A gente sempre tem fascínio por saber se as previsões que fizeram do futuro deram certo, né? Tem desde as distopias, como Admirável Mundo Novo (escrito por Aldoux Huxley em 1932) e 1984 (escrito por George Orwell em 1948), passando por filmes de ficção científica como 2001, Uma Odisseia no Espaço (de 1968, um ano antes de pisarmos na lua), O Exterminador do Futuro (1984) e Blade Runner, o Caçador de Andróides (de 1982, mas que se passa em 2019; ainda não chegamos lá), entre tantos outros. Em geral esses filmes se dão bem em prever várias profecias, mas quase sempre erram na moda! É verdade, observa só: eles acertam em dizer que poderemos ver a imagem do nosso interlocutor a quilômetros de distância, enquanto falamos com ele através da tela do computador (Skype, alguém?), mas derrapam feio em mostrar esse mesmo intelocutor vestindo calça boca de sino, sabe? Estou pensando em 2001, que tá cheio de coisa que bate, e no entanto as pessoas de hoje se vestem de uma forma bem diferente do que na odisseia no espaço! (sem falar nos móveis! O que são aquelas poltronas futuristas? Nem da prancheta mais desvairada de um designer atual sai uma monstrosidade dessas). Falta muito pra termos viagens através do tempo, teletransporte (eu penso em A Mosca, sempre) e colonização de planetas. Mas um montão de coisas esse pessoal criativo previu certo. Há dúzias de posts que apontam com propriedade quais foram esses acertos; logo, o meu certamente não será um deles (nem que eu quisesse). Só queria chamar a atenção pra um artigo (clique para ampliar) tirado deste livro, que foi reproduzido neste blog que adoro. O livro é de 1979, e olha só as previsões que eles fizeram pro nosso futuro. Traduzo algumas partes: “A televisão está mudando de uma caixa para se observar para um instrumento de mão dupla. Jornais eletrônicos já estão disponíveis. Telefones com TV devem ser uma realidade prática pelos meados dos anos 80. Tirar cópia xerox pelo telefone já existe [isso se chama fax?]. Combinar os dois pode resultar em milhões de funcionários de escritório podendo trabalhar em casa se quiserem”.
E olha a ilustração! Um carinha com controle remoto assiste a uma TV gigante com som stereo. Outro na janela usa o que parece ser uma câmera gigante para filmar sem usar filme, apenas um pouquinho de fita. O número 3 é uma TV de tela plana ultrafina (no máximo 5 centímetros), que está ligada a um supermercado. O sistema mostra o que está faltando na despensa. O que eu gosto é que não tem imagens na tela! O pessoal que cresceu com computador não acredita que, até meados dos anos 90, o computador era monocromático, com letras verdes em fundo negro. A coisa mais colorida que tinha era... o Tetris!
No número 4, lemos “Tocador de video disc usado para gravar da TV e para replay filmes favoritos”. É, isso já está meio ultrapassado. Mas eles previram isso quando o videocassete ainda estava engatinhando!
O 5 eles erraram feio mesmo. Não conheço ninguém que tenha robozinho pra nos servir drinks. Essas atrocidades de vez em quando aparecem em feiras de tecnologia asiáticas, mas, felizmente, é só (eu tenho vontade de morder inventores que criam robôs de estimação pra substituir cães e gatos de verdade).
E o número 6? Muito legal. “Buraco para cartas. Até 1990, a maior parte do correio será enviada de forma eletrônica [eles erraram só em alguns anos]. Enviar uma carta consistirá em colocá-la na frente de uma copiadora na sua casa ou num correio central. Um leitor eletrônico será enviado a um satélite, que o enviará a seu destino. Como as outras ideias eletrônicas, a economia em tempo e energia podem ser enormes”. O Twitter ninguém previu, certo?
Putz, eles acertaram tanta coisa... Infelizmente projetaram que estaríamos morando em moinhos. E vestindo roupas meio esquisitonas.
E olha a ilustração! Um carinha com controle remoto assiste a uma TV gigante com som stereo. Outro na janela usa o que parece ser uma câmera gigante para filmar sem usar filme, apenas um pouquinho de fita. O número 3 é uma TV de tela plana ultrafina (no máximo 5 centímetros), que está ligada a um supermercado. O sistema mostra o que está faltando na despensa. O que eu gosto é que não tem imagens na tela! O pessoal que cresceu com computador não acredita que, até meados dos anos 90, o computador era monocromático, com letras verdes em fundo negro. A coisa mais colorida que tinha era... o Tetris!
No número 4, lemos “Tocador de video disc usado para gravar da TV e para replay filmes favoritos”. É, isso já está meio ultrapassado. Mas eles previram isso quando o videocassete ainda estava engatinhando!
O 5 eles erraram feio mesmo. Não conheço ninguém que tenha robozinho pra nos servir drinks. Essas atrocidades de vez em quando aparecem em feiras de tecnologia asiáticas, mas, felizmente, é só (eu tenho vontade de morder inventores que criam robôs de estimação pra substituir cães e gatos de verdade).
E o número 6? Muito legal. “Buraco para cartas. Até 1990, a maior parte do correio será enviada de forma eletrônica [eles erraram só em alguns anos]. Enviar uma carta consistirá em colocá-la na frente de uma copiadora na sua casa ou num correio central. Um leitor eletrônico será enviado a um satélite, que o enviará a seu destino. Como as outras ideias eletrônicas, a economia em tempo e energia podem ser enormes”. O Twitter ninguém previu, certo?
Putz, eles acertaram tanta coisa... Infelizmente projetaram que estaríamos morando em moinhos. E vestindo roupas meio esquisitonas.
Sobre a internet, tem um vídeo do Arthur C. Clarke falando, em 1964, sobre o futuro da comunicação (em inglês): http://www.youtube.com/watch?v=AOaZspeSBZU
ResponderExcluirE aqui um do deus supremo da ficção científica falando sobre a internet, em especial em sua relação com a educação (legendado em português): http://www.youtube.com/watch?v=CI5NKP1y6Ng
Algumas evoluções tecnológicas não foram previstas. Acho que a nanotecnologia(dos equipamentos cada vez menores) ficou um pouco de fora. Os aparelhos vistos são sempre grandes demais.
ResponderExcluirNo quesito moda, devemos lembrar que cientistas ou pessoas aficcionadas por tecnologia nem sempre andam no mesmo grupo das pessoas "bem vestidas".
Que nostálgico! Lembro quando o computador chegou aqui em casa, eu devia ter uns 15 anos e da preocupação de meu pai me ensinar a "ligá-lo!". Tinha que dar um comando no DOS (C://win ???) para que ele fosse pro windows... E meu sonho era saber usar o DOS... ficava boba como aqueles caras sabiam todos os comandos! Rs...
ResponderExcluirComo dizem 'a necessidade é a mãe das invenções'. É normal que algumas sejam previsíveis, para as pessoas com mais visão, entender a demanda de hoje é um meio de conceber a oferta do futuro.
ResponderExcluirOutas coisas não. Elas não estão aí para preencher uma necessidade, são apenas uma idéia que foi bem aceita. Já a moda.. acho que neste ponto somos mais conservadores do que imaginamos. Igual com as previsões para modelos carros e casas, é cada coisa risível. A configuração básica não vai mudar tanto assim nas próximas décadas. O que acontece é que vamos incorporando a tecnologia ao que já existe e que acaba funcionando na maioria das vezes de forma 'invisível'.
Eu acho que essas espécies de "gurus" só não acertaram com mais precisão suas visões de futuro pq ainda se prendiam a conceitos muito físicos.
ResponderExcluirComo por exemplo no Neuromancer, Gibson já tinha uma boa idéia do que seria o firewall, mas por levar a coisa a um sentido muito fisico, interpretar um bloqueio como de um corpo msm, ele desviou da pista.
Hoje é a mesma coisa, quando alguem ja estuda a possibilidade de desenvolver sistemas operacionais que "rodem" a sua interface na nossa propria pele, pessoas super acostumadas como aparelhos sofisticados dizem que é loucura, é dificil eleminar da equação aquilo que parece tão indispensavel...e geralmente é físico.
Lembro do Tron tambem, aquele primeiro dos anos 80 está tão a frente do seu tempo, mas o atual não inovou em nada, talvez retrataram melhor a nanotecnologia...mas é só.
Haha, adoro *-* Já vi uma reportagem enorme dessas na Superinteressante.
ResponderExcluirAmei o blog
ResponderExcluirPost interesante
opinião.: Na tecnologia evoluimos, mais como seres humanos não.
estou te seguindo
Você escreve muito (:
bjooos
http://comicaseironicasdaocronicas.blogspot.com/
Lola
ResponderExcluirEu sempre curti ler antigas expectiativas e projeções sobre o futuro.
Lembro de um livro da decada de 60, que descrivia como iamos colonizar os outros planetas (e descrivia as formas de vida que deviam ter lá) do sistema solar, e ter servos robos e carros voadores tudo na chegada do sec XXI.
tb gosto da ficção cientifica de antigamente pq ela mostra oquanto nossa expectativa do futuro mudou.
Post bem criativo.
rs
É impossível prever o futuro.Esses caras só acertam porque atiram pra todo lado.E lógico, os erros são chatos e ninguém lembra.
ResponderExcluirLola, bem interessante isso.
ResponderExcluirVc. diz que estamos longe do teletransporte eu acho que nunca chegaremos lá.
O princípio da máquina seria escanear o objeto/animal, átomo a átomo, transmitir essa informação ao local de destino e, lá, remontá-lo, átomo a átomo novamente, colhendo os átomos dos elementos do meio ambiente local.
A teoria diz que estaríamos colocando todos os elementos constituintes (proteínas, DNA, gorduras, ossos, além de nutrientes e até mesmo a m* em nossos intestinos) na conformação idêntica à origem, de modo que até nossa memória e experiências de vida seriam reproduzidas (se não, para quê o teletransporte, né?).
Só que descontando a banda larga fenomenal para transmitir toda essa informação num tempo razoável, o exemplar escaneado seria um "segundo exemplar" que, no caso de seres vivos, imediatamente começariam a divergir, pois estariam vivendo vidas paralelas e experiências diferentes!
Seria ético "aniquilar" o original? Um assassinato verdadeiro no caso de um ser humano?!
O que dizer de deixar uma cópia de você mesmo para trás?! E como pensar que outro você pode estar vivendo em outro lugar?!
É de pirar o cabeção, realmente!
P.S.: Criar um wormhole e passar por ele, tecnicamente não caracteriza "teletransporte" e sim um deslocamento real no espaço-tempo, através de um atalho...
É Aronovich:
ResponderExcluirMas o livro que acertou o futuro em cheio foi outro livro do George Orwell : A Revolução dos Bichos.
Parafraseando, no final do livro se lê "não se sabia quem era porco, quem era homem". Transferindo isso para nossa política atual “não se sabe quem é esquerda quem é direita”, dada a falta de limites e de vergonha de ambos os lados, infelizmente
A Revolução dos Bichos é um panfleto que retrata bem as contradições do avanço do stalinismo.
ResponderExcluirnada mais.
Sempre que penso sobre o que as pessoas no passado pensavam sobre o futuro, duas coisas me vem a mente: o carro PT Cruiser e o Hans Donner.
ResponderExcluirOi Lola!
ResponderExcluirApesar de nunca ter comentado, acompanho seu blog faz tempo e agora te sigo no Twitter,rsrs.
Hoje você postou sobre doação de sangue e, a pouco tempo, fui vitima de preconceito na hora de doar.
Vou colocar aqui a nota que escrevi no dia:
Moralismo x Doação de sangue
Hoje fui doar sangue pela primeira vez e acabei me cadastrando só como doadora de médula. O motivo? A sinceridade e o preconceito.
O médico que me entrevistou educadamente me comunicou que eu não me encaixo como doadora por causa do meu estilo de vida. Segundo ele, pessoas com vida sexual ativa e sem parceiros fixos(como se isso fosse alguma segurança) podem apresentar a a janela imunológica. Eu pacientemente 'informei' da existência dos preservativos. Então ele me disse que o contato físico e secreções como saliva também apresentavam riscos e que agora o questionário vai ser mais rigoroso: "Vão querer saber mais sobre seu estilo de vida, se é homossexual por exemplo".A-B-S-U-R-D-O!
Contato físico e saliva? Existe alguém no mundo q se encaixe como doador? Obviamente a trasfusão de sangue nunca será 100% segura, mas a questão é: vc prefere morrer ou receber a doação?
O mais curioso de tudo isso é que eu resolvi ser doadora (fui com o propósito de doar regularmente) a partir de uma campanha feita na universidade. Isso mesmo, na universidade.
Um beijo!
Senti falta do maior nome de todos: Julio Verne.
ResponderExcluirMas é um texto inteligente e simpático.
Abraços!
Adoro filmes de ficção cientifica, alias a única maneira pra que eu saia de casa pra ir a um cinema, é se for pra ver um filme desses.
ResponderExcluirGosto de ler a respeito , quando era bem nova era fã de uma revista que chamava “Planeta” na década de 70, que falava muito sobre projeções pro futuro (quase sempre erradas) e esoterismo também, guardava essas revistas até pouco tempo atrás, mostrava pra minhas filhas, e dávamos boas risadas, com as previsões estapafúrdias, que diziam que por volta do ano 2000 o esporte mais praticado seria a caça (é engraçado que a preocupação com o meio ambiente e ecologia é um fator que não era levado muito em conta), falavam de colonização de outros planetas, e do fundo do mar, teve até uma matéria que dizia que planta tem sentimentos e são seres pensantes, e relatava até sobre experiências que comprovaram isso e um monte de outras maluquices, que as pessoas sonhavam na década de 70.
É incrível que o escritor que mais tenha acertado em suas visões do futuro, foi Julio Verne, esse deu uns palpites bem certeiros, afinal fomos a Lua e temos submarinos, e olha que ele escreveu isso por volta de 1800, esse cara era bom, pena que a aventura que ele escreveu e que mais gostei foi a “viajem ao centro da terra”, mas nessa parece que ele viajou demais rrrssss.
Jornada nas estrelas também deu uma bola dentro com os celulares que La tinha outro nome que agora não lembro, e hj é tão normal ter um, que as pessoas se esquecem de que ter um celular era coisa de filme de ficção cientifica até bem pouco tempo.
Exatsmente Bruno S., nada mais, ou seja: o futuro!
ResponderExcluirEsse post me fez lembrar de um texto que eu li dias atras do Cardoso, sobre, hoje em dia, tentar prever os avanços tecnológicos, que depende de muita coisa.
ResponderExcluirSe vocês se interessarem:
http://www.contraditorium.com/2011/04/04/como-falhar-miseravelmente-prevendo-o-futuro/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEsse post me fez lembrar de um texto que eu li dias atras do Cardoso, sobre, hoje em dia, tentar prever os avanços tecnológicos, que depende de muita coisa.
ResponderExcluirSe vocês se interessarem:
http://www.contraditorium.com/2011/04/04/como-falhar-miseravelmente-prevendo-o-futuro/
Olha este aqui. Ele acertou uma.
ResponderExcluirEles sempre erram feio nas roupas.
O filme Brazil (1985) acerta em cheio ao colocar os ataques terroristas e a cirurgia plástica como uma loucura do mundo moderno. Ah, e salvo a papelada que hoje em dia está sendo substituída pelo virtual, o filme acerta ao mostrar o futuro como uma realidade extremamente burocrática. Uma visão orwelliana que vale a pena ser vista. Adoro esse filme.
ResponderExcluirOi Lola!
ResponderExcluirInteressante o post, mas discordo em algumas colocações...
De um certo modo, os artistas- diretores de cinema, escritores etc.- estabeleceram
um raciocínio de como seria o futuro ao observar o andamento da sociedade que os
cercava, junto a conhecimentos de evolução histórica, política e social dessa
mesma sociedade. Assim, foi possível aproximarem-se bastante da realidade que
vivemos hoje (o futuro que muitos imaginaram e retrataram). Porém, esses "dois
futuros" não são completamente iguais porque há o elemento artístico! Então, por
exemplo, as roupas, as mobílias, a arquitetura, os utensílios elétricos, todos eles
são secundários na construção desse mundo distante do real daquela época. Em
muitas dessas obras há uma análise ou um significado mais profundo sobre o destino
da sociedade e não necessariamente o objetivo do artista é "prever o futuro".
beijos!
Grazzi