Isso é do meu Yearbook (livro registrando os alunos e professores de cada ano), mas juro que não fui eu que fiz esses rabiscos.
O Dia da Professora (vamos admitir, a enorme maioria das pessoas nessa profissão é mulher) passou e eu nem pra me lembrar dele. Mas, em homenagem posterior (eu ia escrever póstuma), vou lembrar de duas professoras que tive.
Lembrar numas, porque desta primeira que vou falar não me lembro nadinha. Nem nome, nem rosto, alguma característica marcante, nada. Lembro apenas que eu tinha sete anos e estudava na Escola Parque, no Rio. Hoje sempre que ouço falar na escola vem junto uma descrição, “escola de elite”, mas na época, obviamente, eu não sabia disso. E imagino que a escola deve ter mudado muito, porque nos anos 70, quando estudei lá, ela só ia até a sexta série. O lugar era lindo, cheio de árvores. O que mais lembro são as jacas. Sempre tinha jaca caída no chão. Enfim, um dia a professora levou a turminha pra uma aula ao ar livre, no meio da natureza da escola, e pediu pra que a gente desenhasse alguma coisa. Não sei se era homenagem à árvore, à natureza... Triste, até recentemente eu sabia contar essa história com mais detalhes. Mas o que lembro é que disse pra professora que eu não sabia desenhar direito, e perguntei pra ela se podia escrever um poema. E ela fez o que uma excelente professora deve fazer: não seguiu regras inflexíveis; pelo contrário, disse “Sim, fique à vontade”. Eu escrevi um poema, ela gostou, mostrou pra todo mundo, e esse foi o início da minha longa carreira poética, que durou até os meus dezenove anos, quando publiquei um livro, e depois, nunca mais. Se ela houvesse respondido algo como “Deixa de ser fresca, menina, e faz um desenho aí”, é bem provável que eu teria tomado gosto pela escrita do mesmo jeito—eu recebia muito incentivo em casa. Mas que esse foi um belo empurrão, não há dúvida. E tudo começou com um simples sim.
Agora o contraponto, e deste eu me lembro muito mais. Depois que a gente se mudou pra SP e tivemos uma ou outra experiência mal-sucedida com escolas particulares rígidas (o oposto da Escola Parque), minha mãe decidiu que deveríamos estudar numa escola americana. E fomos parar logo numa escola católica, a Chapel, que de liberal não tinha nada (mas a essa altura do campeonato ter contato diário com o inglês tava no topo das prioridades maternas). Não vou reclamar, porque depois, principalmente no high school, a escola revelou-se ótima, e era uma maravilha fazer amigos de tantas nacionalidades diferentes. Mas, se eu tivesse filhos, eles não estudariam lá. Primeiro porque a escola é caríssima, e eu não teria nem como pagar (sem falar que meus filhos estudariam em escola pública, porque acredito que educação de qualidade é um direito do cidadão). E segundo porque, ahn, se a família não é religiosa, por que colocar os filhos pra sofrer em colégio católico?
Mas eu divago. A Chapel (apelido pra Mary Immaculate School, capela, em português) tinha umas nove freiras quando entrei, acho. Todas davam aulas (uma até de Ciências, e ela era boa), e lembro que foi uma revolução quando, no final do meu tempo na escola, entrou uma freira brasileira, da Teologia da Libertação, e levou várias pra conviver com crianças pobres na favela, mas eu dr. jivago de novo. Eu lembro de uma freira louquinha, a Sister Benjamin, e de como um dia ela deu um tapa num menino que estava balançando a cadeira, e ele caiu pra trás. Mas o terror de todo o elementary school (séries iniciais, até a sexta série) não era ela, e sim a Sister Agatha. Havia duas sextas séries, uma com a Mrs. Crane, e outra com a nazi nun, a freira nazista, que foi o apelido carinhoso que eu dei pra Sister Agatha. Ela era americana-polonesa e tinha uma aparência hiper rigorosa de gente que não sorria nunca. E pequenos óculos nazistas, à la Caçadores da Arca Perdida (sabe o nazista que pega o medalhão, e a mão dele fica em carne viva?). Como ela tinha reputação de bater nos alunos, e como eu, com a minha sorte, não fui parar na turma da Mrs. Crane, meu pai foi falar com a direção da escola logo que soube que eu teria a Sister Agatha como professora. E avisou que, se a Sister encostasse um só dedo cristão em mim, ele a colocaria pra fora e processaria a escola. Ou algo do gênero. É muito, muito estranho escrever essas linhas com naturalidade, dizer “ela batia nos alunos” e ninguém fazer nada, e ela traumatizar turma após turma de crianças da sexta série e continuar lá. Imagino que hoje em dia bater em alunos não seja mais permitido. E não é por nada não, mas se você é pai, tá pagando uma grana preta pra escola, e vê que sua filha vai passar um ano inteiro tendo uma jararaca como professora, você não levaria a menina pra estudar em outro lugar? Não, porque ter contato diário com o inglês estava acima de tudo. Mas aquele ano foi um inferno. Aliás, encontrei um texto que escrevi pra algum curso no Chapel mesmo, já no high school (no início do high school, espero, porque o texto tá elementar, meu caro watson). Como minha memória estava mais fresca naquela época, vou traduzi-lo aqui:
“Meu pior ano escolar. Acho que meu pior ano escolar foi na sexta série. Aquele ano foi difícil para mim e para meus colegas, principalmente por causa da professora. A professora era a Sister Agatha, e ela fez com que gostar das suas aulas fosse impossível. Toda vez que passávamos pela porta éramos tomados por um sentimento de medo. O que ela vai dizer sobre a maneira como estou vestida? Ela vai começar o dia brigando só porque esqueci um livro no meu locker? [armário que cada aluno tem, que fica do lado da sala]. Quem ela vai escolher pra brigar hoje? Portanto, íamos à aula sem nenhum interesse. Ela adorava matemática, então tínhamos que estudar matemática durante metade do dia. Ela odiava qualquer um que não entendesse o que ela explicava. Ela adorava humilhar as pessoas. Lembro que todo mundo chorou na classe dela. Ela tratava todo mundo tão mal que todos nós tínhamos medo e a odiávamos também. Lembro de uma vez, quando eu não entendi um problema de matemática. Ela começou a gritar comigo, a me insultar. E eu chorei. Por que ela tinha que humilhar as pessoas? Às vezes ela tentava bater em alguns alunos. Esse foi meu pior ano, mas também foi o pior de todo mundo que passou pela sua aula”.
O professor, corporativista, escreveu na minha redação: “Acho que não foi, porque alguém escolheu este ano como um bom ano de aprendizado porque a pessoa teve que estudar tanto”.
Eu não sou adepta do estilo exército de que pra se aprender alguma coisa é preciso sofrer. Sinto muito, acho que dá pra aprender tendo prazer, com paz e amor. Tenho a impressão até que se aprende mais num ambiente pacífico que num campo de concentração.
Bom, não sei o que aconteceu com a Sister Agatha. Ela torturou aluninhos durante mais alguns anos (meu irmão, inclusive, calhou de cair na classe dela também), e depois se aposentou, ou foi trabalhar numa penitenciária, sei lá.
Ah, mas só pra terminar este texto quilométrico num tom pra cima, vou relatar uma das piores perguntas que se pode fazer a uma turma de alunos. Não é piada. Essa eu presenciei num estágio de quinta série, de uma professora de inglês numa escola municipal em Joinville. Prestem atenção à pérola que ela disparou a seus alunos, após uma explicação: “Todo mundo entendeu tudo ou tem alguém aqui que não entendeu e eu vou ter que explicar tudo de novo?”. Sério, o que essa professora espera da vida? Que algum aluno levante a mão?
Lembrar numas, porque desta primeira que vou falar não me lembro nadinha. Nem nome, nem rosto, alguma característica marcante, nada. Lembro apenas que eu tinha sete anos e estudava na Escola Parque, no Rio. Hoje sempre que ouço falar na escola vem junto uma descrição, “escola de elite”, mas na época, obviamente, eu não sabia disso. E imagino que a escola deve ter mudado muito, porque nos anos 70, quando estudei lá, ela só ia até a sexta série. O lugar era lindo, cheio de árvores. O que mais lembro são as jacas. Sempre tinha jaca caída no chão. Enfim, um dia a professora levou a turminha pra uma aula ao ar livre, no meio da natureza da escola, e pediu pra que a gente desenhasse alguma coisa. Não sei se era homenagem à árvore, à natureza... Triste, até recentemente eu sabia contar essa história com mais detalhes. Mas o que lembro é que disse pra professora que eu não sabia desenhar direito, e perguntei pra ela se podia escrever um poema. E ela fez o que uma excelente professora deve fazer: não seguiu regras inflexíveis; pelo contrário, disse “Sim, fique à vontade”. Eu escrevi um poema, ela gostou, mostrou pra todo mundo, e esse foi o início da minha longa carreira poética, que durou até os meus dezenove anos, quando publiquei um livro, e depois, nunca mais. Se ela houvesse respondido algo como “Deixa de ser fresca, menina, e faz um desenho aí”, é bem provável que eu teria tomado gosto pela escrita do mesmo jeito—eu recebia muito incentivo em casa. Mas que esse foi um belo empurrão, não há dúvida. E tudo começou com um simples sim.
Agora o contraponto, e deste eu me lembro muito mais. Depois que a gente se mudou pra SP e tivemos uma ou outra experiência mal-sucedida com escolas particulares rígidas (o oposto da Escola Parque), minha mãe decidiu que deveríamos estudar numa escola americana. E fomos parar logo numa escola católica, a Chapel, que de liberal não tinha nada (mas a essa altura do campeonato ter contato diário com o inglês tava no topo das prioridades maternas). Não vou reclamar, porque depois, principalmente no high school, a escola revelou-se ótima, e era uma maravilha fazer amigos de tantas nacionalidades diferentes. Mas, se eu tivesse filhos, eles não estudariam lá. Primeiro porque a escola é caríssima, e eu não teria nem como pagar (sem falar que meus filhos estudariam em escola pública, porque acredito que educação de qualidade é um direito do cidadão). E segundo porque, ahn, se a família não é religiosa, por que colocar os filhos pra sofrer em colégio católico?
Mas eu divago. A Chapel (apelido pra Mary Immaculate School, capela, em português) tinha umas nove freiras quando entrei, acho. Todas davam aulas (uma até de Ciências, e ela era boa), e lembro que foi uma revolução quando, no final do meu tempo na escola, entrou uma freira brasileira, da Teologia da Libertação, e levou várias pra conviver com crianças pobres na favela, mas eu dr. jivago de novo. Eu lembro de uma freira louquinha, a Sister Benjamin, e de como um dia ela deu um tapa num menino que estava balançando a cadeira, e ele caiu pra trás. Mas o terror de todo o elementary school (séries iniciais, até a sexta série) não era ela, e sim a Sister Agatha. Havia duas sextas séries, uma com a Mrs. Crane, e outra com a nazi nun, a freira nazista, que foi o apelido carinhoso que eu dei pra Sister Agatha. Ela era americana-polonesa e tinha uma aparência hiper rigorosa de gente que não sorria nunca. E pequenos óculos nazistas, à la Caçadores da Arca Perdida (sabe o nazista que pega o medalhão, e a mão dele fica em carne viva?). Como ela tinha reputação de bater nos alunos, e como eu, com a minha sorte, não fui parar na turma da Mrs. Crane, meu pai foi falar com a direção da escola logo que soube que eu teria a Sister Agatha como professora. E avisou que, se a Sister encostasse um só dedo cristão em mim, ele a colocaria pra fora e processaria a escola. Ou algo do gênero. É muito, muito estranho escrever essas linhas com naturalidade, dizer “ela batia nos alunos” e ninguém fazer nada, e ela traumatizar turma após turma de crianças da sexta série e continuar lá. Imagino que hoje em dia bater em alunos não seja mais permitido. E não é por nada não, mas se você é pai, tá pagando uma grana preta pra escola, e vê que sua filha vai passar um ano inteiro tendo uma jararaca como professora, você não levaria a menina pra estudar em outro lugar? Não, porque ter contato diário com o inglês estava acima de tudo. Mas aquele ano foi um inferno. Aliás, encontrei um texto que escrevi pra algum curso no Chapel mesmo, já no high school (no início do high school, espero, porque o texto tá elementar, meu caro watson). Como minha memória estava mais fresca naquela época, vou traduzi-lo aqui:
“Meu pior ano escolar. Acho que meu pior ano escolar foi na sexta série. Aquele ano foi difícil para mim e para meus colegas, principalmente por causa da professora. A professora era a Sister Agatha, e ela fez com que gostar das suas aulas fosse impossível. Toda vez que passávamos pela porta éramos tomados por um sentimento de medo. O que ela vai dizer sobre a maneira como estou vestida? Ela vai começar o dia brigando só porque esqueci um livro no meu locker? [armário que cada aluno tem, que fica do lado da sala]. Quem ela vai escolher pra brigar hoje? Portanto, íamos à aula sem nenhum interesse. Ela adorava matemática, então tínhamos que estudar matemática durante metade do dia. Ela odiava qualquer um que não entendesse o que ela explicava. Ela adorava humilhar as pessoas. Lembro que todo mundo chorou na classe dela. Ela tratava todo mundo tão mal que todos nós tínhamos medo e a odiávamos também. Lembro de uma vez, quando eu não entendi um problema de matemática. Ela começou a gritar comigo, a me insultar. E eu chorei. Por que ela tinha que humilhar as pessoas? Às vezes ela tentava bater em alguns alunos. Esse foi meu pior ano, mas também foi o pior de todo mundo que passou pela sua aula”.
O professor, corporativista, escreveu na minha redação: “Acho que não foi, porque alguém escolheu este ano como um bom ano de aprendizado porque a pessoa teve que estudar tanto”.
Eu não sou adepta do estilo exército de que pra se aprender alguma coisa é preciso sofrer. Sinto muito, acho que dá pra aprender tendo prazer, com paz e amor. Tenho a impressão até que se aprende mais num ambiente pacífico que num campo de concentração.
Bom, não sei o que aconteceu com a Sister Agatha. Ela torturou aluninhos durante mais alguns anos (meu irmão, inclusive, calhou de cair na classe dela também), e depois se aposentou, ou foi trabalhar numa penitenciária, sei lá.
Ah, mas só pra terminar este texto quilométrico num tom pra cima, vou relatar uma das piores perguntas que se pode fazer a uma turma de alunos. Não é piada. Essa eu presenciei num estágio de quinta série, de uma professora de inglês numa escola municipal em Joinville. Prestem atenção à pérola que ela disparou a seus alunos, após uma explicação: “Todo mundo entendeu tudo ou tem alguém aqui que não entendeu e eu vou ter que explicar tudo de novo?”. Sério, o que essa professora espera da vida? Que algum aluno levante a mão?
http://www.botecosujo.com/2009/10/polanskis-do-abc.html
ResponderExcluirhttp://www.interney.net/blogs/lll/2009/10/28/a_puta_da_uniban/
viu isso? as pessoas me deprimem.
Bem isso mudou.
ResponderExcluirHoje em dia, quem corre o risco de apanhar são os professores.
Olá, Lola.
ResponderExcluirDescobri seu blog há alguns dias (nunca é tarde, nunca é tarde) e já resolvi meter o bedelho por aqui. Gostei muito deste post e, naturalmente, agora me vejo imersa em minhas lembranças de ex-aluna de colégio de freiras. No dia em que essas memórias virarem um post em meu blog, terei prazer em mencionar a fonte de inspiração. Quanto à pergunta infeliz da professora-ameaçadora, empata com um certo professor que, refazendo o cálculo das notas finais e vendo que eu tinha escapado da reprovação, não conseguiu conter seu desapontamento de terrorista frustrado e soltou "pô, mas assim você passou!". É mole?
Oi Lola.
ResponderExcluirTambém estudei num colégio de freiras, mas elas eram da teologia da libertação, na minha época só davam algumas poucas aulas de religião (no colégial a professora de religião não era freira, tinha formação em filosofia, e dava aulas super interessantes) e respeitavam ao alunos de outras religiões, e os ateus, que sempre foi o meu caso.
O interessante é que o colégio era só de meninas, acho que um dos últimos do país. Parece terrível colocar assim, mas tenho certeza que isso me ajudou horrores a me aproximar das mulheres de uma maneira mais positiva.
Bjs
Leah
Lola, hoje acredito que nenhum professor bata em alunos, porém, recentemente tivemos mais de um caso de professores sendo espancados em classe aqui em Santa Catarina, um caso pela mãe de um aluno, no pátio do colégio e outro pelo próprio aluno, na sala de aula... terrível a inversão das coisas não?
ResponderExcluirInfelizmente, hoje, o professor não goza do respeito que tinha em sala de aula. Não sou daqueles que acha que sala de aula tem que ser exército, mas o professor precisa ser respeitado.
Lola,
ResponderExcluirnão sei se você soube dessa notícia que saiu no Blog da Metrópole (e que por coincidência a Laura comentou aí em cima), mas me revoltou tanto que escrevi a respeito em http://causaremota.blogspot.com/2009/10/do-que-o-ser-humano-e-capaz.html
O duro desses debates é que a gente sempre cai naquela dualidade de professores X alunos. Realmente, prof não pode mais bater em aluno, mas existem mil outras maneiras de agredir uma pessoa além de tocar nela. E é óbvio que também sou contra aluno bater (ou agredir de qualquer forma) em professor. Enfim, acho que falta respeito de ambas as partes. E, claro, cada caso é um caso.
ResponderExcluirLola, nem li, sem tempo, correndinho, mas me manda seu e-maaaaaaail (tinapontolopes@gmail.com)!!!!
ResponderExcluirOi Lola!
ResponderExcluirAcho que todo mundo tem uma história horripilante pra contar sobre alguma professora. Eu não me lembro muito de ter alguma que gostasse bastante ou que me incentivasse em alguma coisa. Mas não esqueço quando, numa aula de ciências, fazendo uma apresentação sobre poluição lá na frente, com outras 2 colegas, fomos humilhadas pelo maluco do professor. Colamos várias figuras em uma cartolina para explicar o que era poluição e tal. Ora, éramos crianças de 11 anos. Ele pegou as 2 cartolinas e rasgou na frente de todos, dizendo que nosso trabalho estava um lixo! Que isso não era uma apresentação interessante. Que devíamos queimar papel em uma latinha com álcool (na sala!) para mostrar de verdade o que era poluição. Pode? E nos mandou fazer outra apresentação. Fizemos. Queimamos papel na sala (ainda bem que ninguém se queimou ou botou fogo na sala...) e eu nunca mais consegui fazer uma palestra sem ter tremedeira e dor de estômago. Mesmo hoje, 22 anos depois...
Fiquei de cara foi com a resposta que o seu professor colocou na redação sobre a sua sexta série:
ResponderExcluir"“Acho que não foi, porque alguém escolheu este ano como um bom ano de aprendizado porque a pessoa teve que estudar tanto”."
Além de corporativista, ele não sabia escrever, né? coitado kkkkkk
Eu tenho experiências boas e más com professores, mas a maioria é boa. Hoje, tento passar para o meu filho esse sentimento de respeito. Fiz questão de que ele estudasse em um colégio laico, pequeno e perto de casa. Isso é importante porque cria uma comunidade, as pessoas se conhecem e se respeitam mais.
Lá ele não tem contato com religião - a não ser nas aulas de história - o que é bacana.
Mas não é que o danado resolveu que tinha que ir para a catequese ????aiaiai...em uma igreja aqui perto de casa, católica. Eu deixei, claro, acho que ele gosta mais porque os amigos todos vão...mas quando ele me conta as coisas que eles falam lá dá uma raiva...
mas o que faço é conversar com ele e tentar fazer com que ele mesmo veja os aburdos da coisa toda. Acho que está dando certo.
lembrei disso porque teve uma vez que eu fiquei com vontade de ir lá e esganar a catequista porque ela tava botando o maior medo do "inferno" nas crianças...aiaiai, não é fácil ser mãe kkkkkkkkk
É claro que não cometi nenhuma violência, mas tenho que confessar que na hora tive vontade de ir lá tirar satisfação com a mulher kkkkk
já pensou no bafon que ia dar: mãe ateia bate em catequista kkkkkkk Péssima idéia, com certeza!
Lola, hoje em dia a situacao eh o inverso: os pais minam a autoridade dos professores e reclamam quando eles tentam impor algum respeito ou disciplina aos alunos.
ResponderExcluirLola, se hoje não aceitamos que professores batam em nossos filhos, não é por questões financeiras, é porque nossos valores éticos e métodos educativos evoluiram. É importante ressaltar que nesta evolução não há participação das instituições religiosas. Estas foram apenas obrigadas a se adaptarem às novas visões. Acho terrível que pais ponham seus filhos para estudar em escolas religiosas. O que pessoas que se escondem sob uma roupa super desconfortável e desistem de viver em nome de uma crença tola tem para ensinar? Além disso a criança vai para escola para desenvolver o senso crítico e o pensamento racional e não o contrário. Não se abre mão disso nem em nome do ensino de inglês e nem de qualquer outra coisa.
ResponderExcluirwww.marussiaguedes.blogspot.com
Eu estudei da 5ª a 8ª num colégio de padres, e foi lá que aprendi sobre as injustiças da sociedade, sobre poder, sobre a ditadura militar, sobre desigualdade social... Sou de esquerda graças aos padres do colégio.
ResponderExcluirOs padres eram MUIIIIIIIIIITO avançados, embora tivesse um certo nível de disciplina dentro do colégio.
Pesadelo mesmo foi no colégio anterior, que era preparatório ao colégio militar, de propriedade de um tenente reformado do exército, só não havia agressão física, mas todo tipo de agressão e humilhação a crianças de 9 a 13 anos se fazia presente, as mais "inocentes" era não entender a matéria e ser chamado de "topeira", não se podia assoviar no colégio que ia pra uma sala cheia de mofo, os alunos eram "educados" para dedurar o colega (dentro ou fora do colégio), havia chefes de turma e de fila de cadeira que ficavam de ripa na mão, para fazer barulho, mandando o outro estudar (não sendo hora de aula os alunos não podiam ficar fazendo o que quisessem, tinham que ficar estudando).
Como assim, dia das professoras? E eu como fico, virei uma mulher?
ResponderExcluirAté entendo a sua frustração em relação à língua, mas não é simplesmente alterando as palavras para deixá-las mais de acordo com suas preferências que você conseguirá uma mudança, você só vai correr o risco de ser mal compreendida.
Se todos pudessem usar a língua perfeitamente, haveria mais espaço para tais manobras. Onde estamos, não há.
Colégio de Freiras é o terror.Estudei em um durante seis meses.Não aguentei ficar mais.me lembro que tinha uma professora (e não era freira hein...) que pediu pra turma fazer uma redação.Fiz e entreguei.Ela olhou pro papel (veja bem,ela não leu o troço),rasgou na frente de todo mundo e me mandou fazer outra.Eu fiz.Mesma coisa.Na terceira vez que ela rasgou (e nunca dizia o por quê!) eu desisti.Depois disso saí da escola.
ResponderExcluirInfelizmente,eu tenho mais histórias ruins pra contar sobre professores do que histórias boas.
Eu também acho que não é preciso violência, gritos e humilhação para ensinar uma pessoa, ainda mais criança.
ResponderExcluirAinda bem que os profis nazis que eu tive não deixaram muitas lembranças.
Estudei em colégio de freira a partir da quarta série até o final, e no segundo grau realmente tinha uma freira esquisita,que ficava meio de olho na vida das alunas fora do colégio... mas a gente já era grandinha e meio q dava risada, não chegava a humilhar ninguém. Mas, uma coisa q eu me lembro muito bem é que eu aprendí evolucionismo no colégio, meu livro de religião da quarta série dizia alguma coisa do tipo: "pq um Deus q criou td devagarinho é pior do que um q criou tudo de uma vez", justamente pra dizer q não deveria existir esta contraposição criacionismo x evolucionismo. Só depois de muito mais velha é q fui perceber q este assunto ainda é exaustivamente discutida...
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirColégio de freira é o fim. Estudei todo no ensino fundamental em um e até hoje sonho em ir la e colocar fogo em tudo! Aliar o processo de aprendizagem ao sentimento de medo (que algumas pessoas estupidamente confundem com respeito) é incentivar os alunos a não ter qualquer interesse pelo aprendizado, é matar a curiosidade da criançada.
ResponderExcluire qto à pérola final, o pior é saber que existem incontaveis professoras e professores dizendo coisas similares todos os dias para seus alunos...triste, muito triste.
Hoje em dia, quem corre o risco de apanhar são os professores.
ResponderExcluirTanto os professores como os estudantes correm o risco de serem agredidos.
Quando trabalhei num projeto de extensão da faculdade, numa escola estadual, as professoras eram tão grosseiras com os alunos.
Um dia, por acaso, descobrimos que uma delas era tão mala que chegou a amarrar o braço de um dos alunos na mesa!
Claro, acho que crianças pequenas ficam mais vulneráveis à violência das professoras, ao passo que as professoras ficam mais vulneráveis quando estudantes crescem...
Estudei em escola americana também... Inclusive na frança. Tive um professor lá que muito se assemelhava com essa Sister Agatha. Sério. Era um inglês que adorava humilhar os alunos em sala de aula. O ano era 1996/1997 e ninguém achava estranho ele tratar os alunos como capacho. Isso, by the way, foi no high school e eu tenho pânico de química até hoje.
ResponderExcluirAdorei seu blog.