Uma das razões pelas quais não considero que Kate Winslet tenha sido bem escalada pro papel de Sarah (embora essa seja uma das grandes performances de sua carreira) em Pecados Íntimos (2006, um dos melhores dramas da década, na minha opinião) está nessa descrição do romance de Tom Perrotta, como se o narrador estivesse lendo o pensamento de Todd/Brad (Patrick Wilson, o bonitão de Watchmen, O Fantasma da Ópera e O Vizinho): “It didn't seem to matter that Sarah wasn't his type, wasn't even that pretty, at least not compared to Kathy, who had long legs and lustrous hair, and knew how to make herself as glamorous as a model when you gave her a reason to. Sarah was short and boyish, slightly pop-eyed, and a little-angry-looking when you got right down to it. She had coarse unruly hair and eyebrows that were thicker than Todd thought necessary. But so what?” (Perrotta 46).
Minha tradução, pobrinha: “Não parecia importar que Sarah não fosse seu tipo, que não fosse nem tão atraente, pelo menos não se comparada a Kathy, que tinha longas pernas e cabelo lustroso, e sabia como se fazer glamurosa como uma modelo quando você desse a ela um motivo pra isso. Sarah era baixa e andrógina, com os olhos vagamente saltados, e com uma aparência um pouco agressiva, se você olhasse bem. Ela tinha cabelo áspero e desarrumado e sobrancelhas que eram mais grossas que Todd achava necessário. Mas e daí?”. Não acredito que alguém leu essa descrição da personagem e pensou: “Putz, é a cara da Kate Winslet, aquela feiosa!”.
Pelo menos a escolha do Patrick pra interpretar o bonitão foi mais do que adequada. Acho esse trecho do livro interessantíssimo:
“At any other time in his life, he wouldn't have even looked twice at her, wouldn't have had the imagination to see past her sharp-featured, not-quite-pretty face, her less-than-stunning body. Why would he? He'd always been the kind of guy who could get the obvious girls, the pretty ones with haughty expressions and legs-up-to-here, the short sexy ones with the big brown eyes and the improbably large breasts, the would-be models, the willowy Asians, the hotties who caused a stir walking down the beach or past a row of lockers, the ones who'd never been without a boyfriend since the day they turned eleven, the girls most other guys knew better than to even make a play for. He'd never had to make the adjustments and compromises other people accepted early in their romantic careers, never had a chance to learn the lesson that Sarah taught him every day: that beauty was only part of it, and not even the most important part, that there were transactions between people that occurred on some mysterious level beneath the skin, or maybe even beyond the body. He was proud of himself for wanting her so badly. It made him feel like he'd grown up a little, expanded his vision, like he'd traveled to a faraway place or learned to appreciate an exotic food” (Perrotta 145-6). Vou tentar traduzir: “Em qualquer outra época de sua vida, ele não teria nem olhado duas vezes para ela, não teria tido a imaginação de ver além do seu rosto duro, não muito bonito, ou seu corpo menos que deslumbrante. Por que olharia? Ele sempre fora o tipo de cara que pegava as garotas óbvias, as bonitas com expressões insolentes e pernas até aqui, as baixinhas sexy com os grandes olhos marrons e os seios improvavelmente grandes, as que se tornariam modelos, as orientais esbeltas, as gostosas que causavam tumulto andando na praia ou nos corredores da universidade, as que nunca ficaram sem namorado desde o dia em que completaram onze anos, as garotas que a maioria dos caras sabia que nem deveria se aproximar. Ele nunca teve que fazer os ajustes e acordos que outras pessoas aceitavam cedo nas suas carreiras amorosas, nunca teve a chance de aprender a lição que Sarah lhe ensinava todo dia: que a beleza era só uma parte, e nem a parte mais importante, que havia outras transações entre as pessoas que ocorriam em algum nível misterioso sob a pele, ou talvez até além do corpo. Ele tinha orgulho de si por desejá-la tanto. Isso o fazia sentir-se mais maduro, como se tivesse expandido sua visão, como se tivesse viajado para um lugar distante ou aprendido a apreciar uma comida exótica”. Ha ha, adoro como um cara tão imaturo, tão infantil como Todd/Brad, pode pensar-se mais adulto simplesmente por desejar uma mulher não bonita! E também amo a comparação com a comida exótica. O Perrotta é ótimo, gente.Esse parágrafo já vale o livro, porque tá tudo lá: o privilégio de um lindo rapaz que, por ser privilegiado, nem percebe as vantagens que tem em ser bonito. E eu acho esse um tema interessante: como deve ser ser deslumbrantemente atraente? Quais são os benefícios na vida? Volta e meia aparece alguma pesquisa indicando que pessoas atraentes conseguem melhores empregos, e por isso ganham mais. E ontem mesmo a gente tava falando do bullying que se manifesta na escola contra qualquer desvio do padrão. E aí, existe diferença de gênero nessa vantagem de estar dentro do padrão de beleza? A gente sabe que há um preconceito de que mulher bonita é automaticamente burra, se bem que acho que as vantagens de ser bonita num mundo que exige isso do sexo feminino são muito maiores que as desvantagens. Mas e pros homens bonitos, existe esse preconceito também? Há uma expectativa que um homem lindo se junte a uma mulher linda? Homem lindo é mais arrogante? (isso é legal no livro e no filme, porque Todd/Brad é inseguro pacas).E tanto o livro quanto o filme são muito inteligentes porque, depois dessa reflexão toda, Todd diz a sua amante que beleza é superestimada. E Sarah, que não é nem nunca foi bonita (ao contrário da Kate Winslet), que conhece melhor a realidade, pensa: Que babaca! Só alguém lindo desse jeito pra dizer uma besteira dessas!
Pelo menos a escolha do Patrick pra interpretar o bonitão foi mais do que adequada. Acho esse trecho do livro interessantíssimo:
“At any other time in his life, he wouldn't have even looked twice at her, wouldn't have had the imagination to see past her sharp-featured, not-quite-pretty face, her less-than-stunning body. Why would he? He'd always been the kind of guy who could get the obvious girls, the pretty ones with haughty expressions and legs-up-to-here, the short sexy ones with the big brown eyes and the improbably large breasts, the would-be models, the willowy Asians, the hotties who caused a stir walking down the beach or past a row of lockers, the ones who'd never been without a boyfriend since the day they turned eleven, the girls most other guys knew better than to even make a play for. He'd never had to make the adjustments and compromises other people accepted early in their romantic careers, never had a chance to learn the lesson that Sarah taught him every day: that beauty was only part of it, and not even the most important part, that there were transactions between people that occurred on some mysterious level beneath the skin, or maybe even beyond the body. He was proud of himself for wanting her so badly. It made him feel like he'd grown up a little, expanded his vision, like he'd traveled to a faraway place or learned to appreciate an exotic food” (Perrotta 145-6). Vou tentar traduzir: “Em qualquer outra época de sua vida, ele não teria nem olhado duas vezes para ela, não teria tido a imaginação de ver além do seu rosto duro, não muito bonito, ou seu corpo menos que deslumbrante. Por que olharia? Ele sempre fora o tipo de cara que pegava as garotas óbvias, as bonitas com expressões insolentes e pernas até aqui, as baixinhas sexy com os grandes olhos marrons e os seios improvavelmente grandes, as que se tornariam modelos, as orientais esbeltas, as gostosas que causavam tumulto andando na praia ou nos corredores da universidade, as que nunca ficaram sem namorado desde o dia em que completaram onze anos, as garotas que a maioria dos caras sabia que nem deveria se aproximar. Ele nunca teve que fazer os ajustes e acordos que outras pessoas aceitavam cedo nas suas carreiras amorosas, nunca teve a chance de aprender a lição que Sarah lhe ensinava todo dia: que a beleza era só uma parte, e nem a parte mais importante, que havia outras transações entre as pessoas que ocorriam em algum nível misterioso sob a pele, ou talvez até além do corpo. Ele tinha orgulho de si por desejá-la tanto. Isso o fazia sentir-se mais maduro, como se tivesse expandido sua visão, como se tivesse viajado para um lugar distante ou aprendido a apreciar uma comida exótica”. Ha ha, adoro como um cara tão imaturo, tão infantil como Todd/Brad, pode pensar-se mais adulto simplesmente por desejar uma mulher não bonita! E também amo a comparação com a comida exótica. O Perrotta é ótimo, gente.Esse parágrafo já vale o livro, porque tá tudo lá: o privilégio de um lindo rapaz que, por ser privilegiado, nem percebe as vantagens que tem em ser bonito. E eu acho esse um tema interessante: como deve ser ser deslumbrantemente atraente? Quais são os benefícios na vida? Volta e meia aparece alguma pesquisa indicando que pessoas atraentes conseguem melhores empregos, e por isso ganham mais. E ontem mesmo a gente tava falando do bullying que se manifesta na escola contra qualquer desvio do padrão. E aí, existe diferença de gênero nessa vantagem de estar dentro do padrão de beleza? A gente sabe que há um preconceito de que mulher bonita é automaticamente burra, se bem que acho que as vantagens de ser bonita num mundo que exige isso do sexo feminino são muito maiores que as desvantagens. Mas e pros homens bonitos, existe esse preconceito também? Há uma expectativa que um homem lindo se junte a uma mulher linda? Homem lindo é mais arrogante? (isso é legal no livro e no filme, porque Todd/Brad é inseguro pacas).E tanto o livro quanto o filme são muito inteligentes porque, depois dessa reflexão toda, Todd diz a sua amante que beleza é superestimada. E Sarah, que não é nem nunca foi bonita (ao contrário da Kate Winslet), que conhece melhor a realidade, pensa: Que babaca! Só alguém lindo desse jeito pra dizer uma besteira dessas!
Lembrou agora um velho colega de redação, o Maximino. Ele costumava dizer, com orgulho:
ResponderExcluir"Os feios como nós é que sabem tratar bem uma mulher. Homem bonito acha que, só por estar com ele, ela já vai ficar feliz, não precisa fazer mais nada."
Marcos
"Beleza é superestimada, diz um cara lindo". Numa história de ficção. Period.
ResponderExcluirLola, não quero me indenficar ao fazer esse comentário e mais abaixo você entenderá o por que. Se quiser excluí-lo, fique a vontade.
ResponderExcluirA beleza acima do padrão, assim como estar abaixo dele é como uma maldição.
Aos 17 anos eu era o que toda garota gostaria de ser: Loira, alta(1.75M), pernas compridas, seios grandes, coxa grossa e pesava 53 Kg, eu realmente me achava linda, um máximo, adorava quando os garotos mexiam comigo, ficavam "babando", até por que eu fui uma criança que demorou a desabroxar, magrela, alta e desajeitada, quando fiz 14 anos e comecei a criar corpo de mulher, achei que meu mundo seria perfeito. Então aos 17 anos, alguém, atraído por essa "Beleza", mas que não sabia receber um não, me violentou, me machucou, me fez a pior coisa da minha vida. Desse dia em diante, passei a usar roupas largas, a não cuidar dos cabelos ou das unhas, deixar a pele ressecada. Eu tinha medo que acontecesse outra vez.
Alguns anos depois, engordei 25 Kg, dos quais já perdi 5 Kg, e hoje sofro com comentários maldosos por eu estar gordinha.
Tudo ao extremo é ruim, para a vida e para a saúde, física e mental.
Obrigada pelo seu depoimento, Anônima. Sinto muito que vc tenha sido violentada. Mas não dá pra dizer se isso aconteceu por vc ser linda. Afinal, muitas mulheres são estupradas (as estatísticas chegam a até um terço das mulheres). Não precisa ser bonita pra ser estuprada ou abusada sexualmente – basta ser mulher (criança também é um grande grupo de risco). Assim como mulheres fora do padrão de beleza também ouvem grosserias nas ruas, mulheres não consideradas bonitas também são abusadas. Até porque estupro (e grosserias na rua) tem mais a ver com poder e violência que com sexo em si.
ResponderExcluirEspero que vc consiga superar isso. É muito comum mulheres que sofreram abuso sexual “desleixarem' da aparência, como vc descreve. Mas essa atitude é uma forma de se culpar. Vc está dizendo que foi estuprada por ser linda. Mas não foi culpa sua, entende? Não foi por algo que vc fez ou algo que vc é. A culpa é toda do estuprador.
Ser belo envolve ser desejável, e infelizmente as pessoas não entendem que seu desejo não se estende ao outro, pensam "Alguém belo do modo que desejei, É MEU".
ResponderExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirEu também acho a kate Winslet linda, mas ela não é acima do padrão da indústria de entretenimento. Por isso ela se encaixa no perfil descrito no livro, afinal, quem eles iriam colocar...não existe atriz de primeira linha que seja feia ou totalmente fora do padrão, né? Fiquei curiosa quanto a que atriz você acharia apropriada para o papel.
ResponderExcluirAcho que beleza é superestimada mesmo e por isso as pessoas que não são belas sofrem...por outro lado as muito belas também sofrem. É como ser muito ric@: vc nunca sabe se a pessoa gosta mesmo de você ou se está com você porque você é lind@ (ou ric@).
OiLola,tchdju bem?
ResponderExcluirMuito legal o post mas é ficção mesmo sabe,os caras da vida real,feios ou lindos reparam muito no físico da garota e se algo não agrada correm atrás da primeira loirinha peituda que aparecer.
Bruna Gonçalves
Acho a Kate linda. Mas me lembro que quando ela foi indicada para o Oscar por Titanic, a Capricho fez uma grande reportagem e um dos pontos era o fato de a atriz ser uma menina feia e gordinha que tinha conseguido um feito inimaginável para alguém com o tipo físico dela. Esse mundo de celebridades sabe ser muito cruel, se ela é considerada representante das feias, nem quero pensar o que eu seria considerada. Felizmente não leio mais revistas femininas há muito tempo.
ResponderExcluirAna Paula
Talvez Todd seja uma personagem com um grande egotismo.
ResponderExcluirEle se culpa por ser bonito e acha que se fará um bem ao estar do lado de alguem que ele ache não tão bonita, bonita suficiente para ele.
Dai então ele resolve sua pequena questão moral dando a si o premio de generoso.
Ou então ele quis ver tudo por esse angulo simplesmente.
:D
também acho esse um dos melhores dramas da década. tipo de filme que quando termina você tem que assistir de novo pra descobrir em qual parte dele ficou um pedaço de você.
ResponderExcluirmas já notei que sempre que o cinema precisa de uma atriz para interpretar a feia, mas que seja uma boa atriz, a kate é escolhida. ela é linda, mas acho que fazem isso porque ela não tem medo de ficar feia. e tentam deixá-la feia descabelando e tal, colocando roupas que não favorecem, e não conseguem deixar feia.
como ela não esquelética, ela é feia, será?
Eu acho que o problema maior é "se achar" bonito, ser bajulado por isso, sei lá... já conheci caras que, para mim, eram muito bonitos mas que, por não se importarem muito com a própria aparência, não eram nem um pouco arrogantes; por outro lado, tb conheci outros que "se achavam" bonitos e eram um verdadeiro entojo por causa disso. É verdade o que o "almanaque" falou: em geral, esses tipos desprezam as mulheres, pq acreditam que podem conseguir qq uma. Daí ser tão raro encontrar um cara bonito com uma moça considerada feia.
ResponderExcluirCom as mulheres, a banda toca de um jeito um pouco diferente, né? Ser bonita é meio que nossa "obrigação". Então - embora isso esteja mudando, sem dúvida - uma mulher bonita não necessariamente adquire esse "poder" de conquistar quem ela quiser... é mais fácil que ela se torne um objeto de adoração e até que sofra abusos por conta disso (vide casos dos antigos 'sex symbols', como a coitada da Marilyn Monroe). Ainda no caso da Marilyn: justamente por representar perfeitamente o padrão de beleza da época, ela JAMAIS foi levada a sério, sendo escalada apenas para papeis de "loira burra" - por mais que ela provasse o quanto sabia atuar.
Já as mulheres feias... bom, essas não têm vez, né? É bullying na infância, bullying na vida adulta, "patrulha" a toda hora acusando vc de não estar nos padrões pq não quer... realmente, deve ser mais fácil lidar com as consequências de "ser bonita".
Acho a Kate Winslet deslumbrante e maravilhosa. E acho q homens lindos, se sabem q são lindos, são bem arrogantes, grossos e babacas no geral. Aliás, basta um cara achar q é lindo pra agir assim, então não faz mta diferença.
ResponderExcluirLola, meu irmão é muito bonito, do tipo que chama atenção, já eu sou feio, sem graça... e é impressionante como as pessoas o tratam melhor do que a mim. Desconhecidos e até mesmo familiares. Ele é sempre o preferido, o escolhido... então eu acredito sim que a vida de alguém bonito tende a ser mais fácil, melhor.
ResponderExcluirO único preconceito que o vejo sofrer e ser pré-julgado como metido, antes de as pessoas o conhecerem, por ser bonito. Mas os benefícios são muito maiores do que os preconceitos, tanto que eu trocaria de lugar como ele fácil fácil, hahaha.
E ele tem uma namorada que não é bonita nem feia, normalzinha de tudo. Muitas pessoas já chegaram a falar pra ele que ele poderia arranjar alguém mais bonita, que ela 'não se compara com ele', que é um desperdício ele ser bonito e namorar alguém não bonito. Enfim, coisas desse tipo. Aliás, dentro da minha família tem gente que desgosta da minha quase cunhada pq ela não é considerada bonita o suficiente para o meu irmão. Então eu acredito sim que as pessoas acham que homem bonito tem por obrigação namorar mulher bonita.
A Kate não tá só interpretando uma mulher feia? Assim, por questões comerciais hollywood não admite que uma mulher feia de verdade seja protagonista de um filme. Será que não é mais por aí? Só pensei nisso pq nos filmes tipo american pie a menina "feia" e desajustada em geral é uma bonita de óculos ou qquer coisa assim.
ResponderExcluirDe uma certa forma a Kate foi enfeiada no filme. Acho que só a vi menos bonita que isso em Íris. Ela até atende à descrição, se a gente considerar que no cinema a noção de "average looking" é léguas mais bonita que a "average looking" das ruas. A não ser que a personagem tenha que ser feia de verdade, o cão chupado manga, aí eles capricham mesmo.
ResponderExcluirAh, eu conheço um preconceito contra homem bonito: é sempre gay, não importa se o cara tenha cantado a própria mãe... rsrsrs
ResponderExcluirlola, minha tia dos eua trouxe o abstinece teacher pra mim dos eua, eu pedi pra ela dps que li a resenha no seu blog. ainda nao li todo, mas eh mt interessante. comprei o criancinhas tb (little children), esse que gerou o pecados (que ainda nao vi! chuif) por 9,90 na leitura (nao sei se tem essa livraria em todos os lugares) e gostei muito! mas vc nao acha que ele as vezes trata o feminismo da sara com muito desdem? enfim, eu tinha que falar mais pra vc entender meu ponto de vista, mas to meio sem tempo agora....beijos
ResponderExcluirKate winslet é um arraso a parte, não?
ResponderExcluirp.s: a pressa me fez escrever tudo mei confuso, mas da pra entender ne? hehe beijos
ResponderExcluircada um usa arma que tem. quem é belo que utilize a beleza pois ela não é eterna. e nada e ponto acabado. se vc se sente feio e isso lhe faz mal trate de se arrumar pra ficar bonito. posso ser um mau leitor, talvez seja, mas o que fica parecendo no texto é que somente o belo reina. uma prisao sem saida.
ResponderExcluirNão só as jovens, mas os jovens também estão sendo extremamente afetados por esses padrões ideais de beleza.
ResponderExcluirÉ só ver o tanto de garotos por aí se entupindo de anabolizantes para tentar ficar com o "corpo do Cristiano Ronaldo".
Recomendo:
http://veja.abril.com.br/060900/p_088.html
Lolissima eu devia ir para a cama onde tem um homem razoavelmente lindo me esperando... rs... mas o calor nao deixa... entao to aqui! ou seja, nao tem nada que me refresque mais!:)
ResponderExcluirCurioso ver seu post hoje sobre este filme! Eu o assisti em 2007, ainda na suecia, e ate havia esquecido que tinha escrito um post ENORME, claro!, sobre ele...
lendo seu texto agora vejo como tomamos vias de analise totalmente diferentes... acho que filme bom e assim mesmo... Da para pensar em um monte de coisa ao mesmo tempo!
Meu enfoque foi na brincadeira do titulo em ingles e o que significa "Little children" no desenrolar do filme...
eu havia percebido o gostosao lindo no filme e como enfeiaram a Kate para o papel da esposa desarranjada que cria fantasias no bonitao, mas sei la na epoca meu enfoque estava bem para a questao etica do papel dos dois.
boa noite! 30 graus a meia noite e meia em sao paulo! eu nao aguento!
ah! o link caso por um acidente voce tambem esteja acordada e tenha tempo entre tanta aula e prova...
http://borboletapequeninanasuecia.blogspot.com/2007/07/little-children-porque-crescer-difcil.html
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu tenho um primo que é deficiente, tem um certo retardo mental. O engraçado é que ele é bonito. Ele é loiro, + ou - 1,80m, tem cabelo ondulado como o do Fábio Assunção, tipo físico esbelto, definido, uma magreza bela, barriga tanquinho natural que eu não consigo nem com muita abdominal... Ele realmente não escolheu ser assim, nem bonito, nem deficiente. Um dia ele me disse que sabia a data do aniversário, mas não sabia a data do nascimento, não sabe mexer com dinheiro muito bem, essas coisas. Uma vez ele chegou em casa com o cabelo todo picotado porque participou do trote do curso de Medicina. Ele achou legal a movimentação, resolveu se enturmar e aí...
ResponderExcluirHá poucos dias, no aniversário da minha mãe, ele me contou, como quem fala de alguma banalidade, que deixara de estudar. Fazia a quinta série (vai completar 19 anos este ano), está agora apenas freqüentando um psicólogo três vezes por semana e fará supletivo no próximo semestre. Eu nem sei se ele entende o quanto é triste o que ele falou, já que pareceu que ele contava uma noícia qualquer. Eu fiquei mortificado. Ele tem um irmão, igualmente bonito e com olhos verdes de bônus, que gosta dele, mas é muito irresponsável. A mãe e o pai (separados) também não dão bom exemplo: são muito chegados numa cana. Apesar de a família ter uma boa situação financeira, eu temo muito pelo futuro dele.
Enfim, beleza não se escolhe, né. Convive-se com a que tem.
Eu achei muito triste o relato da anônima ali em cima. O pior é ela não se cuidar mais. Minha cara, não faça isso, por favor. O que aconteceu foi só um acaso. A vida ainda tem muita coisa boa para você.
"O que eu adoro em ti,
Não é a tua beleza.
A beleza, é em nós que ela existe.
A beleza é um conceito.
E a beleza é triste.
Não é triste em si,
Mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza."
Manuel Bandeira
Gostei de "Pecados Íntimos", mas não o considero um dos melhores dramas da década passada. A Kate, aliás, teve momentos mais inspirados nos últimos 10 anos.
ResponderExcluirantena-livre.blogspot.com
Ainda sobre bullying me senti muito incomodada com o que a Rede Globo fez com a Paulinha do BBB mostrando com destaque ela comendo 8 fatias de pão na madrugada enquanto os outros dormiam. Achei desnecessário e puro bullying apenas por ela ser gorda como eu sou e me senti agredida. Ouve um sádico destaque e o apresentador fez várias piadas com isso chamando inclusive de "espetáculo dantesco" uma simples alimentação e a mesma foi rechaçada e humilhada ao vivo pelos outros participantes que ainda fizeram questão de destacar que a mesma ainda tinha comido uma lata de doce de leite na festa. E daí? qual o problema? Ela me parece ser uma pessoa muito bem resolvida mas ao invés disso ser mostrado ocmo uma coisa boa é logo destruido de modo a favorecer o bullying. A moça não resistiu e acabou chorando. Uma covardia.
ResponderExcluirAcho que os caras bonitos são no geral sim mais arrogantes.primeiro que,num país machista e onde tem mais mulher que homem,o cara pode ser o frankstein depois de batida de carro que tem um monte de mulher querendo,se for bonito então.mas acho que a arrogância acaba com a beleza.Como todo mundo eu gosto de caras bonitos,mas se o cara se acha muito perde a graça.Ninguém aguenta ficar perto.No entanto,creio que pros homens possa ter algumas desvantagens em ser bonito.primeiro tem aquele boato homofóbico de sempre;homem bonito = gay.Depois,tenho a impressão que as pessoas consideram homens bonitos como não sérios.Pode ser impressão minha,mas raramento vejo um cara bonito no comando de uma empresa ou algo do tipo.Até em profissões onde a aparência é valorizada,como no "meio artístico".Vez ou outra um ator bonito ganha um papel realmente denso,onde ele pode provar que sabe atuar.Na maioria das vezes esses papéis ficam pra atores feios ou velhos.
ResponderExcluirUma coisa que sempre me perguntei foi a razão de existir tantos homens bonitos E inteligentes com mulheres simplesmente bonitas. E ocas. Alguém mais já se deu conta disso?
ResponderExcluirE não é um juízo de valor proconceituoso dizer que as mulheres são ocas, são situações que eu tive a oportunidade de constatar o fato. Acho que mesmo para homens bonitos e inteligentes, que apreciam mulheres capazes de sustentar conversas um pouco mais complexas e fora do lugar comum que a maioria, no fim das contas, escolher uma parceira bonita pesa mais. É o que quer a sociedade, afinal.
Raiza, sou homem e a coisa não é bem assim não. Normalmente, é MUITO mais fácil pra mulher "arrumar" homem do que o contrário.
ResponderExcluirEnfim, dê uma olhada em blogs masculinistas e você vai entender do que eu tô falando.
É claro que não vou conseguir achar o texto nos meus emails, mas lembrei dele de cara.
ResponderExcluirFalava do caso entre o príncipe (ô coisa fora de moda) Charles e a Camilla Parker Bowles.
Focava exatamente no fato de que a Camilla não é uma mulher "bonita"; perto da Lady Di, então...
Mas enquanto a mídia esculachava a Camilla, esse texto frisava como o Charles não tava nem aí para o padrão de beleza. Ele gostava da Camilla desde sempre. Foi "obrigado" a casar aos 33 com uma "beldade" de 20 anos por formalidades da realeza (pfff), mas continuou gostando mesmo era da Camilla, que tinha 34 na época do casamento do Charles com a Diana.
Eu amei o texto. Eu continuo não gostando muito do Charles, mas passei a apreciar esse lado dele.
Ah, e passei a gostar mais do Pierce Brosnan também.
E esse também foi um dos motivos de eu ter gostado da série Crepúsculo: o lindo do Edward (o personagem do livro, não o ator que o representa) se apaixona perdidamente pela Bella, que era "sem graça" e "desajeitada".
interessante esse post, pena que ja e velho, mas vou comentar mesmo assim. voce fala sobre uma coisa que eu chamo de "equivalencia estetica". e essa nocao tacanha de que uma pessoa linda (according to who, nao sei) deve sempre se juntar a outra pessoa linda. eu, por exemplo, pareco essa descricao ai da sarah: baixinha, gordinha, morena, cara redonda, pernas de zagueirao do madureira (como os pias la de casa costumavam descreve-las). casada com um sujeito loiro, alto, olhos verdes, atletico. no dia do meu casamento, meu pai vira pra mim e diz "ce toma cuidado que ele e muito bonito pra vc". ou as amigas q dizem "ah, desse finalmente vc sente ciumes" (comparando com meu ex, gordinho, por quem eu me sentia tambem atraida). so que, pro meu marido "bonitao", eu sou atraente sim e ponto final. mas, infelizmente, eu nao sou tao segura quanto poderia ser uma personagem de livro e a gente ainda briga muito por isso, geralmente de forma inconsciente.
ResponderExcluir