Deve ser extremamente incômodo ver um diretor famoso fazer um filme sobre a sua vida aos 19 anos, contra a sua vontade. Na vida real, Mark Zuckerberg doou cem milhões de dólares para o sistema educacional de uma cidade americana no mesmo dia em que A Rede Social estreou. Imagino que ele não queira ser visto como um panaca. Como eu disse na outra crônica sobre o filme, desgostei do sujeito automaticamente, desde sua primeira aparição. E gostei da namorada que termina com ele, e lhe diz: “Você vai passar a vida toda achando que as mulheres que você quer vão te ignorar por você ser um nerd. Não é por você ser um nerd, é por você ser um babaca”. Pois é, qual a dificuldade de rapazes com esse frat boy mentality entenderem que, de maneira geral, as mulheres são bem pouco exigentes? É, a gente não liga tanto pra aparência (obviamente que um cara bonito vai chamar a atenção, mas isso não quer dizer que deixaremos de namorar alguém por ser feio). E, ao contrário do que pensam os misóginos (hoje em dia tá na moda dizer que mulher só quer engravidar e receber pensão, como se a população feminina fosse um bando de parasita que não trabalhasse), mulheres não ligam muito pra dinheiro. Lembre-se que eu já tive uma agência de casamento, ok? Sei do que estou falando. As moças jovens não procuravam um cara rico, mas um cara que tivesse vontade de batalhar, e de crescer junto com elas. Queriam também um sujeito carinhoso, bem-humorado, ótimo amante, bom pai, que compartilhasse as tarefas da casa. Sabe essas mulheres que, se formos confiar nos misóginos, só querem os cafajestes e desprezam os caras bonzinhos? Essas eu não conheci. Todas queriam o bonzinho. Mas pelo jeito é muito difícil prum homem ser tudo isso, então ele se convence que mulheres só querem seu dinheiro. Simplifica a vida pensar assim, né?
Só um carinha com frat boy mentality pra pensar que vai agradar as mulheres ter um cartão de visita da sua empresa que diga “I'm CEO, bitch” (algo como “Sou presidente da empresa, vadia”). Sabe, isso é como medir tamanho de pênis. É uma competição exclusivamente masculina. Mulher não se importa muito com tamanho de pênis, não. Nem do bíceps. E, acredite, o tamanho da conta bancária entra nessa lista. É uma competição entre machos, que pouco interessa as mulheres.
Mudando de assunto, todo mundo em Rede tá perfeito. O papel mais duro deve ser o do Mark, interpretado por Jesse Eisenberg. Mark tem apenas uma expressão, nunca ri, é só cinismo e raiva. Jesse parece vazio boa parte do tempo, o que não é um sentimento fácil de passar. Pode render uma indicação ao Oscar a um rapaz que, até agora, era só uma imitação do Michael Cera (de Superbad e Juno. Mas Mark fez o fofo Zumbilândia no ano passado, que vi outro dia e gostei – aqui tem o trailer legendado. E sabe quem em Zumbilândia menciona a palavra Facebook? Mark, claro! Não é uma coincidência?).
Justin Timberlake está atraindo muitos holofotes, porque seu papel é puro showbizz, mas pra mim quem se sai melhor é Andrew Garfield, que faz Eduardo, o melhor e único amigo de Mark. Ele é o mais humano e multifacetado de todos os personagens. Agora, num filme com tão poucas mulheres (com diálogos), fica estranho que uma das raras, a namorada oriental de Eduardo, seja pintada como uma psicopata. Aquela cena dela fazendo escândalo não parece ter função na história. Mas pelo menos contém uma piadinha útil: o co-fundador do Facebook revela não saber como alterar seu perfil.
Porém, o que ficou na minha cabecinha o tempo todo enquanto via o filme era uma palavrinha que ninguém menciona (nem em Rede nem nas críticas): orkut. Já ouviu falar? Então, hoje o Orkut tem 100 milhões de usuários, e cerca da metade é brasileira. Tá cheio de indianos também. Aliás, os americanos começaram a debandar do Orkut e ir pro Facebook justamente quando o português se tornou a língua mais falada. Mas, pelo que sei, em 2003 o Google quis comprar o Friendster. Como o Friendster não aceitou, o Google contratou um programador/engenheiro/whatever pra fazer o Orkut (esse é o nome do cara). O Orkut surgiu um tiquinho antes do Facebook e, pra mim, ambos são parecidíssimos e fazem a mesma coisa. Só que ninguém em A Rede cita o Orkut. E só eu que penso que isso equivale a mais ou menos tratar da invenção do avião e só falar nos Irmãos Wright, fingindo que um sujeito chamado Santos Dumont não existiu?
E, pra finalizar, ou quase, eu não sou fã incondicional do David Fincher. Não gosto de Clube da Luta, seu filme mais conhecido. Nem lembro de Alien 3, sua primeira direção. Seven é legal (fiquei fascinada com o Kevin Spacey que, inclusive, é produtor de A Rede). Devo ser uma das poucas a lembrar de Vidas em Jogo. Quarto do Pânico é passável (vejo qualquer coisa com a Jodie Foster). Zodíaco é chato. O Curioso Caso de Benjamin Button nem parece obra do Fincher, e envelhece mal com o tempo. Mas devo dizer que A Rede Social entretém, e muito. Aaron Sorkin, que ama diálogos e política (são dele Uma Questão de Honra e Jogos do Poder, além da série The West Wing), entregou um roteiro lindamente amarrado. E Fincher fez o que sabe fazer.
Rede poderia ser um biopic bem convencional, centrando-se unicamente na figura do Mark. Mas não. A beleza do filme está em apresentar vários pontos de vista, sem exatamente condenar ninguém (quer dizer, pra mim o Mark é condenável, mas tenho certeza que pro Fincher não é). Seria muito fácil fazer dos gêmeos lindos e atléticos, nascidos em berço de ouro, uns vilões idiotas. E no entanto eles têm nuances, como podemos ver na conversa com o diretor de Harvard (que sai mal na foto, por não compreender um fenômeno como o Facebook).
E, se tudo mais falhar, pelo menos Rede apresenta a cena mais homoerótica do ano, aquela dos musculosos remadores competindo em Londres. Homens de camisa regata em câmera lenta, o que mais se pode querer? Um cartãozinho de visitas do Mark Zuckerberg?
Só um carinha com frat boy mentality pra pensar que vai agradar as mulheres ter um cartão de visita da sua empresa que diga “I'm CEO, bitch” (algo como “Sou presidente da empresa, vadia”). Sabe, isso é como medir tamanho de pênis. É uma competição exclusivamente masculina. Mulher não se importa muito com tamanho de pênis, não. Nem do bíceps. E, acredite, o tamanho da conta bancária entra nessa lista. É uma competição entre machos, que pouco interessa as mulheres.
Mudando de assunto, todo mundo em Rede tá perfeito. O papel mais duro deve ser o do Mark, interpretado por Jesse Eisenberg. Mark tem apenas uma expressão, nunca ri, é só cinismo e raiva. Jesse parece vazio boa parte do tempo, o que não é um sentimento fácil de passar. Pode render uma indicação ao Oscar a um rapaz que, até agora, era só uma imitação do Michael Cera (de Superbad e Juno. Mas Mark fez o fofo Zumbilândia no ano passado, que vi outro dia e gostei – aqui tem o trailer legendado. E sabe quem em Zumbilândia menciona a palavra Facebook? Mark, claro! Não é uma coincidência?).
Justin Timberlake está atraindo muitos holofotes, porque seu papel é puro showbizz, mas pra mim quem se sai melhor é Andrew Garfield, que faz Eduardo, o melhor e único amigo de Mark. Ele é o mais humano e multifacetado de todos os personagens. Agora, num filme com tão poucas mulheres (com diálogos), fica estranho que uma das raras, a namorada oriental de Eduardo, seja pintada como uma psicopata. Aquela cena dela fazendo escândalo não parece ter função na história. Mas pelo menos contém uma piadinha útil: o co-fundador do Facebook revela não saber como alterar seu perfil.
Porém, o que ficou na minha cabecinha o tempo todo enquanto via o filme era uma palavrinha que ninguém menciona (nem em Rede nem nas críticas): orkut. Já ouviu falar? Então, hoje o Orkut tem 100 milhões de usuários, e cerca da metade é brasileira. Tá cheio de indianos também. Aliás, os americanos começaram a debandar do Orkut e ir pro Facebook justamente quando o português se tornou a língua mais falada. Mas, pelo que sei, em 2003 o Google quis comprar o Friendster. Como o Friendster não aceitou, o Google contratou um programador/engenheiro/whatever pra fazer o Orkut (esse é o nome do cara). O Orkut surgiu um tiquinho antes do Facebook e, pra mim, ambos são parecidíssimos e fazem a mesma coisa. Só que ninguém em A Rede cita o Orkut. E só eu que penso que isso equivale a mais ou menos tratar da invenção do avião e só falar nos Irmãos Wright, fingindo que um sujeito chamado Santos Dumont não existiu?
E, pra finalizar, ou quase, eu não sou fã incondicional do David Fincher. Não gosto de Clube da Luta, seu filme mais conhecido. Nem lembro de Alien 3, sua primeira direção. Seven é legal (fiquei fascinada com o Kevin Spacey que, inclusive, é produtor de A Rede). Devo ser uma das poucas a lembrar de Vidas em Jogo. Quarto do Pânico é passável (vejo qualquer coisa com a Jodie Foster). Zodíaco é chato. O Curioso Caso de Benjamin Button nem parece obra do Fincher, e envelhece mal com o tempo. Mas devo dizer que A Rede Social entretém, e muito. Aaron Sorkin, que ama diálogos e política (são dele Uma Questão de Honra e Jogos do Poder, além da série The West Wing), entregou um roteiro lindamente amarrado. E Fincher fez o que sabe fazer.
Rede poderia ser um biopic bem convencional, centrando-se unicamente na figura do Mark. Mas não. A beleza do filme está em apresentar vários pontos de vista, sem exatamente condenar ninguém (quer dizer, pra mim o Mark é condenável, mas tenho certeza que pro Fincher não é). Seria muito fácil fazer dos gêmeos lindos e atléticos, nascidos em berço de ouro, uns vilões idiotas. E no entanto eles têm nuances, como podemos ver na conversa com o diretor de Harvard (que sai mal na foto, por não compreender um fenômeno como o Facebook).
E, se tudo mais falhar, pelo menos Rede apresenta a cena mais homoerótica do ano, aquela dos musculosos remadores competindo em Londres. Homens de camisa regata em câmera lenta, o que mais se pode querer? Um cartãozinho de visitas do Mark Zuckerberg?
Bem lembrado, aqueles gêmeos são as duas unicas coisas que valem o ingresso. Depois disso fui logo pra internet e fiz a triste descoberta que eles são apenas um. :/
ResponderExcluirSO mais uma coisa: pq homoerotica, Lola? As mulheres tbm gostam!
ResponderExcluirLola estava querendo assistir a esse filme, mas agora com 2 críticas quero ver ainda mais. Eu gosto mais do Orkut, embora agora pareça estar em desuso. Todos estão indo pro facebook que eu acho confuso e os debates nas comunidades não são aprofundados como no orkut.
ResponderExcluirMuita gente acha que Orkut serve apenas para bisbilhotar a vida dos outros, mas exixtem comunidades muitos organizadas e muito boas mesmo com debates incríveis.
Já o facebook parece um local onde as pessoas marcam a balada, fazem joguinhos (eu já fui viciada em Mafia Wars) e quizzes. Ah, comentam o status do outro.
Li uma vez que Orkut agora é terra sem dono. Parece que "pertence" aos anunciantes já que os americanos realmente perderam o interesse e estão investindo só no facebook, mesmo. Interessante seria se os brasileiros e os indianos invadissem também o facebook. O que eles iriam fazer?
O Marcelo Janot do Telecine não gostou do filme.
ResponderExcluirhttp://blog.telecine.globo.com/platb/cultblog/2010/12/15/a-rede-social/
"Por favor, alguém me explique o que credencia “A Rede Social” a ser bem cotado para o Globo de Ouro e para o Oscar, a conquistar prêmios da crítica americana e a ser aplaudido de pé pela crítica brasileira. Não consegui enxergar nada além de uma direção preguiçosa, que pouco faz para fugir de uma estrutura engessada presente-flashback-presente, e que supervaloriza um blá-blá-blá incessante e desinteressante. Nada no filme me surpreendeu para além do pouco que eu sabia da história do fundador do Facebook. Talvez o que tenha me incomodado mais seja o fato de eu, apesar de curtir facebook e redes sociais, não conseguir compartilhar todo esse entusiasmo orgasmático dos personagens por muito dinheiro, mulheres fúteis, glamour e tudo o mais que o dinheiro pode comprar. E o diretor David Fincher podia ter nos poupado daquela cena, completamente supérflua e descontextualizada, da competição de remo, onde ele parece apenas querer se exibir para mostrar que é capaz de dirigir o próximo comecial da Nextel. Enfim, morri de tédio com “A Rede Social”, mas se vocês discordam, podem tentar me convencer de que o errado sou eu."
Lola,
ResponderExcluirAh sem esse papo do orkut vai!
O orkut pode ter vindo primeiro, mas quem soube gerenciar melhor a ideia? (mesmo que não fosse propriamente de sua autoria). Foi o Zuckenberg com o Facebook, o google até hoje tem dores de cabeça com o orkut que é mal gerenciado, pegue como exemplo o próprio google, antes dele já haviam diretórios de pesquisa e buscadores, mas quem se saiu melhor? Pq soube gerenciar melhor o produto de uma idéia que não era original, a principio, mas que foi melhorada.
Para começar a interface e a engenharia de informação do Facebook é muito melhor que o orkut! Que a cada dia quer ser mais Facebook...
E sem essa do Santos Dumount tb! Ele acoplava balões em seus aeromodelos, bem diferete dos irmão wrigth, ele tb fazia uma caixa tosca que o operador ficava em pé e atráz do que seria a alavanca de direção e motor do "avião".
Sobre o filme, eu acho que ele foi meio enfadonho, justamente por querer ficar em cima do muro, mas no fundo o diretor meio que inocentou ou tentou amenizar a culpa ou a "babaquice" do Mark.
Ele pode ser escroto como ser humano, mas que ele é inteligente ele é.
Niemi
Já falei tanto de Rede Social no twitter, então vou falar apenas 2 coisas.
ResponderExcluir1- eu também adoro Vidas em Jogo.
2- só você para fazer de um post sobre um filme, uma resposta feminista a "o que as mulheres querem"
Adorei!
beijos
Muito bom o seu comentário sobre a cena da namorada do Eduardo. A cena toda é péssima e a caracterização da namorada é igualmente ruim. Sò que a fala dele é muito importante para compreender o filme. Ela demonstra bem a diferença entre os dois protagonistas. Não é apenas uma questão de caráter, mas cada um deles expressam formas diferentes de subjetivação. É por essas e outras que o filme é muito irregular. Úm abraço. Leandro
ResponderExcluirOi lola, só não entendi pq não gostou do clube da luta.
ResponderExcluirThiago Beleza
Eu achei um bom filme, mas queria que fosse uma abordagem mais sociológica das redes sociais. Até entendo que este não tenha sido o objetivo, foi um estudo de personalidade do fundador do facebook que acabou sendo eficiente por justamente não condenar nem glorificar (pra mim também é um babaca). Em compensação, a imparcialidade na questão da frat boy mentality não funcionou. Não achei legal só mostrar por mostrar sem fazer nada com este assunto. O que me incomodou mais foi a convencionalidade de toda a produção, roteiro apenas correto e direção sem ousadia. Agora estou na torcida pela indicação do Jesse Eisenberg e é uma pena que A Rede tenha tudo pra levar o Oscar. Existe um documentário lançado este ano chamado Catfish que dizem que é um ótimo complemento para o filme do Fincher e estou achando que este doc contém o que eu não encontrei na Rede.
ResponderExcluirAcho que esse conflito entre orkut e Facebook é a vertente tecnológica para conflitos de classe:
ResponderExcluirviajar pra bolívia X viajar para
europa
Guarujá X praia grande
Coca-cola X Dolly
facebook é elitista pq tem mais gringo. Orkut é popular, todo mundo acessa e justamente por isso "perdeu a graça". Esse é o conceito da Elite. As coisas só são legais qdo restritas...cansei de ouvir que o Orkut virou uma merda depois da incusão digital...
É como praia particular, carro importado, viajar de avião.. tdo isso perde o sentido qdo a ralé passa a usar.
Triste...
Thiago Beleza
Eu perdi alguma coisa ou os Irmãos Wrigth eram aqueles que arremessavam seus "aviões" e o Santos Dumount, aquele que fez algo sair do chão e voltar pro chão por força/"engenhesa" da própria máquina (chame de avião se quiser)????
ResponderExcluirOi Lola!
ResponderExcluirAchei esse post seu muito interessante! Ainda mais na parte sobre o Orkut pois eu estou ouvindo as pessoas falarem muito ultimamente: ''orkut é coisa de pobre'', ''se o twitter ficar em português os pobres, do orkut, vão aparecer e estragá-lo'' e ''ah não, estão orkutizando o tumblr (uma espécie de microblog, em que as pessoas colocam muitas fotos e microtextos, menor que o blogger, maior que o twitter) ao colocar textos em português nele'' ou coisas do tipo. Eu fico impressionada que as pessoas que dizem isso são jovens, que deveriam dar mais valor a nossa língua! Como se o fato de ser em inglês tornasse uma rede social mais chique, ou se pelo fato de ter poucos brasileiros uma certa rede social deve ter mais importância. Eu particularmente estou cansada de ouvir coisas assim, mas elas aparecem pra mim a todo momento...
Só queria deixar esse comentário mesmo e dizer que amo seu blog! Ele tem me ajudado a abrir muito a minha mente em relação a diversos aspectos, e sou muito grata por isso. Quanto ao filme A Rede Social, eu até pensei em ver... mas não sei se vale a pena...
Beijos
Lola, assista "A Lula e a Baleia". Jesse está muito bem nesse, e parece q é um preview do papel dele nesse.
ResponderExcluirCris,
ResponderExcluirem que livro de história vc leu que os irmãos Wright "arremessavam" seus aviões ao chão?
Deve ser o mesmo que dizia que Santos Dumount "fez algo sair do chão e voltar pro chão por força/"engenhesa" da própria máquina".
Enquanto o Dumount ficava na França promovendo seus balões com asa, os irmãos Wright já faziam testes bem sucedidos.
Santos Dumont foi o primeiro homem a voar numa máquina que se deslocou do chão, voou e aterrisou pelos seus próprios meios. Isto é um fato histórico reconhecido no planeta e por toda a comunidade aeronáutica.
ResponderExcluirEle foi um cidadão do mundo, criou uma máquina e publicou o manual de construção nos principais jornais da época, sem patenteá-lo por que assim o quis. Achava que seu invento era para a humanidade usufruir.
Os americanos, são uma fraude nesta “corrida” para saber quem voou primeiro, pois ninguem viu, ninguem filmou, ninguem fotografou. E eles falam desses dois picaretas como se fossem os reais inventores. Não são, nunca serão e a verdade está registrada por filmagens históricas, que o próprio Santos Dumont pagou de seu bolso para serem produzidas e não deixar dúvidas. Não há discussão a esse respeito. É só isso.
Então, puro sentimento de bunda-suja (referindo ao Show NO BRASIL em que a madona entra no palco e grita E AÍ SEUS BUNDA-SUJAS).Certas opniões são claramente baseadas em conceitos idiotas de superioridade dos países de primeiro mundo. Se um Brasileiro faz uma parada, registra e documenta sua invenção, ele perde para gringos que dizem ter feito a mesma parada sem nenhum registro...
ResponderExcluiré a mesma idéia de quem da graças a deus pelos europeus terem colonizado a américa latina, com o argumento de que não seríamos civilizados se assim fosse.
O debate esta interessantíssimo, mas estamos fugindo do foco.
Voltemos ao filme, que até fiquei curioso pra assistir,,...
Thiago Beleza
Tudo que provém da cultura e capacidade dos povoso do continente latino-americano e Africano são consideradas coisas é lixo, é falso, não é bom suficiente se comparado aos feitos do velho mundo (cujo desenvolvimento só foi possível graças a escravização de outros povos... isso que é capacidade hein)...
Nossa.. cagueio no último comentário aí, mals.. não consigo apagar.. aqui vai acertadinho..:
ResponderExcluirEntão, puro sentimento de bunda-suja (referindo ao Show NO BRASIL em que a madona entra no palco e grita E AÍ SEUS BUNDA-SUJAS).Certas opniões são claramente baseadas em conceitos idiotas de superioridade dos países de primeiro mundo. Se um Brasileiro faz uma parada, registra e documenta sua invenção, ele perde para gringos que dizem ter feito a mesma parada sem nenhum registro...
é a mesma idéia de quem da graças a deus pelos europeus terem colonizado a américa latina, com o argumento de que não seríamos civilizados.
Tudo que provém da cultura e capacidade dos povos do continente latino-americano e Africano são consideradas coisas inferiores, é falso, não é bom suficiente se comparado aos feitos do velho mundo (cujo desenvolvimento só foi possível graças a escravização de outros povos... isso que é capacidade hein)..
O debate esta interessantíssimo, mas estamos fugindo do foco.
Voltemos ao filme, que até fiquei curioso pra assistir,,...
Thiago Beleza
Dentre os vários mitos citados aí, vamos por parte;
ResponderExcluir1. A questão do dinheiro, dizer que mulher não se importa, brincadeira, se pelo menos houvesse alguma tentativa de explicação por exemplo Infelizmente é verdade, pois a mulher durante muito tempo foi condicionada ao lar sendo dependente finaceira do marido e a sua psique não superou a comodidade de, por exemplo, o marido pagar a conta e não ela. eu até teria algo para condordar
2. Dizer que mulher não liga para aparência, novamente se dissese a mulher hoje conquistou o direito ao prazer no relacionamento, não só no sexo, ela deseja que o homem esteja atraente para ela, da mesma forma que ela sempre precisou estar para o marido eu até teria o que concordar.
3. mulher não liga para o tamando do pênis, brincadeira, no próprio Orkut, na maior comunidade feminista que tem lá várias mulheres relataram que preferiam pênis grande para ter prazer no sexo.
outra, o avião de Santos Dumont dava pulinhos ( história politicamente incorreta do Brasil) três anos antes os Irmãos Wright inventaram o avião na presença de várias testemunhas.
Quanto ao filme, talvez muitas mulheres não gostem porque David Fincher enfatiza sempre a questão do masculino, Fight Club, muitas mulheres não gostão porque há poucas mulheres no filme, o filme passa uma tal coisa de virilidade que muitas mulheres ficam icomodadas, mas o filme é ótimo, tem muita filosofia ali.
lolinha, vim aqui só pra te pedir pra olhar o statement oficial do teatro oficina a despeito de uma de suas integrantes, que perdeu a guarda do filho por participar de um teatro pornográfico (a montagem premiada de dionísio).
ResponderExcluirA história é macabra e pede uma de suas irretocáveis articulações!:
http://teatroficina.uol.com.br/menus/45/posts/423
bibi, que loucura!!!
ResponderExcluirSó não consegui entender porque a Elaine cesar está na UTI. Foi porque ela teve que entregar o filho?
tem um link com explicação do caso aqui
ResponderExcluirhttp://www.consciencia.net/agencia/mulher-perde-guarda-do-filho-por-trabalhar-no-teatro-oficina-classificado-como-pornografico/
Lola,
ResponderExcluirtenho perfil tanto no FB (desde 2007) quanto no Orkut (2006, quando ainda era necessário ser convidado), e desde o começo achei a arquitetura e o layout do FB muito superiores. Hoje meu Orkut anda meio às moscas, não só porque boa parte do meu círculo de amigos já debandou pro FB, mas também porque este realmente se espalhou, e assim consigo manter contato com pessoas de todos os cantos do planeta.
Quanto ao filme, é bom a gente lembrar que ele usa como base um livro que conta a história pelo ponto de vista dos que processaram Zuckerberg. O Mezrich, autor do livro, confessou que fez alguns 'fill in the gaps' na história, então fica meio difícil saber com exatidão o que de fato aconteceu (mas parece óbvio que o moço passou mesmo a perna nos outros, o acordo extra-judicial não deixa muita dúvida quanto a isso...).
Pelo que já vi do Zuckerberg (existem algumas entrevistas dele disponíveis pela internet), a interpretação do Eisenberg é mesmo muito boa.
Falei um tiquinho sobre o filme lá no blog, mas não com o seu enfoque, que foi muito bom, btw.
Abraço,
Mônica
@madamemon
Gosto do seu blog.
ResponderExcluirMas nem todos os machos são babacas. Nem todas as mulheres são legais à beça. Sei, sei... não é isso que vc pensa. Só que às vezes parece.
Tá bom, Lola, eu vou ver o filme! hahaha (nem tinha ficado com vontade de assistir, mas depois das suas críticas, estou curiosa)
ResponderExcluirNa mesma "vibe" desse seu post, como vc comentou sobre "o que querem as mulheres", vai esse vídeo que encontrei um dia desses:
http://tvuol.uol.com.br/#view/id=cincia-do-sex-appeal--acessrios-para-chamar-aten-04029A3966E4A16307/mediaId=8649395/date=2010-12-15&&list/type=tags/tags=6931/edFilter=editorial/
Ele diz porque as mulheres, teoricamente, ficariam encantadas por homens que têm bons carros! Nunca vi coisa mais idiota. Assista, pq vale um post :P
Lola, um off topic:
ResponderExcluir@renata_arruda @alexcastrolll
Mulher perde guarda do filho por trabalhar no Teatro Oficina, classificado como “pornográfico”. http://migre.me/30GhA via @ALuizCosta
Eu imagino que vcs vao me massacrar pelo que eu vou dizer, mas vamos lá. A coisa da mulher objeto eu acho que a culpa é, em boa parte, delas mesmas.
ResponderExcluirConvenhamos, o que duas meninas que não entendem nada de computação estavam fazendo numa reunião do Facebook?
Eu acho que tem muita mulher que gosta de ser tratada assim, que gosta que as pessoas reparem apenas na aparência e não se preocupam muito em oferecer alguma coisa a mais. E eu não tenho pena NENHUMA delas.
Se você se comporta como objeto, vai ser tratada como tal.
É aquele clichê: valorizar-se para ser valorizada.
Looolaaa, você não gostou de O clube da Luta?!?!?
ResponderExcluirÉ o melhor filme do universo!!!
(só pra compartilhar minha surpresa)
Lola, concordo com algumas observações suas, mas acho perigoso cair na generalização dos homens sem noção e mulheres boazinhas. Conheço muitas, muitas mulheres pelas quais sinto vergonha alheia nível cinco mil. E alguns - poucos - homens que enxergam as mulheres com outros olhos.
ResponderExcluirBjo
Larissa
O ator que interpretou Dustin nesse filme é o mesmo que fez o garotinho do Jurassic Park.
ResponderExcluirNa verdade, não é que mulheres não se preocupam com dinheiro, beleza e tamanho do pênis. É que homens não se interessam por mulheres assim. E, geralmente, mulheres só são assim quando nenhum homem se interessa por ela. Não estou dizendo que todas só vão sair com o cara se ele tiver os três itens, mas elas costumam pesar isso sim. Entretanto, boa parte dos homens correm atrás de mulheres frutas, modelos, atrizes ou simplesmente gostosas. E mesmo assim, nem todas se preocupam com os "três itens", mas eles aindam dão um jeito de querer aquelas que se importam.
ResponderExcluirÉ uma coisa do tipo: eles gostam de mulheres que se licham para o verdadeiro "eu" deles.
(não me referia à todos os homens, só aos revoltados com as mulheres ditas interesseiras).
Como alguém disse ai em cima o Mark conta que a intenção dele ao criar o FB não era "arranjar" mulheres, já que ele já tinha uma namorada quando criou a rede e permanece com ela até hoje. A história é contada por vários vieses a partir do livro, mas nele falta a versão de Mark que se recusou a ser entrevistado.
ResponderExcluirObviamente, muito do que acontece no filme tem a ver com a realidade, principalmente relativos ao litígio na justiça, mas resumir a história do cara ao que é contado no filme acho, ao menos, injusto.
Apesar de tudo gosto de filme e muito de seus méritos estão no roteiro.As atuações estão tbm estão excelentes.
Sobre o orkut, eu tou achando ele ruim dps de todas essas mudanças na interface.
ResponderExcluirAquela barrinha de status, oi? não é twitter! Aquele chat, oi? Não é msn!
Eu entro no orkut pra olhar comunidades e/ou recados, mas infelizmente acho terrível aqueles joguinhos aparecendo na minha página, as fotos de fulano, o nome de fulano e um monte de porcarias.
Gostava bem mais de como era antigamente...
E sobre o facebook? Só criei pra pararem de me convidar e quer saber?
Mais do mesmo...
Essa reportagem apesar de ser da fAlha é bastante interessante:
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u15410.shtml
1-) O Facebook quando surgiu ele se apresentava como uma alternativa mais sofisticada ao MySpace nos EUA. E há uma diferença de funções, já que o Orkut sempre foi péssimo para coisas como trocar artigos e links, o que certamente explica seu fracasso nos EUA.
ResponderExcluirÉ natural que haja esta distinção de funções, inclusive porque problemas no Orkut como spammers não são pequenos.
2-) Olha, sou um tipo bizarro de marombeiro(Tenho fixação com musculação mais como esporte que para ficar usando camisetinha de alcinha por aí), mas tamanho de biceps conta sim.
O assédio e os olhares aumentaram bastante(E muito desse assédio não é exatamente desejável) com o tamanho dos braços.
O vôo dos irmãos Wright não preencheu as condições que haviam sido estabelecidas na época para distinguir um vôo verdadeiro de um salto prolongado. Já Santos Dumont cumpriu esses critérios. Fica aqui a dica de uma excelente leitura: o livro do Paul Hoffman, Asas da Loucura (Wings of Madness).
ResponderExcluirNiemi e Mauricio,
ResponderExcluirO avião não foi inventado pelo Santos Dumont, nem pelos irmãos Wright. O avião foi inventado por vários. Agora o vôo que deu origem a aviação foi feito pelo Santos Dumont sim. Os irmãos Wright não conseguiram tirar o avião do chão por conta própria, eles precisaram sair de uma colina (conhecido como salto prolongado). O Santos Dumont conseguiu. Esse detalhe foi essencial e é o que dá ao Santos Dumont o título de inventor da aviação (e não do avião).
Foi impressão minha ou você julgou e condenou o cara so baseado num livro escrito por outro cara que não gostava dele? Acho que a tua critica do filme pode ser interessante mas quando critica o Mark é completamente leviana.
ResponderExcluirQuanto a orkut e facebook, eu particularmente, acho o face anos luz superior ao orkut, um layout muito mais estético e interessante, a facilidade de enviar links, e em comparação com o orkut, ainda não achei muitas comunidades estupidas como vejo no orkut. Possivelmente existem mas elas não batem a minha porta.
Quanto as mulheres não ligarem pra grana, musculo e tamanho do pênis, sei não, acho que você esta levando em consideração as meninas que lêem o teu blog. A realidade mesmo, aquela massa imensa de mulheres que precisam de um homem pra cuidar delas economicamente é bem real. E muita mulher que eu conheço discute o tamanho do pênis e ninguém gosta de coisa pequena. Quanto aos musculos... quantas vezes no teu blog você elogiou caras bombados??
Niemi, é, não por acaso foi no mesmo lugar que li. Aliás, foram. Em entrevistas, documentários e no museu do Santos Dumont. Ah, também nesse link se vc quiser dar uma olhada e verificar a informação que eu tenho...
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL40402-5603,00.html
É bem interessante, no final da página tem um quadro que facilita entender a cronologia.
(pronto, pra facilitar, copiei o quadro aqui, espero que goste ;)
Para o alto e avante:
O avião não foi inventado da noite para o dia. Foi preciso que homens de coragem (sobretudo para testarem suas engenhocas) e que acreditavam no sonho de voar dessem asas à imaginação
Dirigível Nº 6
19/10/1901 – Santos Dumont faz o primeiro vôo controlado com um dirigível, dando a volta na Torre Eiffel e retornando ao ponto inicial, percorrendo 11 quilômetros em pouco mais de meia hora (esse com balão)
Flyer
17/12/1903 – Orville e Wilbur Wright fazem o primeiro vôo controlado de um avião propulsionado com motor, percorrendo 852 pés com o Flyer. Mas o avião precisava de uma catapulta para decolagem
14 Bis
23/10/1906 – o brasileiro decola com o 14 Bis no primeiro vôo homologado da história. Ele percorre 60 metros, a 3 metros de altura. Em 12/11, ele bate seu próprio recorde, voando 220 metros, a 6 de altura (esse sem balão)
Demoiselle
17/11/1907 – Dumont voa com o Demoiselle. Um dos modelos mais seguros da época, foi produzido por diversas fábricas e virou destaque da Primeira Exposição Aeronáutica, em Paris
Voisin
13/1/1908 – Com o Voisin, Henri Farman bate o terceiro recorde da história da aviação, fazendo um percurso de 1 quilômetro. Alguns meses mais tarde, bateu sua própria marca e chegou a 2 quilômetros
Flyer
31/12/1908 – Os Wright voam 124 quilômetros e estabelecem um recorde esmagador. Apesar do desempenho no ar, o modelo ainda usava a catapulta para conseguir sair do chão
Bleriot
25/7/1909 – Bleriot atravessa o Canal da Mancha em seu monoplano Nº XI, mostrando que era possível transpor as fronteiras naturais entre os países. É o início da era moderna da aviação
Que os homens são mais superficiais na escolha para um relacionamento, isso é, pra mim, inegável. Mas muitas mulheres se interessam, sim, por dinheiro, bíceps e pênis. Assim como muitos homens se interessam por bundas, peitos e coxas. Não sei dizer onde está a maioria deles ou delas nas preferências. O problema é se ater apenas aos discursos. O discurso feminino é o do homem compreensivo e companheiro. Para os homens, não é socialmente reprovável dizer que se interessam apenas pela aparência. Imagine alguém chegando numa agência e dizendo: quero um homem rico. Por outro lado, é socialmente aceito que um homem diga que quer uma mulher com uma aparência assim e assado. Na prática, existem mulheres que querem homens companheiros e homens que querem mulheres companheiras. Como disse, não sei quantas mulheres e homens querem um ou outro tipo. Só sei que o discurso não necessariamente reflete o desejo.
ResponderExcluirALGUEM ME EXPLICA A PARTE ONDE SAO ESCOLHIDOS OS ESTAGIARIOS PARA ENTEGRAR O FACEBOOK,NAO ENTENDI NADA.
ResponderExcluirLola eu lembro do Vidas em jogo, por sinal um filme ótimo que dá uma angustia danada! Ounn eu também vejo qualquer coisa com a Jodie!!. Não ia ver A Rede, uma colega já tinha me avisado como era machista e tinha perdido a vontade. Depois de ler seus dois posts tive vontade de ver e poder analisar o filme exatamente por isso :-)
ResponderExcluirAdorei sua crítica, Lola, tive quase a mesma visão.
ResponderExcluirAchei que lembra Cidadão Kane, essa ideia de contar uma biografia por meio de flashbacks enquanto o espectador vai descobrindo junto com um personagem do filme. No caso de A rede, junto com a advogada que na última cena diz que o Mark não é um babaca.