Não faço a menor ideia de como falar sobre A Origem sem encher de spoilers, então minha única dica é para que você veja o filme o quanto antes e me avise, para eu poder escrever algo mais coerente. Por enquanto, só posso falar umas coisinhas: é um filmaço, o melhor de 2010 até agora (ok, sei que a concorrência anda desleal). E é o quinto acerto consecutivo do diretor inglês Christopher Nolan. Não dá pra considerar muito seu trabalho de estreia, The Following, que só eu vi (la la la la la la – visualize a Lolinha fazendo dança de deboche). Que não tem nada de ruim, mas suspeito que se fosse bom eu me lembraria dele. Depois de sua estreia, ele fez Amnésia, que é simplesmente fantástico, e se você não viu, você tem problemas, Insônia, que talvez seja o mais fraco de sua carreira, mas ainda assim ver um Al Pacino insone e um Robin Williams vilão está bem acima da média, Batman Begins, que eu revi outro dia e continua incrível, O Grande Truque, que é bárbaro e cruel e muito gostoso de assistir, e Cavaleiro das Trevas, que não é um grande filme apenas pela interpretação inesquecível do Heath Ledger, apesar de que isso ajude. E agora A Origem. Hoje em dia, provavelmente só o Taranta tem um currículo tão formidável, tão sem tropeços assim. Pô, são cinco grandes filmes em seis (tô descontando Insônia, e não conto The Following). Isso em pouco mais de dez anos de carreira, e o cara é jovem, não tem 40 ainda. A gente fica quase torcendo pra que ele cometa um deslize.
E o mais interessante é que Christopher escreve seus roteiros e adora tramas complicadas. Muita gente coça a cabeça ao ver Amnésia, que é até bastante simples, mas narrado de trás pra frente, com uns flashbacks inseridos em preto e branco. Às vezes o Grande Truque é confuso por não apenas ter o double (o Hugh Jackman é rival e, ao mesmo tempo, cópia do seu inimigo, Christian Bale), mas o trio (não sei como Freud chamaria um double que são três). Até os dois Batmans do Christopher são muito mais complexos, com mais nuances, que os dos anos 80 e 90. E Origem tem tantos níveis, tantos subconscientes, que dá a maior vontade de ver de novo só pra poder pescar evidências que sustentem a sua interpretação.
É, porque não espere um produto quadradinho e com respostas prontas. Origem termina em aberto, e é você quem decide. E isso pode ser frustrante pra algumas pessoas, entendo. Na minha sessão, um espectador gritou “Filho da p*ta!”, visivelmente dirigido ao diretor e seu corte na última imagem. Mas tenho certeza que é indignação de quem amou o filme. Do meu lado, um rapaz sozinho não se cansava de suspirar e dizer “Massa!”. Saiu com um sorriso no rosto, atordoado com tudo que viu.
Nem posso contar muito da história. Só um tiquinho, então: Leonardo DiCaprio, sempre perfeito (como que alguém que viu, sei lá, Foi Apenas um Sonho ou Infiltrados, pode dizer que ele não é um super ator?), faz uma espécie de espião profissional que entra nos sonhos de altos executivos para roubar segredos. Junto com uma equipe, composta principalmente pelo Joseph Gordon-Levitt (eu nem sabia quem era durante o filme, mas é o meio sem-sal de Stop-Loss e 500 Dias com Ela. A Origem é seu melhor papel, mas quando que ele vai cortar um dos sobrenomes pra permitir que eu guarde seu nome?), ele comete “extrações” de informações importantes. O problema é que sua mulher já morta, Marion Cottilard (Oscar por La Vie en Rose; parece uma femme fatale de film noir), invade os sonhos pra avacalhar, digamos assim, em bom português. O lindo e sexy Ken Watanabe (O Último Samurai, Memórias de uma Gueixa) o contrata para fazer uma inserção de um pensamento (um início de uma ideia, o inception do título original) na mente de um jovem herdeiro, o Cillian Murphy (o Espantalho de Batman Begins, o sobrevivente em Extermínio, o psicopata em Voo Noturno). Pra essa arriscada missão, Leo chama uma aluna de arquitetura, a Ellen Page (eternamente Juno). Em uma das maiores homenagens aos arquitetos na história do cinema, Ellen tem que bolar cidades inteiras no sonho, “pure creation", como ela diz. Há também outros rostinhos famosos no elenco, como Michael Caine (que dispensa referências), e dois atores que estão envelhecendo mal e que eu nem reconheci: Lukas Haas (ele foi o menininho de A Testemunha), e Tom Berenger (o sargento malvado de Platoon). Há ainda um bonitão que vai dar o que falar, um tal de Tom Hardy, totalmente à vontade como o integrante mais descolado do grupo.
E olha que atores de primeira nem seriam necessários pra um filme de ação repleto de detalhes. Tanta coisa pra adorar em Origem... Um testamento em forma de catavento, um pião que não para de girar... Achei o fato de todas as projeções do sonhador olharem pro invasor um enorme pesadelo. Deu medo mesmo. E isso de de borrar as fronteiras entre fantasia e realidade é um pouco como Matrix, mas num nível individual. Matrix é muito mais político, porque é o sistema que disfarça a realidade. Origem é burguês, o que não é necessariamente uma ofensa, nem que seja vinda de mim. Ambos são excelentes e fazem pensar: será que o que vivemos como realidade é real mesmo? Esta colher é uma colher?
Quem sabe eu tenha amado Origem porque os sonhos que mostra, cheios de adrenalina, são parecidos com os meus. Meus sonhos parecem filme de ação de Hollywood. Quem tem sonho bergmaniano em que se joga xadrez com a morte é o maridão. Os meus são a maior correria. Não tem perseguição de carro nem explosões, e acho que nem muito tiroteio, mas, tirando esses pormenores, tá tudo lá. E isso vindo de uma mente que absolutamente ninguém invadiria pra roubar os segredos, porque... eu não tenho segredos. What you see is what you get (pouquinho, né?). Ahá! Mas talvez alguém queira entrar na minha mente pra implantar o início de uma ideia. Já imaginou? “Vote Serra. Vote PSDB. A direita é o melhor caminho...". Acho que nem assim, viu?
Leia mais sobre este filme fascinante aqui e aqui (com muitos spoilers).
E o mais interessante é que Christopher escreve seus roteiros e adora tramas complicadas. Muita gente coça a cabeça ao ver Amnésia, que é até bastante simples, mas narrado de trás pra frente, com uns flashbacks inseridos em preto e branco. Às vezes o Grande Truque é confuso por não apenas ter o double (o Hugh Jackman é rival e, ao mesmo tempo, cópia do seu inimigo, Christian Bale), mas o trio (não sei como Freud chamaria um double que são três). Até os dois Batmans do Christopher são muito mais complexos, com mais nuances, que os dos anos 80 e 90. E Origem tem tantos níveis, tantos subconscientes, que dá a maior vontade de ver de novo só pra poder pescar evidências que sustentem a sua interpretação.
É, porque não espere um produto quadradinho e com respostas prontas. Origem termina em aberto, e é você quem decide. E isso pode ser frustrante pra algumas pessoas, entendo. Na minha sessão, um espectador gritou “Filho da p*ta!”, visivelmente dirigido ao diretor e seu corte na última imagem. Mas tenho certeza que é indignação de quem amou o filme. Do meu lado, um rapaz sozinho não se cansava de suspirar e dizer “Massa!”. Saiu com um sorriso no rosto, atordoado com tudo que viu.
Nem posso contar muito da história. Só um tiquinho, então: Leonardo DiCaprio, sempre perfeito (como que alguém que viu, sei lá, Foi Apenas um Sonho ou Infiltrados, pode dizer que ele não é um super ator?), faz uma espécie de espião profissional que entra nos sonhos de altos executivos para roubar segredos. Junto com uma equipe, composta principalmente pelo Joseph Gordon-Levitt (eu nem sabia quem era durante o filme, mas é o meio sem-sal de Stop-Loss e 500 Dias com Ela. A Origem é seu melhor papel, mas quando que ele vai cortar um dos sobrenomes pra permitir que eu guarde seu nome?), ele comete “extrações” de informações importantes. O problema é que sua mulher já morta, Marion Cottilard (Oscar por La Vie en Rose; parece uma femme fatale de film noir), invade os sonhos pra avacalhar, digamos assim, em bom português. O lindo e sexy Ken Watanabe (O Último Samurai, Memórias de uma Gueixa) o contrata para fazer uma inserção de um pensamento (um início de uma ideia, o inception do título original) na mente de um jovem herdeiro, o Cillian Murphy (o Espantalho de Batman Begins, o sobrevivente em Extermínio, o psicopata em Voo Noturno). Pra essa arriscada missão, Leo chama uma aluna de arquitetura, a Ellen Page (eternamente Juno). Em uma das maiores homenagens aos arquitetos na história do cinema, Ellen tem que bolar cidades inteiras no sonho, “pure creation", como ela diz. Há também outros rostinhos famosos no elenco, como Michael Caine (que dispensa referências), e dois atores que estão envelhecendo mal e que eu nem reconheci: Lukas Haas (ele foi o menininho de A Testemunha), e Tom Berenger (o sargento malvado de Platoon). Há ainda um bonitão que vai dar o que falar, um tal de Tom Hardy, totalmente à vontade como o integrante mais descolado do grupo.
E olha que atores de primeira nem seriam necessários pra um filme de ação repleto de detalhes. Tanta coisa pra adorar em Origem... Um testamento em forma de catavento, um pião que não para de girar... Achei o fato de todas as projeções do sonhador olharem pro invasor um enorme pesadelo. Deu medo mesmo. E isso de de borrar as fronteiras entre fantasia e realidade é um pouco como Matrix, mas num nível individual. Matrix é muito mais político, porque é o sistema que disfarça a realidade. Origem é burguês, o que não é necessariamente uma ofensa, nem que seja vinda de mim. Ambos são excelentes e fazem pensar: será que o que vivemos como realidade é real mesmo? Esta colher é uma colher?
Quem sabe eu tenha amado Origem porque os sonhos que mostra, cheios de adrenalina, são parecidos com os meus. Meus sonhos parecem filme de ação de Hollywood. Quem tem sonho bergmaniano em que se joga xadrez com a morte é o maridão. Os meus são a maior correria. Não tem perseguição de carro nem explosões, e acho que nem muito tiroteio, mas, tirando esses pormenores, tá tudo lá. E isso vindo de uma mente que absolutamente ninguém invadiria pra roubar os segredos, porque... eu não tenho segredos. What you see is what you get (pouquinho, né?). Ahá! Mas talvez alguém queira entrar na minha mente pra implantar o início de uma ideia. Já imaginou? “Vote Serra. Vote PSDB. A direita é o melhor caminho...". Acho que nem assim, viu?
Leia mais sobre este filme fascinante aqui e aqui (com muitos spoilers).
Amei o filme. Saí do cinema totalmente sem palavras. Só conseguia pensar em como eu precisava ver o filme de novo. Aliás, foi só isso que consegui escrever na minha review no http://www.moovee.me/ hahaha
ResponderExcluirFaz logo o post cheio de spoilers. É só avisar, que aí quem não viu o filme ainda simplesmente deixa pra ler depois =)
Cronica de cinema na sexta???
ResponderExcluirPh..bem a semana foi corrida. ^^
O Nolan tem mandado muito bem mesmo. Eu torço é p/ que ele continue acertando.
E acho legal como ele trabalha com certos atores como o Caine e o Murphy.
Caramba ele fez até o Christian Bale ser um bom autor, eheheheh
Enfim, todo filme que ele dirigir eu vou ver com expecitativa.
ALERTA DE SPOILER!
ResponderExcluir____________________________
Eu vi o filme, já lola. o que li as pessoas escreverem sobre até me fez gostar um pouquinho mais. Mas a verdade é que achei meio vago e inconsistente. Senti falta de uma teoria do sonho, um nó cognitivo que tornasse mais crível aquelas nuances todas - ficar sedado dentro do sonho foi demais para mim. Agora que vc falou da sua identificação pensei que pode ter sido isto o que me fez desgostar: meus sonhos mais Bergmanianos, certamente, e em preto e branco, pra completar. Numa coisa concordamos: Ken Watanabe a cada dia mais lindo e sexy, passei muito mal! Hahahah. beijos.
Off, só para lembrar, hoje é Sexta-Feira 13 de Agosto e a noite vai ser de Lua Cheia.
ResponderExcluirAqui em São Paulo é o Dia do Vampiro, e tb é aniversario do Pato Donaldo...
Então já sabem, depois do anoitecer, cuidado com patos vampiricos.
heheheeh
Hi Lola...
ResponderExcluirTbm sai do filme sorrindo, repetindo pra mimmsmo que precisava ver o filme de novo.. e brigando com uma amiga que dormkiu mais da metade do filme e saiu reclamando que o filme era uma merda (por causa do final)...
Achei genial...
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(sPOILLERS)
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Sobre o fim... acho que o pião cai... Se não caisse, a tese não se sustentaria... e ele não teria pq girar o pião..
Além do mais, se a esposa dele estava morta, como ele faria pra construir a imagem perfeita do rosto dos seus filhos?
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(FIM DOS SPOILLERS)
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Enfim, preciso ver esse filme, mais umas 3 ou 4 vezes, pra captar todos os detalhes..
Thiago Beleza
Nossa Lola, acabei de postar um texto enorme no blog sobre o filme e a carreira do Nolan.
ResponderExcluirE acho que é justamente o que você disse, o cara está fazendo uma carreira ótima. E veja que ele demora um tempo pensando seus filmes, assim como o Tarantino. Mas o que me deixou mais pasma é que todos os filmes dele tem essa construção de realidade x ilusão. Ele sempre trabalha com esses elementos de memória, duplicidade, sonhos, falta de sono, disfarces, limites, arquétipos, sombra e luz.
E A Origem é um filme que não se pode saber muita coisa mesmo para se gostar. Adoro quando o Eames matuta o plano para plantar a idéia, ele descreve maneiras como idéias crescem, como fixam, que tem que ser sempre pelo mais simples. É realmente uau! Um filme muito acima da média e sério candidato a melhor filme do ano. Porque mesmo quem não gostou tem que assumir que é uma idéia nova, que o roteiro pode não ter profundidade, mas é algo algo novo. Fora o visual que é fantástico, especialmente para arquitetos.
Eu já queria asssistir, agora então!!
ResponderExcluirVou tentar ver o 3d!!
AH! Pra quem é de Sampa, hj tem Noitão no Belas Artes - 3 filmes pelo preço de um, começa as 00h e vai até mais ou menos as 6h, com direito a café da manhã na saida do cinema - Entrada R$18 e 9 pra quem tem idreito a meia.
E como disse Lord Anderson. sexta feira 13 de agosto, lua cheia ainda por cima?!
Os filmes do noitão serão de terror. REC e REC dois mais filme supresa...
Super vale a pena, já até comprei meus ingressos!
"Mas talvez alguém queira entrar na minha mente pra implantar o início de uma ideia. Já imaginou? "
ResponderExcluirBOA! kkkkkkkkkkkkkk
Ia esperar pra ver em casa por causa dos precinhos simbólicos aqui em SP, mas acho que vale a pena ir no cinema.
Verei!
Mais um off. Mal ai
ResponderExcluirUma revista chamada Tabula fez uma lista com as 50 mulheres essenciais do Twitter Brasileiro -
http://revistabula.com/1709
Quem acessa o twitter concorda?
Lola,
ResponderExcluirtambém gosto muito dos filmes do Nolan, ele faz uma boa bagunça na cabeça da gente. Pra um cara que acaba de completar 40 anos, a carreira impressiona.
Concordo com você, é provavelmente o melhor filme que vi este ano e com certeza estará no Oscar ano que vem. Além disso, faz um ótimo uso dos efeitos especiais, algo meio raro na Hollywood atual. Não é muito comum CGI em sintonia com um excelente roteiro...
Fiquei chocada com o Tom Berenger! :P E o Tom Hardy eu só me lembro como Handsome Bob no Rocknrolla. Ele fez um bocado de TV na Inglaterra. O Joseph Levitt eu me lembro mais como o alienígena mirim do ótimo seriado Third Rock from The Sun, com o John Lithgow.
Falei sobre o filme também lá no blog, evitando os spoilers. Se bem que esse é um filme com tantos detalhes, tantas nuances, que nada do que a gente falar pode fazer muito estrago. Mas recomendo muito pra quem ainda não viu.
bom finde!
Lola,
ResponderExcluirFiquei com vontade de ver. Agora é esperar sair em DVD, visto que moro no c* do mundo, onde o cinema pode até passar este filme, mas talvez quando ele já estiver em DVD...
Eu vi Amnésia duas vezes no cinema. Pra entender mesmo. E acho o filme genial. Nem sabia que os outros filmes eram dele, exceto o Insônia, que eu gosto bastante também.
Amei o filme, amei tudo, até o final!
ResponderExcluirLeo DiCaprio é mesmo incrível. E pode fazer o post completo, esse filme merece.
HAHAHHA adorei o final do seu texto! nem assim, com certeza!
Louca pra ver A Origem e depois do seu post, agora louca pra ver Amnésia e O Grande Truque também... rs
ResponderExcluirNão acredito que ainda não tenha visto nada desse cara, nem vou ler os outros comentários pra não ler nenhum spoiler sem querer, rs
Bjus Lola!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO filme não ficou em aberto, não. Durante o filme há indícios para percebermos a sua conclusão. Alguém viu Repo Man?
ResponderExcluirE não concordo que Leonardo da Vinci, ups, di Caprio teve o papel da sua carreira, visto que Tom Hardy (não o escritor, que esse era Thomas) rouba as cenas.
Para não escrever tudo de novo aqui, para os que querem saber por quê o filme não ficou em aberto, deixo o link:
http://montedepalavras.blogspot.com/2010/08/inception-origem.html
"Na minha sessão, um espectador gritou “Filho da p*ta!”"
ResponderExcluirAcho que vc estava do meu lado. Foi exatamente essa a minha reação. Nolan é um fidaputa de primeira categoria. Só ele pra criar uma luta em um hotel sem gravidade e fazer sentido. Incrível!
By the way, Lolinha, eu preciso que vc responda meu último email.. hehehe
Lola, achei o filme confuso, e não é como Matrix, que cria aquele universo lá, mas arruma uma justificativa plausível, mesmo que furada, mas funciona dentro daquele contexto. E nesse eu não percebi isso. Eu gostei do filme, mas cada dia mais eu vou gostando menos, porque o filme faz menos sentido pra mim. No filme ele continua no sonho. Entrou em tanto do sonho que nao sabe mais onde ele tá. O q é real e o q não é. Mas todo sonho tem fim, e ele ta crente que aquilo lá é real. O que acontece se o sonho acabar? Ele entra automatico no proximo sonho? E de quem é aquele sonho q ele ta sonhando? Porque ele entra nos sonhos alheios. Alguém tava sonhando com a vida dele? Na casa dele, com os filhos dele? Enfim... Mil coisas.
ResponderExcluirLola, não sei se você já viu esse vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=_COH1ca2RRg (O dia em que a Globo desnudou Serra e a oposição)
ResponderExcluirNunca que eu pensei que em um canal da Globo, eles falariam mal do Serra e do PSDB e a favor da Dilma e do PT.
Eu adorei esse filme!Eu até escrevi lá no blog que se fosse produtora de hollywood daria um cheque em branco toda vez que o Christopher Nolan tivesse uma idéia.
ResponderExcluirTambém tenho sonhos James Bond style, e de outros tipos também. Pois é, todo mundo fica comparando com Matrix, mas acho que são diferentes, apesar das semelhanças (fez sentido isso?). Aliás, esse filme me lembra mais Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças.
O Joseph Gordon Levitt me lembra o Heath Ledger, parece irmão mais novo dele.
O Tom Hardy fez o Heathcliff numa dessas versões da BBC para O Morro dos Ventos Uivantes, super charmoso.
Comento do fim no post com spoilers. :)
“A origem”
ResponderExcluirMesmo que levássemos em conta apenas a superfície imediata do entretenimento, o filme superaria a média industrial hollywoodiana. Nem tanto por mérito do jovem e talentoso Cristopher Nolan, mas graças ao arrojo técnico empregado para contar sua história mirabolante. Os efeitos visuais atingem um grau de ilusionismo assombroso. A edição é exemplar. Prêmios técnicos não faltarão ao filme.
Há, no entanto, um pequeno detalhe.
A música “Je ne regrette rien”, cantada por Edith Piaf, surge freqüentemente, servindo a necessidades dramáticas. Os protagonistas a utilizam como uma espécie de gatilho para retornar das viagens pelos sonhos. Depois que os inconscientes foram devidamente treinados, basta-lhes ouvi-la e todos despertam imediatamente, salvando-se de apuros eventuais.
Mas trata-se também de uma referência exterior ao próprio filme: a canção desloca nosso raciocínio da personagem-chave “Mal” para sua intérprete, a francesa Marion Cotillard. Pois é impossível não lembrar a própria Cotillard no papel de Edith Piaf, cantando exatamente “Je ne regrette rien”.
Enquanto “Mal” só existe no mundo onírico, a identificação da atriz com seus trabalhos anteriores faz sentido apenas no plano dos espectadores conscientes. A citação extrai os personagens de suas imersões pela fantasia e ao mesmo tempo nos retira de “A origem” (ou do “sonho” representado pelo filme) para devolver-nos à realidade exterior.
Se qualquer outra canção preservasse o mesmo sentido conveniente à trama (“não lamento nada”), as lucubrações acima virariam delírios absurdos. Mas a escolha dessa música, entre inúmeras possíveis, é precisa e enriquecedora demais para soar casual. E assim descobrimos a essência do código metalingüístico em sua plena realização.
http://guilhermescalzilli.blogspot.com/
"Joseph Gordon-Levitt (eu nem sabia quem era durante o filme, mas é o meio sem-sal de Stop-Loss e 500 Dias com Ela. A Origem é seu melhor papel"
ResponderExcluirVocê precisa seriamente de aprender alguma coisa sobre cinema e ver alguns excelentes filmes com o Joseph Gordon-Levitt.
Veja "Mysterious Skin", "Brick", "Manic", ...
Ai Lola, impaciencia essa que eu tenho com gente arrogante, pedante... Manda pastar, por favor.
ResponderExcluirNão é, Vitorzinho?! Falta de educação! Eu achava que tava subenentendido que A Origem é o melhor papel do Joseph Mais Dois Nomes entre os filmes que vi. O sujeito podia ter recomendado que eu visse outros filmes do Três Nomes sem dizer "vc precisa aprender alguma coisa sobre cinema". É a diferença entre ser boa gente, dar dicas, compartilhar seu conhecimento, e ser pedante e convencido. Por que que eu desconfio que pessoas assim não têm muitos amigos?
ResponderExcluirVerdade. Enfim, eu vi Mysterious Skin e adorei. Inclui ate na minha lista de melhores da decada no meu blog. Acho q vc ia curtir tambem =)
ResponderExcluirNão entendo essa sua birra com três nomes. Quero dizer, até entendo (é realmente difícil de gravar), mas acho tão charmoso... meu sonho era ter nome bem comprido.
ResponderExcluirE concordo com a (acho que é a) Kaká, O Joseph Gordon Levitt parece mesmo irmão mais novo do Heath Ledger.
E também conheço do Tom Hardy de O Morro dos Ventos Uivantes. Mas não o achei grande coisa lá....quero dizer, gostei muitíssimo da sua atuação e da força do seu olhar (minha mãe adorou) mas não era o Heathcliff para mim.
Amanhã irei reassistir o filme. Quem sabe assim consiga fazer as pazes com o final.
Amei o filme, que além de tudo é cheio de arquétipos, Ariadne...
ResponderExcluirFiquei o tempo todo com um sorriso bobo no rosto.
Engraçado, sempre lembrei do Joseph Gordon-Levitt justo por causa do nome estranho dele. Também ajudava que eu assistia 3rd Rock from the sun (com ele novinho), então foi bastante tempo vendo o nome dele aparecer na apresentação.
ResponderExcluirAchei inception ótimo. **aviso de spoiler** No final das contas achei improvável o personagem do Leonardo Dicaprio estar de volta à realidade, as crianças não tinham crescido, estavam no mesmo lugar de antes. E ele nem parou pra olhar e ver se o pião tinha parado, já que não importava mesmo a resposta, ele estava feliz.
Final aberto é a maior diversão e faz as pessoas pensarem, discutirem o filme depois, a experiência se prolonga. Achei que combinou com o gênero da trama.
lola, nossa blogueira progressista: lolaranovich-progressista, pode ser?
ResponderExcluir;)
EU adorei inception- super entretenimento, mas, será que foi só a mim que encomodou mais uma vez a construção da mulher doidona, tipo a encarnação do mal, que tenta levar o cara pro inferno? tipo, parecidíssimo com o ...afff, como era mesmo o nome, o Anticristo- Será que eu estou alucinando? mas pensei nisso desde o princípio. Em outro aspecto, eu cheguei atrazada e perdi o comecinho, mas fiquei divagando se, será que tudo ñ era projeção dele mesmo, ou seja, um exorcismo de sua própria relação com o pai, já que foi seu pai quem o 'ensinou' tudo?