“Toda a mídia, assim como toda pesquisa, todo documentário, enfim, toda a informação que você lê (a não ser que venha de uma fonte primária) terá o interesse de alguém em jogo. Todos os posts que você escreve no seu blog você puxa mais para a esquerda, para o PT, para como o governo Lula é maravilhoso e tudo mais. Não adianta você ficar tentando correr atrás de uma utopia de "jornalismo ético e justo", quando nem nas coisas que você escreve você é imparcial [...]” (Leandro).
“Lola, não é por nada não, adoro o seu blog, acho vc super inteligente e tals mas... está ficando meio ridículo toda essa sua defesa ferrenha ao governo. Eu concordo com o Leandro. Como que vc quer matérias imparciais se vc é uma pessoa que jamais escreve com imparcialidade sobre o governo. Na época do mensalão, vc chegou a escrever algo sobre? Poxa, essa sua defesa está beirando o fanatismo partidário. Vc está sempre citando matérias e se revoltando de uma forma extrema, onde falam mal do governo ou de algo que está ruim no Brasil; mas e as matérias onde enchem a bola do governo, que pendem bem mais pro Lula vc não diz nada. Imagino que deva achar que é mais do que a obrigação. [...]” (Luciana).
Leandro e Luciana, com todo respeito, vocês estão sendo redundantes. Eu sempre digo que não creio em imparcialidade. Aliás, já escrevi sobre isso em abril do ano passado, num post ironicamente chamado “Ah, eu também sou neutra e imparcial”, em que dizia que a grande mídia seria mais honesta se declarasse abertamente o seu apoio a tal e tal candidato, ao invés de arrotar imparcialidade. É óbvio que não existe texto/discurso não ideológico. Tudo que falamos e fazemos revela quem somos, e defende os nossos interesses. A frase que incluí no post anterior (“sempre precisamos pensar nos interesses por trás das notícias”) é boba de tão óbvia, mas veio logo depois de outra que falava que esse novo “escândalo” sobre a tentativa de estupro do Lula pode ter sido produzido pra encobrir um outro escândalo, que não interessa à mídia. Quando há um excesso de cobertura a um assunto, geralmente há pouco ou nenhum destaque dado a um outro. Vocês lembram quando o Jornal Nacional dedicou quase uma edição inteira do noticiário ao nascimento da filha da Xuxa? Isso não foi feito por acaso. Foi feito pra não ter que falar sobre a privatização das teles, que ocorreria no dia seguinte. E existem mil exemplos assim.
Vocês estão confundindo as coisas. No meu blog, e na coluna que tenho no segundo maior jornal de SC, eu só dou a minha opinião. Vou dar a opinião de quem, se sou eu que estou escrevendo? Até cito outras opiniões, mas para comentá-las (como estou fazendo com a de vocês). Um colunista de jornal e um blogueiro trabalham com isso, com dar opinião. Ninguém lê este bloguinho que vos fala pra saber das últimas notícias do dia no Brasil e no mundo. Lê pra saber a minha opinião, e a do pessoal que comenta no “Fala gente fala”.
Um colunista de jornal é diferente de um jornalista, e se assemelha mais a um blogueiro (sem considerar o salário). Um jornalista, quando está relatando alguma coisa, deve tentar ser o mais objetivo possível. Nem sempre dá. Agora, um jornalista também é diferente de um jornal. Um jornal é uma empresa com várias pessoas. Aqui no blog sou só eu e... Ah, vocês são inteligentes. Não preciso explicar coisas tão evidentes, né? Um jornal sempre tem uma linha editorial, muitas vezes revelada diretamente nos seus editoriais. É a opinião do jornal, mas lógico que dá pra ver a opinião do jornal em cada detalhe — nas fotos escolhidas (sempre mostrando Lula ou Dilma em pose “ruim”), nas manchetes, nas entrelinhas, no fato de dar ou não destaque para uma determinada notícia. Tudo isso é ideológico, mas muitos leigos, que nunca estudaram Comunicação, pensam que uma visão só é expressa quando o autor começa uma frase com “Minha opinião sobre o assunto é...”. Nossa opinião está em todo lugar. A opinião da Veja está na capa.
A mídia no Brasil é praticamente inteirinha de direita. Defende os interesses dos patrões dos jornais, da elite, não os meus e, perdão por revelar isso, não os de vocês. A mídia daqui é igualzinha a de outros países em desenvolvimento. Se vocês estudassem como se comporta a mídia na Venezuela ou na Bolívia (países pobres que, até pouco tempo atrás, sempre elegeram os candidatos da mídia), entenderiam melhor como age a mídia daqui. E praticamente todos os colunistas seguem a linha editorial do jornal, senão não seriam contratados pra escrever no jornal. Seria formidável se jornais tivessem colunistas com visões diferentes. Seria um bom espaço pra debates, mas não é isso que ocorre. Eu talvez ainda seria leitora de jornais impressos, e não ex-leitora, se eles tivessem o mínimo de pluralidade. Não têm: pluralidade eu encontro na blogosfera. Gostaria também que eles fossem mais transparentes. E que não descessem o nível.
Este blog, vocês devem ter percebido, não é um jornal. Não tenho a infra-estrutura, o capital, o know how, ou a intenção de noticiar tudo (sem falar que este blog não existia na época do mensalão, Luciana). Quem decide a pauta do blog sou eu. Aceito sugestões, lógico. Volta e meia leitoras sugerem um tópico e eu escrevo sobre ele. Mas se eu não tiver vontade de escrever sobre aquilo, ou se eu sentir que não tenho nada pra acrescentar, ou se eu estiver sem tempo, não vou escrever. Também publico guest posts, com visões e vivências diferentes das minhas. Quando tem guest post (geralmente às quintas), digo diretamente que o texto foi escrito por outra pessoa. Nos outros posts, minha opinião está clara pra todo mundo (que não tenha grandes dificuldades em entender ironia). Eu vivo repetindo que sou de esquerda, que sou feminista, que sou pró-minorias, etc etc, e isso está refletido em todos os meus textos, inclusive nas minhas crônicas de cinema. Às vezes aparece alguém exigindo que eu deixe de ser o que sou, que deixe de escrever sobre o que me interessa. É o que vocês estão fazendo agora. Mas é um pedido bastante inócuo, entendem? Se eu parar de escrever sobre o que me interessa, o blog deixa de existir. Mas nunca pedi que esta seja a única fonte de leitura de vocês. Acho que todo mundo deve ler textos que contenham outras opiniões. E sempre ler tudo com pensamento crítico, comparar informações, pesar valores, para que possamos formular ou sustentar nossas opiniões sem grandes contradições.
E Luciana, tenho a impressão que você não lê jornais. Pelo menos, não os brasileiros. Quais são essas notícias que “enchem a bola do governo”, se até uma notícia que parecia positiva (como a alta no consumo) recebe manchete negativa? Gente, isso não é bem uma opinião, é um fato: enquanto a imprensa internacional está falando bem do Brasil o tempo inteiro, a mídia nacional fala como se estívessemos numa grande crise. E podem ter certeza que, se estívessemos na mesma situação de agora, mas governados por um partido que eles aprovam, a mídia estaria soltando rojões todos os dias. A grande mídia sempre fez campanha para partidos não de esquerda. Talvez não tanto quanto a extrema direita gostaria que fizesse... E a grande mídia tem o direito de apoiar quem quiser. Só seria mais honesto se apontasse seus apoios. Eu, que não sou grande nem mídia nem nada, digo claramente: fiz campanha pro Lula em 1989 e 94 (eu ainda não votava na época porque não tinha cidadania brasileira), votei nele em 98, 2002, e 2006, e votarei na Dilma no ano que vem. Sempre votei na esquerda. A única vez na vida em que apoiei um candidato de direita foi em 85, no FHC pra prefeito de SP, quando ele ainda não era de direita e só existia um turno.
Porém, mais do que falar do governo, meu interesse é falar da mídia. Se vocês repararem nos meus posts “políticos” (porque tudo é político; feminismo é político, falar de casamento gay é político), verão que raramente o enfoque do post é o governo. É o que a mídia diz do governo. Há uma diferença.
E realmente não consigo acreditar que vocês não achem uma “notícia” como a da Folha um golpe abaixo da cintura.
“Lola, não é por nada não, adoro o seu blog, acho vc super inteligente e tals mas... está ficando meio ridículo toda essa sua defesa ferrenha ao governo. Eu concordo com o Leandro. Como que vc quer matérias imparciais se vc é uma pessoa que jamais escreve com imparcialidade sobre o governo. Na época do mensalão, vc chegou a escrever algo sobre? Poxa, essa sua defesa está beirando o fanatismo partidário. Vc está sempre citando matérias e se revoltando de uma forma extrema, onde falam mal do governo ou de algo que está ruim no Brasil; mas e as matérias onde enchem a bola do governo, que pendem bem mais pro Lula vc não diz nada. Imagino que deva achar que é mais do que a obrigação. [...]” (Luciana).
Leandro e Luciana, com todo respeito, vocês estão sendo redundantes. Eu sempre digo que não creio em imparcialidade. Aliás, já escrevi sobre isso em abril do ano passado, num post ironicamente chamado “Ah, eu também sou neutra e imparcial”, em que dizia que a grande mídia seria mais honesta se declarasse abertamente o seu apoio a tal e tal candidato, ao invés de arrotar imparcialidade. É óbvio que não existe texto/discurso não ideológico. Tudo que falamos e fazemos revela quem somos, e defende os nossos interesses. A frase que incluí no post anterior (“sempre precisamos pensar nos interesses por trás das notícias”) é boba de tão óbvia, mas veio logo depois de outra que falava que esse novo “escândalo” sobre a tentativa de estupro do Lula pode ter sido produzido pra encobrir um outro escândalo, que não interessa à mídia. Quando há um excesso de cobertura a um assunto, geralmente há pouco ou nenhum destaque dado a um outro. Vocês lembram quando o Jornal Nacional dedicou quase uma edição inteira do noticiário ao nascimento da filha da Xuxa? Isso não foi feito por acaso. Foi feito pra não ter que falar sobre a privatização das teles, que ocorreria no dia seguinte. E existem mil exemplos assim.
Vocês estão confundindo as coisas. No meu blog, e na coluna que tenho no segundo maior jornal de SC, eu só dou a minha opinião. Vou dar a opinião de quem, se sou eu que estou escrevendo? Até cito outras opiniões, mas para comentá-las (como estou fazendo com a de vocês). Um colunista de jornal e um blogueiro trabalham com isso, com dar opinião. Ninguém lê este bloguinho que vos fala pra saber das últimas notícias do dia no Brasil e no mundo. Lê pra saber a minha opinião, e a do pessoal que comenta no “Fala gente fala”.
Um colunista de jornal é diferente de um jornalista, e se assemelha mais a um blogueiro (sem considerar o salário). Um jornalista, quando está relatando alguma coisa, deve tentar ser o mais objetivo possível. Nem sempre dá. Agora, um jornalista também é diferente de um jornal. Um jornal é uma empresa com várias pessoas. Aqui no blog sou só eu e... Ah, vocês são inteligentes. Não preciso explicar coisas tão evidentes, né? Um jornal sempre tem uma linha editorial, muitas vezes revelada diretamente nos seus editoriais. É a opinião do jornal, mas lógico que dá pra ver a opinião do jornal em cada detalhe — nas fotos escolhidas (sempre mostrando Lula ou Dilma em pose “ruim”), nas manchetes, nas entrelinhas, no fato de dar ou não destaque para uma determinada notícia. Tudo isso é ideológico, mas muitos leigos, que nunca estudaram Comunicação, pensam que uma visão só é expressa quando o autor começa uma frase com “Minha opinião sobre o assunto é...”. Nossa opinião está em todo lugar. A opinião da Veja está na capa.
A mídia no Brasil é praticamente inteirinha de direita. Defende os interesses dos patrões dos jornais, da elite, não os meus e, perdão por revelar isso, não os de vocês. A mídia daqui é igualzinha a de outros países em desenvolvimento. Se vocês estudassem como se comporta a mídia na Venezuela ou na Bolívia (países pobres que, até pouco tempo atrás, sempre elegeram os candidatos da mídia), entenderiam melhor como age a mídia daqui. E praticamente todos os colunistas seguem a linha editorial do jornal, senão não seriam contratados pra escrever no jornal. Seria formidável se jornais tivessem colunistas com visões diferentes. Seria um bom espaço pra debates, mas não é isso que ocorre. Eu talvez ainda seria leitora de jornais impressos, e não ex-leitora, se eles tivessem o mínimo de pluralidade. Não têm: pluralidade eu encontro na blogosfera. Gostaria também que eles fossem mais transparentes. E que não descessem o nível.
Este blog, vocês devem ter percebido, não é um jornal. Não tenho a infra-estrutura, o capital, o know how, ou a intenção de noticiar tudo (sem falar que este blog não existia na época do mensalão, Luciana). Quem decide a pauta do blog sou eu. Aceito sugestões, lógico. Volta e meia leitoras sugerem um tópico e eu escrevo sobre ele. Mas se eu não tiver vontade de escrever sobre aquilo, ou se eu sentir que não tenho nada pra acrescentar, ou se eu estiver sem tempo, não vou escrever. Também publico guest posts, com visões e vivências diferentes das minhas. Quando tem guest post (geralmente às quintas), digo diretamente que o texto foi escrito por outra pessoa. Nos outros posts, minha opinião está clara pra todo mundo (que não tenha grandes dificuldades em entender ironia). Eu vivo repetindo que sou de esquerda, que sou feminista, que sou pró-minorias, etc etc, e isso está refletido em todos os meus textos, inclusive nas minhas crônicas de cinema. Às vezes aparece alguém exigindo que eu deixe de ser o que sou, que deixe de escrever sobre o que me interessa. É o que vocês estão fazendo agora. Mas é um pedido bastante inócuo, entendem? Se eu parar de escrever sobre o que me interessa, o blog deixa de existir. Mas nunca pedi que esta seja a única fonte de leitura de vocês. Acho que todo mundo deve ler textos que contenham outras opiniões. E sempre ler tudo com pensamento crítico, comparar informações, pesar valores, para que possamos formular ou sustentar nossas opiniões sem grandes contradições.
E Luciana, tenho a impressão que você não lê jornais. Pelo menos, não os brasileiros. Quais são essas notícias que “enchem a bola do governo”, se até uma notícia que parecia positiva (como a alta no consumo) recebe manchete negativa? Gente, isso não é bem uma opinião, é um fato: enquanto a imprensa internacional está falando bem do Brasil o tempo inteiro, a mídia nacional fala como se estívessemos numa grande crise. E podem ter certeza que, se estívessemos na mesma situação de agora, mas governados por um partido que eles aprovam, a mídia estaria soltando rojões todos os dias. A grande mídia sempre fez campanha para partidos não de esquerda. Talvez não tanto quanto a extrema direita gostaria que fizesse... E a grande mídia tem o direito de apoiar quem quiser. Só seria mais honesto se apontasse seus apoios. Eu, que não sou grande nem mídia nem nada, digo claramente: fiz campanha pro Lula em 1989 e 94 (eu ainda não votava na época porque não tinha cidadania brasileira), votei nele em 98, 2002, e 2006, e votarei na Dilma no ano que vem. Sempre votei na esquerda. A única vez na vida em que apoiei um candidato de direita foi em 85, no FHC pra prefeito de SP, quando ele ainda não era de direita e só existia um turno.
Porém, mais do que falar do governo, meu interesse é falar da mídia. Se vocês repararem nos meus posts “políticos” (porque tudo é político; feminismo é político, falar de casamento gay é político), verão que raramente o enfoque do post é o governo. É o que a mídia diz do governo. Há uma diferença.
E realmente não consigo acreditar que vocês não achem uma “notícia” como a da Folha um golpe abaixo da cintura.
Não posso falar muito acerca disso, sou jovem e há muito (?) perdi minha esperança nas políticas (assim como a maior parte da minha geração, que, aliás, em sua maioria, hora alguma teve esperança, desesperança, frustração, etcs.)e nas suas respectivas mídias, quaisquer que sejam suas "coordenadas geográficas" (cada dia que passa a esquerda e a direita estão mais pra cima, baixo, meio, e panz).
ResponderExcluirJuro que leio o seu blog, Lola, não pelos comentários políticos, mas sim pelos feministas, esclarecedores, críticos, afins. Nesse ponto, te saúdo!
oi Lola
ResponderExcluiradoro o que v escreve,concordo com quase tudo, mas mesmo do que discordo de você entendo a sua linha de raciocinio .Pelo amor de deus, e olha que também sou ateia,as pessoas não sabem ler jornal. Eu quero dizer LER como analisar e não ler e achar que o que esta ali é uma verdade absoluta. continue assim não mude em nada. boa sorte em fortaleza.
Lola, acho lamentável vc ter que fazer um post explicando o óbvio.
ResponderExcluirA única novidade nessa história, que observamos como fenômenos nos últimos anos, é a perda de credibilidade da grande imprensa. O que eu acho muito bom, pois isso era um atentado à democracia. Não votei no Lula, mas aplaudo seu governo e fico muito feliz em ver a elite ralando pra continuar mandando. Tanto isso é verdade que a aprovação ao presidente, com todo o bombradeio contra, não se abalou em quase 8 anos. É o povo, contra todas as ideias que os veículos de grande alcance, liderados pelo JN, tentam incutir em sua mente, mostrando que a vida do brasileiro melhorou e qu eo governo fez por ele. E a elite não aceita isso, não aceita um operário como presidente e seu prestígio, com a massa e no exterior. Não aceita a boiada não mais obedecer os abastados ditadores de opinião. E tem medo, porque né?
Aqui no Rio as coisa tá feia como sempre, mas sinceramente acho que pela primeira vez um governo tenta fazer algo pra combater a violência e recuperar a imagem da cidade. E não consigo atribuir isso somente ao governo do estado. Pela primeira vez em muitos anos um presidente faz algo pelo Rio de Janeiro. Cabral tem seu mérito por se aliar ao governo federal, mas Lula foi vender o Rio lá fora, seu discurso quando a cidade foi escolhida como sede foi incrível - na époc ahavia alguma crise interna de que não me lembro e os jornais destacaram muito o fato de o Lula estar fora defendendo o Rio nas olimpíadas e não aqui. Agora o problema é consumo. O Lula é o culpado. As pessoas tem melhor poder aquisitivo, os industriais estão rindo e orelaha a orelha, e os jornais destacam o lado ruim. É sempre assim, chega a ser ridículo, mas o povo tá c*gando pro que o William Bonner fala no JN. Por que? Só pode ser porque a vida melhorou.
Sou bem pragmática e sei que no final das contas os graúdos (políticos e empresários) é que vão se dar muito bem com as olimpíadas aqui, mas se sobrar um pouco que sej apra esse povo sofrido, já é lucro e tô aplaudindo.
Beijo
Re
Lola, mais uma vez, seu pensamento é completamente análogo ao meu. Sempre enfatizo essas coisas com os meus alunos. Nós temos que ler o mundo, entender sempre além do que é dito. E a única coisa que tenho pra falar é: parabéns por esse espaço que você construiu com tanto carinho e integridade.
ResponderExcluirOi Lola!
ResponderExcluirConcordo com a Renata, eh trist voce ter que escrever para explicar que o blog eh sobre o seu ponto de vista, voce escreve a sua opiniao, sobre o que voce quiser. Eh dificil ser imparcial em um blog. Ja disse aqui que eu nao gosto do governo do Lula ou do PT, entao eu nao leio os posts sobre o governo que voce escreve, simples assim. Mas como gosto dos seus comentarios sobre as minorias e outros assuntos, sempre venho ao seu blog ver o que tem de novo. Eu gosto muito do modo como voce escreve.
Lola o sucesso na administração pública é uma coisa dificílima e acho muito bom que vc traga assuntos de política pro seu blog. Aqui em Santa Catarina eu tinha fé em Zuleika M Lenzi e Clair Castilhos mas os meninos donos da bola não lhes deram espaço/respaldo/incentivo suficientes e outra mulher com seriedade é Luiza Erundina. Mas não foram essas que chegaram ao topo. Não votarei para presidente ou governo estadual só porque seja uma mulher a concorrer.
ResponderExcluirUma coisa é certa, antes do Lula a corrupção não era tão bem mostrada ao povão.Lola: certa ou errada eu gosto é que vc argumenta!
Abraço da Fatima/ Laguna/SC
Se você pegar um grande veículo impresso do primeiro mundo,por exemplo, um americano do porte de um The New York Times ou uma Newsweek ou ainda um francês Le monde você sabe onde está pisando, esta é a diferença entre a nossa mídia e outras mais qualificadas. Um exemplo é uma Newsweek de Dezembro de 2007 (uma 'edição de balanço') que tenho aqui, onde vários especialistas comentam sobre a possibilidade ou não dos EUA continuarem no topo. O mais surpreeendente é que há um artigo do Ahmadinejad (o original, óbvio!) "An arrogant approach" algo como "Uma abordagem arrogante". Se você concordará ou não com com ele, são outros quinhentos, mas ele está lá, com seus argumentos (que convenhamos, são pertinentes, pois criticam o Bushinho). Imagine uma Veja, ou quem sabe uma Folha na fase contemporâneas fazendo isso. Quando o Fidel ( e olha que não gosto dele) saiu do poder , Veja saiu-se com essa manchete de capa(edição 2049,de fevereiro de 2008):'Já vai tarde'.Essa edição foi um festival de reinaldices (sobrou até para o seu Chico, Lola). E na mesma capa , colocou uma fotomontagem de Lula abrindo o paletó como se fosse o Super-Homem(um quadrinho no Alto à esquerda) com o lide 'Popularidade:Lula surfa nos bons números do capitalismo brasileiro'.Ou seja, queriam sorrateiramente associar a decadência do modelo cubano com O bom momento da economia brasileira (tudo a ver!). Além disso querem agregar o fator sorte ao Lula (ele bem que poderia jogar na loteria, quem sabe já estivesse rico). Isso não aconteceria em veículos sérios como os que citei acima. Essas são as bases sobre as quais argumentamos, é essa baixaria quinto-mundista da mídia nacional de tempos para cá, não há nada de partidarismo, etc, apesar de todos possuirmos tendências e ideologias várias que fazem parte do jogo democrático.
ResponderExcluirlola, vc vai pro céu.
ResponderExcluirsua paciência ñ pode ser outra que ñ seja santa!
Gentes amigas, acho que Lola faz bem de comentar os comentários e defender seu ponto, até de um ponto de vista didático mesmo. Às vezes as pessoas precisam de mais informações para entender o que para nós parece tão óbvio, quem trabalha com ensino sabe disso, compreender textos, condições de produção, momento histórico, ideologias, tudo isso misturado ao apelo terrível da mídia e de todos os afazeres e desejo de consumo é uma barra pesada. Isso faz com que muita gente, mesmo inteligente e tals, tenham muita dificuldade em compreender certas coisas. Talvez não soubessem, ou não tivessem percebido, que Lola é independente, e como ela diz, defende sua opinião e escolhe seus temas, não tem linha editorial a cumprir, nem tem que fazer matérias obrigatórias puxando sardinha para ninguém. Ela é pró-governo Lula por tudo o que tem sido de melhor em relação ao que já vivemos (e por favor, memória, gentes....), assim como eu também. Minha mãe já discorda totalmente de mim! Entende? Não preciso ser contra o governo atual porque minha mãe não gosta. A gente defende o ponto e mostra porque (mata a cobra e mostra o pau, diz o ditado). Agora, o que considero também super golpe baixo, concordo com Lola, são essas manchetes absurdas, sem provas, sem nada. Ninguém pode sair dizendo por aí coisas sobre os outros sem provas, senão tudo vira de cabeça prá baixo! Imagina teu vizinho declarando no jornal que em uma conversa você disse que tentou estuprar a filha da outra vizinha? Puxa, isso é muito prá cabeça. Se existirem provas, que apareçam. Já!
ResponderExcluirConcordo com a Renata, é duro ter que explicar imparcialidade. Tem uma diferença enorme entre o que alguém escreve em um blog - que é um veículo no geral pessoal e assinado - do que um jornalista coloca num jornal. A própria terceira pessoa já induz o leitor a pensar que aquela é A verdade, a versão final e apurada dos fatos.
ResponderExcluirE se a campanha anti-Lula já tá suja agora, medo dos próximos capítulos.
Ah, Fátima de Laguna, eu vou aprender a surfar de bodyboard neste verão de qualquer jeito, é um sonho meu, e vamos ver se bodibordamos um dia juntas em Laguna ou em Floripa!!! Abraços!!!
ResponderExcluirOi, tudo bem? Lendo os dois comentarios que você citou no teu post so reforçou uma impressao que tenho a um bom tempo: que as pessoas confundem blogagem no geral com jornalismo. Claro que nao estou falando de blogs jornalisticos especificos mas sim blogs mais diversificados como o teu ou como outros milhares. Me assusta um pouco essa super tietagem ao redor de blogs, isso de "concordo com tudo que você escreve. Leio o teu blog ja faz algum tempo, alguns textos gosto muitissimo, mas nem de longe "concordo com tudo o que você diz". Ora, temos vivências diferentes, meios de informaçao diversificados, ainda que temos posiçoes politicas muito parecidas (pelo que leio no teu blog) eu tenho outros meios de comunicaçao que me ajudam a formar minhas proprias opiniões. POis é, esse jornal todo, pode ser até um pouco desnecessario, é so porque me amedronta um pouco esse papel dos blogs na vida das pessoas, e sendo eu uma fã de blogs fico com muito medo da massificaçao de opiniões ê que podem vir dessa tietagem.
ResponderExcluirUm abraço, Samya
P.S.: não vejo nenhum problema você ganhar uma grana com o teu blog e se for com livros melhor ainda.
CLAP, CLAP, CLAP
ResponderExcluirem maiúsculas para você ouvir daí eu batendo palmas para vc!
Você não tem um poste que eu acho enfadonho.
ResponderExcluirLolinha,
ResponderExcluirEu já ia bater palmas pra você e pros comentários (Marcos Vinicius foi porreta!), mas aiaiai foi mais rápida no gatilho. Só me resta copiar... CLAP, CLAP, CLAP, CLAP!!
Se você mudasse essas mesmas pessoas voltariam daqui um tempo para reclamar que você já não é mais a pessoa crítica que era antes hasudhausdkaus
ResponderExcluirAve Lola ;) "CLAP, CLAP, CLAP"³
Bjus
Oi Lola,estou aqui todos os dias, nunca fiz comentarios.
ResponderExcluirGosto muito de suas postagens.Como voce pensa e é, enfim acho você brilhante.
Adorei a resposta dada a esses 2 comentarios. Siga escrevendo pois precisamos muito de pessoas como você.
Um abração
Mirtes- Porto Seguro -BA
Obrigado Masegui, são seus olhos...rsrsrs
ResponderExcluirQuanto à Samya, penso que ela está equivocada, pois confundiu uma força de expressão 'Concordo com tudo o que você diz' com massificação...O leitor não está dizendo que concorda com tudo o que o autor diz ,mas sim com o que ele disse naquele momento. Se você garimpar neste blog poderá ver que a mais ardorosa leitora/leitor às vezes discorda de algo escrito pela Lola. Inclusive eu. Já não disse ,aquele certo Nelson que, toda unanimidade é burra? Pois bem, somos seguidores de Nelson, porque queremos a divergência saudável, que agrega valor, traz novas perspectivas e nos faz crescer como cidadãos. Alguém aí pode me dizer qual jornal, revista, emissora de rádio, TV aberta ou a cabo faz isso? Abrir um leque de comentários diversos para o enriquecimento de algum debate ou tema sugerido?Quem de nós já não enviou cartas para um grande jornal (a Folha, por exemplo) ou qualquer outro e nunca teve nada publicado? Agora eles tem uma tendência e publicam junto com cartas de 'mortais' cartas e e-mails de quem já tem possibilidade maior de visibilidade, expressão, que está sempre na mídia, tais como políticos, grandes empresários, artistas. O Marcelo Madureira teve uma carta publicada no painel do leitor da Folha de ontem elogiando o tal Benjamim que falou coisas contra o Lula sem provas. Pô, o cara é famosíssimo está diuturnamente na mídia e ainda tem espaço no painel do leitor para falar uma bobagem dessa? Haja paciência!Estamos numa fase de transição, com certeza o jornal no formato que conhecemos(diário) acabará, claro que talvez continue um modelo mais analítico, possivelmente semanal ou bissemanal. Isso está acontecendo no mundo todo, EUA, Europa, Brasil. O problema é que no Brasil parece que o jornal (e parece que também as revistas semanais) acabarão mais depressa, isso devido à incompetência de seus editores, que tem somente olhos para grupos que lhe sustentam, esquecendo-se que o seu maior patrimônio é a independência, a pluralidade e consequentemente o leitor (isso porque o leitor consciente quer isso mesmo).
Hm, Lola...
ResponderExcluirEntão, concordo com o que você disse agora: lógico que aqui, a SUA opinião vai ser destaque. Nada mais justo.
E claro, claro, que você pode citar apenas os fatos que de alguma forma embasam a sua opinião, e deixar os demais de lado.
Eu também sou uma defensora do Lula, antes que digam qualquer coisa. Acho realmente que foi o melhor governo da história desse país, especialmente no aspecto econômico e (brilhantemente) na política internacional. Palmas para o governo.
Mas, sabe, sempre pensei que o senso ético de blogueiros como você fosse infinitamente superior que o dos grandes jornais. Como você mesma disse, tá na cara que eles defendem alguém, mas tentam desesperadamente fingir que não.
Aqui, você também defende alguém, mas não finge nada, é tudo escancarado. A sinceridade está presente, nesse ponto.
Claro que você pode agir como vem agindo, mas eu esperaria mais. Eu esperaria você se entristecer com algo como o mensalão e outros escândalos políticos que estouraram desde 2002. Você sabe que, se fosse o FHC, você se revoltaria. Acho que o critério devia ser o mesmo, num mundo ideal.
É mesmo uma questão de coerência: você sempre defende o justo, o bom e o bonito do mundo, e eu admiro isso. Defenda sempre, então. Sempre.
RENATA!
Pois então Bau aprenda mesmo. É um esporte ótimo. Aqui de Laguna foi que saiu a campeã do mundo Soraia Rocha que hoje é casada com o Brizola, que tambem pratica surf . Foi lindo ela chegar de barco e os amigos surfistas a saudavam de dentro d'água. A cerimônia ocorreu ali a céu aberto no cais do centro histórico. Temos tambem a Juliana Pacheco, outra campeã daqui, que participou de muitos eventos internacionais e de uma competição naquele fenômeno que ocorre no encontro dos rios - a POROROCA. Entrevistei-a recentemente no site Farol Imagem. Sucesso com a prancha menina Bau!Bj da Fatima.
ResponderExcluirSó um adendo: A pororoca não é exatamente encontro dos rios. Na verdade é fenômeno bem mais complexo que só os especialistas explicam direitinho . Grosso modo compreendo que a água do oceano adentra rio acima formando uma onda. Tal ocorrencia depende da lua, etc e tals.
ResponderExcluirNo YouTube há muitos filmes de surf na pororoca. Aventura radical, pena que não posso mais volver a los dezessete...
Abraço da Fatima/Laguna
Nossa!Gostei muito do post!
ResponderExcluirGostaria de sua permissão para publicá-lo no meu blog,eu sei que o post é antigo (ano passado ),mas reflete muito bem o que estamos passando nessas eleições.Se a resposta for sim,claro,vou dar a refêrencia do blog.Se for não,não tem problema,viu.
Aguardo respostas!
O link do meu blog é esse : http://quietonomeucanto.blogspot.com/
Pode publicá-lo, Robinho, com o devido link e tal. Abraço!
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