domingo, 1 de março de 1998

CRÍTICA: OU TUDO OU NADA / Comédia leve só faz rir

Esta crítica foi triturada pela edição do jornal, que cortou tudinho. Ficou assim. E não tenho mais a original.

Está em cartaz no Estado o grande azarão do Oscar, Ou Tudo ou Nada. A comédia britânica, totalmente fora do circuito hollywoodiano, já é um enorme sucesso. Mesmo antes das quatro indicações ao Oscar, o filme havia rendido mais de US$ 150 milhões em todo o mundo - um lucro gigantesco para um filme que custou apenas 3 milhões. E a verdade é que ele merece.

Ou Tudo ou Nada é uma comédia leve, despretensiosa e curta (não chega a uma hora e meia de duração), que cumpre seu papel: o de fazer rir. Há cenas memoráveis e hilárias, como a da seleção do grupo e, principalmente, a dos rapazes na fila do seguro-desemprego não resistindo e requebrando-se ao som de "Hot Stuff", de Donna Summer.

O diretor do filme, Peter Cattaneo, é um estreante que conduz a história com ótimo pique, apesar de aqui e ali existirem quebras de ritmo. O maior porém de Ou Tudo ou Nada é mesmo a falta de profundidade dos personagens, que poderiam estar melhor delineados. Mas o filme mais do que vale a pena. Seu trunfo é não ser americano, não ser pasteurizado como as comédias de lá, não dar a mínima para a correção política tão em voga. E, claro, ser muito divertido.