Desde ontem tem um monte de gente pedindo pra que eu fale sobre o caso da Uniban. De acordo com o Boteco Sujo, numa faculdade particular de São Bernardo do Campo, a Uniban, uma estudante de Turismo foi às aulas vestindo uma miniblusa que funcionava como minissaia. Ela foi cercada por alunos, ameaçada de estupro, e teve que se esconder numa sala, até a polícia chegar. No You Tube há alguns vídeos do episódio que mostram a conglomeração de alunos antes da polícia chegar, e a escolta policial levando a moça pra fora.
Eu relutei em falar qualquer coisa porque a única fonte é esse blog, o Boteco Sujo (que eu não conhecia). Nada contra blog dar notícias em primeira mão, muito pelo contrário, mas se você vai falar de um caso que não saiu noticiado em nenhum jornal, faça com um mínimo de seriedade. Não coloque um título nada-a-ver como “Os Polanskis do ABC”, ou comece o texto falando da Grã Bretanha na era vitoriana. Porque, pra mim, tira a credibilidade. Já começa com duas informações falsas, sabe? Além do mais, nos vídeos não há qualquer indício de spray de pimenta sendo lançado para conter os estudantes.
Mesmo assim—e vou me guiar pelos vídeos, não pela história mal-contada do Boteco—, a história é perturbadora. O que vemos é um monte de aluninho rindo, gritando, e um coro de “Puta! Puta!”. Isso é agressivo, sem dúvida, e depõe demais contra os estudantes envolvidos e contra a instituição (onde estavam os professores e a diretoria pra mandar todo mundo voltar pras salas?). Mas não acho que, a partir disso, dê pra se afirmar que a moça foi ameaçada de estupro, ou que a turba reunida quisesse estuprá-la. Trata-se de um linchamento moral horroroso, de qualquer jeito. Essa turba que se vê no vídeo é isso mesmo, uma turba, atraída por qualquer movimentação fora do normal. Qualquer coisa que tivesse acontecido fora da rotina da faculdade faria um bando de gente ficar lá rondando, rindo nervosamente.
Algo muito parecido no quesito “turba enraivecida” já aconteceu comigo. Eu contei aqui, mas vou resumir. Eu fazia Pedagogia e escrevia prum jornal catarinense (ainda escrevo). Escrevi uma crônica fazendo brincadeira sobre o estágio, e isso gerou grande indignação. A minha turma, e a turma de Pedagogia de outra faculdade (ambas particulares; em Joinville não há curso em de Pedagogia em universidade pública), escreveram cartas pro jornal reclamando da minha postura. A diretoria me ameaçou de expulsão se eu escrevesse novamente sobre o estágio. Eu considerei isso censura, e escrevi um texto falando não do estágio, mas dessa repercussão. Na manhã em que ele foi publicado, a turma de outro semestre de Pedagogia se reuniu frente a minha sala pra gritar palavras de ordem. Havia umas quarenta pessoas do lado de fora querendo me linchar. Não sei bem o que eles fariam se eu tivesse saído da sala. Eu estava lá dentro, sentada (era horário de recreio), lendo, quando ouvi o tumulto do lado de fora, mas não sabia o que era. Só fiquei sabendo quando minhas colegas entraram na sala dizendo, assustadas, “Não se preocupe que não vamos deixar eles entrarem!”. Foi altamente ridículo, e eu só pude rir daquilo tudo. Me senti a própria Salman Rushdie. A diretoria compareceu, dispersou a turba, e tudo voltou ao normal—não sem antes me acusarem por eu ter causado o tumulto. Tipo, a sua universidade de Pedagogia (futuros professores) tem um monte de gente que quer linchar alguém por um texto de jornal, e o problema tá com quem escreveu o texto?! Nos dias seguintes, vários dos “protestantes” vieram falar comigo, respeitosamente. Porque individualmente eles não agiriam do jeito que agiram. Foi num grupo que perderam o controle.
Portanto, criar tumulto em faculdade é a coisa mais banal do mundo, e pra uma mulher ser chamada de “Puta! Puta!”, basta ser mulher. Parece que os alunos anseiam por qualquer coisinha fora da rotina pra poder matar aula e fofocar. E tem mais: não só numa universidade, mas em qualquer ambiente, ter um inimigo comum une um grupo. A minha turma de Pedagogia ficou muito mais unida depois daquilo tudo (imagina, precisaram se reunir pra escrever uma carta pro jornal). A gente vê essas alianças o tempo todo nas birrinhas de internet. Pessoas que não têm afinidades alguma podem se juntar pra repudiar um só inimigo. No caso da Uniban, as pessoas vistas no vídeo estão todas animadas, fazendo alianças com quem, provavelmente, não tinham o hábito de conversar. É uma velha estratégia que sempre funciona.
De comportamento de turba eu espero qualquer coisa, sinceramente. O que é horrível é ler comentários (escritos individualmente, longe da confusão) reproduzindo esse mesmo pensamento impensado. Este site reproduziu a “notícia” do Boteco e recebeu cerca de mil comentários. Vários não completamente inúteis, como este (tudo sic):
“eu estudo nakela facul, eu estava no momento, ela chegou por volta das 19:20, todos que estvam perto, começaram a mexer com ela, ela sempre vai com roupas assim, sempre decotes muito grande, soh que dessa vez, com a saia minuscula, quando ela foi no banheiro, alguns alunos viram e começaram a zuar ela, as meninas de outras salas tambem, ela volta para sua sala, e a multidão vai na prota, ela sorri dentro sa dala, até que os meninos começam a faze olas e gritos de torcidas, a policia chega, retira a moça, em nenhum momento ninguem tentou agarrar eu agredir a moça”.
E muitos falando o certo (que, pra mim e pras leitoras deste blog, é o óbvio): que, independente do que a aluna estava vestindo, nada justificaria uma agressão. Que uma mulher deveria ter o direito de andar nua sem correr o risco de ser estuprada. Que é muito ruim pra imagem da universidade que algo assim tenha acontecido.
Mas outros comentários mostram bem que o machismo continua firme e forte. Este foi escrito por uma mulher, uma típica “mulher barbuda”, categoria sobre a qual já escrevi aqui.
“Caracas gente! Bem feito para essa 'mocinha'. Onde já se viu usar mini saia num ambiente em que todos estão lá (pelo menos na teoria) para simular um ambiente de trabalho. Será que quando ela for uma profissional vai se vestir da mesma forma? Vai ganhar os clientes dela com as pernas? É puta mesmo! E, acordem gente! Ninguém iria molesta-la. Tenho certeza de que, se realmente a ameaçaram, era para realmente mostrar indignação. Ela procurou, ela que arque com as consequências! Outra ainda: NINGUÉM é ameaçado de estupro. Ou se é estuprado, ou se é puta. ACORDA GENTE! Essa 'mocinha' não deveria ter se portado desta forma! Aliás, não deve ter sido a primeira vez! Apoiadooooo!!!! Se eu estivesse lá, ainda sugeria impalamento. E outra, não é instinto. Não é jogar a inteligencia de lado e se comportar como homem das cavernas não... É fazer-se ouvir numa sociedade em que todo mundo está adquirindo os mesmos VALORES que essa 'mocinha' de minisaia.”
Os comentários abaixo foram escritos por homens mesmo, daqueles que dividem as mulheres entre santas e putas:
- “Coitadinha da moça, ela tava com calorzinho....ha, ha, ha, ha, o problema é que tem uns panacas infelizmente que acham que tem o direito de fazer o que querem, eu por mim olharia dava uma babadinha se fosse gostosa(o que não é o caso pois é feia pra cacete!!!), mas deixava pra lá, nós gostamos de olhar mas na hora de escolher uma mulher sempre escolhemos uma mais séria que realmente queira fazer uma parceria pra vida toda, essas ai a gente usa só como objeto como latrina mesmo, bom pra olhar mas depois de um tempo enjoa, e também as vezes tem outros problemas tipo ela devia estar ovulando, tava com coceirinha, ou esta desesperada pra arrumar macho(que acho que não seja o caso), enfim elas podem se vestir do jeito que quiserem, problema delas, quem quer dar uma de diferente sempre vai pagar o pato, que esteja preparado pra isso e assuma os riscos.”
- “Eu só quero mulher desnuda ou com roupa realçando as curvas da bunda perto de mim quando vou na zona, pois lá vou quando quero tratar de sexo. Fora de lá, seja na escola, na rua , no onibus, no metro, no trabalho, etc., não quero e não admito. Mulher que faz isso será sempre odiada e se tiver uma oportunidade eu agrido mesmo.”
- “Quis ser puta, quis mostrar pra todos que é puta, foi tratada como tal. Absolutamente normal. Tem que esculachar mesmo, se o frouxo e inútil do pai não teve a competência pra ensinar valores e educação pra sua filha, outros lá fora se encarregarão disto. Foi muito bem feito, essas vadias acham que por serem mulheres podem tudo, podem andar e pisar a vontade que tudo está a mercê delas, que isso sirva de exemplo pra todos.”
- “O que ha de errado em estuprar uma puta dessas? se anda com esse tipo de roupa, é porque inconscientemente (ou não) quer sexo; e é mulher, ou seja, por instinto quer adr pra alguém, é uma vagabgunda a mais, só isso. a culpada é ela.”
Aquele velho blablablá que já conhecemos, e que repudiamos todos os dias. Outro preconceito que aparece tanto nos comentários ("bando de viados" etc) como num dos vídeos (em que estudantes gritam "Bicha! Bicha!" pra policiais, aparentemente) é contra os homossexuais, provando mais uma vez como machismo e homofobia andam juntos. Mas temos que abrir os olhos também para preconceitos elitistas, que proliferam nessas horas de “textos virais”. Por exemplo, como a universidade é particular, e como é localizada no ABC, surgem comentários como este: “Logico que tinha que ser em faculdade de pobre. Pobre é uma m****, so serve pra ser motoboy”. Certo. O pessoal que escreveu os comentários acima provavelmente não é pobre, não estuda na Uniban, e nem estava no meio de uma turba. Esses tiveram tempo pra pensar. E ainda assim repetem as mesmas asneiras que são ditas faz séculos.
Mais sobre o caso aqui e aqui.
Mesmo assim—e vou me guiar pelos vídeos, não pela história mal-contada do Boteco—, a história é perturbadora. O que vemos é um monte de aluninho rindo, gritando, e um coro de “Puta! Puta!”. Isso é agressivo, sem dúvida, e depõe demais contra os estudantes envolvidos e contra a instituição (onde estavam os professores e a diretoria pra mandar todo mundo voltar pras salas?). Mas não acho que, a partir disso, dê pra se afirmar que a moça foi ameaçada de estupro, ou que a turba reunida quisesse estuprá-la. Trata-se de um linchamento moral horroroso, de qualquer jeito. Essa turba que se vê no vídeo é isso mesmo, uma turba, atraída por qualquer movimentação fora do normal. Qualquer coisa que tivesse acontecido fora da rotina da faculdade faria um bando de gente ficar lá rondando, rindo nervosamente.
Algo muito parecido no quesito “turba enraivecida” já aconteceu comigo. Eu contei aqui, mas vou resumir. Eu fazia Pedagogia e escrevia prum jornal catarinense (ainda escrevo). Escrevi uma crônica fazendo brincadeira sobre o estágio, e isso gerou grande indignação. A minha turma, e a turma de Pedagogia de outra faculdade (ambas particulares; em Joinville não há curso em de Pedagogia em universidade pública), escreveram cartas pro jornal reclamando da minha postura. A diretoria me ameaçou de expulsão se eu escrevesse novamente sobre o estágio. Eu considerei isso censura, e escrevi um texto falando não do estágio, mas dessa repercussão. Na manhã em que ele foi publicado, a turma de outro semestre de Pedagogia se reuniu frente a minha sala pra gritar palavras de ordem. Havia umas quarenta pessoas do lado de fora querendo me linchar. Não sei bem o que eles fariam se eu tivesse saído da sala. Eu estava lá dentro, sentada (era horário de recreio), lendo, quando ouvi o tumulto do lado de fora, mas não sabia o que era. Só fiquei sabendo quando minhas colegas entraram na sala dizendo, assustadas, “Não se preocupe que não vamos deixar eles entrarem!”. Foi altamente ridículo, e eu só pude rir daquilo tudo. Me senti a própria Salman Rushdie. A diretoria compareceu, dispersou a turba, e tudo voltou ao normal—não sem antes me acusarem por eu ter causado o tumulto. Tipo, a sua universidade de Pedagogia (futuros professores) tem um monte de gente que quer linchar alguém por um texto de jornal, e o problema tá com quem escreveu o texto?! Nos dias seguintes, vários dos “protestantes” vieram falar comigo, respeitosamente. Porque individualmente eles não agiriam do jeito que agiram. Foi num grupo que perderam o controle.
Portanto, criar tumulto em faculdade é a coisa mais banal do mundo, e pra uma mulher ser chamada de “Puta! Puta!”, basta ser mulher. Parece que os alunos anseiam por qualquer coisinha fora da rotina pra poder matar aula e fofocar. E tem mais: não só numa universidade, mas em qualquer ambiente, ter um inimigo comum une um grupo. A minha turma de Pedagogia ficou muito mais unida depois daquilo tudo (imagina, precisaram se reunir pra escrever uma carta pro jornal). A gente vê essas alianças o tempo todo nas birrinhas de internet. Pessoas que não têm afinidades alguma podem se juntar pra repudiar um só inimigo. No caso da Uniban, as pessoas vistas no vídeo estão todas animadas, fazendo alianças com quem, provavelmente, não tinham o hábito de conversar. É uma velha estratégia que sempre funciona.
De comportamento de turba eu espero qualquer coisa, sinceramente. O que é horrível é ler comentários (escritos individualmente, longe da confusão) reproduzindo esse mesmo pensamento impensado. Este site reproduziu a “notícia” do Boteco e recebeu cerca de mil comentários. Vários não completamente inúteis, como este (tudo sic):
“eu estudo nakela facul, eu estava no momento, ela chegou por volta das 19:20, todos que estvam perto, começaram a mexer com ela, ela sempre vai com roupas assim, sempre decotes muito grande, soh que dessa vez, com a saia minuscula, quando ela foi no banheiro, alguns alunos viram e começaram a zuar ela, as meninas de outras salas tambem, ela volta para sua sala, e a multidão vai na prota, ela sorri dentro sa dala, até que os meninos começam a faze olas e gritos de torcidas, a policia chega, retira a moça, em nenhum momento ninguem tentou agarrar eu agredir a moça”.
E muitos falando o certo (que, pra mim e pras leitoras deste blog, é o óbvio): que, independente do que a aluna estava vestindo, nada justificaria uma agressão. Que uma mulher deveria ter o direito de andar nua sem correr o risco de ser estuprada. Que é muito ruim pra imagem da universidade que algo assim tenha acontecido.
Mas outros comentários mostram bem que o machismo continua firme e forte. Este foi escrito por uma mulher, uma típica “mulher barbuda”, categoria sobre a qual já escrevi aqui.
“Caracas gente! Bem feito para essa 'mocinha'. Onde já se viu usar mini saia num ambiente em que todos estão lá (pelo menos na teoria) para simular um ambiente de trabalho. Será que quando ela for uma profissional vai se vestir da mesma forma? Vai ganhar os clientes dela com as pernas? É puta mesmo! E, acordem gente! Ninguém iria molesta-la. Tenho certeza de que, se realmente a ameaçaram, era para realmente mostrar indignação. Ela procurou, ela que arque com as consequências! Outra ainda: NINGUÉM é ameaçado de estupro. Ou se é estuprado, ou se é puta. ACORDA GENTE! Essa 'mocinha' não deveria ter se portado desta forma! Aliás, não deve ter sido a primeira vez! Apoiadooooo!!!! Se eu estivesse lá, ainda sugeria impalamento. E outra, não é instinto. Não é jogar a inteligencia de lado e se comportar como homem das cavernas não... É fazer-se ouvir numa sociedade em que todo mundo está adquirindo os mesmos VALORES que essa 'mocinha' de minisaia.”
Os comentários abaixo foram escritos por homens mesmo, daqueles que dividem as mulheres entre santas e putas:
- “Coitadinha da moça, ela tava com calorzinho....ha, ha, ha, ha, o problema é que tem uns panacas infelizmente que acham que tem o direito de fazer o que querem, eu por mim olharia dava uma babadinha se fosse gostosa(o que não é o caso pois é feia pra cacete!!!), mas deixava pra lá, nós gostamos de olhar mas na hora de escolher uma mulher sempre escolhemos uma mais séria que realmente queira fazer uma parceria pra vida toda, essas ai a gente usa só como objeto como latrina mesmo, bom pra olhar mas depois de um tempo enjoa, e também as vezes tem outros problemas tipo ela devia estar ovulando, tava com coceirinha, ou esta desesperada pra arrumar macho(que acho que não seja o caso), enfim elas podem se vestir do jeito que quiserem, problema delas, quem quer dar uma de diferente sempre vai pagar o pato, que esteja preparado pra isso e assuma os riscos.”
- “Eu só quero mulher desnuda ou com roupa realçando as curvas da bunda perto de mim quando vou na zona, pois lá vou quando quero tratar de sexo. Fora de lá, seja na escola, na rua , no onibus, no metro, no trabalho, etc., não quero e não admito. Mulher que faz isso será sempre odiada e se tiver uma oportunidade eu agrido mesmo.”
- “Quis ser puta, quis mostrar pra todos que é puta, foi tratada como tal. Absolutamente normal. Tem que esculachar mesmo, se o frouxo e inútil do pai não teve a competência pra ensinar valores e educação pra sua filha, outros lá fora se encarregarão disto. Foi muito bem feito, essas vadias acham que por serem mulheres podem tudo, podem andar e pisar a vontade que tudo está a mercê delas, que isso sirva de exemplo pra todos.”
- “O que ha de errado em estuprar uma puta dessas? se anda com esse tipo de roupa, é porque inconscientemente (ou não) quer sexo; e é mulher, ou seja, por instinto quer adr pra alguém, é uma vagabgunda a mais, só isso. a culpada é ela.”
Aquele velho blablablá que já conhecemos, e que repudiamos todos os dias. Outro preconceito que aparece tanto nos comentários ("bando de viados" etc) como num dos vídeos (em que estudantes gritam "Bicha! Bicha!" pra policiais, aparentemente) é contra os homossexuais, provando mais uma vez como machismo e homofobia andam juntos. Mas temos que abrir os olhos também para preconceitos elitistas, que proliferam nessas horas de “textos virais”. Por exemplo, como a universidade é particular, e como é localizada no ABC, surgem comentários como este: “Logico que tinha que ser em faculdade de pobre. Pobre é uma m****, so serve pra ser motoboy”. Certo. O pessoal que escreveu os comentários acima provavelmente não é pobre, não estuda na Uniban, e nem estava no meio de uma turba. Esses tiveram tempo pra pensar. E ainda assim repetem as mesmas asneiras que são ditas faz séculos.
Mais sobre o caso aqui e aqui.
Fiquei chocada com tudo, pelo vídeo que vi, nem tanto pelo texto do outro blog, mas também pelos comentários, principalmente de mulheres, esse acho ainda mais ofensivos do que os comentários cretinos dos machinhos.
ResponderExcluirNäo sei o ponto onde a violência verbal passa para a física, talvez a verbal, o que aconteceu com a moca, machuque muito mais, mas se alguém tivesse levantado a mão e dado um tapinha nela, os outros provavelmente se sentiriam incitados e no direito de fazerem o mesmo, assim se processa um linxamento (físico), nesse sentido de grupo que você diz, e basta um tapa, um copo lancado contra a pessoa, o grupo avanca.
Bom, uma pena que não foi o primeiro caso e nem será o ultimo, dentro de faculdades, colégios, ...
Eu vi essa história no blog de Denise Arcoverde, fiquei enojado com a atitude dessa molecada. Também lá houve quem dissesse que "o ambiente não era adequado para os trajes..."
ResponderExcluirMas esse fato me lembrou outro que aconteceu na velha Escola Técnica Federal de Pernambuco.
Uma garota começou a passar mal após a aula de educação física, e foi socorrida por uma colega, levada ao banheiro pra molhar o rosto, essas coisas. Durante o socorro, outra aluna foi entrando e só escutou o arfar da menina que estava passando mal, e já saiu gritando "tem duas 'saboeiras' no banheiro..." isso chamou a atençao da escola, de repente estava todo mundo em frente ao banheiro querendo saber o que estava acontecendo, chamaram coordenação, supervisão, diretoria, o inferno, e quando os responsáveis chegaram lá viram do que se tratava, mas o estrago estava feito, ai tiveram a idéia de protegee a identidade das moças, enrolaram-nas num lençol, colocaram num carro, e levaram-nas pra casa, até hoje ninguém sabe quem foram as meninas...
Lola, você usa o twitter? Gostaríamos de saber qual, urgeee. rsrs.
ResponderExcluirPois é, e as pessoas acham que fundamentalismo só tem no mundo islâmico. Quando eu comento aqui na europa que fazer topless no brasil é crime, ninguem acredita. Esse papo de liberal é só fantasia de carnaval.
ResponderExcluirEstou absurdamente passada com essa história.
Eu soube desse caso muito por cima, só me disseram o seguinte: Uma louca causou um alvoroço ou algo que o valha, mas só isso. E também não quis saber sobre o assunto e hoje como eu sigo esse blog e o título do post apareceu no meu blog e eu decidi ler. Mas, eu não sei o que comentar sobre o assunto foi um fato tão esquisito, insano e injusto também, porque não? Disseram que ela deu motivo, mas não justifica. Ela fez uma merda e todo o resto da UNIBAN fez outra grande merda.
ResponderExcluirEssa história também me lembrou a questão do topless no brasil...é ridículo que a gente use biquinis tão minúsculos e não possa fazer topless
ResponderExcluire o pior é que os homens brasileiros tendem a achar que as mulheres na europa usam biquinis imensos kkkkk
concordo com o post, tudo é muito ridículo - incluindo a necessidade que as mulheres tem de usar roupas que elas acham "sexy" aiaiai...
agora, mais ridículo ainda será essa menina possando para alguma revista...vamos ver quanto tempo vai demorar o convite?
Ridiculo, devo falar que moro na divisa entre São Paulo e São Bernardo, e que a Uniban fica de um lado da Anchieta, e eu moro do outro, e que durante este final de semana, teve um Rave lá, que começou na sexta e acabou no domingo, e que parecia queera dentro da minha casa. E eu duvido que algum homem tenha sido linchado, por ficar sem camisa na Rave. Acho que foi algo totalmente infundado, que algum palhaço começou e os outros babacas foram na onda. Também acho que se ela quisesse andar nua, ninguem paga as contas dela, e não têem nada com isso. E algo que me indgnou foi o cidadão falar que mulher que anda com pouca roupa, é porque quer dar, ta ovulando... '¬¬, não são os homens que nos assediam 'caçando'... 'dando uma babadinha' como foi citado, somos nós mulheres doentes por sexo, loucas pra dar, somos um 'objeto' frenético de sexo. Ai dels... me dá preguiça essas coisas...
ResponderExcluirsem mais..
:***
Ai, ai, Lola. Obrigado. Eu precisava ouvir os seus comentários. Os seus e os do Alex Castro. Lava a alma ouvir o q vcs falam.
ResponderExcluirO que as pessoas não fazem para chamar atenção?! Fico boba com isso. Os carinhas (ou mocinhas) que começaram essa baixaria devem estar se sentindo "os reis da cocada preta", como se diz no Recife. Inclusive a pessoa que postou este vídeo no youtube (onde está "orgulhosamente" escrito algo como "enviado do meu celular") Fazer "sucesso" no youtube nos dias de hj pode ser o equivalente a cantar no Chacrinha.
ResponderExcluirO que me irrita em certos comentários por ai é tb o fato de que pouca roupa (ou a falta dela) é aceitavel em certas ocasiões como carnaval, nas mulheres frutas e nas moças da TV). Ninguém fala das atrizes, cantoras e afins que andam por ai (pq como têm dinheiro e fama não são putas. Elas usam pq podem ($$$). É a velha história de que o dinheiro manda (pq segundo esse tipo de gente a pessoa só é feia se é pobre pq com dinheiro todo mundo fica bonito). É a velha história de classes, segregaçao, racismo, tudo numa panela so de feijão preto.
To tão irritada com essa história que me somem palavras.
Lembro da minha época da faculdade onde quis formar um diretório acadmêmico de comunicação (a uni que entrei era nova no Recife) para lutar pelos direitos dos estudantes. Como a uni era particular, ouvia comentários do tipo q paguei quero ver serviço (não ensino de qualidade, entende?). Bom bem, como tentei explicar a diferenca vaaaarias vezes sobre o clientelismo bla bla bla, uma galera se uniu e fez um jornal de 4 páginas falando mal de mim, fizeram mais de 500 copias, distribuiram em todo o campus e tal. Tenho até hoje um exemplar. :) Na hora, fiquei chocada e chorei horrores, mas o coordenador do meu curso (um dos melhores professores que ja tive) foi o único que me apoiou e me fez olhar essa situaçao por um novo angulo. Enfim, essa história de grupo se unir por causa de um inimigo em comum é bizarra mas bem mais frequente do que se imagina. ui virou um quase post!
xero
Lola e demais:
ResponderExcluirNão se trata de ser uma universidade de rico ou de pobre e sim deste tempo em que vivemos que não sem tem educação nem para o básico. O maior exemplo deste tipo de gente é o vosso presidente.
A policia, ou o pai da moça, tem que pegar esses vagabundos tarados da Uniban e dar um monte de tapas na cara pra aprenderem a se portar com o mínimo de dignidade; está faltando medo.
A propósito do assunto universidade, você disse em outro post que o Lula está investindo pesadamente nas universidades federais? Ah, Ah, Ah,
O Lula só está investindo em se perpetuar no poder e você continuará desempregada.
Paciência; é o seu presidente de esquerda.
Senti um misto de nojo, raiva, revolta, tristeza, vergonha... Não sei nem como explicar.
ResponderExcluirGente, o que é isso? Meu Deus, onde esse mundo vai parar?
Eu ainda acredito no ser humano, mas tem horas que é bem difícil, sabe?
Tomara que essa moça consiga superar tamanha humilhação, e tomara que a vida se encarregue de ensinar a cada um desses MARGINAIS que promoveram tamanha algazarra.
Ah... ela só queria aprender como fazer turismo sexual. Ah ah ah ah ah ah ah ah.
ResponderExcluirpor isso sempre gosto de vir aqui, Lola, seus post sempre são bem embasados. quando vi o post do Boteco Sujo, deletei o texto bocó e segui pro vídeo, dá pra tirar mais conclusões do mínimo que tem lá e dos comentários sobre ele.
ResponderExcluirE o que me enoja mesmo são as mulheres tão ou mais machistas que os homens, como esta que vc destaca no post e que chama de mulher-barbada (achei ótimo o apelido) e acho absurdamente elitizante e pseudo intelectual dizer que aconteceu lá pq é faculdade particular e de "pobre" ( não sei que pobre que paga o preço absurdo das particulares, mas vá lá) aconteceu lá ou em outro lugar aconteceria exatamente pelo motivo que vc destacou: o espírito de turba, são levados peal onda, querem se identificar. acho algo meio adolescente, coisa de quem não está seguro de si e não achou a própria identidade ainda, e na verdade poucos acham, mesmo adultos, por isso fica tão fácil idiotizá-los e fazê-los aderir a qualquer "fora sarney" ou "cansei" da vida.
E mais uma vez o estupro se resolve na figura da prostituta: é puta? então tá aí pra fazer o que eu quiser, na hora que eu quiser, do jeito que eu quiser.
ResponderExcluirTriste,triste. A sociedade enaltece a pornografização das mulheres só para depois poder cometer barbaridades contra as que entram no jogo.
Lola,No site de noticias,BBC BRasil,há uma enquete perguntando sobre o que os leitores acham da desigualdade entre os sexos.Olha lá e comente!
ResponderExcluirhttp://newsforums.bbc.co.uk/ws/pt/thread.jspa?forumID=10210
Luciana, é chocante mesmo, né? Espero que a moça se recupere. Quer dizer, isso é algo que vai ficar com ela pra sempre, não dá pra esquecer uma violência dessas. E certamente não é o primeiro nem o único caso...
ResponderExcluirGio, que coisa ridícula. Mas talvez a escola que vc cita no caso tenha tomado uma decisão não tão ruim. É melhor que ninguém saiba quem foram as meninas, porque SEMPRE iria ter fofoquinhas. O certo seria reunir a escola e fazer um discurso sobre tolerância.
Aline, não tenho twitter. Não conseguiria me comunicar em 140 caracteres. Só este comentário já deve ter dado mais que isso, ou não? (Mas agradeço muito a todas que linkam meus posts no twitter. Sempre vem leitores do twitter pra cá).
ResponderExcluirBearantes, é muita hipocrisia mesmo. Mas tenho a impressão que esse pessoal que grita “Puta! Puta!” pra uma aluna de minissaia seja contra as mulheres nuas no carnaval também, que eles devem considerar tudo “mulher que não se dá o respeito”. Não sei como eles se sentem quanto aos trajes na praia... (apesar do ABC não ter praia).
Roberta, foi muito esquisito sim, eu demorei pra escrever alguma coisa porque queria mais dados, antes de publicar qualquer opinião que se desmonte diante de fatos. Depois que publiquei o post, vi que saiu uma matéria curtinha no Globo. Mas também não fala nada com nada, ninguém conseguiu falar com a Uniban, nem com a aluna, mal e mal falaram com a polícia... E podiam ter entrevistado mais alunos tb.
ResponderExcluirAiaiai, pois é, eu lembro quando eu era adolescente, na década de 80, e pipocavam notícias de mulheres (geralmente estrangeiras) fazendo topless nas praias cariocas. E elas sempre eram cercadas por homens e ameaçadas. Lembro de ter lido várias notícias assim. E eu nunca entendia: pô, os nossos bíquinis não são exatamente comportados, né? Grandes coisas da humanidade aparecer um mamilo ou dois! Ah, e lembra daquele adesivo que se usava pra tampar o mamilo durante uma certa época? Não lembro o nome.
Barbara, em rave pode tudo... Olha, acho que muitas pessoas dessa turba enraivecida só queriam matar aula, e foram na onda, sem saber direito o que estavam fazendo. Espero que tenham se envergonhado depois, porque pega mal pacas pra imagem da universidade. Horríveis esses comentários que eu pincei! O pior é que toda mulher sabe que não importa o que a gente tá vestindo. A gente sempre ouve besteira. Freiras, com vestimentas de freiras, também são estupradas. Os homens parecem fechar os olhos pra essas coisas.
ResponderExcluirUlisses, obrigada, vc é um amor.
Ju, que coisa isso que vc conta da sua faculdade no Recife. Como assim, distribuir 500 exemplares de jornalizinho difamando uma aluna? Hoje em dia isso daria processo por abuso moral, não é? Ah, isso de escolher um inimigo comum pra unir o grupo é velho. E funciona em toda guerra. O país pode estar dividido, com montes de problemas, mas é só declarar guerra contra um outro país que todo mundo vira patriota. E a gente vê esse mesmo procedimento em birrinhas na internet. Gente com pouca coisa em comum que se une pra trollar outros.
ResponderExcluirOliveira, ha ha, demorou! A culpa por isso que aconteceu numa universidade particular é do Lula?! Avião cai, a culpa é do Lula. Alunos agridem uma aluna por ela usar roupa curta, culpa do Lula, óbvio. Faz todo sentido. E a violência que vc prega pra tratar “esses vagabundos tarados” é a mesma que queremos combater. E sobre o Lula, não é uma opinião que ele está investindo pesadamente nas federais. É um fato. Veja as estatísticas, compare os 8 anos do Lula com os de FHC, e volte aqui pra falar um “ah ah ah” mais fundamentado. E gostaria de saber como o Lula vai se perpetuar no poder se, ao contrário das profecias da direita, ele não modificou a Constituição pra concorrer a um terceiro mandato.
Larissa, tomara mesmo. Eu torço pra que cada um que gritou “Puta! Puta!” reflita um pouco e veja se alguém merece uma execração pública por causa de uma roupa.
ResponderExcluirAtchim, não sei se te ignoro ou deleto. Piadinha fraca essa sua.
Iaiá, obrigada, vc é sempre muito querida. É, não gostei do texto que serviu de fonte pra todos os outros textos. Achei que não dava pra confiar num texto curto que começa mal. É uma pena as mulheres serem tão machistas, mas elas fazem parte da mesma sociedade. O chato é que lhes falte o mínimo de reflexão pra concluir que isso pode acontecer com elas também. Mas, nos vídeos postados, o coro de “Puta! Puta!” é totalmente masculino. E nem é da turba toda, parece ser um corinho de uns poucos. Li vários comentários elitistas, sabe, como se um comportamento desses só acontecesse em faculdades particulares do ABC... Turba vai com qualquer um. Mas os Fora Sarney e Cansei da vida têm sido uns fracassos monumentais, hein?
ResponderExcluirPois é, Patricia, isso que é terrível nos comentários: e se a aluna fosse mesmo uma prostituta? Parece aquilo dos boyzinhos cariocas que espancaram uma empregada doméstica num ponto de ônibus e depois pediram desculpas, porque acharam que era prostituta. Ou aqueles em Brasília que queimaram um índio achando que era mendigo...
Aqui há uma entrevista com a estudante: http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/news/2009/10/29/226703-aluna-da-uniban-garante-vou-voltar-nem-que-seja-com-escolta.
ResponderExcluirQuero estar errada, mas me deu a impressão de que foram mulheres que começaram a história.
So
Quando eu era moleque, tinha um garoto metido a valentão que era o terror do colégio, todos tinham medo dele. Além disso ele tinha a mania boba de "passar a mão" nas meninas, roubar beijinhos, etc.
ResponderExcluirUm belo dia ele sofreu um "acidente" e ficou um tempo afastado da escola. Quando finalmente voltou, parecia outra pessoa, mansinho, mansinho...
Essa moça da Uniban deve se lembrar muito bem da cara de alguns dos exaltados. Será que ela não tem uns amigos que possam "amansar" uns 3 ou 4? Depois disso ela poderá ir pelada... a galera vai virar pro outro lado, de bico fechado!
Perdi a esperança na humanidade.
Olá Lolíssima.
ResponderExcluirEste fato é tão nojento, quanto chocante.... O que acontece com essa sociedade???
Isto tudo só me deixa em pânico. Que sociedade que acha tudo tão normal??
O texto mais uma vez é um show, parabéns!!!
Beijos
Eu e minha mãe amamos seu comentário no fim do texto!
ResponderExcluirLola, eu sei que esse papo de "ela que pediu" é velho e que todas nós já escutamos algo parecido muitas vezes. Mesmo assim, o teor misógino destes comentários me assustou bastante. Triste mesmo.
ResponderExcluirVocês falam tanto de preconceito e tudo mais, mas não pude ver um comentário imparcial por aqui...
ResponderExcluirAonde que essa mulher está certa?
Nunca, uma escola não é um ambiente para se ir vestida como ela foi, imagina se fosse um homem de sunga?
Errados também são os que insultaram a menina, deveriam ter feito protesto?
Sim! mas não dessa forma...
Se bem, que eu tenho vários conhecidos na referida faculdade, e todos afirmam que a garota ia freqüentemente com roupas desse naipe, varios homens passaram a mão na bunda dela e ela não deu a mínima.
Isso é se dar ao respeito?
Uma mulher que vai para a faculdade com uma roupa dessa tambem vai ir trabalhar desse jeito?
Respondam: e se fosse um homem de sunga chegando no seu trabalho/faculdade?
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,perdi-a-dignidade-diz-estudante-humilhada-em-universidade,458646,0.htm
ResponderExcluirHey Lola,
ResponderExcluirParabéns pelo blog! A história da Uniban é revoltante e publiquei um texto lá no meu blog, discordei apenas em um ponto de sua análise aqui na Escreva L...
Mais uma vez parabéns e NÃO AO MACHISMO, MISOGINIA E HOMOFOBIA!
Abraço,
Márcio/Kibe.
Lola, acho que você deu muita pouca importância ao caso...
ResponderExcluirRespondam: e se fosse um homem de sunga chegando no seu trabalho/faculdade?
ResponderExcluirEssa é boa...
Aliás, é ótima...
Muito bem, o que você acha que aconteceria...?
As mulheres iriam se reunir, perseguir o cara, passar a mão nele e xingá-lo de... Hã, galinha, puto...? Peraí, nem xingamento a gente tem para este tipo de homem... Aliás, que tipo de homem? É normal que um homem seja 'oferecido', digo, atrevido, né? Por causa da testorona e tudo mais.
Essa é a norma, homem é tudo atrevido mesmo, a mulher é que não tem que provocar.
Acho que se as mulheres corressem atrás do cidadão e passassem as mãos neles, elas é que seriam chamadas de 'putas' e não ia faltar gente para desclassificar estas mulheres...
Quanto ao homem? Sinceramente, o máximo que iam falar dele era que 'é um sem noção, hueheuheuhe, mas eu queria um bando de mulher correndo atrás de mim, heuheuheu'.
Situações idênticas, é claro.
UNIBAN – UMA PUTA (NA) UNIVERSIDADE
ResponderExcluirJoga pedra na Genny!... Joga bosta na Genny!...
Aqui procês estudantes da UNIBAN...
Atitude nazista a boiada em ação ofendendo uma estudante que trajava roupas “indecorosas”.
Será que os lideres que ameaçaram a “Genny da UNIBAN” em São Bernardo do Campo estavam embriagados, vindos dos milhares de bares que rodeiam as faculdades e ficam apinhados de estudantes “gazeteiros” ou apenas descontavam seu ódio ou da moça ter reagido a alguma cantada deles.
O resto da boiada são Hooligans inúteis...
Talvez “filhinhos de papai” oriundos das melhores escolas privadas?
E se a Genny for uma puta mesmo?
Qual o problema?
Se as roupas feriam alguma norma ética moral da Universidade caberia alguma atitude da direção da escola.
Aí, quem sabe apareceriam os mesmos estudantes se rebelando contra o autoritarismo da direção da escola.
Pobres idiotas.
Lembro-me de Caetano quando, ao ser vaiado pela música “È proibido proibir” disse: “É essa a juventude que pretende tomar contra do país?
Vergonhosa e irreparável situação.
À Genny aconselhamos processar a Universidade pelos danos morais causados e sair desse curral de boizinhos enfurecidos...
O máximo que devia acontecer em uma sociedade civilizada, se é que isso existe, é que caso a escola tivesse normas a respeito de trajes os 'incomodados' levassem o assunto à direção e a moça fosse convidada a se retirar.
ResponderExcluirEu pessoalmente não acho conveniente se vestir dessa forma e não me sentiria à vontade assim, mas daí a controlar o que os outros vestem é uma distância bem grande. Posso ter minhas opiniões mas não preciso impô-las da maneira como a 'turba' se achava no direito de fazer.
E é claro que em situações como esta doenças sociais como o machismo mostram como permanecem enraizadas e generalizadas.
O pior é ver que tem gente achando que ela mereceu o ataque pela inadequação do traje. Fala sério, assume logo que é machista. Já vi vestidos mais curtos em casamentos religiosos, e ninguém acendeu as tochas. Mas, gostaria de parabenizar a moça, pq vamos concordar que pra bancar uma mini daquela tem que ter auto(?)estima higher, seja gorda ou magra. A interrogação acima é pq eu não sei se tem hifen ou agora é tudo junto.
ResponderExcluirCara Lola,
ResponderExcluirobrigado por suas dicas sobre como fazer uma apuração jornalística. Estou nessa só há dez anos e acho que ainda não aprendi. Mas um dia eu chego lá. Quanto às suas observações:
1) O texto começa com duas "informações falsas"
Não são informações falsas, são recursos de estilo, algo que você conhece. Nenhum leitor questionou se a história se passou mesmo em São Bernardo ou na Grã-Bretanha; há uma ironia bastante óbvia ali. Você pode dizer que são recursos estilísticos babacas, mas não diga que "tira a credibilidade". Pode ter tirado para você, mas não tirou para Folha, Terra, G1, Ig e todos os outros que repercutiram a notícia.
Você acha que o texto teria mais "credibilidade" se eu recorresse ao velho esquema caretinha da pirâmide invertida, dizendo que "Um grupo de estudantes causou tumulto após uma aluna com vestido curto...". Não acho. Dá para contar muitas mentiras em pirÂmide invertida. Além do mais, é chato. Muita gente acha que as notícias devem ser chatas. É por isso que cada vez menos pessoas lêem jornais. De um jeito torto ou não, eu procuro fazer textos jornalísticos de um jeito que seja bom de ler.
Dá uma olhada na New Yorker, na Piauí, em Talese, Thompson, Marcos Faerman. Tem muitas maneiras de escrever uma notícia.
2) "spray de pimenta"
Quem falou em spray de pimenta foi um aluno com quem falei. Como não tinha certeza da informação, ela aparece entre aspas, na boca dele.
3) "história má contada"
Não seria mal contada? Bom, mas você diz que não houve ameaça de estupro. Eu falei com alunos da faculdade, que estavam lá, e eles disseram que houve. E o que é ameaça de estupro? A menina precisou ser tirada da sala pela polícia, que ainda colocou um jaleco de professor na garota para evitar excitar demais a molecada. O que, afinal, os garotos poderiam fazer se a agarrassem?
Alguns dizem que não havia ameaça, que os gritos de "estupra, estupra" eram gozação. Mas muitos estupros começam assim, com uma garota se insinuando e uns marmanjos de brincaderia. Você gosta de cinema. Lembra do filme "Acusados"?
Sobre isso, leia a excelente matéria da Laura Caprigliono sobre o assunto na Folha: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u645465.shtml.
você contesta as informações do meu texto sem ter falado com nenhum dos envolvidos, só com base no que viu no Youtube, em vídeos feitos depois que a menina já estava trancada na sala, com a multidão do lado de fora. Isso para mim é que é apuração ruim. Aliás, nem é apuração. É falar do mundo a partir da tela do computador. Sempre que posso, tento ir um pouco além disso no meu blog. Há um mundo do lado de fora.
Fausto, não sei se respondo aqui ou no seu blog, então vou responder nos dois.
ResponderExcluirSinto muito se vc se ofendeu pelo que escrevi. Como vc sabe, é impossível que todos gostem do que escrevemos, e eu achei que, pra mim, seu post não passa credibilidade. Como eu disse, se o seu post fosse um comentário a respeito de alguma notícia sobre o episódio na Uniban, eu não teria nada contra. Mas ele foi a FONTE de todas as outras notícias, pelo que entendi (e parabéns pelo furo de reportagem). E para uma notícia primária, uma primeira fonte, ele dava pouquíssimos detalhes do que aconteceu, e ainda colocava informações desconexas (como o título e a alusão ao século 19). E é por isso que eu procurei na internet outras notícias. Pensei: não dá pra confiar nesse post.
Concordo contigo que o texto da Laura Caprigliono está excelente. Se eu tivesse lido este mesmo texto ontem ou anteontem, não relutaria nem por um minuto em usá-lo como fonte. Ele tem muitos detalhes, tratou de ouvir vários lados, e está escrito de forma clara e objetiva. Mas, desculpe, não é o caso do seu post.
Eu escrevo pra jornal desde 98, quase doze anos. Não sou jornalista, não redijo notícias. Escrevo colunas de opinião, críticas de filmes e crônicas. Mas gosto muito de jornalismo, e li jornais minha vida toda. E os jornalistas “estilosos” que vc cita (espero que não esteja se comparando ao Talese) escrevem longas reportagens investigativas, não um texto de poucas linhas. Por exemplo, A Sangue Frio. Ele começa com a descrição do crime, não é? E depois corta, e fala da família vitimada, e de um criminoso, depois do outro, e volta ao crime, e vai e volta, e é fascinante (e frustrante também, puro coito interrompido: eu quero logo ler sobre o crime!). Mas é um livro, não um texto de poucas linhas. E, no caso do Capote, não era a primeira vez que o crime estava sendo narrado. Estilo num livro ou numa longa reportagem, tudo bem. Estilo num texto breve, quando vc quer informar as pessoas sobre um acontecimento, sei não.
Enfim, não quero te dar dicas de nada, mas seu texto não me inspirou confiança. E, como há muitas lendas urbanas que correm soltas na internet (e na grande mídia também—eu acho que cheguei a escrever três posts sobre a brasileira grávida atacada por skinheads na Suíça), fiz questão de compartilhar essa minha relutância com as pessoas que me leem. Mas acho que é um grande mérito seu que um blog tenha pautado os jornais, e não vice-versa, que é o que geralmente acontece. E fico feliz que os jornais não tiveram a minha relutância.
Oi, Lola. Imagina, não precisa pedir desculpas por nada. Eu é que peço desculpas se fui muito brusco em algum ponto da minha resposta.
ResponderExcluirVocê tem razão quando diz que a notícia do post tinha pouca informação. Na verdade, eu mesmo não tinha mais do que isso e não teria tempo ou condições materiais como apurar mais. É uma diferença importante entre a apuração profissional dos jornais e a apuração amadora dos blogs que não vai mudar. Um jornal tem condições de mandar um repórter passar o dia todo no ABC em busca da história, falar com dezenas de pessoas. É por isso que os blogs nunca vão substituir os jornais.
Curto e básico, meu texto contava o essencial. Poderia ter escrito um post três vezes maior com a mesma informação, como é tão comum fazer em jornais, mas achei desnecessário.
Só quis mesmo levantar a bola da história, e fiquei feliz ao ver que uma injustiça como a que essa menina sofreu foi denunciada pelos grandes veículos com tanto destaque, principalmente num texto como o da Laura.
Quanto ao estilo, continuo achando que não é isso que garante credibilidade. Adotar linguagem quadrada, desprovida de "estilo", é o equivalente textual a ler uma notícia de terno e gravata. As pessoas tendem a acreditar mais num mentiroso que se veste certinho, mas ele não deixará de ser mentiroso. Eu contei uma verdade vestindo bermuda e chinelo.
E não acho que "estilo" sirva só para textos longos. Creio que vocÊ pode usar estilo em qualquer lugar, sempre que ficar bom. Talvez eu não tenha sido feliz no meu uso (alguns gostaram, outros não), mas defendo o princípio. Tudo pode ser menos chato e quadrado. Inclusive textos curtos.
Fausto, que bom que já estamos na fase do “no hard feelings”. Eu tento, dentro do possível, comentar notícias que as leitoras (que são maioria; há leitores tb, mas me guio pela maioria) me pedem, e tento não noticiar ou me indignar muito por alguma coisa que não tenho certeza. Como eu disse no comentário anterior, isso aconteceu no caso da brasileira grávida na Suíça. Claro, a gente não tinha como saber que ela estava mentindo, e os jornais só falavam nisso. Eu sabia que muito do que vc conta no seu post era verdade, inclusive porque os vídeos estão aí pra comprovar (estão ainda? Ou a Uniban já os recolheu?). Mas continuo sem achar o título e a introdução adequados. Mesmo assim, vc conseguiu um grande mérito, sem dúvida, que foi chamar a atenção para um fato que talvez ficasse restrito ao YouTube. E lógico, jornais têm equipes e recursos, não dá pra comparar com blogs pequenos como os nossos (ou mesmo blogs grandes).
ResponderExcluirEngraçado que tantas vezes eu tenha que me colocar do lado oposto do que costumo defender. Por exemplo, achei a parte sobre o “gang bang” exagerada. Sinceramente, por mais que turbas sejam imprevisíveis, acho difícil que uma moça fosse estuprada na frente de 700 pessoas. “Os Acusados” é diferente, é um grupo pequeno dentro daquele bar, e mesmo nesse pequeno grupo houve uma pessoa que se indignou e correu de lá (ele chamou a polícia? Faz tempo que não vejo o filme). Eu geralmente sou acusada de exagerar na minha revolta contra o estupro, mas, em linhas gerais, acredito que a maior parte das pessoas é gente boa, que não cometeria crimes.
E isso do estilo também é engraçado. Sempre aparece leitor no jornal que odeia o meu estilo! Principalmente nas críticas de cinema. Eles acham que não fui respeitosa com o filme, que não deveria colocar meu maridão no meio, que deveria contar mais a história do filme etc. Ou seja, que eu deveria escrever como a grande maioria dos críticos de cinema. Mas eu acho que tenho estilo, e pra me defender decidi chamar minhas críticas de crônicas de cinema, porque é isso que elas são. E no entanto, cá estou eu reclamando do estilo de um blogueiro... As voltas que o mundo dá!
Ainda sobre o caso, engraçado (pra nao dizer vergonhoso) esse comentário de que "ela tinha que se dar ao respeito". Se tem que se dar, é porque nao tem, como pre-requisito? ë de uma hipocrisia absurda isso.
ResponderExcluirSei, Lola, então as mulheres podem se vestir como quiser, onde e quando quiser?
ResponderExcluirEntão eu lhe pergunto se vc teria coragem de ir vestida como ela foi pra uma entrevista de emprego, ou para trabalhar no escritório (se vc tiver de trabalhar em escritório? Ou ir numa reunião de negócios? Tenho certeza de q a resposta é negativa!!! E tenho certeza de q a própria aluna causadora disto tudo não teria coragem de ir vestida assim a uma entrevista de emprego ou ao trabalho... Vcs duas, tanto vc quanto a aluna, podem até ser feministas ao extremo, mas não são burras de arriscarem perder uma disputadíssima vaga de emprego ou um emprego q já tenham conquistado...
A razão disto tudo é simples, pra ir pra faculdade, universidade, vale tudo!!! Pode se ir com qualquer roupa, afinal não haverá punição alguma!!! Se a diretoria da faculdade ou os funcionários pedirem para q a mesma se retire ou vista uma calça por baixo do vestido curtíssimo basta ela se recusar a fazê-lo como ocorreu no caso da UNIBAN!!! E pronto, ela queria aparecer e conseguiu aparecer!!! Teve seus 15 minutos de fama!!! Daqui a pouco vai estar no SUPERPOP ou programas similares aproveitando a repercussão do assunto e depois provavelmente vai posar para uma revista nua ou fazer um filminho pornô!!!!
Agora no trabalho e numa entrevista de emprego as mulheres não arriscam irem vestidas assim porque diferentemente do q ocorre na faculdade, elas receberão uma punição se não se vestirem adequadamente. Numa entrevista de emprego seriam sumariamente eliminadas, e no caso de já ter o emprego seriam demitidas em ambos os casos sem sequer receberem uma explicação!!!
Houve erros de ambas as partes, tanto da aluna quanto dos demais alunos q a zoaram... Mas o erro deste foi consequência do erro dela!!! Não q um erro justifique o outro, mas ela errou primeiro!!!!
A única parte q eu gostei de seu post é quando vc afasta a possibilidade de um estupro coletivo na frente de centenas de pessoas... Eu tbm não acredito q seria possível ocorrer algo assim, pela simples razão de q estupro é um tipo de crime cometido às escondidas, ainda q seja cometido por várias pessoas.
Lola, vc disse: "Bearantes, é muita hipocrisia mesmo. Mas tenho a impressão que esse pessoal que grita “Puta! Puta!” pra uma aluna de minissaia seja contra as mulheres nuas no carnaval também, que eles devem considerar tudo “mulher que não se dá o respeito”. Não sei como eles se sentem quanto aos trajes na praia... (apesar do ABC não ter praia)."
ResponderExcluirComo assim, o q tem a ver as roupas q são usadas nas praias, nos clubes, nos bailes funk, nos desfiles de carnaval com o q aconteceu na UNIBAN? A aluna da UNIBAN foi criticada por estar com uma roupa inadequada pra ir às aulas!!!
Todo mundo sabe q há determinado tipo de roupa para cada ocasião e lugar. Alguns podem até fingir q não sabem disto, mas no fundo sabem sim!!!
Há roupas pra ir ao clube, à praia, ao baile funk, ao desfile de carnaval, etc.., situações estas q por usa própria natureza exigem roupas minúsculas!!!
E há roupas pra ir ao shopping, igreja, trabalho, escola, faculdade, universidade, entrevista de emprego, etc.. situações estas q já exigem roupas um pouco maiores do q as anteriores!!!
Só pra exemplificar com um homem, pra não dizerem q sou machista: nunca vi nos shoppings q eu frequente marmanjos só de bermuda de praia sem camisa, com o tórax nu !!!!
Portanto concluo q os q criticaram a menina por estar usando uma roupa mínima na UNIVERSIDADE podem se sentir muito bem ao ver um desfile de escola de samba ou ao ir a um clube ou a uma praia... Pois uma coisa não tem nada a ver com a outra!!!
Pedro Galuchi disse...
ResponderExcluir“(...)
Se as roupas feriam alguma norma ética moral da Universidade caberia alguma atitude da direção da escola.
Aí, quem sabe apareceriam os mesmos estudantes se rebelando contra o autoritarismo da direção da escola.
Pobres idiotas.”
30 de Outubro de 2009 10:14
Atena disse...
“O máximo que devia acontecer em uma sociedade civilizada, se é que isso existe, é que caso a escola tivesse normas a respeito de trajes os 'incomodados' levassem o assunto à direção e a moça fosse convidada a se retirar.”
30 de Outubro de 2009 10:53
O problema é q vcs estão criticando sem ter conhecimento do q realmente aconteceu. O q vcs dizem q deveria ser feito, os alunos ofendidos procurarem a direção da universidade cobrando medidas foi feito!!! O problema é q a direção da faculdade e da universidade procurou a aluna e pediu pra ela se retirar, mas a mesma se recusou dizendo q seu pai só iria buscá-la de carro ao final da aula. Então ofereceram uma calça para q a mesma vestisse e ela se recusou a fazê-lo tbm...!!! Portanto o q vcs dizem q seria a atitude correta a ser tomada, foi tomada... Entretanto a aluna não concordou!!! E aí os demais estudantes resolveram fazer justiça com as próprias mãos!!!
Guilherme, o que preconceito tem a ver com parcialidade? São coisas totalmente diferentes. Toda opinião é parcial. Nem toda opinião é preconceituosa. Vc acha mesmo que um bando de estudantes, que deveriam estar estudando, deveriam se reunir para protestar contra a roupa de uma aluna? Sério mesmo que vc defende isso? Então vc também deve achar que uma mulher não fazer nada contra um homem que lhe passe a mão é tão errado quanto o homem que lhe passa a mão. Não, é pior! Vc diz que ela não se dá ao respeito! Mas o cara que passa a mão na bunda de uma mulher se dá ao respeito, é isso? Se fosse um homem de sunga na universidade, das duas uma: ou mandariam ele se vestir, ou fariam coro de “Bicha! Bicha!”. Porque, sabe, pra um homem fazer algo errado, só sendo gay. Homem hétero está acima do bem e do mal, como sabemos. E vem cá, Gui: a moça não foi à faculdade de biquini. Ela estava usando um vestido.
ResponderExcluirMauricio, até parece que nós, mulheres, possamos fazer o que queremos, onde e quando quisermos! Ainda mais no quesito de “se vestir”. Temos que nos manter sempre arrumadas, senão somos barangas masculinizadas. Mas, ao mesmo tempo, temos que tomar cuidado com o que vestimos. Vc deve saber que, em casos de estupro, uma das primeiras perguntas é “O que vc estava vestindo?”.
Eu e a aluna podemos até ser feministas ao extremo? Quem disse que ela é feminista? Não vi nenhuma declaração dela dizendo isso! Ir de vestido curto não é uma atitude feminista, Mauricio.
Se eu teria “coragem” de ir a uma entrevista de emprego vestindo um mini-vestido? Não é uma questão de coragem pra mim. Eu não sou fã de saias ou vestidos porque eles tiram a minha liberdade. Não posso me sentar como quiser, tenho que ficar me preocupando em cruzar as pernas, essas coisas. De calça eu não penso nessas coisas.
Mas se a tal aluna fosse a uma entrevista de emprego com aquele vestido, o que poderia acontecer? Ela não ser contratada. Seria o máximo. Não acho que organizariam um grupo para cercá-la e chamá-la de “Puta! Puta!”.
Ela disse que foi à faculdade com o microvestido porque iria a uma festa em seguida. Mas e daí, sinceramente? Por que o modo que ela estava vestida te incomoda tanto? E jura que vc acha que a moça não recebeu uma punição por ir vestida assim? Ser humilhada e xingada em público por dezenas de pessoas não é uma punição? E ela não foi “criticada” pela roupa. “Criticada” seria alguém chegar pra ela e dizer, gentilmente, “Olha, acho seu vestido muito curto”. Não um monte de gente xingá-la de “puta”.
Vc não tem muita noção das barbaridades que escreve, tem? Os alunos foram “fazer justiça com as próprias mãos”?
E não se dê o trabalho de dizer que não é machista. Vc está num blog feminista. A gente sabe identificar um machista de longe.
Por favor, use os pontos de exclamação com economia. Um só no final de cada frase já basta.
É sempre esse blablablá, não justifica, maaas... insira aqui uma asneira qualquer.
ResponderExcluirPorque a roupa da moça incomoda tanto?
Aposto que ele fazia parte do grupo e tá querendo justificar o ato. Só pode.
Lola, mais uma notícia interessante sobre esse caso:
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u645987.shtml
Nota: nessa aqui, até o nome da moça foi mencionado, não sei se foi porque ela quis ou não, já que em uma outra notícia ela disse que queria permanecer em anonimato.
Lola, ela deu uma entrevista que já está no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=XJsbzpTYbc0
ResponderExcluirO vestido não é curto. Não é "uma blusa que mal chegava às coxas e mostrava as roupas íntimas". É um absurdo! Mas concordo com vc, a maioria foi na onda, mal deve ter visto a roupa que ela estava usando...
não me entenda mal, mas porque dar importancia á este caso.
ResponderExcluirMeu apoio a moça e meu repudio a turba.
Acredito que não meracia textos tão longos
me explico: lógico que algo quando algo nos perturba deve ser falado, e escrever com o proposito de elucidar o leitor sobre algo e expressar opinão é o bem mais valioso que temos (assim quanto o direito de usar a roupa que quer e a maquiagem que quer)
ResponderExcluirMas também pergunto se ao escrever sobre não é prolongar algo que qualquer pessoa de bom senso (como você e leitores do seu blog) repidiam
tanto
olha, reclamar da falta de respeito e piada, vindo de uma sociedade que nao se da o respeito. Agora a mulher semi-nua e vitima. Mas ela so faz parte dessa sociedade podre que esta destruindo o respeito, o casamento, enaltecendo o homossexualismo. Tudo e "relativo"; "minha verdade", "sua verdade". "diversidade" tudo muito bonitinho e ordinario. so gente que acredita em Deus e que e humilhado, cuspido e ridicularizado. gays invadem igrejas, investem contra criancas e tudo e "apenas um tipo de amor"; intolerancia gay e sua parada gay, que nossos filhos pequenos precisam ficar em casa. agora vem com essa de um peso e uma medida so. Os talibas do sexo, a midia, esta construindo isso ai mesmo. Um monte de gente que nao se respeita. Nao so do lado da galera que passou a insultar, mas da "mulherzinha" cara de pau TAMBEM.
ResponderExcluirBem lola, você já deu provas suficientes que é completamente feminista, não consegue parar pra pensar nos 2 lados da moeda...
ResponderExcluirE aonde que eu disse que a atitude tomada foi certa?
Ambos os lados estavam errados...
Quer dizer que se eu for na faculdade sem camisa e fizerem um coro de Bicha pra mim não tem problema, correto?
Porque Bicha pode, mas puta não!
Não é assim que eu vejo, uma pessoa tem que se respeitar e ser respeitada, independente do sexo, raça ou religião, mas agora, se uma pessoa não tem o bom senso de ir para uma FACULDADE com uma roupa decente, ai ela está pedindo...
(note que em nenhum momento acho a atitude que foi tomada certa, mas também não concordo com a roupa que ela foi, a atitude correta inclusive foi tomada, mas não foi aceita por ela...)
Sobre passar a mão e deixar passar nenhum dos 2 se da ao respeito, tanto quem passou quanto quem deixou ser passado (tirando momentos íntimos claro), eu duvido muito que se ela tivesse cortado a onda do pessoal logo no inicio, isso teria acontecido...
E sobre o fato dela não ter ido a faculdade de bikini, bem, se você preferir usar outra comparação como um homem sem camisa e de shorts curtinho está ok pra mim, mas não era esse o ponto que eu queria chegar...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCaramba, agora estou confuso! Todos os dias vejo na TV, nas revistas, nas músicas de Axé e Funk, mensagens de valorização e exposição do corpo feminino como exemplos a serem seguidos e todo mundo acha bacana e quem vê exagero nisso é taxado de censor. No Twiter a galera pede para a mulherada se fotografar de lingerie, as menininhas atendem e são louvadas como modernas, liberais e bem resolvidas. E aí, vem essa onde de moralidade digna de taleban. O que aconteceu nesse meio tempo? Perdí alguma coisa? O que se passa com essa molecada "muderna"? As menininhas que posaram para o twiter? Elas são putas também? Lembro que muitos homens defendiam com unhas e dentes o Lingerie Day neste mesmo espaço, usar roupa justa por conta própria é puta, mandar fotos seminuas para desconhecidos na internet não é? Qual é o critério? Os que pediram o Lingerie Day, são do mesmo pensamento dos moleques da Uniban? Cadê a voz desses caras em defesa da Geisy?
ResponderExcluirÉ de chocar que muitas mulheres e meninas caiam nessa incoerência, de fazer coro com um bando de moleques que pedem para umas se despirem e apedrejam outras. Será que a maioria ainda não entendeu a mensagem que esses episódios passam, o que vai ser julgado certo ou errado depende única e exclusivamente do prazer gerado a esses caras, se serve para se vangloriarem de pedir e serem atendidos com fotinhos para uma transinha com a mão ou serve para humilhar o que eles consideram inferior.
Destesto o argumento do “se ela não se dá ao respeito...”, mas aqui cabe, mulher, ou melhor, ser humano, independente de gênero, que não se dá ao respeito é a quem acha bem feito o que fizeram com Geisy. Aceitando como normal esse tipo de manifestação ninguém mais sabe quais serão as bolas da vez da intolerância.