Estou em crise. Não muito séria, que minhas crises nunca são muito sérias. Mas estou. E nem sei se devo revelar algo assim neste espaço, que é público, mas vocês me conhecem. Então. Na terça acordei pensando se eu quero mesmo me mudar pra Fortaleza pra dar aulas na UFC (a universidade ainda não nos chamou, mas parece que é só uma questão de tempo. As aulas começam dia 18 de fevereiro).
Financeiramente, não vale a pena ir pra lá, só a longo prazo. O maridão está ganhando bastante bem. Se a gente ficasse aqui em Joinville e eu desse umas 15 a 20 horas de aula de inglês por semana numa escola de idiomas (como fazia antes de entrar no mestrado, e voltei a fazer durante um semestre, em 2005, que foi o tempo de espera pra entrar no doutorado), mais o dinheirinho que recebo do jornal, já daria pra equipará-lo. Juntos, receberíamos por mês o que mais ou menos eu ganharia sozinha em Fortaleza (líquidos, imagino, uns 5 mil. O salário inicial pra doutor numa federal é R$ 6.700). Mas sem stress de mudança, sem ter que comprar uma casa nova.
É tudo confuso, porque já estamos em Joinville desde 1993 (não seguidamente: durante parte do meu mestrado e doutorado, eu ficava em Floripa e só vinha pra cá no final de semana. E passamos 2007-8 em Detroit). Gostamos muito daqui, temos uma vida boa, recebo ingressos pra ir ao cinema de graça (infelizmente não há muitas salas, mas pelo menos quatro novas abrirão até abril), conhecemos os lugares onde gostamos de comer, eu dirijo numa boa, e a criminalidade é baixa. Não tem isso de “separar o dinheiro pro ladrão”, como eu fazia antes de sair em SP, quando eu vivia com medo. E vocês viram que nossa casinha é fofa, arborizada, com jardim, iluminada, aconchegante.
Assim que comecei o doutorado, falei pro maridão que, quando terminasse, eu prestaria concurso pra dar aula em qualquer lugar do país. Porque o mestrado eu fiz puramente pelo prazer de estudar, mas o doutorado leva tempo pra caramba, e é um sacrifício em vários sentidos. Meu amor concordou. Tive uma sorte imensa de passar logo pro primeiro concurso que tentei, e bem numa capital nordestina, que era exatamente o que queríamos. Mas agora, chegando a hora de mudar, eu fico com o pé atrás de largar tudo aqui. Duvido que encontremos uma casa lá tão boa quanto a que temos aqui. Lá é cidade grande, e vou ter que voltar a me acostumar com a criminalidade e o trânsito caótico. Sem falar que o custo de vida é mais alto que o de Joinville. E vou ter que trabalhar muito, muito mais.
Tem outra coisa. Eu e o maridão nunca ganhamos bem, mas, como sempre gastamos pouco, praticamente todo mês conseguimos guardar dinheiro. Pelos meus cálculos, mantendo um custo de vida baixo, como o nosso, daria pra gente se aposentar em menos de cinco anos. Por mais que isso pareça sedutor, nem eu nem o maridão pensamos no que faríamos sem trabalhar. Quem disse que eu quero me aposentar antes dos 50? Eu realmente não sei.
Bom, essas eram as dúvidas existenciais que eu tive ao acordar na terça (o maridão estava jogando um torneio de xadrez em Vitória, só voltou à noite), e que não se resolveram. Aí, na sexta, o departamento da UFC passou pra todos seus professores (incluindo os novatos) as matérias que cada um pegaria no semestre que vem. Vocês querem ouvir a boa ou a má notícia primeiro? A boa notícia é que minhas aulas não serão à noite. Poderei ir andando pro trabalho, se a gente não morar muito longe. A má notícia é... nem sei como dizer. Segue o diálogo que tive com uma amiga.
Eu disse: “Estou arrasada. Imagine a pior matéria que eu poderia pegar. A pior de todas, a que menos gosto”.
Ela: “Não sei... Literatura inglesa do século 11?”
Eu: “Literatura? Qualquer literatura seria uma benção! Claro que não! Fonética, foi isso que eu peguei!”. E ela, que também é da área de Literatura, admitiu que esse realmente é um baque duro.
Não vou repetir neste post que já está enorme a minha aversão por Fonética. Muitos anos atrás, antes até de entrar no mestrado, falei sobre isso. Sofri recentemente porque um dos quinze pontos do concurso era sobre Fonética. Eu me preparei; felizmente não caiu. Mas é que eu pensava que, como no concurso (que realmente era pra Literatura e Linguística) a Literatura foi privilegiada, eu iria só dar aulas de Literatura. Chuif. Fonética! Uma outra matéria é Fins Específicos, relacionada à Leitura (outro tema linguístico). E só minha terceira disciplina será de Literatura.
Falei com uns amigos do meio universitário, e eles disseram que é assim mesmo, que ninguém pega as matérias que quer no primeiro ano, mas que depois melhora. Que em qualquer universidade que entrasse, eu teria que dar aulas sobre temas não totalmente do meu agrado. O maridão falou que não quer nem saber de frescuras e que confia em mim para garantir-lhe uma bela rede na praia e água de coco, e até deu um bom argumento: numa escola de línguas também haveria turmas difíceis (é verdade, eu sempre preferi mil vezes dar aula pra turma avançada que iniciante). Meus amigos ainda afirmaram que, se eu não assumir o cargo, a universidade perde a vaga, pois não terá tempo hábil de realizar outro concurso. E os temores de sempre sobre como não teremos mais contratações ou novas federais se o PSDB voltar ao poder.
Depois fui ver a grade curricular do curso de Letras Português e Inglês da UFC e constatei que há poucas disciplinas referentes à Literatura em Língua Inglesa (veja aqui). E mais: lá não há pós-graduação em Literatura em Língua Inglesa, só em Linguística. Logo—e não sei se estou sendo ambiciosa ou lunática demais—eu e meus colegas simplesmente teremos que abrir um curso desses. Ou vai ou racha.
Bom, estou melhor e mais otimista depois de falar com meus amigos, mas minhas dúvidas existenciais vão e voltam. Minha mãe vai ter um treco ao ler isto, porque ela nem sabia que correu o risco de não ir pra Fortaleza... Claro que eu ainda posso ser reprovada nos exames médicos. Já contei que vi meu raio x das costas, e veio escrito “alterações degenerativas da coluna dorsal”? Minhas costas começaram a doer no ato, e olha que eu raramente tenho dores! Quando o maridão voltou do trabalho eu já tava falando de não ser aceita pela UFC e de me aposentar por invalidez. Ele falou pra eu googlar o troço, e, de fato, eu ainda não me tornei uma completa inválida. Parece que todo ser humano tem essas degenerações, por sermos bípedes. Aqueles em idade mais avançada como a minha têm mais.
E sim, tenho ciência que estou reclamando de barriga cheia e coluna degenerada: vou receber um super salário, morar numa cidade linda, e trabalhar numa ótima universidade. Bem melhor que ser professora na Uniban, eu sei, eu sei.
É tudo confuso, porque já estamos em Joinville desde 1993 (não seguidamente: durante parte do meu mestrado e doutorado, eu ficava em Floripa e só vinha pra cá no final de semana. E passamos 2007-8 em Detroit). Gostamos muito daqui, temos uma vida boa, recebo ingressos pra ir ao cinema de graça (infelizmente não há muitas salas, mas pelo menos quatro novas abrirão até abril), conhecemos os lugares onde gostamos de comer, eu dirijo numa boa, e a criminalidade é baixa. Não tem isso de “separar o dinheiro pro ladrão”, como eu fazia antes de sair em SP, quando eu vivia com medo. E vocês viram que nossa casinha é fofa, arborizada, com jardim, iluminada, aconchegante.
Assim que comecei o doutorado, falei pro maridão que, quando terminasse, eu prestaria concurso pra dar aula em qualquer lugar do país. Porque o mestrado eu fiz puramente pelo prazer de estudar, mas o doutorado leva tempo pra caramba, e é um sacrifício em vários sentidos. Meu amor concordou. Tive uma sorte imensa de passar logo pro primeiro concurso que tentei, e bem numa capital nordestina, que era exatamente o que queríamos. Mas agora, chegando a hora de mudar, eu fico com o pé atrás de largar tudo aqui. Duvido que encontremos uma casa lá tão boa quanto a que temos aqui. Lá é cidade grande, e vou ter que voltar a me acostumar com a criminalidade e o trânsito caótico. Sem falar que o custo de vida é mais alto que o de Joinville. E vou ter que trabalhar muito, muito mais.
Tem outra coisa. Eu e o maridão nunca ganhamos bem, mas, como sempre gastamos pouco, praticamente todo mês conseguimos guardar dinheiro. Pelos meus cálculos, mantendo um custo de vida baixo, como o nosso, daria pra gente se aposentar em menos de cinco anos. Por mais que isso pareça sedutor, nem eu nem o maridão pensamos no que faríamos sem trabalhar. Quem disse que eu quero me aposentar antes dos 50? Eu realmente não sei.
Bom, essas eram as dúvidas existenciais que eu tive ao acordar na terça (o maridão estava jogando um torneio de xadrez em Vitória, só voltou à noite), e que não se resolveram. Aí, na sexta, o departamento da UFC passou pra todos seus professores (incluindo os novatos) as matérias que cada um pegaria no semestre que vem. Vocês querem ouvir a boa ou a má notícia primeiro? A boa notícia é que minhas aulas não serão à noite. Poderei ir andando pro trabalho, se a gente não morar muito longe. A má notícia é... nem sei como dizer. Segue o diálogo que tive com uma amiga.
Eu disse: “Estou arrasada. Imagine a pior matéria que eu poderia pegar. A pior de todas, a que menos gosto”.
Ela: “Não sei... Literatura inglesa do século 11?”
Eu: “Literatura? Qualquer literatura seria uma benção! Claro que não! Fonética, foi isso que eu peguei!”. E ela, que também é da área de Literatura, admitiu que esse realmente é um baque duro.
Não vou repetir neste post que já está enorme a minha aversão por Fonética. Muitos anos atrás, antes até de entrar no mestrado, falei sobre isso. Sofri recentemente porque um dos quinze pontos do concurso era sobre Fonética. Eu me preparei; felizmente não caiu. Mas é que eu pensava que, como no concurso (que realmente era pra Literatura e Linguística) a Literatura foi privilegiada, eu iria só dar aulas de Literatura. Chuif. Fonética! Uma outra matéria é Fins Específicos, relacionada à Leitura (outro tema linguístico). E só minha terceira disciplina será de Literatura.
Falei com uns amigos do meio universitário, e eles disseram que é assim mesmo, que ninguém pega as matérias que quer no primeiro ano, mas que depois melhora. Que em qualquer universidade que entrasse, eu teria que dar aulas sobre temas não totalmente do meu agrado. O maridão falou que não quer nem saber de frescuras e que confia em mim para garantir-lhe uma bela rede na praia e água de coco, e até deu um bom argumento: numa escola de línguas também haveria turmas difíceis (é verdade, eu sempre preferi mil vezes dar aula pra turma avançada que iniciante). Meus amigos ainda afirmaram que, se eu não assumir o cargo, a universidade perde a vaga, pois não terá tempo hábil de realizar outro concurso. E os temores de sempre sobre como não teremos mais contratações ou novas federais se o PSDB voltar ao poder.
Depois fui ver a grade curricular do curso de Letras Português e Inglês da UFC e constatei que há poucas disciplinas referentes à Literatura em Língua Inglesa (veja aqui). E mais: lá não há pós-graduação em Literatura em Língua Inglesa, só em Linguística. Logo—e não sei se estou sendo ambiciosa ou lunática demais—eu e meus colegas simplesmente teremos que abrir um curso desses. Ou vai ou racha.
Bom, estou melhor e mais otimista depois de falar com meus amigos, mas minhas dúvidas existenciais vão e voltam. Minha mãe vai ter um treco ao ler isto, porque ela nem sabia que correu o risco de não ir pra Fortaleza... Claro que eu ainda posso ser reprovada nos exames médicos. Já contei que vi meu raio x das costas, e veio escrito “alterações degenerativas da coluna dorsal”? Minhas costas começaram a doer no ato, e olha que eu raramente tenho dores! Quando o maridão voltou do trabalho eu já tava falando de não ser aceita pela UFC e de me aposentar por invalidez. Ele falou pra eu googlar o troço, e, de fato, eu ainda não me tornei uma completa inválida. Parece que todo ser humano tem essas degenerações, por sermos bípedes. Aqueles em idade mais avançada como a minha têm mais.
E sim, tenho ciência que estou reclamando de barriga cheia e coluna degenerada: vou receber um super salário, morar numa cidade linda, e trabalhar numa ótima universidade. Bem melhor que ser professora na Uniban, eu sei, eu sei.
Lola, brincou, né?
ResponderExcluirTorço para que no fim das contas você entenda sua hesitação como um mero medo da mudança. Aqueeele que todos temos, não é mesmo?
Ajudar a abrir um curso de pós em literatura inglesa na UFC será o ponto alto de sua carreira.
Boa sorte
Oi, Lola,
ResponderExcluirAcho que passar no concurso foi uma conquista, a coroação de sua dedicação aos estudos e ao conhecimento. Mudar assusta. Mas também é inspirador, revigorante. E estar em uma universidade deve ser muito estimulante. É uma porta que se abre. Quem sabe você não se apaixone por fonética? Vá com Deus, e seja muito feliz. Mas, se quiser ficar, seja feliz também. :)
Sandra
Tenho duas coisas para lhe dizer, meio lugar comum, mas acho que cabem:
ResponderExcluir1. cuidado com o que desejas, pode acabar conseguindo - vc queria tanto e agora vê que não é lá essas maravilhas
2. veja só a história do rio que percebe que está chegando no mar (foi minha professora de ioga que me contou)
Diz-se que,
mesmo antes de um rio cair no oceano
ele treme de medo.
Olha para trás,
para toda a jornada,
os cumes, as montanhas,
o longo caminho sinuoso
através das florestas,
através dos povoados,
e vê à sua frente
um oceano tão vasto
que entrar nele nada mais é
do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano
é que o medo desaparece.
Porque, apenas então,
o rio saberá que não se trata
de desaparecer no oceano.
Mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento
e por outro lado é renascimento.
Por isso que qdo vc comentou que a sua formação em Letras era desnecessária eu afirmei que não. Nas federais nenhum professor dá aula do que quer, muito menos os novatos. Antiguidade é posto e novato dá aula de tudo, do que sobra.
ResponderExcluirOi Lolaa! Vc tá reclamando de barriga cheia mesmo viu :). Brincadeira, vc deve estar com medo, e no quesito segurança tem que analisar bem mesmo..
ResponderExcluirMas financeiramente falando, entrando p UFC vc não teria uma aposentadoria garantida? Vc tb teria autonomia p ensinar da maneira que vc quer, sem se pautar pela exigência (nem sempre válida) do aluno e dos pais e ficar desempregada de um dia p outro! A segurança é enorme!
Agora acho que uma coisa bem importante parece ser vc querer isso como um ofício mesmo. Vc quer? Numa Universidade vc poderia ter um grupo de estudos seu, orientar alunos p terem uma maior reflezão, vc entraria em contato com outros tipos de pensamentos, etc etc..
Sei que isso é em teoria, mas me parece super gratificante como contribuição à sociedade.Eu estaria super feliz de trabalhar assim, ademais no âmbito público!
Bom, é estranho falar um monte sem te connhecer pessoalmente, mas de qq maneira, desejo boa sorte p vc viu!
Beijão!
Lola, você disse quase em tom de ironia:
ResponderExcluirLogo—e não sei se estou sendo ambiciosa ou lunática demais—eu e meus colegas simplesmente teremos que abrir um curso desses. Ou vai ou racha.
Mas é até provável que realmente fosse essa a intenção do Departamento ao fazer o concurso. Não é nada de outro mundo. Meu pai é professor numa universidade federal e já passou por isso. Nesse meio tempo você vai ter que encarar algumas disciplinas exóticas. Mas não fique surpresa, em pouco tempo você mesma ajudará a construir o espaço para a sua área.
Lolita, e a capacidade de reinventar-se sempre?
ResponderExcluirse vc for e der tudo errado, bacana, vc volta! perde alguma grana mas duvido que vá se arrepender! Sem contar que talvez vc devesse não vender a casa de Joinville e viver de aluguel no primeiro ano, pra sentir qual é, e pra ver se passa em algum outro concurso...
Sobre dar aulas de fonética... ok, nem tudo é perfeito. Mas eu super acredito que você vai conseguir usar a literatura como pano de fundo pra falar de fonética. Né? Né?
Eu sempre quis ter uma professora que usasse literatura pra falar de fonética, hihihihi...
e sobre a grade do curso de Letras da UFC e as poucas disciplinas sobre literatura inglesa... Vc vai entrar lá pra q? pra mudar isso, mulher!
Força no laquê que o brasil tá contigo. E quero ver toooodo mundo votando na Dilma pra gente continuar a ser feliz!!!!!
nunca postei no seu blog, mas acho que sua dúvida é normal. Fortaleza tem praias lindas, mas é um lugar violento e como a maioria das capitais do nordeste, não se anda muito a pé, pois os assaltos são constantes. Além disso, a prostituição infantil é absurda, na nossa cara, nos melhores bairros da cidade e junto com isso o uso de drogas é terrível. Boa sorte! Carolina (baiana e já morei em fortaleza)
ResponderExcluirpor que não faz o concurso da Fronteira Sul que é em SC?!
ResponderExcluirlola, vai simbora pro nordeste, po! o nordeste eh lindo, eh uma vida de deus (supondo que deus tenha uma boa vida...). sei que nao eh facil largar tudo e enfrentar o desconhecido. mas a menos que voce vah trabalhar com o que nao gosta (fonetica), acho que eh uma boa voce partir. o "maridao" vai se arranjar em qualquer lugar que ele chegue, ele vai conseguir aulas em fortaleza tbm, dai voces vao ganhar muito bem juntos e depois vao ter uma graninha legal pra curtir as praias do nordeste. afinal, a vida nao eh soh trabalho, neh? eh vero que a cidade nao eh um mar de tranquilidade, mas outras coisas vao compensar, começando pela felicidade da sua mae :)
ResponderExcluirmas relativize o que eu falo... sao palavras de uma paraibana expatriada que sente saudade de tudo...
beijos
Moro em Fortaleza, perto da UFC e vou te dizer uma coisa, não me atrevo a ficar andando aos arredores da universidade, pois tenho amor a vida e não quero ser assaltada. Fortaleza é uma cidade linda é bem verdade, porém muito, muito violenta mesmo, na verdade chega até ser truculenta!
ResponderExcluirSempre há crise
ResponderExcluirConforme as possibilidades matizes
E não me parece que seja comodidade o que vise
E como tempos de crise são tempos de oportunidades
Seja qual for a cidade
Tudo há de atender as necessidades
Não que precise
Mas é sempre bom ter horizontes a vista...
Oi Lola,
ResponderExcluirEntendo perfeitamente a sua crise existencial. Quando passei por isso, nao era so medo de mudanca, mas tambem medo de como o curso da minha vida seria afetado.
Acho que nao e so a questao de mudar para Fortaleza, mas tambem de repensar os proximos anos. Ficando em Joinville o caminho e claro, em Fortaleza parte dos planos tem que ser revistos...
Entao, achei o seu post meio inclinado a ficar em Joinville. ;) Tenho uma sugestao bem nerd: porque voce nao faz uma lista de pros e contras (serio), e marca o que para voce e prioridade? Por exemplo: ja que voce e financeiramente responsavel, em que cidade / opcao de vida voce teria mais retorno? Na questao da seguranca, Joinville ganha, mas o que e mais importante, seguranca ou a questao financeira? Eu sei, e bem nerd, mas acho que pode ajudar a colocar a decisao em perspectiva do que e importante para voce (e para o maridao e mamae).
Alem disso, voce nao precisa morar para sempre em Fortaleza. Se nao gostar ou nao se adaptar, sempre tem outras opcoes. Por exemplo, trabalhar alguns anos por la, mas aposentar em outra cidade.
E se voce for, nao acho nada ambicioso abrir um curso de literatura inglesa. Acho que agrega valor para a universidade e para voce, e nao descartaria essa hipotese.
:)
Marcela
Como diria Maiakovski:
ResponderExcluir"É melhor morer de vodka que morrer de tédio..."
Lola, viu isso?
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091109/not_imp463284,0.php
Lolinha,
ResponderExcluir1) Tenho quase certeza absoluta de que estou na dúvida.
2) Em se tratando de principalmente, nada como não resta a menor dúvida.
Estas são minhas respostas favoritas pra quem está em crise existencial, já que é muito difícil opinar sem conhecer a realidade da pessoa. Mas, falando sério, e como parece que você quer ouvir opiniões mesmo assim, lá vai (cheia de clichês, claro):
Eu sempre fui muito seguro, medroso, nunca gostei de trocar o certo pelo duvidoso. Acho que por isso perdi muitas oportunidades na vida. Não reclamo muito do que sou hoje, mas sempre vem à mente aquele pensamento "e se eu tivesse feito aquilo? e se eu tivesse metido a cara?". Descobri mais tarde (muito tarde, aliás) que não era só medo do desconhecido mas principalmente comodismo!
Acho que foi Churchill quem disse "se estiver passando por um inferno, continue andando". E pra fechar com chave de ouro, um ditado da roça: Quem tem medo de KH não come!
Lolinha, qualquer decisão que você tomar será a certa.
Beijos.
Lola
ResponderExcluirAi, ai.
Caso vocês nao gostem de Fortaleza, nao da pra pedir transferência depois de um tempo?
Bom, detalhe, em uma cidade com indice alto de criminalidade eu nao moraria em casa nao, mas em apartamento.
E você conhece...
"Two roads diverged in a wood, and I,
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference."
Lola,
ResponderExcluirmeu marido tomou posse recentemente. Ele achava que o salário era esse que você falou aí em cima, mas descobriu no RH que ganharia 2 mil a mais + benefícios.
Lola, agarra a oportunidade. Eu sei que mudanças são sempre problemáticas, mas o ápice da carreira acadêmica é uma Federal. Você já vai começar sua carreira no auge. Pensa bem, mulher. Não é só o salário e as aulas que você dará.
ResponderExcluirÉ a possibilidade de entrar no meio acadêmico pela porta da frente, de obtenção de bolsas de pesquisa acadêmica e conseguir publicar em meios conceituados no Brasil e fora.
Numa universidade particular, uma amiga minha tinha que dar aulas de microfone, por causa da quantidade de alunos que tinha...
Acredita que eu já tive essa crise, por você?
ResponderExcluirFiquei pensando no trabalho que vôcê terá pra se mudar, pra vender a sua casa, para comprar outra, pra levar sua familia e suas coisas todas pra lá. Deu até preguiça alheia.
Por isso que num outro post, eu comentei pra você colocar balões na sua casa, e levar ela pra lá, como no filme 'Up'. E você mesma comentou no post do filme Up, esse apego que nós temos às coisas... e não é só às coisas, é a nossa rotina, é o modo como vivemos, ninguem gosta de mudanças, ainda mais mudanças bruscas, é muito dificil de aceitar... veja bem, você já está até pesando os prós e contras de se ficar em Joinville, e de Ir pra Fortaleza.
Acho muito complicada essa decisão de ir ou não, pra eu opinar. Eu não sei se eu iria...
Mas pensando por outro lado, você já foi pra lá sozinha, pra fazer a prova, já sentiu o clima... e já teve a coragem, de ir até lá encarar pessoas que você desconhecia. A unica parte triste, é que se você chegar a se mudar pra lá, e se arrepender, não terá como voltar pra sua casinha ai em Joinville, imagino eu que ela estará vendida.
Boa sorte, Lola!
Ois
ResponderExcluirBem vinda ao clube das em-crise-existencial-por-causa-do-trabalho.
Bem, eu gosto de fonética. ;-)
Olha, estou sem muito tempo agora, pra variar, mas basicamente: não venderia a casa agora, viveria de aluguel por um tempo, em fase de teste, caso decidisse ir. Eu não sei se você está inscrita em outros concursos ou quais as perspectivas de novos concursos na UFSC, por exemplo. Isso mudaria um pouco as coisas.. se a dúvida se resume a Fortaleza ou Joinville (onde, me parece, você não tem um emprego fixo atualmente, certo?), eu iria porque isso não sginificaria nenhum contrato ad eternum com Fortaleza, sabe? Na pior das hipóteses, você teria mais um monte de história legal para contar. Nem que fosse sobre a posição da língua no palato mole para pronunciar esse ou aquele som. :-)
Boa sorte, depois volto pra pitacar mais.
Bjs
Rita
Ah, querida... mudanças são sempre um desafio, te entendo perfeitamente. E ainda mais no seu caso, algo tão grande. É natural este seu medo.
ResponderExcluirEu realmente torço para que você decida pelo melhor.
xx
Como assim o maridão estava na minha cidade e eu nem fui prestigiá-lo???????
ResponderExcluirolha, eu acho q tu não deverias ir, considerando os argumentos. tua vida me parece BEM mais tranquila em joinville do q o prospecto de fortaleza... eu e meu marido tivemos oportunidade de ir pra uma ivy league (lugar de "sonho", mas onde ia rolar competicao direto, muito, mas muito trabalho), por qualidade de vida (uma uni BEM below the radar). Não me arrependo nem um pouco!!! e agora tu já sabe q podes passar num concurso desses (got it out of your system)... pensa bem!!! mudar pode ser invigorante, etc, mas... depende MUITO das circuntâncias... bjos!!!
ResponderExcluirMoro em Recife, e as notícias que chegam de Fortaleza é que é um lugar bem mais calmo que aqui, em relação à violência. Conheço pessoas que foram morar lá por oportunidades profissionais e adoram a cidade. Mas se espantaram com a prostituição infantil.
ResponderExcluirOs homens, como percebi no mercado público, se chamam de "macho", e acredito que você, Lola, vai ficar embasbacada com o machismo do nordestino, assim, visto no dia-a-dia.
Esse blog vai ficar bem mais instigante.
Oi, Lolinha!
ResponderExcluirconcordo com o que o pessoal está dizendo: não é uma escolha definitiva. Você pode mudar de idéia depois. E de novo e de novo.
Eu sou muito a favor de não queimar pontes. O que eu faria, no seu lugar: me daria seis meses para experimentar Fortaleza e a UFC. Alugaria uma casa/apartamento para morar (de preferência mobiliada) ao invés de comprar. Não venderia a sua casinha querida - alugaria se aparecesse alguém de confiança. Avisaria para a turma de Joinville que você está indo, mas pode ser que você volte. Aí, se tudo der errado, se você odiar a Lingüística, se o sol do litoral te torrar a cabeça e a paciência, você diz: ok, tentei, mas não rolou, não. Se você amar, e achar que vale a pena, então providência a mudança, que pode ser definitiva... ou não.
Isso não quer dizer que você vai fazer um esforço meia-boca para se adaptar a Fortaleza. Só significa que você botou uma rede embaixo, então pode ousar os vôos mais altos sem ter medo de se esborrachar como uma abóbora (poética, essa última parte).
Sabe que eu não estou pensando só em você ao dizer go for it? Também estou me lembrando de seus futuros alunos. Eu consideraria um privilégio ter aulas com você (algum plano de fazer concurso na UNB?). Lolinha, já pensou no número de feministas que você pode formar?
Agora, claro: antes de tudo isso eu ligava para o colegiado da Faculdade de Letras da UFC e pedia o contato dos outros professores do curso. Trocar idéias é sempre bom, né?
Beijos e boa sorte no processo de decisão!
É mto difícil opinar num assunto desse. Se eu tivesse no seu lugar eu com certeza estaria cheia de medos também. Mas tem uma coisa que o meu pai sempre me diz, que eu sempre levo em consideração: desafios fazem a gente crescer.Pode ser piegas, mas acho válido. Pense nisso! E boa sorte! =)
ResponderExcluirLolinha,
ResponderExcluirBem, lendo as diversas opiniões já dá pra decidir, então... tá decidido:
1) Você vai, sim, pra Fortaleza;
2) Você não vai vender sua casa;
3) Você vai se dar de 6 meses a 1 ano de experiência na nova vida;
4) Informe ao CM sua decisão. :)
Ih, esqueci do nº 5...
ResponderExcluir5) Arraste a Mamacita com vocês.
Bom, se depois de todo esse carinho dos comentaristas, vc ainda não tá animada, tome lá uma entrevista do nosso presidente a um jornal de verdade:
ResponderExcluirhttp://www.ft.com/cms/s/0/a1ed46c2-cc8d-11de-8e30-00144feabdc0.html?nclick_check=1
são tantas as verdades que ele diz que é melhor ler na íntegra!
Lola não vou negar que o trânsito
ResponderExcluiraqui é caótico. A cidade cresceu muito sem projeto e você sabe, depois que o Lula foi eleito mais pessoas tem comprado carros. Mas se você conseguir comprar uma casa no benfica vai ficar legal. Ali tem até algumas livrarias inclusive a do meu irmão que é do lado da UFC.Tem livros novos e usados, você vai adorar. A segurança é um problema mas não sei em que grau. Você sabe, a mídia nos bombardeia com notícias sobre o assunto. Sabe como é, pra dizer que tá tudo péssimo. Mas temos a impressão de que melhorou
um pouco depois da efetivação do projeto ronda do quarteirão.Não sei se foi só efeito psicológico.
Temos pouco teatro, dança, shows de qualidade, exposições. Temos muitas salas de cinema. Locais para bater papo, ouvir uma música e comer bem não faltam. Temos praias lindas e ótimas barracas de praia. Um processo seletivo é difícil. Não perca a oportunidade que conquistou. Vai que no próximo concurso cai muita fonética! Não desista antes de tentar. Ainda mais que você tem o apoio do marião e da mamãe.Torço para que venha. Adoraria conhecer você
Esqueci o d de maridão!
ResponderExcluirGente boa, muito obrigada pelo apoio, a torcida, os conselhos, os poemas, tudo! É muito bom ouvir isso tudo. Gostei tb que, assim que minha mãe leu este post, ela veio falar comigo. E não veio falar desesperada. Foi solidária, disse que entende perfeitamente as minhas dúvidas, que a nossa vida aqui realmente é muito boa, que dá medo largar isso. Mas que toda mudança que ela fez sempre foi pra melhor. Que em Fortaleza teremos uma vida diferente, com vantagens e desvantagens, com receio de sair à rua à noite, o que é uma droga, mas com uma vida cultural mais intensa e com mais amigos (porque Joinville é uma cidade fria nesse quesito, e todo mundo diz que Curitiba é pior!). E que, se eu decidisse que a gente não vai, é só pra avisá-la com antecedência, pra que ela possa fazer a matrícula no curso de cerâmica e pintura pro semestre que vem. Ha ha, adorei!
ResponderExcluirSujeito e Sandra, vou tentar abrir uma pós em Literatura por lá. Mas acho muuuito difícil me apaixonar por Fonética! Obrigada pelo carinho.
Aiaiai, bonita a história do rio que vai cair no mar. Ele deve ficar bem assustado mesmo...
ResponderExcluirDaniela, se eu fosse formada em Letras, eu teria tido uma matéria de um semestre de Fonética em Inglês. Só. Provavelmente dada por alguém que gosta tanto de Fonética quanto eu... E isso depende do curso também. No curso de Letras à distância que comecei a fazer não havia Fonética em toda a grade curricular. Mas sinceramente, um semestre de Fonética não me faria sentir mais preparada pra dar aula de Fonética do que as aulas de Fonética que tive no início do mestrado. E muito menos faria alguém da área de Literatura gostar de Fonética.
Má, aposentadoria garantida? Acho que não. Depende quantos anos, né? Mas não tenho dúvida que dando aula em Federal temos que engolir menos sapos que em particulares. E sim, a sua pergunta é pertinente. Eu tive uma mini-crise durante o doutorado sanduíche, em Detroit. Pensava se dar aula era mesmo o que eu queria. Eu gostei muito da minha experiência durante o estágio. Gosto de dar aula. Mas, sinceramente, ainda não sei se é o que quero. E essa contribuição à sociedade que vc menciona é o que mais me move. Porque a sociedade realmente investiu muito em mim, dando-me bolsa pra fazer o mestrado e o doutorado. Sinto sim que preciso devolver. Obrigada!
ResponderExcluirPatrick, tem razão, acho que essa é uma das intenções do departamento. Vou tentar levar o know-how da pós em Literatura em Língua Inglesa da UFSC. Vamos ver...
Draupadi, é verdade, se der errado eu volto. E nem preciso voltar pra Joinville, posso ir pra um outro lugar. Eu pensei nisso de apenas alugar uma casa em Fortaleza, mas não sei... Não vender a casa de Joinville é complicado, porque a casa precisa de reformas (que inquilinos que alugassem a casa não iriam fazer). Sem falar que, se a gente alugasse uma casa em Fortaleza, e não comprasse, não poderíamos fazer as reformas que queremos. Minha mãe teria que morar na mesma casa por um ano, e isso não seria muito legal. Ah é, vou tentar puxar a Fonética pra Literatura... Meus amigos já me deram uns toques. Obrigada! Descobri que vc é uma menina (eu não sabia).
ResponderExcluirCarol e Gadelha, puxa, assim vcs me assustam! Eu andei um pouco por Fortaleza durante a semana do concurso, e só me senti insegura porque TODO MUNDO fala “cuidado com isso, cuidado com aquilo”. E isso mexe com a minha cabecinha. Eu tinha medo em Detroit por causa disso, por causa da reputação da cidade. E aí eu pisava em Chicago, Nova York e Washington sem medo nenhum, também por causa da reputação. Bom, já que vamos contribuir com a sociedade, vamos fazer o possível pra mudar essa situação desagradável sobre a criminalidade em Fortaleza também.
Anônimo, eu vi o edital pro concurso da UFFS (Univ Federal da Fronteira do Sul – pra quem não sabe, uma das 12 criadas pelo governo Lula). Eu vi que há DEZ vagas pra professores de português apenas em Chapecó! Mas lá não há Inglês, só Português e Espanhol. E eu não me sinto nem um pouco habilitada pra dar aula de Português, já que meu mestrado e doc foram em Inglês. Mas pra quem quiser, as inscrições terminam hoje! Acho que vale muito a pena, e só precisa ter mestrado pra cima. E eles aceitam “professores visitantes” tb (doutores formados há mais de 10 anos). Acho que eles estão prevendo que terão mais vagas que professores, ou não?
ResponderExcluirLuci, é, e a verdade é que eu acho que o maridão terá boas oportunidades em Fortaleza. Pelo que sabemos, não há xadrez nas escolas de lá. Quem sabe ele não possa implantar um projeto piloto, aproveitando-se da experiência que ele tem em Joinville? Ah, e isso de visitar o nordeste inteiro vai ser fantástico... E TODO MUNDO diz que João Pessoa é A capital pra se viver no Nordeste.
Salve Jorge, obrigada, concordo!
ResponderExcluirMarcela, vc achou que pelo post estou inclinada a ficar em Joinville? Mas eu já decidi que vou pra Fortaleza! Muito boa a sugestão nerd da lista. Acho que tenho essas ideias na minha cabeça, só preciso colocá-las no papel. Acontece que os pros e contras não têm o mesmo peso, tem? Não sei, isso de que eu já estou planejando essa mudança há uns 4 anos (não necessariamente pra Fortaleza, mas pra qualquer lugar, sendo que justamente Natal e Fortaleza estavam no topo da lista) pesa muito. Isso de devolver à sociedade o que foi investido em mim tb. É como eu disse, acho que, na questão salarial, meio que fica elas por elas, pelo menos a curto e médio prazo. Depois de uns 5 anos dando aula em Federal começa a valer a pena financeiramente, claro, aí a gente recupera tudo que foi gasto na mudança e na compra da casa. Mas sim, obrigada por me lembrar do meu próprio lema: nada é definitivo. A gente tem que tentar mudar. Se não der certo, a gente desmuda!
O negócio é o medo da mudança, é aterrador, o desconhecido, não ter controle sobre o que pode ou não acontecer... acho muito natural, e tb teria (e tenho) esse medo.
ResponderExcluirMas por outro lado, como já foi dito, há vários prós e contras.
Sim, a prostituição infantil eh descarada, mas especialmente nas áreas turísticas (o famoso turismo sexual) :~~
Sim, não há dúvida que Fortaleza hoje em dia eh uma cidade mais violenta que Joinville, mesmo pelo diferente porte das duas. Mas a considero mais calma nesse aspecto que Recife e Salvador, as outras duas grandes capitais do Nordeste.
Então, a razão acadêmica. Vir pra cá teria essa parte de enriquecimento de currículo e tudo o mais. E olhando pelo lado de muita gente que eu conheço, há uma necessidade de improvement da área de literatura lá (muitos amigos meus anseiam muito por isso ^^)
Uma outra coisinha, quanto às disciplinas, sempre percebi isso... o professor novato sempre pega as disciplinas que os outros professores rejeitaram, por várias vezes vi isso no meu departamento, mas depois de algum tempo iam tomando seu espaço.
PS.1 Concordo com o Masegui!!
PS.2 Amanhã vou fazer uma prova pra uma especialização em tradução que tá abrindo lá no departamento de letras estrangeiras! Deseje-me sorte! ehhehe
PS.3 Sim! A gente fala macho! ahuahuahu e é tão corrente que utilizamos a abreviatura de "mah". É quase um pronome de tratamento! "ei, mah, pega aquilo ali pra mim?" ;D
e sim, o machismo aqui é triste :~~ como no nordeste e no brasil todo.
Abraço! e Boa Sorte com a crise ^^
*gente, que comentário grande*
Gio, ha ha, vc sabe que eu nem bebo! Eu sou muito conservadora pessoalmente. Da turma do tédio mesmo! Ah, vi a notícia sim. Eu queria saber quantos dos 60,000 alunos da Uniban são beneficiados pela Pró-Uni. Vc sabe? Sei que são poucos, mas quantos? Não acho que eles deveriam ser prejudicados, mas é preciso que o MEC fiscalize mais. Eu encontrei essa notícia ontem. É de março deste ano! O governo já queria multar a Uniban em meio milhão de reais por descumprir estatutos referentes ao corpo docente! (Faz tempo que tô pra publicar um outro post sobre o fato das particulares não contratarem doutores).
ResponderExcluirMario, obrigada pela troca, vc é muito querido! É, acho que a maior parte das pessoas tem medo de mudança, de trocar o certo pelo duvidoso. Eu nem achava que era tão assim (já lidei com várias mudanças em minha vida, sem muito medo), mas agora estou vendo que sou sim. Tenho que aproveitar essa oportunidade. Eu sou da turma que é melhor fazer uma coisa que vc pensa em fazer faz tempo e essa coisa der errado, do que não fazê-la e ficar pensando no que perdeu.
Mas e aí, vc que tem que me dizer como é ser um jovem aposentado! O que faz um aposentado de apenas 50 anos, como é o seu caso? E que nem mora num lugar que tenha praia?
Liliane, transferência é meio complicado, pelo pouco que sei, mas é como me disse uma amiga: a gente vai montando um currículo bom, e, se e quando quiser, faz um outro concurso para uma outra cidade... E, de fato, aula de inglês em escola de idiomas não vale NADA no Lattes.
ResponderExcluirLuisa, é mesmo? Não sei, acho que não, será que depende da universidade? Eu falei com uma amiga na UFC que entrou lá este ano, e ela confirmou que recebe cinco mil líquidos. Irei contando com isso.
Lola,
ResponderExcluirTe conheço muito pouco mas imagino que se você chegou até aqui, é muito capaz.
Há pouco tempo eu optei por mudar de emprego e por isso tive que me mudar de cidade, comprar uma casa e fiquei um pouco apavorada no início.
Foram muitas mudanças e no momento que as coisas aconteceram deu aquela insegurança que me fizeram esquecer/duvidar da minha capacidade.
Sua ponderação é importante e você deve realmente considerar a questão de morar numa cidade mais violenta.
Mas a questão da disciplina que você irá lecionar, é apenas mais um desafio.
Boa Sorte na escolha!
Beijo!
Fabiana, eu sei, vc tem toda a razão. É o ápice da vida acadêmica sim. E eu lembro do friozinho que deu uma vez em que tentei entrar numa particular (foi no hiato de um semestre entre o final do mestrado e o início do doutorado). Sabe quando vc quer o emprego e ao mesmo tempo não quer, prevendo a dor de cabeça que vai ter? Foi assim que me senti.
ResponderExcluirAh, Barbara, que querida! Obrigada por já ter tido essa crise por mim! Ha ha, sério, senti a sua empatia já naquele comentário dos balões levando a casa, como no Up. Olha, se não der certo em Fortaleza, eu saio, mas provavelmente não volto pra Joinville. Não sei, será meio como que fechar um ciclo, sabe? Mas vou escrever um post sobre isso tudo que vcs estão falando, sobre a cara e a coragem.
E aí, vc vai hoje à manifestação feminista em frente à Uniban? Ah, vai e escreve um guest post falando como foi!
Rita, quem gosta de pitbull tem que gostar de fonética! Desculpe, piadinha besta, não resisti! (e vc nem gosta de pitbull! E o Roque é lindo, eu vi a foto!). Não estou inscrita em outros concursos não. Nem penso mais nisso. Eu já tinha decidido no meio da minha preparação pro concurso em Fortaleza que nunca mais prestaria um concurso que tivesse Linguística. Só Literatura! Isso reduziria minhas chances em, sei lá, 80%, pelo menos? Porque é raríssimo concurso só em Literatura! Sem falar que não sou graduada em Letras... Enfim, concurso na UFSC nem pensar. É perda de tempo e dinheiro. No último que teve pra Literatura (recentemente, e acho que foi o segundo em, sei lá, 6 anos) entrou uma professora aposentada que é um ícone. Tem montes de livros publicados e tal. Não tem como um recém-doutor concorrer com uma fera dessas. Ah, e nem me fale em palato mole! Vixe, fonética é algo tão fisiológico!
ResponderExcluirPat querida, obrigada pela solidariedade. Ah, em minha homenagem, por que vc não coloca uma receita com carne de sol no seu belo blog? Eu vou tentar fazer Escondidinho!
Marilia, o maridão esteve na sua cidade quando ela estava em situação de calamidade pública! O torneio era pra começar na sexta e foi adiado pra sábado, e ainda assim teve um monte de gente que não chegou. O aeroporto daí esteve fechado durante uns 3 dias! O avião dele foi o único que conseguiu pousar, acredita? Ele já conhecia Vitória, mas desta vez não parou de chover, ele disse.
ResponderExcluirMi, obrigada pelo conselho, mas é diferente, né? Ah, se eu tivesse o vidão que vcs têm aí em Miami, eu também não me mudaria! Bem ou mal, seu marido já está numa universidade, ainda que seja “below the radar”, e vc tb tem um bom emprego. Nesse caso eu nem piscaria, juro: ficaria bem aonde estou. Não tenho nenhuma ambição de prejudicar minha qualidade de vida pra trabalhar num super ivy league (sem falar que as universidades ivy league aí dos EUA ficam quase todas no norte gelado, né?). Mas a minha opção se eu não for pra Fortaleza é dar aulas de inglês numa escola de idiomas como eu fazia sete anos atrás... Nada contra, eu gostava e ganhava bem e não trabalhava muito, mas aí tudo que estudei (não só 2 anos de mestrado mais 4 de doutorado, mas inclusive os 3,5 anos de graduação) terá sido em vão. Ok, não pra sempre, mas por um bom tempo. Tipo, não haverá nenhum concurso no ano que vem, porque é ano eleitoral. E, se o PSDB voltar, chances are que não haverá nenhum concurso PONTO. Por sei lá quantos anos eles ficarem no poder... É arriscado pra caramba.
Ah, Marcia, bom saber que vc vê tudo pelo lado positivo! Eu vou presenciar mais machismo e isso vai melhorar o blog, é isso? Então, acho que Fortaleza e Recife são parecidas no quesito criminalidade. E trânsito tb. Mas certamente Fortaleza deve ganhar fácil nisso da prostituição infantil. Que horror! Mas algumas leitoras me disseram que isso tem diminuído bastante nos últimos anos. Tomara que sim.
ResponderExcluirLud, tem razão: nada precisa ser definitivo. Dá pra mudar de ideia. Mas essa rede de proteção que vc sugere, não sei não... Certamente alugar uma casa seria o mais racional, mas traria problemas, tanto com a casa daqui quanto a de lá. Acho que eu tenho que give it a try. E essa experiência precisa durar mais de um semestre pra ser melhor avaliada. Não só em relação a minha adaptação, mas também à da minha mãe e, principalmente, à do maridão. Nesse fim de semanas de muitas dúvidas eu cheguei a falar pra ele: e se eu me mudar pra Fortaleza sozinha, alugar uma kitinete durante um semestre, vc, minha mãe, os gatos e tudo o mais ficam aí em Joinville, e se eu me adaptar vcs vem pra cá? Ele não gostou da ideia porque seria bem triste pra gente se separar durante meio ano (e lógico que essa solidão toda interferiria na minha adaptação). Mas olha, a verdade é que não tem muita coisa pra dar errado. E obrigada por me querer como professora aí na UNB! Ah, e na sexta eu mandei um email pra coordenadora do curso da UFC dizendo “Tudo menos Fonética!”. Talvez eles nem me chamem after all....
Carol, concordo contigo. A gente cresce com desafios sim.
ResponderExcluirMario, ha ha, não será beeem assim... Mas vai que a gente NÃO venda a nossa casa em Joinville tão rápido? Aí o esquema será mesmo alugar uma casa por lá. Ah, e não será preciso arrastar a Mamacita. Adivinhe quem tá mais ansiosa pra ir: ela ou o maridão? Acho que é ela. Os gatos é que não estão!
Aiaiai, tem que se registrar pra ler a entrevista... Mesmo que seja registro de graça, odeio essas coisas... Mas deve aparecer em blogs políticos.
ResponderExcluirMarússia, seu irmão tem uma livraria do lado da UFC? Que legal, vou ir lá! Pois é, sobre a segurança, eu tava dizendo justamente isso numa resposta acima. Como o efeito psicológico é grande. Porque às vezes a criminalidade nem é tão absurdamente alta assim, mas, como todo mundo fica dizendo que é, a gente tem medo. Isso aconteceu com a gente em Detroit! O pessoal que morava lá nos aterrorizava mesmo. “Se você passar em frente àquele posto de gasolina à noite, será assaltada”. Só que o posto era na esquina de casa. Difícil não passar! E lógico que em um ano lá não aconteceu absolutamente nada com a gente (ainda bem!). Espero ter a mesma experiência do “é só psicológico” em Fortaleza. Não vou desisitr antes de tentar, não. Obrigada, e vamos nos conhecer!
Amanda, é, sem dúvida, eu teria bem mais medo em Salvador, pelo que falam. Recife eu não sei. Estive lá uma década atrás, e admito que fiquei mais assustada com a violência no trânsito (vi três acidentes de carro com mortes em uma semana!) que com a criminalidade. Aliás, eu lembro que fui ao cinema à noite, sozinha, num sábado, de ônibus, ver Funny Games (Violência Gratuita)! Fiquei com um pouco de medo, mas deu tudo certo (apesar do cobrador de ônibus não ter me avisado onde era pra descer e eu desci no ponto final e tive que pegar um outro ônibus pra voltar).
ResponderExcluirAh, legal, vamos ver se a gente consegue melhorar a área de Literatura. Sabe, não sou só eu. Tem outros 3 professores de Literatura que vão entrar comigo e todos eles parecem muito bons. Acho que juntos a gente pode implantar uma pós em Lit. Com o tempo, claro! Não será no primeiro ano!
E isso dos professores novos pegarem o que ninguém mais quer (Fonética, não por coincidência) é super normal sim, acontece em todo lugar. Mas se eles soubessem que eu tô quase não indo por causa da Fonética, pensariam duas vezes!
Super boa sorte no concurso! Depois conta como foi.
E eu vou ter que tratar os homens por “mah”?! Muito esquisito! Isso vcs não me contaram não! E eles respondem como?
Taiane, obrigada por compartilhar a sua história comigo. É bom ouvir gente que passou por isso de ter que mudar de emprego e de cidade. É um tanto apavorante, né? A questão da violência realmente é preocupante pra mim. E não só ela, isso do trânsito tb, isso tudo que vem de voltar a viver numa cidade grande. Mas vamos ver. E, se eu não me adaptar, mais pra frente eu posso tentar uma cidade mais calma. Ou até só trabalhar 5, 6 anos e depois me aposentar em João Pessoa, vai saber?
Gente, agora tenho que trabalhar! O dia não está rendendo muito!
Lola, eu sou suspeita porque adoro me mudar, e quanto mais radicalmente, melhor (morro de saudades dos lugares quentes e cheios de amigos onde morei). Entendo seu temor, mas faz parte do processo - é como aqueles passos do luto, imagino. Vai ser tudo muito melhor, tenho certeza. E se o CM tá se dando bem aí, vai se dar muito melhor numa capital. Vamos exercitar o desapego! rsrsrsrs Vai dar tudo certo, respira... ;)
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirO problema acho que não é tão referente à segurança, pois cidades interioranas também estão tendo números de violência crescentes. Há o fator financeiro que você ressaltou. Pelos números que vi, Fortaleza é uma das mais caras capitais do NE brasileiro. O Ceará está crescendo bem nos últimos anos, porém o crescimento em si não é nada,sem desenvolvimento humano, social, acesso á saúde, etc. Quanto ao quesito 'pseudo-supremacia-macha-latinoamericana', penso que o cearense não é tão machista entre os homens do nordeste (isso é apenas uma suposição, pois convivi muito com pessoas de lá). Resumindo, se for deixado um pouco de lado essa neura coletiva sobre segurança, garanto que se sairá bem lá. Boa sorte.
Abs
Lola, parece que abriu concurso p professor na Uel (Londrina) onde moro atuamente.
ResponderExcluirhttp://www.uel.br/prorh/index.php?content=selecao/concdoc/383_09/index.htm
Embora esteja voltando p São Paulo ano que vem, gosto muito desta cidade.
Dá uma olhadinha aí!
Quem sabe vc fica no Sul mesmo ;)
lola, fecha os olhos e vai! tá demorando muito aí em Joinville, ehehe. ^^
ResponderExcluirLolíssima, fiz o cmentário no post anterior.(ERREI)
ResponderExcluirbjs bjs.
Fica BEM!!!
*-*
ResponderExcluirNem estou sabendo de nada. :O
Eu até iria se eu não tivesse que ir para a faculdade. :/ Eu tive Pneumonia semana passada, e faltei a semana inteira na faculdade, mesmo com atestado, eu perdi aula. E eu me formo em menos de um mês e meio, Lolinha. Fora que eu ainda não estou 100% melhor da pneumonia. Mas me senti muito tentada à ir e reportar os fatos pra você.
E um outro problema, a Uniban fica do outro lado da Anchieta, daqui até lá a pé dá uns 30 minutos, tranquilo de ir, porém, eu teria de passar por uma passarela, muito famosa por casos de assalto, estupro, suicidio... assim, uma passarela bem convidativa. hahaha... e minha mãe está sem carro pra me levar. :/ Ou seja: FAIL.
Beijão! :]
Lola, se tiver muito stressada de Fortaleza, tem Canoa Quebrada e Jericoacoara, razoavelmente perto...
ResponderExcluirLola, Lolíssima querida,
ResponderExcluirtem já tantas sugestões e comentários legais, mas ainda tento deixar o meu...
Sua dúvida é mais do que natural e eu estava mesmo achando estranho você apenas animada até então. É sinal de que não somos malucos e trocamos tudo por nada só pra dizer que estamos mudando algo na vida...
Eu acho o medo justo... medo do novo, medo de não se adaptar, medo de perder tudo o que vc tem de bom, como disse outra leitora... o medo é saudável nesse caso, porque vc tá tentando ponderar e eu não acho mesmo que seja tarde demais.
A pergunta pelo que você espera do futuro, do que tem vontade de fazer etc é importante mesmo... se pra voces estaria legal continuar mantendo o estilo de vida de Joinville e a mudança, começar tudo de novo, se adaptar, ter um baita trabalho, abrir mão etc pesa demais isso deve contar... mas sinceramente acho que se vc prestou o concurso, foi la, estava ate pouco fazendo de tudo vc no fundo ja sabe que vai... mas vc tem medo apenas de errar, de que seja uma mudanca pra pouca coisa...
Tambem acho que o fato de não ser a materia que vc mais ama conta e muito.. dar aula e totalmente diferente de trabalhar numa empresa ou o que seja... e um desgaste e uma entrega... e precisa dedicacao... agora pensando pelo lado positivo vc pode aprender muito dando aula do que nao e sua especialidade e ainda tera um curriculo mais aberto pro futuro...
pensando ainda nos pros: mudar sempre traz tanto ganho e crescimento... eu sei que eu poderia ter ficado em sampa (onde eu tambem me adaptei saindo de campinas, onde eu tambem tinha me adaptado saindo de sumare) e vindo pra malmo...
aqui e tranquilo, seguro, lindo e tudo que vc ja sabe, mas claro eu perco muito tambem... entretanto, quando penso o mundo que me abriu vindo pra ca... gente que entrou pra minha vida que eu NUNCA sonhei existir... um modo de vida que me faz pensar e me fez sofrer e crescer porque me exigia coisas que eu nunca precisei fazer...
então se seu querido companheiro te apoia, vc tem sua mae que ainda ajudara a nao morrer de saudade dos mais proximos e vc nao tem filhos, o que ajuda tambem a nao se fixar muito em escolas etc... eu acho que mudar e duro demais, a gente tem momentos de crise que se repetem. Essa e a primeira delas so... mas vale muito muito a pena...
definitivo, temporario, o que seja... vcs vao ver e decidir o que vira...
beijocas angelo ta me gritando aqui e escrevi muito
Lola, nem li os comentários porque são inúmeros, e até acho que já disseram isso, mas eu digo também mesmo assim: mudanças são sempre assustadoras. A gente nunca sabe o que esperar, até a gente se mudar e se acostumar ao novo lugar. Eu acho que não pensaria nem duas vezes. E no meu pouco tempo de vida eu já morei em 5 cidades. 4 delas num período de 5 anos. Além das diversas mudanças de casa também.
ResponderExcluirWhatever happens, you're gonna be fine! Trust me! Go for it.
Lola: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/11/09/ult5772u6008.jhtm
ResponderExcluirLolinha querida!
ResponderExcluirprimeiro desculpa por não ter respondido seu email ainda ,mas é que ando numa correria aqui!o vestibular da dignissima UFC é domingo!e como vc sabe eu sou uma sofrida vestibulanda!tenho um bocado de coisa pra te dizer!amanha ou depois vou ter um tempim e respondo o email com a devida atenção e carinho q vc merece ok?li sobre as casas do benfica e sobre a sua crise..entendo tds os seus motivos.no seu lugar tb estaria apreensiva e insegura.é normal.mas posso dar pitaco?vem Lolinha!acho que vai ser no mínimo uma ótima experiencia pra vc!Fortaleza é uma cidade adorável,com problemas é claro,mas ainda assim mt convidativa.a UFC é uma ótima universidade,acho que vc iria gostar e aprender e ensinar mt aqui ,viu teacher?ah outra coisa...acho que vc foi mal informada a respeito do custo de vida aqui,na verdade é mais baixo que o de joinville sabia?meu tio morou em joinville mt tempo e agora se mudou pra cá e ele já me falou isso várias vezes.ele e outras pessoas tb.dá uma pesquisada melhor pra vc ver.e depois quero que meus colegas aqui da Ufc tenham a oportunidade de ter uma prof maravilhosa e competente que nem vc.mt calma e tranquilidade aí com as decisões a serem tomadas viu?quero que td seja o melhor pra vc seja aqui em Fortal ou em Bali hahaha fica bem!bjjjjjjjjjjj MANU
eu dou aula de fonética por vc, quer? hehehe
ResponderExcluirLolinha,
ResponderExcluirNão tenho 50, tenho 52 (quase 53) e 2 anos, agora, fazem muita diferença!
Não sou aposentado, sou semi, estou à toa mas ainda não me aposentei. Tudo se resolverá neste final de ano (ou não, como diria o idiota do Caetano).
Não posso te dizer nada a meu respeito, minha crise existencial é pior que a sua... você tem perspectivas, eu não.
Não sei porque todos os parágrafos anteriores começaram com "não"... oh, até esse... deve ser o reflexo de minha situação atual.
pois é, na real eu até fiquei surpreso com a sua prontidão em se mudar. mas enfim, é essa a vida da gente, to lutando com concursos também já me dei mal em cascavel, apesar de ter quase certeza que fui prejudicado pra candidata da casa ficar em primeiro, mas enfim, faz parte do show.
ResponderExcluirHa ha, Tina, “respira” foi ótimo! Obrigada pelo apoio! Legal conhecer alguém que adora se mudar. Isso não é muito comum...
ResponderExcluirMarcos, por favor, me indica esses números que vc viu apontando que Fortaleza é uma capital nordestina cara! Eu tenho a impressão que é, porque tem muito turista, mas claro, tudo depende. Uma amiga foi fazer o concurso em Fortaleza uma semana antes de mim e disse que tava achando tudo caro. Fiquei preocupadíssima, porque ela mora em Floripa!
Má, obrigada por avisar do concurso em Londrina. Mandei o edital pruma amiga. Legal, eu poderia fazer esse, não exigem grad. em Letras e são duas vagas. Não vou fazer porque já tô encrencada demais com esse negócio de Fortaleza. E me preparar pra um outro concurso agora... Mas a UEL é muito boa. Se alguém quiser fazer, vale a pena. Tem várias vagas!
ResponderExcluirIaeee, vc quer que eu vá pra Fortaleza sem ser chamada?! Só faltava! Quando eles chamarem eu fecho os olhos e vou. Tá, melhor de olhos bem abertos.
Obrigada, Albinha, respondi lá tb.
Barbara, ah, pena que vc não pôde ir na manifestação, mas entendo seus motivos. Pô, tem pouca coisa que eu odeio mais na vida que passarela! Se eu fosse um assaltante só iria “trabalhar” numa passarela. Parece a maior tranquilidade... Vc tá com pneumonia, Barb? Tadinha! Fica boa!
ResponderExcluirGio, sem falar em Paraipaba... Eu vi um sítio ma-ra-vi-lho-so lá por apenas 150 mil. Eu vou colocar as fotos já já. Espero que vc babe tb.
Somnia, obrigada por todo o carinho. Ah, bom saber que o meu medo repentino não é de todo esquisito. Pois é, vc se mudou muito, e agora tá morando na Suécia... Se eu quisesse viver fora do Brasil talvez seria por aí, em algum lugar na Escandinávia. E quando vc voltar, vc volta pra onde? SP? Abração e um beijão no Angelo! E um aperto de mão respeitoso no Renato.
ResponderExcluirVitor, ah, outro que tem experiência em se mudar, que nem a Somnia... E aí, vc já tá em São Francisco ou ainda não? Pensa bem, na sua idade é fácil mudar. Quando a gente fica mais velha vai criando raízes... ou não. Não sei, mas que é bem mais comum jovens se aventuarem pela vida, isso é. Obrigada pelo apoio, Vitorzinho!
Manu, eu tinha esquecido que vc tá pra fazer o vestibular! E é neste domingo! Ai, conta tudo, tá? Vc vai prestar pra Letras-Inglês? Vc vai ser minha aluninha? Ah, que emoção! Bom, quando tiver um tempim manda um email. Mas não tenha pressa. Eu vou sim! Sobre o custo de vida, não sei, é mais baseado na minha informação mesmo. Eu tenho cá pra mim que Joinville é uma cidade barata. Os aluguéis são baixos, a comida é barata. Tudo bem que minha maior comparação é com Floripa, onde é tudo caro... Mas vamos ver. Talvez Fortaleza não seja tão cara assim. Pra começar o transporte coletivo é mais barato, e isso é ótimo! Eu tô achando os imóveis caros, mas sei que estou procurando em lugar nobre. Mas não se preocupa não que eu vou. Quero saber do vestiba!
ResponderExcluirJu, pode dar! Eu nem sei onde vc tá, menina! Tá em Floripa ou Detroit?
Mario, então, sei que vc tem a idade do maridão, dois velhinhos. Em geral é ótimo se aposentar tão cedo. Não quer dizer que a gente tenha que parar de viver, só de trabalhar. E vc parece ter uma vida bem intensa, viajando sempre, jogando xadrez, com uma mulher que é uma santa em matéria de paciência... Não fala assim nesse tom que vc parece desanimado. E vc é sempre uma pessoa tão pra cima! Eu nem sabia que vc tava em crise existencial.
ResponderExcluirLM, é que eu nem teria feito o concurso em Fortaleza se fosse só pela experiência em fazer concurso. É meio longe e caro... Eu fiz pensando em me mudar. E como foi esse em Cascavel? Nem fique sabendo. Vc é de Letras tb, né? Vai fazer o da UFFS? E viu que tem um da UEL? Abração!
Já Lola, desde a metade de agosto. Daqui a pouco mais de um mês volto pra passar natal com meus pais, mas em janeiro já tô por aqui de novo.
ResponderExcluirLola, tenho muito o que lhe falar, sobretudo, porque sou uma fortalezense nata. Estudei no Benfica durante o segundo grau e a faculdade. Hoje moro no bairro e, precisamente, há quase dois meses estou sem carro (e ando MUITO a pé). O que quero dizer com esse relato é que vi a cidade se transformar. Da pacata Fortaleza da minha infência (quando Recife destoava muito daqui) e hoje tenho mum cotidiano próximo ao que você vai ter. Por isso, posso lhe dizer que tudo é uma questão de parâmetro. A gente muda com as mudanças. 1 - ver Fortaleza descuidada assim me dá uma dó, mas não saberia viver sem a efeversência que ela ganhou (cinemas, bares, restaurantes...). Tudo tem prós e contras. E a cidade só se mostra no seu cotidiano. Não dá muito para imaginar. Tem que sentir, estar aqui... 2 - Quanto à violência, acho que ela é um fato, mas tenho escapado ilesa. Estou aqui, morando no Benfica, andando a pé e (Graças a Deus - salve, salve!!!!!) continuo sem um arranhão. Nisto, há uma frase metafórica que serve para a mudança e para a violência: o medo paralisa mais que a realidade.
ResponderExcluirAs outras coisas que queria lhe dizer e que me fazem escrever no seu blog é que tenho vários amigos (e eu mesma, em certa medida) que estão fazendo o mesmo caminho que você (passando em concursos, indo para o mestrado...). Mas, o fazem de forma contrária. Estão saindo de Fortaleza porque passaram em concursos em outras cidades: Recife, Brasília, Campinas, BH... Todos com medo, casndo, tendo filhos, separando, vivendo.... Para eles e para mim Fortaleza (ou a Fusta, para os íntimos) é a casa e não a aventura. Mas, no final, é tudo a mesma coisa. É o movimento da vida e não sei até que ponto podemos nos furtar a ele. Isso não significa que não leve tempo, que não possamos fazer do nosso jeito... (esperar para achar uma casa legal aqui e morar de aluguel, por exemplo). Mas, acho, cá para nós, Lola, que essa sua crise está mais para o início da despedida do que para estancar a viagem. Você virá. Ainda que depois, a seu tempo, você tenha que partir novamente. É assim, dá medo. Fico imaginando, ironicamente, quando for minha hora de ir embora da Fusta, o quanto eu vou chorar!!!!!!!!!!!
Lola,
ResponderExcluireu não me registrei ...entrei pelo post do nassif
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/11/09/painel-internacional-103/
Lola, sua crise existencial coloriu meu dia. Seu bom humor também faz o meu dia! Você vai tirar de letras essas aulas "chatas" pois sei que vai se preparar bastante. Daqui um tempo você estará escolhendo as matérias que vai dar. E com certeza, será uma ótima professora na UFC.
ResponderExcluirAndo sumida, mas leio todo dia! O tempo só está apertado para comentar.
Um grande abraço!
Ola Lola,
ResponderExcluirVisitando o seu blog pela 1 vez me dei de cara com sua duvida em relaçao a sua mudança para fortaleza.
Nao pude deixar de reagir pois morei la durante 3 anos com meu marido holandes. Sou de sao paulo e depois de morar 5 anos na Holanda o meu marido recebeu uma proposta de trabalho. Como queriamos morar no Brasil aceitamos a proposta. Ha 5 anos atras ele ganhava uns 5 mil liquido.Dinheiro nao foi o problema.Chegamos ate a comprar uma casa para ver se gostariamos mais de la...
Tentamos no adaptar durante 3 anos mas foi muito dificel devido as diferenças culturais, mentalidade etc.
Para nós o calor era intenso demais, o lixo jogado no chao nos incomodava , amusica alta nos clubes proximos a beira mar, a prostituiçao infantil, a falta de respeito de muitos, a exploraçao das empregadas que trabalham o dia inteiro durante 2 semana para poder folgar 1 final de semana, a dificuldade de fazer amigos com o pessoal de la(nossos amigos eram todos do sul/sudeste)etc. Estou sendo bem negativa mas acho que se vcs estao felizes aonde estao deveriao ficar por ai pois dinheiro nao é tudo. Tambem é bom pensar que a distancia ate o Sul tbem é grande e assim nao da para visitar a familia a qualquer momento.Pense bem e boa sorte
Lola, conheci seu blog, hoje. Estou lendo tudo. Quando vi sobre casas interessantes em Fortaleza, corri pra ler. Moro em Fortaleza.
ResponderExcluirPor acaso estou procurando uma casa maior para morar. Já fui considerada "bichos benficu´s", nome que alguns na UFC dão aos "moradores do Benfica". Segundo os mesmos: "morar no Benfica e estilo de vida". Eu concordo. Das casas que vi a melhor é fica no Bairro de Fátima e atenderia as necessidades de toda sua família, com certeza. Quanto a sua crise, digo que haverá muitas batalhas pela frente. Em todos os departamentos da UFC há muitos ransos e literatura inglesa nunca ouvi falar nessas bandas. Mas fiquei imaginando o surgimento de uma pós graduação em literatura inglesa. Seria o máximo.