É até sacanagem incluir Forever como livro trash e subliteratura, porque no fundo ele pertence a um gênero distinto: o de literatura pra adolescentes. Lembro que, quando eu estudava numa escola americana em São Paulo, tive que pedir permissão aos meus pais pra ler dois livros. Agora, não lembro se os livros estavam na biblioteca da escola, e eu precisava de permissão pra pegá-los, ou se eu tinha em casa, e precisava de permissão pra escrever um book report (uma espécie de resenha crítica). Tinha um professor muito bom, americano, que dava pontos a mais na nota pra quem escrevesse resenhas. Como eu adorava ler e também redigir minhas críticas, não era problema nenhum pra mim. Eu escrevia montes; ele gostava e geralmente pedia pra que eu mandasse as resenhas pra publicação (no jornal da escola ou das comunidades americanas). Enfim, ele sempre foi um incentivador meu, e ficou muito decepcionado quando eu disse que não queria passar quatro anos nos EUA cursando uma faculdade. Depois que eu terminei o segundo grau, em 86, infelizmente perdi contato com o Mr. Studer. Uma amiga minha contou que pouco depois ele voltou pra Minneapolis, onde havia nascido, e trabalhou como taxista (!). Ele me influenciou em várias áreas. Até cantava uma musiquinha pra ilustrar minha teimosia: “Whatever Lola wants, Lola gets” (o que a Lola quer, a Lola consegue). Se eu já era auto-confiante antes de conhecê-lo, fiquei mais ainda.
Mas então, voltando: os dois livros que precisei pedir permissão pros meus pais foram O Amante de Lady Chatterley, do D. H. Lawrence - o que é até compreensível, já que é um lindo romance erótico e, de muitas formas, feminista - e Forever. Eu já havia lido outros livros da Judy Blume (foto), autora especializada em literatura juvenil. Ela tem um estilo simples, direto, com vocabulário fácil e historinhas bem água-com-açúcar. Até hoje lembro de um em que umas pré-adolescentes se reuniam e pediam: “We must, we must, we must increase our bust” (“Precisamos, precisamos, precisamos aumentar nossos seios”), desesperadas que o corpo adulto tava demorando pra chegar.
Mas Forever é diferente, e pra uma faixa etária um pouco mais velha. É a história de uma mocinha de 17 anos que se envolve com um rapaz da mesma idade. Ela é virgem; ele transou apenas uma vez, e os dois são muito chatinhos. Total falta de humor e tal. Parece que a autora tomou a decisão de deixar os personagens que seriam mais interessantes de coadjuvantes. O melhor amigo do rapaz é um aspirante a ator em dúvida sobre sua sexualidade. Uma amiga gorda da protagonista tem vários parceiros, engravida sem saber quem é o pai e, ao invés de abortar, decide ter o filho e colocá-lo pra adoção (tipo Juno). Mas a gente tem que ficar com o casalzinho chato, que sai durante meses e troca juras de amor antes que a mocinha decida que quer perder a virgindade com seu namorado, Michael. Depois da primeira vez (ruim, com ejaculação precoce da parte dele, e com minúsculas gotinhas de sangue da parte dela), ela narra (minha tradução): “Voltando pra casa pensei, não sou mais virgem. Nunca mais terei de passar por esse negócio da primeira vez novamente e estou contente - que bom que acabou! Mesmo assim, não posso deixar de me sentir desapontada. Todo mundo faz um grande auê em torno disso. Mas Michael provavelmente está certo - precisamos de prática. Não consigo imaginar como seria a primeira vez com alguém que você não ama”.
Ou seja, é tudo muito inocente, principalmente nos dias de hoje, em que os adolescentes brasileiros “ficam” e, nos EUA (mais conservadores), várias meninas fazem de tudo, menos romper o hímen (o que, convenhamos, é de uma hipocrisia ridícula. A pessoa faz sexo anal e oral e se considera virgem por ainda ter uma membrana?). Mas o livro é de 1975 e é sexualmente explícito em algumas partes. Por exemplo, o pênis do rapaz recebe o apelido de Ralph. Com a popularidade do livro, o nome Ralph virou motivo de gozação e caiu em desuso (como o nosso Bráulio). Tá, mesmo as passagens mais explícitas não são muito escandalosas: “Dormimos por uma hora e quando acordamos Ralph estava duro de novo. Desta vez Michael fez com que durasse muito mais, e eu fiquei tão excitada que segurei suas costas com as minhas mãos, tentando fazer com ele fosse mais fundo - e abri minhas pernas o quanto pude - e levantei os meus quadris - e eu me mexi com ele, de novo e de novo e de novo - e finalmente, eu gozei. Gozei antes do Michael e fiz sons, como os da minha mãe. Michael também fez”. Esta é a parte mais pesada do livro, pois descreve um orgasmo.
O ponto alto mesmo é quando a protagonista decide ir, sozinha, a um centro de planejamento familiar. Ela e o namorado usam camisinha desde a primeira vez, mas ela quer adotar a pílula. O livro se torna bem didático nesse momento em que vários métodos contraceptivos são discutidos. As edições novas já vem com uma página inicial em que a autora avisa: “Quando escrevi Forever, em meados dos anos 70, responsabilidade sexual significava prevenir uma gravidez indesejada. Hoje, responsabilidade sexual também significa prevenir doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a Aids, que pode te matar. No livro, Katherine [a protagonista] visita uma clínica e recebe uma receita médica para tomar a pílula. Hoje, ela seria instruída de que é essencial que use uma camisinha, junto a qualquer outro método contraceptivo. Se você vai se tornar sexualmente ativa(o), você precisa assumir responsabilidade pelas suas ações e pela sua própria vida. Para mais informação, contate ...”. Super direto e educativo. Ótimo, né?
Ahn, não. Forever está na lista dos livros proibidos nos EUA. É assim: não quer dizer que esteja proibido, apenas que milhões de pais, todos os anos, tentam (e conseguem) varrê-lo das bibliotecas públicas e escolares de sua cidade, para que seus filhos não tenham acesso a essa sujeirada toda. A direita cristã americana tem uma longa lista de livros banidos. Entre eles, muitos que eu amo: O Senhor das Moscas, de William Holding, Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger, Laranja Mecânica, de Anthony Burgess, Admirável Mundo Novo, de Aldoux Huxley, A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller, Ratos e Homens e Vinhas da Ira, de John Steibeck. Além de todos os Harry Potter (por incentivarem bruxaria), e vários do Stephen King, como Carrie, Cujo, Christine e Iluminado. Ah, e não podemos nos esquecer desse livro perigosíssimo que é... Chapeuzinho Vermelho. Veja mais livros da lista dos livros banidos aqui (não inclui todos).
Mais de três décadas após Forever ter sido publicado, sua autora, Judy Blume, não consegue entender como seu livro é mais perseguido hoje que em 75. Ela conta que, na década de 80, algumas escolas até chegaram a incluí-lo como parte das aulas de educação sexual. Hoje os pais conseguiram também acabar com essa pouca vergonha de aulas de educação sexual. Eu tive que trazer permissão por escrito pra poder ler Forever; agora o livro está fora do catálogo de inúmeras bibliotecas. E na liberal Califórnia, em 2005, uma criança de seis anos foi processada por assédio sexual porque levou sua cópia de Forever para emprestar a um coleguinha.
Para Sempre parece que também poderia ser o título do puritanismo americano.
Mas então, voltando: os dois livros que precisei pedir permissão pros meus pais foram O Amante de Lady Chatterley, do D. H. Lawrence - o que é até compreensível, já que é um lindo romance erótico e, de muitas formas, feminista - e Forever. Eu já havia lido outros livros da Judy Blume (foto), autora especializada em literatura juvenil. Ela tem um estilo simples, direto, com vocabulário fácil e historinhas bem água-com-açúcar. Até hoje lembro de um em que umas pré-adolescentes se reuniam e pediam: “We must, we must, we must increase our bust” (“Precisamos, precisamos, precisamos aumentar nossos seios”), desesperadas que o corpo adulto tava demorando pra chegar.
Mas Forever é diferente, e pra uma faixa etária um pouco mais velha. É a história de uma mocinha de 17 anos que se envolve com um rapaz da mesma idade. Ela é virgem; ele transou apenas uma vez, e os dois são muito chatinhos. Total falta de humor e tal. Parece que a autora tomou a decisão de deixar os personagens que seriam mais interessantes de coadjuvantes. O melhor amigo do rapaz é um aspirante a ator em dúvida sobre sua sexualidade. Uma amiga gorda da protagonista tem vários parceiros, engravida sem saber quem é o pai e, ao invés de abortar, decide ter o filho e colocá-lo pra adoção (tipo Juno). Mas a gente tem que ficar com o casalzinho chato, que sai durante meses e troca juras de amor antes que a mocinha decida que quer perder a virgindade com seu namorado, Michael. Depois da primeira vez (ruim, com ejaculação precoce da parte dele, e com minúsculas gotinhas de sangue da parte dela), ela narra (minha tradução): “Voltando pra casa pensei, não sou mais virgem. Nunca mais terei de passar por esse negócio da primeira vez novamente e estou contente - que bom que acabou! Mesmo assim, não posso deixar de me sentir desapontada. Todo mundo faz um grande auê em torno disso. Mas Michael provavelmente está certo - precisamos de prática. Não consigo imaginar como seria a primeira vez com alguém que você não ama”.
Ou seja, é tudo muito inocente, principalmente nos dias de hoje, em que os adolescentes brasileiros “ficam” e, nos EUA (mais conservadores), várias meninas fazem de tudo, menos romper o hímen (o que, convenhamos, é de uma hipocrisia ridícula. A pessoa faz sexo anal e oral e se considera virgem por ainda ter uma membrana?). Mas o livro é de 1975 e é sexualmente explícito em algumas partes. Por exemplo, o pênis do rapaz recebe o apelido de Ralph. Com a popularidade do livro, o nome Ralph virou motivo de gozação e caiu em desuso (como o nosso Bráulio). Tá, mesmo as passagens mais explícitas não são muito escandalosas: “Dormimos por uma hora e quando acordamos Ralph estava duro de novo. Desta vez Michael fez com que durasse muito mais, e eu fiquei tão excitada que segurei suas costas com as minhas mãos, tentando fazer com ele fosse mais fundo - e abri minhas pernas o quanto pude - e levantei os meus quadris - e eu me mexi com ele, de novo e de novo e de novo - e finalmente, eu gozei. Gozei antes do Michael e fiz sons, como os da minha mãe. Michael também fez”. Esta é a parte mais pesada do livro, pois descreve um orgasmo.
O ponto alto mesmo é quando a protagonista decide ir, sozinha, a um centro de planejamento familiar. Ela e o namorado usam camisinha desde a primeira vez, mas ela quer adotar a pílula. O livro se torna bem didático nesse momento em que vários métodos contraceptivos são discutidos. As edições novas já vem com uma página inicial em que a autora avisa: “Quando escrevi Forever, em meados dos anos 70, responsabilidade sexual significava prevenir uma gravidez indesejada. Hoje, responsabilidade sexual também significa prevenir doenças sexualmente transmissíveis, inclusive a Aids, que pode te matar. No livro, Katherine [a protagonista] visita uma clínica e recebe uma receita médica para tomar a pílula. Hoje, ela seria instruída de que é essencial que use uma camisinha, junto a qualquer outro método contraceptivo. Se você vai se tornar sexualmente ativa(o), você precisa assumir responsabilidade pelas suas ações e pela sua própria vida. Para mais informação, contate ...”. Super direto e educativo. Ótimo, né?
Ahn, não. Forever está na lista dos livros proibidos nos EUA. É assim: não quer dizer que esteja proibido, apenas que milhões de pais, todos os anos, tentam (e conseguem) varrê-lo das bibliotecas públicas e escolares de sua cidade, para que seus filhos não tenham acesso a essa sujeirada toda. A direita cristã americana tem uma longa lista de livros banidos. Entre eles, muitos que eu amo: O Senhor das Moscas, de William Holding, Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger, Laranja Mecânica, de Anthony Burgess, Admirável Mundo Novo, de Aldoux Huxley, A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur Miller, Ratos e Homens e Vinhas da Ira, de John Steibeck. Além de todos os Harry Potter (por incentivarem bruxaria), e vários do Stephen King, como Carrie, Cujo, Christine e Iluminado. Ah, e não podemos nos esquecer desse livro perigosíssimo que é... Chapeuzinho Vermelho. Veja mais livros da lista dos livros banidos aqui (não inclui todos).
Mais de três décadas após Forever ter sido publicado, sua autora, Judy Blume, não consegue entender como seu livro é mais perseguido hoje que em 75. Ela conta que, na década de 80, algumas escolas até chegaram a incluí-lo como parte das aulas de educação sexual. Hoje os pais conseguiram também acabar com essa pouca vergonha de aulas de educação sexual. Eu tive que trazer permissão por escrito pra poder ler Forever; agora o livro está fora do catálogo de inúmeras bibliotecas. E na liberal Califórnia, em 2005, uma criança de seis anos foi processada por assédio sexual porque levou sua cópia de Forever para emprestar a um coleguinha.
Para Sempre parece que também poderia ser o título do puritanismo americano.
Nossa, fiquei chokita. "O apanhador..." foi banido? Jesus...
ResponderExcluirÉ impressionante como os EUA entraram com o pé direito no século... XVII!
Mark Twain, William Shakespeare, Chaucer, Rousseau! Baniram "Ponte para Terabithia" - minhas filhas amaram o filme e o livro!
ResponderExcluirEu sempre li sobre a decadência de toda uma nação, mas jamais pensei que VIVERIA para ver esse processo - e de forma tão acelerada...
Ãh? Alguém ler Sidney Sheldon em um colégio então deve ser quase um crime. o.O
ResponderExcluirNO Brasil, há algum tempo, "O Cortiço" já foi guardado a sete chaves.
ResponderExcluirIsso me lembra que, na Ditadura Militar a ordem era queimar todos os livros considerado Subversivos, assim apreenderam um livro na biblioteca da Universidade Federal de Pernambuco sobre o "Cubismo", porque as antas da ditadura achavam que era sobre Cuba. Havia também uma ordem de prisão contra Sófocles, pois este havia escrito uma obra obscena, totalmente contra a moral e os bons costumes, em que "o filho matava o pai e casava-se com a mãe" (Édipo Rei)... Aliás quiseram proibir a novela Global baseada nessa tragédia.
Quando uma sociedade (ou um nincho social) se volta contra os livros, é sinal de alerta máximo, o caso mais clássico é a queima de livros por Hitler.
P.S. Lola, mandei o e-mail de Denise pro seu e-mail...
Este post lembra-me porque minha cabecinha caipira fica tão confusa about USA. CuméquipodeDeusdocéu?
ResponderExcluirE quando as crianças chegam em casa após a aula, ligam na MTV e assistem a clipes em que rappers se auto-intitulam "pimps" e têm vinte mulheres semi-nuas do lado.
ResponderExcluirWay to go, america.
Essa lista de livros proibidos também pode ser uma lista de dicas literarias...
ResponderExcluirQueria entender porque a sexualidade ofende tanto, como se não fosse normal. Tanto é normal e comum que a humanidade está inchada como está, não é verdade?
O problema da "ultra-direita-cristã" é que ela confunde bastante informação e permissão com incentivo. E nem se fosse. Não sabem lidar com a liberdade de escolhas, e o perigo do livro está aí não é verdade? Nos fazer ver outras possibilidades...
Bj
puxa, que horror!!! é muito triste pensar que os americanos ainda insistem tanto nesse falso pudor...
ResponderExcluiralguns destes titulos eu ja li, outros so vi os filmes e sao uns dos meus preferidos, como Laranaja Mecanica e O Senhor das Morcas(que, por sinal, assisti na escola)
vou copiar a lista de livros banidos no meu caderninho sob o título: "Os 100 (?) livros que preciso ler antes de morrer"
...depois não sabem por que a política da abstinência não deu certo nem na casa da Sarah Palin!
ResponderExcluir"Essa lista de livros proibidos também pode ser uma lista de dicas literárias..."
ResponderExcluirComentário 10, Babs!
A Judy Blume é isso mesmo, simples e direta. quando eu comecei a ler os livors dela eu tinha uns 8-9 anos e foi a série do Fudge (eu ainda tenho um deles de capa dura que comprei criança). É que essa série conta a vida do Peter um menino (nessa idade de 8-9 anos) tem um irmão (o Fudge)que é um capeta, uma irmã, sai de downtown NY para morar em Princeton, e outras coisas que acontecem com crianças de 8,9 anos. São essas lembranças boas da infância. :)
ResponderExcluirEu li Forever no middle school e lembro que achei muito educativo e me levou a uma conversa boa com a minha mãe.
Ela tem outro livro nessa lista: Blubber, sobre bullying (dizem que tem linguagem inapropriada para o age group, mas eu acho que é porque a menina do livro se revolta contra as outras que fazem o bullying).
Daqui a pouco vão banir o "Are you there god? It's me Margaret".
Eu hein...gente doida...
ResponderExcluirNão entendi porque "O Apanhador..." foi banido o.0
Mas acho que não é pra entender né?
Opa, agora que fui ver a lista. Cem anos de solidão faz mal para criancinhas?
ResponderExcluirÉ verdade, Su: parece que os EUA continuam no puritanismo do século XVII! O que mais me escandaliza é que parece que eles REGREDIRAM! Não eram assim nos anos 60 e 70. Se bobear, nem nos 50! Claro, não é os EUA inteiro que é assim. Mas tem uns 25%, 30% da população que vem crescendo a cada ano e que insiste em ter um país religioso, sem separação entre Estado e Igreja. E eles queimam livros...
ResponderExcluirPaula, ah brincou... Sidney Sheldon não é material de escola. Imagino que por isso também Lolita deve ter ficado de fora da lista. É só referente a livros “escolares”.
Gio, bem lembrado! Eu tava pensando no Cortiço enquanto escrevia o post. Adoro esse livro! E eu lembro que, mais ou menos na mesma época que eu tinha que pedir permissão aos meus pais pra ler Judy Blume, no currículo brasileiro da escola (porque a gente se formava com diploma brasileiro e americano), a gente tinha que ler O Cortiço - que eu sempre achei muito mais sexual que Forever!
ResponderExcluirHa ha, queimaram um livro sobre cubismo pensando que era sobre Cuba?! Essa vc inventou, Gio!
Obrigada pelo email da Denise. Mas o blog dela voltou ao ar, felizmente (e, claro, ela deve ter recebido dezenas de emails avisando).
Mario Sergio, eu também fico perplexa, acredite.
Marjorie, duvido que essas crianças, filhas de gente da direita cristã, possa ver MTV. Geralmente a TV é proibida na casa delas, ou só é permitida em canais especiais. É claro que ver rappers (ou qualquer negro) tá fora de cogitação.
ResponderExcluirBabs, não é? Eu também fiquei com vontade de ler uns livros depois de ver a lista. Aliás, já comecei. Vi que The Bell Jar, da Sylvia Plath, tava na lista. Faz anos que ele tá na minha estante e nunca me animei. Agora estou lendo.
É ridículo isso da direita cristã querer “proteger” seus filhos. “Proteger” inclui até não falar de menstruação pras meninas (pros meninos, dã). Ela deseja que as crianças se casem cedo e, lá, no sagrado matrimônio, estarão protegidas contra todas as perversões. Quem precisa de informação pra procriar, né? É só fazer! Prazer sexual é coisa do diabo, como todos nós sabemos.
Bárbara, boa! Copia a lista e leia logo esses livros! Muitos vão te decepcionar e vc vai ter que coçar muito a cabecinha pra entender por que eles foram proibidos. Mas qualquer lista com Laranja Mecânica e Senhor das Moscas tá boa pra mim!
ResponderExcluirMar, certamente lá na casa da Palin Forever não entra! E assim as filhas dela ficam protegidas do mal e das péssimas influências.
Su, é mesmo. É uma lista que incentiva a leitura! Vai duvidar que as vendas desses livros aumentaram desde que foram banidos?
ResponderExcluirKaká, lamento desapontá-la: Are you there God? It's me Margaret TÁ NA LISTA DOS BANIDOS! Quase todos da Judy Blume estão. O Are you There porque fala da primeira menstruação. É, esse também não é um tema apropriado pras pré-adolescentes, sabe? Quando acontecer elas vão agir como a Carrie no livro do Stephen King (outro proibido), mas tudo bem. E Deenie, vc leu? Que é pra meninas de 13 anos? Esse tb tá proibido. Encontrei na wikipedia a razão. O livro menciona masturbação e menstruação:
“ "[That week] I touched my special place practically every night. It was the only way I could fall asleep and besides, it felt good." [p. 90] and "Usually I take a shower and get out as fast as I can, but I liked the feeling of relaxation and I rubbed my special spot with my wash cloth until I got that special feeling." [pg.97] These, along with a discussion about menstruation and masturbation on the following few pages led by a gym teacher, are the core of the objections to the novel.”
Pois é, um atentado violentíssimo ao pudor!
Princesa, bom, Senhor das Moscas não tem nenhuma cena de sexo, já que são só meninos na ilha. E nem menciona masturbação nem nada. Acho que proibiram porque não gostaram da visão sem fé do livro. Deve ser o mesmo pra Apanhador.
ResponderExcluirPaula, Cem Anos de Solidão tá lá também? Se tá, é porque algum mal horrível deve fazer.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirImagina se eles tivessem Jorge Amado nas aulas do ginásio, como eu tive aqui. Direto pra fogueira.
ResponderExcluirNossa... banir livros considerados obscenos e muito sexualmente explícitos eu até entendo. É uma completa idiotice é claro, mas até consigo entender porque os ultra-religiosos e conservadores se sintam assim. Mas daí a banir Steinbeck? C'mon.
ResponderExcluirTem uma mínima cena de sexo em The Grapes of Wrath, e é apenas sugerida, de dois parágrafos. Só.
Como quem fez uma dissertação inteira em cima dessa obra devo dizer que o medo do livro só pode vir do fato dele mostrar o lado podre do capitalismo e do sonho americano. Se bem que isso também é considerado obsceno pelos conservadores... Isso que o Steinbeck era super pró-governo.
E deve ser perigoso mesmo ler The Grapes of Wrath numa época como agora... pois você consegue associar toda a história da Depressão com a crise econômica atual. É um dos livros mais atuais que li ultimamente, e foi escrito em 1939.
Perigo mesmo essa hitória de se sentir revoltado com o fato de pessoas estarem passando fome porque um punhado de investidores foi muito ganancioso. De famílias serem destruídas porque o sistema capitalista não soube se regular como todos pensaram que faria... Perigoso mesmo saber que a desigualdade e preconceito são inerentes ao american way of life...
É, no fim entendo porque eles querem banir livros como esse...
Um abraço,
Renata.
Comentários sobre "a lista" (Advogando para o diabo puritanista):
ResponderExcluirFanny Hill (Memoirs of a Woman of Pleasure) by John Cleland
Nâo existe prostituição no mundo, muito menos(em menor ou maior grau) forçada, e prostitutas não podem um dia vir a ter um final feliz, única exceção foi Madalena...
Lord of the Flies by William Golding
Crianças não podem transgredir a ordem/culturar estabelecida, e ainda não terem nenhuma punição ao final
My Friend Flicka by Mary O'Hara
Um menino tendo uma Égua como amiga, só pode ser sobre zoofilia
One Flew Over The Cuckoo's Nest by Ken Kesey
Conversa fiada, dizer que há torturas e lobotomias sob tutela do Estado. E que história é essa de insubordinação?
One Hundred Years of Solitude by Gabriel Garcia Marquez
O problema não é a obra em si, mas Gabito é persona non grata nos EUA
Tarzan of the Apes by Edgar Rice Burroughs
Aí já é querer demais, um homem sendo criado por chimpanzés?
The Adventures of Tom Sawyer by Mark Twain
Outro caso de criança levada que se dá bem no final, isso é um absurdo.
The Color Purple by Alice Walker
Só pode ser coisa do demo, não existe relação incestuosa , muito menos forçada, em parte nenhuma do mundo...
To Kill A Mockingbird by Harper Lee
Se ele era Negro não poderia ser inocente nunca...
Twelfth Night by William Shakespeare
Triângulo amoroso e transgênero num só lugar
Suzana, brigadim! Mas não é? Agora fiquei com vontade de ler todos para ver qual é. Mas vamos ver né? O que é proibido, em geral, é mais gostoso, mas também decepciona: "Mas era só isso? Que bobagem..."
ResponderExcluirÉ mesmo, Débora! Jorge Amado... Esse não entraria nunca num currículo americano. Eles baniram até um clássico regional deles como Huckleberry Finn!
ResponderExcluirRenata, talvez isso tudo de Vinhas da Ira ser anti-capitalista tenha influenciado a proibição. Mas o principal mesmo, aposto, é a cena no final, em que a Rose-of-Sharon dá de mamar a um homem adulto, morrendo de fome. Isso, pra direita cristã, é pornografia pura! Esse pessoal considera amamentação, como menstruação, um mal necessário. Menstruação certamente foi um jeito que Deus escolheu de punir a mulher pela desfeita da Eva. Amamentação é pra ser feito às escondidas, nunca na frente de outras pessoas. E só se for desassociando o peito que amamenta do peito que é zona erógena. Sabe que o filme Vinhas da Ira, de 1940, ganhador de Oscar e tudo mais, excluiu a cena da amamentação, né? Por ser considerada polêmica demais. Imagina: pra uma sociedade conservadora como a americana dar o peito prum bebê mamar já é polêmico, e não deve ser feito em público; dar o peito prum homem, então, é inaceitável! Vamos banir o livro, já que esse Steinbeck, além de comunista, era o maior tarado!
Ótimas explicações, Gio! Aliás, graças a vc, eu vou ler Fanny Hill! Minha mãe encontrou o livro numa das estantes dela e já passou pra mim. Obrigada.
ResponderExcluirEu não conheço esse My Friend Flicka. Tarzan é também por nos fazer pensar na evolução, e a direita cristã não acredita nessas coisas! Ah, pra quem não domina o inglês, “One Flew Over the Cukoo's Nest” virou “Um Estranho no Ninho”. Nunca li o livro, mas tenho o filme super famoso com o Jack Nicholson aqui em casa. E adoro. Muitas dessas obras devem estar incluídas na lista dos proibidos apenas pela linguagem inadequada. Acho que Huckleberry Finn é por isso. E no caso não partiu da direita cristã, que não tem absolutamente nada contra usar o termo “nigger”, mas de grupos anti-racistas. O que também é uma enorme besteira! Só porque personagens de um livro usam termos racistas não quer dizer que o livro seja racista...
Babs, pois é, o proibido é mais gostoso. E geralmente dá o maior gás pra uma obra!
Olha Lola se o Gio está inventando a história do livro sobre cubismo eu não sei, mas que eles chamaram o Raul Seixas e o Paulo Coelho para dar explicações sobre a tal "Sociedade Alternativa" querendo nomes dos perticipantes e tudo mais, ah eles chamaram! Então confundir cubismo com Cuba era fácil né.
ResponderExcluirNão duvido de mais nada em relação aos EUA depois do "Anel da Pureza" proibir livro é fichinha.
Hipocrisia total"
"Eu não conheço esse My Friend Flicka. Tarzan é também por nos fazer pensar na evolução, e a direita cristã não acredita nessas coisas!"
ResponderExcluirMas não te lembras do seriado "Flicka"(reprisado na nossa infância)?
Sobre Tarzan, a ligação com evolucionismo vs creacionismo é inevitável (mas esqueci de mencionar...)
Tô de queixo caído.
ResponderExcluirpoxa, você acredita que eu nem lembrei da cena do final? Pra mim não tem nada de sexual nela. É uma cena tão humana, tão crua, tão extrema, tão real.. que pra mim não levava nada de sexual.
ResponderExcluirMas com certeza você está certa e é uma grande razão do livro ter sido banido em alguns lugares. Outros fatores também devem ter sido a linguagem, a má representação da Califórnia (na Califórnia) e de Oklahoma (em Oklahoma)...
Sabia que os editores do Steinbeck queriam que ele tirasse a última cena? Só tem uma pagina mesmo... pra eles seria mais seguro. Mas ele se recusou, bateu o pé no chão. Eu, particularmente, a-do-ro a cena. Ela é Uncanny na minha opinião, causa uma estranheza, um certo desconforto.
Mas é justamente essa cena que faz com que você feche o livro com aquela sensação sabe? De ter lido algo que muda sua visão do mundo um pouquinho. Você deve saber bem do que estou falando, quando você fecha o livro e fica olhando pro vazio... ainda absorto e "stunned" com a experiência... já sentindo um pouco de saudade daquele mundo da obra, daqueles personagens... [ai que saudade de Grapes of Wrath.. já quero ler de novo...]
Eu tenho o filme do John Ford sim, já vi várias vezes e até fiz um trabalho sobre ele. Mas o filme é tão mais light que nem vale a pena falar das diferenças. É um filme esperançoso, enquanto que o livro é bem mais dark.
Um abraço,
Renata.
ps: estava com saudades de participar dos posts. :)
Do Febeapá de 1966, do saudoso Stanislaw Ponte Preta/Sérgio Porto:
ResponderExcluir"Em Niterói — isto é até pecado, cruzes!!! — numa feira de livros instalada na Praça Martim Afonso, a polícia apreendeu vários exemplares da encíclica papal "Mater et Magistra", sob a alegação de que aquilo era material subversivo."
"Era lançada a peça "Liberdade, Liberdade", de Millôr Fernandes e Flávio Rangel, que teve uma publicidade impagável (nos dois sentidos) organizada pela linha dura. Agentes de uma sociedade terrorista tentaram tumultuar o espetáculo e o promoveram de tal maneira que "Liberdade, Liberdade" está em cartaz há quase dois anos; um recorde nacional, graças ao Festival."
"Foi então que estreou no Teatro Municipal de São Paulo a peça clássica "Electra", tendo comparecido ao local alguns agentes do DOPS para prender Sófocles, autor da peça e acusado de subversão, mas já falecido em 406 A.C."
"Nas prefeituras municipais é que o Festival se espraiava com maior desembaraço: o prefeito Tassara Moreira, de Friburgo (RJ) inaugurava um bordel na cidade "para incentivar o turismo", enquanto o prefeito de Fortaleza, Murilo Borges, atendia ao apelo do Instituto Histórico cearense e suspendia a construção de um mictório público em frente à estátua de José de Alencar, na praça do mesmo nome. O Instituto tinha classificado de "incontinência histórica" a instalação de um sanitário ali, justamente quando se comemora o Centenário de Iracema. Agora o mictório está sendo construído atrás da estátua e o Instituto agradeceu à Prefeitura, ressaltando que "as pétreas narinas alencarianas não serão mais molestadas." Foi uma solução honrosa, sem dúvida, e agora, se alguém ficar aperreado, como se diz no Ceará, que vá atrás da estátua."
"A Delegacia de Costumes de Porto Alegre mandava retirar das livrarias, sem dar a menor satisfação aos livreiros, todos os livros que fossem considerados pornográficos. Um dos livros apreendidos era "O Amante de Lady Chatterley" e, quando o delegado soube que o autor era súdito de Sua Majestade Britânica, mandou devolver todos os exemplares, explicando aos seus homens: "Nós não temo nada que ver, tche, com a pornografia inglesa. Só com a nacional, tche!"
"Policiais da DOPS e elementos do Exército invadiam a casa da escritora Jurema Finamour e carregavam diversos objetos, inclusive um liquidificador. Vejam que perigosa agente inimiga esta, que tinha um liquidificador escondido dentro de sua própria casa."
"Repetia-se em Porto Alegre episódio semelhante ao ocorrido com Sófocles, em São Paulo. O Coronel Bermudes, secretário da insegurança gaúcha, acusava todo o elenco do Teatro Leopoldina de debochado e exigia a presença dos atores e do autor da peça em seu gabinete. Depois ficou muito decepcionado, porque Georges Feydeau — o autor — desobedeceu sua ordem por motivo de força maior, isto é, faleceu em Paris, em 1921."
"Um grupo de Teatro Amador da Guanabara ia a Sergipe para encenar "Joana em Flor", de autoria do coleguinha Reinaldo Jardim, e o General Graciliano não sei das quantas, secretário de segurança, mandou chamar a rapaziada, mantendo o elenco preso por várias horas, proibindo a peça, emitindo opiniões sobre teatro, citando" autores, entre os quais J. G. de Araújo Jorge, não antes de ser soprado pelo ordenança, e disse que todo mundo era subversivo. Depois fez uma declaração digna de um trofeu: "Em Sergipe quem entende de Teatro é a Polícia"."
Então, Lola, cubismo de Cuba é bem razoável, né não?
Off-topic: Ficou sabendo dos rapazes que estupraram uma menina, gravaram e colocaram o vídeo na internet? Falei sobre isso no meu blog e já tou recebendo várias visitas de pessoas procurando pelo vídeo.
ResponderExcluirNossa! A hipocrisia desse povo é de proporções estratosféricas. Esse tipo de comportamento só atrai mais e mais fatos como o de Juno, por exemplo.
ResponderExcluirEu li o Cortiço para o vestibular e vi filmes como Kids, Christianne F., e vários com cenas de sexo na escola (de freiras). Será que isso não existe nos EUA? Que triste!
Oi Lola!
ResponderExcluirEsses últimos dias foram muito corridos, até deu pra dar uma olhadinha nos teus posts, mas comentar... xiiii...
Mas hoje quando consegui um tempinho eu nem sei por onde começar. Acho que vou começar agradeçendo por vc me relembrar pq mesmo que eu sou tão desconfiada com o povo dos EUA: é muitaaaa hipocrisia. Se dizem democráticos, mas os jovens não podem nem ter acesso à literatura... os jovens "deles", pq pro "resto do mundo" não tem problema mandar tudo quanto é porcaria e violência. E não só através de livros/filmes, mas violência mercenária e bem concreta. E isso os jovens de lá podem ver e até idealizar. Sexo é sujeira, matar por dinheiro/petróleo é aceito... Aff, hipocrisia me enjoa
Taia
Lola, tô chocada! The catcehr in the rye banido? Como assim? Por que?? É úm dos meus livro preferidos! Vc se lembra como o Will Smith fala dele em Six degrees os separation?
ResponderExcluirQuisera eu ter tido um professor que me incentivasse a escrever resenhas. Nos colégios brasileiros só transmitem que ler é um fardo e um tédio. Não entendo...
Li alguns livros da Judy Bloom, juvenis e adultos mas não me lembro de Forever... Vai ver já era banido em 82-84, quando morei aqui na América pela primeira vez.
Aliás, o primeiro livro que li inteiro em inglês for Tiger eyes, um livri dela. Minha mão me deu de presente porque achou a menina da capa parecida comigo.
Li The Lord of the Flies para minha prova do Proficiency e não consigo lembrar de nada lá que justifique que o livro seja banido, aliás, qualquer livro.
Lola, isso aqui já virou um post... Vc já leu Ira Levin? Se não, leia This perfect day. Se vc gosta de livros futuristas, na linha 1984, esse é imperdível!
Eu não li O cortiço mas li Capitães da areia do Jorge Amado quando tinha 13 anos e achei o teor bastante erótico. Vc leu?
My friend Flycka, se não me engano é sobre a amizade de uma crainça com uma égua... Coisa horrível!
Dá medo pensar que meu filho vai pra escola pública em VA... Um estado ainda bem conservador embora o Obama tenha ganhado aqui...
Prometo que faço só resumos da próxima vez...
bjs e excelente post!
Rô, ha ha, a ditadura fez isso? Convocou Raul Seixas e Paulo Coelho pra explicar Sociedade Alternativa?! Eles eram bons...
ResponderExcluirNão lembro do Flicka, Gio. Lembro do Corcel Negro!
Camomila, não é impressionante?
ResponderExcluirPuxa, Renata, essa discussão me deixou com a maior vontade de reler Vinhas da Ira. Agora já deve fazer umas duas décadas que não releio o livro! Tá na hora. Concordo que a cena final da amamentação seja uncanny. É estranha mesmo. E surpreendente. Ninguém espera aquilo. Mas a cena é fantástica, serve pra selar o impacto do livro e colocá-lo na categoria de livros inesquecíveis.
É verdade, o filme é esperançoso. O livro também (o que é aquela última cena se não a mais pura esperança), mas menos. Eu certamente gosto mais do livro. Se bem que gosto do filme também.
P.S.: Eu também tava com saudades da sua participação nos posts.
Su, obrigada pelo trecho. Eu já o conhecia porque o maridão é super fã do Stanislaw!
ResponderExcluirElyana, quem me falou desse caso primeiro foi a minha mãe. Ela tinha visto no Jornal Hoje de quinta. Escrevi um post no mesmo dia...
Vitor, nos EUA insistem em “proteger” as crianças. Melhor não deixar que elas saibam que existem coisas terríveis no mundo como... sexualidade, menstruação, masturbação, homossexualidade, diferentes raças, miscigenação...
ResponderExcluirTaia, bom que vc arranjou um tempinho pra comentar. É muita hipocrisia sim. Claro, não são todos os americanos, mas tem uma parte conservadora que é terrivelmente conservadora. E o pior é que eles querem que o Estado como um todo siga suas próprias crenças.
Isabella, não lembro do Will Smith falando de Catcher in the Rye! Só vi Six Degrees uma vez, faz tempo, e nem gostei tanto assim. O que ele diz?
ResponderExcluirAh, eu tive bons professores de português tb. Mas é ótimo ter um que nos incentive a escrever resenhas!
Eu adoro Lord of the Flies! Mas é um livro sem fé na humanidade, né?
Do Ira Levin eu só li Rosemary's Baby e Stepford Wives. Gosto dele. “This Perfect Day”? Vou procurar!
Eu li vários Jorge Amado e nunca fui graaaande fã, mas gosto dele. Só acho um pouco repetitivo.
Pois é, vi que o Partido Democrata finalmente venceu aí em Virginia! Parabéns!
Veja o filme de novo então, Lola. Eu não sei, eu li o livro numa época que fez muito sentido pra mim e como o Salinger é um escritor, digamos, misterioso, dá ainda mais sabor. Tb li um livro (non-fiction)de uma leitora que se apaixona por ele e chega a morar com ele então ela fala muito da personalidade dele.
ResponderExcluirEu não sei porque This perfect day não se sobressaiu como outros livros do Levin... Pra lhe ser sincera nunca consegui terminar 1984 e nem Brave new world, do Huxley... Tb achei que The Stepforwd wives não foi muito bem adapatado pro cinema pela 2a vez não... Não vi a 1a versão...
Yes, Virginia, we can!
: )
Tá, Isabella, vou tentar ver Six Degrees de novo. Gosto muito de toda a mitologia em torno do Salinger! Ah, só li resenhas do livro que vc fala, da moça que viveu com ele. Deve se r muito interessante.
ResponderExcluir1984 não é um livro fácil. É pesadão, deprê... Mas Brave New World é o máximo! Eu até o acho muito engraçado, por causa da ironia. Acho que o livro sofre quando aparece o Selvagem, porque aí fica meio preachy. Mas eu gosto muito. Li um russo na mesma linha, anterior a esses dois. Chama-se WE, e é também uma distopia.
Como tenho Stepford Wives em casa, já o reli várias vezes. É o tipo de livro fácil de ler. Agradável. Simples. A segunda versão pro cinema é muito ruim. Mas a primeira... Revi o filme em dvd quando estive em Detroit (porque é difícil de encontrar o filme de 75 no Brasil), e gostei muito! Até fiz um monte de anotações. Só tenho que organizá-las e escrever um artigo. “SÓ”. Ai, ai.
E me diga, o que vc faz em Virginia?