Tá na moda um vídeo do YouTube mostrando um esquete de um programa de humor de Israel parodiando o Lula. Ahn, gente, o que deveria chamar a atenção nessa frase é Israel, não Lula... Sabe Israel, aquele país imperialista que tem um dos maiores exércitos do mundo e que vive invadindo outros territórios, sempre com o apoio dos EUA? Aquele um que acabou de atacar uma frota de barcos (em águas internacionais!) que tentavam levar ajuda humanitária a Gaza, matando 19 pessoas? Esse país tá falando mal do Brasil, e a direita fica toda-toda?! Cês tão de gozação comigo!
No vídeo, é clara a indignação israelense (quer dizer, é um programa de humor, não fala por todo o país, mas mostra uma tendência de irritação): por que você, Lula, está metendo o nariz onde não foi chamado? (como se uma guerra nuclear não fosse afetar o mundo inteiro...). É óbvio ululante que Israel não tenha ficado feliz com o acordo que Brasil e Turquia fizeram com que o Irã assinasse. Israel e EUA querem mais é iniciar uma outra guerra, desta vez contra o Irã. E pra tanto vale a mesma mentira que usaram contra o Iraque, aquilo de que o país estava cheio de armas de destruição em massa. Pelo jeito, EUA e Israel têm tantas armas de destruição em massa, tantas armas nucleares (que eles efetivamente usam contra seus inimigos), que passam a vê-las em outros países.
Uma coisa não se pode negar: a direita brasileira segue direitinho a cartilha internacional quando o assunto é relações exteriores. Seus inimigos são Cuba, Venezuela, Bolívia (e talvez sobre um pouquinho pra Equador e Uruguai, ambos com presidentes de esquerda), aqui na América Latina; Irã e Coreia do Norte no resto do mundo (esqueci algum?). Por coincidência, exatamente os mesmos inimigos que os EUA apelidaram de eixo do mal. Seus amigos e heróis são Colômbia (infelizmente só sobrou a Colômbia, que tem tropas americanas em seu território, aqui na América do Sul), Honduras, claro (que ninguém nem sabia que existia antes do golpe militar), e, acima de tudo, Israel. Hoje em dia fica difícil ser de direita sem apoiar ou justificar todas as atrocidades que Israel comete em nome da paz no Oriente Médio. E pra qualquer um que ousa criticar um país tão fofo quanto Israel, a direita grita “antissemitas!”. A história se repete como farsa, de fato.
Mas e aí, dá pra comparar a imagem que Israel tem no mundo com a imagem do Brasil? A imagem brasileira sempre foi boa. Sempre fomos associados com coisas positivas, como samba, futebol, praia, carnaval, alegria, mulheres bonitas (infelizmente, mulheres bonitas entram na classificação de coisas). Graças à excelente reputação que Lula tem no mundo todo, com exceção, talvez, de Israel, e a um trabalho muito bem feito na área diplomática, o Brasil conseguiu, pela primeira vez, ser visto como um país com força para negociar na arena mundial. Foi-se o tempo em que a gente aceitava tudo que os governos americanos (todos eles, independente de serem republicanos ou democratas) mandavam, sem pestanejar. O Brasil decidiu ter sua própria agenda, uma agenda de liderança na América Latina, que sempre foi vista como quintal ianque, e lógico que isso incomoda. Mas fica a pergunta: incomoda a quem?
A direita brasileira é aquela que diz que, quando Lula é eleito homem do ano pelos maiores jornais do mundo, é porque os jornais foram comprados pela Petrobrás (!). É aquela que pensa que tudo que é latino-americano é ruim, e tudo que é americano é bom. É ela quem vive enchendo os pulmões pra dizer “EUA é país civilizado, lá não é assim”, ignorando que um monte de horrores que acontecem aqui também acontecem lá. Eu vivi lá por um ano, acho que sei do que estou falando. A direita brasileira é aquela que chama a América Latina de América Latrina, e prega que o Brasil é o esgoto do mundo. Que chama brasileiro de povinho bunda. Então eu fico perplexa: agora vocês estão preocupados com a imagem do Brasil no exterior? Que imagem, se pra vocês o Brasil não presta? Ou antes, na era FHC, a gente tinha uma imagem impecável, e hoje essa imagem afundou?
Cadê a coerência? Sejam honestos: apenas admitam que vão vibrar com qualquer programa humorístico chinfrim de qualquer país (menos os do eixo do mal) que fale contra Lula. E que vocês querem mais é que haja guerra e que o Brasil se exploda.
Sobre o vídeo em si, please, falem sobre ele nos comentários. Não tenho paciência. Pra mim, é apenas um esquete sem a menor graça vindo de um país que não tem muitos motivos pra fazer rir ultimamente (ahn, nos últimos quarenta anos).
No vídeo, é clara a indignação israelense (quer dizer, é um programa de humor, não fala por todo o país, mas mostra uma tendência de irritação): por que você, Lula, está metendo o nariz onde não foi chamado? (como se uma guerra nuclear não fosse afetar o mundo inteiro...). É óbvio ululante que Israel não tenha ficado feliz com o acordo que Brasil e Turquia fizeram com que o Irã assinasse. Israel e EUA querem mais é iniciar uma outra guerra, desta vez contra o Irã. E pra tanto vale a mesma mentira que usaram contra o Iraque, aquilo de que o país estava cheio de armas de destruição em massa. Pelo jeito, EUA e Israel têm tantas armas de destruição em massa, tantas armas nucleares (que eles efetivamente usam contra seus inimigos), que passam a vê-las em outros países.
Uma coisa não se pode negar: a direita brasileira segue direitinho a cartilha internacional quando o assunto é relações exteriores. Seus inimigos são Cuba, Venezuela, Bolívia (e talvez sobre um pouquinho pra Equador e Uruguai, ambos com presidentes de esquerda), aqui na América Latina; Irã e Coreia do Norte no resto do mundo (esqueci algum?). Por coincidência, exatamente os mesmos inimigos que os EUA apelidaram de eixo do mal. Seus amigos e heróis são Colômbia (infelizmente só sobrou a Colômbia, que tem tropas americanas em seu território, aqui na América do Sul), Honduras, claro (que ninguém nem sabia que existia antes do golpe militar), e, acima de tudo, Israel. Hoje em dia fica difícil ser de direita sem apoiar ou justificar todas as atrocidades que Israel comete em nome da paz no Oriente Médio. E pra qualquer um que ousa criticar um país tão fofo quanto Israel, a direita grita “antissemitas!”. A história se repete como farsa, de fato.
Mas e aí, dá pra comparar a imagem que Israel tem no mundo com a imagem do Brasil? A imagem brasileira sempre foi boa. Sempre fomos associados com coisas positivas, como samba, futebol, praia, carnaval, alegria, mulheres bonitas (infelizmente, mulheres bonitas entram na classificação de coisas). Graças à excelente reputação que Lula tem no mundo todo, com exceção, talvez, de Israel, e a um trabalho muito bem feito na área diplomática, o Brasil conseguiu, pela primeira vez, ser visto como um país com força para negociar na arena mundial. Foi-se o tempo em que a gente aceitava tudo que os governos americanos (todos eles, independente de serem republicanos ou democratas) mandavam, sem pestanejar. O Brasil decidiu ter sua própria agenda, uma agenda de liderança na América Latina, que sempre foi vista como quintal ianque, e lógico que isso incomoda. Mas fica a pergunta: incomoda a quem?
A direita brasileira é aquela que diz que, quando Lula é eleito homem do ano pelos maiores jornais do mundo, é porque os jornais foram comprados pela Petrobrás (!). É aquela que pensa que tudo que é latino-americano é ruim, e tudo que é americano é bom. É ela quem vive enchendo os pulmões pra dizer “EUA é país civilizado, lá não é assim”, ignorando que um monte de horrores que acontecem aqui também acontecem lá. Eu vivi lá por um ano, acho que sei do que estou falando. A direita brasileira é aquela que chama a América Latina de América Latrina, e prega que o Brasil é o esgoto do mundo. Que chama brasileiro de povinho bunda. Então eu fico perplexa: agora vocês estão preocupados com a imagem do Brasil no exterior? Que imagem, se pra vocês o Brasil não presta? Ou antes, na era FHC, a gente tinha uma imagem impecável, e hoje essa imagem afundou?
Cadê a coerência? Sejam honestos: apenas admitam que vão vibrar com qualquer programa humorístico chinfrim de qualquer país (menos os do eixo do mal) que fale contra Lula. E que vocês querem mais é que haja guerra e que o Brasil se exploda.
Sobre o vídeo em si, please, falem sobre ele nos comentários. Não tenho paciência. Pra mim, é apenas um esquete sem a menor graça vindo de um país que não tem muitos motivos pra fazer rir ultimamente (ahn, nos últimos quarenta anos).
Sobre o vídeo: é uma das poucas vezes - ou a única vez - em que vejo um quadro humorista (?) A FAVOR do governo de seu país. Isso já diz muita coisa...
ResponderExcluirLola, ontem fui ver o documentário do Oliver Stone e lembrei do blog quando o diretor faz uma pergunta tosca para a Cristina Kirchner (e ela se sai muito bem). Se estiver passando por aí, sugiro que veja. É interessante.
Huahuahuahuahuahuahuhauha, cara, não dá pra ficar ofendida com o vídeo Israelense, Lola! XD Pelo menos da minha parte!
ResponderExcluirPrimeiro porque tá tudo muito estranho no vídeo, o cara que tá fazendo o Lula não parece em nada com Lula e colocaram uma porrada de elementos culturais que não tem nada a ver com a gente. XD
Tá tão tosco que fica ridículo...
gosto muito de teu blog, e nem sei o que dizer sobre o texto.
ResponderExcluirAcho muito legal você realmente ter uma opinião e, além de tudo, escrever sobre ela e colocar a 'cara pra bater' por ela :)
não tenho o que comentar do texto, só posso falar que concordo com tudo, e não tenho coragem de dizer mais pois eu não tenho nem metade do conhecimento que você tem...
é isso, parabéns pelo blog, já venho aqui há bastante tempo, mas nunca tive coragem de falar nada.
E acho que continuei sem falar nada, aliás, mas este meu comentário já é um avanço!
Quem sabe no próximo eu não me mostre mais?
haha,beio :*
Lola,
ResponderExcluirEu sei que humor é profundamente cultural, como historiadora não esqueço do texto do Darnton sobre o massacre dos gatos. No entanto, não achei a menor graça...
No mais, parece um reforço de estereótipos que não condizem com o Brasil e que lutamos tanto contra. Aqueles que acreditam que o vídeo seja uma crítica ao governo não percebem o óbvio: o vídeo ratifica um posicionamente imperialista sobre o Brasil.
Ah, só um comentário... esse programa deveria melhorar o figurino (isso sim eu achei graça) e os adereços... concordo com a Ághata, o Lula ñ tá nada parecido.
Não gosto de Casseta e Planeta, mas pelo menos tenho que admitir, o figurino é beeeem melhor que o desse vídeo! =)
Eu fiquei com mais orgulho do Lula, afinal, ser depreciado por humoristas (?) totalmente sem noção do que é o brasil é um motivo de orgulho.
ResponderExcluirCara, quanta vergonha alheia...
ResponderExcluirIsso pareceu, pra mim, um vídeo feito por adolescentes contra um desafeto na escola, de tão tosco na forma e no conteúdo.
Talvez seja mais um reflexo da esquizofrenia nacional reinante por lá. Parece que o país parou no tempo da Idade Média, quando o mundo era contra os judeus e, abandonados pelo mundo, os judeus também optam por abandonar a todos e a isolarem-se na sua sensação de autossuficiência de "um povo eleito".
Você fechou o texto muito bem, Lola. Não dá para esperar mais de um país que nunca demonstrou nenhum encanto - muito pelo contrário.
O vídeo é um daqueles trabalhos de final de curso?!
ResponderExcluirTeve um comentario de um cara no orkut sobre esse video que eu achei o maximo: "Acho melhor começarmos a apoiar o que é feito na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, hein? Se fizermos isso e construirmos uma estátua da Golda Meir no Itamaraty, talvez consigamos atingir o principal objetivo de nossa diplomacia: o apoio de comediantes israelenses"
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, Amanda...to rindo até agora do comentário do cara. Genial!
ResponderExcluirNossa Lola, acabei de mandar um e-mail com o link desse vídeo, e pensei: "Será que a Lola já sabe disso?". Já sabia, que pessoa antenada!
ResponderExcluirBem, a questão é clara: a única coisa que legitima Israel como Estado é a violência. Sem o poderio militar, Israel seria hoje Palestina, ou melhor, a Palestina não estaria relegada a apenas 22% do seu território original...
É realmente difícil falar contra Israel, porque se criticamos ou apontamos o sofrimento do povo palestino, nos chamam de anti-semitas, de terroristas, de ignorantes. Enquanto isso, em Telaviv se estuda, se casa, se trabalha com certo risco de "homens-bomba", em Gaza só se vive sob escombros e mísseis diários. Quem é o perigo de quem?
Israel teme perder a liderança em poderio militar no Oriente Médio porque não há mais nada que o mantenha como um Estado. Sequer todos os judeus são a favor do Estado, e mais ainda, das suas atrocidades. Quem não viu as camisetas que os soldados usam: "1 tiro, dois mortos" com a imagem de uma palestina grávida dentro de um alvo? Os israelenses simplesmente estão atirando para todos os lados porque eles já perderam a razão.
E mais: Lula Clodovil? Tomando drink piña-colada? Com representantes brasileiras falando espanhol? E eles ainda zoam que o Lula não sabe de nada sobre Israel?!?!?!?!
Pensei q eu fosse a única q tivesse achado esse "Lula" mais a cara do Clodovil, XD.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNinguém chuta cachorro morto. Se o Lula incomodou, ponto pra ele... Mas bem que eles podiam ter feito um sambinha, faria muito mais sentido que usar maracas, rsrsrs... Agora, fazer essas piadinhas com estereótipos, não vai mudar nada, é apenas uma forma de demonstrar a indignação...
ResponderExcluirAbçs Lola!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBrilhante mais uma vez, Lola.
ResponderExcluirE ridículo o video.
O mais irônico é ver que os israelenses se escondem atrás dessa máscara de vítimas-do-Hitler até hoje (insira um bocejo aqui) e, hoje em dia, agem de maneira muito pior que ele, condenando os palestinos a um holocausto perpétuo.
É obvio que o Irã tá afim de conseguir bombas atômicas, já que os EUA sempre tiveram um comportamento duvidoso no oriente médio. Mas me pergunto por que o Lula tá querendo ajudar eles a obter isso ?
ResponderExcluirPor meio da diplomacia vai demorar décadas para que a democracia chegue a um lugar atrasado como o Irã. Isso se um dia ela chegar. Esse país tem um governo que perdeu a legitimidade perante ao seu povo, se a longo prazo esse acordo do Lula conseguir manter uma certa estabiliade no oriente médio, isso seria ótimo do ponto de vista externo, porém o atual governo do Irã iria conseguir se perpetuar por mais anos à fio, reprimindo o própio povo e especialmente suas mulheres.
O jeito é esperar que algum dia a população consiga se rebelar contra o estado e por um fim nesse regime tão retrogado.
Não sei vcs, mas eu achei o vídeo engraçado! Claro que, para isso, vc tem que: 1º, entender que se trata de um programa estilo Casseta e Planeta, ou seja, que busca a graça pelo ridículo e pelo exagero; 2º, que os erros quanto ao Brasil (língua e música, como os mais gritantes) são propositais, fazendo justamente o contraponto quanto ao desconhecimento atribuído aos brasileiros quanto aos problemas do povo israelense e, porque não dizer, do povo árabe em geral; 3º, não ser antissemita.
ResponderExcluirAproveito para registrar que não me sinto à vontade para criticar o Estado de Israel, mesmo porque nunca me dediquei a compreender o complexo emaranhado geopolítico existente naquela região, o que me impede de ter uma visão clara dos fatos; meu "conhecimento" sobre o que acontece na Palestina advém, infelizmente, do que vejo nos confiáveis telejornais brasileiros...
A única crítica aberta que faria ao Estado de Israel, por ora, ficaria restrita ao bloqueio imposto à Faixa de Gaza, por se tratar de uma aberração jurídica que já deveria ter sido derrubada pelas forças de segurança da ONU há muito tempo - não fossem elas subservientes ao Tio Sam.
A Celia Daniele escreveu:
ResponderExcluir"É realmente difícil falar contra Israel, porque se criticamos ou apontamos o sofrimento do povo palestino, nos chamam de anti-semitas, de terroristas, de ignorantes."
Será que então não é a hora de deixar de lado a opinião dos outros e expor nossas ideias?
O que falta no Brasil é o debate, pois geralmente as pessoas ficam acomodadas nos assuntos que sabem que não terão problemas para expor as opiniõs.
Parabéns pelo blog, Lola...
Entrei pela primeira vez e depois já virei fã.. Continuarei lendo ele, mesmo que os posts contenham erros primário. rsrsrs
Será que os brasileiros que usam o vídeo como argumento anti-lula não percebem que a paródia é sobre o Brasil (que não é um país sério, como na 1a fala do "lula")?
ResponderExcluirLogo, não vêem que eles estão repassando a chacota sobre eles mesmos adiante? É como se eu - que sou negro - recontasse uma piada de macaco. Eu me humilharia em dobro: por fazer piada de mim mesmo sem entender que o palhaço da história sou eu mesmo. É isso que esses que usam o vídeo pra criticar Lula têm feito.
Aliás, essa auto-chacota é uma constante. O pessoal que venera os EUA e seus fiéis aliados/protegés - a polícia do mundo, como disse Mainardi nos dias perto do acordo - não têm um pingo de noção de como os EUA vêm tentando dominar a região (primeiro como quintal e depois como extensão de mercado). O mesmo processo, de certo modo, ocorre com a tentativa de dominação dos países não alinhados do Oriente Médio.
Dizem que estamos sendo palhaços por buscar autonomia política. Pra eles, o bom é ser submisso e ficar confortável entre os "países de bem" (q historicamente só fazem coisas ruins por beneficio próprio). Eu näo gosto de ser submisso. Alguém gosta? Então pq nosso país deve ser tb? Chega, né?
Eu não sou de direita nem esquerda. Mas tenho mais orgulho do Brasil agora do que antes. Hj vejo que a nossa política externa (q é tão importante qto a interna em tempos globalizados) é exemplar pra países que viveram anos sendo brinquedo nas mãos de potências como os EUA.
Se buscar diálogo e marcar posição por um mundo mais justo gera piada e preocupação nos países que há séculos gerenciam (ou acham que gerenciam, como Israel) o mundo, isso quer dizer que estamos no caminho certo.
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Já é o segundo vídeo israelense que eu vejo onde eles demonstram total indignação - ou piti - por críticas que sofrem. O primeiro foi esta entrevista com Noam Chomsky por ele ser crítico à Israel mesmo sendo judeu (ver em inglês aqui: http://www.youtube.com/watch?v=YCtYecGbQz8 ).
Abraços, Lola.
Acho interessante a defesa da direita Brasileira que defende Israel e EUA alegando como pano de fundo a democracia. Que eu saiba um dos maiores aliados americanos no oriente médio além de Israel é a Arábia Saudita, um dos países mais extremistas do mundo, com governo eterno da família real e segundo a ONU um dos locais onde os direitos humanos são mais ignorados no mundo. Depois vão me dizer que o Irã é que é ditatorial?
ResponderExcluirLéo C. expressou a minha ideia. Só trocaria o negro pelo homossexual, apesar que sou mestiço.
ResponderExcluirMas a direita brasileira é bem contraditória, uma hora ela é nacionalista, olha a Copa aí, até os deputados mais entreguistas estão falando da escalação do Dunga. Depois veem se sentir envergonhados pelo opinião de um país, que diga se de passagem, para as relações exteriores do país e para a cultura, é irrelevante.
Se você partir do pressuposto que Israel é centro avançado do EUA na região (território americano - senão EUA não deixaria mais de 100 bombas atômicas escondidas por lá), explica muitas das posturas dos governos sionistas em sintonia com o governo americano.
ResponderExcluir"E mais: Lula Clodovil? Tomando drink piña-colada? Com representantes brasileiras falando espanhol? E eles ainda zoam que o Lula não sabe de nada sobre Israel?!?!?!?!"
ResponderExcluirPois é, né.
[E pinã colada com cor de suco de laranja.]
"2º, que os erros quanto ao Brasil (língua e música, como os mais gritantes) são propositais, fazendo justamente o contraponto quanto ao desconhecimento atribuído aos brasileiros quanto aos problemas do povo israelense e, porque não dizer, do povo árabe em geral;"
DUVIDO que sejam propositais!!! Duvido mucho!!!
" Eu me humilharia em dobro: por fazer piada de mim mesmo sem entender que o palhaço da história sou eu mesmo. É isso que esses que usam o vídeo pra criticar Lula têm feito."
Exatamente, Léo...
Li esse post fantástico em um blog e queria compartilhar aqui (não sei se estarei sendo repetitiva mas muitos leitores podem não ter visto):
ResponderExcluirDoze regras de redação da grande mídia quando o assunto é o Oriente Médio
1) No Oriente Médio são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se "represália".
2) Os árabes, palestinos ou libaneses não tem o direito de matar civis. Isso se chama “terrorismo”.
3) Israel tem o direito de matar civis. Isso se chama “legitima defesa”.
4) Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama “Reação da Comunidade Internacional”.
5) Os palestinos e os libaneses não tem o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isto se chama “Sequestro de pessoas indefesas".
6) Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinos e libaneses desejar. Atualmente são mais de 10 mil, 300 dos quais são crianças e mil são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades eleitas democraticamente pelos palestinos. Isto se chama “Prisão de terroristas”.
7) Quando se menciona a palavra “Hezbollah”, é obrigatória a mesma frase conter a expressão “apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã”.
8) Quando se menciona “Israel”, é proibida qualquer menção à expressão “apoiada e financiada pelos EUA”. Isto pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo de existência.
9) Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões “Territórios ocupados”, “Resoluções da ONU”, “Violações dos Direitos Humanos” ou “Convenção de Genebra”.
10) Tanto os palestinos quanto os libaneses são sempre “covardes”, que se escondem entre a população civil, que “não os quer”. Se eles dormem em suas casas, com suas famílias, a isso se dá o nome de “Covardia”. Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles estão dormindo. Isso se chama "Ação Cirúrgica de Alta Precisão”.
11) Os israelenses falam melhor o inglês, o francês, o espanhol e o português que os árabes. Por isso eles e os que os apóiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que os árabes para explicar as presentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama “Neutralidade jornalística”.
12) Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são “Terroristas anti-semitas de Alta Periculosidade”.
[Logo, não vêem que eles estão repassando a chacota sobre eles mesmos adiante? É como se eu - que sou negro - recontasse uma piada de macaco. Eu me humilharia em dobro: por fazer piada de mim mesmo sem entender que o palhaço da história sou eu mesmo. É isso que esses que usam o vídeo pra criticar Lula têm feito.]
ResponderExcluirPois é, Leo C., eu nem tinha pensado nisso... Eu agi na fúria para responder, realmente pensando "friamente" é bem provável. Não duvido - mais - da inteligência dos humoristas, mas será que todos os telespectadores israelenses que assistiram a isso, perceberam que era uma paródia de si mesmos? Ou será que levaram ao pé da letra como muitos daqui do Brasil que se indignaram com esse vídeo?
Uma piadinha divertida sobre o assunto: http://twitter.com/harpias/status/15722912501
ResponderExcluirGalera, me deem um help:
ResponderExcluirEstou fazendo um trabalho acadêmico sobre política externa brasileira. Já achei algumas coisas, mas alguém pode me dar o link de reportagens contendo declaração pública de algum político de direita brasileiro defendendo Israel?
Grato,
Vou a Israel ver tudo de perto.....
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