo de forma geral*, mas privilegiando os homens, pois eles tomaram o poder.
Todavia, se há mais homens em cargos de poder, eu sou uma vítima do mesmo sistema, estou desempregado, sem nenhuma esperança de ser patrão. Sou o oprimido também, não o opressor.
Sou vítima do mesmo sistema opressor hierático masculino - cansei de ser enquadrado na rua sempre que quis dar uma volta no quarteirão, não o seria se fosse mulher. A questão é que sou oprimido por homens em um regime imposto por homens - mas não fui eu nem quem criou a arma, nem quem puxou o gatilho.

Quanto a frases como "Afirmar que quem oprime as mulheres e o machismo e não os homens, e o mesmo que que afirmar que quem perseguiu os judeus foi o nazismo, e não os nazistas."
Mais ou menos.

O machismo está presente até na feminista que chama o machista de "filho da puta".

Anônimo disse...

Uma vez eu li um "Guia feminista de conquista", que pretendia ensinar os homens como "conquistar" uma mulher sem violar seu espaço.
Além de não ser prático e a autora demonstrar falta de conhecimento sobre atração etc., pressupondo que ela estava sendo honesta e dizendo o que realmente achava, havia um problema Como eu disse não era prático
Supor que as mulheres comuns (assim como os homens), tenham os mesmos pincípios que uma pessoa estudada e minimamente decente (pelo menos aparentemente) é tolice.
A verdade é que a maioria das mulheres não funcionamassim, não gostam de romantismo a não ser que tenha contexto, e seu maior sonho é domar um cafajeste, pra então lhe fazer joguinhos emocionais, assim como fazem com os homens comuns.
Não estou refutando o feminismo como movimento, mas sim o fato de as feministas, que geralmente são mulheres mais estudadas e consequentemente com um pouco de princípios, pressuporem que a maioria das mulheres, a grande massa, são iguais a elas.

Clara disse...

Queria que vc desse uma palestra para as meninas do grupo de feministas do face,a qual eu participo.Suas palavras seriam como um tapa na cara de quem ainda tem esse pensamento retrógrado de que o feminismo é restrito para homens.

Anônimo disse...

Fazendo um oral, por exemplo.

simone andrea disse...

Pena que só agora estou lendo este texto!
O que mais posso falar? Vai no ponto!
Pena que aconteçam esses incidentes - homens mal recebidos ou barrados em acontecimentos feministas.
Mas também é verdade que há caras que se dizem feministas, mas repetem o comportamento do comentarista que trabalha em TI: acham que só o discurso dele é verdadeiro, só a experiência dele, válida, e que a fala da mulher é falsa por definição (porque o macho tem sempre razão).

Anônimo disse...

Gente que texto maravilhoso, acabo de ler outro texto demonizando os homens como se o simples fato de serem homens já os fizessem monstros. Fiquei revoltada e parei de ler ai quando volta para minha pesquisa encontro esse texto maravilhoso. É como eu digo não é pq ele é um homem e hétero que não deva esta na luta comigo, lutamos por igualdade e não por soberania quem luta por soberania é o machismo, temos que compreender o papel da mulher na luta contra o machismo, mas não podemos fazer como fazem os machista.

Anônimo disse...

Querida lola, sabe o que aconteceu? a gente teve oportunidade de se desconstruir mais e ver que os homens que pedem titulo no feminismo, de feminista não têm nada. São só esquerdomachos querendo pagar de cool pra ganhar pontos com as meninas. E não, não estamos só falando, a gente vê, a gente fala com eles,com muitos deles. TODO. SANTO. DIA.

Unknown disse...

O mundo precisa de mais pessoas como você *-*

klei disse...

Eu luto pela igualdade de gênero e acabar com a opressão e discriminação e o machismo.
Se isso é a luta pelo feminismo eu me considero feminista.
Mas se a luta é só contra o machismo e a opressão contra a mulher. Eu jamais lutarei por isso.
Não que eu ache errado o feminismo, mas você lutar só por aquilo que te atinge nunca, jamais vai acabar. Pois enquanto você falar que homem NÃO pode lutar por um ideal só pq ele não é afetado diretamente, eu encaro isso como ignorancia. E eu jamais irei apoiar a ignorancia. A ignorancia é a base do Machismo.
Por isso eu acho de certa forma errado as feministas que lutam só pela causa própria.
SIM, opressão, violência, machismo contra mulher é muito banal. Mas isso é um resultado a ignorancia do homem, que também é presente na mulher. Essa ignorancia jamais acabará enquanto feministas acharem que só lutar pela mulher vai acabar com a opressão e discriminação de gêneros.
Já cansei de ouvir mães chamando filhos de gays só por brincadem de bonecas, querer ser bailarino ou dançarino. Por fazer coisas que geralmente só mulheres fazem. "vira homem" é usado tantas vezes pelos pais.
Existem situações que realmente a mulher é mais valorizada que o homem. Isso não tem como negar.
Mas claro, não se compara com a mulher, aonde é violentada, estuprada, morta e usada como objeto por conta da opressão do homem.
Mas enquanto as feministas lutarem só pela mulher. Os homems vão se defender com o machismo.
Uma coisa que eu encaro muito nestas "Feministas" que só se preocupam com oq elas acham que é opressão, eu encaro como femismo. Pode ser de uma forma ignorante da minha parte. Mas não vejo em como duas pessoas usando a ignorância um contra o outro vá acabar com a discriminação e opressão de genero.
Um texo de um texto que encontrei sobre homens feministas. Que eu só vejo ignorancia e onipotência a mulher para ela dizer oq é certo e errado sem conciliação entre ambos lados. Aonde diálogo e conversa não entra, me parece que é um homem machista que está escrevendo, em um sentido feminino. Sim ignorância também existe entre mulheres.
"... então, precisaria entender que existe uma diferença muito grande entre enxergar o machismo e sofrê-lo na pele. Por isso, não caberia a nenhum homem dizer a uma mulher o que é ou não machismo. Não caberia a ele ditar o que é ou não relevante, o que deve ou não ser combatido e o que pode ou não incomodar. Porque, de novo: o feminismo é um movimento de mulheres."
Sei que muitas vão vir aqui, vão ler esse comentário, discordar, discutir, invalidar até mesmo me chamar de machista ( oloco ), pq afinal o machismo é oq elas decidem oq é.
Mas eu li seu texto e respeito sua opinião. Só comentei esse post, pois a forma que você encara o feminismo é a mesma que a minha. Aonde o fim da ignorância, discriminação, opressão e o machismo é a luta.
Quem sabe daqui umas décadas as mulheres e os homens possuem o mesmo direito e igualdade?
Eu acho que ainda está bastante longe de acontecer, enquanto feministas acharem que homens não podem lutar pela igualdade de genero, e não possui voz nesta marcha pela igualdade. Isso nunca irá ocorrer. Pode ser que sim, a mulher pode encontrar seus direitos igual e perante ao homem, mas mesmo assim, a opressão vai está longe de acabar :/

Anônimo disse...

Todo mundo sabe que o nosso movimento possui grande quantidade de manas lésbicas e isso de ficar levando homem nas pautas feministas é uma afronta para muitas. Aqui ninguém é obrigada a gostar de moi. Vocês renegam a misoginia e o sexismo- esse é o mau de vocês.

Anônimo disse...

Eu só acho que tem muitas pessoas aqui que estão comentando m.... O movimento não pode virá um movimento de ódio.
Saíam da Internet, vão pra rua, nem todo homem é isso. A gente luta pela igualdade e não com ódio ao homem.

Jorge disse...

Linda

christiano disse...

Na boa, eu nunca achei que nós homens considerados "fora do estereótipo" sofremos por causa de "machismo"......
Isso na verdade têm outra palavra - discriminação dos que têm poder sobre os que "não têm".
Sou muito cético ao acreditar que isso que nós também sofremos seja obra do machismo.
Se disserem que é fruto da própria estrutura hierárquica social e econômica ao longo dos tempos - sim, é EXATAMENTE ISSO.....manda quem está no topo da hierarquia do modelo vigente : CAPITALISMO OU SEJA, QUEM DETÉM O MECANISMO......QUEM DOMINA AS VARIÁVEIS DE FORMA MAIS PLENA....
Acho que é uma discussão muito mais social e econômica do que machismo......
Na verdade nada disso têm a ver com o machismo...
QUER VER COMO EU ESTOU CERTO ?
EXEMPLO - QUANDO UMA MULHER DEIXA DE TRATAR BEM UMA OUTRA MULHER SÓ PORQUE ELA É MAIS FEIA....É O QUE ISSO ? MACHISMO DA BONITA ?
SE FORMOS ENCARAR DESTA FORMA....EU PÁRO POR AQUI PORQUE ESSA ACUSAÇÃO DE QUE ISSO É MACHISMO É NADA MAIS NADA MENOS DO QUE UM RÓTULO MODERNINHO PARA DESIGNAR OUTRA COISA - APENAS DISCRIMINAÇÃO...COMO TODAS AS OUTRAS QUE JÁ SOFREMOS NA VIDA POR NÃO SERMOS PADRÃO ESTEREÓTIPO, ETC.....

Anônimo disse...

Lola, adorei a postagem e me senti representado. Fui criado por mulheres e sempre me considerei feminista, sempre achei isso natural. Sempre tentei perceber meus comportamentos machistas intrínsecos à minha educação e cultura e até hoje estou aprendendo. Concordo que isso deve ser de cada pessoa, independentemente de gênero. Todos nós, humanos devemos passar por esse processo, pois homens e mulheres trazem o machismo sem perceber dentro de si, pois é cultural, e nos resta tentar perceber e mudar.
Eu nunca tinha cogitado a possibilidade de "homens não poderem ser feministas" até que um dia uma amiga, feminista ativista me puxou num canto revoltada e falou: "- sabe uma coisa que odeio em você? esse papo de se dizer feminista! Cara, não existem homens feministas, se liga!"
Para mim aquilo que ela falou não fazia menor sentido, não me ofendi de forma alguma mas passei a perceber que haviam outras mulheres que espalhavam essa ideia absurda ao meu ver.
É como dizer que homem não pode ser ginecologista por ter órgãos diferentes. Ou que não posso ser antropólogo e grande estudioso de religiões por não ter religião (eu diria bem pelo contrário neste caso, pois teria uma visão mais neutra, enfim). Sei lá, cada argumento que as pessoas usam.
Mas sei que tanto homens quanto mulheres sofrem pelo machismo, cada pessoa de forma diferente, mas todos sofremos. Mulheres pobres sofrem de forma diferente de ricas que sofrem diferente de quem tem cabelo liso ou crespo, ou negras ou ruivas, ou trans, mas todos sofremos. Cresci sofrendo preconceito por ser magrinho, por ter cabelo comprido ("não é coisa de homem"), por usar roupas de certas cores, por não ser forte o suficiente para certos trabalhos (que são coisa de homem), enfim... A vida de cada um é própria e deve ser respeitada!
Então agradeço, pois eu mesmo pensei em escrever um artigo com nome idêntico, mas não o fiz "porque eu sou homem! E o que um homem pode falar sobre ser feminista?". Enfim, lavei a alma com este artigo. Parabéns e eternamente grato, pelo artigo e por me apresentar livros e outras bibliografias que reforçam nossas ideias.
Beijos, pois sou teu fã!

analfabeto funcional disse...

Nossa, tem muitos comentários, acho pouco provável que vc leia o meu, mas lá vai. Cara Lola, não conhecia o seu blog mas curti seu texto. Acho que somos uma construção social, por isso podemos nascer e aprender em casa coisas bem ruins, como machismo, homofobia, etc. Mas na convivência com o diferente e no diálogo podemos "desapreender" também. Na faculdade de ciências sociais, convivendo com a diversidade LGBT, que notei que era um absurdo que sempre se falavam sobre eles. Fiz amigos e dividi república com alguns, reconheço como justa e necessária sua luta por reconhecimento e direitos. Idem quanto ao feminismo. Na minha ignorância nunca imaginei que o cavalheirismo escondia uma relação de posse, onde a mulher era o objeto na jogada. Foi preciso ter amigas feministas que tiveram paciência pra explicar e indicar leituras que ofereceram outros pontos de vista. Que mostraram o tanto quanto estava equivocado e que sem querer eu acabava por reafirmar um machismo, que eu nunca tinha me dado conta que existia. Obvio que ninguém é uma obra pronta, não é da noite pro dia que vc "desconstrói" hábitos que tem machismo, homofobia e ate mesmo racismo. Mas a partir do momento que vc percebe que isso é um problema e passa a se questionar e perguntar a pessoas sobre o assunto, algo muda.
Por que digo isso, fico um pouco incomodado quando, por exemplo, ao ver uma moça dizendo que o feminismo não ajudou ela na vida em nada , que ela votaria no Bolsonaro pq defende a tradição, familia, etc, e que as feministas não fazem nada de bom, as vezes eu argumentava; "moça, vc esta errada, da uma olhadinha no que as meninas fizeram na historia, se nao fosse as feministas queimarem soutien e lutarem por sufrágio provavelmente vc ainda seria vendida pelo seu pai pra o marido que fosse mais atraente financeiramente, nao podia trabalhar nem votar" (isso é uma simplificação grosseira). Ouvi muitas críticas como ; o "desconstruidão" e coisas assim. No stress, mas acho esquisito essa mania que a esquerda em geral tem de arrumar briga entre si, entre gente que defende as mesmas coisas, enquanto a direita bizarra tem N diferenças ente si, mas tem um discurso super afinado quando se trata de denegrir a imagem da esquerda e desvalorizar a luta do contra o machismo, racismo ou homofobia. Daí fiquei muito contente em ver que vc procura ser inclusiva e recomenda que as moças aceitem nossa ajuda. E tbem aceitamos sugestões, já que o machismo é algo naturalizado, não muda da noite pro dia e ninguem é perfeito. Um abraço.

Marcelo Venturi disse...

Li um comentário de uma feminista bióloga certa vez que acho que pode ajudar a colocar pingos nos iis:
É como fazer uma comparação biológica, portanto do que é natural e inevitável, versus uma social, que é um posicionamento, uma escolha, é algo mutável, aprendível. Parece óbvio né, acho que fica fácil de compreender assim.
Ser homem ou mulher, ou ter traços asiáticos, negros, caucasianos não depende de nós, nascemos assim (pelo mais que possamos tentar mudar com cirurgias). Simplificando: se é e pronto. Já o feminismo, assim como o machismo (e assim como todos os "ismos" existentes, que resultam em sufixos "istas" para quem os defende): são escolhas, são posicionamentos, portanto podem ser assumidos por qualquer pessoa independentemente de seu sexo ou cor de pele e cabelo. Qualquer pessoa pode ser caracterizada como machista ou feminista, independente de ser homem ou mulher. Qualquer pessoa pode ser educada em um meio machista e trazer esses valores consigo ou querer permanecer com eles. Mas a partir do momento que conhece, aprende e compreende novos valores essa pessoa pode mudar e passar a adotar outra posição, pode se tornar feminista. O contrário da mesma forma.
A filósofa Simone de Beauvoir disse: "o único homem feminista é aquele que enxerga a mulher como sujeito". Isto é, até ela considerava possível homens serem feministas, a questão é que isso ocorre quando eles entenderem de verdade essa posição de igualdade entre os gêneros.