Eu achava que todo mundo com mais de quarenta anos havia visto A Testemunha (Witness) ao menos umas cinco vezes, na TV e tal, mas o maridão jura que só viu no cinema quando o filme foi lançado, em 1985. No meu caso, acho que havia uns quinze anos que eu não via o drama. Lembro do meu primeiro emprego, numa locadora de vídeo, e como Testemunha era um dos mais pedidos (também foi um dos pioneiros a sair em vídeo selado, não pirata). Sempre amei essa história de amor. Na época, era difícil encontrar uma adolescente que não fosse louca pelo Harrison Ford. Depois que fiquei sabendo que o filme era o mais visto na Casa Branca, porque o casal Reagan o adorava tanto quanto eu, Testemunha caiu um pouco no meu conceito, admito. Mas quero crer que o que eles admiravam no filme é diferente do que eu admiro. Até hoje, aliás (veja o trailer original).O drama é bem simples. Há uma comunidade Amish na Pensilvânia, EUA, que vive como se não tivesse saído do século 18, sem luz elétrica, televisão, telefone ou carro. É uma comunidade rural, religiosa, e totalmente patriarcal. Rachel, uma jovem viúva (Kelly McGillis, que depois faria Ases Indomáveis e Acusados, e mais nada, basicamente), leva seu filhinho (Lukas Haas) à Filadélfia. Quando o menino vai ao banheiro da estação de trem, presencia o assassinato de um homem. Essa cena, em que o guri quase é descoberto, é muito boa (veja aqui). Quem chega pra investigar o caso é o detetive durão Harrison Ford, aqui chamado de John Book. Com a ajuda do garoto, ele logo descobre que a polícia está envolvida no crime. John é baleado e foge pra comunidade Amish. A testemunha do título não se refere apenas ao menino, mas a John também, que vê de perto como vivem essas pessoas.Só um parênteses pra dizer que considero A Testemunha um filme bastante racista. Fora não haver negros entre os Amish, o assassino-mor é o Danny Glover (de Máquina Mortífera, e que a gente pode ver agora mais velhinho em Ensaio sobre a Cegueira), e John trata mal os suspeitos negros. Mas o pior é que seu parceiro (Brent Jennings), que é negro, deve compor a dupla policial mais ineficiente da história do cinema. Ele quase não aparece, é fraco, inútil, e não ajuda em nada. E já disse que calha d'ele ser negro? Tá certo que o personagem do Harrison não é o tira mais eficaz do mundo. Ele fica lá calmamente na comunidade Amish esperando que seus inimigos o encontrem. Tramas assim, de policiais em lugares estranhos, não são nada incomuns. Mas o diretor australiano Peter Weir (que faria depois Sociedade dos Poetas Mortos e Truman Show) dedica muito amor aos Amish, enquanto a câmera se apaixona pelo Harrison (sabe quem foi convidado antes dele pra fazer o filme? O Stallone! Não estou inventando. Te desafio a ler tudo que está lendo aqui imaginando o Stalla interpretando John - e não rir). Logo nas primeiras imagens de natureza, eu estranhei: puxa, isso aqui tá devagar. Hoje em dia as produções padrão são muito mais rápidas. Então vemos John tendo que aprender a ordenhar uma vaca e a construir um celeiro, e o filme deixa claro que os Amish vivem bem, são unidos, pacifistas, e o que atrapalha são os turistas que os visitam (deve ter piorado muito após o sucesso do drama), que os veem como atrações exóticas. Lógico que, dependendo de quem você é, você vai ver o estilo de vida dos Amish como o paraíso na Terra ou uma filial do inferno. Tenho certeza que os Reagan ficaram com a primeira opção. Eu não achei nem um nem outro. Posso ver pontos positivos e negativos. É bonito que eles formem uma comunidade próxima e sem problemas de criminalidade. E eu acharia ótimo se, assim que eu casasse, todos os homens viessem construir um celeiro pra mim. Quer dizer, eu não teria muita utilidade pra um celeiro. Bem que podiam construir uma casinha, por que não? Mas casa com água quente, pelamordedeus.
Aliás, enquanto eles estavam lá no filme montando o celeiro, quem que eu vi? Olhe a foto!Reconheceu? Eu virei logo pro maridão e perguntei: “Esse não é o Viggo Mortensen? Parece muito com ele”. E, no final, quando passaram os créditos, vi que era (foi sua estreia no cinema)! O maridão ficou incrédulo: “Como você reconhece alguém que aparece duas vezes, não tem falas, não tem close dele, aí você vê o sujeito batendo prego e diz: 'É o Viggo Mortensen!'?”. Ah, mas pro Viggo eu tenho muitos olhos! E se o Viggo faz um Amish, não daria pra ele vir consertar uns problemas no encanamento da minha casa?Controle-se, Lolinha. Vamos aos pontos negativos dos Amish. Primeiro, todo esse negócio de rezar o tempo inteiro e manter as tradições. Eu certamente não sou uma pessoa que quer manter tradições. A vida das mulheres, constantemente vigiadas, submissas, criadas para servir, não deve ser boa. O filme é até um pouco feminista nesse sentido. Rachel fica completamente caída por John (who wouldn't?), e a comunidade Amish desanda a fofocar. Rachel é ameaçada pelo sogro (o típico patriarca de barba branca) de ser shunned (ostracizada) - o que significa que ninguém mais poderia aceitar algo de suas mãos, ou sentar-se para rezar com ela. Ela responde ao sogro, “Não sou sua criança. Não estou fazendo nada de errado”. Ela sabe dos riscos que corre, mas não tá nem aí, e deseja muito o Harrison (até me fez pensar em Crepúsculo. Nada a ver?). Essa tensão sexual é fortíssima, e faz de A Testemunha um grande hit erótico. Eles trocam olhares e palavras dúbias a toda hora, e a primeira cena muito sexy é quando ele está consertando seu carro e Rachel está lá, no celeiro/garagem. Uma música antiga toca, e John a tira pra dançar. Pra mim, essa dança está entre as mais eróticas do cinema, junto com a de Picnic (Férias de Amor). A canção também é adequada. Fala de não saber nada de História, Geografia etc, e que a única coisa que importa saber é “I love you” (não deixe de ver ou rever a cena clicando aqui). Isso vem ao encontro do tema de simplicidade do filme. Às vezes o amor é só o que importa. Quer dizer, isso nos primeiros meses de paixão. Quero só ver um casamento se sustentar sem água quente.
Mais tarde seguem-se dois outros momentos sexy. Um é quando John vê Rachel tomando banho (com esponja), e vai embora. No dia seguinte, ele diz a ela: “Se tivéssemos feito amor, eu teria que ficar ou você teria que ir comigo”. Ela está revoltada, e com razão. Mais tarde ela pergunta ao sogro: “Por que ele tem que voltar a sua vida? Voltar a quê? A nada!”. Quando um Amish diz que a nossa vida é vazia, é porque estamos mal. Acontece que o filme dá razão a Rachel, já que sabemos tão pouco da vida de John. Ele realmente parece não ter vida própria. Vive pro trabalho. Ah, e a outra cena sexy é uma em que John se prepara pra ir embora, enquanto Rachel se prepara pra atacar. Ela tira seu chapeuzinho, e algo me diz que pros Amish cabelo solto é algo muito erótico. John e Rachel se beijam intensamente. O filme é bem covarde em cortar essa cena. Tá, eles se beijam, e? Transam? Não sabemos. Eu penso que sim, até porque o roteiro diz isso, e porque Rachel manda o filhinho pra cama mais cedo. Mas a edição é confusa.Ainda assim, A Testemunha é um clássico, e também algo esquisito. Tem um clima de pertencer mais à década de 40 que à de 80. E simplicidade é legal, mas isso de só poder se casar dentro da comunidade é um porre. Entendo que seja necessário pra manter as tradições (mas pra quê mantê-las?), mas isso é tão limitador... Desculpe, só acho ridículo que alguém diga que você não pode namorar aquele ali, só esse daqui, apenas porque ele não foi criado como você. Tudo bem que na comunidade Amish parece haver o Alexander Godunov (um belo bailarino russo que nunca havia feito cinema antes) e o Viggo, mas e se a mulher gostar de morenos e preferir um Harrison? Como é que fica? E, com todo o respeito às pessoas do campo, não acho alguém mais elevado espiritualmente só por ordenhar vaca. Mas, apesar de Testemunha ser conservador, fazer o quê? Eu gosto.
Mais tarde seguem-se dois outros momentos sexy. Um é quando John vê Rachel tomando banho (com esponja), e vai embora. No dia seguinte, ele diz a ela: “Se tivéssemos feito amor, eu teria que ficar ou você teria que ir comigo”. Ela está revoltada, e com razão. Mais tarde ela pergunta ao sogro: “Por que ele tem que voltar a sua vida? Voltar a quê? A nada!”. Quando um Amish diz que a nossa vida é vazia, é porque estamos mal. Acontece que o filme dá razão a Rachel, já que sabemos tão pouco da vida de John. Ele realmente parece não ter vida própria. Vive pro trabalho. Ah, e a outra cena sexy é uma em que John se prepara pra ir embora, enquanto Rachel se prepara pra atacar. Ela tira seu chapeuzinho, e algo me diz que pros Amish cabelo solto é algo muito erótico. John e Rachel se beijam intensamente. O filme é bem covarde em cortar essa cena. Tá, eles se beijam, e? Transam? Não sabemos. Eu penso que sim, até porque o roteiro diz isso, e porque Rachel manda o filhinho pra cama mais cedo. Mas a edição é confusa.Ainda assim, A Testemunha é um clássico, e também algo esquisito. Tem um clima de pertencer mais à década de 40 que à de 80. E simplicidade é legal, mas isso de só poder se casar dentro da comunidade é um porre. Entendo que seja necessário pra manter as tradições (mas pra quê mantê-las?), mas isso é tão limitador... Desculpe, só acho ridículo que alguém diga que você não pode namorar aquele ali, só esse daqui, apenas porque ele não foi criado como você. Tudo bem que na comunidade Amish parece haver o Alexander Godunov (um belo bailarino russo que nunca havia feito cinema antes) e o Viggo, mas e se a mulher gostar de morenos e preferir um Harrison? Como é que fica? E, com todo o respeito às pessoas do campo, não acho alguém mais elevado espiritualmente só por ordenhar vaca. Mas, apesar de Testemunha ser conservador, fazer o quê? Eu gosto.
Você gosta de quem tem medo de virginia woolf??
ResponderExcluiramo esse filme!!! tem jeito de escrever sobre ele?
É incrível como a Kelly McGillis está mais bonita neste filme do que em Top Gun, onde deveria ser a super-bombshell. Só tenho a comentar que eu sou como você, Lola. Geralmente reconheço o cara que está atrás do balcão do bar onde se passa a cena mais rápida e inútil de um filme - ah, é o fulano, que depois deste fez tal e tal filme. E também gosto de tentar ganhar do Rubens Ewald Filho, todo ano, quando passam aquele monte de cenas de filmes no começo de todo Oscar. Depois vou pra cama - sempre perco, mas ele deve ter a lista na mão... Quanto a Quem Tem Medo de VW, que Asnalfa pede pra vc comentar, eu reforço o coro. Amo esse filme e tenho aqui em casa pra rever o casal mais hot do cinema - Liz e Burton.
ResponderExcluirEu fico reconhecendo o povo dos seriados fazendo pontas em filmes (é claro que nunca lembro os nomes).
ResponderExcluirLembro que fui assistir Max Payne com meu irmão e reconheci muuuuuita gente ali que aparece em seriados. Eu ficava o filme todo pensando 'é fulano!', 'é ciclano!', etc, etc, etc.
Eu lembro que assisti A Testemunha um milhão de vezes na tv quando era criança, mas obviamente não lembro coisa alguma...só do geralzão mesmo.
eu vi A Testemunha diversas vezes e a última foi só pra ver o Viggo...hehehe...
ResponderExcluire o Lukas Haas (fofo!!) continua igualzinho!!! Só esticou um pouco!!!
^_^
Não vi esse filme.
ResponderExcluirMas Lola aquela cena dos dois dançando não é sexy nem aqui nem na china! Affe! É mais uma brincadeira de dançar do q qlr coisa! Sexy é dançar Tango, mas nao dançar dando risada... sorry nada sexy em minha lista!
ooooooooooooooow...gentemmmm!!!!
ResponderExcluirpresentinho de fim de semana pra quem gosta de filmissssssh!!
^_^
http://www.angryalien.com
Eu vi faz teeeeemmpo, na tv mesmo. Gostei bastante também na época e se tinha racismo ali me passou completamente despercebido. Amish negro?
ResponderExcluirJá li várias das suas crônicas de filmes ali e enviei o link para o meu sobrinho que é viciado em cinema, acho que ele até vai participar aí do bolão do Oscar.
Abraço
Vi esse filme algumas vezes e de vez em quando uso algumas cenas nas minhas aulas de inglês. Ainda é um filme muito bacana, né? Agora, vamos combinar: se, na legenda da primeira foto, você estiver falando do Harrison de 1985, eu até concordo. Porque o de hoje está menos pra conserva e mais pra maracujá largado na gaveta! (oh, well, nem todos eles podem ser como Sir Sean Connery...)
ResponderExcluirO Viggo de estreante não causou tanto impacto pra mim. Choque mesmo foi quando eu vi que o Amish lourinho era o Alexander Godunov, que eu tinha visto ao vivo e a cores de sapatilha e collant dando piruetas no palco. Também foi o papel de estreia, mas ele morreu 10 anos depois, com sérios problemas por causa de álcool e drogas. Muito pouco Amish, eu diria...
abraço,
Mônica
Crônicas Urbanas
Lolinha, 'Witness' é um dos meu TOPs, ever!
ResponderExcluirHa, meu primeiro emprego também foi em locadora e, este filme da CIC Vídeo era um dos mais alugados, fiiiilas e mais fiiiilas rsss
Bom, eu também fui apaixonada pelo Han - Harrison Ford até que a fama subiu à cabeça e seus filmes ficaram chaaatos, fraaaacos, dããããã rss
Eu gosto muito do filme, tenho o DVD e perdi as contas de quantas vezes assisti. Acho a cena em que eles dançam no celeiro maravilhosa, semi coito-interrompido.
Ah, e o que era a carinha de bebê do Viggo? Não é casa dele que o mutirão constrói?
Enfim, ainda curto muito e, por se passar na comunidade atemporal dos Amish, para mim, é um filme que pode se passar em qualquer época.
Ai... como a Kelly MCGillis emabrangou, que pena.
Beijocas e ótimo weekend
Eu nunca vi esse filme. Eu via mais filmes que passavam na Sessão da Tarde ou no Futura. Mas vou alugar, será que tem na locadora? Não sei, porque eles preferem comprar bombas do que renovar a sessão de filmes "antigos". Mas tudo bem, talvez seja o tipo de filme que passe de madrugada. Toparia assistir nesse horário só pelo Viggo.
ResponderExcluirE olha Lola, eu também reconheço atores mesmo que tenham feito uma partipação relativamente pequena. Mas ás vezes o nome não me vem a cabeça ou então eu fico com aquela sensação de deja vu.
>40 anos: OK
ResponderExcluirCinefilo: OK
A testemunha (Witness): Puro dèja vu, não estou bem certo
Se bem que o roteiro iria ficar melhor se fosse numa comunidade de testemunhas de Jeová... ;)
Lola, acho A Testemunha muito caretão. Não apenas pela comunidade que mostra, o filme todo é muito linear. O que gosto mesmo é da música do Sam Cooke, "Wonderful World", que é realmente uma maravilha e inspira a cena mais bacana de todo o filme. Agora, pelo prazer de ver o Vigo Mortenssen alguns segundinhos, penso que vale uma nova conferida.
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirTem alguém aí que entende de hierarquia? Na minha forma de entender a vida as uvas e a farofa deveriam ficar na parte de cima de uma cuca... Mas mais uma vez as uvas se esconderam embaixo da massa e agora estão lá, com cara de "onde estou?" Portanto Lola, ainda não foi dessa vez que eu te convido para um café com cuca. E se alguém entender de hierarquia culinária me avisa como se faz para convencer uvas de que são elas é que ficam em cima, hehe.
Quando eu falei em me divertir mais se a gente se conhecesse por acaso, apresentadas por outra pessoa, não foi de forma alguma para "comparar diferenças". Acredito que seria divertido pq as pessoas tem mania de colocar rótulos nas pessoas. Tipo, se vc é de determinada região do Brasil sabe dançar samba, se for de outra região só deve saber frevo. Ou, se vc pensa de uma forma sobre determinado assunto tem que se enquadrar no mesmo molde em todos os outros... E é a partir desses rótulos que outras pessoas nos colocam (e não das nossas próprias auto-definições) que eu iria me divertir com o desapontamento de alguém que esperando ver o circo pegar fogo não veria nem faísca. Pode parecer esquisito falando assim, sem maiores detalhes, mas ao vivo e a cores vc vai me entender melhor, hehe.
De qualquer forma, penso que quem convive contigo sabe o significado de muitas palavras interessantes, mas difícilmente deve saber o que quer dizer tédio, mesmiçe, apatia ou comodismo. E dizem que me conhecer tb tem um lado bom (só é preciso decidir se o lado bom é quando eu chego ou quando vou embora, hehe).
Quanto ao filme, só vi há muito tempo e lembro pouco dele. Mas fiquei curiosa, e assim que conseguir ver as outras 1273 excelentes indicações tuas vou rever esse tb. Agora vou parando por aqui, acho que comer cuca-de-uva-rebelde me deixou mais "anormal" do que o normal, ebaaaa.
Bjsss
Taia
Oi, Lolinha
ResponderExcluire voce se diz uma pessoa sem preconceitos, hei....
qual o problema de existerem pessoas que gostam de viver como os Amish? ou como os Hare Krshna?
existem pessoas que gostam de morar na av. Paulista,
qual o problema?
por que cada um não pode ser como quiser sem ter que satisfazer a todos?
e qual o problema se gosta d eseguir a tradição.?//
o que eh ser conservador?
ou que eh ser não conservador?
se fazemos escolhas, o problema eh intimo e pessoal.
Taia, realmente eu não sei sambar só "Fazer o Passo" (do frevo), mas tem uma dezena de danças populares destas bandas que eu também sei... ;)
ResponderExcluirClássico da Sessão da Tarde. Auge da beleza do H.Ford.
ResponderExcluirTaia, talvez se você dar um banho de farinha de trigo nas uvas elas não afundassem, pelo menos é isso que eu faço quando coloco gotas de chocolate ou pedacinhos de goiabada nos bolos.
Fiquei com vontade de assistir, vou jogar no Lovefilm. :)
ResponderExcluirHaha, oi? Se Viggo vier instalar qualquer coisa na minha casa eu VIRO AMISH? Ok, nem tanto. ;) Mas sobre o que você disse, agora fiquei em dúvida - existem amish (não sei o plural, me mata) negros? Eu NUNCA vi um. Será que não são daquelas sociedades que começaram em dado momento e local, nunca se misturam com "externos" e por isso não têm muita diversidade genética? Nesse caso acho que não seria preconceito direto contra negros, e sim contra quem não partilha da mesma ideologia. Mas enfim, eu bóio no assunto.
Também sou assim, de reconhecer gente no meio de filme, em aparições minúsculas. E olha que nem tenho a sua cultura cinematográfica. Já pesquei até cantores fazendo figurações bem modestas. Acho que é a minha ADD se manifestando; filme fica chato, eu começo a brincar de jogo de sete erros, caçar figurantes célebres, etc.
Acho que vou fazer como me aconselharam e ir lavar uma roupa suja pra me ocupar. Haha.
Ué...eu sempre amei morar na Paulista...
ResponderExcluirE para mim uva tem que ficar no meio! Em cima só farofa, e tenho dito! ^_^.
Não acho que o Harrison tenha envelhecido mal. O problema é que ele envelheceu. Ponto. (embora eu adore o Sean Connery, não o acho bonito...aliás, nunca achei).
Nunca consegui ver grande coisa no Viggo. O rosto dele tem expressões muito marcadas. É bonito de olhar de relance, mas cansa depois de alguns segundos.
Oi Lola!
ResponderExcluirAh, eu adorei esse filme quando vi (há bem uns vinte anos!), preciso assistir de novo!
A cena da dancinha na garagem é fofa sim, e não importa se o filme é conservador, também gosto muito.
Mas Stallone ali não dava não... (rs)
Beijos,
Cristine
PS: tem artigos novos no Rato, Quebrando a Banca e Sybil. Já assistiu esses?
Obrigada Débora pela dica.
ResponderExcluirPerdão Lola por invadir o teu espaço pedindo receitinhas, hehe. Se a cuca não tivesse com uma carinha tãooo deprimida te mandava um pedaço. Da próxima vez eu acerto (vou na padaria...).
Bjsss
Taia
pras uvas passas nao cairem no fundo da cuca.. deve-se passa-las com farinah de trigo.... so depois joga-las na massa....
ResponderExcluirAsnalfa, gosto muito de Quem Tem Medo de Virginia Woolf, sim. Já até lecionei parte de um curso sobre a peça, e passei um trecho do filme. Mas faz tempo, nem lembro. Eu teria que rever o filme. Pra isso, só encontrando-o na locadora (bem difícil) ou downloading no computador. Vamos ver, quem sabe mais pra frente...
ResponderExcluirTina, é, concordo sobre a Kelly estar mais bonita em Testemunha. Em Top Gun ela tem o megahair dos anos 80. Sabe, eu ERA muito boa em reconhecer atores escondidos. Antes eu lembrava de todos os nomes. Agora, com a idade... Pffff. Muito triste isso. Por isso tenho a maior admiração pelo Rubens Ewald Filho, que consegue reconhecer todo mundo e ainda por cima se lembrar dos nomes. Eu já fui assim, mas, infelizemente, tem uns 3 anos que isso mudou radicalmente.
Vc acha Liz e Richard Burton o casal mais hot do cinema?
Mica, ah é, vc assiste série pra caramba, deve reconhecer montes de rostos. Max Payne eu pulei. Uma dose de Mark Wahlberg por ano já é suficiente pra mim. Ah, Testemunha é bem legal.
ResponderExcluirMei, nem sei por que peguei Testemunha de novo. Acho que foi por falta de opção na locadora mesmo. Eu nem sabia do Viggo! Ah, o Lukas Haas ficou feinho esticado, magrinho...
Leila, não gostou da cena dos dois dançando? Bom, é uma questão de gosto. Pra muita gente, é uma das cenas mais eróticas do cinema. Ué, não dá pra ser sexy rindo? Pra ser sexy tem que ser trágico como o tango?
ResponderExcluirMei, ai que fooooofoooo! Eu já tinha ouvido falar, porque circulou faz pouco tempo. Mas era diferente. Vou fazer um post sobre isso. Obrigada!
Leila, acho que Amish negro não existe. Mas achei racista por causa do vilão ser negro, o Danny Glover. E pelo parceiro do Harrison Ford ser o tira mais incompetente da história. Ai, que legal! Espero que seu sobrinho participe do bolão. E vc tb, por que não?
ResponderExcluirMônica, quais cenas vc usa nas aulas de inglês? Acho que é bom de usar. Ah, claro que tô falando do Harrison de 85. O de hoje é um pouco velhinho pra mim, com 65 anos. Mas ele continua bonitão, eu acho. Charmoso, pelo menos. Eu achava o Godunov lindo! Acho que nem registrei que ele morreu dez anos depois. Ui, que trágico!
Chris, há há, o pessoal de hoje nem imagina o que era trabalhar em locadora naquela época (meados dos anos 80), quando mal havia fitas seladas, e as que havia eram pouquíssimas. Tinha fila mesmo. Pois é, a cena de dança deles é meio coito interrompido mesmo! Não, o Viggo faz o “melhor amigo” do Godunov. Pelo menos eles ficam juntos durante a construção do celeiro. É prum outro casal. Tadinha da Kelly, ela teve uma carreira meio curta, né?
ResponderExcluirMalu, deve ter nas locadoras, sim. Tinha naquela perto da minha casa...
Eu era muito boa pra reconhecer rostos e nomes de atores. Hoje... (leia meu coment pra Tina, please).
Gio, então vc não foi fã de Testemunha? Pra muita gente ele é um clássico. Tá até naquela lista dos cem melhores roteiros da história do cinema que eu comentei. O que acho estranho, porque o roteiro tem bastante furo.
ResponderExcluirGuta, Test. é bastante caretão, sim. Como eu disse, parece mais um filme da década de 40 que da de 80. Ah, só aquela cena de dança já vale o filme... E ainda tem o Viggo de bônus!
Taia, pode perguntar à vontade pras outras leitoras(es) sobre as cucas e as uvas. Eu que não entendo nada. Desista de me convidar pra comer cuca, Taia. Eu só como doces de chocolate (ou, talvez, de café).
ResponderExcluirVc acha que quem convive comigo não sabe o que é tédio, mesmice, apatia ou comodismo?! Há há, pergunte ao maridão. Se bem que conviver com ele também é saber muito bem o significado dessas palavras todas. A gente se merece... No dia a dia, somos muuuuito conservadores. Quando a gente gosta de uma coisa, não muda, não. Nem experimenta muito outras. E somos dois comodistas de carteirinha. Mas a gente gosta da vida simples que leva. E é muito, muito caseira...
Fátima, bom, nenhum problema pra quem gosta de ser Amish, Hare Krishna, seja lá o que for. Eu não gostaria. E acho que não deve ser fácil a vida das mulheres numa comunidade Amish. Parece algo muito sem opções. Ninguém vai nunca satisfazer a todo mundo, mas tampouco acho justo quem nasce numa comunidade rural hiper fechada permanecer lá pra sempre sem sequer ser apresentado a outros estilos de vida.
ResponderExcluirGio, quando eu for praí (Recife) de novo, vc fica sendo meu guia oficial?
Débora, passou muito na Sessão da Tarde, é? Eu nem lembro. Opa, falou em chocolate, fiquei antenada! Pros pedacinhos de chocolate não afundarem, tem que dar um banho de farinha neles? Legal, não sabia!
ResponderExcluirLolla, ah, imagina viver numa comunidade com o Harrison Ford, Viggo e Godunov... Eu encarava qualquer sacrifício de ficar sem água quente e cinema! Acho que não existem Amish negros, porque os Amish não se misturam, não aceitam casamento com gente fora da comunidade. Pode não ser racismo diretamente, mas é um mundinho bem fechado e intolerante com qualquer “outro”.
Vc pesca até cantores fazendo figuração em filmes?! Ah, esses passariam batidos por mim!
Mica, pois é, o Harrison envelheceu, todo mundo acontece, não tem jeito. Inclusive os astros e estrelas. Eu acho que ele continua bonito. Quanto ao Sean Connery, sou mais como vc: nunca o achei bonito. Charmoso, tudo bem. Mas faz um tempão que ele só usa barba (branca), e eu odeio barba.
ResponderExcluirEu não acho o Viggo lindo sempre. Dependo do ângulo. Mas ele cativa.
Cristine, sério, imagina o Stallone lá! Sem condições... Aí teriam que reescrever o roteiro pra incluir 1,001 cenas de ação. Ah, Quebrando a Banca eu já vi. Sybill? Que filme é esse? Eu tô sem tempo nenhum até meados de março. Mal tô tendo tempo de atualizar o meu blog e responder coments...
Taia, imagina, pode perguntar o quanto quiser. Eu até gostaria de ajudar, mas no caso de cucas e uvas me sinto boiando... Como as uvas. Ou elas afundam?
ResponderExcluirUvas-passas, Asnalfa? Vcs estavam falando de PASSAS? Ugh, uva natural já é bem ruinzinho pro meu gosto. Passas, então? Blergh.
Oi de novo!
ResponderExcluirSybil fala de uma mulher que tinha 16 personalidades diferentes (mesmo!), foi uma minissérie de 1976 com a Sally Field, que foi refilmada pela HBO em 2007. A primeira tem em DVD (acho), e a segunda só passou na TV a cabo, acho que não tem em DVD. Mas as duas são muito boas. Lá no blog explico melhor.
Beijos!
Acho que nunca tinha ouvido falar desse filme. Mas se passasse perdido na tv eu veria só pra ver o Viggo. Bati o olho e logo vi bonitão na foto.
ResponderExcluirLola, voce
ResponderExcluirpode não achar justo, mas eles não teem o mesmo senso d ejustiça que voce tem.
e aqui no mundo secular, existe o seu conceito de justiça?
Eu li Sybill por acaso na biblioteca (de Joinville) quando era adolescente. Muito bom. O filme eu vi também por acaso ano passado na HBO (acho). Nem de longe é tão impactante quanto o livro, mas eu gostei. Acho que você deveria dar um jeitinho de ler, Lolinha.
ResponderExcluirSó uma duvida, você diz: "A canção também é adequada. Fala de não saber nada de História, Geografia etc, e que a única coisa que importa saber é “I love you” (não deixe de ver ou rever a cena clicando aqui). Isso vem de encontro ao tema de simplicidade do filme. Às vezes o amor é só o que importa."
ResponderExcluirEntão você acha que a simplicidade da letra da música é algo que também está nítido na simplicidade do tema do filme... então a minha dúvida é: Será que você nao quis dizer vem AO ENCONTRO do tema... Sei não, mas "vai de encontro a" quer dizer, bate de frente, contrariamente... vai ao encontro de quer dizer acompanha, complementa... na minha modesta opinião "rolou uma falha técnica ai"...
Eu não vi esse filme mas eu tb tenho isso de ver um ator ou atriz de relance e lembrar deles em outro filme.
ResponderExcluirJá teorizei sobre isso: eu sou muito boa fisionomista, e reconheço melhor ainda vozes (como chama isso? Vozologista?). Mas eu sou tímida, então não encaro as pessoas pessoalmente, só nos filmes. Aí eu reconheço todo mundo.
Lola, se no filme não existe nenhum negro amish, não é que o filme seja racista. A comunidade amish, fechada, reacionária, foi criada pro imigrantes (alemães, acho). É uma comunidade construída especificamente pra não se misturar, e seus fundadores têm a mesma origem racial.
ResponderExcluirAh, pesquise um pouco sobre haver criminalidade nessas comunidades. Estrupro (a maioria de menores) e incesto (que não acho que seja considerado crime, se for consensual) é uma praga entre eles.