Nós, mulheres, temos que seguir um monte de exigências, e nem pensamos nelas. Só obedecemos. Essa é a melhor forma de dominação, decerto: incorporar uma ordem a nossa vida que a gente siga automaticamente, sem pensar. E, se alguém indagar por que fazemos isso, respondemos: “Ah, porque EU quero. É minha preferência pessoal usar batom/viver fazendo dieta/colocar creminhos/fazer cirurgia plástica/alisar o cabelo/clarear a pele/gastar todo o meu salário em roupas/usar salto alto. Eu faço porque gosto!”. Como se a gente não sofresse influência diária, desde que nascemos, para ser assim. E ainda por cima pra não reclamar de ser assim! E depois ainda passamos o resto da vida policiando as mulheres que se atrevem a não seguir o manual do “eu faço porque gosto”.
Isso de que “o feminismo trouxe muitas conquistas, mas também trouxe tantas exigências... Às vezes penso se não estávamos melhor antes” eu ouvia quando era criança, trinta anos atrás. E continuo ouvindo hoje. Dizer que o “feminismo venceu”, que conseguimos tudo que queríamos, viva!, que o feminismo não tem mais razão de ser, é coisa de alienado. É fechar os olhos. Estou lendo meu primeiro romance canadense, The Edible Woman (A Mulher Comestível), de Margaret Atwood, que ela escreveu em 1965, quando a realidade da mulher no Canadá era cursar faculdade, ter um emprego monótono e inútil, sem chances de seguir uma carreira (carreiras eram pra homens), até a hora de casar, e assim poder abandonar o trabalho inútil. Margaret só conseguiu publicar o livro em 69, e escreveu num prefácio dez anos depois: “O tom do livro parece mais contemporâneo hoje que em 1971, quando acreditávamos que a sociedade iria mudar muito mais rápido do que parece”. E acrescenta: “Os objetivos do movimento feminista não foram alcançados, e aqueles que dizem que estamos vivendo numa era pós-feminista estão ou tristemente enganados ou cansados de pensar no assunto”. Acho que isso continua válido até hoje.
Ao mesmo tempo, estou lendo The Bell Jar (A Redoma de Vidro), de Sylvia Plath, escrito em 1961, antes do estouro do feminismo. Quero dizer, melhor explicar: o feminismo mesmo começou em 1848, quando algumas mulheres começaram a exigir poder de voto. Essa primeira onda vai até 1920 (quando conquistaram o voto), ou até 1948. Aí começa a segunda onda do feminismo, com a invenção da pílula anticoncepcional em 1961, e a publicação do clássico A Mística Feminina em 63. Mas um movimento mesmo, o NOW (National Organization for Women), só foi criado em 66. E o troço só tomou força a partir de 68 (agora estamos na terceira onda, iniciada nos anos 90).
Enfim, vamos a Sylvia (o trecho que selecionei é um pouco longo, mas vale a pena. Perdoem a tradução capenga, que é minha):
“Tentei imaginar o que seria se Constantin fosse meu marido.
Significaria acordar às sete e fazer ovos pra ele e bacon e torradas e café e ficar enrolando para lavar os pratos sujos e fazer a cama, enrolando na minha camisola e nos meus bobs no cabelo depois que ele fosse trabalhar, e aí quando ele voltasse pra casa após um dia agitado e fascinante ele esperaria um grande jantar, e eu passaria a noite lavando mais pratos sujos até que eu caísse na cama, totalmente exausta.
Essa parecia uma vida triste e desperdiçada para uma garota com quinze anos de notas máximas, mas eu sabia que isso era o que o casamento era, porque cozinhar e limpar e lavar era só o que a mãe de Buddy Willard fazia da manhã até a noite, e ela era a mulher de um professor universitário e tinha sido uma professora de escola ela mesma.
Uma vez quando visitei Buddy encontrei a Sra. Willard tricotando um tapete de lã com tecido dos ternos usados do Sr. Willard. Ela ficou semanas naquele tapete, e eu admirei os marrons e verdes e azuis entrelaçados no padrão, mas depois que a Sra. Willard terminou, ao invés de pendurar o tapete na parede como eu teria feito, ela o pôs no chão no lugar do seu capacho de cozinha, e em poucos dias ele estava cheio de terra e banal e indistinguível de qualquer outro capacho que você pode comprar por um dólar numa lojinha qualquer.
E eu sabia que apesar de todas as rosas e beijos e jantares que um homem despejava numa mulher antes de casar com ela, o que ele secretamente queria quando a cerimônia de casamento terminasse era que ela se nivelasse debaixo de seus pés como o capacho da Sra. Willard.
Minha própria mãe não me contou que tão logo ela e meu pai deixaram Reno em sua lua de mel [...], meu pai disse a ela, 'Ufa, isso é um alívio, agora podemos parar de fingir e sermos nós mesmos'? - e daquele momento em diante minha mãe nunca mais teve um segundo de paz.
Também lembro de Buddy Willard dizendo de uma forma sinistra e sábia que depois que eu tivesse filhos eu iria me sentir diferente, eu não iria mais querer escrever poemas. Então comecei a pensar se talvez fosse verdade que quando você se casa e tem filhos é como sofrer uma lavagem cerebral, e depois você fica tão entorpecida quanto um escravo em algum regime particular e totalitário” (68-9).
Essa é a grande Sylvia Plath, que escreveu isso em seu único romance, em 1961. A poetisa americana casou-se com um poeta famoso, Ted Hughes, e juntos tiveram dois filhos. Ela teve depressão a vida inteira. Nesse romance, uma autobiografia disfarçada, ela conta que só foi verdadeiramente feliz quando era criança. Ted e ela foram morar em Londres, Ted não foi muito bacana e começou um caso com outra mulher, ele e Sylvia se separaram. E um belo dia Sylvia acomodou suas crianças num quarto com leite e biscoitos, abriu as janelas, vedou a porta com uma toalha, trancou o quarto, tomou montes de analgésicos, ligou o gás do forno e pôs a cabeça lá dentro. Quando a babá chegou na manhã seguinte, Sylvia estava morta aos 30 anos, e as crianças estavam com muito frio. Sylvia tinha vários diários, pois os escrevia desde os 11 anos, e Ted destruiu parte deles e proibiu que o restante fosse lido ou publicado antes de cinco décadas da sua morte (ou seja, em 2013). Ele diz que fez isso para preservar os filhos. Eles decidiram publicar os diários de Sylvia em 1998, mesmo ano da morte de Ted (há um filme com a Gwyneth Paltrow sobre a sua vida, Sylvia - Paixão Além de Palavras, de 2003).
E aí eu pergunto: vencemos? Antes as mulheres usavam bobs na hora de dormir, agora têm que fazer chapinha e escova e pintar os cabelos. A diferença é que a segunda opção é muito mais cara. Isso de usar bobs é coisa de principiante. A mulher compra os bobs, compra os grampos, e gasta muito pouco além disso. Como uma sociedade capitalista pode sobreviver impondo algo tão baratinho? Culpar o feminismo pelo que ainda não conseguimos alcançar soa absurdo. Uma das muitas coisas que o feminismo fez foi mostrar que talvez viver em casa não seja a maior aspiração de uma mulher. Pode ser pra algumas, e as que sentem-se realizadas sendo mães e donas de casa devem ter todo o direito de serem isso (desde que sejam classe média pra cima, pois onde já se viu mulher pobre ter essa ambição de cuidar da casa? Ela tem é que cuidar da casa dos outros). Mas definitivamente não é pra todas. Que tal abrirmos os olhos e começarmos a ver que os nossos gostos pessoais não são assim tão pessoais, nem nossos “instintos” tão naturais?
Ao mesmo tempo, estou lendo The Bell Jar (A Redoma de Vidro), de Sylvia Plath, escrito em 1961, antes do estouro do feminismo. Quero dizer, melhor explicar: o feminismo mesmo começou em 1848, quando algumas mulheres começaram a exigir poder de voto. Essa primeira onda vai até 1920 (quando conquistaram o voto), ou até 1948. Aí começa a segunda onda do feminismo, com a invenção da pílula anticoncepcional em 1961, e a publicação do clássico A Mística Feminina em 63. Mas um movimento mesmo, o NOW (National Organization for Women), só foi criado em 66. E o troço só tomou força a partir de 68 (agora estamos na terceira onda, iniciada nos anos 90).
Enfim, vamos a Sylvia (o trecho que selecionei é um pouco longo, mas vale a pena. Perdoem a tradução capenga, que é minha):
“Tentei imaginar o que seria se Constantin fosse meu marido.
Significaria acordar às sete e fazer ovos pra ele e bacon e torradas e café e ficar enrolando para lavar os pratos sujos e fazer a cama, enrolando na minha camisola e nos meus bobs no cabelo depois que ele fosse trabalhar, e aí quando ele voltasse pra casa após um dia agitado e fascinante ele esperaria um grande jantar, e eu passaria a noite lavando mais pratos sujos até que eu caísse na cama, totalmente exausta.
Essa parecia uma vida triste e desperdiçada para uma garota com quinze anos de notas máximas, mas eu sabia que isso era o que o casamento era, porque cozinhar e limpar e lavar era só o que a mãe de Buddy Willard fazia da manhã até a noite, e ela era a mulher de um professor universitário e tinha sido uma professora de escola ela mesma.
Uma vez quando visitei Buddy encontrei a Sra. Willard tricotando um tapete de lã com tecido dos ternos usados do Sr. Willard. Ela ficou semanas naquele tapete, e eu admirei os marrons e verdes e azuis entrelaçados no padrão, mas depois que a Sra. Willard terminou, ao invés de pendurar o tapete na parede como eu teria feito, ela o pôs no chão no lugar do seu capacho de cozinha, e em poucos dias ele estava cheio de terra e banal e indistinguível de qualquer outro capacho que você pode comprar por um dólar numa lojinha qualquer.
E eu sabia que apesar de todas as rosas e beijos e jantares que um homem despejava numa mulher antes de casar com ela, o que ele secretamente queria quando a cerimônia de casamento terminasse era que ela se nivelasse debaixo de seus pés como o capacho da Sra. Willard.
Minha própria mãe não me contou que tão logo ela e meu pai deixaram Reno em sua lua de mel [...], meu pai disse a ela, 'Ufa, isso é um alívio, agora podemos parar de fingir e sermos nós mesmos'? - e daquele momento em diante minha mãe nunca mais teve um segundo de paz.
Também lembro de Buddy Willard dizendo de uma forma sinistra e sábia que depois que eu tivesse filhos eu iria me sentir diferente, eu não iria mais querer escrever poemas. Então comecei a pensar se talvez fosse verdade que quando você se casa e tem filhos é como sofrer uma lavagem cerebral, e depois você fica tão entorpecida quanto um escravo em algum regime particular e totalitário” (68-9).
Essa é a grande Sylvia Plath, que escreveu isso em seu único romance, em 1961. A poetisa americana casou-se com um poeta famoso, Ted Hughes, e juntos tiveram dois filhos. Ela teve depressão a vida inteira. Nesse romance, uma autobiografia disfarçada, ela conta que só foi verdadeiramente feliz quando era criança. Ted e ela foram morar em Londres, Ted não foi muito bacana e começou um caso com outra mulher, ele e Sylvia se separaram. E um belo dia Sylvia acomodou suas crianças num quarto com leite e biscoitos, abriu as janelas, vedou a porta com uma toalha, trancou o quarto, tomou montes de analgésicos, ligou o gás do forno e pôs a cabeça lá dentro. Quando a babá chegou na manhã seguinte, Sylvia estava morta aos 30 anos, e as crianças estavam com muito frio. Sylvia tinha vários diários, pois os escrevia desde os 11 anos, e Ted destruiu parte deles e proibiu que o restante fosse lido ou publicado antes de cinco décadas da sua morte (ou seja, em 2013). Ele diz que fez isso para preservar os filhos. Eles decidiram publicar os diários de Sylvia em 1998, mesmo ano da morte de Ted (há um filme com a Gwyneth Paltrow sobre a sua vida, Sylvia - Paixão Além de Palavras, de 2003).
E aí eu pergunto: vencemos? Antes as mulheres usavam bobs na hora de dormir, agora têm que fazer chapinha e escova e pintar os cabelos. A diferença é que a segunda opção é muito mais cara. Isso de usar bobs é coisa de principiante. A mulher compra os bobs, compra os grampos, e gasta muito pouco além disso. Como uma sociedade capitalista pode sobreviver impondo algo tão baratinho? Culpar o feminismo pelo que ainda não conseguimos alcançar soa absurdo. Uma das muitas coisas que o feminismo fez foi mostrar que talvez viver em casa não seja a maior aspiração de uma mulher. Pode ser pra algumas, e as que sentem-se realizadas sendo mães e donas de casa devem ter todo o direito de serem isso (desde que sejam classe média pra cima, pois onde já se viu mulher pobre ter essa ambição de cuidar da casa? Ela tem é que cuidar da casa dos outros). Mas definitivamente não é pra todas. Que tal abrirmos os olhos e começarmos a ver que os nossos gostos pessoais não são assim tão pessoais, nem nossos “instintos” tão naturais?
o pro dia 8 de março?
ResponderExcluirq tal falar sobre tabus femininos como orgasmo?
Ótimo Lola, como sempre. :)
ResponderExcluirA verdade é que tendemos a pensar que aquilo que nos é cômodo seja natural e fácil, não é verdade? Sendo assim não é nada distante pensar que o que é cômodo para uma maioria dominante seja visto como fácil e natural. Penso que o machismo mais pernicioso é aquele que se disfarça no discurso do "não existo".
Bjos
PS. Páscoa está chegando...
Acho que este post tem tudo a ver com revolucionary Road. A situação das mulheres não muda, apenas se transforma na mesma coisa...ou muda para continuar a ser a mesma coisa.
ResponderExcluirSe quiser saber a verdade lola, acho que isso ainda vai continuar assim por muito tempo porque o movimento feminista não cresce e é um mistério para muitas mulheres que também não querem ter esse rótulo. Essas mulheres acabam achando que a vida é do jeito que é! E acabam aceitando apanhar do marido e abdicarem das coisas que realmente importam para elas.
Eu sinto isso!A obrigação da casa limmpa, da louça lavada, da comida feita é da mulher sempre. Eu me recuso a cumprir todos esses papéis e a casa fica uma bagunça. De quem é a culpa? Minha. Só minha.
ResponderExcluirA obrigação ser da mulher é algo tão forte que eu me sinto constrangida da bagunça de minha casa. Mas não vivo sozinha.
Lola, como sempre você toca em pontos cruciais quando escreve. Faz pensar. Nâo estou em condições de escrever mais sobre o assunto.
Beijos,
=^.^=
Lola,
ResponderExcluirPena que a Doris Lessing ganhou o Nobel tão tarde!
Paola
hmmm, olha...eu adoooro limpar a casa, deixar tudo bonitinho (porque eu fico em casa um tempão e gosto de ficar no limpinho!), e fazer comidinhas (é que eu adoooooro cozinhar!!). Se um dia eu resolver não cozinhar, ninguém me espanca por isso.Também não ligo lavar a roupa se tenho máquina que faça isso..hehehehe. Não ligo, não.
ResponderExcluirFaço essas coisas mais por mim, não pra ficar agradando marido!
Se precisar de ajuda masculina em casa, é só eu pedir... :D
Continuando o comentario da Anne, vc quer coisa pior do que o homem que AJUDA em casa? Se ele ajuda eh porque a obrigacao nao eh dele, ne? E olha como ele eh bacana, ajudando!
ResponderExcluirEu fico mortificada quando a minha casa esta uma bagunca, a diferenca eh que o marido tenta me convencer que tudo bem a casa ficar cheia de po. (o pior eh que eu acredito que ele prefira viver no meio da poeira do que aturar a mulher enchendo o saco para ele fazer a faxina junto comigo)
Mas Lola, o que vc quer que um ser humano faca depois desse post? Chore? :)
Muito bom essas conquistas femininas de querer ser responsáveis por elas mesmas, de quererem trabalhar e não se prender em um homem. Isso é muito bom inclusive para os homens pois assim ele também terá o direito de pensar apenas nele e será muito mais livre. Só procuraram um ao outro por motivos de busca real que querer estar junto, de fato um gostando do outro, e não para um querer usar ao outro.
ResponderExcluirDesde o início da civilização os homens sempre tiveram o fardo de sustentar mulheres para receber em troca favores sexuais muitas vezes negligenciados, e andando em paralelo com essa realidade existe a prostituição, desde que foi criado o matrimônio, para corrigir as falhas da sagrada e sacramental instituição familiar existe também a prostituição.
Mas será que é conveniente para mulher deixar de ser protegida e paparicada e isenta de pecados pelos homens em prol de uma pseuda liberdade em que a obrigará trabalhar pelo seu próprio sustento e busca de sua própria satisfação pessoal? O quanto será que a mulher realmente se importa com liberdade e sabe usufruir dessa dádiva em seu favor? Será que o fato das mulheres apanharem e sofrerem abusos de certos homens não é devido suas escolhas baseadas em instintos dissociados de racionalidade? O quanto uma mulher precisa adquirir de cultura para não precisar de um provedor?
Olá Lola,
ResponderExcluirComecei a lei seu blogg há poucos meses. Mas agora, simplesmente não consigo mais deixar de visitá-lo todos os dias, é o primeiro site que visito quando ligo o computador.
Em primeiro lugar, gostaria de dizer que seus posts são realmente muito inspiradores, principalmente para moças, assim como eu, que antes só possuiam uma leve noção sobre o que vinha a ser o feminismo, mas que agora compreendem melhor sobre o assunto, e passaram a abraçar a causa.
Em segundo lugar, gostaria de elogiar seu post de hoje. Foi um dos melhores posts feministas que já li em seu blogg (devo admitir que meus assuntos preferidos são aqueles nos quais você trata sobre a situação da mulher moderno e sobre as críticas de filmes).
Finalmente, gostaria de fazer uma sugestão/pedido. Já percebi que você faz menção a alguns livros que tratam sobre a situação da mulher na modernidade ou sobre o feminismo em si. No entanto, será que você poderia sugerir leituras que tratem sobre a história do movimento feminista? Ou então sobre o que mudou e vem mudando na realidade da vida da mulher durante essas décadas?
Muito Obrigada!
Um abraço.
Lola:
ResponderExcluirMuito bom o teu blog.
Sobre o feminismo, acho que é necessario desde que ele nao esteja sobretudo servindo a sociedade neo-liberal. Quando a escolha nao vira mais escolha, vira uma obrigaçao. Devemos trabalhar fora de casa (e nao so dentro de casa), produzir, consumir. Isso é bom pra economia.
Por exemplo, no texto da Atwood, ela compara um tapete feito à mao, com tempo e cuidado, a um outro tapete que você compra por 1 dolar numa lojinha qualquer.
A gente sabe em que condiçoes esses produtos de lojas de 1 dolar sao feitos. E ai, o que é mais chocante?
Diálogo surreal e exemplar:
ResponderExcluir"Se você não faz suas tarefas não tem jeito."
"Bom, EU não vou perder meu dia passando aspirador ou lavando a louça."
"EU não posso fazer tudo sozinha. Se você não fizer as suas tarefas, quem vai fazer?"
"A empregada."
"Não temos dinheiro para uma empregada. A quem você acha que ajuda quando passa o aspirador?"
"Você, oras. Eu ajudo você."
"Não, você ajuda a nós."
"Nós? Que 'nós'"?
"Nós, eu e você. Nós somos 'NÓS'."
Ouvido numa consulta com terapeuta de casais.
Oi, Lola!
ResponderExcluirMe considero feminista e sinceramente acho esse tipo de texto extremamente retrógrado. Continuo achando que o grande problema do feminismo hoje em dia é almejar que a mulher possa levar uma vida segundo o modelo masculino. Devia ser um horror na época da Sílvia em que uma mulher só podia almejar ser dona-de-casa. Para mim é equivalente a dizer que uma mulher só pode almejar ser engenheira. Para quem quer, isso é ótimo; mas e quem prefere ser médica, professora, dona-de-casa, etc? Enquano o "cuidar" (de filhos, casa, comida, etc) não for colocado num patamar tão respeitado quanto o "prover", vamos continuar a viver uma situação de injustiça e desigualdade.
Bjs,
Anália
"Será que o fato das mulheres apanharem e sofrerem abusos de certos homens não é devido suas escolhas baseadas em instintos dissociados de racionalidade?"
ResponderExcluirAi ai ai, acho que vou enfartar. Sério.
e voce Lolinha,
ResponderExcluirsugere que tipo de batalha?
vamos acabar com o capitalismo? diga para nos, como....
quem sabe as mulheres que alisam os cabelos querem mesmo ter cabelos lisos?
voce ja veio a Bahia?
ja viu coo a smuilheres daqui NUNCA usam seus cabelos soltos?desde que nascem as meninas teem os cabelos amarrados em pitos tão amarrados que não sei como elas conseguem isso... ja viu as jovens? nenhuma delas usam seus cabelos soltos, todo mundo feminino baiano usam os cabelos AMARRADOS.ninguem os deixam liovres...
por que sera?
Acho que a maioria das mulheres não querem saber de feminismo porque não querem ser julgadas como "as lésbicas feias e mal amadas que odeiam homens". Temos que insistir em dizer que feminismo não é superioridade, é igualdade. Ninguém quer exterminar os homens da face da Terra, só queremos respeito e direito iguais.
ResponderExcluirO que tem de tão difícil em entender isso?
Olá!Bem legal o post!
ResponderExcluirAcreidto que para uma luta que se quer igualdade entre homens e mulheres, não há como fugir da luta pela igualdade entre todos os seres humanos.
Por esta razão que acredito numa busca de uma sociedade mais justa, para mulheres e homens, onde numa sociedade capitalista fica muito complicado na minha opinião. Aqui é que como vc sempre tb relaciona, está que a busca por igualdade entre os gêneros num feminismo que casa tão bem com a luta por uma justiça e igualdade social, isto , como tb vc sempre menciona é ser de esquerda!
(Tb não me ofendo nem um pouco com este 'rótulo' de esquerda ! rsrs)
Acho que por estas duas batalhas serem tão complicadas que no caso o feminismo, foi aproveitado pela sociedade que vivemos, acabou q as mulheres conseguiram sair de casa, mas para serem exploradas do mesmo jeito!
Isso não quer dizer q o feminismo foi ruim, jamais, nem q está acabado. Mas infelizmente precisa ser sempre repensado, debatido por todos nós!
Ao contrário da época fordista, numa família típicamente fordista, onde os salários eram mais altos, a família poderia ser sustentada inteiramente pelo pai. Aqui, a mulher era praticamente obrigada a ficar em casa, a típica família classe média americada da década de 50, segurança no trabalho, carteira registrada entre outros benefícios conquistados.
Desde então acredito que houveram avanços. Não somos mais obrigadas a ficar em casa! No entanto num contraponto, a exploração é tão maior que não dá (para maioria) só o pai trabalhar e sustentar, há a necessidade de ter outro salário para a família viver!
Viu a contradição?
Aprendi q isto é um processo civilizatório, onde enfrentamos retrocessos e avanços, é a dialética!
POr isso acho que nem o feminismo acabou, muito menos este pode ser separado de pensar a sociedade e a exploração. Também não só o feminismo , mas tantas outros movimentos sociais no meu ponsto de vista!
Não sei se fugi do assunto, mas me veio estas questões na cabeça.
Ano passado lí textos da Alexandra Kollontai, que apesar de alguns escorregos em sua carreira, já pensava nesta questão cerca de 1 século atrás!
Nossa, ficou imenso, desculpe..
Abraços!
Débora: Talvez possa parecer meio arrogante, mas quando as pessoas começam a falar de feminismo como superioridade (confundindo com femismo), eu abro um dicionário ou passo um link do houaiss para elas. É só mostrar o verbete feminismo, tá lá o "igualdade", em todos os dicionários.
ResponderExcluirAs pessoas se calam na hora -- algumas até se mostram dispostas a me ouvir a partir daí. Pode parecer arrogante, mas é uma estratégia que tem dado certo!
***
E, Lola, tô abelhando de novo só pq, mais uma vez, concordo com o texto todo e não tenho o que acrescentar. Bjs!
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ResponderExcluirGente, os comentários estão ótimos, e espero que eles continuem. Eu estou ocupadíssima porque minha tese não tem andado nesses últimos dois meses de férias, e meu orientador está pra voltar das férias dele e vai querer me matar. Então eu realmente tenho que tocar a tese a todo vapor, senão estou perdida (e lembrem-se que a defesa é pra junho ou julho. Estão todas convidadas, desde já). Eu fiquei o fim de semana inteiro só preparando posts pro blog. A maior parte era de textos que já estavam escritos ou parcialmente escritos, daí foi "só" (isso dá um trabalhão!) consertar, completar, encontrar e colocar imagens, e agendar. Agora, felizmente, estou com vários posts prontinhos pra não ter que me preocupar com quase nada além da tese (e dois resumos pra um congresso) durante um tempo. Ok, esta semana ainda preciso escrever as críticas de O Leitor (pra quarta) e Dúvida (pra sexta). Mas tirando isso, tem que ser só a tese o tempo todo. Realmente não tenho como responder os comentários, apesar de ser a minha maior vontade. Eu leio todos, claro, mas falta tempo pra responder. Portanto, gostaria de pedir a vcs que comentassem os coments. umas das outras, que respondessem e questionassem, enfim, travassem um diálogo legal. Pode ser? Eu responderei quando (se?) tiver tempo. Talvez, se não der, mais pra frente eu faça alguns posts só trazendo à tona uns trechos de comentários. Conto com vcs!
ResponderExcluirTb quero pedir desculpas por não poder visitar e comentar nos blogs que eu frequento sempre. Sinto muita falta disso!
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ResponderExcluirLola!!!
ResponderExcluirAdorei o post... Sinto muito pelo que aconteceu a Sylvia...
Tens razão em tudo,o que me chamou atenção no texto é que realmente somos escravas da busca pela beleza, mesmo em um mundo tão competitivo como o nosso, e não tendo muitos homens que gostam de uma boa conversa e filosofia,vale a pena tentar encontrar . Como dica, simplesmente, gostaria de indicar um tema para seu blog. Que tal uma resenha sobre Judy Garland? Ela que era escrava e ao mesmo tempo influenciadora da beleza das mulheres do mundo e que só acabou sofrendo com isso.
ResponderExcluirBom, deixo minha dica.
Lobo Solitário;
ResponderExcluirSeu comentário me lembra a frase de alguém do cenário literário nacional (a velhice anda galopante - não lembro quem disse isso): "Claro que concordo com a emancipação da mulher - desde que não atrapalhe seu serviço em casa."
Os homens não tinham, desde o início da civilização, o "fardo" de sustentar as mulheres. Ao contrário. Eram as mulheres romanas que sustentavam seus maridos. Não sei se você já notou a moda de se usar um anel no dedão da mão - isso era uso comum em Roma, e mostrava que a mulher que o usava (era restrito às mulheres) eram poderosas senhoras, cujas fortunas sustentavam seus maridos.
Durante séculos, elas ficaram em casa cuidando de tudo para que os homens estudassem, crescessem profissionalmente, contribuíssem para uma sociedade melhor. Mas nas guerras, enquanto eles estavam na frente de batalha, elas sabiam como ninguém consertar, construir, inventar, estudar, colaborar. Finda a guerra, toca todo mundo pra trás do fogão. E eu pergunto: por quê?
Quanto aos "favores sexuais negligenciados", acredito que o mesmo vale para os homens, e a prostituição existe para ambos os sexos - somente que é socialmente aceitável que o homem procure fora do relacionamento a saciedade que lhe falta; para a mulher é moral e, às vezes, até juridicamente condenável.
"Mas será que é conveniente para mulher deixar de ser protegida e paparicada e isenta de pecados pelos homens em prol de uma pseuda liberdade em que a obrigará trabalhar pelo seu próprio sustento e busca de sua própria satisfação pessoal? O quanto será que a mulher realmente se importa com liberdade e sabe usufruir dessa dádiva em seu favor? Será que o fato das mulheres apanharem e sofrerem abusos de certos homens não é devido suas escolhas baseadas em instintos dissociados de racionalidade? O quanto uma mulher precisa adquirir de cultura para não precisar de um provedor?"
Assim como a Marjorie, não acreditei quando li isso. Desculpe-me se soar rude ou grosseira, mas isso parece saído de algum texto do século XVI. Grosso modo, você justifica as barbaridades que as mulheres sofrem na mão de companheiros abusivos com a culpa total e exclusiva das mulheres. Que todas devem ficar em casa esperando o maridinho para falar, entre outras coisas, dos preços dos alimentos, das novelas e de como estava divertido o clima no salão de beleza. Estudar? Crescer intelectualmente? Pra quê?
Não vou entrar aqui no mérito de religião ou orientação moral/ educação. Só digo que você está profundamente errado achando liberação feminina, feminismo ou qualquer outro termo semelhante signifique desvirtuamento de valores, fim da família ou do casamento. O que as mulheres querem é LIBERDADE de escolha. Livre arbítrio. E, acima de tudo, RESPEITO. EU quero decidir se quero virar dona de casa ou estudar e fundar uma multinacional de 150 mil empregados. E quero que meu marido lave os pratos e que o co-presidente ganhe exatamente o mesmo que eu, se tiver as mesmas atribuições e funções. E, em qualquer cenário, ser avaliada por minhas opiniões, meus valores e meu caráter, e não pela minha bunda.
Abs
Suzana
E por falar em Marjorie: moça, tô me perdendo no seu blog. Se achar um tarado linkado no seu blog há horas, desculpaí: sou eu!
ResponderExcluirOlha Bárbara, com meu marido é a mesma coisa. Ele não suporta quando encho o saco pra fazer alguma coisa em casa. Daí não faço pra ver se a criatura se "toca". Só que o triste é que pra ele se "tocar" a coisa tá feia, quase insuportável mesmo. hehehehehe
ResponderExcluirQuando a bagunça chega nesse ponto ele arruma. O problema é que demora, viu?! Santa paciencia Batman!
=^.^=
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ResponderExcluir"o que ele secretamente queria quando a cerimônia de casamento terminasse era que ela se nivelasse debaixo de seus pés como o capacho da Sra. Willard." Amei! Deu vontade de ler tb, se eu pudesse, faria igual o Johnny Five e leria tudo rapidão! hahauha
ResponderExcluirAdoro quando você escreve sobre feminismo.
Li The Bell Jar há alguns anos. Gostei muito. Sabe que S. Plath assinou com pseudônimo pq considerava o livro 'menor'?
ResponderExcluirNão tive tempo de terminar de ler o post agora, tenho que dar aula...volto mais tarde, mas queria dizer que este fim de semana mesmo escutei de alguém, uma mulher (brincando, mas ainda assim): Eu mandei as mulheres queimarem sutiãs? Alguém pediu minha opinião? Que inferno, agora a gente tem que ficar aí ralando. Na verdade ela não 'rala' tanto assim...minha opinião, não conheço tudo da vida dela.
Bom, volto logo para terminar, o assunto é, como sempre, interessantíssimo.
Abraço
Concordo Lola, nós realmente temos que abrir os olhos. O engraçado é que se pararmos pra analisar quem realmente acha que o feminismo acabou, ou que o mesmo já fez o que tinha de ser feito, são os mesmos que defendem a vida romântica e cheia de aventuras das donas de casa. O pior de tudo isso, é ver que mesmo com o declínio da imagem de que nós mulheres temos de ser donas de casa amáveis e pacifistas, agora temos de seguir um padrão de beleza, que por muitas vezes, serve como condição para sobrevivermos nesse sistema machista.
ResponderExcluirSuzana, brigada! Tô lisonjeada!
ResponderExcluirLola, concordo com suas palavras, mas não consigo enxergar a solução. Conheço um caso particular de uma mulher que passou mais de 20 anos unida "sob" o matrimônio, após o adultério do esposo eles se separam e ela teve a oportunidade de levar a vida adiante sozinha. Mas não conseguiu, ficou aos trancos e barrancos pois não sabia cuidar das finanças, pequenas reformas pela casa... Isso eu penso ser triste. Mas a mulher que conquista sua independência cedo, também vive sob a pressão da sociedade que quer ve-la em seus moldes de "mulher moderna". Como vc pensa no meio termo, como as mulheres conseguirão essa independência longe das amarras da sociedade. Espero que eu tenha conseguido me expressar com clareza, talvez vc tenha falado sobre o assunto em outro post que não li ainda. Em todo caso parabéns, é bom ter contato com as suas idéias.
ResponderExcluirAmauri
Faltou uma interragação no final de sociedade????????? Foi uma pergunta, rs.
ResponderExcluirOi, Lolinha.
ResponderExcluirEsse trecho:
" E eu sabia que apesar de todas as rosas e beijos e jantares que um homem despejava numa mulher antes de casar com ela, o que ele secretamente queria quando a cerimônia de casamento terminasse era que ela se nivelasse debaixo de seus pés como o capacho da Sra. Willard"
A autora deve ter sido muito infeliz. Casamento é por amor ou não é.
Achei bem radical este trecho e não concordo. A maioria das pessoas que conheço casam por amor. pode ser que depois vire uma bagunça, mas ainda creio que o principla motivo que um homem almeja qdo casa com uma mulher é amá-la e dividir a vida com ela.
Gostei da sugestão do asnalfa, posts sobre tabus seriam interessantes.
beijos
beijos
eu sempre tive medo de me casar, ter filhos e depois terminar frustrada por não ter aproveitado a vida o suficiente, ou pior, me suicidar.
ResponderExcluirvou procurar mais coisas sobre a sylvia. gostei do texto.
ah, só uma coisa: eu gosto muito de cozinhar, ainda mais cozinhar para os outros. meu namorado adora minha comida! eu o convido a vir quase sempre pra almoçar/jantar aqui e SEMPRE peço sua ajuda, mesmo que seja só pra ficar olhando, sentado na cozinha me fazendo companhia. sim, ele me ajuda, coisa que não costuma fazer quando está em sua casa, apesar de mais organizado que eu.
ResponderExcluire se ele me quiser de verdade, vai ter que ser assim o quanto durar.
Lola, eu só acho meio complicado colocar o caso de Sylvia Plath como emblemático da situação das mulheres no casamento porque ela era uma pessoa com depressão química. Indiscutivelmente talentosa, mas uma pessoa com sérios problemas de adaptação. Tanto isto é verdade que o seu quadro depressivo é anterior à vida de casada.
ResponderExcluiro feminismo só não vence prq as mulheres não querem. fato. só existe pornografia, abuso da imagem da mulher prq elas gostam. fato. as mulheres casam com retardados grossos prq q querem. fato. os homens são assim prq as mulheres criaram eles asssim. fato. não é tão simples assim, mas é o que penso.
ResponderExcluirLola, adorei o texto, assim como adoro todos seus textos sobre feminismo. Depois que comecei a ler seu blog, passei a prestar mais atenção nas diversas formas que a sociedade encontra de nos impor valores ditos "normais para as mulheres". Esse negócio de ter que ser magra, de ter que usar cremes, de ter que ter o cabelo liso simplesmente cansa.
ResponderExcluirOutro dia estava em casa e meu pai meio que falou mal do meu cabelo, eu nem liguei e ele só comentou: cabelo de engenharia mesmo viu? Como se tipo, ele tivesse me dando um desconto, porque, afinal, eu faço engenharia e é natural que as engenheiras sejam mais "largadas". Nada a ver... é só que não é todo o tempo que eu tô a fim de alisar o cabelo! Secador, chapinha, essas coisas dão calor e isso ng suporta não!
Algum leitor acima comentou que ouviu uma mulher reclamando da primeira queima de sutiãs. Também já ouvi isso! Acredito que devemos fazer escolhas conscientes; se é de nosso feitio trabalhar, que trabalhemos. Se nos contentamos em ter filhos e cuidar da casa, ok também.
Acho que os grandes problemas surgem quando a mulher percebe que não está satiseita com seu trabalho, pois quer ter também esse lado mais "light" da vida, de ter filhos, uma casa. Enfim, de conciliar ambos os mundos.
Mas para chegar a esse meio termo não tenho nenhuma sugestão que se aplique bem a todas.. Muitas mulheres com filhos trabalham como autônomas em casa, porém nem todas se contentam com isso. Não vivemos mais no mundo de Sylvia, em que a mulher geralmente casava e largava o trabalho. Penso que hoje estamos com novos dilemas, e que a discussão feminista deve pender para esse lado também.
Continue com seus textos ótimos!
Abs
U-a-U, Lola!
ResponderExcluirHoje completo UM ano de casada... Nao sou uma pessoa feliz sendo "apenas" dona de casa. Foram circunstancias que me trouxeram a isso e, espero, sejam passageiras.. e rapido! Seu texto ressoa aqui dentro de mim... MEXEU!
Melhor evitar fornos a gas por um tempo.
Anne, eu ja desisti de "nao fazer as coisas para ver se ele se toca", porque a tolerancia dele eh beeem maior que a minha, e antes de ele se tocar eu vou enfartar :)
ResponderExcluirAs vezes eu dou chilique, as vezes eu deixo certas funcoes para ele (como limpar o frono, que eh uma coisa detestavel)... Vou sempre tentando novas estrategias, e acho que aos poucos estamos melhorando.
Eu gosto mais de cozinhar do que ele, entao costumo fazer as comidas mais complicadas. Mas ele cozinha tambem.
Lola, acho que um dia vc pode falar (se eh que ainda nao falou) como nos costumamos querer ser boas em tudo, enquanto homens, em geral (tou generalizando sim) focam em ser bons na carreira, por exemplo, e pronto.
Enquanto isso nos queremos ser as melhores donas de casa, bonitas, magras, saudaveis, ter uma carreira, sermos boas maes, boas filhas, inteligentes, etc etc etc. Eu me sinto muito mais "overwhelmed" por tudo que eu quero fazer do que meu marido.
Mas ja percebi que isso nao eh um problema so meu - muitas mulheres passam por isso, e meus amigos homens costumam lidar com essa situacao com muito mais tranquilidade.
L.M.de Souza;
ResponderExcluirMeu ex-marido não era um "retardado grosso" antes do casamento; ao contrário. Vivemos dois anos sob o mesmo teto antes de nos casarmos. Mas foi só aparecerem os filhos, as responsabilidades financeiras que eles acarretam e a eterna escolha entre dormir ou ficar acordado com o filho com febre de madrugada que ele se transformou num "retardado grosso". Exatamente quando era preciso dividir as responsabilidades. E quando eu comecei a ser agredida, tive que contar a mesma histórias inúmeras vezes. E no fim, mesmo com o exame de corpo delito, o juiz considerou que era a palavra dele contra a minha - e mesmo se ele fosse condenado, o pagamento de uma cesta básica "limpava a barra" (como comentou sarcasticamente o advogado dele).
Dizer que "o feminismo só não vence porque as mulheres não querem" é, no fim das contas e mais uma vez, jogar a culpa e a responsabilidade sobre as mulheres, não é?
L.M de Souza -- se tudo o que você diz é "fato", quem somos nós, mocinhas desprovidas de racionalidade, senso crítico e neurônios para discordar, não é mesmo? Afinal, se sofremos violências e injustiças, é porque a gente não teve capacidade para mudar nada!
ResponderExcluir(Gente, tá rolando um enxame de caras achando meios mais rebuscadinhos para nos chamar de burras aqui ou é impressão minha?)
Uma característica comum aos machistas é o prazer que sentem em nnao permitir o prazer do outro, ou seja a mulher, sentem um prazer enorme em dizer que mulheres só servem para servi-los.
ResponderExcluirVotar e trabalhar, são consequencia de algo que eu considero mais importante, as mulheres se libertaram da tutela do homem, antes uma mulher não poderia escolher ser sozinha, precisava de um pai, irmão, tio, primo ou marido, isso mudou.
Os rapazes que vêm aqui destilar seu veneno mostram-se além de retrogrados e antiguados, também desreispeitosos.
Caso eles não saibam, atualmente mais da metade dos lares brasileiros são sustentados por mulheres, que se responsabilizam por todos os filhos que os homens abandonam.
Me parece que, esses nossos homens modernos, só consideram os filhos de mulheres que se sujeitam à eles, quando isso nnao acontece, vão embora, e nunca mais voltam.
Um deles disse que são as mulheres que estão criando os homens, isso mesmo, ele só não disse, as mulheres estão criando os filhos sozinhas!
"Gente, tá rolando um enxame de caras achando meios mais rebuscadinhos para nos chamar de burras aqui ou é impressão minha?"
ResponderExcluirTambém acho. E se forem quem estou pensando, é uma turminha que fica soltando merdas desse tipo, dizendo que "mulher é inferior" de maneiras "racionais", porque aí quem fala contra é estúpido.
Adorei o trecho do livro da Sylvia Plath. Vou procurar pra ler depois.
Se a igualdade dos sexos fosse realmente possível, assim como o fim das classes e castas, e acrescentando, como seria bom uma vida em que as pessoas não se preocupassem em ter mas buscassem antes de tudo serem alguém melhor, em uma constante e frenética evolução, um mundo onde não precisa-se de dinheiro mas que todos pudessem se prover conforme a necessidade, trabalho apenas por prazer, em que as pessoas ajudassem umas as outras sem esperar nada em troca, que não precisa-se de polícia, pois todos saberiam que não adianta fazer o mal por que isso recairá sobre suas cabeças, não precisa-se de governo, não houvesse fronteiras, cada um cuida-se de si e de outros, seria algo maravilhoso para todos nós.
ResponderExcluirMas deixei de acreditar em contos de fadas, em utopia, pois o mundo é formado do preto e do branco, e a tonalidade da vida é predominantemente cinza, embora eu insisto teimosamente, coisa que eu me recrimino, em querer pintar a vida com cores vivas, eu tenho o defeito de acreditar nas pessoas, e a cada dia a humanidade me decepciona mais!
Quanto ao que escrevi anteriormente serve como um desabafo pelo fato de notar o quanto a maioria das mulheres não se valorizam, fato que me entristece, quantas mulheres que eu admiro que se envolve com canalhas e desprezam aqueles que as respeitam, e acredito piamente na questão de responsabilidade, ou seja, se alguém possui uma vida infeliz foi por que esta se permitiu ser infeliz, como um viciado em drogas ou qualquer outra compulsão por exemplo, evidentemente que aquilo que faz com que este se torne uma pessoa sofrida é algo muito difícil de se controlar, algo que o escraviza, mas sempre há um modo de superar os vícios, tornando-se aalguém livre e feliz!
Uma mulher que é vítima de humilhação, de agressões, de tudo quanto é tipo de afronta e ainda sente-se de alguma forma dependente emocionalmente de seu algoz, é simplesmente uma mulher insegura que consegue só achar essa força irresistível na figura do bruto marido.
Biológicamente a mulher possui uma predisposição em se envolver afetivamente com homens poderosos, que mais se destacam em seu meio, justamente por ser aparentemente o melhor exemplar para se perpetuar a espécie, e deverás interessante a sociedade chamar o homem promíscuo de garanhão, por ter uma possibilidade maior de fecundar o maior número de fêmeas possíveis...
A mulher só poderá estar em pé de igualdade com homens quando transcender seus instintos animais, assim como o homem poderá olhar a mulher como uma semelhante assim que superar seus instintos, e por sermos humanos, dito superiores ao macaco, isso não deveria ser um grande problema para nós.
Vocês se fazem de coitadas, adoram culpar os homens, a sociedade capitalista.. isso ou aquilo.
ResponderExcluirPq não vão morar na China OU Cuba comunista?
Outra coisa, se vc's escolhem mal os homens, a culpa é de quem?
Propaganda de cremes, vestidos, etc.. sempre haverá, assim como há propaganda para que homens usem artigos masculinos e assim se sintam mais homens, essa é a base da propaganda, se a pessoa cai nesse tipo de coisa, foi por mera escolha pessoal dela, assim como a da mulher poeta depressiva que se matou. Se a mulher continua na mesma a culpa é basicamente dela.