1. Esta notícia é impressionante.
Não é todo dia que essas coisas acontecem, e eu tô torcendo muito pra que seja verdade, então vamos lá. Não sei se vocês viram, mas foi noticiado na terça. Uma senhora entre 70 e 75 anos (as fontes variam) impediu um assalto a uma joalheria em Northamptonshire, Inglaterra. Ela viu seis homens de capacete do outro lado da rua e pensou que estavam batendo num sujeito. Não estavam. Eles tinham ferramentas e tentavam arrombar uma loja. A velhinha foi correndo e, com sua bolsa de mão, bateu nos criminosos, que fugiram. No susto, uma das motos que usavam caiu, e um dos assaltantes foi imobilizado e preso.
A senhora diz que não é uma heroína e que provavelmente faria tudo de novo. E reclamou que outras pessoas viram e nem se mexeram até que ela resolveu agir.
O que aconteceu foi gravado por um amador. Um pouquinho depois, o cinegrafista também correu e ajudou a imobilizar o assaltante.
Acho um belo exemplo. Ok, é totalmente irresponsável, e valeria muito mais a pena avisar a polícia que um bando de patetas estava tentando arrombar uma joalheria em plena luz do dia, a vista de todos. E eu certamente não colocaria a minha vida em risco pra defender alguma propriedade. Mas lembre-se que o que motivou a velhinha não foi o assalto, e sim ela pensar que rapazes estavam batendo em alguém. Todo mundo que já foi assaltado fica chocado com a indiferença das pessoas. Elas olham e não fazem nada. Fingem que não é com elas. As más línguas dizem que, em caso de perigo, é mais eficaz gritar “Fogo!” que “Socorro!”. Quando leio isso perco um pouquinho da fé na humanidade, sabe? Mais de uma leitora contou de algum tarado que aprontou alguma em ônibus, e ninguém se manifestou (uma, por exemplo, falou de um que baixou as calças diante da reclamação de assédio de uma passageira. E o pessoal só olhando). Portanto, pra mim, são duas lições a serem tiradas dessa história: primeiro, nada de ver e não fazer nada. Vamos ajudar. Segundo, mulheres, vamos reagir. Se uma velhinha de 70 anos consegue por seis homens armados com martelos pra correr, nós também podemos. Vamos partir com as sombrinhas pra cima dos palhaços que nos passam a mão!
2. Uma notícia que um monte de gente me mandou foi esta aqui, sobre um juiz do Rio Grande do Sul demitido por “conduta incompatível com as funções de magistrado”. A maior parte das notas que vi sobre o caso são praticamente press releases carentes de detalhes. Esta é a mais completa. Parece que, no final de maio do ano passado, o juiz foi a uma sorveteria e assediou a nora da dona. Foi convidado a se retirar. Recusou-se. Quando a família descobriu que tratava-se de um juiz, foi fazer uma ocorrência, com medo de represálias. Ele, claro nega e insiste que disse apenas que a moça era muito bonita. Sei. Ajudou na demissão o fato que o juiz já respondia a outros processos, inclusive a um acidente de trânsito. Sabe por que esse tipo de notícia é divulgada, né? Porque é raríssima. Tanto que esse juiz foi o primeiro a ser demitido na história do judiciário gaúcho. Seria uma maravilha se outros poderosos soubessem que não podem fazer o que quiserem. Que há consequências.
3. Nos comentários do meu post sobre os piores filmes da década, alguns rapazes reclamaram da presença de À Procura da Felicidade. Eu havia dito que o filme, além de ser uma apologia ao capitalismo selvagem, era também machista (se duvida, compare como as três mulheres do filme são retratadas e como quase todos os homens brancos são hiper bonzinhos e só querem o melhor pro herói Will Smith, apesar de explorá-lo até o osso, o que é recebe o nome de "oportunidade"). Bom, os incansáveis defensores da espécie masculina fizeram aquelas perguntas de praxe: e se o personagem fosse mulher, o que você diria? E eu argumentei que não teria como aquele personagem ser mulher, porque seria um filme totalmente diferente. Primeiro que não havia “oportunidades” em 1981, época em que a história se passa, para mulheres atuarem na bolsa de valores. Segundo que não é tão arriscado pra um homem sem teto dormir num banheiro de metrô. Pra uma mulher haveria sempre o risco iminente de abuso sexual. E aí esta semana apareceu uma notícia horrível comprovando a minha explicação (nessas horas eu odeio ter razão). Aconteceu em Brasília. Uma senhora de 61 anos, que trabalhava como vigia de carros e dormia na rua durante a semana, foi estuprada. Olha, só gente que não quer ver pode pensar que o perigo de uma mulher dormir na rua é igual que pra um homem adulto. Ou que haja o mesmo risco pra um homem branco que prum negro. Ou prum índio. Pensem, meninos.
A senhora diz que não é uma heroína e que provavelmente faria tudo de novo. E reclamou que outras pessoas viram e nem se mexeram até que ela resolveu agir.
O que aconteceu foi gravado por um amador. Um pouquinho depois, o cinegrafista também correu e ajudou a imobilizar o assaltante.
Acho um belo exemplo. Ok, é totalmente irresponsável, e valeria muito mais a pena avisar a polícia que um bando de patetas estava tentando arrombar uma joalheria em plena luz do dia, a vista de todos. E eu certamente não colocaria a minha vida em risco pra defender alguma propriedade. Mas lembre-se que o que motivou a velhinha não foi o assalto, e sim ela pensar que rapazes estavam batendo em alguém. Todo mundo que já foi assaltado fica chocado com a indiferença das pessoas. Elas olham e não fazem nada. Fingem que não é com elas. As más línguas dizem que, em caso de perigo, é mais eficaz gritar “Fogo!” que “Socorro!”. Quando leio isso perco um pouquinho da fé na humanidade, sabe? Mais de uma leitora contou de algum tarado que aprontou alguma em ônibus, e ninguém se manifestou (uma, por exemplo, falou de um que baixou as calças diante da reclamação de assédio de uma passageira. E o pessoal só olhando). Portanto, pra mim, são duas lições a serem tiradas dessa história: primeiro, nada de ver e não fazer nada. Vamos ajudar. Segundo, mulheres, vamos reagir. Se uma velhinha de 70 anos consegue por seis homens armados com martelos pra correr, nós também podemos. Vamos partir com as sombrinhas pra cima dos palhaços que nos passam a mão!
2. Uma notícia que um monte de gente me mandou foi esta aqui, sobre um juiz do Rio Grande do Sul demitido por “conduta incompatível com as funções de magistrado”. A maior parte das notas que vi sobre o caso são praticamente press releases carentes de detalhes. Esta é a mais completa. Parece que, no final de maio do ano passado, o juiz foi a uma sorveteria e assediou a nora da dona. Foi convidado a se retirar. Recusou-se. Quando a família descobriu que tratava-se de um juiz, foi fazer uma ocorrência, com medo de represálias. Ele, claro nega e insiste que disse apenas que a moça era muito bonita. Sei. Ajudou na demissão o fato que o juiz já respondia a outros processos, inclusive a um acidente de trânsito. Sabe por que esse tipo de notícia é divulgada, né? Porque é raríssima. Tanto que esse juiz foi o primeiro a ser demitido na história do judiciário gaúcho. Seria uma maravilha se outros poderosos soubessem que não podem fazer o que quiserem. Que há consequências.
3. Nos comentários do meu post sobre os piores filmes da década, alguns rapazes reclamaram da presença de À Procura da Felicidade. Eu havia dito que o filme, além de ser uma apologia ao capitalismo selvagem, era também machista (se duvida, compare como as três mulheres do filme são retratadas e como quase todos os homens brancos são hiper bonzinhos e só querem o melhor pro herói Will Smith, apesar de explorá-lo até o osso, o que é recebe o nome de "oportunidade"). Bom, os incansáveis defensores da espécie masculina fizeram aquelas perguntas de praxe: e se o personagem fosse mulher, o que você diria? E eu argumentei que não teria como aquele personagem ser mulher, porque seria um filme totalmente diferente. Primeiro que não havia “oportunidades” em 1981, época em que a história se passa, para mulheres atuarem na bolsa de valores. Segundo que não é tão arriscado pra um homem sem teto dormir num banheiro de metrô. Pra uma mulher haveria sempre o risco iminente de abuso sexual. E aí esta semana apareceu uma notícia horrível comprovando a minha explicação (nessas horas eu odeio ter razão). Aconteceu em Brasília. Uma senhora de 61 anos, que trabalhava como vigia de carros e dormia na rua durante a semana, foi estuprada. Olha, só gente que não quer ver pode pensar que o perigo de uma mulher dormir na rua é igual que pra um homem adulto. Ou que haja o mesmo risco pra um homem branco que prum negro. Ou prum índio. Pensem, meninos.
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ResponderExcluirEssa notícia da senhora que supostamente ajudou a impedir o assalto me deixa com a pulga atrás da orelha.Mas também considero um absurdo as pessoas passarem por situações semelhantes,e,uma massa ali observando,sem reagir!
ResponderExcluirAno passado,aqui na minha cidade,uma moça estava com depressão;teve uma briga com o pai ou namorado,não recordo bem a história e,foi ao parque .Era à tarde,cheio de gente.O que aconteceu?
A pobrezinha enforcou-se no suporte do balanço!
Eu não estava lá,porém,contam que as pessoas olhavam abismadas,mas ninguém foi tirar a corda do pescoço da garota.Diz que haviam pessoas tirando fotos com o celular!
Mas,ninguém,nínguém foi capaz de ajudá-la!
Muitos são voyeristas e hipócritas.
Pode até existir uma explicação psicológica para tal comportamento.
Mas é inaceitável,até porque gostam de intrometer-se onde não são chamados.
Por exemplo,um revival:o senil vídeo da Daniela Cicarelli transando na praia.Todos,ávidos de curiosidade viram.E criticaram.
Ela fez sexo sozinha,né?
ALINE
Agora percebi que escrevi errado:quiz dizer remember,não revival.
ResponderExcluirALINE
Ótimo post lolinha, nada a acrescentar!
ResponderExcluirAi, Lola, chorei com essa notícia da moradora de rua que foi estuprada... A pessoa já vive numa condição de "escória da humanidade", praticamente e ainda passa por uma coisa dessas...
ResponderExcluirSobre a senhora que bateu nos ladrões: eu boto fé!! O problema de reagir, é que depende das circusntâncias: eu já xinguei um cara que me cantou na rua e ele parou a bicicleta, me xingou de tudo quanto é palavrão e nem sei como não me bateu...
Mas ladrão (e talvez engraçadinhos) não esperam ser intimidados em público e, quando alguém faz isso, costumam dar no pé! Falo isso pq um ex meu, que era o maior "pastel", defendeu uma velhinha de um assalto. Se ele conseguiu, acho que muita gente consegue :p
Notei que o título da notícia sobre o juiz diz que ele foi demitido por assediar uma "mulher casada", o que me deixa margem concluir que se ela fosse solteira a gravidade seria menor, talvez até nula. Afinal, mulher solteira que fica dando sopa é porque quer ser "cortejada", né? Pelo teor do título parece mais que a vítima foi o homem que teve sua propriedade moralmente violentada do que a moça que sofreu a humilhação. Mesmo quando a agressão é diretamente a nós, it's all about them.
ResponderExcluirUm dia antes de saber da demissão deste juiz, eu li um artigo dele, justamente sobre diferenças de gênero e machismo. Ele citou diversos exemplos, um deles foi o de que o homem também sofre violência e não é protegido por isso. Colocou as mulheres como culpadas pelas suas desgraças, por não conseguirem se livrar dos deus companheiros.
ResponderExcluirFiquei perplexa, pois logo veio na minha mente a visão dele , um magistrado, decidindo sobre a vida das mulheres dessa forma tão fria e simplista como demonstrou em seu texto.
Achei no mínimo irônico. Seria esse o respeito e igualdade entre os sexos a que ele se referia anteriormente?
Para quem tiver curiosidade, é este o artigo http://migre.me/3RGEY
Lembrei de uma situação que passei numa viagem de ônibus de 11 horas até BH. Lá pelas 9 e tanta da noite, o ônibus já na estrada e um senhor lá trás conversava em um tom de voz altíssimo. Eu com plug de ouvidos e tendo tomado dramin não conseguia dormir (eu trabalharia o dia todo quando chegasse a BH). Decidi me levantar lá na frente mesmo e pedi pra que ele falasse mais baixo, porque estava me incomodando lá na frente. Ele simplesmente começou a me chamar de chata, cri-cri e coisas piores até dar 10 horas, pq até essa hora era permitido (ser um ogro)!!
ResponderExcluirQuando deu extamente 6 da manhã ele começou a me xingar de novo, falando mil impropérios até que um senhor se levantou e disse que ou ela se calava ou ele desceria do ônibus, porque ela estava ofendendo uma moça linda ;) por nada e que ele estava incomodando todo o ônibus que queria aproveitar o restante da viagem para descansar sem ter que ouvir tanta grosseria ou a voz alta dele.
Lembro que eu tremia e só agradeçi ao senhor.
É triste ter que depender de um homem para ser defendida, mas aquele senhor mostrou um carinho por mim que jamais me esqueçi.
Na boa, todo homem que estupra deveria passar pelo mesmo pra ele saber o quanto dói (tanto fisicamente quanto psicologicamente).
ResponderExcluirEsse caso do juiz faz lembrar daquele do Ari Pargendler. Será que naquele também a justiça vai ser feita, ou juízes do STJ estão acima da lei e o caso vai ser esquecido?
ResponderExcluirEspero que o caso da senhora estuprada sirva como um tabefe na face dos mentecaptos que defendem:"Foi abusada?Também,viu o decote dela?Tava pedindo!"
ResponderExcluirEu fico indignada com essa assimilação do contexto bíblico;e Eva seduziu Adão acasionando a deturpação da humanidade,que fora amaldiçoada.Que passagem covarde e insidiosa!
No tocante a esse juiz,deve ser um daqueles juízes do diabo que culpam a vítima do assédio e inocentam o réu.Porque a coitada vai ter de provar que vestia-se "decentemente",é comportada,tem poucos namorados,reza,freqüenta a igreja.Enfim,não uma Eva mas uma Maria,que engravida sendo virgem.
ALINE
Eu nunca tentaria impedir um assalto, estou sendo honesta. Ligar para a policia, claro que sim, mas ir ate o ladrao e bater nele esta fora de cogitacao. Todos os dias escuto historias de pessoas assassinadas porque reagiram a assaltos. Nao da para tentar fazer a coisa certa numa situacao dessas, eh muito mais arriscado do que parece.
ResponderExcluirBom, eu ligaria para a polícia, pelo menos. Na única vez em que vi um assalto ocorreu na minha frente eu estava no carro da minha tinha, tinha uns 11 anos. Um garoto passou e ficou tentando tirar o colar de uma menina. E quas enão conseguiu, ficou tentando por segundos. E NINGUÉM fez NADA. Ninguém na rua passou e, sei lá, empurrou o menino. E era novo, estava sem camisa, só de bermuda e chinelo. Pessoal vê isso e fica assistindo.
ResponderExcluirE, cara, essa mulher que foi estuprada =/
Ótimo post, Lola! :)
"...era também machista (se duvida, compare como as três mulheres do filme são retratadas..." (Sobre À Procura da Felicidade)
ResponderExcluirNão olhe apenas pro seu proprio umbigo, Lola. Você se incomodou com o modo como as três mulheres são retratadas no filme? Já parou pra pensar que as mulheres da vida do Chris Gardner talvez fossem daquele jeito mesmo?
Pode parecer chocante ou difícil de engolir pra uma feminista, mas existem homens bons que passam a vida inteira sem conhecer uma mulher que preste ou que lhe dê um mínimo valor. Eu mesmo me considero o homem mais sortudo do mundo por ter a noiva que eu tenho!
Não vamos ser hipócritas e achar que mulheres são sempre as boazinhas, as vítimas. Existem mulheres boas e ruins, sabia? Pense em quantos homens já se ferraram por confiar demais em uma mulher. Quantas histórias você já não ouviu ou até mesmo viu igual a essa:
Mulher conhece um cara bonito, educado, carinhoso, compreensivo, companheiro, um autêntico príncipe encantado. Namora com esse cara que toda mulher queria ter mas, em pouco tempo, já tá botando chifre nele! Quantas vezes nós já vimos essa mesma novela?
Vocês falam, falam, mas vá um homem tentar agradar uma mulher em tudo pra ver o quê ele ganha!
Pode dizer que estou sendo machista. Mas no fundo sabe que o que eu estou falando é fato corriqueiro.
Eu fiquei tão feliz com a notícia da vovó. O pior, de fato, é o silêncio das pessoas de bem; ver que elas não reclamam, nã ajudam, não se movimentam contra as injustiças que acontecem. A do juiz eu não sabia, não vi, mas que bom que rolou de ele ser punido. E, sim, é muito triste essa coisa de "Eu tenho um pênis e posso tudo contra todos e se ela tá com uma blusa dessas, tá pedindo por isso". =(
ResponderExcluir"Mulher conhece um cara bonito, educado, carinhoso, compreensivo, companheiro, um autêntico príncipe encantado. Namora com esse cara que toda mulher queria ter mas, em pouco tempo, já tá botando chifre nele! Quantas vezes nós já vimos essa mesma novela?"
ResponderExcluirSem querer ser chata, mas eu nunca vi, rsrs...
Desencana colega, príncipe encantado e princesa perfeita só em conto de fada ou filme de Holywood.
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ResponderExcluirÔ Jáder, como é triste a vida dos homens! Chuif, tô com lágrimas nos olhos.
ResponderExcluirPor favor, fique lá nos blogs masculinistas que lá eles te dão o suporte psicológico que vc precisa.
Claudia, concordo. Não é pra reagir a assalto nenhum mesmo! A velhinha se arriscou muito, fez sem pensar. Não vale a pena. Por outro lado, acho que com assédio sexual e tentativa de estupro temos que reagir (claro que não quando há vários envolvidos, aí não dá mesmo).
Sobre as notícias, Lola, também tive a mesma impressão que alguém aí em cima já comentou.
ResponderExcluirNecessidade de enfatizar que a moça era casada, ficou estranho. Fica parecendo que se ela fosse solteira e a afronta não tivesse sido na frente da mãe do marido, seria menos errado.
Também tive a impressão que já queriam mesmo demitir o tal juiz e usaram a história como gota d'água pra simplesmente fazer o que já queriam.
Se fosse um juiz que estivesse "limpo", acho que teriam dado de ombros pra denúncia.
Engraçadinha sua resposta, hein, Lola? Espero que essa sua ironia seja sinal de que você tenha entendido que não existe vítimas só de um lado. Nem toda mulher é santa, acho que nisso concordamos.
ResponderExcluirAgradeço a preocupação, mas não preciso de assistência psicologica. Da mesma forma que você se incomoda em ver mulheres sendo sacaneadas, eu também me incomodo em ver homens sendo sacaneados e ainda serem respondidos com ironia ("coitadinhos dos homens").
Nessas horas eu penso: o que era mesmo que as mulheres estavam comentando sobre EMPATIA nos outros tópicos?
Lola!
ResponderExcluirLeio todos os dias mas quase nunca comento. Vou aproveitar esse comentário pra dizer o quanto gosto de ler o teu blog. É um hábito: olhar o email e ler o blog da Lola.
Parabenizo a velhinha do assalto. Já fui vítima de violência, passei seis horas no porta-malas do meu carro e sei o quanto pedi que alguém achasse estranho aquelas batidas no porta-malas quando os bandidos estacionavam o carro, em frente a banco e caixa eletrônico. Ninguém achou. O mais triste foi ver nas fitas da vigilância pessoas que paravam ao lado do carro, olhavam, mas ninguém fazia nada!!!
Sei o quanto é difícil o ser humano se compadecer do sofrimento alheio mas eu presto atenção no mundo à minha volta e, se ver qualquer situação suspeita, não vou hesitar em chamar um guarda, ligar para a polícia, anotar a placa do carro suspeito...
A violência seria bem menor se, ao invés de negligentes, as pessoas fossem vigilantes.
Jáder, passei o dia deletando comentários do tipo “90% das mulheres são putas”, “Assassinas!”, etc etc, deixados por seus amiguinhos masculinistas, que decidiram invadir o blog hoje. Claro que são covardes e só vem como anônimos. Não tenho empatia nenhuma por grupinhos retrógrados que elegem feministas (e mulheres em geral) como suas inimigas no. 1 e consideram-se os verdadeiros discriminados no mundo. Não tenho empatia por misóginos, homofóbicos e racistas. Defendo a liberdade de expressão (ou seja, acho que vcs têm direito de existir e se expressar), mas vir despejar o seu ódio insano por aqui é algo que não vou permitir. Sei que deve doer que um simples bloguinho feminista como o meu tenha mais leitor@s que os lixos masculinistas de vcs, mas contenham-se com o que vcs têm. Fiquem por lá. Obrigada.
ResponderExcluirConcordo com o que vcs, Maísa e Laurinha, disseram. Também percebi isso: o que parece ter inspirado a notícia é que a moça que o honorável ex-juiz assediou era CASADA. Se ela fosse solteira, estaria tudo liberado.
Gostei muito do seu blog e dos comentarios tao pertinentes.Vou acompanhar vc sempre...va me visitar tbem!!!bjsss.
ResponderExcluirAline,
ResponderExcluir"Espero que o caso da senhora estuprada sirva como um tabefe na face dos mentecaptos que defendem:'Foi abusada?Também,viu o decote dela?Tava pedindo!'"
Exato! Quando a minha mãe fez um curso em Brasília, todos os professores repetiam sem parar pras mulheres não andarem sozinhas e não ficarem sozinhas em pontos de ônibus. Parece que Brasília é uma das cidades onde ocorrem mais estupros no Brasil, e não importa a idade.
"Eu fico indignada com essa assimilação do contexto bíblico;e Eva seduziu Adão acasionando a deturpação da humanidade,que fora amaldiçoada.Que passagem covarde e insidiosa!"
Também concordo. Vi um filme hoje absolutamente dispensável: Caça às Bruxas. Parecia uma apologia à inquisição.
Ô Lola, hoje eu sofri agressões verbais horríveis e tenho certeza: soh porqe sou mulher.
ResponderExcluirIsso eh mto revoltante. e parece q ñ hah o q fazer. Eu vou ver se minhas chances d procurar punição se esgota no q me disseram (eu devo saber a autoria do crime para q adiante eu prestar qeixa) ou se hah o q fazer.
Eu ia te pedir ajuda, divulgação. Depois desisti, e vim soh sei lah, ver a qantas andava aqi. E me deparo com este post.
Eh mto desalentador, tudo.
Qando me acontece essas coisas, eu lembro do tanto q desacredito na humanidade. Nem precisa aumentar a minha falta d 'feh'. E fico qase com raiva d qem pensa em colocar gente aqi. Umas besteiras, mas com fundamento bem fundamentado, infelizmente.
(Conto o q houve alis: http://mgabrielagalvao.blogspot.com/2011/02/twitteria-ou-apitaco.html
e
http://mgabrielagalvao.blogspot.com/2011/02/twitteria-ou-o-desenrolar.html)
Beijo.
(Acho coisa d gente mto fofa e tolerante isso ñ deletar comentários do tipo do da 'Sophie', hahah Pode remover este tb, se aqi fosse Twitter, isto seria DM. Mas tb pode publicar. Ñ acho elegante eu dizer isso em público, mas tb ñ me furtaria, ñ.)
ResponderExcluirÔ Lola, outra coisa(eu fui incomodada por um grupo q tocava samba na praia em frente à minha casa, por isso lembrei).: esse negócio d passista mirim, eu acho tão esqisito... Tão nocivo. Tão perpetuador d machismo e qase um convite à pedofilia...
ResponderExcluirA mamãe achando graça em como a menininha sambava, era 'danadinha', eu dizendo q filha minha ñ ia fazer aqele papel mah neim.
Taih. Acho outro trem pra gente colocar, ainda mais nestas épocas...
Mais beijo.
OFFTOPIC:
ResponderExcluirGente, é verdade isso que li por aí (grifos meus)?
"Catherine Hardwicke, da Saga Crepúsculo, poderia ter sido a diretora de O Vencedor. Isso se ela não tivesse sido impedida pelos chefes dos estúdios envolvidos de participar das entrevistas. Segundo o site de notícias americano The Wrap, a cineasta estaria dizendo que foi barrada somente por ser mulher.
Inconformada com o machismo que sofreu por parte dos produtores, ela conta um pouco do que aconteceu.
- Eu não pude agendar uma entrevista, mesmo com meu último filme rendendo US$ 400 milhões. Me disseram que o projeto precisava ser dirigido por um homem - será que eu estou louca? Tem ação e tem boxe, logo um homem tem que dirigir... Mas eles deixam um homem dirigir Sex and the City ou qualquer outro filme para garotas."
Por que "Existem homens bons q passam a vida inteira sem conhecer mulher q preste" é um discurso masculinista, Lola? Não saquei...
ResponderExcluirSou contra a mulher de vermelho ter batido nos bandidos que estavam assaltando a loja.
ResponderExcluirEsses bandidos são vitimas. Precisam de carinho. Eles não tiveram oportunidade na vida por isso foram para o crime. Bandidos ,estupradores,assassinos são vitimas de uma sociedade injusta. São una coitadinhos.
Temos que ter penas deles, não podemos prende-los.
Eu sei porque a Lola não gostou do filme"A procura da Felicidade".Esquerdistas não gostam de historias de pessoas que vão á luta e sozinha conseguem vencer.
ResponderExcluirEsquerdistas gostam é de um Estado forte que supre todas as necessidades das pessoas.
O Filme,Trata-se de um homem obstinado que luta para sobreviver e sustentar seu filho mesmo sob as mais árduas circunstâncias, sem que isso o faça ignorar os principais valores nem perder as esperanças. Gardner encontra-se nas mais desesperadas situações, sob constante pressão financeira, chegando a dormir no banheiro de uma estação de metrô e depois em abrigos. Nessa jornada angustiante, ainda é abandonado pela mulher(será que as feministas vão defender essa mulher?)), tendo que criar o filho sozinho. Mas nada disso o impede de manter o carinho e passar valiosas lições para seu filho, que depositara total confiança no pai. Os obstáculos parecem intransponíveis, mas a força de vontade de Gardner é ainda maior.
Isso serve de lição para muitos sociólogos e intelectuais que forçam uma associação de causalidade entre a pobreza e a criminalidade, como se a falta de dinheiro automaticamente criasse bandidos.
A integridade das pessoas não depende do saldo no banco. Fora isso, o filme desmonta a crença do Estado paternalista, que irá cuidar dos pobres. Pelo contrário, o governo aparece para tirar na marra e sem aviso o dinheiro que Gardner conseguiu juntar com a venda de scanners para médicos, alegando impostos atrasados. Foi a gota d’água que jogou Gardner na rua da amargura. Esse é um retrato da realidade. O governo, para dar algo, antes precisa tirar, e normalmente o fardo recai sobre os mais pobres.
Na minha forma de enxergar as coisas, penso que tanto a defesa quanto a crítica ao filme "À Procura da Felicidade" está fora de foco, virando quase uma discussão quanto ao melhor sistema político.
ResponderExcluirComo se trata de um filme baseado em fatos reais (a vida do tal Gardner), essas considerações talvez sejam dispensáveis - afinal, seria ridículo criticarmos (ou pior, elogiarmos) um filme sobre qualquer episódio histórico, como a Segunda Guerra Mundial, com base nas nossas convicções pessoais sobre o papel dos contendores...
O fato é que o filme em discussão é muuuuito bom, apesar da clara orientação de direita. A par da história que é tocante (eu chorei em vários momentos, como a hora em que o boneco do Capitão América cai e não dá para voltar buscá-lo, a outra em que eles chegam atrasados para o abrigo, e também quando o protagonista consegue o emprego - aliás, esse momento é a apoteose do filme, com uma brilhante performance do Will Smith, a quem considero um ótimo ator (desculpem-me os especialistas em cinema, mas eu realmente tenho gostado das atuações dele nos filmes que assisti, como Inimigo do Estado).
Fica então a questão: abstraindo um pouco a questão ideológica (ok, sei que ela é importante pra muita gente, mas que tal tentar?), será que a atuação do Will Smith não foi tão boa quanto acredito? A história, embora reacionária em essência, não é bela, especialmente lembrando que é baseada em fatos reais?
Claro que a forma como o filme foi defendido em outros comentários é, para mim, repugnante, especialmente pelo tom desnecessariamente agressivo contra a blogueira. Acredito também em um mundo no qual ninguém tenha de passar pelo que o personagem do filme passou, em que o Estado possa ajudar os necessitados, mas ao mesmo tempo acredito sinceramente que uma pessoa pode mudar a história que lhe é "reservada", pode quebrar espirais de pobreza, pode melhorar de vida. O esforço pessoal e certa dose de sacrifício são coisas a serem valorizadas, não desprezadas.