E eu, apesar de acompanhar o Oscar e até promover bolão há décadas, estou ansiosa! Acho que a última vez que fiquei tão ansiosa foi em 2020, quando a Petra Costa foi indicada por seu lindo documentário Democracia em Vertigem.
Assim como cinco anos atrás, os "patriotas" (aqueles que idolatram Trump e dão golpes em democracias) torcem contra o Brasil. Odeiam a arte. Sabem que Bolso tentou estrangular o cinema brasileiro. E lamentam que ele não tenha conseguido. Não há um filme mais apropriado pra representar o país agora do que Ainda Estou Aqui. É um tapa na cara de todos os bolsonaristas e demais fascistas.
Nunca o Brasil esteve tão perto de ganhar uma estatueta como agora. São três indicações para o grande filme de Walter Salle: melhor filme, melhor atriz, e melhor filme internacional. É gigantesca a torcida por Fernanda Torres, que além de ser maravilhosa se dedicou de corpo e alma na divulgação do filme. Embora Demi Moore seja favorita (não de acordo com o New York Times), não canso de repetir: Nanda tem chances.
E mais chances ainda tem Ainda Estou Aqui de conquistar melhor filme internacional. Estou bem otimista. Lógico que, mesmo se perder, nosso filme já ganhou. Ele espalhou o cinema brasileiro pro mundo inteiro, relembrou um período hediondo da história que jamais pode ser esquecido, e é um hino à democracia num momento em que a gente tanto precisa.
Vou comentando um pouquinho do Oscar (e principalmente do bolão) na caixa de comentários. E, se der tempo, no bluesky. Amanhã escrevo um post sobre esta noite que já é histórica.