Semana passada vários portais de notícias deram repercussão ao protesto da Slut Walk, traduzido como a Marcha das Vagabundas. O movimento começou em janeiro, quando um policial, numa palestra sobre segurança numa universidade canadense, afirmou aos alunos e, principalmente, às alunas: “Vocês sabem, eu acho que nós estamos fazendo rodeios aqui. Disseram-me que eu não deveria dizer isso, mas as mulheres devem evitar se vestir como vagabundas, para não se tornarem vítimas de ataques sexuais”. Por que será que “disseram-lhe” que ele não deveria proferir essas nada sábias palavras? Bom, primeiro porque não pega bem um representante da polícia dizer isso. A polícia de todos os países sempre lidou extremamente mal com denúncias de estupro -– tão mal que, na década de 70, delegacias especiais só para mulheres tiveram de ser criadas (Susan Brownmiller explica como a polícia de Nova York, por exemplo, encarava estupro: como uma ficção; uma queixa de prostitutas que não foram pagas pelos seus serviços). Segundo porque estupro é um crime praticamente impune, se a gente for pensar em quantas vítimas denunciam, quantos casos são aceitos, e quantos resultam em condenações (um por cento tá bom pra vocês?). Terceiro que faz parte do senso comum culpar a vítima. Todas nós já escutamos, e muitas de nós já perguntamos, “O que ela tava vestindo?”. Eu lembro bem de ouvir um grupo de amigos dizer que algumas mulheres se vestem tão ousadamente que é como se elas estivessem pedindo pra ser estupradas. Que essa ignorância venha de leigos sem empatia já é condenável. Que venha da polícia é mais sério ainda. E, por último, se tudo isso não for convincente, porque é mentira. Homens não estupram mulheres pelas roupas que elas vestem. Assim como não estupram apenas moças belas e jovens. Assim como não são levados por um desejo sexual incontrolável. Tudo isso é ficção. Homens estupram pelo poder que isso dá. O afrodisíaco é a sensação de poder, de humilhação, de controle, muito mais que o sexo em si. Estupro está muito mais relacionado com violência que com sexo.
Infelizmente, vivemos numa cultura em que nós, mulheres, somos ensinadas a ter muito medo, a nos sentirmos ameaçadas o tempo todo, a não reagir, a não denunciar, a nos sentirmos culpadas. Em suma, ouvimos desde pequenas como devemos nos comportar para evitar o estupro (não vista essas roupas, não ande naquela rua, não saia à noite, cuidado com todos os homens), mas ninguém diz o óbvio. Ninguém ensina os homens a não estuprar. E deveria ser este o foco, certo? Afinal, se um terço das mulheres no mundo é vítima de algum tipo de abuso sexual, é sinal de que tem alguém abusando. E não é um ou outro maníaco isolado. São homens comuns. Calcula-se que entre 70% e 80% dos estupros são cometidos por conhecidos (pais, padrastos, tios, avôs, irmãos, amigos), não por um estranho numa rua escura que não se contém ao ver uma moça de minissaia.
Para protestar contra a barbaridade do policial (que foi repreendido), um pequeno grupo de mulheres convocou uma marcha em que se vestiriam de sluts (piranhas, vagabundas, vadias), e portariam posters que dissessem que o corpo é delas, e que a roupa não importa. A marcha foi um sucesso, e inspirou outras em vários países. Pelas fotos da mais recente, realizada em Boston, podemos ver um grande número de homens dando apoio, e boa parte das mulheres vestida normalmente (até porque, nesses países do norte, ainda é muito frio em abril e maio pra sair com pouca roupa). As manifestantes também querem se apropriar do termo slut e usá-lo de forma positiva, como os gays conseguiram fazer com a expressão queer.
Pessoalmente, acho digno e importante que lutemos para que a sexualidade feminina seja vista como algo positivo. Mas também sei que esse tipo de protesto só atrai tantos fotógrafos porque há a esperança de ver moças em trajes íntimos.
A marcha me parece um movimento sério e bem espontâneo, mas não sei se dá pra dizer o mesmo do grupo ucraniano Femen, que também seduz uma mídia danada. As lindas loiras do Femen protestam não só contra o machismo, mas contra Chernobyl, contra corrupção na polícia, a favor das vítimas do terremoto no Japão, na comemoração da libertação dos campos de concentração... Enfim, tudo é pretexto para que elas posem de peito nu (o que não deve ser fácil no frio ucraniano). Por causa disso, são chamadas pejorativamente de racktivists (mistura de rack, busto, com ativistas). Certamente funciona: elas chamam muita atenção pra sua causa. Só não tenho certeza que alguém tá olhando pra causa delas.
Ainda não tenho opinião formada sobre o Femen. Mas suponho que, se criticamos o grupo de direitos animais PETA, também devemos criticar o Femen. O PETA é constantemente acusado de, para servir à causa animal, explorar a nudez feminina. Não é apenas que celebridades vegetarianas posem sem roupa (a campanha “Prefiro ficar nua a usar pele” é famosa; e também o tipo de anúncio “Você quer o meu corpo?”, que usa o duplo sentido do desejo com a promessa falsa de que é só largar a carne para ter um corpo perfeito como o da modelo). Quase todas as ações “de guerrilha” do PETA (invasão de lojas e desfiles, exibições diante de restaurantes) usam o artifício de militantes jovens e bonitas vestindo biquíni.
Tudo isso acaba chegando ao Brasil. Não sei se vocês lembram que, em 2009, um grupo de estudantes (mulheres e homens) da Universidade de Brasília tirou a roupa para reclamar da expulsão de Geisy da Uniban. Essa espécie de protesto sempre vai atrair muito mais mídia que um seminário cheio de intelectuais depondo contra o sexismo, até porque as notícias, hoje em dia, preferem imagens a palavras. O problema é que, desta forma, além de nos expormos a marmanjos que avaliarão quais manifestantes “podem” se despir (essa vale a pena ver pelada, essa só deveria usar burca), estamos nos encaixando num dos papéis esperados das mulheres, o de objetos sexuais. E estamos também acostumando uma mídia cada vez mais preguiçosa a só dar destaque a ações políticas plenas de ativistas seminuas.
É aquele velho dilema: os fins justificam os meios? Juro que não sei.
Infelizmente, vivemos numa cultura em que nós, mulheres, somos ensinadas a ter muito medo, a nos sentirmos ameaçadas o tempo todo, a não reagir, a não denunciar, a nos sentirmos culpadas. Em suma, ouvimos desde pequenas como devemos nos comportar para evitar o estupro (não vista essas roupas, não ande naquela rua, não saia à noite, cuidado com todos os homens), mas ninguém diz o óbvio. Ninguém ensina os homens a não estuprar. E deveria ser este o foco, certo? Afinal, se um terço das mulheres no mundo é vítima de algum tipo de abuso sexual, é sinal de que tem alguém abusando. E não é um ou outro maníaco isolado. São homens comuns. Calcula-se que entre 70% e 80% dos estupros são cometidos por conhecidos (pais, padrastos, tios, avôs, irmãos, amigos), não por um estranho numa rua escura que não se contém ao ver uma moça de minissaia.
Para protestar contra a barbaridade do policial (que foi repreendido), um pequeno grupo de mulheres convocou uma marcha em que se vestiriam de sluts (piranhas, vagabundas, vadias), e portariam posters que dissessem que o corpo é delas, e que a roupa não importa. A marcha foi um sucesso, e inspirou outras em vários países. Pelas fotos da mais recente, realizada em Boston, podemos ver um grande número de homens dando apoio, e boa parte das mulheres vestida normalmente (até porque, nesses países do norte, ainda é muito frio em abril e maio pra sair com pouca roupa). As manifestantes também querem se apropriar do termo slut e usá-lo de forma positiva, como os gays conseguiram fazer com a expressão queer.
Pessoalmente, acho digno e importante que lutemos para que a sexualidade feminina seja vista como algo positivo. Mas também sei que esse tipo de protesto só atrai tantos fotógrafos porque há a esperança de ver moças em trajes íntimos.
A marcha me parece um movimento sério e bem espontâneo, mas não sei se dá pra dizer o mesmo do grupo ucraniano Femen, que também seduz uma mídia danada. As lindas loiras do Femen protestam não só contra o machismo, mas contra Chernobyl, contra corrupção na polícia, a favor das vítimas do terremoto no Japão, na comemoração da libertação dos campos de concentração... Enfim, tudo é pretexto para que elas posem de peito nu (o que não deve ser fácil no frio ucraniano). Por causa disso, são chamadas pejorativamente de racktivists (mistura de rack, busto, com ativistas). Certamente funciona: elas chamam muita atenção pra sua causa. Só não tenho certeza que alguém tá olhando pra causa delas.
Ainda não tenho opinião formada sobre o Femen. Mas suponho que, se criticamos o grupo de direitos animais PETA, também devemos criticar o Femen. O PETA é constantemente acusado de, para servir à causa animal, explorar a nudez feminina. Não é apenas que celebridades vegetarianas posem sem roupa (a campanha “Prefiro ficar nua a usar pele” é famosa; e também o tipo de anúncio “Você quer o meu corpo?”, que usa o duplo sentido do desejo com a promessa falsa de que é só largar a carne para ter um corpo perfeito como o da modelo). Quase todas as ações “de guerrilha” do PETA (invasão de lojas e desfiles, exibições diante de restaurantes) usam o artifício de militantes jovens e bonitas vestindo biquíni.
Tudo isso acaba chegando ao Brasil. Não sei se vocês lembram que, em 2009, um grupo de estudantes (mulheres e homens) da Universidade de Brasília tirou a roupa para reclamar da expulsão de Geisy da Uniban. Essa espécie de protesto sempre vai atrair muito mais mídia que um seminário cheio de intelectuais depondo contra o sexismo, até porque as notícias, hoje em dia, preferem imagens a palavras. O problema é que, desta forma, além de nos expormos a marmanjos que avaliarão quais manifestantes “podem” se despir (essa vale a pena ver pelada, essa só deveria usar burca), estamos nos encaixando num dos papéis esperados das mulheres, o de objetos sexuais. E estamos também acostumando uma mídia cada vez mais preguiçosa a só dar destaque a ações políticas plenas de ativistas seminuas.
É aquele velho dilema: os fins justificam os meios? Juro que não sei.
Não acho que o fim justifica os meios.
ResponderExcluirFicar seminua vai tirar a questão principal da pauta, como você mesma disse. Fica aquela coisa de que mulher só tem voz se estiver nua - e se for uma boa imagem nua.
Sou a favor do protesto Slut walk, acho que deveríamos fazer aqui no Brasil também, pois não devem regular nossas roupas e sim ensinarem a homens não estuprarem - e falando que estupro é por mulher se vestir como puta, então por que muitas crianças são estupradas, também provocaram, também se vestiram como putas, e os meninos que são estuprados?
O seu post coincidiu com algo que estava pensando após ler um texto da Eliane Brum no Época que é sobre fotos de bebês tomando banho com pais ou de mulheres amamentando estarem sendo proibidas em redes sociais por alusão a pedofilia. Então agora não se pode amamentar publicamente e bebês devem tirar fotos de roupa a todo tempo porque existem os tarados... e não os tarados que devem ser policiados e recriminados, ne?
Que inversão de valores!
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ResponderExcluirEu não conheço o Femen direito, acho que precisaria me informar mais para dar uma opinião. Quanto ao Peta eu conheço bem, acompanho as campanhas e manifestações, inclusive ja participei de uma ou duas. Eu acho que neste caso o fim justifica os meios sim, eu não me importo e não sinto meu feminismo agredido porque o corpo nu da Eva Mendes esta defendendo uma causa na qual eu acredito. A Peta também tem varias campanhas mostrando animais torturados e nenhuma dessas da o mesmo ibobe da campanha com a Pamela Anderson, por exemplo. As pessoas adoram celebridades, todo mundo da uma espiadinha e muitas pessoas que nunca olhariam so o anuncio do Peta param para ver o traseiro da Eva Mendes e assim ficam conhecendo o movimento. Acho valido, criativo e bonito.
ResponderExcluirPor falta de tempo, é a primeira vez que posto alguma coisa no seu blog, o qual gosto muito e leio algumas vezes.
ResponderExcluirMe incomodou no texto uma questao que para mim ficou subentendida: o corpo ainda é deveras sacralizado. Obviamente que os corpos de mulheres (e de homens) são utilizados como produtos do mercado até a exaustão, mas me parece que tanto a exposição em demasia quanto os pudores que recaem sobre a nudez fazem parte da mesma lógica, religiosa, antiga, porem ainda presente na cultura ocidental, uma vez que demanda ainda tanta debate com relação a postura (o vestuário) das mulheres em público. A ideia de que "nosso corpo nos pertence" precisa ser aprofundada porque abarca desde questões sobre os direitos reprodutivos até a prostituição e o uso dos corpos femininos pelo mercado. E, com relação a temática da prostituição sabemos (sabemos?) sobre aguerrido e intenso debate dentro do movimento feminista. Falei demais já, e, de qualquer forma gosto do texto, rosemeri
Os fins justificam os meios? Se os fins forem atingidos a pergunta pode até ser válida, mas nesses casos os fins nem estão sendo atingidos.
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ResponderExcluirLamentável que um profissional da segurança se preste a cometer estes impropérios no lugar de alavancar um debate qualificado sobre criminalidade, mesmo quando alertado por colegas teimou em passar sua mensagem.
ResponderExcluirEsse protesto em questão consegue ser relevante e por sua dimensão espetacular atrair a atenção dos mídias tornando-se exemplo de sucesso.
É algo bastante em sintonia com as ações de outros grupos em suas reivindicações, não obstante a generalização desse modelo de performance adotado pela marcha das vagabundas tem algumas implicações negativas.
Gostei das ponderações da Lola a respeito.
O importante é que um grupo seja mais conhecido por suas ideias e posições do que por seu jeito peculiar de protesto. Sobretudo quando se já espera que torne-se notícia de ontem.
Lola, no Brasil a resolutilidade mesmo de homicídios marcam percentagens baixíssimas. É assutador.
Sério que o policial disse uma coisa dessas? Pqp.
ResponderExcluirOlha, não sei o que acho sobre esse protesto, não. Atrai fotógrafos, muito mais mídia pra smulheres nuas que pra causa, mas atrai muita gente pensantem também. Muuuito menos que notícias do tipo "MULHERES PELADAS (fonte pequena, informações mínimas): para combater machismo", mas alguém vai ter que reparar no porquê.
Sei lá, é um começo? Não é? Seria legal se homens fossem para as ruas com cartazes, pedindo a mesma coisa que as mulheres. Então as mulheres se juntariam a eles (vestidas, pra não dar essa tal ideia de atrair muito mais imagens que texto, etc.). É um início machista, porque vão prestar bem mais atenção se o protesto for com homens - além de serem o gênero que pratica o estupro, bem, são homens!~
Mas pelo menso chama mais atenção pra causa.
De novo: sei lá.
Espero que esse post renda muitos comentários, Lola. :)
Loa, interesante ler isso hj. Sábado estava me arrumando para ir trabalhar e vesti uma blusa baby look que deixou uma pequena parte da minha barriga de fora e minha mãe falou: vc vai trabalhar com essa blusa, os homens já ficam cheio de papinho, imagina vc com essa blusa. Respondi que eles é que deveriam aprender a respeitar. Não mudo meu jeito de vestir por causa disso, acho um absurdo.
ResponderExcluiresse negócio da peta é burrice a meu ver porque estão atribuindo à dieta vegetariana algo q ela não tem: o poder de fazer todo mundo ficar gostoso kkkkkk Tenha dó!
ResponderExcluirMas o protesto da Slut walk foi certeiro e não teve repercussão apenas porque as pessoas estavam com roupas provocantes. Tinha homem e tinha mulher vestida de outra forma. Foi certeiro porque mostrou o absurdo da fala do policial.
Não tenho uma opinião formada sobre o assunto. Mas eu ia gostar muito que seios fossem vistos com mais naturalidade e eu pudesse tomar sol no quintal de casa ou na praia de topless sem que as pessoas ficassem "OH MY GOD, PEITOS!!!"
ResponderExcluir(ainda bem que aqui não é os EUA, onde as pessoas ficam horrorizadas até com mães amamentando na praça...)
Não faz sentido querer ensinar um homem a não estuprar.
ResponderExcluirO homem que faz isso, o faz não por falta de acesso a informações, não por não saber que aquilo é errado. Não é um ato de ignorância, mas sim de violência e crueldade.
Portanto, penso que o foco deve ser nas mulheres mesmo e, claro, na punição desses violadores.
Mas calma, um foco no grupo feminino não lhes dizendo como se vestir ou por onde andar, mas sim ensinando a se proteger e a saberem evitar situações de risco.
Outro ponto que considero ainda mais importante e óbvio é a questão da punição.
Se a maioria dos crimes ficam impunes, torna-se extremamente difícil para a polícia conter/amenizar essa situação.
Em suma, acredito que se trata, em parte, de uma questão de educação, de criação, entre meninos e meninas, mas mais importante que isso, trata-se de uma questão de ação policial efetiva, condenação e punição.
Oi Lola.
ResponderExcluirSó pra constar, deixei na postagem anterior, sobre Higienópolis, um 'mea-culpa'. Conto com a sua generosidade.
Ah sim, troquei minha foto, mas sou aquele mesmo Marcello com dois eles do comentário imbecil de ontem, rs.
Abraço.
Oi Lola! Adoro seu blog! Eu moro em Victoria, Canada, e vi uma passeada ontem no centro...mas só fui saber que era a Slut Walk mais tarde, uma pena!Queria tanto ter participado! Aqui a maioria das pessoas estava usando roupa mais comprida, acredito que por causa do frio. E tinha um grande número de homens e crianças, muito legal!
ResponderExcluirMuito boa a iniciativa de protestar contra esse discurso ridículo de culpabilização da vítima.
ResponderExcluirSobre protestar pelada, acho que além de isso já ter virado um clichê, também pode passar uma mensagem distorcida, colocando novamente as mulheres como meros corpos. Acho que existem formas mais criativas e igualmente impactantes de se fazer um protesto.
Engraçado como a gente que tem que ser educada a não ser estuprável, né? Se não for pelas roupas, que seja em ser perita em identificar situações de riscos e saber defesa pessoal... Ah sim, mas e os mais de 50% dos casos de estupros que foram cometidos por conhecidos, às vezes familiares? Detalhes, queridas.
ResponderExcluirSerá que as meninas também deverão ser peritas em evitar serem estupradas pelos avós, pais, tios etc? Ora, são detalhes...
É uma questão de educar homens a não estuprarem sim, a partir do momento que deixarem de ver as mulheres como seres que estão para lhes servir e que estuprar não é fazer sexo, isso mudará.
O próprio pensamento do policial demonstra isso, existem mulheres estupráveis e ele aprendeu isso por a educação diz que meninos devem ser caçadores, que mulher diz não querendo dizer sim, que mulher gosta de apanhar, que vagina não passa de um acessório para dar prazer ao pênis, que mulheres devem ser castas, que o pênis é 'deflorador' e a vagina é 'deflorável', haverá essa relação de caçador vs caça, estuprador vs vítima.
O Blogger deu erro e acabou que meu texto foi com erro, mas vou deixar assim mesmo... dá para entender, não dá, Lola?
ResponderExcluirLola, mas é importante que uma mulher possa usar do corpo nu dela, sim, para reclamar o que em primeiro lugar É DELA, afinal. O corpo é meu, eu mostro para atrair atenção se eu quiser, e ninguém tem nada a ver com isso. Eu acho que é válido, sim, e não necessariamente pela objetificação. Uma mulher pode se sentir sexy e reclamar isso.
ResponderExcluirAcho que a tênue linha entre demonstração gratuita e possivelmente objetificada do corpo feminino e um protesto com orgulho do corpo está no outro lado da coisa: Só mulheres saem nuas no protesto da PETA ou homens também? Se homens também saem, qual é a proporção de homens para mulheres? É algo tipo vinte ou trinta homens nus pra oitenta ou setenta mulheres nuas ou algo mais igualitário como quarenta homens nus para sessenta mulheres nuas? A nudez feminina é preferencial? Etc.
ResponderExcluirDigo PETA porque acho sooooper improvável que um homem saia nu na Slut Walk (wut) e acho que a tal Femen deve ser uma organização puramente feminina.
A exposição comercial do corpo imbrica sexualidade, machismo, capitalismo, sociedade do espetáculo. Tudo é mercadoria, inclusive o corpo belo - o masculino também, apenas é menos cotado no mercado.
ResponderExcluirO Slut Walk é interessante porque inverte a "lógica" do policial. Assim também foi o protesto da UNB, contra a intolerância machista que aconteceu em outra universidade. Na UNB, eram muitos os rapazes despidos. E era uma nudez deserotizada. Já as marchas Slut apelam, com humor, para o vestuário fetichista.
A propaganda da PETA é diferente. Copia a estética do nu comercial. Se expressa, aliás, na mesma mídia. Mas não seria uma subversão dessa estética? Algo como o trabalho de Costa-Gravas, que se apropria da linguagem do "triller" norte-americano para difundir uma mensagem oposta ao "establishment"?
As roqueiras que se despem são objeto do machismo ou usam o machismo em seu benefício?
São muitas as questões possíveis. Não quero me estender demais. Só acho que é bem mais complicado que uma escolha entre "fins" e "meios".
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ResponderExcluirDaní Montper, não sei se seu comentário foi uma resposta ao meu, mas responderei.
ResponderExcluirConsidero de uma ineficácia tremenda querer "educar" os homens, assim do nada, a não estuprar.
O homem que estupra é um criminoso, precisa ser detido; não generalize esse comportamento brutal.
Também não creio que o estupro, especificamente, seja resultado de um fator cultural, da mesma forma que a pedofilia não o é.
Tente "educar" um abusador a não abusar de crianças e verá que não surtirá muito efeito...
O que traz resultados é a certeza de que não haverá impunidade e por esse motivo acredito que uma ação policial correta, com investigação e punição é o caminho mais viável.
É um equívoco dizer que a "cultura do machismo", nos dias de hoje, causa o estupro.
Violência contra a mulher (as demais formas de violência) e outros aspectos, sim. Aí concordo totalmente com você.
Mas penso que o caso do estupro se enquadra num contexto diferente.
não vejo como uma questão de fins e meios, não entendo a seminudes da Slut walk como um recurso pra chamar atenção. Em vez diz, vejo como o fim em si. É a luta pelo direito de vestir o que se quiser, como disse a Hel "seios fossem vistos com mais naturalidade e eu pudesse tomar sol no quintal de casa ou na praia de topless sem que as pessoas ficassem "OH MY GOD, PEITOS!!!"". E dar visibilidade para o corpo feminino e sexualidade femininas como algo positivo,como algo que é delas. Não acho que seja escondendo nossos corpos (e com ele nossa sexualidade) que conseguiremos um lugar melhor pra eles. Temos que mostrar, valorizar, dizer o quanto amamos nossos corpos, o quanto temos prazer com eles, e que isso não é anormal, não é não-natural.
ResponderExcluirquanto aos homens, eu fico pasma com a não indignação deles com esse tipo de afirmação desse policial. Porque dizer que as mulheres tem que se vestir comportadamente pra evitar estupro é ofensivo pros dois lados. Culpabiliza a mulher, como já foi tanto dito aqui. E trata os homens como estupradores naturais. Eu, se fosse um homem, ficaria indignadíssimo com alguém me considerar um estuprador dessa forma. Ainda to esperando ver uma manifestação de homens, uma passeata, ou pelo menos um cartazinho que seja dizendo “ter nascido com um pinto não faz de mim estuprador”. Ou será que faz e a ingênua dessa história sou eu?
Oi Lola,
ResponderExcluirmuito legal a questão que tu colocou nesse post. Leio teu blogue sempre, mas só hoje vou comentar, depois de muito tempo, pq estou divergindo de um ponto.
O seguinte: as campanhas da PETA e o protesto que aconteceu na UNB não devem estar classificados juntos. Uma coisa é uma campanha que se apoia na objetificação do corpo feminino; outra é uma manifestação exatamente CONTRA essa objetificação.
Sabemos que o corpo feminino está sempre preso na ambigüidade do mostrar: mostrar demais, vagabunda, estrupável/ mostrar de menos, frígida, mal-comida. Essa ambigüidade é opressora pq se trata de uma medida (vestir mais ou menos) externa ao sujeito feminino. Enfim, embora ambos os movimentos usem como ação o despir-se, devemos atentar que o fazem com motivações diversas. Extremamente diversas. Despir-se é libertário quando deliberadamente NÃO sensual. É o que mostra o exemplo da Slut Walk.
Nem sempre os fins justificam os meios, já que os fins não estão sendo atingidos. Nisso acho louvável a Renata Fan, não querer dançar, apesar do apelo popular, nem querer posar nua. Ela chegou onde chegou por competência, não precisa rebolar ou tirar a roupa para mostrar seu talento. Ela está lá não por ser bonita, mas por ser competente enquanto apresentadora e jornalista. Nisso, acho que tirar a roupa por uma causa só depõe contra a causa e seus militantes.
ResponderExcluirPardal Lilás, não tenho a pretensão de responder por todos os homens, mas vou dar minha opinião. A afirmação desse policial é ofensiva aos homens não estupradores (porque aos estupradores serve de desagravo), mas não é mais ofensiva do que "é preciso ensinar os homens a não estuprar" que já apareceu por aqui. Além disso, é preciso saber se a polícia acredita mesmo no que essa besta depreparada disse ou apenas está procurando uma desculpa para jogar a culpa de sua ineficiência nas costas das vítimas. Aqui em São Paulo, as polícias parecem acreditar e agir como se os culpados sempre fossem as vítimas. E o que a gente faz? Sobe o muro, põe alarme, deixa de andar por certos lugares em certas horas, e quando fica sabendo de alguma ocorrência ainda pensa: "Se não tivesse ... não teria acontecido!", frase que pode ser completada com qualquer coisa que fazemos que nos deixa supostamente seguros. Protestar nunca, porque temos coisa mais importante para fazer, não resolve nada, e para dar porrada em manifestante a polícia costuma ser bem eficiente.
ResponderExcluirConcordo com "A que tentou", despir-se ou não despir-se é realmente um dilema. E não podemos generalizar os protestos.
ResponderExcluirUsar, deliberadamente, o corpo feminino como objeto sexual, como a PETA faz, é machista e não acho que os fins justifiquem os meios. Pq isso é colocar a causa feminista como menos importante que a da luta pelos direitos dos animais. Se nós maltratássemos animais em protestos feministas, o que a PETA ia achar?
Mas deixar de protestar nuas pq os marmanjos e a mídia podem nos objetificar também é uma forma de nos submetermos ao machismo, é acatar a regra de que temos que esconder nossos corpos para sermos respeitadas.
Acho que esses protestos são válidos quando homens e mulheres se despem, e homens e mulheres de todas as idades e tipos físicos. Aí é uma forma de protestar contra os dois machismos - o que obriga a vestir, e o que só despe mulheres de uma beleza padrão, objetificando seus corpos.
Cara, eu acho as campanhas do PETA horríveis. Não sei como alguém acredita que aquilo ali conscientiza alguém. E que diabo é isso? "Quer sair comigo? Vire vegetariano?" ...isso é conscientizar?? Bonitinho a mulher usando a boceta pra conseguir algo...?
ResponderExcluirE muuito criativo, viu? Quem pensaria em mulher pelada pra conseguir que alguém faça algo?
Concordo com André. Só devemos nos perguntar se os fins justificam os meios SE os objetivos forem atingidos. E nem isso tá acontecendo...
...além aí falou que tem dúvidas se o estupro é um fator cultural...
Meo deos. Tá achando que é biológico? Então, devemos todas supor que os homens são mesmo estupradores em potenciais, certo?
Tem um livro chamado
Las estructuras elementales de la violencia de Rita Laura Segato. Ela fala num capítulo sobre o depoimento dos estupradores que ela recolheu.
Quanto aos pedófilos... Esse é o problema de confundir o doente com o criminoso.
A maioria dos homens que violentam crianças se relacionam com mulheres adultas, são casados, com filhos e por aí vai. Ou seja, dificilmente seria diagnosticado pedófilo.
Me lembro de uma entrevista de um especialista que ele afirmava que, se há algo que se pode dizer sobre as pessoas que cometem violência sexual é que um não tinha nada a ver com outro. Não há padrões, não há perfil... Como é que pode ser uma 'doença' ou síndrome...?
Eu acho que o que dificulta mais ainda resolver este tipo de abuso e problema é que gostamos de pensar que eles são 'monstros' (no sentido de que são diferentes de nós, não são humanos).
ResponderExcluirAndré, me desculpe, mas faço coro com quem diz que é preciso ensinar aos homens a não estuprar.
ResponderExcluirVocê está protestando contra a ineficiência da polícia pq sabe que, se um policial é ineficaz, isso não é um problema individual dele, é problema estrutural. Não faria sentido um policial chegar aqui se sentindo ofendido pq você o chamou de incompetente.
Nossa sociedade vê como legitima a atitude de um homem que estupra uma mulher. Estupradores não são os indivíduos que transgridem as regras de conduta da nossa sociedade, eles são aqueles que as cumprem.
Os homens aprendem que se uma mulher sai com ele, vai até o apartamento dele, começa um amasso, mas acaba desistindo da transa, ela está fazendo o cara de palhaço, pisando na sua virilidade. E que ele tem que mostrar pra ela quem é que manda, ou então não é homem.
Nossa sociedade ensina os homens a estuprarem. Precisamos, sim, passar a ensinar o contrário.
A campanha do Slut Walk é bastante valida pq o assunto esta diretamente ligado as roupas.Quanto as outras que não estão diretamente ligadas a tal assunto acho melhor protestar de outra forma pq senão simplesmente não fara mais sentido.
ResponderExcluirolá, lola. concordo com o que foi dito sobre a slut walk, que me parece ser um movimento legítimo de reivindicação feminina de direitos básicos que os homens gozamos (andarmos vestidos com o que bem entendermos), bem como um alerta sobre a educação machista que recebemos, onde homens são orientados a serem cães perdigueiros e mulheres a serem raposas. claro, fica aberto o tema sobre quem ou o que regula o que as mulheres escolhem vestir, as tendências de vestuário feminino, (ou não, porque lembro que você já falou disso, mais de uma vez, até). sobre o femen, nunca tinha ouvido falar, mas pela sua apresentação, a impressão não foi das melhores: afinal, esse grupo está engajado com qual tema? é bacana lutar contra as injustiças, em todas as suas formas, mas se vamos fazer isso, vamos ponderar qual a maneira mais adequada para cada assunto. apenas mostrar os peitos não é protestar, é só aparecer. agora, o motivo real da minha grafiorragia: o peta. a única vez em que um amigo me falou do peta, fui guiado pelo meu preconceito contra grupos de defesa de direitos dos animais (que é o mesmo em relação aos vegans radicais): uns bestas que escolhem um assunto sério, a crueldade contra e banalização da vida animal (ou, no caso dos vegans extremos, uma proposta de vida sustentável e saudável) e começam a esquecer a argumentação racional e partem para o grito como argumento (ou, como eu imagino os vegans radicais, a utilização de mitos pseudo-científicos e pregação moralista e estética). o tal amigo sugeriu um documentário e, sinceramente, não tive paciência de assisti-lo até o fim. o que mais me incomodou nem foram as estratégias de protesto do peta, que sempre buscavam o mais chocante em detrimento do mais informativo, mas a ideia por trás da líder do movimento, ingrid newkirk. fiquei chocado com certas declarações que ela deu, que me levaram a entender que ela confere à vida animal uma importância tão grande quanto a humana, ou maior. tive a impressão que suas ações são levadas a cabo não por uma motivação ética real quanto ao tratamento adequado aos seres vivos, mas que são guiadas por um sentimento misto de amor impulsivo por animais e certa raiva ou desprezo, ou ainda indiferença por seres humanos. que tipo de ética pode surgir daí? bom, não acho que seja uma com a qual eu concorde. embora eu procure respeitar a vida animal, acreditando que a criação, tratamento e morte de milhões de cabeças de gado com o único propósito de podermos comer big mac a hora que quisermos seja absurda e criminosa, não vejo, no momento, a possibilidade de, por exemplo, cessarmos de usar animais em experimentos de substâncias para fabricação de remédios. claro, isso não exclui um tratamento menos causador de sofrimento, que existe, como todos já vimos graças ao peta e outros grupos. apenas precisamos ter noção de como trazer o assunto, para evitar que ele vire piada (como eu vejo a ala radical dos vegans) ou jogada (como parece acontecer com o peta)
ResponderExcluirconcordo com vc lola e com a dani montper, ha que se ensinar mesmo aos homens que não devem estuprar, porque ao que parece eles não sabem disso, e acham isso perfeitamente normal, outro dia vi num blog um canalha responder a uma garota que que relatara que fora agredida na balada porque não deixou um rapaz passar a mão nela, pois bem o cara do blog perguntou como ela estava vestida, e se usava batom ou esmalte vermelho, porque se fosse assim teria sido confundida com uma vagabunda, isso é pra la de absurdo, mas é bem normal de se escutar, infelizmente até eu mesma ja fui vitima dessas barbaries, quando tinha 12 anos por muito pouco não fui estuprada por 5 homens em uma praia, falam que só homens perturbados mentalmente praticam estupros, sera que os 5 homens que fizeram a tentativa comigo eram todos loucos, é obvio que não, e é tambem muito obvio que ha um numero enorme de homens que acham natural continuar fazendo essas barbaridades, e culpar suas vitimas só os torna mais infames ainda.
ResponderExcluirEu quero ir na marcha que acontecerá aqui em Chicago em 4 de Junho.
ResponderExcluirVou do jeito que eu tiver afim no dia - com roupa, sem roupa, com pouca roupa, empurrando carrinho com menino...! No site diz que tod@s são bem vind@s marcha e que podemos nos vestir do jeito que quisermos.
É essa a proposta, né? A mulher poder usar uma roupa sem que na cabeça masculina acenda a luz do estupro.
A responsabilidade pelo estupro é dos homens e não do modelo de roupa que eu uso.
ResponderExcluirOlá, Fernando, eu não lembro a quem respondi, aliás, acho que não foi a ninguém especificamente e sim a todos que acham que homens não são educados a estuprar.
ResponderExcluirEu discordo totalmente, não acho que todos os estupradores são doentes mentais, apenas os estupradores seriais podem entrar nessa categoria de anormal etc, a maioria dos estupradores é composto por homens normais que tiveram uma educação machista em que lhes dá o poder de fazer o que quiser com uma mulher e que apenas de uns anos para cá isso tem mudado - e por isso os números de denuncia vêm aumentando porque estupro sempre houve.
As mulheres estupradas, até poucos anos atrás, sequer falavam disso, pois também achavam que o homem tinha esse direito sobre elas, basta vermos uma lei a recém abolida em que o estuprador, se se casasse com a vítima, não era preso por ter reparado a honra da vítima se casando com ela... Homens não são educados para não estuprarem e sim o contrário.
Ontem uma reportagem da Globo do RJ mostrou que no primeiro trimestre de 2011 10 mulheres foram estupradas por dia, ou seja, em 90 dias 900 mulheres foram estupradas, e isso porque contam as que denunciaram. Me diga, se 900 mulheres foram estupradas qual o número de estupradores? E você vai me dizer que esse número todo é doente? Não, não é, são homens comuns que você jamais imaginaria que faria isso, mas eles veem como algo normal. "Sai com a garota, paguei o jantar, levei para um canto mais sossegado e ela não quis retribuir abrindo as pernas, o que faço? forço mais um pouquinho porque ela está apenas de cú doce (desculpe a expressão, Lola), ela quer, mas não sabe ainda." Ele está estuprando e acha que não, que está apenas exercendo um direito dele como macho comedor.
Se você não consegue notar isso, procure pesquisar em centros que atendem mulheres vítimas de estupro, a maioria dos casos foi por conhecidos que se acharam no direito de fazer sexo com elas, não importando o que elas falavam. E ainda tem isso, muitos homens veem estupro como uma forma de sexo, e isso é por culpa também de filmes pornográficos em que é cada vez mais comum ter situações em que mulheres são estupradas mas que gostam no final.
É uma bola de neve, está tudo errado, e homens devem sim aprenderem que não devem estuprar porque hoje são sim ensinados a fazerem o inverso.
Isso ate me lembrou quando fui ver o filme a tropa de elite 2, tinha dois rapazes próximos a mim e minha amiga e na cena em que a jornalista é pega investigando os milicianos, um deles diz que vai matá-la e o outro fala que quer se divertir primeiro com ela, sabe o comentário de um dos rapazes ao lado? "Ele vai fazer sexo com ela antes de matar".
o rapaz não era doente, foi ensinado a ver estupro como uma forma de fazer sexo, e quem ensinou isso pra ele?
É exatamente isso, Daní Montper.
ResponderExcluirA maioria dos estupradores não acha que está fazendo algo errado.
Muitas das vítimas nem sabem o que pensar do ocorrido porque "Ah, estupradores são monstros, doentes, psicopatas, sabe-se lá o quê" mas aí o namoradinho, amigo, tio, ficanto, pai, marido vai lá e as violenta como se fosse a coisa mais natural do mundo e elas ficam perdidas e aí vem se culpar - porque nós fomos ensinadas a sermos responsáveis pela violência da mesma forma que eles foram ensinados que há santas e putas, que os homens têm desejos que não podem controlar e que são muito diferentes das mulheres...
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ResponderExcluirDaní Montper sintetizou muito bem a idéia que muitos homens tem sobre estupro=sexo, é bem por aí mesmo.
ResponderExcluirA falta de empatia pelas mulheres é tanta que é muito difícil fazer um homem ententer o quão cruel, traumático, bárbaro é um estupro.Toda vez que o estupro entra em pauta, seja em filmes, conversas, etc, percebo que a maioria dos homens não acha que isso seja tããããão grave assim, a não ser que a vítima seja assassinada, enquanto que entre as mulheres é comum ouvir que muitas tem maior pavor pela idéia de um estupro do que da morte! E pra piorar ainda mais as coisas temos a pornografia perpetuando a idéia de que é muito excitante mulher sentidno dor, sendo machucada, brutalizada, usada como um pedaço de carne e que nós no fundo gostamos disso e que sexo é isso aí!
Agata e Drica, não posso deixar de confirmar o que vcs disseram, parece que esta tão arraigado esse comportamento do estupro em tantos homens que até assusta, faz algum tempo recebi em minha casa um casal de amigos de muitos anos de amizade, ela eu conheci antes dele, mas depois que o conheci , tinha grande admiração por ele, realmente ele é um homem muito educado, gentil, tambem ocupa um cargo muito importante numa corporação muito respeitada por todos, não tinha como não quere-lo bem.
ResponderExcluirEu estava fazendo uma faxina em casa, portanto minha roupa era um moleton bem velho e chinelos quando os recebi, fui preparar um café, e minha amiga recebeu uma chamada no cel e teve que sair urgente, ele ficou comigo esperando pelo café, nem me passou pela cabeça que eu passaria pelo que passei, assim que minha amiga saiu, ele se transformou, começou a me agarrar e dizer coisas desconexas, eu fiquei tão estupefata, que mal podia raciocinar, por mais que implorasse ele não parou, pensei em gritar mais alto e pedir por socorro, mas mal conseguia acreditar no que estava acontecendo, e em instantes vinha a cabeça as consequencias se eu gritasse, alem de ser um amigo querido, ele era marido de uma amiga e pai dos filhos dela, alem do que eu sou casada, e não sei como meu marido reagiria a isso, pensei se o mal que eu causaria seria maior ainda do que ele estava me fazendo. Logo depois ele ja começou a implorar por perdão, e dizer que havia perdido a cabeça, e me ligou muitas vezes apenas para falar isso, eu nunca contei a ninguem o que aconteceu, e fico imaginando quantas e quantas mulheres não passam pelo mesmo.
Infelizmente logo depois até eu mesma fiquei me perguntando se não havia feito alguma coisa que despertasse esse tipo de atitude, acho que fiz isso movida pelo que aprendemos de que sempre somos culpadas pelos desvarios dos homens, e ele mesmo se mostrando arrependido, não deixou de sutilmente me culpar, dizendo que eu despertava seus instintos ha muito tempo.
Eu não tive nenhum filho, só filhas, mas se eu tivesse um, falaria sobre isso com ele, tentaria ensina-lo o quanto um estupro pode fazer mal a uma mulher, embora alguns homens aqui achem que esse tipo de ensinamento não seja nescessario, pelos comentarios da pra ver que não é bem assim.
Li um texto feminista muito bom contrário ao Slutwalk, e fiquei pensando desde então:
ResponderExcluirhttp://www.feminisms.org/2585/were-sluts-not-feminists-wherein-my-relationship-with-slutwalk-gets-rocky/
(em inglês)
A autora centra na Slutwalk toronto, e mostra que os organizadores da passeata passaram a se centrar mais e mais na idéia da apropriação do termo "slut"; a autora considera que apropriar esse termo é impossível, porque ele foi criado, desde o início, como ferramenta de opressão contra as mulheres. Ela acusa também o afastamento voluntário do Slutwalk toronto ao termo 'feminismo', pra contornar os estereótipos (algo que eu também condeno e aliás, pelos comments parece ser uma coisa só de toronto mesmo) e questiona até onde essa palavra, slut, não serve mais pra separar as mulheres do que pra uní-las. E as mulheres que não se sentem bem com essa palavra? Os organizadores da slutwalk toronto respondem dizendo que a marcha é também pra 'simpatizantes' de mulheres que escolhem se apropriar dessa palavra. Ela diz que não é necessária uma palavra (além, talvez, de 'feminista') pra designar "mulher que gosta de sexo e se sente bem com o seu corpo".
Daí, nos comments, alguém comenta do termo "queer" e sua bem-sucedida apropriação pelxs gays, e a autora diz que queer era um termo que originalmente queria dizer "estranho", e que só em seguida ele se tornou jargão homofóbico, e por isso é um caso diferente - frisando que slut não pode ser reapropriado (fica a dúvida de como fica a palavra 'vagabunda').
Ainda estou refletindo (especialmente porque to conversando com uma amiga de puxar uma slutwalk aqui na minha cidade).
Antes de tudo, independentemente da origem, acho que qualquer palavra pode ser reapropriada, e tão melhor se "roubarmos" essa palavra do patriarcado. Mas vai um pouco mais longe... As mulheres são chamadas de vagabundas tanto quando dão tanto quando não dão pros caras. As mulheres tem de se manter na "linha" porque pesa sobre elas esse fantasma, esse peso, essa desvalorização. (eu lembro bem de minha mãe 'educando' minhas irmãs, mandando toda hora elas não sentarem com as pernas abertas).
Exatamente por isso eu acho a marcha apropriada. Vagabunda não quer dizer nada, 'toda mulher é vagabunda', e por isso mesmo trazer o termo à tona, afirmá-lo, é mostrar o seu absurdo e sua falta de significado. Vagabunda não significa nada, usa-se pra desvalorizar quem você chama assim. E eu acho que devemos marchar sim e nos afirmarmos "sem valor" no mercado sexual. Assumir o termo é por tudo a desmanche: não acredito nos seus pontos, na sua hierarquia, não valo nada pra você nem quero valer, não estou usando pouca roupa pra você, posso ficar pelada e mesmo assim não querer fazer sexo com você. Como isso é objetificação? Objeto é quem é passivo, usado, e não quem tem a potência de escolher pouca ou muita roupa, dizer sim ou não. Não tenho valor nenhum pra você exatamente porque não sou um objeto, não tenho 'preço', não sou adquirível.
E a marcha vai atrair atenção de misóginos & cia? Eles vão 'entender errado' e ficar julgando se tal ou qual mulher deveria estar lá? Ok; O objetivo é exatamente provocá-los, e eu acho que isso deve ficar EXPLÍCITO nos flyers, cartazes, coros! - e é o que tenho visto nas outras slutwalks.
Como alguns comentários, concordo não é questão de meios e fins; é questão de fins e ponto, o objetivo é exatamente desmontar a questão da vagabunda, da 'slut, é afirmar o corpo e a autonomia da mulher sobre ele, fazendo isso na prática da própria marcha.
Bom, eu sou a favor dessas manifestações. O legal é ver os homens participando também... isso, além de evitar desviar o foco da questão (acho), pode ajudar a chamar atenção pra diferença entre os gêneros - pq ele pelado não está "pedindo pra ser estuprado", mas ela sim? Achei interessante.
ResponderExcluirMas enfim, disse tudo, Lola!
Harlequinade, concordo com vc, podemos nos apropriar de qualquer palavra.
ResponderExcluirAqui no Brasil, vagabundo e vadio quer dizer preguiçoso e pode até ser usado de forma carinhosa. Pq vagabunda e vadia quer dizer promíscua? E o que é promiscuidade afinal? Pq eu não vejo homens heteros serem acusados de serem promíscuos.
Garanhão e galinha é elogio pra homem, pq piranha e galinha é ofensa para mulher?
Todas essas palavras são usadas contra mulheres que não abaixam a cabeça para as normas de comportamento machistas. Então acho que nós podemos dizer: se toda mulher que se rebela contra o machismo é uma puta, então eu sou uma puta.
Seu texto é muito, muito interessante! Fiquei super empolgada com a Slut Walk, mas realmente não havia pensado sob essa perspectiva: quer dizer que só ganhamos a atenção da mídia quando mostramos nossos corpos? Vale a pena dar à eles o que eles querem, nossos corpos, não nossas vozes?
ResponderExcluirbacana que você escrebeu algo sobre isso ...
ResponderExcluirEstupro está muito mais relacionado com violência que com sexo.
ResponderExcluir>>Quem disse? e a ereção é tesão pela violência?
Pelo que me lembro o maniaco do parque matava as vítimas pq não tinha ereção
o corpo é delas, e que a roupa não importa.
>>E os homens sair com o pau pra fora pode Arnalda?a premissa é a mesma não? quem não quer ver não olhe¬¬
As manifestantes também querem se apropriar do termo slut e usá-lo de forma positiva
>>Sim positivem o Puta. "sou puta sim, e daí?"
Dani
Ensinam a não roubar, mentir
Adianta?
-e não os tarados que devem ser policiados e recriminados, ne?
>>temos que ser defensivos sempre, mas vcs querem provocar pra esnobar e sair imune né?querem brincar com fogo, cutucar onça com vara curta mas não querem as consequencias
Vão se foderem
A mulhjerada aqui é muito tosca emso hein? vão conhecer homem suas putas(Vcs que querem positivar o puta taí apoio)e ja começo rs
Rosemeri
ResponderExcluirComo vai seu bebê?
Vc vÊ por aí homens com roupas coladas
ou shortinhos mostrando a bunda ou o pau?
só gays e mulheres se vestem "putamente" Querem voltar a andar pelados? bora, economizaríamos horrores né
As mulheres agem com 2 pesos 2 mendids pra caramba mesmo né?
ResponderExcluirJá se perguntaram se vcs estão "violentando" a visão dos homens?
Imaginem vcs de dieta e as pessoas ao seu redor lhes provocando com delicias, não é uma agreção?
Agora multipliquem quase ao infinito e vera o apetite sexual do homem
Ághata vcs mulheres não conhecem o forte INSTINTO sexual masculino...[vcs de fato são comida e caça imagine os homens pararem de "correr atrás" vcs acham que as mulheres iam começar a agir?se o interesse do homem acaba não surtiria efeito a mulher correr atras]
ResponderExcluirFaçam um esforço, comparem com o instinto de sobrevivencia
...
Mari Biddle disse...
ResponderExcluirA responsabilidade pelo estupro é dos homens e não do modelo de roupa que eu uso.
>>Homens são visuais suas antas
Vcs quando vã n feira ou super mercados vcs compram frutas visivelmente podres? ou procuram as mais bonitinhas?
Então pra que que uma mulher quer se expor mais e mostrar o quanto é comestível se não quer ser comida?
O bla bla bla de vcs cai por terra com pesquisas que dizem que as mulheres se vestem mais sensualmente[inconscientemente] em período fértil
Então suas antas quem são os irracionais?
RODRIGO
ResponderExcluirfiquei chocado com certas declarações que ela deu, que me levaram a entender que ela confere à vida animal uma importância tão grande quanto a humana, ou maior.
>>Qual o problema de ser igual?Se acha superior aos animais?só pq gsuis disse que valemos mais que aves?
a maioria dos estupradores é composto por homens normais que tiveram uma educação machista em que lhes dá o poder de fazer o que quiser com uma mulher e que apenas de uns anos para cá isso tem mudado
ResponderExcluir>>ERa Restart?
PS: o que acham do caso Straus-Khan? prato cheio para estes blog feministas não?
o rapaz não era doente, foi ensinado a ver estupro como uma forma de fazer sexo, e quem ensinou isso pra ele?
>>Ninguem, isso é instinto lembram do indio que viu uma mulher pouco vestida e investiu? mataram o coitado e isso foi certo né?mulher chorou homem apanhou/morreu
O indio morreu por causa de uma vadia que saiu para dar mais não para qualquer um né, um que a banque, ou seja prostitutas indiretas(?) O indio apenas captou o ferromonio lançado e investiu e sem conhecimento da cultura "civilizada" se deu mal
que os homens têm desejos que não podem controlar e que são muito diferentes das mulheres
>>Quase isso, o controle [em casos provocados] é quase igual a te colocar em baixo dágua e vc se deixar afogar, facil né? E somos muito diferentes sim, 90% dos relacionamentos quem começa? e 80% quem termina? qual a taxa de dispensa de sexo casual entre homens e mulheres?
R:H,M, h quase 0% M quase 100% é mole ou quer mais?
A falta de empatia pelas mulheres é tanta que é muito difícil fazer um homem ententer o quão cruel, traumático, bárbaro é um estupro
>>E vc sabe o quão cruel é ser seduzido/atraido pra ser esnobado/rejeitado?E que se o homem tem a força não deveria fazer uso dela seria o mesmo q vcs com um spray de pimenta ou outra arma não façam uso contra um estuprador¬¬
enquanto que entre as mulheres é comum ouvir que muitas tem maior pavor pela idéia de um estupro do que da morte
>>Por outro lado isso tbm é um desejo/fantasia muito comum entre elas¬¬ vai entender, elas querem ter a sensação de que são tão irresistives que os caras se aproveitam contra a vontade¬¬
tambem ocupa um cargo muito importante numa corporação muito respeitada por todos, não tinha como não quere-lo bem.
¬¬ahann ahann¬¬ cof cof Interesseiras do caralho, vcs viram o caso do chefão do FMI?
pensei em gritar mais alto e pedir por socorro, mas mal conseguia acreditar no que estava acontecendo
>>pelo visto estava gostado como tem aqui numa veja em que a mãe acusou a filha de ter gostado de ter sido estuprada pelo padrasto já que demorou anos para denunciar a mãe¬¬
eu nunca contei a ninguem o que aconteceu, e fico imaginando quantas e quantas mulheres não passam pelo mesmo.
>>Gostam ou sentem se decepcionadas quando o cara não vai até o fim¬¬
Infelizmente logo depois até eu mesma fiquei me perguntando se não havia feito alguma coisa que despertasse esse tipo de atitude
>>Provavelmente Fez! ficou sozinha de bobeira com um homem em trajes sensuais, isso no mínimo quem mandam vcs serem idiretas pra caramba e forçar os homens a ler pensamentos
sempre somos culpadas pelos desvarios dos homens,
>>Na maioria das vezes tem culpa mesmo
e ele mesmo se mostrando arrependido, não deixou de sutilmente me culpar, dizendo que eu despertava seus instintos ha muito tempo.
>>Viu?
Eu não tive nenhum filho, só filhas, mas se eu tivesse um, falaria sobre isso com ele, tentaria ensina-lo o quanto um estupro pode fazer mal a uma mulher, embora alguns homens aqui achem que esse tipo de ensinamento não seja nescessario, pelos comentarios da pra ver que não é bem assim.
>>è desnecessario mesmo, e isso seria uma educação de merda pelo visto suas filhas são bem liberadas né? mulheres que repreendem os filhos, superprotegem as filhas inclusivem insentivam a vadiagem
pq ele pelado não está "pedindo pra ser estuprado", mas ela sim?
>>Mulher é visual? mulher é ativa? mulher ataca?Só ataca crianças geralmente do prórpio sexo¬¬
Letícia Rodrigues perguntas bem primarias heim?
ResponderExcluirPq vagabunda e vadia quer dizer promíscua?PQ MULHER JÁ É 'PREGUIÇOSA" NATURALMENTE, LEMBRA? CARREGAM SE AS COISAS DELAS COMO SE ELAS FOSSEM INCAPAZES, ABREM A PORTA, PUXAM CADEIRAS ETC.
Garanhão e galinha é elogio pra homem, pq piranha e galinha é ofensa para mulher?O HOMEM TEM O TRABALHO DE CONQUISTAR E ISSO PARA ELE NÃO É FAÇIL, PARA ELAS "ABRIR AS PERNAS" NÃO DEVE SER LÁ UM GRANDE TRABALHO QUE MEREÇA MERITOS CERTO?
pS:mUITO PRAZER SUA PUTONA VADIA DO CARALHO RARARA
Vale a pena dar à eles o que eles querem, nossos corpos, não nossas vozes?
>>yES BABE YES, FIQUEM CALADAS QUE É MELHOR VCS NÃO CONSEGUIRIAM JAMAIS SUPERAR OS VOSSOS CORPOS, SE VCS NÃO PRESTAM PRA SEXO ENTÃO VCS PODEM MORRER PARA NÓS HEHEHE
é por homens desse tipo do mpomb que da vergonha pertencer a especie humana, é bem dificil acreditar que somos feitos da mesma materia, esse cara faz a gente perder a fé até na humanidade, é uma escoria mesmo!!!!
ResponderExcluirNão se preocupe, denise, se esse troll acreditasse que o que diz é certo, não ficaria se escondendo, quer só descontar o desinteresse que as mulheres têm por ele.
ResponderExcluirVeja, Fernando, afinal os homens não precisam ser educados para não estuprar.
Eu não sei se deleto todos os comentários desse troll mascu mypomb ou algo assim (não guardo os pseudônimos cretinos que esses misóginos usam) ou se os deixo. Comentários desse tipo fazem as pessoas tomarem lado... pro nosso lado, óbvio. Porque só alguém com um QI muito baixo pode ler as asneias que um trollzinho desses escreve e pensar "Putz, é mesmo, olha só quantos argumentos irrefutáveis ele apresentou aqui, ele tem total razão!".
ResponderExcluirO chato é que esses mascus são TODOS IGUAIS. Sério mesmo. Pega a citação de um e a gente tem o pensamento de todos eles. Mas aí eu dou destaque pra alguma besteira que um troll desses fala e vem um monte dizer que, ohhhh, mascus não são todos assim. Alguns adoram dizer, por exemplo, que não são machistas, misóginos, homofóbicos. Só que TUDO que eles escrevem contraria essa afirmação. Aposto como o mypomb também não se acha misógino. Ou senão eles vem com uma resposta do tipo "Se ser misógino é meter a real em feminazis vadias como vcs, então eu sou!". Quer dizer, não tem dialógo.
Rá rá rá... Que bonitinho! Ele é comediante, gente!!!
ResponderExcluireu estou com Joel, ele observou pontos importantes, e eu queria ir ainda mais, porém, cansado, resumo-me a isto: se a imagem de nu, como a autora diz, chama mais atenção do que filófosos debatendo, porque não usá-la?
ResponderExcluirAlguém, por exemplo, ousa criticar esta campanha política:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/espanha-candidata-autarquica-mostra-dois-grandes-argumentos
Dani Montper, não sei se esses homens revoltados são tão inofensivos, como talvez pareça.
ResponderExcluirTenho visto uma enxurrada de comentários que ele fazem nesses blogs, que certamente deviam ser a fonte de onde tiraram a inspiração pessoas como aquele Wellington Oliveira do caso da escola de Realengo, acho que muitos homens acreditam nessas torpezas que escrevem ali, e se eles culturalmente já não nos respeitam, com esse tipo de publicação estão passando a nos odiar, e acho que dai advêm tantos crimes contra nós mulheres. Basta olhar a quantidade de posts e blogs dedicados a distorcer ao máximo as características femininas, atribuir motivações absurdas a nossas atitudes mais banais. É bem revoltante ler esses blogs, e eles não aceitam comentários contrários, não publicam.
Alguns comentaristas se assumem abertamente como misóginos, outros sugerem até mesmo lavagem cerebral, torturas no intuito de mudar a personalidade de uma mulher, não sei como a policia não providencia o fechamento desses blogs, visto que pra mim eles incentivam o crime descaradamente
Lola, é totalmente diferente ser contra uma manifestação e contra ir pelada nessa manifestação. As meninas do Femen tomaram isso como moto, então não há o que discutir.
ResponderExcluirMas na marcha das vadias ou em outras manifestações, a roupinha sexy é opcional.
Minha opinião é de que, se você tem uma causa, mova-se. Do jeito jeito, nas regars em que acredita, mas mova-se. Não ir porque a mpidia quer ver gostosas de biquíni ou porque alguns homens apoiam só para "tirar casquinha" é validar que eles decidam o que devemos vestir e como nos comportar.
Não tinha lido esse post. Li o do Tas. Acho que ele não entendeu que fez exatamente isso quando "ficou chateado" por não ter visto a Gisele amamentar.
ResponderExcluirCheguei aqui pelo Krasis e cheguei a ir no Slutwalk, mas estava atrasada e não sabia qual seria o percurso.
Concordo quanto a "fantasia de puta"(acho que foi mais eu esperava), mas não totamente... Enfim vou pensar.
"Ninguém ensina os homens a não estuprar. E deveria ser este o foco, certo?" Foi uma parte importante do texto, devemos voltar nossa atenção para a educação, que é a verdadeira raíz do problema. Identificar e discutir sobre que tipo de fatores psicológicos e sociais se somam para transformar um menino hoje num estuprador amanhã. vejo poucas pessoas enxergando as coisas desse ângulo (que para mim é crucial).
ResponderExcluirBom texto!
Opa, Lola, eu descobri esses dias sobre as estatísticas do blog, e descobri que algumas pessoas vieram para o meu a partir do seu. Achei que tinha feito algum comentário, já que freqüento as suas páginas há tempos, mas imagine a minha surpresa ao ver que fui citada! Muito honrada!
ResponderExcluirNão sou blogueira e nunca me preocupei com o que as pessoas fossem ler lá "em casa", então admito que fiquei um pouco preocupada com as muitas leituras daquele post. "Será que estou passando realmente o que eu penso? Será que não vão me entender mal? Será que vão distorcer o que eu digo para reforçar suas idéias machistas?" Enfim, isso só confirmou que você é especial mesmo. Só queria dizer que te admiro muito, por essa e por outras.
Abraço!