Há dois comerciais novos circulando na TV que eu, pra variar, só vi na internet, por indicação de leitor@s que gostam de me ver sofrer. Este é de um carro novo da Volkswagen. O filho, adolescente, pede ao pai que não o deixe na frente da escola. E o pai responde com uma saraivada de perguntas: “Você saber surfar? Voce sabe tocar guitarra? Você já pegou alguma garota?”. Diante das negativas do filho, o paizão conclui: “Então desculpa, mas se alguém tinha que ter vergonha de alguém aqui era eu, né?”. Tudo bem, entendo o conceito ― filhos adolescentes têm vergonha dos pais. É uma fase. É normal. São adolescentes, pô. É uma idade confusa. Eu lembro quando passei a ter vergonha de andar de mãos dadas com meu pai. Se dependesse dele, ele nunca teria largado minha mão. E isso deve doer nos pais. Eu me arrependo dessa minha atitude. Mas dava pra fazer um comercial levinho e divertido em cima desse rito de passagem, não? Precisa mesmo ser um pai tão antipático assim, tão bully? E também não fica claro por que o garoto tem vergonha. Não deve ser do pai, um modelo de masculinidade (ele nem sorri!). É do carro então? O Space Cross é uma bela de uma porcaria? (o nome pelo menos é, convenhamos). Ah, então o menino não tem motivo algum pra ter vergonha? Se não tem, por que o pai tem que ser tão grosso?
O machismo do comercial fica explícito na questão de “pegar mulher”. Termo nojentinho esse. Alguém pergunta pra uma menina se ela já pegou homem? Não, porque os nossos padrões sexuais insistem que isso cabe ao macho. Ele tem que ser o ativo, o predador, o que corre atrás, o que come. Já a mulher é a que dá, a que libera, porque de jeito maneira que ela pode estar interessada. Quando a gente incentiva a figura do “pegador”, estamos, ao mesmo tempo, incentivando o preconceito de que mulher não pode tomar a iniciativa (quem faz isso é vadia), e de que mulher não pode ser "pegada" demais (ou será uma vadia). Muita gente no mundo ainda vê o pai como fundamental pra ensinar o filho a ser um pegador, um grosseirão com desconhecidas na rua, um machão. Não há um gene pro machismo ― é um comportamento ensinado (e não só de pai pra filho). O comercial deixa claro que pai deve se envergonhar do filho que nunca pegou uma mulher. O próximo passo é levá-lo pra zona, pra que o garoto possa se livrar dessa terrível chaga social chamada virgindade.
O outro comercial na realidade é uma campanha de três da Hope com a Gisele. Não tenho muito contra a Gisele, até gosto dela em alguns pontos (vou escrever um postzinho a respeito), mas ela não prima exatamente pelo combate ao machimo nos comerciais que protagoniza, certo? Primeiro aquela campanha detestável da Sky, e agora esta. A mulher já tem uma fortuna pessoal de 150 milhões de dólares. Ela poderia dizer “Não, obrigada, não quero participar de propaganda que difama as mulheres”. Mas não. A campanha da Hope já vem com um slogan pra lá de duvidoso: “Você é brasileira, use seu charme”. “Usar charme” é seduzir o marido para que ele te deixe fazer o que você quer, ou para que ele não te puna pelas coisas que você fez de errado. “Usar charme” é desfilar de lingerie e fazer vozinha infantil. A campanha ainda tem um tom condescendente, “Hope ensina”, em voz masculina. Porque mulher é tão burra que até pra seduzir precisa ser instruída. Ai, ai. Qual é a marca de lingerie que a gente vai boicotar pela associação com o Bolsonaro? Era a DuLoren? Daqui a pouco teremos tão poucas marcas de lingerie pra usar que nem precisaremos mais queimar sutiã.
No primeiro, Gisele avisa, do jeito “certo” (fazendo pose de lingerie): “Meu amor, sabe quem vem morar com a gente? Mamãe! Não é o máximo?” Bom, pelo menos aqui ela comunica, em vez de implorar. Este é o menos ofensivo dos três comerciais, se bem que ainda cai naquele clichê de que sogra é a inimiga número um dos homens.
O segundo aborda um outro lugar-comum: de que mulher é descontrolada e gasta demais. Gisele anuncia: “Amor, estourei o limite do cartão de crédito. Do seu e do meu”. Gisele é uma mulher multimilionária ― mais do que o limite do cartão, ela teria como gastar os lucros que uma empresa de cartão de crédito tem. Mas, no comercial, ela ainda depende do cartão do marido, na pior alusão à “teúda e manteúda” (alguém lembra de Tieta?).
O terceiro é o mais deplorável. Gisele diz: “Amor, eu preciso te falar uma coisa: bati seu carro... De novo!” Em uma só frase os publicitários passam que mulher não sabe dirigir (vive batendo o carro ― deve ser por isso que paga uma apólice de seguro muito menor em todas as faixas etárias), e que é um serzinho tão dependente que não pode ter seu próprio carro. Note que ela bateu o carro do marido!
E não vou nem entrar no mérito de como Gisele tem um biotipo tão parecido ao da mulher brasileira. O que me lembra uma capa de revista que a Gisele fez que foi acusada de racista. O pessoal que não viu racismo algum em Gisele posar ao lado de um negro imitando um King Kong disse: “Mas Gisele não é branca! Ela é brasileira!” (prometo falar mais dessa capa). Sabe, por mais que brasileiro realmente não seja considerado branco nos EUA, mesmo sendo muito branco, é ridículo aplicar isso a um padrão nórdico como o da Gisele. Aliás, desde quando não ter cintura é sinônimo de padrão de beleza? Toda vez que eu leio sobre as curvas de Gisele eu me pergunto: “Curvas? Onde?”. Mas isso sou só eu implicando com a pobre Gi. Minha queixa não é com ela, é com as propagandas que aceita fazer (e, se esses são os comerciais que ela faz de bom grado, eu a-do-ra-ria saber quais são os que ela recusa).
E pensar que eu já fui redatora publicitária em outra reencarnação...
O outro comercial na realidade é uma campanha de três da Hope com a Gisele. Não tenho muito contra a Gisele, até gosto dela em alguns pontos (vou escrever um postzinho a respeito), mas ela não prima exatamente pelo combate ao machimo nos comerciais que protagoniza, certo? Primeiro aquela campanha detestável da Sky, e agora esta. A mulher já tem uma fortuna pessoal de 150 milhões de dólares. Ela poderia dizer “Não, obrigada, não quero participar de propaganda que difama as mulheres”. Mas não. A campanha da Hope já vem com um slogan pra lá de duvidoso: “Você é brasileira, use seu charme”. “Usar charme” é seduzir o marido para que ele te deixe fazer o que você quer, ou para que ele não te puna pelas coisas que você fez de errado. “Usar charme” é desfilar de lingerie e fazer vozinha infantil. A campanha ainda tem um tom condescendente, “Hope ensina”, em voz masculina. Porque mulher é tão burra que até pra seduzir precisa ser instruída. Ai, ai. Qual é a marca de lingerie que a gente vai boicotar pela associação com o Bolsonaro? Era a DuLoren? Daqui a pouco teremos tão poucas marcas de lingerie pra usar que nem precisaremos mais queimar sutiã.
No primeiro, Gisele avisa, do jeito “certo” (fazendo pose de lingerie): “Meu amor, sabe quem vem morar com a gente? Mamãe! Não é o máximo?” Bom, pelo menos aqui ela comunica, em vez de implorar. Este é o menos ofensivo dos três comerciais, se bem que ainda cai naquele clichê de que sogra é a inimiga número um dos homens.
O segundo aborda um outro lugar-comum: de que mulher é descontrolada e gasta demais. Gisele anuncia: “Amor, estourei o limite do cartão de crédito. Do seu e do meu”. Gisele é uma mulher multimilionária ― mais do que o limite do cartão, ela teria como gastar os lucros que uma empresa de cartão de crédito tem. Mas, no comercial, ela ainda depende do cartão do marido, na pior alusão à “teúda e manteúda” (alguém lembra de Tieta?).
O terceiro é o mais deplorável. Gisele diz: “Amor, eu preciso te falar uma coisa: bati seu carro... De novo!” Em uma só frase os publicitários passam que mulher não sabe dirigir (vive batendo o carro ― deve ser por isso que paga uma apólice de seguro muito menor em todas as faixas etárias), e que é um serzinho tão dependente que não pode ter seu próprio carro. Note que ela bateu o carro do marido!
E não vou nem entrar no mérito de como Gisele tem um biotipo tão parecido ao da mulher brasileira. O que me lembra uma capa de revista que a Gisele fez que foi acusada de racista. O pessoal que não viu racismo algum em Gisele posar ao lado de um negro imitando um King Kong disse: “Mas Gisele não é branca! Ela é brasileira!” (prometo falar mais dessa capa). Sabe, por mais que brasileiro realmente não seja considerado branco nos EUA, mesmo sendo muito branco, é ridículo aplicar isso a um padrão nórdico como o da Gisele. Aliás, desde quando não ter cintura é sinônimo de padrão de beleza? Toda vez que eu leio sobre as curvas de Gisele eu me pergunto: “Curvas? Onde?”. Mas isso sou só eu implicando com a pobre Gi. Minha queixa não é com ela, é com as propagandas que aceita fazer (e, se esses são os comerciais que ela faz de bom grado, eu a-do-ra-ria saber quais são os que ela recusa).
E pensar que eu já fui redatora publicitária em outra reencarnação...
'O pessoal que não viu racismo algum em Gisele posar ao lado de um negro imitando um King Kong disse: “Mas Gisele não é branca! Ela é brasileira!” '
ResponderExcluirQue diabo é isso mesmo? Então se ela fosse americana seria racismo mas como é supostamente uma brasileira mistureba não é?
E se fosse uma americana d pele clara, pq é que isso SERÍA racismo? Por causa da careta do negao? Mas todo atleta vive fazendo essas caretas mesmo,quando se esforçam muito, quando comemoram... parece q o povo q fala essas coisas vive no mundo da lua,nunca viu um jogo na vida...ou ta desesperado pra bancar a vítima
Nojenta essa campanha da Hope. Boicote já! Não uso marcas de empresas que acham que eu sou uma otária, irresponsável e mero objeto sexual. Uma das únicas coisas boas do capitalismo (pra mim) é que dá pra boicotar as marcas à vontade sem ficar sem o produto.
ResponderExcluirCerveja, lingerie, carros. Sempre tem uma marca por aí que não está explorando o preconceito.
Boicote é uma coisa muito boa.
ResponderExcluirEu por ex, depois que a ferrari mandou o Massa deixar o Alonso passar, decidi: não compro mais ferrari.
Nem vou comentar pq concordo com tudo.
ResponderExcluirMas, aproveito para te dar uma boa notícia: uma campanha de cerveja q não usa mulher gostosa e dável e, ainda por cima, é bem engraçada, estraçalhando o preconceito contra os motoqueiros. Eu não sou motoqueira mas já participei de eventos - aqui e em outros países - porque simplesmente adoro eles: são muito legais e doces, apesar do preconceito q os taxa de violentos e machistas.
ow.ly/6Fpbu
fiquei sabendo do comercial por um rt do screamyell num tuíte do @letitblog
OLHA, vou confessar uma coisa: eu ri da propaganda do carro.
ResponderExcluire Lola, crianças/adolescentes nunca tem motivos pra ter vergonha dos pais. é uma fase idiota e só. não importa se seu pai é bacanão todo dentro dos padrões. a vergonha é de ir pra escola de carro (papai leva e busca) como se fosse criança e tals.
e cada vez mais eu vejo meninas falando em pegar. eu pessoalmente não gosto, acho vulgar, independente de quem use. mas o vocabulário é praticamente unissex. :) e "pegar" não quer dizer necessariamente transar. pode ser só beijo mesmo.
Adolescentes tem vergonha dos pais pq na cabeça deles quem PRECISA andar com os pais do lado são as criancinhas.
ResponderExcluirvoltando só para lembrar q hoje é o Dia de Luta p Descriminalização do Aborto na América Latina e Caribe. Tá rolando blogagem coletiva
ResponderExcluirdicas da @semiramis
http://cynthiasemiramis.org/2011/09/28/links-interessantes-pela-legalizacao-do-aborto/
post antigos e ainda muito válidos do @iavelar do
Biscoito: http://bit.ly/nHUUY8 http://bit.ly/rniDzf
Infelizmente ainda há gente que não perceba o machismo embutido em certas propagandas, como a do carro, por exemplo. Mas as da Gisele são realmente escancaradas e deprimentes.
ResponderExcluirMudando um pouco de assunto:
Compartilho um link sobre um projeto de lei maravilhoso que está causando grande estardalhaço aqui pelos lados da Bahia. Trata-se de uma proposta para que, em eventos patrocinados pelo governo, não sejam contratadas bandas que degradam as mulheres.
Seria muito justo que fosse um projeto de lei federal, mas é um bom começo de qualquer maneira.
http://www.ibahia.com/detalhe/noticia/projeto-de-lei-antibaixaria-que-causou-polemica-tem-apoio-de-jaques-wagner/
Talvez por não ser mulher eu nem sabia da existência desses comerciais. Eles devem seguir essa linha por pressuposição de que só mulher bonita compra lingerie, e de que toda mulher bonita é burrinha e por isso precisa do dinheiro de um homem pra ter suas coisas. Esses comerciais são mesmo machistas. E o pior é que os homens em geral, sejam heteros, sejam gays, costumam valorizar demais a beleza, mesmo que desacompanhada de atributos mais interessantes, como a inteligência e a generosidade, por exemplo. Acho um aspecto feminino procurar algo mais além da beleza exterior. Mas não achei racista a capa da Vogue americana. Foi só uma brincadeira com o filme King Kong. São dois profissionais bem sucedidos, cada um na sua área. Não enxerguei intenção de se inferiorizar o negro de alguma forma. Ou um sentimento de repulsa. Pra mim o racismo passa pela inferiorização ou repulsa ao outro, tendo por motivação a cor da pele. Mas não li a reportagem que a capa ilustra e nem estou muito ligado nas sutilezas da cultura americana. Talvez o racismo esteja nesses aspectos que a capa não mostra. Não tem nada a ver com o post, mas gostaria de sugerir que vissem um arquivo que recebi agora por e-mail, e que encontrei no site http://www.slideshare.net/fuentes_be/dra-rosa-clia-x-adriane-galisteu-presentation . É um texto supostamente do Arnaldo Jabor, comparando a Adriane Galisteu com a Dra. Rosa Célia, médica muito conhecida. São dois perfis completamente diferentes de mulher. Me identifiquei mais com a Dra. Rosa Célia. A boca fala do que o coração está cheio, e o mesmo podemos falar de tudo o que fazemos. O coração da Galisteu não está cheio de coisas boas. Coitada. Quando a beleza dela tiver passado, o que restará no lugar de um atributo tão fugidio? Já o coração da Dra. Rosa Célia está cheio de inteligência e de generosidade, atributos que não envelhecem e podem até aumentar com o tempo.
ResponderExcluirPeut mieux faire. Le blog de la rédaction du Monde Education.
ResponderExcluir04 mai 2011
Haro sur la grammaire sexiste !
Après la création d'un « langage féministe non sexiste » les féministes mènent une nouvelle bataille contre la « langue française sexiste ». Une pétition intitulée « Que les hommes et les femmes soient belles ! » vient d'être lancée pour en finir avec la règle qui veut que « le masculin l'emporte sur le féminin ».
Selon le texte de la pétition, « cette règle de grammaire apprise dès l'enfance sur les bancs de l'école façonne un monde de représentations dans lequel le masculin est considéré comme supérieur au féminin. En 1676, le père Bouhours, l'un des grammairiens qui a œuvré à ce que cette règle devienne exclusive de toute autre, la justifiait ainsi : "lorsque les deux genres se rencontrent, il faut que le plus noble l'emporte." »
Pourtant, poursuit la pétition, « avant le XVIIIe siècle, la langue française usait d'une grande liberté. Un adjectif qui se rapportait à plusieurs noms, pouvait s'accorder avec le nom le plus proche. Cette règle de proximité remonte à l'Antiquité : en latin et en grec ancien, elle s'employait couramment. »
Pour la règle de la proximité
Citant la linguiste Josette Rey-Debove, le texte appelle à utiliser la « règle de la proximité", c'est-à-dire « mettre le verbe et l'adjectif au féminin quand il est après le féminin, même s'il y avait plusieurs masculins devant » afin que les hommes et les femmes apparaissent belles...
Les auteur(e)s de cette pétition déjà signée par près de 500 personnes, dont la vice-présidente du conseil régional d'Ile-de-France, Henriette Zoughebi, ou la chercheuse Jacqueline Costa-Lascoux, demandent à « chacun-e de révolutionner les écrits, les correcteurs d'orthographe et nos habitudes en appliquant la règle de proximité. Nous demandons à l'Académie française de considérer comme correcte cette règle qui dé-hiérarchise le masculin et le féminin et permet à la langue une plus grande de liberté créatrice ».
Philippe Jacqué
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ResponderExcluirLola, onde tem link pra propaganda da Gisele? Não vi essa não!
ResponderExcluirAdoro seus posts sobre crítica a mídia!
Ah, você falou sobre as curvas de Gisele. Devo ter tantas curvas quanto ela (ok, ela tem um pouco mais de peito) e todo mundo me acha uma tábua.
Vai entender. Na verdade deve ser porque ela é modelo, famosa, rica, aparece em tudo quanto é revista e sabe "valorizar" sua beleza.
Porque mulheres são comparadas ao dólar a todo tempo, e ela pelo visto, sempre. Mora até nos EUA, veja só.
O comentário aqui em casa quando passou a propaganda da Gisele (a do cartão de crédito) foi : ' E ela precisa disso? "
ResponderExcluirE veio dos meus irmãos, nem fui eu a dizer... Essa propaganda não é só machista, é incompatível com a imagem de mulher bem sucedida que a modelo tem...
Lola, juro que entrei hoje no seu blog esperando um post sobre aborto, pra dar destaque ao dia latino-americano e caribenho pela legalização e descriminalização do aborto!
ResponderExcluirEspero que você escreva sobre o tema, querida, por amar seu blog e por saber a reflexão que ele tem gerado em tantas mulheres e homens.
Beijos!
vamos fazer um esforço para derrubar essa campanha machista da hope? http://www.hopelingerie.com.br/institucionais/faleconosco.aspx
ResponderExcluiresse é o fale conosco deles. Vale a pena divulgar também no twitter e facebook.
Propagandas horríveis, todas, mas a Mariana tem razão ao dizer q "pegar" pra garotada da idade do menino do comercial é unissex, aliás, eles influenciam tanto a gente q é um pouquinho mais velha q cansei de ouvir minhas amigas falarem assim. Queria q vc falasse mais sobre a capa da vogue e do fato da Gisele não ser vista como branca lá fora. Lembro qdo vários brasileiros (brancos, classe média) foram barrados nos aeroportos espanhóis na mesma semana e no Brasil a midia fez um estardalhaço, um professor meu comentou q para aquelas pessoas era a primeira vez q elas se descobriam como não-brancas, q elas sentiam como era ser discriminada por não ser branca, mas eu achei q elas não tinham entendido assim não, por mais óbvio q parecesse...
ResponderExcluirFalando em comerciais machistas, tem esse último da Skol, onde mostra o homem com quem a namorada terminou com ele com um "chapéu de touro" na cabeça e recebendo como "prêmio" quatro novas namoradas. Me irritou essa associação: toda mulher que termina um namoro é por que gostou de outro homem? Mesmo que fosse isso, isso é traição e o cara abandonado é considerado corno?
ResponderExcluir'toda mulher que termina um namoro é por que gostou de outro homem? '
ResponderExcluirE o comercial falou que era TODA?
O comercial do carro eu ainda gostei, pois a vergonha quanto ao pai naquele momento é ridicularizada. Não o vejo como bully por sua ação, a lista que serve para reverter a situação não é necessariamente para depreciar acintosamente o filho. O que se elenca não é algo para se definir o que torna alguém sumariamente legal. Quanto aos comercias que Gisele protagoniza são todos muito ruins.
ResponderExcluirEu já ouvi mulher/menina usando o termo pegar, mas vcs conseguem imaginar o comercial com uma mãe no lugar do pai e uma menina no lugar do menino, com o exato mesmo texto (só mudando o gênero)?
ResponderExcluirAí, filha, cê sabe surfar? Tocar guitarra? Já pegou algum cara? (quá quá quá) Então dá licença q sou eu q tenho vergonha de vc!
Fala sério, gente...
SOBRE as curvas da gisele.
ResponderExcluirela é linda? sim, é linda. mas acho que a mídia deveria classificá-la em seu biotipo. curvilínea ela não é. isso não é um defeito, de jeito nenhum. O que me assusta um pouco é que talvez ESSE seja o novo conceito de mulher gostosa, e que as antigas gostosas (sheila carvalho, por ex), agora sejam gordas.
sei lá, mundo esquisito.
Lola, estão pedindo a suspensão do comercial: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/982211-governo-pede-suspensao-de-comercial-de-lingerie-com-gisele-bundchen.shtml
ResponderExcluira L. Archilla tá certa, não imagino um comercial assim, mas seria uma resposta legal se fizessem né?
ResponderExcluirLola, acabou de sair uma notícia pedindo a suspensão do comercial.
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/982211-governo-pede-suspensao-de-comercial-de-lingerie-com-gisele-bundchen.shtml
quem aqui concorda comigo que essa modelo plus size era mais bonita antes de emagrecer?
ResponderExcluirhttp://vogue.globo.com/moda/news/modelo-plus-size-crystal-renn-aparece-magra/
Mais uma propaganda desnecessária e preconceituosa. Esse termo "pegar' está cada vez mais unissex porque hoje tem um bocado de garotas que estão copiando o comportamento machista mas, no geral, ainda tem pesos diferentes para mulheres e homens.
ResponderExcluirSobre essa capa da Vogue, eu não li a matéria então não sei o contexto em que foi feita. O problema, a meu ver, é se a coisa toda reforça o preconceito étnico. Pode ter sido uma sátira bem construída mas teria que ficar óbvia, não sei.
Essa do carro, achei machista. Ficou uma coisa meio toma lá, dá cá. Para ser crítica do sexismo teria de ter uma distinção mais clara, o que eu não vi.
Esse é o melhor lado da propaganda: se você não gosta dela, basta não comprar o produto. Baita resposta.
ResponderExcluirTambém não gosto da propaganda de Hope. Mas vejo problema quando querem que a propaganda substitua a educação.
Propaganda foi feita pra vender. Tem gente que faz isso com mais ou menos respeito. Mas quem tem que dar lição de moral é pai, mãe e escola.
L. Archilla, acho q nem um publicitario como esse q fez o comercial consegue imaginar uma mulher sendo tão babaca assim com os filhos, mas q o termo "ficar" (mto comum na minha época) foi substituido pelo "pegar" foi.
ResponderExcluirhttp://noticias.bol.uol.com.br/economia/2011/09/28/governo-pede-suspensao-de-comercial-de-lingerie-com-gisele-bundchen.jhtm
ResponderExcluirA Secretaria de Políticas para Mulheres do governo federal pediu ao Conar (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária) a suspensão do campanha publicitária "Hope ensina", que traz a modelo Gisele Bündchen mostrando a "melhor maneira" de contar más notícias ao marido. Pelo jeito não fomos só nós que nos indignamos com a propaganda!!
Nossa a propaganda da Hope é ridícula, toda vez que passa eu mudo de canal para não ficar com raiva.
ResponderExcluirEssa da Gisele ser curvilínea é piada né, putz eu sou do mesmo biotipo que ela e sei mto bem que curvilínea é algo que eu não sou!XD
Mas aí, uma pergunta, alguém já viu algum comercial brasileiro, de carros em que o foco seja a mulher e não uma mulher sensualizada e objetificada, mas uma mulher que seja aventureira, livre e que curte dirigir?! Assim da minha cabeça, e procurando no youtube não vi nenhuma.
Acabei de receber um comunicado da assessoria de imprensa da HOPE:
ResponderExcluirNota à Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM)
Em relação às denúncias recebidas por essa Secretaria por conta da campanha publicitária “HOPE ensina”, a HOPE, empresa com 45 anos de história e que sempre primou pela excelente relação com as suas consumidoras, esclarece que a propaganda teve o objetivo claro e bem definido de mostrar, de forma bem-humorada, que a sensualidade natural da mulher brasileira, reconhecida mundialmente, pode ser uma arma eficaz no momento de dar uma má notícia. E que utilizando uma lingerie HOPE seu poder de convencimento será ainda maior.
Os exemplos nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal. Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher.
Foi exatamente para evitar que fôssemos analisados sob o viés da subserviência ou dependência financeira da mulher que utilizamos a modelo Gisele Bundchen, uma das brasileiras mais bem sucedidas internacionalmente. Gisele está ali para evidenciar que todas as situações apresentadas na campanha são brincadeiras, piadas do dia-a-dia, e em hipótese alguma devem ser tomadas como depreciativas da figura feminina. Seria absurdo se nós, que vivemos da preferência das mulheres, tomássemos qualquer atitude que desvalorizasse nosso público consumidor.
Isso me faz lembrar os detestáveis comerciais que pipocam nas tvs e rádios às vésperas do Dia Internacional da Mulher. Já escrevi sobre isso N vezes.
ResponderExcluirO que me dá preguiça é constatar que as próprias mulheres ainda se colocam nesse papel, o que torna muito mais árduo o combate ao machismo.
Alô, aiaiai, o comercial é sensacional! Valeu!
ResponderExcluirAdorei o blog. Fico pasma como muita gente não percebe essas mensagens e como muitas mulheres ajudam a reforçar os estereótipos. Recentemente uma colega da facul postou o seguinte no facebook "Homem pode ser rico, alto, forte... Frequentar restaurantes caros, ir a academia, ter carros importados... Mas o que as Mulheres de verdade esperam de um Homem é Atitude. Atitude de Homem é tomar partido, resolver o problema, chamar pra si a responsabilidade. Ser Homem suficiente e ser leal, justo... Reconhecer o valor das pessoas e ter respeito, admiração e orgulho da Mulher que escolheu. Homem de verdade tem voz firme e quando fala não precisa gritar, nem ser grosseiro pra mostrar que tem opinião. Homem tem que ter atitude de Homem, não de moleque ou de menino mimado e sem caráter... Homem mostra que é macho não é brigando no transito ou brigando com outro homem... Homem é macho quando dá prazer e segurança a sua Mulher. Tem que ter bom-humor, pegada, abraço forte e cheiro bom... O resto... Só quem não é Mulher de verdade é que liga!!!"
ResponderExcluirÉ claro que discordei e ela parece que ficou ofendida. Não sei o que esperar de pessoas que são da área da saúde, numa instituição federal e pensam assim, que futuro?
Infelizmente é tão "natural" que por vezes nem questionamos. Eu já tinha visto o comercial da Volkswagen e nem tinha parado pra pensar a respeito ATÉ AGORA...
Lolita (quanta intimidaaaade?? rsrsrs), não sei se já postaram:
ResponderExcluirhttp://bagarai.com.br/comercial-da-hope-com-gisele-bundchen-pode-ser-suspenso.html
Beijos,
Olhar
@fabíola
ResponderExcluirLembrei desse: http://www.youtube.com/watch?v=ChSVZR3jl6o
Propaganda foi feita para vender. Isso é fato. O título desta em particular evidencia o modo como fazem isto: "Hope ENSINA" (dita por um homem, num comercial de viés machista). Quando certo tipo de mensagem é massivamente propagada, e estando em acordo com a cultura vigente, então também ganha caráter "educativo" de uma certa moral.
ResponderExcluirSobre o comunicado da Hope: "arma eficaz", pois é, a sexualidade feminina é passada como uma arma eficaz, sendo que só é assim porque a cultura é machista. E também ficou parecendo que, por terem colocado uma mulher bem sucedida financeiramente isso anula o sexismo da mensagem, quando isso é irrelevante já que machismo independe de classe social.
Lembrei do vídeo* da Feminist Frequency, chamado Retro Sexism and Uber Ironic Advertising, sobre comerciais obviamente sexistas que fingem que criticam o sexismo justamente por serem obviamente sexistas, só que a mensagem final não criticou coisa alguma, só reforçou. É ridícula essa "lógica". Vale a pena dar uma olhada porque parece ter se adequado muito bem neste caso.
* http://www.youtube.com/watch?v=PD0Faha2gow
o comunicado da hope mostra q temos algum poder, eles ao menos ouvem os protestos, MAS, eles dizem:
ResponderExcluir"Os exemplos nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal. Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher"
Vou ficar aqui, confortavelmente, aguardando algum anúncio em que um homem de cueca tente ser sensual e charmoso para resolver "fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal"...como bater o carro e extrapolar nas contas, etc...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Já tem gente no tuiter dizendo q somos uns malhumorados q levamos tudo a sério. Tudo não, pessoas, apenas as causas pelas quais lutamos, tentando tornar esse mundo um pouco melhor para o presente e o futuro.
@Gizelli
ResponderExcluirBoa, não lembrava desse!:)
Esse comunicado da Hope me faz pensar apenas que falta cadeira para tanta cláudia.
ResponderExcluirquanto a resposta da Hope, nao poderia ser mais cretina:
ResponderExcluir"eh soh uma piada..."
e jah disse AlexCastro:
"Piadas não são só piadas. Piadas nos ajudam a entender melhor quem nós somos, nossos gostos, preconceitos, medos, preferências. Pelas piadas, se conhece uma civilização. E, de vez em quando, piadas se tornam verdadeiras parábolas, um modo simples e popular de se transmitir verdades profundas, ensinamentos inestimáveis.
Piadas-parábolas não são, necessariamente, mais engraçadas que piadas normais, mas são, realmente, mais significativas, pois transcendem o mero humor e servem de testemunho, acusação e sintoma da cultura que as criou."
Mariana,
ResponderExcluirAs meninas da minha geração (tenho 37) já usavam termos como pegar, morder ou ficar. Faziam até contabilidade. Todas viraram senhoras respeitáveis, mesmo as que ainda aprontam por aí.
É preciso também tomar cuidado quando se compra a idéia divulgada pela mídia sobre como a Gisele é linda e desejada. Ela está longe do tipo preferido pelo brasileiro.
Nada contra a Gisele em geral, mas tenho a impressão que a maioria supervaloriza a garota por causa da imagem estética que ela compõe, 'representando' a beleza do nosso país.
ResponderExcluirBatem palma e acham lindo essa mina branca, 1.80 de altura(sei lá qto ela mede), loira, olhos azuis ser a 'representante' do Brasil na passarela mundial, como se ela realmente representasse uma maioria brasileira. Um orgulho falso e maculado.
André, morder?!
ResponderExcluirvi aqui:
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/economia/noticia/2011/09/spm-pede-suspensao-de-propaganda-de-lingerie-com-gisele-bundchen.html
O que é o machismo? Uma atitude sexista deliberada ou a reprodução de posturas manifestas pelo patriarcado? Questionar o sexismo é socialmente louvável, desqualificar o patriarcado é ilusão. Os relatos do primitivismo, que recontam nossa ancestralidade, nos falam em 700 mil anos de um possível início de civilização. Segundo todos os estudos, a sociedade sempre foi estruturada na ótica patriarcal. Pode-se concluir, então, que tudo, TUDO, o que existe é produto dessa sociedade. O discurso, a política, os símbolos, as leis, os códigos morais, as roupas e a tecnologia. Condenar o modelo é condenar o próprio discurso. Quaisquer possibilidades de reorganizações sociopolíticas só são consideradas porque a ideia de organização política e social pré-existe. Todo o raciocínio humano é amparado no simbolismo do patriarcado e minhas críticas só são possíveis porque o conceito de criticidade já existe. Quando tudo o que se aspira também é determinado por essa lógica, nada mais contraditório do que condenar aquilo que eu também exercito em todos os momentos. Se eu me alimento seguindo padrões, se eu me visto, se corto cabelo, se uso sapatos, se utilizo carros, se escrevo ou leio, se acesso a internet, se analiso e julgo a conduta alheia é porque o modelo construiu todas as possibilidades. É como dizer que não há nada pior do que viver preso a um coração, mesmo certo de que a minha crítica só é possível porque estou vivo graças ao mesmo coração, e consciente de que não existe qualquer possibilidade de vida sem que ele se faça presente de alguma forma.
ResponderExcluirPutz, ninguém aqui percebeu uma homofobia implícita no comercial do carro ou foi só eu?
ResponderExcluirSerá que a propaganda foi mais machista ou homofóbica?
Bruna,
ResponderExcluirPois é (lembra dessa?), 20 anos atrás era uma gíria bacana, hoje soa ridícula.
Nossa, realmente a propaganda é muito homofóbica, não tinha percebido! Dá para traduzir aquilo como que o pai teria vergonha do filho caso ele fosse gay.
ResponderExcluir"toda mulher que termina um namoro é por que gostou de outro homem? '
ResponderExcluirE o comercial falou que era TODA?"
Falou sim, olha você mesmo o comercial:
http://publicidadeecerveja.wordpress.com/2011/09/12/novo-comercial-promovendo-o-garrafao-retornavel-de-1-litro-da-skol-o-litrao-com-beto-barbosa/
E vendo melhor, não é só um corno: é uma fila de cornos ao som de "Se fosse um fim de namoro". É ou não é associação de fim de namoro com traição da mulher?
"Segundo todos os estudos, a sociedade sempre foi estruturada na ótica patriarcal".
ResponderExcluirDiego, você certamente não leu O Cálice e a Espada, da Riane Eisler, nem qualquer outro estudo anterior ou posterior ligado a este best-seller.
http://www.esnips.com/doc/ebfede63-99fb-464f-ab74-19c8a98e5e0a/O%20C%E1lice%20e%20a%20Espada%20-%20Riane%20Eisler
Na notícia da Folha On line sobre o governo querer suspender tal propaganda, o que mais entristece são os comentários relacionados à notícia, a alienação é tamanha que dá medo...
ResponderExcluirei, Lola, sabia que vc ia escrever alguma coisa sobre esses dois comerciais horrorosos!
ResponderExcluirlogo que vi um e depois o outro -e fiz as mesmas críticas que vc, conversando com meu marido- pensei: "a Lola vai descascar o abacaxi agora" :)
e sabe o que é mais irônico, por assim dizer? é que essa tchurma, os publicitários, se acham suuuper descolados...ok, igualzinho meu bisavô era...
bjs
Tem muita propaganda sem noção por aí. Já vi universidade sendo anunciada pelo Sérgio Reis (sem demérito, gosto muito das músicas dele), será que famoso+produto=vendas?
ResponderExcluirA Gisele pode ser famosa, ter um rosto bonito, ser bem sucedida, mas não veste bem uma lingerie. Se o tema fosse tipo "Vejam mulherada, até uma magricela sem bunda fica mais ou menos gostosa nessa calcinha, compre você também." eu entenderia. Só que seria uma propaganda para um nicho muito reduzido (brasileira magrela E sem bunda).
Chegando atrasada aqui
ResponderExcluirAcho que caberia uma reclamação nossa conjunta para a Conar sobre as propagandas da Hope?
Depois vem mascu aqui reclamar do "mercado sexual" mas vejam só, são eles que dizem que mulher não gosta de sexo e que nosso "poder" é barganhar por isso. Vamos dar uma medalha pra eles né?
E engraçado, é verdade esse lance de brasileiro não ser considerado branco, meu pai msm é branco, mas lembro de uma vez no aeroporto uma moça no check-in falando que eu era mais branca que meu pai, pq meu pai era brasileiro...kkkk
Ele ficou P***
Mas eu acho isso muito doidera, é como se tivesse as "alternativas" branco(europeu/americano), negro(africano - se é negro só pode ser africano), asiáticos(japoneses - todos são "japa"), e "Brasileiros" como sinonimo de indefinido ou misturado...
Do que eu ia falar mesmo...
ResponderExcluirAh, é. Piada. Estive pensando aqui, acho que piada não é causa, e sim consequência. Afinal, numa sociedade séria onde estupro, por exemplo, é tratado com seriedade, com a gravidade do que é, DUVIDO que alguém teria a cara-de-pau de fazer uma piada com algo tão sério assim. Mas como ninguém leva a sério isso - Estupro, machismo, o que temos é a normalização do acontecimento e, então, a piada. Já que não é sério, que tem gente que acha graça, que tem gente que realmente acredita no que a piada diz, tem piada. Só alguns pensamentos. Então combater a piada é só uma ação superficial contra a raiz do problema.
Btw, Niemi, você é da onde?
Aoi ito,
ResponderExcluir"Mas como ninguém leva a sério isso - Estupro..." Você não exagerou um pouco muito?
Para o pessoal da área: após a veiculação de uma propaganda as empresas fazem algum tipo de pesquisa para verificar se aumentou a disposição de compra do produto entre aqueles que viram a propaganda? Existem algum tipo de pré-avaliação dos efeitos da propaganda?
ResponderExcluirAndré, não, não exagerei.
ResponderExcluirSe levassem estupro a sério não teríamos casos como moças em colégios dos EUA que são estupradas por atletas de lá, com todas as provas, e todo mundo se vira contra elas porque ela "deve estar mentindo", porque "ele nunca faria isso", ela ainda perde o processo, perde o posto na equipe de cheerleaders porque ela se recusou a torcer por seu estuprador, é obrigada a pagar por danos morais ao estuprador e tem que conviver com ele todo o dia no colégio. A Lola postou isso uma vez aqui.
Se levassem estupro a sério, eles levariam a sério. Quando uma mulher é estuprada, a primeira coisa que pensam é: "Que roupa ela estava usando?" "Ela provocou?" "Será que não foi que ela se arrependeu?" E aí vem mil perguntas para a mulher: Se ela é virgem, com quantas pessoas ela já transou, por que ela bebeu (Se bebeu), por que ela não gritou, por que ela não bateu no cara, se ela realmente disse "não", se ela estava usando roupas provocantes, se ela já o provocava antes, se ela não está mentindo para dar golpe do baú... E por aí vai.
Para o estuprador ninguém pergunta nada. Vide o caso do Strauss-Kahn: Um homem rico exerce seu poder sobre uma mulher pobre, estuprando-a. Um horror. Um desastre. Coisa que acontece sempre - Homens de classe superior estuprando mulheres de classe inferior, como playboyzinhos estuprando empregadas. O que falam? "Ah, fulana quis dar o golpe do baú nele e se deu mal". "Fulana tá mentindo, ela se insinuou toda, não gostou". "Ah, não podemos culpar ele, ele não resistiu". A pobre da mulher estuprada, nada. E aí quando o homem - RIco ou não - Ganha o processo ou ele é arquivado e esquecido, é "Bem feito, quis ser esperta e se deu mal". Eu não estou inventando esses comentários. Li a maioria em jornais ou em comentários de sites tipo Globo.
Estupro definitivamente não é levado a sério na nossa sociedade. Se fosse, todo mundo acharia um horror o Rafinha Bastos falar que mulher feia que é estuprada devia dar graças a Deus, e não falar que é a liberdade de expressão dele (E a liberdade das mulheres estupradas de não serem atacadas gratuitamente assim, cadê?), que era só uma piada (No cu dos outros - Refresco, sempre refresco), que a gente está exagerando (Gente, geralmente de uma classe que estupra e tem poucas chances de ser estuprado falando pra gente da classe que é estuprada e tem mais chances de ser estuprada que estamos exagerando. OK).
Nem com CRIANÇAS levamos a sério. Menina de 7 anos estuprada? Ah, mas ela também usava maquiagem, ela usava roupa curta, ela tava pedindo, né... E o estuprador? Ninguém fala nada. É sempre a mulher.
Desculpa, mas eu não acredito que a nossa sociedade leve estupro a sério. Eu não fui estuprada, mas, por ser mulher, eu tenho altas chances de ser, um dia desses. Espero que esse dia nunca chegue. Mas algumas de nós vivemos com medo. Sabendo que, se um dia formos estupradas, a culpa foi nossa, vão perguntar para nós POR QUE fomos estupradas, todos os holofotes vão para nós. Independente da mulher: Hetero, bi, lésbica, butch, femme, punk, freira, religiosa, jovem, velha - Se você tem uma vagina, corre riscos. E a não ser que você tenha MUITAS coisas a seu favor, vão, inevitavelmente, olhar torto pra você.
E ainda tem gente que acredita que estupro é ato de amor, só uma demonstração...
Então é. Eu não acho que o estupro seja levado a sério. Se fosse, teríamos um mínimo de segurança que, caso fôssemos estupradas, nos tratariam humanitariamente.
(Claro, eu falei "todo mundo" como "sociedade". É claro que tem umas gatas pingadas e uns gatos pingados que levam a sério. Mas são poucos se comparados ao resto.)
Aoi Ito
ResponderExcluirEu nasci na Laponia, sou finlandesa
Aoi ito,
ResponderExcluirEntendo o drama de quem vive com medo, concordo que as autoridades responsáveis agem porcamente contra esse tipo de violência (assim como em muitos outros), mas esse caso caso nos EUA não é muito representativo, pelo menos para o Brasil.
Lola, cê viu o blog do Xico Sá falando sobre a mesma propaganda? Troquei alguns twits desagradáveis com ele e ele ainda põe pra escanteio a questão do controle de publicidade, não sei qual sua opinião sobre isso. Se você não tiver acabado de comer, sob risco de prejudicar sua digestão, dá uma conferida. O cara tem posts e posts de exalam machismo, homofobia e por aí vai. http://xicosa.folha.blog.uol.com.br/
ResponderExcluirAndré, claro, o caso dos EUA não é representativo porque aconteceu em um tipo de instituição que só tem nos EUA. No Brasil não temos escolas que supervalorizam seus atletas, acho.
ResponderExcluirMas temos meninas estupradas por seus tios, mulheres estupradas em faculdades, mulheres estupradas por seus maridos, meninas estupradas por vários homens, enfim, fêmeas da raça humana sofrendo violência sexual. E todo mundo pensa mais em "ah... ela podia estar pedindo... ela podia estar vestindo algo... ela podia isso isso aquilo".
Por isso eu digo que ninguém leva a sério. O caso dos EUA é só um exemplo de até onde isso pode se arrastar, a um ponto esdrúxulo, e ainda assim as autoridades acharem que está tudo certo. Não é regra - A maioria das mulheres desiste antes mesmo de começar, ou então desiste no meio, para evitar maiores constrangimentos...
Daniela Rodrigues. Não, não li. Eu leio atestados históricos regulamentos por normas rigorosas. Arqueólogos, historiadores ou fontes científicas consistentes e eu não estou falando de sociedades isoladas, marginais. Falo sobre a base da civilização que construiu nossa realidade. O livro de Simone de Beauvoir, o Segundo Sexo, diz exatamente o que reproduzi em meu discurso.
ResponderExcluir"Falo sobre a base da civilização que construiu nossa realidade".
ResponderExcluirEntendi perfeitamente essa parte, Diego. A que questionei foi outra:
"Segundo todos os estudos, a sociedade sempre foi estruturada na ótica patriarcal".
Se não quiser conhecer a obra da Riane, é um direito seu. Talvez ela não esteja mesmo à altura do seu pedantismo.
Aliás.
ResponderExcluir"Os exemplos nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal. Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher."
PORRÃN, claro, né? Mas magicamente é sempre uma mulher retratada nisso. Se fosse uma coisa só, OK, mas não, a pobre e burra mulher Gisele SÓ SABE FAZER MERDA, mas não se preocupem, ela é sexy! E ela nos ensina a fazer bom uso disso!
É muita inocência ou muita má-fé achar que não é sexismo porque isso acontece com todo o casal (Por parte masculina ou feminina), mesmo que seja estereótipo que a mulher foda tudo, que só mostrem mulheres fazendo merda, que essa silly wimmin faça tudo de errado mas seja redimida porque é sexy...
Não é fácil, definitivamente não é fácil.
"Segundo todos os estudos, a sociedade sempre foi estruturada na ótica patriarcal." "Quaisquer possibilidades de reorganizações sociopolíticas só são consideradas porque a ideia de organização política e social pré-existe."
ResponderExcluirHum, deixa eu ver se entendi.. o machismo então surgiu juntamente com as primeiras organizações sociais por ser algo inerente à mesma. Não há organização sem machismo. O não-machismo das sociedades "marginais" não contaria como prova de que o machismo NÃO seria intrínseco à sociedade. Ou seja, não importa o que façamos, nossa sociedade será sempre machista e criticar isso seria hipócrita e contraditório.
Ainda bem que eu não acredito nisso.
Aoi, concordo. Na hora de comentar sobre estupro e pedofilia de um modo geral muita gente se faz de consternada, aí quando acontece, vemos essas mesmas pessoas questionando a vítima e minimizando o ocorrido. Esse tipo de comportamento é regra, exceção é ver alguém dizendo que estupro é estupro e ponto final.
diegopfranco
ResponderExcluircerto, mas o seu discursso quer dizer oq exatamente?
que não se pode criticar o machismo e o patriarcado pq alem dele nenhuma outra forma de organização social é possivel?
sem provocação, é que não entendi mesmo qual o ponto que vc quer mostrar.
uma "jornalista" "colunista" do estadão saiu em defesa da pobre gisele e da incompreendida Hope.
ResponderExcluirDeixei um comentário lá, q dúvido q vá ser publicado. Reproduzo aqui:
http://blogs.estadao.com.br/marili-ribeiro/deixem-a-gisele-bundchen-em-paz/comment-page-1/#comment-2040
"até parece q revistas e sites de moda que vivem esmolando anúncios de empresas do setor, como a Hope, iriam sair em defesa das mulheres kkkkkkkkkkkk
Por causa de gente como você é que a luta pela igualdade de direitos das mulheres não avança. O mesmo cara que paga as contas e fica feliz com a mulher sensual que só traz apurrinhação mas que ele gosta de comer, é o cara que vai dar na cara dela se algum dia ela resolver não querer mais ser comida por ele.
A luta não é para censurar a gisele, ela é livre para fazer o que quiser. A luta é para mostrar que mulher não pode ser valorizada apenas, e quando, for um objeto decorativo e bom para o prazer masculino. Pensa!"
Lord, só quis propor a discussão. Na verdade eu faço oposição a qualquer discurso que se apresente como verdade inequívoca ou que desrespeita a ótica de outros estudiosos por condicionamentos ideológicos por vezes desamparados. Seja qual for a natureza do que defenda. Meu interesse é que as questões que tenho sejam respondidas. Não entro no mérito das raízes que levam cada indivíduo a pensar como pensa, só questiono as tentativas de imposição intolerantes. Acho que é direito de todos o questionamento livre, só que eu busco encontrar a relevância dos argumentos além da crítica e a legitimidade escondida em cada retórica. Quero apenas entender. Só.
ResponderExcluirEsse post e os comentários sobre ele caem na mesma discussão do post anterior. E ainda tem gente q acha q as coisas mudaram muuuuuuuito (ok, um pouquinho talvez, cabe a gente se esforçar para q mude muito mais). Esses comerciais tanto refletem o modo q a mulher ainda eh vista ( muuuuuitas ainda se comportam) q um bando de gente não viu nada demais neles. Passou batido, sabe?
ResponderExcluirAinda não dá pra acreditar que as pessoas ainda inventem propangadas como essa em pleno século XXI, em que a idéia de que o machismo não presta já está pra lá de consolidada, já é senso comum.
ResponderExcluirA boa notícia é que houve pedidos pra tirar a tal da propaganda do ar, e parece que vai sair mesmo... =)
Boicote é muito indicado, afinal é um produto e o melhor nessa hora é queimar o nome da empresa. Acho que o governo querer tirar do ar acaba oferecendo o lado de 'vítima' para a empresa.
ResponderExcluirNem acho que a Gisele tem de ser criticada, afinal é o trabalho dela.
Sobre o Space Cross.. já não gosto de carros, muito menos carros caros. Logo, jamais compraria esse aí, ainda mais depois dessa propaganda.
Hoje concordo contigo Lola, dois comerciais idiotas.
Fico feliz de ver que não fui só eu que passei mal com esse comercial. Aliás, alguém aqui viu um comercial que passava até pouco tempo na TV, de uma companhia de seguros? Era uma mulher que falava que batia o carro por estar lixando as unhas... Sinceramente, não faço ideia do que esses publicitários têm na cabeça. Para quem diabos eles querem vender a ideia? Essa publicidade só serviu para eu me sentir menos confortável em relação a essas marcas.
ResponderExcluirMariana,
ResponderExcluirVi o antes e Depois da model "plus size" (para mim ela não tinha nada de plus size) e achei que ela perdeu toda a beleza que tinha.
Não entendo essa de que magreza é necessariamente beleza.
Ah... Os extremos!
Denise sem foto.
A gente sempre pensa que esse é um meio onde devem estar pessoas super criativas, dinâmicas, inovadoras... mas parece ser exatamente o contrário, é sempre mais do mesmo, parece não ter gente mais conservadora e ligada a estereótipos e preconceitos do que o povo que mexe com tv.
ResponderExcluirPropaganda de cerveja? Joga um monte de homem comum bebendo cerveja e coloca uma mulher lindíssima servindo ou no máximo servindo de companhia. Propaganda de carro? Põe um cara na faixa dos trinta anos dirigindo um carrão numa super velocidade que na vida real seria pra lá de perigosa.
Propaganda de lingerie? Um monte de mulher seminua dançando ou fazendo alguma coisa nada a ver... Eletrodoméstico ou produto de limpeza? Entra em cena a super mulher, a multi uso, que limpa a casa toda em três segundos...
Nada de tentar atingir outros públicos ou tentar mensagens novas que talvez até chamariam mais a atenção, exatamente por inovar. E quando tentam inovar é aquela vergonha, tipo a propaganda da Bombril.
Ainda não vi esses da Hope, mas até que gostei da propaganda do carro. Achei que não tinha nada demais brincar com essa vergonha que filhos sentem dos pais, porque querem mostrar aos amigos que já são adultos (quem nunca passou por isso? rs) até o momento, claro, em que o cara fala em "pegar mulher". Pois é.
Nós mulheres somos pegas, somos troféus, nós não desejamos, não queremos beijar, abraçar, transar. Aí um cara que consegue isso é um vencedor, porque ele que conseguiu te convencer a fazer aquilo, você não tem vontade própria, desejo. E daí que vem aquela ideia de que se o cara quer algo sério com a menina que foi "pega", tudo bem, mas se não quer, ela foi feita de boba, usada e mais uma pá de coisas. Depois ainda tem gente que pergunta porque grande parte das mulheres tem alguma dificuldade ou pudor nessa area. Estranho é se não tivessem.
Aff... preguiça de no século XXI ainda conviver com todo esse tipo de ideia.
A Secretaria de Políticas para Mulheres, da Presidência da República suspendeu a exibição dessa propagandinha idiota.....
ResponderExcluirAchei interessante.
ResponderExcluirMuito bom.
Te espero lá no meu blogue, lá, tem sempre espaço para pessoas que escrevem com facilidade semelhante a voce
Parabens
Abraços
Propagandas são péssimas mesmo! Nem eu que nunca estudei Publicidade... Afe! Falta criatividade como o diabo nesses publicitári@s. E o povo acaba sem entender a crítica e ficam falando "Ah, mas eu amo a Gisele, ela é linda, é fofa, é magra, é um arraso"... Ah, vai dar a bunda. Ninguém tá falando dela como pessoa nem como modelo. A crítica vai pra propaganda. Aliás, o que tem de coisa ruim na televisão, não tá escrito, viu? Ainda bem que vivo bem longe dessa droga. Só ligo quando tenho um objetivo certo (séries ou filmes). E ó: só usar um pouquinho a massa cinzenta não mata ninguém. Cabeça não serve só pra separar as orelhas, mas parece que tem gente que só usa mesmo como enfeite. Sem mais...
ResponderExcluirP.S. Não é para ninguém em específico da lista, mas fiquei indignada lendo os comentários da página que enviaram sobre "deixem a Gisele em paz". :S
ResponderExcluir"Boicote é uma coisa muito boa.
ResponderExcluirEu por ex, depois que a ferrari mandou o Massa deixar o Alonso passar, decidi: não compro mais ferrari."
huahuahua, essa coisa do boicote chega a ser infantil, muitas vezes.
Sobre os comerciais, concordo totalmente com as análises. Todos as formas de expressão estão impregnadas de ideologia, é possível ver uma aspecto dela em filmes populares, comerciais, músicas e etc.
Eu pensei a mesma coisa quando minha esposa comentou comigo sobre essa propaganda da Gisele. Ou mais: se essa mulher aceita fazer um comercial desses, mesmo não precisando nunca mais trabalhar na vida (eu não faria comerciais se fosse trilhardário), é porque ela - e não só os comerciais que faz - merece crítica.
ResponderExcluirQuanto à propaganda do carro, não sou fã de carro, muito menos dessas caminhonetes esportivas, mas você - talvez por não ver as coisas da ótica de um homem - parece-me que entendeu errado a mensagem (existe isso de entender errado? sei lá...). Eu interpreto assim: o motorista é um adolescentão maior de 30, que é (ou quer passar a imagem de) descolado, guitarrista, surfista, ele pega mulher porque é um galã livre e desimpedido, um pai jovem, e o carro vende essa liberdade: poder ser pai e poder ser livre. Joga não com a idéia de "levar o filho pro puteiro" mas sim com a idéia de que, quando era adolescente, ele tinha vergonha de ser o filhinho do papai - e ser filhinho do papai atrapalhava a vida social e sexual dele na escola - mas agora não tem mais esse problema. É preciso entender os dilemas da sexualidade masculina para compreender isso, afinal o comercial tem como público alvo (e provavelmente como produtores) os homens. Enxergar o homem por trás do "monstro machista" pode revelar detalhes importantes.
E a da Embratel?
ResponderExcluirEle contrata o plano de futebol e o comentarista diz "sua mulher torce pro outro time? mandou mal, hein!"
E a esposa fica tirando com o marido e o marido diz "ela não vai parar, vira para a novela".
Gente.
Convenhamos.
Novidades ótimas!!
ResponderExcluirhttp://juliapetit.com.br/home/fora-do-ar-3/
Parace que saiu do ar!!
Parece que já tem gente agindo contra a propaganda (se de forma eficaz ou não, não sei):
ResponderExcluirhttp://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201109281601_TRR_80265528
è engraçado porque, lembro de uma propaganda de uma sandalia (acho que havianas) em uma senhora e sua neta estavam num restaurando. Em um momento um galã de tv entra e elas comentam. a moça diz que ele é bonito, mas ela não gostaria de casar com ele por ele ser muito assediado. A vó, moderna, dizia: quem falou casamento? É só sexo mesmo.
ResponderExcluirO que eu quero dizer é que logo depois a propagadnda foi retirada porque feria a moral e os bons costumes.
Mulher transar é ferir os bons costumes?
Aos que argumentam que é só uma propaganda, como explicar isso?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBah Lola, eu também achei super estranha a propaganda do carro. Quando vi o início, achei que ia tomar um rumo bem diferente (e mais agradável), tipo, o pai apostar com o filho que ele não ia passar vergonha com o carro-produto, ou deixar o filho ir e depois passar na frente da escola e a molecada ficar babando pro carro fazendo "nóóóóssa" e o filho ficar tipo "bah, perdi uma chance de chegar arrasando" heuheuheue. Acho que ai sim faria sentido como comercial, pra vender o produto. Com o comercial da Hope, quando vi na hora lembrei aqui do blog, hehe. Bem infeliz mesmo. Gostei do comentário da Rose, achei muito estranho terem tirado aquele comercial do ar; só homem "pode" falar sobre sexo descompromissado nos comerciais?
ResponderExcluirO Comercial da Gisele nem vi, mas o que mais me incomodou mesmo, como já disse anteriormente é a homofobia camuflada na propaganda do carro. Está tão implícita que ao que parece ninguém aqui percebeu. Só a Jéssica depois que eu comentei.
ResponderExcluirO comercial é da Havaiana e foi retirado de circulação na tv porque estava, imagina, incitando as moças a transarem (pode não?)
ResponderExcluirO link é esse http://www.youtube.com/watch?v=JARRVe0rccA
PS;: No post anterior, digitei apressadamente (chefia) então, relevem os "errinhos" rs
Lu-Bau.Blog,
ResponderExcluirEu nãi vi homofobia no comercial do carro. Suponho que o moleque não pega mulher por timidez.
Aqui dona, vc é beeem mal informada da sua classe.
ResponderExcluirMulher diz "pegar homem" sim. Atualize-se antes de defender as "indefesas e puras" mulheres.
Rose,
ResponderExcluirMas a veinha deu um tapa de luva no bando de reaça http://www.youtube.com/watch?v=eRajwoZmc1U&feature=related.
Não tem nada haver com esse post, mas acabei de saber que mais um blog de mascu foi pro saco kkkkkkk
ResponderExcluiro doutrinador ja era tb.
Pelo jeito as queixas que fizemos naquele site do governo valeu pra alguma coisa, já é o terceiro blog que é desativado que eu saiba, mas deve haver mais.
Eu sei André, mas a questão é essa. Parece-me que quando a mulher, enquanto ser, se sente ofendida com algo, ela é taxada de mal humorada, recalcada patrulheira e etc. No caso específico desse comercial, a ofensa foi contra a ideia da função da mulher na sociedade (segundo a óptica machista, claro) e nesse, caso, "foi legitima" a proibição do comercial.
ResponderExcluirParabéns pela matéria, muito boa!!!
ResponderExcluirEu quase vomitei quando vi a campanha da Sky, de longe é uma das piores; mas essa da Hope me revoltou bastante também. A do carro eu não vi, mas acho muito triste essa pressão passada de pai pra filho... Tanto homem que não faz o que realmente tem vontade só pq tem que posar de macho!! Tenho um amigo que apesar de ouvir de todo mundo coisas como "mas tu é um viadinho mesmo" só fica com guria que realmente gosta, só transa com quem ama, e admite tudo isso. Tenho um puta orgulho dele por ser realmente quem ele é, no estado do RS, onde ser ele é "viadagem" (pra usar o vocabulário exato, do qual também discordo).
Foda é o pessoal que vem aqui postar uma coisa que nem está 100% correta com uma linguagem desnecessariamente agressiva, e nem ao menos comenta sobre o resto do post da Lola, como se um erro (Que pode ou não ser erro) acabasse com toda a argumentação dela.
ResponderExcluirFiquei tão boquiaberta quando vi essa propaganda da Hope que nem vi que marca era. Bem, já não comprava lingerie deles. Vou continuar não comprando.
ResponderExcluirPegar de fato é unissex. Pelo menos quando você fala de si mesmo - "eu peguei fulano" - é comum ouvir isso vindo de mulher. É uma expressão que amo e odeio pela mesma razão: implica pouco ou nenhum envolvimento emocional. Isso a torna útil, de certa maneira, já que "fiquei com fulano" não tem bem o mesmo peso. Mas sim, é meio feio, não tiro a razão de vocês.
Btw, não sei vocês, mas estourar cartão e bater carro não me soa muito, uh, cotidiano (pobre da conta bancária de quem for, aliás). No meu mundinho problemas cotidianos de casal são, sei lá, ficar até mais tarde no trabalho e não avisar, queimar o almoço, esquecer de comprar algo pra casa, se atrasar em encontro, essas coisas. Não causar um rombo no orçamento familiar.
não sei qual a pior , a propaganda do pai machistésimo, ou a da gisele...
ResponderExcluirConcordo, a propaganda do carro foi DESnecessaria. E a Gisele NAO tem curvas.
ResponderExcluirRealmente nao sei qual é a da Gisele fazer essas propagandas, querendo bancar a Amélia... Aposto que na casa dela canta o pau e ela que manda ver. Mas entendo que elz exponha o corpo nas lingiries, afinal ela vive da imagem, dos ossos que tem.
bjo
gente, a pior punição é a do bolso...
ResponderExcluirtem que boicotar hope e wolksvagen
'E o comercial falou que era TODA?"
ResponderExcluirFalou sim, olha você mesmo o comercial:
http://publicidadeecerveja.wordpress.com/2011/09/12/novo-comercial-promovendo-o-garrafao-retornavel-de-1-litro-da-skol-o-litrao-com-beto-barbosa/
E vendo melhor, não é só um corno: é uma fila de cornos ao som de "Se fosse um fim de namoro". É ou não é associação de fim de namoro com traição da mulher?'
Eu vi, e o que ele diz, que até vc mesma repetiu foi: UM fim de namoro
Que é diferente de TODO fim de namoro
Quando vc troca uma cerveja ou óleo, ou sei lá, todo mundo que vê sabe que nem todos os produtos são retornáveis
Agora, esticar a baladeira e falar que o comercial tava falando que TODO fim de namoro é chifrada, e não que ele tava se referindo SÓ aos fins de namoro que são mesmo chifrada...
@Niemi:
ResponderExcluirComo é que pode alguém trocar a Finlândia terra do metal pelo brasil terra do chao chao chao...
?
Vc n gosta da propaganda,beleza, boicota os produtos ou muda de canal, ou espalha se ponto de vista pra que outras façam o mesmo
ResponderExcluirAssim ou a empresa que faz algo que não agrada se toca ou vai à falência
Agora, outra coisa é tirar a propaganda do ar à força.Eu não acho que seja o governo que tenha que decidir o que é bom ou ruim pra mim, nem acredito em estado babá.E pior ainda é o precedente, tem que ser muito ingênuo, ou ter má fé mesmo pra achar que um poder desses vai ficar só nisso,ainda mais nas mãos dos petralhas, que dificilmente escondem o desejo de controlar a mídia e de criar o tal 'controle social da imprensa'
Boicote só é infantil num país onde um carro fabricado AQUI custa METADE do preço no México, simplesmente porque nesta terra, na qual as montadoras põem o preço que querem e as pessoas, muito preocupadas que estão em levar vantagem em tudo, nem percebem que são elas mesmas as maiores otárias da paróquia.
ResponderExcluirBoicote é tão infantil que tem se tornado uma das maiores armas dos fundamentalistas cristãos nos EUA. E a merda, neste caso, é que tem funcionado.
Quando eu falei da ferrari foi uma piada mas boicote as vezes funciona sim, DEPENDE DO PÚBLICO
ResponderExcluirTanto que a hope mesmo foi forçada a se retratar
Agora, querer dar poder pros petralhas decidirem o que os outros podem assistir...daqui a pouco vai ser o que, vou ter que pedir permissão pros iluminados cheios de dolar na cueca, escolhidos pela maioria de miseráveis acéfalos pra falar o que eu penso? sonha.
Governo pede suspensão de propaganda com Gisele Bündchen após receber reclamações:
ResponderExcluirhttp://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/09/28/governo-pede-suspensao-de-propaganda-com-gisele-bundchen-apos-receber-reclamacoes-925462152.asp
O boicote funciona só quando há apoio de massa. Fora disso é massagem de ego. Se não há esse apoio, é necessário agir de outro modo.
ResponderExcluirLola deve ter sido por caus do seu Blog
ResponderExcluirhttp://economia.ig.com.br/empresas/comercioservicos/secretaria-considera-campanha-com-gisele-sexista-e-pede-sua-suspensao/n1597246478817.html
Lola deve ter sido por vc... seu Blog faz milagres http://economia.ig.com.br/empresas/comercioservicos/secretaria-considera-campanha-com-gisele-sexista-e-pede-sua-suspensao/n1597246478817.html
ResponderExcluirQuando vi a propaganda do carro notei logo no machismo, principalmente o fato de pegar mulher - além da questão de menino tem que pegar, menina não etc - é que o pegar menina foi comparado a coisas legais de se fazer, mas coisas, somos coisas. E também por causa da homofobia do comercial - pegar menina é bom, mas se fosse pegar menino? O céu cairia!
ResponderExcluirSobre os comerciais da Hope... sem esperança que a gente fica, né?
Se uma empresa que vende para mulheres e viva do dinheiro da gente nos trata assim... ops, do dinheiro da gente não, do marido da gente! Ah tá explicado!
Os 3 anúncios são odiosos e me deu raiva da Gisele por nos submeter a isso, prestando um desserviço às mulheres brasileiras que já são vistas apenas como bundas nascidas para satisfazer homens em outros países.
A hope ensina... a como ter vergonha da top brasileira e de nossas propagandas.
A CartaCapital tem trocado o nome da modelo para Amélia Bündchen. (muitos risos!)
ResponderExcluirAté achei que eles pegaram um pouco pesado com a analogia, mas que a Gisele pediu, aaahhhh se pediu!
Mais uma da Amélia Bündchen
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/gisele-bundchen-e-o-sexismo
Amélia Bündchen deixa mulheres em fúria
http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/gisele-amelia-bundchen-enfurece-as-feministas
@ntwrdprss
ResponderExcluirNão é pq sou Finlandesa que significa que eu goste tanto assim de metal melódico, isso é um preconceito comum, a mesma coisa de acharem lá que todo brasileiro gosta de samba, pagode, axé...
Aliás, eu aprecio sim os ritmos brasileiros, sou muito eclética, tenho minhas preferencias, claro mas não deixo de escutar nada para conhecer. a cultura brasileira é muito rica, alegre, as pessoas que vem de fora como eu acabam se encantando com isso, mas vc's estranhamente tem vergonha, as vezes penso que é questão de elitismo, as vezes de sindrome de vira-lata...não sei. Não to querendo julgar, mas que eu acho estranho eu acho.
O pessoal costuma achar que eu só por ser Finlandesa, bebo pra caramba, gosto de metal melódico e que nunca vi a cara do Sol até chegar aqui...rs mas isso é normal já me acostumei a explicar que não é bem assim.
Mas não posso falar muito de visão torta, pq eu tb imaginava muitas coisas sobre o Brasil que soavam ao ridiculo...fora o choque de cultura inicial eu me adaptei bem.
A minha sorte que sou muito bem tratada :)
http://twitter.com/#!/MarceloTas/status/119404049626955776
ResponderExcluirDá pra acreditar nisso?
Mulher realmente usa o termo "pegar" Lola, normalmente só entre nós, mas eu mesma estou começando a falar assim com amigos de qualquer gênero. Um termo bonito não é, mas não é mais só homem que fala isso.
ResponderExcluirAmbas as propagandas são idiotas,mas essa da Hope é desprezível, que tipo de gente faz uma porcaria dessa?Quero dizer, eu cheguei a cursar um semestre de publicidade e propaganda, meus colegas não eram as pessoas mais politizadas do mundo,mas tambem não eram umas antas quadradas expelidoras de preconceitos, não de maneira tão escancarada.
Mulher realmente usa o termo "pegar" Lola, normalmente só entre nós, mas eu mesma estou começando a falar assim com amigos de qualquer gênero. Um termo bonito não é, mas não é mais só homem que fala isso.
ResponderExcluirAmbas as propagandas são idiotas,mas essa da Hope é desprezível, que tipo de gente faz uma porcaria dessa?Quero dizer, eu cheguei a cursar um semestre de publicidade e propaganda, meus colegas não eram as pessoas mais politizadas do mundo,mas tambem não eram umas antas quadradas expelidoras de preconceitos, não de maneira tão escancarada.
Apesar de achar um gasto de pólvora excessivo para algo que você simplesmente pode ignorar. Eu não vou comprar um Spacefox, ou qualquer carro que seja, só por conta de um comercial engraçaralho. Muito menos vou dizer 'amém' para qualquer coisa que minha mulher em diga, certa ou errada, só pq ela está de lingerie.
ResponderExcluirUma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. É um raciocínio válido, afinal, serve para educar os que não percebem a 'sutileza' do machismo nas propagandas. Mas, acho que temos questões maiores em pauta.
Em todo caso, apesar de ateu, permitam-me o comentário:
'Entãom Deus fez Gisele, La Belle, e viu que era bom. Veio Tom Brady, esse emissário do capeta... e confiscou a obra divina.' =)
Não sou fã da Gisele. Acho que é uma mulher muito bonita, mas perde boa parte do charme quando abre a boca. Um dia vi uma entrevista dela no GNT dizendo que ela não ia "mostrar a bunda" no desfile da Victoria's Secret porque "não precisava disso" (palavras dela). Aí ela aparece praticamente pelada nesses comerciais da Hope, com todo esse conteúdo que já foi comentado e re-comentado nesse post? Perdi a fé de vez. Não sou feminista, mas senti-me agredida com essa propaganda.
ResponderExcluirJuliana, pior é o nível dos comentários. Eu realmente acho que agora a desculpa pros cult-fascistinhas é que tudo, tudo é uma piada, tudo é brincadeira, e que só os politicamente corretos (Esses malditos!) reclamam delas.
ResponderExcluirVamos mandar um negro voltar para a senzala e reclamar se nos chamarem de racistas, afinal, é só uma piada... :)
Acho que esse backlash é uma prova de que alguma coisa está dando certo.
Bruno, a propaganda não é causa. É consequência. É claro que ninguém vai começar a achar que devemos dar graças a deus se nossas esposas aparecem com péssimas notícias só porque estão de lingerie, mas isso reflete muito bem o pensamento machista de quem produz a propaganda e de quem acha ela muito legal. Tratamento humanitário é bom e todo mundo gosta, e eu realmente não quero que meu sexo seja representado por uma random em uma propaganda que basicamente diz que não podemos fazer nada direito mas que podemos usar nossos corpos para nos dar bem com os homens (O que, por acaso, é algo que o feminismo sempre lutou contra - A idéia de que mulheres só conseguem coisas com o corpo). Então acho uma luta válida. Não contra apenas a propaganda, mas contra todos os estereótipos de sexo.
putz , foi uma soadeira danada pra acabar com a palhaçada nas propagandas de cerveja, quando finalmente acaba, aparece essa da hope...
ResponderExcluiro cara da hope chamou de paranoicas as pessoas que reclamam da propaganda...
ResponderExcluirqueria ver se ele tem a manha de colocar a filha dele pra fazer a mesma peça de mal gosto já que é tão inocente....
Gisele Bundchen está nos TTs no Twitter por causa da propaganda... mas o nível dos comentários tá de doer (pra variar, né?)
ResponderExcluirSaiu até no Guardian:
ResponderExcluirhttp://www.guardian.co.uk/world/2011/sep/29/gisele-bundchen-brazilian-supermodel-commercial
Nesta estou com você Aronovich!
ResponderExcluirSegue, abaixo, uma boa notícia.
Conar abre processo para avaliar propaganda com Gisele Bündchen
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JOHANNA NUBLAT
NÁDIA GUERLENDA
DE BRASÍLIA
O Conar (Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária) abriu processo, na tarde desta quinta-feira, para avaliar denúncias recebidas contra a campanha "Hope ensina", em que Gisele Bündchen aparece de lingerie e mostra a "melhor maneira" de dar uma má notícia ao marido.
Governo pede suspensão de comercial de lingerie
Reprodução
O processo está baseado em cerca de 15 denúncias de consumidores, recebidas pelo conselho desde ontem, quando a Secretaria de Políticas para as Mulheres informou ter pedido ao órgão a suspensão da propaganda. O pedido oficial da secretaria ainda não chegou ao Conar.
Segundo a assessoria do conselho, o processo foi aberto após análise preliminar do caso, que verificou a existência de fundamento, no código brasileiro de autorregulamentação publicitária, para a aceitação da denúncia.
O passo seguinte é a nomeação de um relator, que, no âmbito do conselho de ética da entidade, vai elaborar seu parecer sobre as críticas. No meio do caminho, o relator pode decidir suspender liminarmente a veiculação da propaganda até o julgamento final.
Caso entenda que a campanha fere, de fato, o código do setor, o Conar pode recomendar a suspensão definitiva do comercial. A esse tipo de decisão, cabe recurso.
Na peça publicitária, Gisele aparece usando roupas normais para falar, por exemplo, que bateu o carro. A estratégia é classificada como "errada" e em seguida a forma "correta" é mostrada: a modelo repete a notícia, usando apenas lingerie. "Você é brasileira, use seu charme", conclui a peça publicitária, que está no ar desde o último dia 20.
As denúncias recebidas pelo Conar consideraram que a campanha da Hope não tratou com respeito a condição feminina. Para o governo federal, "a propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas".
A assessoria da Hope negou que houvesse qualquer intenção "sexista" na campanha. Procurada nesta quinta sobre a abertura do processo, a empresa ainda não se manifestou.
Como se vê, há mesmo ministros demais no governo Dilma. Na falta do que fazer, inventa-se.
ResponderExcluirProibiram a propaganda da Hope. Ufa.Por muito pouco as brasileiras não seriam influenciadas a usar seus atributos físicos para auferir vantagens.
ResponderExcluirA respeito de "Bati seu carro". Ops, peraí. Vivo lembrando meu marido que o carro é nosso. Meu, a família pode ter 3 carros por morador da casa, mas é nosso, nosso. Não é nem visão de casamento com comunhão de bens. Mas, peraí... Isso é uma família ou o que? É nosso, nosso carro.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA Gisele é brasileira mas o seu biotipo é americanizado: peito grande, perninha de passarinho, sem carne! O biotipo de mulher brasileira que conhecemos é outro.
ResponderExcluirAmbas campanhas são tristes! By the way,que comentários ferrenhos no twitter. Eu não sou a favor do aborto, mas nem por isso vou entrar em página alheia rasgando a pessoa a torto e à direito. Ninguém jamais entraria na sua ou na minha casa sem nos conhecer e sugeria que a melhor saída para nós seria a morte. As redes sociais deram à pessoas mal resolvidas um grande poder na qual elas não sabem lidar.
Bjs
Mas, Lola, a Gisele é marca! Tem que implicar com ela, sim. Inclusive, já vi entrevistas dela em que ela afirma que só faz propagandas que ela acha legal e que vai fazer bem pra própria imagem.
ResponderExcluirEu entendo totalmente a brincadeira, mas tanto o posicionamento da propaganda quanto da Gisele são machistas e desrespeitosos.
Apesar disso, o que mais me incomodou nessa campanha é o fato da Gisele não convir com o papel (nem de brasileira, nem de submissa, nem de pobre). Se fosse alguém mais brasileira, a gente até daria uma risadinha e faria como faz com todas as outras propagandas que tratam a mulher como objeto, ignora para não ficar com raiva. Tiro no pé da Hope.
Aoi Ito, eu sei de tudo isso que você falou. Não é preciso sequer ser formado em publicidade pra entender o básico da propaganda, etc.
ResponderExcluirMeu comentário foi baseado numa visão que tenho de 'prioridades' na luta da causas. Eu tinha até um exemplo para citar, mas pra não inflamar ainda mais a discussão - e não chegar a lugar nenhum - prefiro encerrar aqui.
Mas é claro que toda a luta é válida. Sou contra extremos em todos os 'ismos' e sempre vou brigar pelo equilíbrio. Isso me basta.
Abraço
Agora, que mulher nunca usou seus atributos físicos, sensualidade ou algo do tipo para tirar uma vantagem mínima que fosse?!
ResponderExcluirEm tempo, quem nunca, depois de casado não se referiu a alguma coisa como 'meu' ou 'seu'. Nem sempre se fala 'nosso' depois de casado, até porque casamento não é simbiose e o ser humano tem sua parcela natural de individualismo.
Digo isso pois vi comentários achando 'absurdo' ela ter falado 'bati SEU carro'...
Escrevi algo sobre as declarações da Luana Piovani e do Marcelo Tas.
ResponderExcluirhttp://cabanadeinverno.wordpress.com/2011/09/30/hope-gisele-luana-e-tas/
Caro Bruno Nigro,
ResponderExcluirNunca ofereci meu corpo para conseguir o que quer que fosse. Só me ofereço para quem eu quero, unicamente eem busca de prazer. Tudo o que eu consegui foi fruto de trabalho e esforço (sim, mulheres também trabalham para conseguir o que querem, sabia?)
Saudações,
Rosa.
Cada mulher que vista a carapuça que quiser! Tem mulher machista, tem mulher dependente do marido sim e q gosta disso..Tem de tudo e de todas!
ResponderExcluirToda piada é por si só discriminatória...
Respeitar as mulheres, sim! Sempre! Mas e aquelas que não respeitam a si próprias?! Talvez esta propaganda se destine às mulheres fúteis, dependentes, superficiais... Somos todas iguais? Os homens também...são todos iguais?! Não acredito nisso...prezo pela liberdade, pela leveza e bom humor...estamos pegando muito pesado com certas coisas e com outras que tb merecem atenção, estamos esquecendo de focar nossas energias!
Erres Errantes, e você quer eu bata palmas para algo que considero não mais que sua obrigação? Levando em consideração que você briga por seus direitos, etc?!
ResponderExcluirÉ claro que não. Afinal, se estamos falando em igualdade (um conceito relativo), não preciso reconhecer o mérito nenhum nisso que você acabou de me falar. E, sendo assim, não abala em nada a minha opinião quanto esse assunto.
Graças a minha mãe, aprendi como poucos homens que conheço como lidar, tratar e respeitar uma mulher. Apesar de achar interessante e sexy a idéia dela me pedir desculpas vestida apenas de lingerie (fetiche ainda pode? ah, tá...), não a trato como minha mercadoria, e muito menos quero ser tratado como dono de alguém. Simples assim. E sinto que, às vezes, isso é meio inimaginável no meio dessas discussões.
Bato na tecla de que essa suposta igualdade que o feminismo defende é um tanto utópica. Mas isso não me impede de mudar de opinião no futuro, e muito menos não defender bandeiras relevantes como legalização do aborto, valorização no mercado de trabalho, enfim.
Me desculpe, mas não pode existir alguém tão em paz com a consciência em relação a esse assunto quanto eu. Vida que segue.
Outra coisa Erres Errantes (Rosa), eu não disse que mulheres oferecem o corpo. Como quem oferece um biscoito, uma bala ou um sanduiche de b*****.
ResponderExcluirMe referi ao poder de sedução, que toda mulher tem. Umas usam, outras não. E isso não quer dizer, também, que aquelas que usam são putas (ou algo do tipo, o que pra mim também não afeta em nada na equação) e as que não usam, são sem graça. Cada um sabe de si, ponto final. Acho que fui um pouco mais claro agora. Certo?
=)
Achei deploráveis esses dois comerciais. Engraçado que estava ouvindo mais rumores e protestos em relação ao da Gisele (Hope) e não tinha ouvido nenhum protesto sobre a propaganda do Cross Fox.
ResponderExcluirOs dois, cada um em seu "departamento", são péssimos, e sinceramente passo longe do moralismo radical do politicamente correto, mas pra tudo há limites. Não acho que seja o caso de censura, mas emitir opiniões é algo FUNDAMENTAL. Quem anda comandando as agências de publicidade?
Isto sem falar nas propagandas de cerveja, onde a mulher-objeto é figura constante, assim como a do macho-pegador.
Ao menos podemos criticar e discutir o assunto. Não é muito, mas é liberdade de expressão. Propaganda de mal gosto diz o que quer, ouve o que não quer.
Abraços a todos.
Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com
Ah, o comentário da Ferrari foi só uma piada? Pois me pareceu que foi um discurso em forma de piada tentando falaciosamente dizer que, porque no caso de produtos de luxo boicote obviamente não tem como funcionar, então não pode funcionar de jeito nenhum.
ResponderExcluirE outra: eu passo longe de ser petista e fico enojada vendo qualquer tipo de corruptância (como diria Bertoldo Brecha), venha de onde vier. E, a não ser que não tenhamos memória ou memória altamente seletiva, sabemos muitíssimo bem que ela ocorre em muitos, muitos lugares e em muitos níveis. Por isso papinho de "petralhas" só serve para duas coisas: queimar o filme de quem fala isso, ou angariar a simpatia de quem é igualmente tapado a ponto de tentar culpar o PT por todos os problemas do universo e além. Simplesmente ridículo.
Ih, Lola, já vi coisa muito pior na televisão..
ResponderExcluirUm dia tava assistindo tv com a família. Era a novela Morde e Assopra, da Globo, e - até agora não acredito - eles passaram uma cena de abuso sexual como se fosse uma cena cômica!
Eu fiquei tão chocada com a (não)reação dos que assistiam que eu nem sei mesmo se era cena de abuso sexual. Por isso, vou descrever e peço que me diga se é ou não: Tem um personagem nessa novela que é fugitivo da polícia e se disfarçou de mulher pra não ser pego, daí, um cara se apaixonou por ele, mas eles não tinham nenhum contato íntimo porque o cara não podia descobrir que a namorada era o tal fugitivo. Aí, um dia o cara leva a namorada pra um piquenique, dá um suco com sonífero pra ela e mete a mão debaixo da saia dela!
Isso não é crime? Isso não é abuso sexual?
A cena não foi tratada como crime. Foi tratada como comédia! Eu, particularmente, não vi graça nenhuma.
Olha, Lola, mando o link da tal cena pra você ver, em duas partes: http://migre.me/5OLOb e http://migre.me/5OLOZ.
O que mais me preocupou foi a reação de quem assistia: eles riram! Como pode?
A televisão tá perdida, mesmo.
Agora que o comercial saiu do ar, a Hope percebeu que escolheu mal a agência publicitária e perdeu mais de 5 milhões.
ResponderExcluirA propaganda é sexista e burra ao mesmo tempo, pois sequer valoriza a marca: Se a mensagem é usar sexo como instrumento de manipulação, vamos combinar, Gisele ficaria melhor pelada. O protagonista do anúncio é basicamente o corpo da modelo, até porque a lingerie da Hope é muito sem graça. Então, dependendo da gravidade da besteira que fizesse, seria melhor dispensar as peças da Hope também. Além disso, um aspecto interessante: alguém procurou saber quem idealizou a propaganda? Foi um homem? Se foi, a história toda lembra aquele filme “O que as mulheres pensam”.
ResponderExcluirLola, advinha quem apoiou a campanha da Hope no Twitter? O Marcelo Tas hahaha! Disse que: -"combatemos" a ditadura para agora ter que aguentar a censura.
ResponderExcluirFiquei pensando em quando e como Tas combateu a ditadura...Não rolou uma estória que ele disse que sentiu saudadezinha da ditadura no twitter?
Vejo que os publicitários conseguiram um público super qualificado. Fico imaginando o Marcelo Tas sacando o cartão de crédito numa loja da Hope :)
Detestei o comercial desde a primeira ver que vi.
ResponderExcluirTrata a mulher como objeto mesmo. "Tó meu corpo, me come que tá tudo bem".
Parece que tem alguma coisa que faz com que muita mulher no Brasil queira ser vista como um pedaço de carne (vide mulheres frutas, dançarinas de palco de diversos programas, funk - feito por mulher falando merda do próprio gênero, e por aí vai).
Já não chega a mulher ser oprimida e humilhada pelo homem em um milhão de situações?
Que diabos a Gisele Bundchen tava pensando quando fez essa propaganda? "Bacana, vou incetivar as mulheres a usarem a sensualidade física e não o cérebro e fazer os homens de trouxas"
Ali, ela não só faz pouco das mulheres, mas, dos homens também. Meio que "Que ser das cavernas não resiste ao meu corpitcho? Não tem cérebro mesmo, só instinto"
Ahhh
Desculpa o desabafo... o dia tá ruim! =P