No domingo à tarde aconteceu algo horrível em Nova Jersey, EUA. Um homem com uniforme do serviço de entregas FedEx bateu na porta da casa de uma juíza federal, Esther Salas.
O filho dela, de 20 anos, atendeu. O assassino se passando por entregador atirou nele e o matou. Conseguiu atirar também no marido de Salas, que, até agora, sobrevive.
Salas estava trabalhando no porão de sua casa e não foi alvejada.
O atirador já foi identificado pelo FBI: era um advogado de 72 anos chamado Roy Den Hollander. Ele se suicidou horas depois.
Sara Inverno espalhando fake news |
Bolsonaristas têm falado bastante esses dias de pedofilia, acusando ministros do STF de serem pedófilos (sem prova alguma, lógico), desde que Damares apresentou projeto para aumentar a pena para esse tipo de crime. Como de costume, Bolso mentiu nas redes sociais ao associar a pedofilia à esquerda.
Bolso é aquele um que idolatra publicamente o ditador paraguaio de extrema direita (já falecido) Alfredo Stroessner, conhecido pedófilo. Stroessner, um estadista e homem de visão, segundo Bolso, mantinha um harém de meninas entre 10 e 15 anos. Ele estuprava em média quatro meninas virgens por mês.
Mas Salas não virou alvo por ser juíza de um caso contra Esptein. Quem acompanha os masculinistas nos EUA, que lá são chamados de MRAs, ou Men's Rights Activists (ativistas pelos direitos dos homens), provavelmente já ouviu falar do assassino. Roy Den Hollander era um mascu bastante conhecido, que volta e meia era elogiado pelo maior portal mascu dos EUA, A Voice for Men.
Hollander era um advogado antifeminista. No seu site, ele convocava outros homens a "lutarem pelos seus direitos antes que os percam". Era divorciado. Havia se casado com uma russa e depois espalhou que ela era uma prostituta. Aí virou anti-casamento, um caso típico de uma espécie mais específica de mascu, o MGTOW (Men Going Their Own Way, homens trilhando seu próprio caminho, movimento cujos membros mais radicais pregam que homens não devem se relacionar com mulheres de forma alguma, e os mais suaves pregam que mulher só serve pra sexo).
Hollander tentava chamar a atenção para a causa mascu abrindo os casos mais absurdos possíveis. Por exemplo, processou bares e casas noturnas por oferecem entrada grátis ou desconto só pra mulheres. Abriu processo contra uma universidade por ter um curso sobre estudos femininos (Women Studies, curso tradicional nos EUA desde dos anos 1960, que hoje em dia é mais ofertado como Gender Studies, Estudos de Gênero. Hollander chamava de "Estudos de Bruxas").
Hollander tentava chamar a atenção para a causa mascu abrindo os casos mais absurdos possíveis. Por exemplo, processou bares e casas noturnas por oferecem entrada grátis ou desconto só pra mulheres. Abriu processo contra uma universidade por ter um curso sobre estudos femininos (Women Studies, curso tradicional nos EUA desde dos anos 1960, que hoje em dia é mais ofertado como Gender Studies, Estudos de Gênero. Hollander chamava de "Estudos de Bruxas").
Em 2016, ele processou jornalistas de vários jornais americanos por supostamente perseguirem Trump com fake news. Ele também tentou lecionar um curso de "Estudos Masculinos" na Austrália, até que o pessoal viu que o professor era um notório misógino (depois ele processou duas jornalistas australianas por fazer com que a universidade cancelasse seu curso).
Ao ser encontrado morto, Hollander tinha um pacote endereçado para a juíza, e papéis com o nome de outro advogado mascu, Marc Angelucci, de 52, que foi morto em frente a sua casa na Califórnia na semana passada. As investigações ainda não sabem quem matou Angelucci, mas parece que o assassino também usava uniforme da FedEx. Agora a polícia está vendo se há mais conexões entre os assassinatos.
"É coincidência demais", disse um investigador para um jornal sobre os dois assassinatos. Em 2015, Hollander abriu um caso que contou com Esther Salas como juíza. Era contra o recrutamento militar obrigatório de apenas homens. Segundo Hollander, ela demorou demais para julgar seu caso. Um caso parecido foi ganho por Angelucci em fevereiro, no Texas (agora segue para a Suprema Corte). Hollander pode ter matado seu colega mascu por inveja, e por ter sido expulso da sua associação.
Depois que Sala passou por sua vida, Hollander começou a atacá-la no seu site, chamando-a de "juíza latina incompetente e preguiçosa" (porque não existe misógino que não seja também racista e LGBTfóbico). Salas é a primeira juíza latina em Nova Jersey. Foi indicada por Obama em 2010, quando tinha apenas 41 anos.
Depois que Sala passou por sua vida, Hollander começou a atacá-la no seu site, chamando-a de "juíza latina incompetente e preguiçosa" (porque não existe misógino que não seja também racista e LGBTfóbico). Salas é a primeira juíza latina em Nova Jersey. Foi indicada por Obama em 2010, quando tinha apenas 41 anos.
Além de xingar Salas, mulheres em geral e feministas em particular, o advogado mascu também estava revoltado contra médicos. Ele estava perdendo a batalha para um câncer. Sabia que iria morrer em breve, e decidiu levar consigo o que, para ele, seria a escória.
Se você lê este blog, já deve ter ouvido essa história antes. Não é a primeira vez e infelizmente não será a última que mascus matam alguém. É um perigoso grupo de ódio que denuncio há anos. Para Hollander, "o único problema em viver uma vida sob o comando feminazi é que um homem acaba com tantos inimigos que nem consegue se vingar de todos eles".
Isso tudo me assusta!
ResponderExcluirAs vezes fico ouvindo falas de alguns lunáticos (inclusive parentes) e penso que, se tiverem "oportunidade" vão fazer merdas como essas.
Que horror!!!
ResponderExcluirUm velho desses com a cabeça cheia de bosta tirando a vida de um jovem...
Os homens tem a mente perigosa!
A vida de todo mundo é preciosa não importa a idade...
ExcluirQue coisa absurda!
ResponderExcluirPior que parece ficção. Devemos todos focar atentos aos excêntricos.
Parabéns Lola, continue escrevendo.
Canalhas
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