Perceber quando os outros estão sendo cretinos e preconceituosos não é tão difícil, mas enxergar o preconceito em nós mesmos, é! É aquele negócio, né? Em toda pesquisa é igual: você conhece algum racista/homofóbico/machista, ou você acha que o Brasil é um país preconceituoso? 90% responde que sim, conheço; sim, o Brasil é preconceituoso. Aí a outra pergunta é: e você, é racista/homofóbico/machista? Não dá nem 10% que diz sim! Ou seja, preconceituoso é sempre o outro. Então meus sinceros parabéns pra Maria Ângela por ter parado pra refletir e ter visto o que ela estava fazendo de errado. Isso realmente é muito louvável. Acho que quando a gente se torna mais consciente, se torna também um ser humano melhor. Fico toda boba que eu posso ter participado um pouquinho do auto-descobrimento de alguém!
Obrigada, Maria Angela, que permitiu que eu publicasse o email com seu nome porque, afinal, "Não tive vergonha de humilhar os outros, também não terei de apontar meus próprios erros".
Resolvi te escrever porque tenho me dado conta de muitas coisas que antes passavam despercebidas com relação a preconceito e auto-aceitação...
Não vou dizer que o teu blog me converteu e que agora eu sou feminista; ainda estou muito longe disso, porém mais consciente do que é "meu" e do que carrego porque "me deram pra carregar", entende? Mas é tão incrível quando a gente percebe que está sendo boçal, fútil, cretina e cruel toda uma vida que, sinceramente, cheguei a chorar várias vezes lendo teus posts (e várias outras lendo os comentários). Hoje estou lendo aquele do dia da Consciência Negra e já me emocionei várias vezes com relatos das participantes.
Lola, sério. Assim, eu sempre fui meio acima do peso, mas quando me dou conta da vida boa que tive (em termos de "não-bullying"), acho que sou uma guria de sorte! Parando pra analisar, era muito mais fácil eu estar do lado que discrimina do que do discriminado (vergonha, eu sei...). Aí quando conheci teu blog e fui lendo os posts anteriores, minha ficha foi caindo e eu vi o quão má eu estava sendo e me envergonho disso. E, Lola, não só com desconhecidos não... com gente da minha família, com minha irmãzinha (que tem 17 anos, mas será sempre o meu baby)! Ela tem o cabelo "ruim" e tá meio gordinha... Apesar disso, vive em paz, tem sua turminha, passeia, enfim. Agora imagina ter uma cretina dentro de casa não te dando mole?! Coitada, né? E a pobre ainda se espelha em mim! Sério, acho que sou podre demais pra inspirar alguém. Também crucificava outra irmã por ela não fazer as unhas, tirar o bigode... Como disse, agora estou um pouco mais consciente, então dou algumas dicas pra ela (que por causa da gordura, tá com pré-diabetes), mais quanto à saúde mesmo, sabe? E evito ficar criticando: se ela se sente bem assim, ótimo! Não quero ser eu a destruir a auto-estima dela! Me dei conta, agora, de que eu não gostava era de ver ela bem resolvida com seu cabelo, sua postura etc, porque eram coisas que incomodavam a mim, e que -- algumas -- eu acabei por modificar em mim mesma, para estar dentro de um "padrão". Que tola, não? Percebi quanto tempo e dinheiro gastei tentando mudar o que sou pra agradar a terceiros. Poderia ter empregado esse dinheiro de uma forma tão melhor! Ter usado o tempo pra estudar, namorar... Triste!
Agora no post da Consciência Negra, me vi sendo cretina mais uma vez, e mais uma vez com minha própria família. Minha avó materna é "parda" (negra, né? Isso de negro claro ou escuro não faz sentido, mas né? É assim que se referem a ela), e minha mãe herdou isso dela, apesar de o pai ser descendente de italiano. Eu também sou filha de "parda" com italiano e -- ó, glória -- saí branquíssima, de cabelo "bom". Mas quantas vezes, Lola, fiz piadas racistas, comentários que eu sabia que machucavam a mãe, a avó, os tios... só porque "eu tinha o direito", por ser branca. É ou não é cretinice? Pelo menos agora vejo o mal que fazia e procuro não fazê-lo de forma consciente (porque inconscientemente, às vezes escapa. Normal, quando se passa uma vida -- 29 anos -- sendo assim).
Ao contrário de você, Lola, eu quero ter filho. E você me fez questionar em que mundo eu quero que ele viva e que tipo de ser humano eu quero que ele seja. Se quero que ele seja bom, devo começar por mim, não é? E é por mim, pela minha mãe, pela minha família e pelos filhotes que terei em breve que quero ser uma pessoa melhor. Não quero ser só uma casca bonita -- mesmo porque meu tempo tá acabando (ano que vem chego aos trinta e com orgulho!).
Bom, Lola, o que eu queria te dizer é MUITO OBRIGADA! Obrigada por me fazer ver que mau ser humano estava sendo, o quanto eu tenho que melhorar, e também por ser um farol no meio dessa doideira de preconceito e maldade. Obrigada pelo blog, Lola. Ele realmente fez a diferença pra mim!
Resolvi te escrever porque tenho me dado conta de muitas coisas que antes passavam despercebidas com relação a preconceito e auto-aceitação...
Não vou dizer que o teu blog me converteu e que agora eu sou feminista; ainda estou muito longe disso, porém mais consciente do que é "meu" e do que carrego porque "me deram pra carregar", entende? Mas é tão incrível quando a gente percebe que está sendo boçal, fútil, cretina e cruel toda uma vida que, sinceramente, cheguei a chorar várias vezes lendo teus posts (e várias outras lendo os comentários). Hoje estou lendo aquele do dia da Consciência Negra e já me emocionei várias vezes com relatos das participantes.
Lola, sério. Assim, eu sempre fui meio acima do peso, mas quando me dou conta da vida boa que tive (em termos de "não-bullying"), acho que sou uma guria de sorte! Parando pra analisar, era muito mais fácil eu estar do lado que discrimina do que do discriminado (vergonha, eu sei...). Aí quando conheci teu blog e fui lendo os posts anteriores, minha ficha foi caindo e eu vi o quão má eu estava sendo e me envergonho disso. E, Lola, não só com desconhecidos não... com gente da minha família, com minha irmãzinha (que tem 17 anos, mas será sempre o meu baby)! Ela tem o cabelo "ruim" e tá meio gordinha... Apesar disso, vive em paz, tem sua turminha, passeia, enfim. Agora imagina ter uma cretina dentro de casa não te dando mole?! Coitada, né? E a pobre ainda se espelha em mim! Sério, acho que sou podre demais pra inspirar alguém. Também crucificava outra irmã por ela não fazer as unhas, tirar o bigode... Como disse, agora estou um pouco mais consciente, então dou algumas dicas pra ela (que por causa da gordura, tá com pré-diabetes), mais quanto à saúde mesmo, sabe? E evito ficar criticando: se ela se sente bem assim, ótimo! Não quero ser eu a destruir a auto-estima dela! Me dei conta, agora, de que eu não gostava era de ver ela bem resolvida com seu cabelo, sua postura etc, porque eram coisas que incomodavam a mim, e que -- algumas -- eu acabei por modificar em mim mesma, para estar dentro de um "padrão". Que tola, não? Percebi quanto tempo e dinheiro gastei tentando mudar o que sou pra agradar a terceiros. Poderia ter empregado esse dinheiro de uma forma tão melhor! Ter usado o tempo pra estudar, namorar... Triste!
Agora no post da Consciência Negra, me vi sendo cretina mais uma vez, e mais uma vez com minha própria família. Minha avó materna é "parda" (negra, né? Isso de negro claro ou escuro não faz sentido, mas né? É assim que se referem a ela), e minha mãe herdou isso dela, apesar de o pai ser descendente de italiano. Eu também sou filha de "parda" com italiano e -- ó, glória -- saí branquíssima, de cabelo "bom". Mas quantas vezes, Lola, fiz piadas racistas, comentários que eu sabia que machucavam a mãe, a avó, os tios... só porque "eu tinha o direito", por ser branca. É ou não é cretinice? Pelo menos agora vejo o mal que fazia e procuro não fazê-lo de forma consciente (porque inconscientemente, às vezes escapa. Normal, quando se passa uma vida -- 29 anos -- sendo assim).
Ao contrário de você, Lola, eu quero ter filho. E você me fez questionar em que mundo eu quero que ele viva e que tipo de ser humano eu quero que ele seja. Se quero que ele seja bom, devo começar por mim, não é? E é por mim, pela minha mãe, pela minha família e pelos filhotes que terei em breve que quero ser uma pessoa melhor. Não quero ser só uma casca bonita -- mesmo porque meu tempo tá acabando (ano que vem chego aos trinta e com orgulho!).
Bom, Lola, o que eu queria te dizer é MUITO OBRIGADA! Obrigada por me fazer ver que mau ser humano estava sendo, o quanto eu tenho que melhorar, e também por ser um farol no meio dessa doideira de preconceito e maldade. Obrigada pelo blog, Lola. Ele realmente fez a diferença pra mim!
Putz, Lola, que legal! Parabéns!
ResponderExcluirEssa sensação de fazer parte da reflexão das pessoas é realmente muito boa. Melhor ainda o resultado! :)
Mais um ótimo motivo para continuar o que faz.
Um ótimo fim de ano à tod@s!
E Maria Angela, parabéns por refletir!
ResponderExcluirAcho que todos escorregamos num momento ou outro, a perfeição é utopia, mas pensar e tentar fazer certo já é metade do caminho.
Fiquei muito feliz lendo seu relato.
Acho que quase todos nós temos algum preconceito ou ressalvas sobre determinadas coisas ou pessoas. Até aí tudo bem, pois penso que ninguém é obrigado a gostar de nada. PORÉM é OBRIGACAO respeitar seja quem for.
ResponderExcluirEu tenho alguns preconceitos, tenho conciência e me envergonho deles, mas jamais usaria isso para ofender ou magoar alguém.
Reconhecer e aprender a lidar como nossas dificuldades de aceitacao pode ser um processo difícil e longo (às vezes até doloroso) mas penso que é necessário (ou mesmo obrigatório) para que realmente possamos dizer que contruímos uma civilizacao!
Eu nem acho que seja um questão de gostar. Creio que quando a questão é colocada como "gostar", vc parte de um pressuposto onde o racismo é só a coincidência de várias pessoas num mesmo lugar que não "gostam" de negros.
ResponderExcluirMas, tomara que todo o preconceito seja expurgado.
Eu estou nesse processo de me despir dos preconceitos. Desculpe o clichê, mas acho que é como funciona mesmo. A cada dia, tiro um pouco disso de mim.
ResponderExcluirO primeiro parágrafo me lembrou muito do http://naotenhopreconceito.tumblr.com
Parabéns Maria Angela pela disposição e consciência para se reavaliar. O tempo todo devemos observar nossos comportamentos e pq fazemos oq fazemos, esse é o primeiro caminho para deixarmos vários preconceitos de lado.
ResponderExcluirSeja muito feliz agora que vc não se incomoda mais com a felicidade alheia.
É bom aprender a lidar com nossos preconceitos.
ResponderExcluirAcho muito difícil alguém se livrar completamente deles, até desconfio quando alguém afirma que não é preconceituosa.
Mas tomar consciência de nossos preconceitos, evitar repeti-los e propagá-los me parece um bom caminho.
E eu vejo como um caminho onde dificilmente se completa o precurso, mas nos tornamos pessoas melhores quando controlamos/combatemos nossa homofobia, nosso sexismo, nosso racismo.
Reconhecer nossos próprios defeitos não é tarefa fácil, mas não há como negar que visualizamos melhor os fatos depois que isto acontece. Demorei tbém para reconhecer preconceitos, tanto os praticados por mim e os que recebi. Uma auto avaliação sincera é sempre útil para nosso crescimento.
ResponderExcluirGostei tb desse post e da franqueza da autora do guest post. Admitir os próprios erros não é pra qualquer um e se tornar uma pessoa melhor tb. Geralmente quem faz essas coisas sempre acha que está certo em pensar assim. Parabéns Maria Angela. Boas Festas!!
ResponderExcluirBruno S, concordo com você. O preconceito existe desde sempre, até mesmo "entre os iguais". O que devemos é não discriminar, pois a discriminação é a prática do preconceito... é o preconceito na prática. O preconceito é interno e a discriminação é externa. Devemos aprender a controlar nosso preconceito através da não-discriminação e quem sabe com o passar dp tempo consigamos diminuir nossos preconceitos.
ResponderExcluirMuito bom esse guest post de mea culpa. Parabéns à autora.
ResponderExcluirHoje em dia a cor da pele/grupo étnico é auto-assumida, especialmente a 'parda'. Pardo/a é quem se auto-entitula como tal.
Mas poderíamos basear nossa etnia/raça/cor no teste de DNA, que seria a da ORIGEM que tivesse maior prevalência e não a APARÊNCIA. Assim sendo, o Neguinho da Beija-Flor seria europeu, visto que tem 67,1% de origem européia.
O que acham?
que beleza! realmente, todos nós temos preconceitos, nem que sejam escondidinhos num canto da alma...
ResponderExcluirhttp://garotadistraida.wordpress.com/
https://www.facebook.com/profile.php?id=100000873266953
ResponderExcluirOlha que babaca!!!
Eu,
ResponderExcluirnão daria certo, não pra diminuir o racismo. Porque o que causa o preconceito é o que é visto, é o que está estampado, não o que está no seu DNA. Eu acho.
Parabéns pelo post Maria Ângela! Sua decisão de repensar seus conceitos e atitudes é louvável. Todos nós temos preconceitos, mas se fazemos essa auto-avaliação quanto aos nossos atos, temos menos chances de discriminar. Aliás, aprender a ser crítico conosco, não apenas com o outro, já é suficiente pra derrubar um bocado de preconceitos, né??
Eu tb tenho que agradecer à Lola por me ajudar a rever vários pensamentos e certezas que eu tinha. Ler os textos aqui do blog, os dela e os dos guest post, sempre me fizeram refletir muito, a ver as coisas por mais de um lado, inclusive olhando pra dentro de mim.
Lorena, por isso mesmo, o teste de DNA faria com que víssemos ou não víssemos mais o que aparece por fora...
ResponderExcluirBom seria se parássemos de
classificar pessoas pelo grupo étnico, cor, etc, incluindo o IBGE. Se queremos igualdade de direitos e de deveres, oportunidades iguais, que importa se o brasileiro é de origem europeia, africana ou indígena...
Eu,
ResponderExcluirnão importa, mas não importa apenas na teoria; na prática, quem é diferente sente na pele mesmo a discriminação. Pra passar a não importar na prática, a única forma é educar as pessoas.
Eu,
ResponderExcluirVc tá de sacanagem, né? Isso é totalmente racionalista.
Que ótimo esse guest post!
ResponderExcluirAh, como comecei a ler blog esse ano, vou aproveitar pra agradecer a Lola tb!!
Às vezes a gente na vida cotidiana não tem tempo ou disposição pra refletir devidamente sobre diversos pontos que são levantados aqui no blog, de modo que é ótimo ter uma professora tão próxima, quase uma amiga com quem converso todo dia (tá, é um monólogo hueheu), capaz de ajudar a gente nesse processo de reflexão.
Alguém que sistematiza em palavras coisas que eu pensava ou sentia, mas não chegava a compreender direito. Por exemplo, o Rafinha Bastos ou a propaganda da Gisele, eu me senti desconfortável em ambos os casos, não consegui rir das piadas... Mas como reagir ou pelo menos não se deixar engolir pelo "é só uma piada, não leve tão a sério", se você não tiver lido e se informado com mais profundidade a esse respeito?
É fato que existem outras fontes que poderiam me ajudar nesse aspecto (e que ajudam) mas é aqui no blog da Lola que eu me sinto confortável pra vir todo santo dia, ou sei lá se é uma catarse, pq me identifico com um monte de postagens aqui.
Mas não apenas para ratificar algumas de minhas posições, mas também para repensar outras, nesse sentido, os posts "feio é o seu racismo" e um outro que fala sobre como xingar uma mulher de forma politicamente correta (rsrssr) foram especialmente importantes.
Então, tô com a Maria Angela, também queria dizer obrigada.
Adorei ter lido isso, pois sou muito cética em relação a pessoas mudarem preconceitos enraizados. Muito legal, bom saber que idéias de pessoas inteligentes realmente conseguem mudar esse mundo, acende uma luz dentro da gente. :)
ResponderExcluirEsse post me fez lembrar uma entrevista da Beauvoir que salvei há alguns tempos. Sobre racismo (e também sexismo) ela diz:
ResponderExcluir"Você conhece um sulista racista. Você sabe que ele é racista porque o conhece desde que nasceu. Mas ele nunca diz “crioulo”. Ele escuta a todas as reclamações dos homens negros e dá o melhor de si para lidar com elas. Ele combate outros racistas. Ele insiste em dar uma educação acima da média para crianças negras, para compensar os anos em que faltou escola para essas crianças. Ele dá recomendações para que homens negros consigam empréstimos bancários. Ele dá apoio a candidatos negros em seu distrito através de ajuda financeira e com seu voto. Você acha que os negros se importam que ele seja tão racista quanto antes em seu íntimo? Essencialmente, exploração é hábito. Se você consegue controlar seus hábitos, fazer com que seja “natural” ter hábitos contrários, já é um grande passo. Se você lava a louça, arruma a casa, e toma a atitude de que não se sente menos “homem” por fazê-lo, você estará ajudando a estabelecer novos hábitos. Duas gerações sentindo que têm que parecer não-racistas o tempo inteiro e a terceira geração não será racista de fato."
Isso o quê, cabana?
ResponderExcluirQue bacana!
ResponderExcluirCostumo dizer que há o que me faze sentir 'vergonha alheia', mas, em compensação há o que me faz sentir 'orgulho' alheio. E você, Lola, e seu blog (o que dissemina através dele) enquadra-se na segunda categoria, óbvio!
Sempre indico a leitura dele por acreditar que em algum ponto haverá uma "Maria Angela" a alcançar.
Um beijo a ambas e que 2012 nos chegue, a todos, trazendo muita paz, saúde,alegria sincera, amizades/amores verdadeiros e realizações preciosas.
;)
Aucilene
O blog da Lola salva vidas, prontofalei. =) Salvou a minha, vou dizer.
ResponderExcluirLaurinha, que citação incrível!!!!
ResponderExcluirTeste de DNA? Por favor né?
ResponderExcluirIsso parece mais uma forma de discriminação. Pois de qq maneira vai gerar uma classificação.
Não tem que existir classificações. Não tem que provar que todos temos raízes afros através de exames. O que tem que acontecer é conscientização.
Conscientização de quê? e como?
ResponderExcluirEntão é melhor continuar na auto-denominação? E se alguém se considerar branco e tiver traços africanos, tudo bem? Ou ele/ela é obrigado a se considerar negro/a/pardo/a? Essa é a conscientização que vc propõe?
O que me consola é que a maioria desses esquerdistas são um bando de aberração vitimista com complexo de inferioridade.
ResponderExcluirQue ótimo saber que vc está consoladinho, Raphael. Sua opinião é muito importante pra nós aberrações esquerdistas vitimistas.
ResponderExcluir"Muito legal, bom saber que idéias de pessoas inteligentes realmente conseguem mudar esse mundo, acende uma luz dentro da gente.":) --Veronica 16:42
ResponderExcluirPessoas inteligentes com boas ideias pra acenderem luzes e ascenderem almas pra mudar o mundo sempre existiram, lamentavelmente o número das outras pessoas que aceitam a tal mudança é um número que deixa a desejar... e o mundo parece melhorar aqui e ali mas não o suficiente pra mudança que sonhamos. Seja como for, aqui encontramos um espaço supimpa pra muita reflexão e oportunidade de ação.
Só resta sabermos quem vai pagar pelos milhares de testes de DNA como a proposta da comentarista...
Conscientização é um trabalho de gerações, como foi dito acima. O problema dos reaças de plantão é que eles se incomodam com a idéia de que terão que rever suas formas de agir e abrir mão de seus privilégios.
ResponderExcluirA paranóia esquerditas é tentar encontrar ''preconceito'' em tudo.
ResponderExcluirTodos somos preconceituosos, dizem os esquerdistas! E a única solução para nós é nos convertermos a seita marxista, pouco importando o fracasso, empíricamente provado, que tal seita produziu e ainda produz, vide Cuba e Coréia do Norte.
Carol, além de ser um trabalho de gerações, a conscientização não tem fim. As gerações vindouras não vêm com kit anti-preconceito anti-discriminação, assim como não vêm com kit-alfabetização. Cada indivíduo que nasce precisa ser totalmente educado e inserido.
ResponderExcluirLisana, vai chegar o dia em que teste de DNA se fará junto com o hemograma, se deus quiser. Podemos escolher tb, em nível nacional, via decreto-lei, que todo brasileiro nato seja considerado mestiço, ou negro, ou branco, ou japonês ou ainda que seja proibido por lei tentar classificar alguém por procedêcia, grupo étnico, cor da pele, e até por religião e até por sobrenome (na Itália os imigrantes foram obrigados a mudar seus sobrenomes estrangeiros para um italiano). Em Porgugal, só se registra criança usando nomes de origem portuguesa autorizados pelo governo.
Por isso que eu penso que diversidade é muito bonito no papel, mas, na prática, a homogeneidade é melhor...
Bjs
"Lisana, vai chegar o dia em que teste de DNA se fará junto com o hemograma, se deus quiser." --Eu 15:57
ResponderExcluirAh sim, então temos um tempo por esperar e chegarmos lá, enqto isso a vida e os problemas que isso implicam no assunto em questão continuam...
Existe uma diferença entre um país que obriga a pessoa a ter nome assim ou assado e um país que nos dá a opção... nos EUA muitos portugueses Silveira mudaram pra Silver pq realmente é um caos pra quem tem a primeira língua inglês pronunciar Silveira... Oliveira passa pra Oliver em inglês pra pessoa não passar a vida tendo de explicar como pronunciar seu nome e ainda assim as pessoas terem dificuldade na pronúncia... mas isso é opcional, OK?
Conheci uma Taís, adolescente brasileira, que veio estudar nos EUA... ninguém na escola conseguia pronunciar o nome dela e então eu sugeri que informalmente ela acrescentasse um H e isso seria facilmente resolvido entre os americanos... Thais todos sabem pronunciar mas ao lerem Taís é um caos... ela se recusou a fazer uma mudança tão simples... mudança não nos documentos e apenas informalmente entre os amigos e na chamada da escola.
Minha amiga portuguesa Conceição, ao se naturalizar americana, mudou o nome pra Connie pq o nome Conceição é uma perrenha em inglês.. As pessoas negras americanas são dadas a registrar os filhos com nomes africanos ou nomes bíblicos bem peculiares, tipo nossos nordestino que mistura o nome da mãe e do pai.. bem, conhheci uma menina americana de origem negra com branco que se chama Laurica... mas ela já avisa que a pronúncia é Loriça... e me explicou que a mãe viu o nome que é com Ç mas como em inglês não há o Ç ficou assim Laurica mas a gente tem de proncunciar como se fosse com ça... no frigir dos ovos o nome poderia ser Larissa e tudo estaria bem.
Americano qdo lê Sérgio não sabe pronunciar, mas ao ouvir a pronúncia duas vezes então pega o fio da meada... Sílvio tb... outro dia foi engraçado eu pedi pro meu marido ler Sílvio e ele acertou... fiquei surpresa e ele me disse que tem um colega de trabalho com esse sobrenome... e eu disse que não, que o colega dele é Silva... rs... e detalhei a diferença.
Minha irmã, ainda solteira escolheu pro filho o nome Araripe pq achou lindo... como uma Célia Regina casada com um Luiz Carlos vai gostar de Araripe???!!! Bem, o menino foi salvo pelo gongo pq pra dar continuidade ao Carlos da família, ele foi batizado com o nome do pai e o segundo tb se safou de ser Araripe.
Enfim, nome e etnia podem se complicar... infelizmente c'est la vie... podemos aprender a lidar com a perrenha, mas erradicar isso nunca... a natureza humana é isso aí. And please please não confundam meu "a natureza humana é isso aí" com "o mundo é assim mesmo" da tal coluna do fulano que foi insensível ao ocorrido com a moça negra que trabalhava numa escola de elite.
haha Divertido seu comentário, Lisana...
ResponderExcluirPOis é, nos EUA tem-se a opção, em Portugal, não. Aqui o problema é com os sobrenomes estrangeiros, mas será que um descendente de polonês, russo, alemão, vai querer simplificar as coisas e perder seu precioso legado? vai não...rsrs
Nos EUA já é commonsense pedir prá soletrar o nome...Chamam as pessoas pelas iniciais, ou lhe dão um belo apelido. No sweat...:)
Mas o mundo, Lisana, quer dizer, a mentalidade humana de separação, segregação, hierarquização é assim mesmo. Veja na Inglaterra, que o padrão/cor da gravata denota em que universidade/faculdade vc estudou...
Na França, pequenas diferenças na pronúncia lhe diz da ascendência nobre de alguém...(justo na terra de Luis XV, em que cabeças rolaram mesmo e acabou-se a monarquia, bem como a nobreza, rsrs)!
Minha filha tem nome inglês, não aportuguesado e toda vez que informo o nome dela, tenho que soletrar.
Já o meu, que é indígena, brasileirão, é dificílimo acertarem na primeira. Tenho que repetir bem alto, soletrando, até...senão vira um carnaval, :))
bem. esse negócio de dar nome inglês pra filho de brasileira pode mesmo virar um carnaval de risadas... Richard os parentes do Brasil dizem Richa... Kevin dizem Quevím (ou não não quevím?)... Joshua é outro desafio... em meio a tanto nome que pode ser neutro pros dois idiomas por que complicar?
ResponderExcluirum senhor inglês de nome Leslie sempre implicou com o nome pois pode ser masculino e feminino... ele foi morar no Brasil e lá se radicou... te4ve três filhas: Débora, Mônica, Marina e escolheu os nomes pra facilitar os dois idiomas. Eu conheci a Marina.
Trabalhei numa firma onde havia o sr. Darcy Stockler e o sr. Suely (não me lembro o sobrenome dele)... era um tal de recebermos correpondência em nome da Sra. Darcy e d Sra. Suely... telefonema querendo falar com a sra. Darcy... a sra. Suely...
aqui vai mais uma... morei numa cidade onde conheci duas americanas de nome Marcia... uma pronunciava Marsha (Marcha) e a outra Marcía... não é Márcia, é Marcííía...'
sim, há poloneses e alemães e chineses que mudaram algo na grafia do sobrenome familiar qdo vieram pros EUA... mudaram ora pra facilitar a pronúncia, ora por motivos políticos, ora pq muita gente analfabeta nem sabia ao certo como escrever o nome e do jeito que a imigração entendia o nome, assim o escrevia...
Moema, em que país vc mora?
Ótimo que o blog de alguém superpolitizado e inteligente faça as pessoas refletirem, se tornarem melhores. Agora, vamos combinar que certos preconceitos hoje em dia não fazem o menor sentido (claro, nunca fizeram). Morando num Brasil, devíamos mesmo é achar as diferenças a coisa mais linda, porque é exatamente o que somos: uma grande mistureba de raças, cores, sabores. Viva a isso; e vamo' ver se em 2012 vivimos tranquilos com quem somos e como somos. Cada um cada um.
ResponderExcluir*vivemos
ResponderExcluir