Uma aluna do curso de Agronomia da UnB deixou um comentário no post em que critico o trote em geral e, em particular a "brincadeira" da linguiça lambuzada com leite condensado que as calouras puseram na boca. Não quero dizer mais nada. Não mudei uma vírgula do texto, e vou colocar apenas algumas fotos do trote pra ilustrar. Não quero interferir na recepção do texto por enquanto. Mas, por favor, comentem.
Bem, eu sou veterana dessa Agronomia que a mídia tanto ama. O Grande problema é que nós não temos chance de nos defender. Toda vez que um repórter vem falar conosco, eles editam o que falamos simplesmente para agradar ao público.
Citaram nos seus comentários o nosso trote com os porcos, na época da gripe A. Nosso intuito foi realizar uma brincadeira a respeito da redução do consumo de carne suína por causa do nome ridículo que deram para a doença. Diversos produtores estavam quebrando. É claro que foi um erro levar um animal barulhento daquele para a universidade, mas enfim, a gente erra e aprende. Se me perguntam o que faríamos com eles eu respondo: "eles eram de uma fazenda de um veterano meu, se ele quisesse fazer um churrasco com os porcos, faríamos."
Nós já tivemos o nosso Centro Acadêmico fechado por causa de um calouro que bebeu demais e mentiu para o pai dizendo que nunca havia bebido e que nós o obrigamos a beber. O que ele não disse para o papai foi que sempre ia com a galera para o bar e que vivia bêbado nas Happy Hours.
A questão deste último trote é um pouco mais complicada. A brincadeira que gerou tanta polêmica é realizada há 4 anos, mais ou menos. Eu me pergunto porque que só hoje isso virou esse circo. Não é a questão da tradição do trote que fez as calouras participarem, e sim que num momento de descontração elas sentiram vontade de participar. No meu semestre, tínhamos que pegar, com a boca, uma cenoura do meio das pernas do colega. Na ocasião, de 14 mulheres, só 3 quiseram participar. Nesse último trote, inclusive um dos nossos colegas de curso, homossexual assumido, também participou da brincadeira por vontade própria, afinal, ele já é veterano no curso.
O que eu quero dizer é que a maldade está realmente partindo do lado de fora do acontecido. Como um outro comentário que o seu texto teve, onde o cara disse que ficava se perguntando o que as calouras ouviam durante a brincadeira. Eu respondo: nada. O pesoal grita "próxima" e próxima caloura se aproxima e o cântico geral é "uba, uba, uba, ê..." Aquela música da piscina do Gugu, se lembram? E tudo acaba ali. Não há comentários posteriores, não existe nenhum tipo de ação para subjulgar as meninas. Afinal, mulher no meu curso é raro, nós somos muito bem tratadas.
Sinceramente, nós achamos muito divertido tudo isso. Cada semestre nós ganhamos algum título. Já fomos "torturadores de animais silvestres" (estavam se referindo aos porcos), "ditadores do coma alcoólico", "homofóbicos" e agora, "sexistas".
Enfim...
Agora eu pergunto para você, Lola:
se o meu presidente estivesse vestido de Presidente Lula, você falaria algo? Vestimos alguns dos nossos veteranos de mulher para rebater às críticas de homofobia que recebemos. A Presidente é uma figura pública, e assim sendo é alvo de diversas brincadeiras. Porque nós não podemos?
Quer dizer, todos podem fazer o que bem entendem, menos a gente. Quer um exemplo? No Programa da Eliana, existe uma prova em que as mulheres tem que pegar, com a boca, notas, simulando o nosso dinheiro, do corpo de um cara de sunga. Os homossexuais podem fazer o barulho que quiserem, atrapalhando o que bem entenderem, para defender a causa deles (isso aconteceu na UnB, um protesto conta a homofobia, que atrapalhou diversas aulas, inclusive uma minha). Os professores podem fazer uma passeata protestando contra qualquer coisa. Mas nós não podemos nos pronunciar, nós não podemos ser contra nada.
Sei que fugi um pouco do assunto, mas é revoltante que todos digam que nós somos preconceituosos, quando nós somos alvo de críticas o tempo todo.
Não é sendo vitimista, é desabafando algo que recai sobre os nossos ombros há tanto tempo.
Obrigada pelo espaço.
Bem, eu sou veterana dessa Agronomia que a mídia tanto ama. O Grande problema é que nós não temos chance de nos defender. Toda vez que um repórter vem falar conosco, eles editam o que falamos simplesmente para agradar ao público.
Citaram nos seus comentários o nosso trote com os porcos, na época da gripe A. Nosso intuito foi realizar uma brincadeira a respeito da redução do consumo de carne suína por causa do nome ridículo que deram para a doença. Diversos produtores estavam quebrando. É claro que foi um erro levar um animal barulhento daquele para a universidade, mas enfim, a gente erra e aprende. Se me perguntam o que faríamos com eles eu respondo: "eles eram de uma fazenda de um veterano meu, se ele quisesse fazer um churrasco com os porcos, faríamos."
Nós já tivemos o nosso Centro Acadêmico fechado por causa de um calouro que bebeu demais e mentiu para o pai dizendo que nunca havia bebido e que nós o obrigamos a beber. O que ele não disse para o papai foi que sempre ia com a galera para o bar e que vivia bêbado nas Happy Hours.
A questão deste último trote é um pouco mais complicada. A brincadeira que gerou tanta polêmica é realizada há 4 anos, mais ou menos. Eu me pergunto porque que só hoje isso virou esse circo. Não é a questão da tradição do trote que fez as calouras participarem, e sim que num momento de descontração elas sentiram vontade de participar. No meu semestre, tínhamos que pegar, com a boca, uma cenoura do meio das pernas do colega. Na ocasião, de 14 mulheres, só 3 quiseram participar. Nesse último trote, inclusive um dos nossos colegas de curso, homossexual assumido, também participou da brincadeira por vontade própria, afinal, ele já é veterano no curso.
O que eu quero dizer é que a maldade está realmente partindo do lado de fora do acontecido. Como um outro comentário que o seu texto teve, onde o cara disse que ficava se perguntando o que as calouras ouviam durante a brincadeira. Eu respondo: nada. O pesoal grita "próxima" e próxima caloura se aproxima e o cântico geral é "uba, uba, uba, ê..." Aquela música da piscina do Gugu, se lembram? E tudo acaba ali. Não há comentários posteriores, não existe nenhum tipo de ação para subjulgar as meninas. Afinal, mulher no meu curso é raro, nós somos muito bem tratadas.
Sinceramente, nós achamos muito divertido tudo isso. Cada semestre nós ganhamos algum título. Já fomos "torturadores de animais silvestres" (estavam se referindo aos porcos), "ditadores do coma alcoólico", "homofóbicos" e agora, "sexistas".
Enfim...
Agora eu pergunto para você, Lola:
se o meu presidente estivesse vestido de Presidente Lula, você falaria algo? Vestimos alguns dos nossos veteranos de mulher para rebater às críticas de homofobia que recebemos. A Presidente é uma figura pública, e assim sendo é alvo de diversas brincadeiras. Porque nós não podemos?
Quer dizer, todos podem fazer o que bem entendem, menos a gente. Quer um exemplo? No Programa da Eliana, existe uma prova em que as mulheres tem que pegar, com a boca, notas, simulando o nosso dinheiro, do corpo de um cara de sunga. Os homossexuais podem fazer o barulho que quiserem, atrapalhando o que bem entenderem, para defender a causa deles (isso aconteceu na UnB, um protesto conta a homofobia, que atrapalhou diversas aulas, inclusive uma minha). Os professores podem fazer uma passeata protestando contra qualquer coisa. Mas nós não podemos nos pronunciar, nós não podemos ser contra nada.
Sei que fugi um pouco do assunto, mas é revoltante que todos digam que nós somos preconceituosos, quando nós somos alvo de críticas o tempo todo.
Não é sendo vitimista, é desabafando algo que recai sobre os nossos ombros há tanto tempo.
Obrigada pelo espaço.
Já ia respondendo antes d a Lola apagar.
ResponderExcluirNão vi nada muito errado com a brincadeira com a Dilma, se fosse época de campanha seria outra coisa, mas agora, pode ser apenas uma indicação d que são sulistas riquinhos que votam no Serra, nada de mais.
"Os homossexuais podem fazer o barulho que quiserem, atrapalhando o que bem entenderem, para defender a causa deles (isso aconteceu na UnB, um protesto conta a homofobia, que atrapalhou diversas aulas, inclusive uma minha). Os professores podem fazer uma passeata protestando contra qualquer coisa. Mas nós não podemos nos pronunciar, nós não podemos ser contra nada."
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
É brincadeira, né?
"...é revoltante que todos digam que nós somos preconceituosos, quando nós somos alvo de críticas o tempo todo. "
Já parou para pensar que vcs são alvo de críticas o tempo todo justamente pq são preconceituosos? Anyway, leia o texto do Alex Castro:
http://www.interney.net/blogs/lll/2011/01/22/como_saber_se_voce_e_um_intolerante/
"Os homossexuais podem fazer o barulho que quiserem, atrapalhando o que bem entenderem, para defender a causa deles (isso aconteceu na UnB, um protesto conta a homofobia, que atrapalhou diversas aulas, inclusive uma minha). Os professores podem fazer uma passeata protestando contra qualquer coisa. Mas nós não podemos nos pronunciar, nós não podemos ser contra nada."
ResponderExcluirGente, olha o nível da comparação... Protesto pela preservação de direitos x trote contra uma série de direitos. "Mas nós não podemos nos pronunciar, tadinhos/as de nós. Essas feminazis, esse pessoal da gaystapo e esses professores vagabundos que não querem trabalhar podando nossa liberdade".
Em resumo: MIMIMIMI!
Sem mais...
Lola, você devia ter sido mais cuidadosa ao publicar esse texto. Se o texto for rechaçado e ridicularizado nos comentários, se receber recepção negativa na internet, vc tem como provar que foi mesmo de uma veterana da UnB? Devia ter pelo menos dito no início do post que o texto foi de alguém que se diz aluna do curso de agronomia.
ResponderExcluirNossa, ia ressaltar a mesma coisa que a Milena e o Eduardo.
ResponderExcluirComo alguém compara o trote com uma manifestação contra a homofobia?
Aff.
Bem, só pra dizer que quando entrei na faculdade (meu curso era história, me pintaram, subi em cima de uma mesa pra me apresentar e depois bebi cerveja. Fim. Não precisaram humilhar ninguém pra se divertir, sabe. Não sou contra brincadeirinhas tipo pintar e pedir dinheiro na rua (e isso nem pediram pra gente fazer lá), mas realmente a maioria dos cursos só fazem coisas estúpidas como essa.
E sim, é estúpido, não é ir "contra nada", é apenas reafirmar preconceitos e comportamentos mesquinhos da sociedade.
Nossa, coitadinhos, não? Quase fiquei com pena. QUASE. Talvez eu tivesse me convencido do discurso, dependendo de alguns aspectos:
ResponderExcluirSe eu não militasse no movimento estudantil que luta pela inclusão na universidade e contra preconceitos, de gênero, classe, racial, e achasse um absurdo um Diretor de CA protagonizar essa "brincadeirinha" (o que é no mínimo um eufemismo chamar assim).
Se eu não achasse que um Centro Acadêmico deve primar pela igualdade entre seus estudantes, e tentar acabar com "as tradições"(além de apoiar tantas outras coisas que a nossa companheira critica; manifestações políticas de professores/alunos/minorias).
Se eu não fosse feminista convicta, e achasse degradante a situação das calouras, independente se elas "escolheram" ou não.
Se eu não fosse lésbica, e soubesse na pele o que é a necessidade de lutas pelos nossos direitos e fazer barulho, muito por sinal!
Ou seja, só se comove e convence com o depoimento dela quem tem uma vida no mínimo alienada da situação do país.
Pelo amor, viu?! Não é possível.
Sério mesmo?
ResponderExcluirSério mesmo!?!?!
As meninas fizeram porque quiseram... ah tá! Ninguém mesmo se sentiu coagido?!?! Incrível.
Homossexuais fazem muito barulho,né! Professor protestando é um absurdo. Atrapalha tanto as aulas... né!?!
Vcs são tão criticados sempre. Oh dó!
Faz isso que o Eduardo falou, pare e pense, por favor.
Não entendi que direito de ir "contra alguma coisa" ela está tentando assegurar, no final do texto. "Todo mundo pode ir contra alguma coisa menos nós". Como assim? Contra o que eles estavam indo?
ResponderExcluirA parte dos animais também foi pura bobagem. "É claro que foi um erro levar um animal barulhento daquele para a universidade, mas enfim, a gente erra e aprende." Eu não fiquei sabendo do que fizeram com porcos nem com outros animais, mas não, animais não servem pra serem usados pra trotes ou pra divertir humanos. E o problema não era que o animal era barulhento. O problema é que animal não tem nada a ver com seus trotezinhos. É stressante e humilhante para ele. Isso pq eu não sei exatamente oq foi feito pra poder dizer mais...
A comparação do trote com manifestações a favor de direitos de minorias, como já falaram, também foi absolutamente... absurda. Esse pessoal parece que não entende nada de nada. Quer se defender usando argumentos esdrúxulos. Como se o direito de um grupo de minoria de protestar por seus direitos - que eles não têm - fosse o mesmo direito de um outro grupo reafirmar seu poder de subjulgar os grupos menores.
Não, fazer garotas (exclusivamente elas... pq não humilharam também os rapazes da mesma forma?) lamber linguiças lambuzadas em público num trote não é NADA sexista... e só tem a ver com aquele grupinho, aquela brincadeirinha interna, não está perpetuando e afirmando um modo de pensar machista que é problema de toda a sociedade. Cada um faz o que quer, né? Nada quer dizer nada. É só brincadeirinha.
Vou comentar pq o blog é da Lola,senão nem perdia tempo porque tenho nojo de trote principalmente desse tipo.Acho uma involução,uma verdadeira volta na civilização;a lei do mais forte sobre o mais fraco;sobre quem,nem adianta dizer que não,vai ser no mínimo estgmatizado se reagir.
ResponderExcluirAh, só pra completar: Eu sou médica veterinária. Infelizmente, conheci na pele esse tipo de trote! Lutei e luto pelo fim disso sempre! SEMPRE.
ResponderExcluirÉ humilhante, degradante.
Sinceramente, é nojento!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGente... Que texto mais estúpido. Sinceramente, que justificativas ridículas.
ResponderExcluir"Não é a questão da tradição do trote que fez as calouras participarem, e sim que num momento de descontração elas sentiram vontade de participar."
Não muda o fato de ser degradante. A idéia da brincadeira, por si só, já é ofensiva, já é estúpida, e, mesmo que nesse caso as meninas tenham ido por espontânea vontade, não é possível que alguém realmente ache que não haveria NO MÍNIMO um pouco de hostilização se alguma não tivesse querido. É como a própria Lola disse, não é "obrigatório" na cara, mas continua sendo obrigação de ser forma.
"Afinal, mulher no meu curso é raro, nós somos muito bem tratadas."
Muito bem tratada = Olá, gatinha, parabéns por ter conseguido entrar, agora chupa aqui uma linguiça porque é só pra isso que você serve mesmo. MUUUITO bem tratada mesmo.
"Agora eu pergunto para você, Lola:
se o meu presidente estivesse vestido de Presidente Lula, você falaria algo?"
Óbvio que não, porque o Lula não é um símbolo do poder dos homens no Brasil, há vários outras figuras masculinas para representá-los. Mas a Dilma É, no momento, o maior símbolo de poder feminino no Brasil, e colocá-la na posição de humilhar outras mulheres, ainda que numa "brincadeira", é no mínimo de mal gosto.
"Vestimos alguns dos nossos veteranos de mulher para rebater às críticas de homofobia que recebemos."
...Então vocês acharam que vestir um cara de mulher como uma SÁTIRA, como se fosse algo ENGRAÇADO, ia resolver as críticas à homofobia?! Sério? Primeiro que no caso seria transfobia, ou fobia anti-travestis em geral, não homossexuais especificamente, segundo que, não, cara, não pegou bem.
"Os homossexuais podem fazer o barulho que quiserem, atrapalhando o que bem entenderem, para defender a causa deles (isso aconteceu na UnB, um protesto conta a homofobia, que atrapalhou diversas aulas, inclusive uma minha). Os professores podem fazer uma passeata protestando contra qualquer coisa. Mas nós não podemos nos pronunciar, nós não podemos ser contra nada."
Tu chama fazer uma brincadeira obscena e potencialmente ofensiva de "se pronunciar"? Sério? E ainda por cima compara com os protestos homossexuais, putaquepariu. Não, gata, homossexuais não PODEM fazer o barulho que quiserem, se pudessem eles não levariam porrada sempre que tentassem sair na rua com o namorado(a) do mesmo sexo. Ah, o protesto contra a homofobia atrapalhou uma aula sua, mimimim? Dane-se, sinceramente, homofobia atrapalha milhões de VIDAS o tempo todo, toda a hora, e ninguém faz nada. Os protestos homossexuais são totalmente necessários e, portanto, incomparáveis à "brincadeira", que não tinha o intuito de protestar contra nada.
Uma das coisas que sei é que os cursos de Agronomia são quase semrpe reduto de pessoas elitizadas, oriundas do agronegócio. Há anos atrás convidaram para patrono de turma em uma formatura de agronomia da UFPR nada mais nada menos que ....Ronaldo Caiado! Só para se ter uma idéia da mentalidade dominante entre estes estudantes. O resto fica por conta de vossas imaginações....
ResponderExcluirLola, faço Relações Internacionais na UFF. No meu ano eu só participei de um dia do trote (dura uma semana inteira). Foi uma coisa super divertida, fizemos umas brincadeiras tipo gincanas, de correr até um ponto, estourar uma bexiga cheia de água, andar com as pernas amarradas nas pernas de outro calouro. Coisas assim, pra quebrar o gelo.
ResponderExcluirNo meu ano de dar o trote, uns meninos quiseram avacalhar perguntando coisas nada a ver pras calouras, tipo "qual a sua posição sexual preferida". A primeira vista pode só parecer engraçado, mas é mesmo constrangedor, eu não consigo ficar olhando, dá aquilo de "vergonha alheia". Não tem clima nenhum pra isso. Por coincidência ou não, esses meninos são os que menos se engajam nas lutas do curso e da sociedade em geral (by the way, até nem frequentam muito as aulas).
Enfim, o que quero dizer com isso é que dá pra se divertir em trotes de uma forma totalmente saudável. No meu ano nós passamos uma lista de vídeos do youtube bacanas pros calouros e eles subiam num palco e dramatizavam. Cada um escolheu o que achava mais legal, sem pressão.
Isso de obrigar a beber, fazer simulações de sexo... sério... muito coisa de criança pra mim. Gente que se sente alguma coisa por estar numa posição "superior"...
Enfim, fica a dica: dá pra se divertir de outras formas.
Tudo deve ser analisado dentro de um contexto adequado. E mesmo considerando toda a totalidade dos fatos, quem é contra poderia sim continuar ainda sendo contra, mas penso que o grande problema da cobertura da mídia a respeito do evento, como alias não é nada raro acontecer, foi não ter feito uma abordagem na qual os "responsáveis" pelo trote pudessem dar sua opinião.
ResponderExcluirEu, do lado daqui, penso que qualquer brincadeira que não faça mal a ninguém diretamente e que não força ninguém a participar não tem nada demais. Forçado, até brincar de pega-pega é ruim.
Bjs!
Eu sou de SP, já fiz 2 faculdades (logo, 2 trotes) e entendo o que a autora diz sobre as brincadeiras. Eu nos meus trotes fui feliz, participei só das brincadeiras que quis, e tinha "concurso da gata molhada" e o caralho a 4, mas desse tipo de brincadeira eu nunca quis participar, e sempre tudo correu bem, acho que talvez eu tive sorte.
ResponderExcluirEmbora eu tenha me divertido, e bebido horrores, e conhecido gente, eu não tenho como não concordar que é sim sexista (a gata molhada nos meus trotes e a linguiça no da menina).
E o fato de eu (até hoje!) não achar um absurdo as brincadeiras é um absurdo por si só, e eu sei disso.
A incoerência eu acho que é: Se fosse concurso de gata molhada na TV aberta; ou mulheres chupando linguiça na TV aberta; aí essas mesmas mulheres e homens achariam um absurdo e fariam um pequeno discurso sobre a decadência da TV brasileira. E alguns talvez ainda a chamassem de vagabundas e vadias e outros termos sexistas que conhecemos.
Mas numa universidade, pode?!
Lola,
ResponderExcluirSe os alunos gostam tanto do trote, eu é que estou ficando velha mesmo. Será que os meus filhos vão gostar disso também?
Bjs,
Denise
Bom, Lola, eu já estava besta com o episódio, mas lendo uma defesa tão estapafúrdia como a dessa aluna, fico com a impressão que um trote desse só pode mesmo partir de mentes como essa, incapazes de discenir direitos sociais de grupos historicamente oprimidos de um mimimi de um grupelho que não admite ver suas baixarias criticadas na mídia.
ResponderExcluirEu tenho duas perguntas a essa moça, que acha supernormal as meninas simularem sexo oral em público:
1) Por que vocês nunca brincam de o homem simular sexo oral na mulher nessas ocasiões?
2) Qual foi a brincadeirinha inocente e nada sexista que vocês fizeram com os calouros do sexo masculino?
Dependendo da resposta, se ainda assim essas moças e rapazes não conseguirem ver sexismo no episódio, será que desenhando resolve?
olha, eu sou contra o trote... pq a verdade é q a gente se sente coagido, SIM, a participar.
ResponderExcluirno meu, foi tudo bem "leve". fecharam os calouros numa sala (alguns veteranos ficavam na porta bloqueando a saída), colocaram APENAS AS MENINAS em fila e cada uma tinha q se apresentar (dizer se tinha namorado ou se tava solteira, quantos anos tinha e de que colégio era)
até aí tudo bem, né? perguntas normais... mas todo o clima de ficar numa fila sendo avaliada por todos os homens do curso é constrangedor... e depois ainda tinha que dar uma "desfiladinha" pq os lugares ficavam no fundo do auditório, então vc tinha q passar obrigatoriamente num corredor comprido no meio de todos os homens do curso (q podiam assoviar, fazer comentários, e todo aquele tipo de manifestação patética)
mais uma vez: pq SÓ as mulheres passam por isso? se fosse com todos os calouros, eu até entenderia... seria uma forma de se apresentar e já dizer (se vc quiser) se está disponível ou não (eu, por ex, menti, dizendo q estava namorando, só pra n me amolarem)
AH SIM! pegavam mais pesado com as mais bonitas/gostosas, com perguntas íntimas (é virgem? cospe ou engole? da o cu?) e ainda promoveram um "concurso" bem semelhante a esse da linguiça... essas meninas "gostosas" (elegeram umas 10 +-) tinham que chupar um chokito (o chocolate) até só sobrar amendoim, uma simulação de sexo oral mesmo, no meio de uma roda de garotos rindo e fazendo comentários
alem disso, pros 2 sexos, teve o tal do elefantinho, tinta no cabelo e na roupa e ovada
claro q isso tudo é uma merda e obviamente eu n teria participado se TODO MUNDO n estivesse participando
"ah mas vc podia se recusar, ir até a porta e pedir pra sair"
ok, mas se recusar a fazer um ritual de entrada pelo qual todos passaram é a mesma coisa q dizer "estou cagando pra vcs" (algo q não é facil prum calouro, doido pra fazer amizades q durarão os próximos CINCO ANOS)
lembro q na época eu pensei q se fosse umas das candidatas à "miss chokete" (vencedora da tal prova do boquete no chokito) eu teria me recusado
mas será q teria mesmo? pq afinal elas tb estavam sendo constrangidas a acompanhar o grupinho em q encaixaram elas
(já q elas tinham o PRIVILÉGIO de terem sido escolhidas como as mais bonitas do curso, tinham q PROVAR q estavam a altura do grupo afff)
vale lembrar q sempre tem umas 4 ou 5 meninas que se amarram na ideia, se sentem envaidecidas e topam participar na hora... e as choketes veteranas, q haviam passado pela prova no ano anterior, tb alimentam isso
enfim, sou contra. n serviu pra me socializar com ninguem. tanto q uma das minhas melhores amigas no curso matou o primeiro dia pra escapar do trote (coisa que eu, ingênua, nem cogitei)
ah! esqueci da questão da bebida...
ResponderExcluireu não bebo, mas parece q 90% dos universitários adora, daí quase ninguém se importa com essa parte do trote em q obrigam as pessoas a beber cachaça direto do gargalo
eu recusei e fiquei na boa, ninguém forçou nada, mas teve meninas q eles jogavam a cachaça no pescoço ou na barriga, por ex, e algum garoto chupava... uma coisa agressiva, invasiva
N participei do trote qndo entrei pra UERJ. Faltei a semana inteira. Meu curso é bem leve, nd q se compare aos trotes de medicina, por exemplo. Msm assim n fui pq mulheres sempre são humilhadas nas 'brincadeiras'.
ResponderExcluirSofro consequências por n ter participado. Eu e outras pessoas q tmb faltaram pra escapar do trote. Vc passa a ser excluída, tem uma certa hostilidade em te aceitarem pra fazer trabalhos em grupo, falam mal de vc pelas costas, enfim, é óbvio q mt gnt prefere participar do q ser excluída pelos próximos 5 anos.
Fico com a mesma dúvida que o Eduardo: essa é mesmo uma veterana do curso? Por que parece surreal que alguém faça e promova trotes violentos em 2011, mas além disso defender com esses argumentos??
ResponderExcluirEssa menina só demonstrou total falta de conhecimento do conceito básico de coerção social. Ninguém participa porque quer, todos querem é ser aceitos. E adorariam que isso se desse de uma forma salutar.
E eu concordo com você Lola, é preciso que as universidades criem sanções para quem pratica trote. Porque os veteranos estão apenas reproduzindo o que sofreram. Esse tipo de tradição social potencializa personalidades cruéis e a falta de punição legitima o rito.
Tradições existem porque foram criadas e como tais podem ser desconstruídas, quando a sociedade muda e percebe que elas não mais conduzem com seu modelo atual de conduta.
Creio que o problema está exatamente aí, na inercia de quem consegue ver o ridículo desse hábito. E falo do corpo docente, dos pais e principalmente das reitorias.
Tentar defender o indefensável. Foi isso que esta aluna da Agronomia da UnB tentou fazer aqui, com um raciocínio no mínimo tortuoso, confundindo alhos com bugalhos... Talvez, daqui a uns anos, quando ela estiver atuando numa área/carreira ainda majoritariamente masculina e não for levada a sério pelos subordinados, for assediada moral ou sexualmente pelo chefe e tiver de trabalhar muito mais que os colegas e provar dia a dia que é tão competente quanto eles para manter o emprego ou conseguir uma promoção, ela se lembre deste "singelo" trote e entenda alguma coisa.
ResponderExcluirGente,
ResponderExcluirEu tenho 57 anos de idade e dos 3 aos 54 eu morei no Recife.
Lembro que quando era menina, minha mãe nos levava, eu e meu irmão, para ver os trotes que aconteciam em plena rua rua. Os estudantes faziam uma espécie de passeata e pediam dinheiro às pessoas e outras brincadeiras.
Não lembro de violência nem nada que fosse proibido para menores, como a gente vê hoje.
Fiz 3 cursos universitários, mas nunca participei de trote.
Sou totalmente contra esses trotes violentos e sem graça de hoje. Aplaudo de pé os que são feitos para arrecadar doações para pessoas carentes ou para fazerem algum outro tipo de boa ação.
Antes de qualquer debate mais aprofundado, vamos à raiz da questão: a veterana do curso de agronomia deve rever as referências dela. Porra, Gugu e Eliana é foda, hein? Não tenho condições de refutar uma argumentação embasada nesse tipo de referência. Passo.
ResponderExcluirTenho minhas dúvidas quanto a quaisquer tipos de proibições. Penso ser mais adequado e eficiente punir os excessos que proibir a prática em si...
ResponderExcluirEm um de meus ingressos na UFPR (foram três ao todo), o trote consistia em se sujar de barro e posar para fotos. Participava quem queria, e tinha um veterano com uma mangueira para que lavássemos os olhos e boca - e nada mais. Foi divertido para mim, não sei se alguém se sentiu coagido...
Quanto a retaliações para quem não participou, penso ser quase inviável NAQUELE FORMATO em que participei, pois ninguém se conhecia e não havia necessidade de estar em contato com o pessoal do seu curso específico. Era apenas um rito de passagem, do qual participamos meio que anonimamente, não sei como funciona em instituições menores ou em trotes realizados não em conjunto, mas individualmente pelos cursos...
Só participei daquele trote (nas duas outras oportunidades, não fui ao trote e nunca sofri nenhum tipo de perseguição por isso) e de outro, já no curso de Direito, realizado pelos veteranos do curso dentro da sala de aula, que consistiu numa aula inaugural falsa. Engraçadíssima, diga-se de passagem, especialmente depois que soubemos que era falsa, hehehe, parecia um professor completamente louco...
Mas soube de atitudes lamentáveis em outros anos, como dança na boca da garrafa (de Chocomilk!) e esse lance da salsicha (que por aqui chamamos de vina...), esses sim trotes que deveriam ser proibidos.
Mas cada um vê as coisas sob um viés. Por isso, penso, que há tantos que se opõem ao trote em si. De minha parte, é só mais uma brincadeira que, SE PRATICADA COM RESPONSABILIDADE pelos veteranos, pode ser legal e constituir uma das boas lembranças do ingresso no mundo acadêmico. Se não o forem, é caso de apuração pela instituição ou mesmo pela polícia...
Passei por trote em 2009, teve elefantinho, cantar musicas de auto-humilhação e glorificando os veteranos, rolar deitado por cima de ovos, ovada nos calouros... e a simulação de sexo, com uma mulher de farinha no chão e as mulheres tendo que gemer quando alguém simulava (ninguém gemia, claro). No final também teve aquilo de pedir dinheiro no semáforo, que eu só não precisei participar porque estava irada, e ninguém quis tentar me obrigar.
ResponderExcluirNo final, o veterano que organizou o trote "conversou" comigo (eu estava tão p* da vida que praticamente foi um monólogo dele). Explicou que ele passou por coisa pior na época dele (passar bala de boca em boca, entre homens), que teve um ano que eles não fizeram o trote, e alguns calouros reclamaram (essa foi a parte mais interessante do que ele falou).
Eu não queria participar, mas não tive apoio da minha família nessa idéia (falaram que seria divertido) e no inicio do trote falaram que só participava quem quisesse, acrescentando alguns "mas", é claro.
No final, participei, a extremo contra-gosto e mau-humor.
(Obs.: Queria informar que há pelo menos três Jéssicas que comentam, eu não sou a mesma da que postou mais acima)
Sinceramente, ia até fazer um comentario rebatendo o que a "veterana da Agronomia" disse, mas nao da. A argumentaçao é ridicula demais para ser levada a sério.
ResponderExcluirA proposito. Sou ex-aluna da UnB (Comunicaçao), e no ano em que entrei (1996) o trote tinha mudado: ao invés da humilhaçao, os calouros deveriam organizar uma festa à fantasia para toda a faculdade. Esta festa dos calouros se tornou um evento dos mais concorridos, existe ainda hoje e é realmente uma forma bacana de marcar a entrada na faculdade.
E nenhuma garota é obrigada a lamber salsicha.
Vocês me desculpem,
ResponderExcluirquando postei o comentário, acreditei que não seria um "assunto para pauta". O fiz, porque sou leitora da Lola, apesar de nunca haver postado nenhum comentário. A questão não foi querer defender o indefensável, como disseram. foi simplesmente escrever algo que pudesse aliviar um pouco toda essa tensão que estamos sentindo.
O que escrevi não foi para se sentirem compadecidos pela nossa causa ou qualquer coisa do gênero. Apenas acreditei que fosse interessante ver o outro lado das acusações.
Nós não somos vítmas.
Eu não quis comparar o trote com os movimentos ocorridos.
E eu peço desculpas se o que escrevi pôde ser interpretado dessa forma.
E então, me explico:
Quando houve o movimento contra a homofobia, houve uma rixa entre os manifestantes e a Agronomia, onde os manifestantes começaram a gritar que somos homofóbicos.
Quando houve a manifestação dos professores, nós nos posicionamos contra a greve, indo contra o movimento do DCE, que apoiava a greve.
Enfim, sei que isso nada tem a ver com o trote, mas era a respeito disso que estava falando.
De forma alguma vou me posicionar contrariamente acerca da minha opinião sobre o trote. Eu gostei do meu trote. Foi um dia extremamente divertido.
Assim como eu gosto de um tipo de música, outros gostam de outra. A diversidade de opiniões é que faz o nosso mundo. Eu só gostaria que respeitassem a minha.
Obrigada pelo espaço.
não é pq as emissoras estão erradas de expor mulheres como carne em seus programas dominicais (e considerados "pra toda familia, do vovô ao netinho) q nós temos q perpetuar isso no ambiente universitário
ResponderExcluirser pintada com as iniciais da faculdade (quer orgulho é passar no vestibular, entrar na vida adulta, exibir isso pro mundo), tirar foto com os outros calouros e conhecer veteranos amistosos é uma ótima premissa
o problema é o clima de machismo e opressão que acompanha o trote... acaba que quem participa não quer integrar e socializar, mas se impor!
lembro q vieram me pintar e eu deixei numa boa, daí pareceu que só pq eu estava tranquila (e não revoltada) tinham q me importunar mais... passaram a pintar o meu cabelo e sujar as minhas roupas aleatoriamente, uma delas disse pra outra "suja, mas suja MESMO" (até a sigla da universidade ficou borrada)
não satisfeitos, jogaram um ovo em mim, do nada, de surpresa, sem nem me darem chance de recusar
Tadinhos dos estudantes da agronomia. Como são perseguidos, como são taxados de preconceituosos injustamente. Pq ninguém fala mal de um protesto de homossexuais, mas falam mal dos trotes "supimpas" deles. Tsc tsc.
ResponderExcluirFaz-me rir, veterana da UnB.
ResponderExcluirContei num comentário no post anterior sobre a brincadeira da camisinha na banana que teve no meu trote da UFRJ. Na hora, as 3 meninas que fizeram e as que assistiram não pareceram se sentir ofendidas, mas tenho certeza que isso era mais por conta do condicionamento social, de objetificar e sensualizar a mulher, do que por livre arbítrio, por "vou fazer mesmo e pronto". Certamente deve ter pesado muito o fator "não quero ser tida como anti-social na faculdade".
E, na boa, ela comparar manifestações de defesa dos direitos gays e dos direitos trabalhistas dos professores com um trote é no mínimo esdrúxulo. É mimimi. Em vez disso, ela deveria refletir sobre a razão de ela e as meninas submetidas à brincadeira da linguiça não acharem isso "nada demais". Ela vai descobrir que, não, não é algo inofensivo. E que não, não é culpa das meninas que participam.
ah sim! a questao do dinheiro eu acho erradissima!
ResponderExcluirpegam seus pertences (mochila, bolsa, até SAPATO!) e dizem q vc só vai poder pegar de volta qd voltar com X reais (uma coisa absurda, tipo 100 reais)
claro q não tem problema algum em voltar sem dinheiro, mas eu n gosto de ser ameaçada... lembro q eu, por morar perto da faculdade, fui sem nada, só com o dinheiro no bolso... e qd vi q queriam pegar meu sapato, menti q já haviam pego minha bolsa
na outra faculdade q eu fiz, n fui na primeira semana inteira, pra fugir do trote... e ainda assim vinham alguns vetaranos na nossa sala dizer em tom de ameaça q "sabiam qm tinha faltado e q ia ser pior pra essas pessoas, etc etc"
é claro q era mentira, sacanagem deles, mas por acaso é engraçado fazer terror psicologico com um recem chegado?
engraçado q NENHUM DELES estava lá pra nos dar uma dica de onde comer, onde tirar xerox mais barata, onde, quando e como fazer os procedimentos obrigatórios, pegar formularios e tal...
isso só prova q ninguem ali queria socializar, mas apenar destilar ódio em cima dos calouros
O bom é que ninguém conhece a realidade da UnB. Temos um DCE que só serve de trampolim político para pseudo-comunistas que vetam qualquer opinião contrária as suas. Há problemas estruturais que nunca são sanados mas há verba para construir um inútil memorial ao Darcy Ribeiro (apelidado pelo DCE e pela Secretaria de Comunicação de "beijódromo") em tempo recorde. Os homossexuais protestam o tempo todo e sempre querem arrumar confusão, mas eles podem, afinal estão apenas "defendendo seus direitos e a igualdade". Quer uma dica? Pesquise antes de escrever para não se passar por um idiota manipulado. Não existe opressão contra homossexuais na UnB, existe uma opressão aos heterossexuais. Não acreditou? Me achou um machista burro? Então venham visitar esse lugar bizarro que chamamos de universidade, onde nada é do jeito que pensam. Há pichações em todo canto a favor do movimento gay e estes são feitos com o apoio do DCE, que precisa defender os "fracos e oprimidos" para promover seus integrantes na mídia. Aliás, o mesmo DCE que promove a recepção aos calouros todo semestre utilizando ovos, tinta, farinha e mais um monte de "iguarias" mas que tem apoio do decanato de graduação e da reitoria. Dois pesos e duas medidas, simplesmente isso. Elas foram coagidas a chupar a linguiça? Se com dezeito anos e universitária a mulher não sabe dizer não, então sinto muito, mas o problema dela não está no trote mas sim em uma educação deficiente.
ResponderExcluirQuanto ao trote em si, ele vai continuar, seja com ou sem linguiça. Uma tradição de mais de quatro décadas não vai acabar por causa de manipulação da mídia ou feministas alienadas.
Não sei o que é mais triste nessa história toda: as alunas não se darem conta do sexismo da coisa e defenderem essa idiotice ou o fato de nossa sociedade atrasada "castigar" estudantes recém admitidos em uma universidade desse jeito... Trote é a coisa mais retrógrada e estúpida que existe no mundo acadêmico. Humilhar alguém que deveria ser louvado pelo esforço de uma conquista é lamentável.
ResponderExcluir"O que escrevi não foi para se sentirem compadecidos pela """"nossa causa"""" ou qualquer coisa do gênero"
ResponderExcluirCAUSA? QUE RAIO DE CAUSA É ESSA? DESDE QUANDO FAZER MENINAS CHUPAREM UMA LINGUIÇA É UMA "CAUSA"?!!!!
@L.
ResponderExcluir"Já fomos "torturadores de animais silvestres" (estavam se referindo aos porcos), "ditadores do coma alcoólico", "homofóbicos" e agora, "sexistas"."
"Quando houve o movimento contra a homofobia, houve uma rixa entre os manifestantes e a Agronomia, onde os manifestantes começaram a gritar que somos homofóbicos."
Eu sei que nem sempre quem se sente constrangido diante de uma acusação é culpado. Uma pessoa pobre, ao ser acusada de roubo, naturalmente se sente preocupada, pois diversas forças atuam para que ela seja automaticamente acusada e até punida injustamente pelo ocorrido. Agora, se você é acusado e criticado diversas vezes por atos que você faz repetidamente, tem alguma coisa errada aí. E vocês são acusados praticamente todo ano de muita coisa.
Pensa com muito carinho no que eu estou te dizendo.
L, qualquer comentário publicado em blog pode virar “assunto para pauta”. Mesmo que seu comentário estivesse só na caixa de com. do post anterior, leitor@s o leriam, e certamente responderiam. Mas claro que post recebe mais destaque, e acho justo que vc tenha espaço para defender o seu curso. Eu quis que seu com. tivesse destaque, para que fosse bastante lido, mas tb quero que seja bem respondido. Porque PRECISA ser respondido, L. E responder o seu com. não tem nada a ver com não respeitar a sua opinião. Respeitar opinião, pra mim, é ouvi-la. Estamos ouvindo. De jeito nenhum que vamos concordar com ela, porque não dá pra concordar.
ResponderExcluirEu fiquei perplexa com a sua visão, L, que deve ser a mesma de muita gente do seu curso. Vc basicamente diz que “todo mundo pode fazer o que bem entende, menos nós”. Bom, poder fazer o que quiser, até pode, em termos, se for dentro da lei. Mas tudo está passível a críticas. Vc acha que alguém neste blog gosta (ou sequer assiste) programas de auditório como o que vc citou? A sua argumentação parece ser que, se a TV humilha a mulher, por que nós na universidade não podemos? E isso me preocupa, inclusive como professora universitária. Porque pra mim universidade é um lugar de críticas, de mudanças, de questionamentos. Isso que é educar. Se educar fosse fazer como faz a TV, ninguém precisaria ir à universidade.
Você compara um trote - que não existe pra criticar coisa alguma, e sim pra humilhar, pra reiterar preconceitos - com passeatas de ativistas GLBT e de professores? Sério mesmo, vc não consegue ver diferença entre gente lutando por seus direitos e gente querendo manter um costume bárbaro como o trote? Vcs estão lutando pelo que? Por integração entre alunos? Como disse um leitor, que tal ensinar os calouros onde se tira xerox, dar dicas, explicar procedimentos? Organizem uma festa de boas vindas (na casa de alguém pra não haver problema de barulho e de menor de idade tomando bebida alcoólica), não de humilhação.
Também é chocante pra mim, e acho que isso diz muito sobre alunos de Agronomia, que o único problema que vcs viram em usar um animal vivo num trote de poucos anos atrás é que o porco era barulhento. Sabe, animais não estão no mundo para participarem das nossas brincadeiras. Já é ruim o suficiente que eles existam para serem comidos.
Vc acha que homens se vestirem de mulher é um jeito eficiente de REBATER acusações de homofobia? Estranho, porque pra maior parte das pessoas parece um meio de reforçar essas acusações.
Vc pergunta se eu criticaria o presidente do CA se ele estivesse vestido de Lula, não de Dilma. Acho que vc não entendeu minha crítica. Eu nem estava pensando se isso seria desrespeitoso com a presidenta. É que é um fato histórico termos uma presidenta, entende? É a primeira mulher. E, pelo jeito, pro curso de Agronomia, ter uma primeira mulher, que tomou posse há poucas semanas aí mesmo na sua cidade, significa que alguém fantasiado de Dilma deve segurar na altura da cintura linguiças lambuzadas pra calouras ajoelhadas chuparem. Um símbolo do poder da mulher ordenando um ritual de humilhação à mulher. É perverso. Olha o recado que vcs estão dando às mulheres.
Por favor, L, reflita. Fale com seus colegas. Tentem entender POR QUE vcs estão sendo criticados, ao invés de reclamar, cegamente, que essas críticas estejam sendo feitas.
Rá,rá,rá.
ResponderExcluirEu estava refrescando o calor do Sul com uma melancia suculenta agora e leio mais uma sandice dessas.Não sei se rio,bocejo,ou sinto revolta.Estou acostumada a ouvir asneiras.O que posso escrever...
Tropa de inúteis.Nasceram com um cromossomo a mais.
"Uba,uba,uba,ê,a gente gosta de aparecê."
ALINE
Lola,
ResponderExcluirna verdade, eu não tento comparar nada com nada, sinceramente.
O que me entristece é que as nossas ações ditas corretas ninguém conhece. Ninguém vê os trabalhos dos alunos com os assentados, agricultores familiares e talz. E isso ocorre durante todo o ano. Todos nos julgam por causa do trote.
Enfim, sei que esse assunto já deu o que tinha que dar. Só acho que comentar sobre o tema é uma coisa, mostrar a sua opinião, qualquer um pode, é claro. agora frases como "Anotem, crianças: homem se vestir de mulher é um jeito de REBATER acusações de homofobia." é ridicularizar a idéia de alguém. De qualquer forma,
Obrigada pelo espaço.
Esqueci:
ResponderExcluirCHUPA ESSA,FIA.
Rá,rá,rá.
ALINE
Aline,
ResponderExcluirse vc quer realmente saber,
não me preocupo muito com o seu tipo d comentário, afinal,
mesmo a mídia falando tanto de nós, a gente sabe que não existe, dentro do nosso curso, pessoas com o pensamento tão limitado como o seu, que acredita que ofensa direta realmente atinge alguém.
que burra, meu deus! que anta!
ResponderExcluir"No Programa da Eliana, existe uma prova em que as mulheres tem que pegar, com a boca, notas, simulando o nosso dinheiro, do corpo de um cara de sunga. "
taí. em vez de criticar a mídia, de ter uma postura INTELIGENTE de ver a mídia e de como as coisas estão erradas, a aluna totalmente cultura-de-massa-senso-comum, usa Eliana como referência para tentar afirmar seu discurso.
meu deus, eu tenho muito medo desse tipo de gente que existe. dessa gente que reclama que está sendo perseguido, que está sendo chamado de preconceituoso, mas que na verdade não é, a gente não é preconceituoso não. E SE OS GAYS PODEM PROTESTAR CONTRA A FALTA DE DE DIREITOS DELES PORQUE A GENTE NAO PODE FAZER BRINCADEIRA DE LAMBER LINGUIÇA? a questão é: pode. voces podem fazer ter esse comportamento. mas tudo tem uma consequencia... Lamber linguiça com leite condensado na frente de um curso majoritamente masculino para ser imagem-pra-punheta-na-mesma-noite é uma escolha. você pode SIM escolher isso. mas entenda, é por isso que estão chamando vocês de ignorantes que repetem comportamentos grosseiros sexistas, homofóbicos, etc.
coitada dessa guria ... :(
L, não é por que um curso faça ações corretas, como essas dos assentados, que isso lhe dá direito de fazer besteiras. Vcs serão, tal qual todo mundo, elogiados pelas coisas positivas, e criticados pelas negativas. Mas claro que a gente nem conhece o lado positivo da Agronomia. Assim como a gente desconhece ações positivas de cursos em geral. E seria ótimo se essas ações fossem mais conhecidas. Mas um dos problemas é que vcs nem reconhecem o trote que fazem como algo negativo. Se reconhecessem, fariam um mea culpa, assumiriam excessos. Mas o que vejo é vc usar argumentos muito sem noção para defender o trote, e um carinha como o Marcos aí em cima dizer que trata-se de uma tradição de quatro décadas (grande coisa! Touradas têm quantos séculos de tradição? Os alunos de Agronomia defendem outras tradições arcaicas tb?), nos chamar de “feministas alienadas” (politizado e antenado é quem faz mulher chupar lingüiça e não pensar no contexto, né?), e dizer que não podemos criticar o trote sem conhecer toda a história e o funcionamento detalhado da UnB.
ResponderExcluirDesculpa, L, mas, num caso desses, fica difícil defender o indefensável. O melhor é falar sim, erramos, não vamos mais repetir isso. Mas vcs não pensam assim! Quem vcs querem convencer?
Sobre o “anotem, crianças”, já fiz vários tweets que começam desse jeito. Vc pode chamar de “ridicularizar a ideia de alguém”. Eu chamo de ironia. Além do mais, há muitas ideias que merecem ser ridicularizadas.
"Sinceramente, nós achamos muito divertido tudo isso. Cada semestre nós ganhamos algum título. Já fomos "torturadores de animais silvestres" (estavam se referindo aos porcos), "ditadores do coma alcoólico", "homofóbicos" e agora, "sexistas"."
ResponderExcluirTradução? A gente adora atenção e de ser chamado de ignorante. Na boa, eles nem ligam. Eles estão se fudendo. E ano que vem? TEM MAIS, EEEEE!!
Francamente. Acho que esse texto foi a coisa mais estúpida que eu li no seu blog, Lola.
PERGUNTA EM QUEM A MAIORIA DO CURSO VOTOU. :)
http://www.youtube.com/watch?v=LA0JL7yVcSM
Uma vez prestei vestibular numa faculdade e durante a prova, os veteranos passavam nas portas da sala gritando: "aí seus bichos, cês vão morrer"
ResponderExcluirMeu irmão não queria participar do trote e mesmo assim, rasparam o cabelo dele, pintaram as roupas e roubaram os tênis deles...divertido não?!
Bem, na faculdade que eu fiz o trote é proibido, e ninguém NUNCA achou ruim.
Sério, entre ser coagido a fazer algo que não quero pra ser aceito a não participar e ser considerado antissocial, prefiro a segunda opção mesmo, se tem uma coisa que eu não gosto é de socializar com gente idiota.
Ah, nem preciso responder a essa resposta (cretina por sinal) da veterana, aqui nos comentários já invalidaram os argumentos fracos dados por ela. Ser condicionado por vários anos a fazer algo totalmente humilhante e achar "divertido" é algo que não consigo entender.
L, talvez a gente consiga dialogar se entender o que se passa na tua cabeça.
ResponderExcluirTem um monte de gente aqui querendo que você entenda que o que aconteceu ( e tem acontecido - porco, homofobia etc) é absurdo. Vc se defende e diz que não passa de uma brincadeira divertida. Pq é divertido enfiar uma linguiça com leite condensado na boca de uma mulher? Pq é engraçado? O que especificamente é engraçado? vamos entender o que tem de tão divertido nisso. Talvez daí você perceba que não tem graça. E comece a se questionar o que isso realmente representa. Ah, mas não representa nada. Sério?
Eu realmente acredito que tal texto pode, sim, ter partido de uma universitária, e não me surpreende que aluna da UnB. Quanto ao "barulho" feito pelos homossexuais (*e defensores dos direitos humanos, e gente consciente em geral, e pessoas que se preocupavam com a "boa" imagem da universidade tb*) foi resultado do trote homofóbico que os veteranos da Engenharia Civil aplicaram em seus calouros e que implicava em ir para a Arquitetura gritar frases ofensivas: http://bit.ly/e3GOpp Tradição, vocês sabem... Quem não "entende" essa necessidade é que está errado.
ResponderExcluirE esse Marcos, hein? Além do "feministas alienadas", ainda solta:
ResponderExcluir"O bom é que ninguém conhece a realidade da UnB. Temos um DCE que só serve de trampolim político para pseudo-comunistas que vetam qualquer opinião contrária as suas. " Veto? Oi? Onde? NINGUÉM aqui conhece a UnB? Oi? O Marcos conhece todos os/as comentaristas?
Quem não sabe como funciona a UnB é o Marcos. Quem está lá acompanhando de perto, mas de perto de verdade, de forma aberta e participativa, sabe que esse comentário passou longe da realidade.
Enfim, a absurdez do comentário vai muito além.
Olá,
ResponderExcluirachei a resposta da aluna pertinente. Contudo, a análise dela não é profunda. Não responde às questões estruturais que o post anterior coloca.
Ela não repensa, por exemplo, por que lamber lingüica é só para as alunas -não importando se são obrigadas ou não, por que é uma brincadeira PARA garotas? Engraçado que o aluno HOMOSSEXUAL tb tenha participado. Afinal, homossexulidade feminiliza o homem, né?
A resposta da graduanda em Agronomia é madura, mas é uma resposta apenas formalmente falando. Está demais na defensiva para ser considera uma resposta de fato. Contudo, parabéns pra ela pelo peito em entrar na roda e se expor.
Sou completamente contra trote. Aliás, acho que muit@s de vcs sabem de onde veio essa ridícula "tradição", não? De quartéis militares (isso é pleonasmo? não sei, mas manterei como está). O novato deveria "provar", aos superiores, a sua força, sua "masculinidade" para ser aceito no grupo.
ResponderExcluirEnfim... pior do que lembrar quartel, trote me lembra aqueles rituais de iniciação à vida adulta, ou a qq outra coisa, que existem em muitas tribos e que, curiosamente, tant@s de nós repudiam. Eu bem gostaria que todo mundo que critica outras culturas com veemência parasse pra analisar o que fazemos dentro da nossa própria cultura.
Afinal, se trote fosse uma coisa "civilizada", vc poderia submeter qq um na rua às brincadeiras que são feitas com calouros, não? E se é tão legal, divertido e "descolado", pq vcs usam a palavra TRADIÇÃO em defesa da continuidade do trote? Existe coisa menos racional e "avançada" que tradição? Pior: se o objetivo do trote, defendido com unhas e dentes por tant@s, é a "integração", pq a necessidade de humilhar e pôr a prova, demonstrando uma forte hierarquia? Um ambiente de coleguismo e igualdade não seria mais interessante para propiciar novas amizades?
Pois, pra mim, é isso: o trote nada mais é do que uma barbárie cometida por pessoas que são jovens demais p/ serem repreendidas legalmente, mas tb "adultas" o suficiente p/ fazerem "o que bem entendem", longe da vigilância de pais e professores. E o que significa fazer o que bem entende? Externar todos os preconceitos, toda a agressividade, toda a necessidade de enfrentamento e de se colocar em postura de superioridade, agredindo, com isso, os mais indefesos, que são os calouros.
Mas pq os calouros são mais indefesos, e pq, portanto, o trote representaria uma agressão? Pq um novato que não se integra ao grupo é fortemente punido futuramente, como disseram. Idiotice dizer que ninguém é coagido a participar. Alguém realmente GOSTA de ser humilhado em público? Não, né. Só aceitamos participar da humilhação pq isto nos parece melhor que o sofrimento futuro com a exclusão.
Sei que fugi um pouco do assunto, pq trote é um tema que me "inflama" profundamente...
ResponderExcluirMas, olha, desculpe, dona autora do post; eu, em geral, não tolero pessoas que acham que qq tipo de humilhação ou preconceito é engraçado. Afinal, esse tipo de brincadeira estúpida em trotes, como simular sexo ou fazer um homem se vestir de mulher, por ex, SÓ É considerada engraçada pq É preconceituosa e humilhante! É isso que faz as pessoas em geral acharem graça! E é isso, na minha opinião, que deve ser combatido na sociedade. Vamos parar de rir de mulheres, gays, negros; parar de inventar apelidos e forçá-los a brincadeiras estúpidas que evidenciam nada além das suas condições como mulher, gay, negro etc... não tem graça nenhuma em ser mulher, ou gay, ou whatever. Não precisamos rir de nada que é diferente ou seguir "tradições" para viver... há muito mais coisas divertidas no mundo pra se fazer, podem apostar. :)
Acho mal.
ResponderExcluirSabe lola, acompanho seu blog a algum tempo.
ResponderExcluirAcho bem idiota trotes.
A minha faculdade é proibido trotes. e existem campanhas para trotes solidários e etc. Mas qualquer coisa que esteja relacionado a humilhações e brincadeiras idiotas é banido da faculdade. Não estudo em uma federal mas estudo em uma faculdade tradicional aqui em São Paulo. A FEI. Nunca senti necessidade de passar por nenhum rito de passagem e nem de humilhar nenhuma pessoa que entrou em um curso X para ela ser "bem vinda" acho isso até um pouco sádico.
E por mais que falem que trote é pra receber os alunos, acredito ser mais uma forma de bulliyng. De chegar e falar nós é que mandamos e vocês obedecem. sacas!?
Na minha faculdade tem uma coisa que não funciona muito bem, mas acho bem bacana é a campanha "adote um bixo" criado pelos próprios alunos.
Não você não vira "dono" dos novatos e eles não precisam satisfazer suas vontades, funciona da seguinte maneira você escolhe um calouro para "cuidar" e então você tem a origação de auxiliar o mesmo na faculdade dando dicas de várias coisas e os ajudando com matérias que eles tenham dificuldades e etc.
Acho isso bem mais humano do que receber calouros com ovadas e situações contrangedoras.
E olha meus olhos se encheram de lágrimas de sangue com essa aluna do curso de agronomia da UNB.é Triste ver como eles são sofridos e humilhados o tempo todo, com um argumento desse nível :
"Os homossexuais podem fazer o barulho que quiserem, atrapalhando o que bem entenderem, para defender a causa deles (isso aconteceu na UnB, um protesto conta a homofobia, que atrapalhou diversas aulas, inclusive uma minha). Os professores podem fazer uma passeata protestando contra qualquer coisa. Mas nós não podemos nos pronunciar, nós não podemos ser contra nada."
Para mim o nível de pessoas que brincam de rodeio das gordas é o mesmo de quem faz outras chuparem uma linguiça em um trote.
ResponderExcluirÉ impressionante... ela está pleiteando o "direito de ofender".
ResponderExcluirPelos comentários, vcs podem ver que estudantes da Agronomia (como a veterana e o Marcos) que defendem trote reclamaram do “barulho” dos gays. Mas quer saber pq os gays fizeram barulho? A Valéria Shoujofan lembrou. Gays fizeram “barulho” contra manifestações homofóbicas no trote da Engenharia Civil no ano passado. Os calouros de Eng tinham que gritar contra estudantes de Arquitetura “1,2,3,4,5,mil. Trote solidário vai p/pqp”. E “arquiteto bichinha, só brinca de casinha”. E “Arquiteto, mas como é que pode, suas minas têm bigode”. Isso num ambiente universitário, que não pode aceitar homofobia, racismo, machismo, e tantos outros preconceitos. Foi contra essa homofobia do trote da Eng que os ativistas gays da UnB protestaram. Com total razão. E hoje os alunos de Agronomia reclamam da ditadura gay e dizem que, se os gays podem fazer barulho, eles também deveriam poder.
ResponderExcluirÉ tanta coisa pra se comentar que não sei nem por onde começo...
ResponderExcluirTá, já sei, pelo que é mais revoltante: comparar o barulho do trote e o tanto que ele atrapalha as aulas com movimentos contra a homofobia e por direitos dos professores. ...oi?? Você quer comparar um bando de alunos barulhentos fazendo joguinhos de subjugação com uma luta social organizada para garantir ou conseguir direitos??? Qual a relevância pra comunidade das garotinhas lambendo as salsichas?
Analogia ridícula.
Veterana... O seu único argumento em defesa da 'brincadeira' é que é uma 'tradição' de sei lá quantos anos. Acho que você não entendeu que a subjugação está em exatamente inventar uma brincadeira dessas em que alunas tem que simular sexo oral em veteranos.
Como Lola tinha dito, você acha mesmo que é mera coincidência que todos os trotes próprios para mulheres tem conotação sexual? E, em geral, uma conotação sexual que carrega um certo desnivelamento de poder? Aliás, o que você achou do rodeio das gordas? Achou que as críticas fora exageradas?
Sabe por que é tão difícil acreditar na balela de 'Ah, isso é opcional, participar ou não do trote é uma questão de livre arbítrio'? Porque muita gente aqui estudou em universidade e teve de participar de trotes. Quer dizer, eu só escapei porque, por pura coincidência, quando os veteranos surgiram eu estava tendo aula com um professor de sociologia com fama de carrasco. Ele não deixou nenhum dos veteranos entrar na sala por mais que eles berrassem, batessem nas janelas e jogassem tinta pra todo lado. Depois, eu e algumas meninas escapamos pelas janelas do fundo da sala e fomos embora.
Minha irmã que não teve tanta sorte, chegou em casa com a roupa toda estragada de tinta - inclusive um casaco azul claro dela que era a primeira vez que ela usava.
Não é de hoje que se critica trotes, veterana, desde que eu sou estudante de ensino fundamental se faz isso. Inclusive depois que um aluno morreu afogado numa piscina de uma universidade do Rio de Janeiro. E não são só as pessoas de fora, muitos alunos aí da faculdade criticam os trotes, inclusive durante 'trotes pacíficos' - como os dos alunos de artes plásticas da UNB que organizaram um café da manhã pros calouros em sei lá que ano. É só passear na unb em janeiro, dezembro, junho, que vamos nos deparar com vários cartazes desincentivando o trote.
E, por fim, veterana, se lamber salsicha com leite condensado não é um trote sexista, por que só mulheres são convidadas a participar? Porque, pelo que você escreveu, o seu colega veterano só participou por iniciativa própria, não por convite. E, se não é um trote ofensivo às mulheres, por que é que de 14 mulheres, só 3 quiseram participar?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu freqüento a UnB desde 2002 (*entrei no doutorado em 2003*) e temos um péssimo histórico de ações racistas, misóginas e homofóbicas. Posso buscar as notícias e repassar. Tenho essas pérolas arquivadas e, se não encontrar, sou muito boa em rastrear pela internet. Para se ter uma idéia seguem alguns casos:
ResponderExcluirJá tivemos professor da Antropologia levado aos conselhos superiores universitários por reprovar aluno no doutorado por racismo; o professor recebeu somente uma reprimenda de seus pares (*os vilões foram os professores que levaram o caso à imprensa “expondo” a instituição*). O dito professor, na época admitiu o “erro” (*deveria ser crime, né?*) dizendo que reprovara o aluno – o primeiro em sua disciplina – porque “sentira uma inexplicável antipatia pelo ele”. O mesmo professor, posteriormente, elogiou uma candidata ao mestrado nesses termos “seu projeto é muito bom, levando-se em consideração que você é negra e mulher”. Dentro da Ciência Política, uns três anos atrás um professor do mestrado desqualificou em termos racistas (*“criolada que não gosta de trabalhar”*) as políticas sociais do governo norte americano nos anos 60/70. Foi acionado judicialmente, o caso foi parar em jornais e TV, e ele se defendeu dizendo que não podia ser racista, porque era judeu. OK, para vocês?
Na Filosofia, um professor iniciou o curso de Lógica avisando que as alunas – umas três ou quatro – deveriam traçar a disciplina, porque nenhuma mulher passava com ele, já que mulheres eram incapazes de raciocínios lógicos. Esse tomou uma trolha maior, parece que o Departamento de Filosofia puniu de forma pesada e o caso foi parar na justiça. E tivemos um aluno, não sei de qual curso, que, por ser contra as cotas para negros, estava usando os fóruns do Orkut para manifestações racistas, xingando, desqualificando e ameaçando. Até hoje, acredito que ninguém saiba como começou um incêndio em um dos alojamentos para alunos africanos na universidade. Esse caso foi sério, porque havia agressões verbais anteriores, e não lembro de ter lido algo sobre sua continuidade. Enfim, o tal aluno dos xingamentos do Orkut foi preso, o caso foi levado à sério, e ele quis posar de vítima, pois estava utilizando o seu direito à liberdade de expressão.
Isso tudo acontece na UnB. Poderia acrescentar o medo de estupros dentro do Campus, uma constante devido a falta de segurança e o machismo latente, claro, aquele que dá aos homens o direito de se apropriarem dos corpos das mulheres, afinal, elas estão aí nesse mundo para isso mesmo. Há protestos, sim, mas eles sempre tem como ponto de origem casos como esses que eu relatei.
Sabe L. (quase xará de nick) eu sou a favor do trote, eu acho legal e eu pessoalmente acho que participa quem quer. Todo mundo sabe que a primeira semana é trote e não tem aula, aparece lá pq quer.
ResponderExcluirE só um alienado pra entrar na faculdade sem conhecer a história dos trotes (ainda mais os recém saídos do colégio, que ouvem dos amigos histórias sobre faculdade o tempo todo). E eu também acho frescura de certas pessoas com relação a alguns tipo de trote que na minha visão são divertidos, como pintar etc. MAS, cada um cada um.
No meu trote eu fui pintada, tiraram meu sapato, a gente teve que fazer elefantinho, pedir dinheiro no sinal e beber. Eu adoro beber e fui a bichete que entrou na fila 50 vezes, sentou com os veteranos depois e foi fazer festa com eles.
E posso te contar uma coisa? Eu fui a super maneira e eles nem lembravam da minha cara, então duvido MUITO que tenham lembrado da cara de quem saiu correndo.
Defendo o trote, defendo a brincadeira, defendo a zuação até pq, realmente acho que não tem essa de coerção. E pelo amor de Deus, como o rapaz (que falou muita bobeira, mas também falou muita verdade sobre a Unb) falou, se uma moça/rapaz universitário de 18 anos não sabe dizer não a uma brincadeira, ele tem problemas BEM maiores do que a "exclusão social".
AGORA, assim como um rapaz/moça universitário de 18 anos que não sabe dizer não a uma brincadeira e não sabe fugir de um trote por medinho da popularidade arranhada é um bocó de marca maior, assim também é aquele que não admite seus excessos.
Dizer que vocês não conseguem ver o mau gosto de trotes desse tipo que envolvem brincadeiras sexuais, agressòes físicas, jogos com fezes de animais, presença de animais rurais numa faculdade agitada...Dizer que não consegue ver o mau gosto nisso é ser ignorante e infantil.
Parecem criança que não quer admitir que fez besteira.
Nào entro no argumento sexista, pq sei que existe trote pesado pra garoto também, e nem vou entrar no assunto tradicão pq já falaram por mim. Mas admitam que o trote é de mau gosto. Nào tentem defender o indefensável.
Se querem falar que o trote é uma tradição eu aceito. Se querem falar que participa quem acha legal eu aceito. Mas falar que não consegue ver o problema no trote? Falar que estão sendo "perseguidos" pela mídia malvada que não entende uma simples brincadeirinha?
Por favor, seja mulher o suficiente pra admitir que esse tipo de brincadeira é desagradável e de extremo mau gosto. Pq não tem nenhuma outra descrição pra esse tipo de coisa.
Curioso que o argumento da tradição é o mesmo usado pelo pessoal da farra do boi em SC.
ResponderExcluirFatita, esse trote que você cita (que eu nem alcancei) acontecia no resultado do vestibular.
ResponderExcluirQuando eu entrei na universidade (em 88) não havia trote, depois inventaram, no meu curso, de fazer um trote que era uma aula, dada por um veterano, geralmente a gente passava a bibliografia dos clássicos, no original (alemão e francês), misturava alguns veteranos que se passavam por repetentes, que faziam terrorzinho dizendo que o "professor" era carrasco, e depois de uns 15 minutos, meia hora a gente se revelava e dava boas vindas, convidando pra tomar uma no bar mais próximo depois da aula.
Ninguém nunca humilhou ninguém, nem obrigou ninguém a fazer nada, no máximo a perder uma folha de caderno com indicações bibliográficas...
Sempre achei esses trotes, como o objeto deste post, uma babaquice de extremo mal gosto
Sinceramente eu tenho medo de Brasília. Foi de lá que saiu o incêndio em alojamento de africanos na UnB, lá que uma menina de 14 anos teve a virgindade leiloada... Agora essa estudante sem noção defendendo o trote e reclamando do direito de homossexuais.
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL15218-5604,00-ESTUDANTES+AFRICANOS+DIZEM+QUE+INCENDIO+NA+UNB+FOI+CRIMINOSO.html
http://noticias.r7.com/videos/menina-estuprada-teve-virgindade-leiloada-em-brasilia/idmedia/bfb49a3a67f0de57e52d501ff2a9df39.html
Os conservadores, como o tal de "Marcos" não vêem problema algum em sentir-se incomodados com "comunistas" ou homossexuais, de onde eles vêm essa é a formação que recebem,são elitistas sem serem de elite. E tudo se resume à suposta "liberdade de manifestação, de opinião". Os conservadores desejam criminalizar os movimentos sociais e das minorias, que sejam criminalizados seus atos infames e desrespeitosos de machismo, sexismo, homofobia e racismo.
ResponderExcluirteve alguem que duvidou da veracidade do comentario? eu definitivamente nao. conheci gente muito asqueroza na unicamp, bem deste naipe e ainda pior, porque nao sabiam se defender com palavras, so com forca. a cultura universitaria precisa sim ser mudada no brasil. lembremo-nos do sonho de darcy ribeiro. definitivamente nao era de uma universidade misogena, racista e classista no meio do cerrado.
ResponderExcluirmais uma coisinha... minha mae ja deu aula em curso de agronomia. muita gente montada na grana, filinhos de papai mesmo, e uma boa parte sem o minimo de ilustracao e nocao da realidade. um retrato de uma classe muito duvidosa que esta cada vez mais proeminente no nosso brazilzao agro-exportador.
Lola,
ResponderExcluirLi o seu texto e o comentário da aluna do curso de Agronomia.
Acho trote uma forma de constrangimento. Não é brincadeira, não promove integração.
Estou na segunda graduação e não fiz amizade com os veteranos que me aplicaram os trotes na primeira faculdade que frequentei e penso que assim será também nessa segunda (estou no segundo ano, quem sabe?).
Relacionei-me com veteranos que se preocuparam em conversar comigo, explicar o funcionamento do curso, dos laboratórios - aquele "caminho das pedras" aprendido pela experiência.
Sou totalmente contra qualquer forma de constrangimento em nome de tradição.
Acho que tudo já foi dito contra os absurdos do texto da universitária de Agronomia, não me alongarei na polêmica.
Para terminar, tenho 35 anos e sofria de bullying, quando a palavra nem existia por aqui, durante os primeiros anos do Ensino Fundamental, por ser negra em uma escola de classe média alta. Não tenho dúvidas: trote é bullying.
Em 2000 quando entrei na faculdade de engenharia da UFG, nós mulheres fomos obrigadas a desfilar sobre as mesas para os calouros e quem não queria, era perseguida e xingada. No ano seguinte, entrei para o CA e junto com outros colegas acabamos com essa agressão que é o trote. Em vez disso, fizemos uma aula inaugural para os calouros, íamos para um auditório, explicávamos como era o sistema da biblioteca, dos laboratórios, das aulas extras. Fazíamos uma visita pelo campus e depois da visita fazíamos um churrasco no CA, participava quem queria, sem coagir ninguém. Foram 4 anos ótimos, de integração entre os alunos, não sei como está essa entrada dos alunos agora, mas espero que a nova "tradição" tenha permanecido.
ResponderExcluirPois é Lola,fico ,continuo certa dos excessos e da estupidez desses trotes que são humilhantes sim.O comentário da veterana é um poço de aceitação idiota.achar engraçado a humilhação?é a volta a subcultura do respeito(desrespeito!).Sempre se acha uma desculpa para justificar os atos cruéis,agressivos.a historia está repleta disso!(no meu blog desdobro este assunto diante das práticas preconceituosas de gênero,racistas)ok.digamos sejam rapazes e moças imaturos e que a vida os ensinará o respeito ao longo da vida.Mas...educação,conhecimnto pressupõe respeitar humanos e animais!(o que fizeram nesse tempo de estudos até a entrada na Universidade?!!!comerem casca de banana???.Evolui´ram pouco!) Triste justificativa.preocupa os valores minguados desses jovesn se amanhã estarão no comando do país ou em postos que requer uma consciência mais justa .Em que época eles irão aprender isto?ou serão daqueles que não aprenderão e apenas justificarão atos abomináveis?uma desculpa..sim,mas não uma boa desculpa.Abraço.
ResponderExcluirNuma das faculdades onde trabalhei o pessoal que mais trazia problemas era do curso de agronoomia. Eram filhos dos donos das terras, herdeiros de pequenos e grandes latifundios no interior do PR. Por ser o curso mais caro os alunos eram intocáveis.
ResponderExcluirPor tradição eu sou o primeiro professor a dar aulas aos novatos.
Por tradição eu passo uma lista de exercícios que eles demoram quase um mês pra entregar.
um dos meus professores tinha uma tradição muito mais interessante: junto com uma prova de avaliação ele grampeava uma folha com o formulário de desistência.
Considero que trote é tortura, perseguição, ignorância e bullying.
ResponderExcluirAprenderam essas coisas onde ?
Mulheres humilhando mulheres ?
Horror, horror. Tadição pela humilhação ?
Trote deveria ser uma recepção integrada e civilizada.
Mas acredito que só em outro planeta menos animalesco.
o que mais me assustou nos comentários foi o arqumento de que o trote, mesmo humilhante, é válido porque alguém de 18 anos já deve estar plenamente apto a dizer não e resistir às pressões de grupo, coação, ameaças à integridade física, etc. quando foi que meninas e meninos deixaram de ser adolescentes e ninguém me contou?
ResponderExcluirMarcos e Elle, não é só porque vocês sabem dizer um 'Não' que devem supor que quem não consegue se impor é problemático. Há pessoas tímidas, há pessoas mais calmas e que detestam conflitos e problemas, não são apenas pessoas fracas e inseguras que não sabem dizer 'não', e, quando se quer 'recepcionar' e 'integrar socialmente' pessoas, deve, sim, ter em vista pessoas que são inseguras, que já passaram por experiências ruins em escolas ou outras faculdades, pessoas de outra cidade, pessoas do interior etc.
ResponderExcluirÉ muita prepotência e inocência esperar que todas os estudantes que chegam a universidade (em especial, as mulheres que tem tendência a serem mais inseguras devido a todo este condicionamento social) sejam empoderados e estejam preparados para lidar com todos os episódios de hostilidade típicas de universidade que surgirem.
Minha irmã me contou que, na faculdade onde ela estuda (UniCEUB, fisioterapia) teve a brincadeira de fazer as alunas lamberem banana com leite condensado. Quando o cara chamou ela e disse o que ela tinha de fazer, ela encarou ele e riu, ele olhou pro chão meio sem jeito e chamou outra garota.
Bom que ela teve cara pra zoar com o infeliz (eu de minha parte irira me segurar - ou não. - pra não descer o murro na fuça do imbecil) mas pense se ela fosse tímida, se estivesse sem graça, se quisesse se integrar, se tivesse sofrido bullying e por aí vai.
Além de todas estas questões, a pessoa ainda teria de sofrer humilhações na universidade? Para mim, pessoas assim deveria receber uma atenção especial em vista de sua condição e não ficar ainda mais vulneráveis às brincadeiras de extremo mau gosto dos outros.
Quando entrei na faculdade, no primeiro ou segundo dia, todos novatos e inexperientes.. Chegou na sala um grupo de "veteranos", alguns ficaram na porta, barrando a saída e outros foram na frente dizendo que ali não havia trote, apenas pediam alguma quantia em dinheiro dos calouros para doarem à instituição XX. Passavam um boné, e muitos ajudavam, afinal, imaginem um curso que não davam trote e ao invés disso, arrecadavam grana para uma boa ação?
ResponderExcluirNo final, quando pegaram dinheiro do último, todos começaram a rir e soltaram um: "Obrigado seus trouxas! Vamos beber galera!!"
Tenho uma birra enorme com univesitários, pois a maioria se acha a última cocada, queria não ter que fazer parte disso tudo, de tudo que a sociedade nos "obriga" a fazer, como casar, ter uma facudade, andar bem vestida, me "comportar".
A.
O pior argumento da estudante - pueril, diga-se de passagem - é o de "Quer dizer, todos podem fazer o que bem entendem, menos a gente". É quase como argumentar que muitos que cometem crimes não são punibilizados e, portanto, estou autorizada e cometer os crimes que bem entender sem que possam me processar por isso.
ResponderExcluirNão nego a seletividade existente no sistema penal - até já escrevi sobre isso no meu blog -, mas tal não é justificativa para a prática de delitos.
Ademais, comparar o trote com manifestações contra "salários injustos" - como é o caso dos professores - ou "homofobia" é por demais leviano.
Afinal, há diversas maneiras de se insurgir contra o uso do nome "gripe suína" sem que para tanto seja necessário utilizar o animal entremeio estudantes universitários.
Mas o que realmente me chocou foi ouvir de uma estudante de agronomia a frase "eles eram de uma fazenda de um veterano meu, se ele quisesse fazer um churrasco com os porcos, faríamos". Grande protesto comer a carne do porco que utilizado em uma "brincadeira" de extremo mau gosto (para não dizer coisa pior).
O dia que o trote se prestar a qualquer outra coisa que não de desculpa para humilhação e ojeriza aos calouros, por favor, avisem-me.
Até lá, avisem a essa garota que o fato de ser uma das poucas mulheres em seu curso não faz com que a atitude dos meninos seja de "muito respeito" por sua individualidade ou competência.
O que eu acho engraçado é que os veteranos realmente acreditam que "faz quem quer", não pensam um único momento que o número muito superior de veteranos pode ser muito intimidantes para os poucos calouros... E qnd vc fala isso na sequencia (como sempre) os veteranos falam que na vez deles não foi assim, eles realmente curtiram, porque é bem isso: uma única opinião na visão destas pessoas serve para anular a opinião de todos os outros.
ResponderExcluirAchei engraçado o "atrapalhou" (2 vezes) quando foi mencionada a passeata contra a homofobia - e achei no mínimo engraçado a tentativa de colocar uma passeata sobre direitos humanos no mesmo patamar de "manifestação" dos trotes.
Trote é tão idiota, tão estúpido, de uma pobreza mental tão grande... Se tem uma coisa que nunca vou me arrepender na vida será de ter deixado de ir nos primeiros dias de aula da minha faculdade, exatamente para fugir disso. Se tivesse ido com certeza teria arranjado mais confusão do que amizades...
Em 2009 tive a oportunidade de visitar a FAFICH/UFMG e conversar com professores e estudantes que estavam questionando o caráter homofóbico dos trotes de vários cursos, especialmente das exatas. A iniciativa levou a importantes mobilizações acadêmicas que colocam em questão as políticas institucionais como promotoras da violência, do preconceito, do desrespeito declarado a diversos grupos. Lembrei muito disso lendo esses posts e toda essa discussão. Pra quem quiser saber mais sobre o que aconteceu na UFMG, indico esse artigo escrito pelo Professor Marco Aurélio Máximo Prado com dois alunos/ativistas: www.cchla.ufrn.br/bagoas/v03n04art11_pradomartinsrocha.pdf
ResponderExcluirDestaco essa passagem:
"Dentro da proposta de ação política e reconhecendo a discriminação contra LGBT como violência a ser combatida, torna-se questão para o grupo um fenômeno que vinha acontecendo há alguns anos na universidade. Todo início
de semestre, grupos de calouros/as (estudantes ingressantes no ensino
superior) conduzidos/as por seus pares já iniciados/as no corpo discente da
UFMG (ou seja, veteranos/as), após serem pintados/as e vários/as apenas com
roupas íntimas, passavam em frente ao prédio da Faculdade de Filosofia e
Ciências Humanas (FAFICH) e da Escola de Belas Artes (EBA) gritando “1, 2,
3, 4... na FAFICH/Belas Artes só tem viado... 4, 3, 2, 1... eles dão pra qualquer um...”. Essa prática vinha acontecendo há anos, sem que a comunidade universitária desse conta da violência presente nesse enunciado. O GUDDS! decide entrar em contato com a administração central da universidade para questioná-la, institucionalmente, acerca da conivência do Reitorado com esse “trote”. Para isso, propôs-se que uma campanha que estava sendo empreendida junto aos/às estudantes calouros/as contemplasse o combate à
homofobia. A resposta dos responsáveis pela campanha foi que ela não pretendia especificar nenhuma forma de violência, mas combater a violência “genericamente”, não podendo privilegiar grupos específicos dentro da
universidade. E a resposta da reitoria, utilizando o artigo quarto do Estatuto da UFMG, foi de que “é vedado à universidade tomar posição sobre questões político-partidárias e religiosas, bem como adotar medidas baseadas em preconceitos de qualquer natureza. Assim sendo, entendemos como
desnecessárias quaisquer manifestações que venham a reiterar o que o Estatuto já prescreve” (GABINETE DO REITOR, 2008). Ambas as respostas não reconhecem a homofobia como violência e, assim, naturalizam o preconceito e a discriminação contra LGBT, reificando a norma heterossexista."
"Quando houve o movimento contra a homofobia, houve uma rixa entre os manifestantes e a Agronomia, onde os manifestantes começaram a gritar que somos homofóbicos."
ResponderExcluirtalvez porque logo antes do beijaço (a manifestação anti-homofobia à qual ela se refere) aconteceu que uma garota que beijava outra foi agredida com um tapa na cara por uma menina por achar nojento dentro do CAAGRO?
talvez porque durante a manifestação em resposta aos gritos anti-homofobia os membros e frequentadores do CAAGRO responderam com ofensivas do tipo: "agronomia: cama, mulher, futebol, feijão, arroz e baixaria"
talvez porque se os baldes cheios de água preparados e escondidos no parapeito àcima do CAAGRO durante a manifestação não tivessem sido fotografados, muito provavelmte teriam sido utilizados contra os homossexuais barulhentos.
talvez porque os adesivos impressos com grana conseguida pelo DCE e por outros parceiros, que foram colados por todo o trajeto da manifestação inclusive no corredor público da UNB, onde se encontra o CA, e no qual se lia só e SOMENTE: "UNB contra a homofobia" foram rasgados assim que colados (a presidente do CA na época ainda fazia questão da relevância do ato, rasgando eles lietralmente na cara dos manifestantes que alguns minutos antes tinham sido ameaçados por skinheads)em meio à gritos "no MEU CA não! ninguém aqui é gay!" "vcs estão sendo ofensivos!"
talvez por tudo isso, pessoas assim como EU tenham se sentido extremamente agredidas, e toda a repercussão, mesmo que explorada pela mídia, tenha como um fim, dar o exemplo de que consequências existem. E que nós, à quem vcs apelidaram "feministas radicais", tenhamos feito de tudo, desde a tomada de fotos, até divulgação pelo máximo de listas possíveis de direitos humanos, e até a denúncia na SPM, para impedir que mais pessoas sejam agredidas com o que você chama de "fazer o que bem entende".
Fiquei chocada com os casos na UnB relatados pela Shoujofan. Essa universidade tá se tornando um antro, não? Será devido à presença esmagadora de membros das elites locais no corpo docente e discente? Corrijam-me se eu estiver errada, mas me parece mais fácil a uma pessoa que está acostumada a mandar e que não teve limites agir de forma preconceituosa e excludente... e essas pessoas geralmente pertencem à elite social e econômica.
ResponderExcluirDeu até dó...
ResponderExcluirnem sou mais universitária e fico voltando a este tópico over and over again
ResponderExcluiro argumento da tal da "elle" chegou a me dar calafrios, vejamos:
"Todo mundo sabe que a primeira semana é trote e não tem aula, aparece lá pq quer.
E só um alienado pra entrar na faculdade sem conhecer a história dos trotes (ainda mais os recém saídos do colégio, que ouvem dos amigos histórias sobre faculdade o tempo todo)."
1) nem toda faculdade deixa de ter aula por causa de trote. posso te garantir que na Uerj e na Ufrj (estudei em ambas) tem aula na primeira semana
2) nem TODO MUNDO sabe dos hábitos universitários, em especial quem não tem amigos mais velhos e convive com pessoas da mesma idade e mesma inexperiência.
quanto mais tímido/introvertido/inseguro/anti-social, alias, maior a chance da pessoa desconhecer tais ritos
claro q, pra vc, essas pessoas são "alienadas" e tem que ser PUNIDAS pela personalidade "fraca"
é engraçado q sempre acaba na lei do mais forte (expansivo, extrovertido, "brincalhão"), né?
não é pq VOCÊ se enquadra nesse padrão de comportamento extrovertido, beberrão e vulgar que todas as pessoas tenham q ser assim tb
a forma q vc encontrou pra ser aceita é dar mole pros veteranos e encher a cara. nem todo mundo é assim, embora mtos só queiram se enturmar tanto quanto você!
a pessoa sente q só o mero fato de recusar a se participar dum troço desses vai fazê-la ser A excluída, perseguida, odiada. ninguém gosta de se sentir ameaçado, ninguém gosta de ser coagido
sim, falta maturidade. falta experiência. conhecimento. mas faz parte da transição pra vida adulta aprender a filtrar a opinião dos outros.
e como eu e outras pessoas já dissemos aqui: muita gente passa por isso com 16, 17 anos, portanto, menores de idade. seu argumento já cai por terra por aí.
e mesmo os outros não se tornaram adultos da noite pro dia, no dia de aniversário de 18 anos!
se a gente vai amadurecendo ao longo da vida toda e ainda se surpreende com a sordidez dos outros, imagina uma pessoa inocente, ingênua mesmo, recem saída do colégio, onde todo mundo conhecia os pais dela, onde ela era respeitada por isso, onde os alunos, em geral, crescem juntos e se conhecem desde pirralhos
é muita maldade dizer que TODAS essas meninas participaram pq quiseram. sim, elas consentiram, pq queriam fazer parte daquilo e lhes foi incutido q aquele era o rito de passagem. mas certamente não foi uma escolha consciente pra maioria delas
claro que sempre existirão as "elles", que chuparão a linguiça às gargalhadas e ainda fazer troça disso... mas não se pode exigir esse comportamento de todas
Bem...vamos analisar pelo lado positivo, pois pelo menos p uma coisa isso td serviu: tirar a administração da UnB do marasmo! Há anos as sucessivas administrações "têm fechado os olhos"...a questão dos trotes é apenas uma das mazelas q tem mantido a UnB em manchetes: há poucos dias, a manchete era sobre o consumo de drogas e bebidas alcóolicas, que ao contrário do que o reitor pensa, não está restrito ao tal "corredor da morte", mas sim, disseminado por todo o campus; há poucas semanas foi assalto à agência bancária do campus; há alguns meses foram assaltos a mão armada, tbe dentro do campus; há menos de um ano páginas policiais sobre aluna violentada nas imediações do campus e há alguns anos um reitor deposto e acusado de "uso indevido do recurso público"...quanto material! uma festa p os jornalistas!!
ResponderExcluirA questão dos CAs não é de agora...em particular do CA da agronomia, porém "bater de frente" com um segmento que afinal, nos últimos anos tem praticamente decidido as eleições não encoraja a tomada de decisões...foi preciso receber um "pedido de explicações" vindo de uma secretaria da presidência para finalmente abrir sindicancia!Esse CA é mais do que "reincidente"! Pq não instaurou-se sindicância antes?
Enfim...antes tarde do que nunca!!
Agora, fala sério?! esses alunos têm q melhorar muuuuuuito as suas "explicações" pq não estão conseguindo convencer ninguém no país inteiro!! e eles poderiam começar tentando convencer suas mães, irmãs, avós sobre a estratégia para integrar calouras apenas utilizando uma linguiça!! e também, devem começar a procurar e contratar ótimos advogados...do sexo masculino, é claro!!!
Simplesmente, não ficarei perdendo meu tempo discutindo isso aqui...
ResponderExcluirSó queria ressaltar alguns pontos que foram discutidos e que realmente podem contribuir contra o preconceito.
Fico admirado quando dizem que todos nós agrônomos somos elitizados, que fazemos parte de uma sociedade que não está preocupada com os problemas que o preconceito gera.
O primeiro ponto, é que muitos de nós que trabalhamos pela agricultura do país, pelo alimento, energia e outros produtos que toda sociedade utiliza, muitas veses sem consciencia do quão importante é isto para nossa economia, não somos todos filhos do agronegócio, eu por exemplo não sou rico, o nosso propósito é e sempre foi dar alimento barato a população e remunerar bem que os produz, desde o produtor familiar, aquele pobre, que está no campo lutando pra sobreviver...
Vocês que se dizem contra o preconceito poderiam não rotular nossa profissão como muitas veses foi dito aqui neste blog...
É uma fal
Sou formado no curso de agronomia da UnB.
ResponderExcluirEntendo a indignação e respeito muito os pensamentos aqui expressados. Como disse a Dilma: "prefiro o barulho da imprensa livre do que o silêncio das ditaduras!"
Participei do trote quando calouro, e foi muito, mas muito mais pesado e complicado... Gostei! A integração, em verdade, aconteceu muito mais internamente à turma, pois nos ajudamos no momento de buscar dinheiro no sol! e até hoje esses momentos rendem risadas!
Sou a favor do trote, mas do trote amplamente livre! Quer participar, Participa! Não quer, muito bom! desde que fui calouro e até hoje, é assim! E não existe essa bobeira de exclusão e não sei mais o quê... Ninguém fica marcando 40 alunos que não participam... é bobeira acreditar que alguém se dedica a esse serviço. Mas, vivemos numa democracia, qual o problema de uma pessoa querer participar e fazer isso!? é crime!? enfim... sei que não.
Acredito também que a televisão e outras mídias são muito mais agressivas do que o trote, infinitamente mais agressivas! Muito bem, concordo que um erro não justifica o outro!
Contudo, preciso finalizar aqui fazendo uma sugestão, se você não acompanhou o trote da agronomia no dia 11, se você não leu em várias fontes (O mesmo texto foi divulgado em várias mídias!), por favor preste muita atenção nos seus comentários e não haja imprudentemente tecendo raciocínios sobre fatos através de uma simples reportagem!
Existe o outro lado da moeda...
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/artigo.php?id=353
Thiago Rodrigues (Batistinha)
Engenheiro Agrônomo
Essa garota da UnB é uma vergonha mundial. Nunca vi tanta idiotice sendo proferida num tom tão casual. Ou ela é extremamente infantil e alienada ou siplesmente burra e louca.
ResponderExcluirNão pude deixar de lembrar de uma frase de Marcuse: "às vezes a alienação é tão grande que a pessoa passa a beijar os grilhões que a aprisionam" As meninas defendem o trote, "faz quem quer".
ResponderExcluirbjo bjo
Fui caloura em uma faculdade e posso dizer que meus veteranos, comedidos porém hipócritas já me enojavam.
ResponderExcluirMeus colegas que fugiram ao trote, no final do ano ficavam pensando em como torturar e humilhar os calouros. E me enojaram tanto que tive que me afastar para não perder as poucas amizades que fui capaz de fazer em um curso elitista como Relações Internacionais.
Agora realmente fico sem palavras para expressar meu profundo repúdio à essas pessoas que por simplesmente passarem do primeiro ano de faculdade, puff, parece que se tornam máquinas de imposição de violência e humilhação, tentando usar dos argumentos mais estapafúrdios para defender o trote.
se vocês lerem os comentários dos colegas da veterana na comunidade do orkut,a que 'denunciou' o trote no dftv, vocês vão ver o quanto os caras são pés-nos-ovários!!
ResponderExcluirtodo mundo rechaçando a garota cada hora por um motivo mais estúpido: "desnecessário", "daqui a pouco esse vídeo vai pro fantástico", "pq vc escondeu a cara na reportagem?","pq só agora alguém foi reclamar disso?",etc,etc
vi poucos colegas da garota respeitando verdadeiramente a opinião dela. deve ser por isso que ela sentiu o ímpeto de participar da reportagem. deve ser horrível conviver com gente assim e não conseguir ter sua opinião ouvida,levada em conta.
acho que ela fez certíssimo em dar a opinião dela na tv,talvez só assim isso cause uma mudança no modo de pensar desse pessoal.
eu insisto em repudiar e dar minha opinião talvez porque eu veja que isso não é exclusividade dos alunos desse CA.
meu pai mesmo que é engenheiro formado tbm na unb se parece muito com eles e tenho muitos problemas de relacionamento com ele devido a essa diferença de 'opiniões'.
COMO ASSIM vc trabalha e estuda ecossistema e tá pouco se fodendo p/ questões de ecologia e hábitos ecológicos no dia-a-dia?
isso me revolta!
essa é a educação que os brasileiros recebem e é de dar vergonha, é de dar cabelos brancos mesmo!!
se o pessoal de agronomia tivesse um pingo de noção e vergonha na cara, não usariam animais para brincadeiras!
e é como disseram acima: se fosse na TV, seria feio,horroroso,"uma vergonha esse país!" se vocês estão se inspirando na porra da TV pra fazer trotes desse nível, DESLIGUEM ESSA PORRA! Leiam sobre assuntos chatos como feminismo,racismo,homofobia,USEM O CÉREBRO PRA PENSAR E TENTEM EVOLUIR! PAREM DE IMITAR OS ERROS DOS PAIS DE VOCÊS!
antigamente tinha uma pichação nos muros da UnB que dizia: REVOLTEM-SE, SEUS VERMES!
já eu, picharia outra coisa: EVOLUAM, SEUS VERMES!
sério, vão se educar!!!
pensando melhor, acho até bom que esses confrontos de opiniões existam na UnB. não ouvimos falar de nada disso vindo de universidades particulares renomadas e as pessoas dessas universidades costumam manter seus preconceitos camuflados,negando-os.
ResponderExcluirse vc esconde,não debate, vc não aprende.
por mais que o comentário dessa veterana a favor do trote tenha sido amplamente rejeitado, foi bom que ela tenha se mostrado e dado a opinião dela. corajoso e honesto.
espero mesmo que vocês repensem essas 'tradições'.
porque mesmo que o que vocês dizem FOSSE verdade("não somos homofóbicos,machistas",etc) vocês têm enorme influência em quem admira a UnB, quem quis estudar lá, passar lá. e os resultados disso não são nada bons quando pessoas de fora se deixam levar por essas 'brincadeiras' da unb (sofri o resultado disso na pele em um dos churrascos da UnB).
vocês precisam aprender a levar o debate do politicamente correto mais à sério, trazer bons frutos pra sociedade não só na área de estudo de vocês,mas também na área social. Agricultura, engenharia, tecnologia não se resumem em si mesmas! São todas em prol do coletivo, da sociedade, do interesse público. Se vocês são tão bons assim, passem uma imagem melhor da nossa UnB no próximo trote!
Detesto ver minha universidade em decadência devido à falta de senso crítico dos alunos.
ps: desliguem a tv se é ela que está derretendo as boas idéias de vocês.PELAMOR.
Sinceramente, estou perplexo com o que li aqui. Tenho 16 anos e estou prestes a entrar na UnB. Sinto ânsia de vômito só de imaginar uma cena com garotas lambendo linguiças.
ResponderExcluirDiante do cenário aqui exposto, me pergunto se fiz a escolha certa ao optar por esta universidade. De que adianta ter bons cursos, um nome cotado, se nesse lugar a maioria ainda não atingiu nível de esclarecimento suficiente para enxergar os absurdos que estão ocorrendo?
Estive buscando na internet maneiras de evitar trotes porque, a princípio, não gostava da idéia de pegar dois ônibus de volta pra casa cheirando a ovo e sujo de tinta, mas vejo que foi em vão porque não posso correr o risco de perder algo importante faltando a toda a primeira semana de aula.
É patético que seja imposto a um novo aluno escolher entre a humilhação inicial ou o ostracismo pelo resto do curso. Ainda pior é não ver que isso acontece sim, porque conversei com amigos que já estão lá há um semestre e todos confirmam que quem não participa dos trotes tem 100% de chances de ser excluido, ou no mínimo, de ser vítima de olhares enviesados e piadinhas de mau gosto por anos.
Sei que provavelmente não vou escapar de, na melhor das possibilidades, "ovos perdidos" e "jatos de tinta relâmpago" porque tenho responsabilidade suficiente para cumprir minhas obrigações e vou comparecer no primeiro dia.
Concordo com seus textos, Lola, sobre a esdrúxula defesa escrita por esta aluna. Sinto-me extremamente envergonhado em saber que o lugar que escolhi para me formar em Química também seja um refúgio para quem pratica rituais tão primitivos e degradantes.
Desculpe-me por levar tudo ao nível pessoal, mas estou realmente assustado com tudo isso e temo que o pior ainda venha.
Muito obrigado pelas valiosas informações.
N. F. N.
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ResponderExcluirNFN, vamos torcer para que o curso de Química seja diferente do de Agronomia. Eu conheço algumas pessoas da UnB que são ótimas, então nem tudo está perdido. E, quem sabe, talvez depois desse trote escandaloso os outros cursos repensem suas práticas. Talvez os trotes passem a ser proibidos, ou a Reitoria fixe regras severas (com punições) para os trotes. É o que eu e, imagino, muita gente espera que seja feito.
ResponderExcluirÉ absurdo que um menino de 16 anos tenha que passar por qualquer uma dessas atrocidades para ser "aceito". Ou que tenha que faltar à primeira semana inteira de aula de uma universidade PÚBLICA (que não pertence a ninguém, muito menos a veteranos fascistas) para não ser torturado.
Vamos torcer para que, na época em que vc tiver filhos indo pra universidade, trote seja apenas uma triste lembrança, uma lenda urbana do tipo "Vc não vai acreditar no que alguns universitários faziam 40 anos atrás". Boa sorte!
Ô invertebrados, vão procurar o que fazer, ficar perdendo tempo com trote é algo de pessoas que não tem respeito com o próximo, e com o dinheiro público das universidades, vão se intreter com coisas mais interessantes para o país.
ResponderExcluirA brincadeira foi de quinta categoria, baixa.
ResponderExcluir- Ninguém falou nada?
Quanta hipocrisia.
Um aluno disse que alguns caras tiveram ereção durante a palhaçada. "Tudo muito inocente"...
Foi um "casting" inocente para um filme pornô.
ResponderExcluirQuanta hipocrisia!!!
E esta garotada escreve muito mal.
Como alguém tem coragem de postar um discurso aqui sem ao menos revisar o português?
Li esse post agora, porque tava participando de uma discussão sobre trotes, joguei no google e parei no meu blog favorito. <3
ResponderExcluirAcho importante que a Lola poste esses textos que vão contra a filosofia dela, é válido apresentar uma contraposição pra dar ao leitor mais abrangência da causa.
Ah... tinha uma resposta pronta, antes de ler os comentários. Uma pessoa que se pronuncia contra o manifesto anti-homofobia e a greve dos professores, não merece resposta. Merece silêncio.
No meu curso LETRAS de uma universidade FEDERAL não teve nada disso. Gente civilizada é outra coisa, né?
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