Ontem vi o debate da Globo quase inteirinho, só dormindo em algumas partes, porque ninguém é de ferro. Mas hoje acordei de ressaca, achando que aquilo foi uma total perda de tempo. Não houve confronto. Cada um falou sobre o que queria, tanto que Plínio, que não disse absolutamente nada de relevante, passou o tempo todo pedindo voto.
O engraçado é que a Globo acha que o formato de debate que adotou (e que é basicamente idêntico ao das outras emissoras) é favorável à troca de ideias. E não é. No início houve uma explicação quilométrica sobre as regras do debate. E na segunda frase ninguém tava prestando atenção, independente dos gráficos computadorizados que a emissora incluiu. Não funciona. Isso eu aprendi dando aula, porque a gente estuda sobre como passar instruções pros alunos. O melhor método é ir explicando enquanto se faz. De nada adianta expor todos os detalhes antes (até porque não é tão complicado assim; eles não estão falando de física quântica). Portanto, eu ri alto quando, depois de toda aquela explicação das regras, o Bonner disse que foi o matemático Osvald de Souza que programou tudo. Deve ter programado pros outros debates também, que foram todos meio sem emoção.
E de cara já detestei o cenário. O que estava atrás do Bonner era tão feio que pedi pro maridão ajustar a antena da nossa TV, porque parecia que tava tudo fora de foco (depois percebi que aquilo é o logo da Globo pra essas eleições, argh). Quando surgiu aquele troço transparente atrás de cada candidato, parecendo um tubo, o maridão perguntou: “O que acontece se eles erram alguma resposta? Aquilo se enche de água e afoga eles?”.
Senti uma enorme diferença entre a Dilma dos primeiros dois blocos do primeiro debate, o da Band, com a de agora. Parece outra candidata. Segura, não gagueja, controla bem o tempo. E ela mostrou firmeza e foi espontânea ao responder ao escárnio de uma parte do público (que riu quando ela falou das doações estarem todas registradas) com um “Lamento o riso de quem tem outras práticas”.
O Plínio, a meu ver, foi o contrário da Dilma, no sentido de começar mal a campanha e ir melhorando. Plínio causou sensação no debate da Band, e foi desinflando, desinflando... Ele deve ser o único dos quatro que não crê na vitória da Dilma. Não falou coisa com coisa sobre funcionalismo público, não mostrou proposta nenhuma, e ainda foi grosso. Achei péssimo.
Marina e Serra são muito chatinhos de ouvir, monótonos mesmo, tanto na forma quanto no conteúdo. Tenho que admitir que, ou eu ando cansada demais, ou as vozes dos dois servem como cantigas de ninar para os meus ouvidos. Ninguém acredita que Serra vai aumentar o salário mínimo pra 600 reais. É aquilo: por que não fez nos oito anos do seu governo? Ou nos 16 de SP? Suas promessas são todas vazias. Por isso, o melhor momento de Marina no debate foi quando ela perguntou a Serra se ele queria fazer alguma autocrítica em relação a tudo de mal que falou do Bolsa Família. Serra, óbvio, é adepto do “Esqueçam o que escrevi” do seu padrinho político FHC. E, nesse caso do Bolsa Família, os tucanos querem que esqueçamos tudo que eles, seus aliados demos, e seus eleitores, escreveram, falaram, e publicaram sobre um programa de distribuição de renda que vem dando tão certo que está sendo copiado em outros países.
Em comparação com suas participações anteriores, Marina melhorou, porque piorar era impossível (ela foi quem se saiu pior nos primeiros debates). Mas também tem um discurso vazio, pertencente a um partido que está perdidinho (o Gabeira no Rio é apenas o melhor exemplo disso). A participação mais eficiente de Marina nos debates foi no anterior, da Record. Não neste.
Serra é o de sempre. O jornal inglês The Independent o definiu muito bem no artigo em que prevê a vitória de Dilma e diz que ela será a mulher mais poderosa do mundo: uninspiring. Certamente Serra não é um candidato que inspira. Tanto que pouquíssima gente vai votar nele. Vai votar é contra o PT. O candidato de direita poderia ser qualquer um, e esse público cativo votaria nele. No caso, calhou de ser o Serra, que vestiu a camiseta reaça com tanta desenvoltura que é como se tivesse nascido com ela.
Ontem eu fiquei com a impressão que o debate foi morninho, sem grandes emoções, sem vencedores ou perdedores. Quero dizer, pra mim quem perdeu foi o Plínio, que não consegue nem mais fazer rir. Certo, ele nunca teve chance de vencer, mas pra mim ficou patente ontem como não tem propostas, como tem dificuldade pra preencher um discurso por mais de um minuto, como não está aberto ao diálogo. Se, após o primeiro debate, eu disse que me identificava mais com ele (embora eu vote em partidos, e não votaria num partido nanico como o PSOL), hoje digo que não vejo nada de positivo no Plínio.
Mas essa foi minha impressão ontem. Hoje acordei com a sensação de que, se eu não tivesse visto o debate, não teria perdido nada.
E de cara já detestei o cenário. O que estava atrás do Bonner era tão feio que pedi pro maridão ajustar a antena da nossa TV, porque parecia que tava tudo fora de foco (depois percebi que aquilo é o logo da Globo pra essas eleições, argh). Quando surgiu aquele troço transparente atrás de cada candidato, parecendo um tubo, o maridão perguntou: “O que acontece se eles erram alguma resposta? Aquilo se enche de água e afoga eles?”.
Senti uma enorme diferença entre a Dilma dos primeiros dois blocos do primeiro debate, o da Band, com a de agora. Parece outra candidata. Segura, não gagueja, controla bem o tempo. E ela mostrou firmeza e foi espontânea ao responder ao escárnio de uma parte do público (que riu quando ela falou das doações estarem todas registradas) com um “Lamento o riso de quem tem outras práticas”.
O Plínio, a meu ver, foi o contrário da Dilma, no sentido de começar mal a campanha e ir melhorando. Plínio causou sensação no debate da Band, e foi desinflando, desinflando... Ele deve ser o único dos quatro que não crê na vitória da Dilma. Não falou coisa com coisa sobre funcionalismo público, não mostrou proposta nenhuma, e ainda foi grosso. Achei péssimo.
Marina e Serra são muito chatinhos de ouvir, monótonos mesmo, tanto na forma quanto no conteúdo. Tenho que admitir que, ou eu ando cansada demais, ou as vozes dos dois servem como cantigas de ninar para os meus ouvidos. Ninguém acredita que Serra vai aumentar o salário mínimo pra 600 reais. É aquilo: por que não fez nos oito anos do seu governo? Ou nos 16 de SP? Suas promessas são todas vazias. Por isso, o melhor momento de Marina no debate foi quando ela perguntou a Serra se ele queria fazer alguma autocrítica em relação a tudo de mal que falou do Bolsa Família. Serra, óbvio, é adepto do “Esqueçam o que escrevi” do seu padrinho político FHC. E, nesse caso do Bolsa Família, os tucanos querem que esqueçamos tudo que eles, seus aliados demos, e seus eleitores, escreveram, falaram, e publicaram sobre um programa de distribuição de renda que vem dando tão certo que está sendo copiado em outros países.
Em comparação com suas participações anteriores, Marina melhorou, porque piorar era impossível (ela foi quem se saiu pior nos primeiros debates). Mas também tem um discurso vazio, pertencente a um partido que está perdidinho (o Gabeira no Rio é apenas o melhor exemplo disso). A participação mais eficiente de Marina nos debates foi no anterior, da Record. Não neste.
Serra é o de sempre. O jornal inglês The Independent o definiu muito bem no artigo em que prevê a vitória de Dilma e diz que ela será a mulher mais poderosa do mundo: uninspiring. Certamente Serra não é um candidato que inspira. Tanto que pouquíssima gente vai votar nele. Vai votar é contra o PT. O candidato de direita poderia ser qualquer um, e esse público cativo votaria nele. No caso, calhou de ser o Serra, que vestiu a camiseta reaça com tanta desenvoltura que é como se tivesse nascido com ela.
Ontem eu fiquei com a impressão que o debate foi morninho, sem grandes emoções, sem vencedores ou perdedores. Quero dizer, pra mim quem perdeu foi o Plínio, que não consegue nem mais fazer rir. Certo, ele nunca teve chance de vencer, mas pra mim ficou patente ontem como não tem propostas, como tem dificuldade pra preencher um discurso por mais de um minuto, como não está aberto ao diálogo. Se, após o primeiro debate, eu disse que me identificava mais com ele (embora eu vote em partidos, e não votaria num partido nanico como o PSOL), hoje digo que não vejo nada de positivo no Plínio.
Mas essa foi minha impressão ontem. Hoje acordei com a sensação de que, se eu não tivesse visto o debate, não teria perdido nada.
Vi só o último bloco do debate. Sinceramente, não achei que ninguém se saiu bem. Pra mim a Dilma parecia estar nervosa, se mexia muito e se repetia demais (com os vários "eu acredito"). Não me acrescentou muito não. Mas simpatizei mais com a Marina depois do debate.
ResponderExcluirSobre o que a candidata do PSOL falou aqui em Sergipe, saiu hoje uma notícia que o PSOL de Sergipe está retirando a candidatura e vai solicitar que a candidata seja expulsa do partido. Me surpreende como escolhem uma pessoa que não representa as idéias do partido para ser candidata. Aparentemente eles não tinham muitas opções porque a maior parte da militância é muito jovem e não pode se candidatar ao governo.
Não vi o debate, embora tenha acompanhado os comentarios no twitter.
ResponderExcluirO problema é que minha timeline é bem variada politicamente, e cada comentario puxava a sardinha p/ o lado do seu candidato.
Até parecia que cada pessoa tava vendo uma apresentação diferente.
No geral acho que esse debate não fez a minima diferente p/ as elições.
De qualquer forma agora só falta mais um dia. Vamos ver como será.
Vi só os 2 primeiros blocos do debate e resolvir ir dormir.
ResponderExcluirA Dilma achei mais ou menos, achei que ela deveria ter batido de frente com o Serra, medrô.
A Marina é super chata e irritante, usa um palavreado floreado e parece que tá sempre gritando. Nem consigo ouvir oq ela fala.
O Plínio pode até ter boas idéias, mas a gente sabe que é impossível que elas sejam colocadas em prática.
Já o Serra é aquela coisa de sempre, né? Uma imensa capacidade de aquecer nossos corações :P
E só comentando a sua frase sobre os contra-PT, eu digo que é verdade.
ResponderExcluirTirando algum militante "oficial", ninguem me manda twitter ou e-mail dizendo que vai votar no Serra.
São só criticas e desprezo pela candidatura da Dilma.
A Dilma se saiu muito bem mesmo, falando sobre as coisas que o Lula fez, e muito pouco sobre o que ela pretende fazer. Quase resolvi votar no Plínio, mesmo sabendo que ele não vai ganhar, pra mim foi quem se saiu MELHOR no debate, além de ser um velhinho simpático pra caramba.
ResponderExcluirOi, olha eu aqui... agora para de pegar no meu pé.
ResponderExcluirPois bem Lola, eu acho que o único aspecto positivo desse debate é que o Serra ficou esquecido tanto não falou bem mas como foi ofuscado pelos outros candidatos.
A Dilma por outro lado, ela já esteve bem melhor em outros debates. Ela estava nervosa. A Marina foi daquele jeito dela com a boa oratória de sempre e que faz bem para geral que se acha cult votando nela.
Sobre o Plínio, quando ele falou que o boom da construção é bolsa empreteira a minha vontade era usar a minha impulsividade juvenil e mandá-lo pastar. Porque o que ele chama de bolsa empreteira é o que deu um emprego para o meu pai na construção civil e estabilidade para eu fazer minha graduação sem precisar trabalhar, o que preciso começar o quanto antes.
Eu prefiro acreditar que a Dilma vai ganhar no primeiro turno, mas tenho que também é certo haver um segundo turno. O problema é que o conto de fadas dos cultos é acreditar que será entre Marina Silva e Dilma, mas isso é certeza que não será.
Pois é.
ResponderExcluirVi apenas o final do debate, nas considerações finais dos candidatos. Apenas o Serra não foi aplaudido. Coitado.
Preferi outro "debate" que ocorria na mesma hora, o das celebridades B de "A Fazenda", que discutiam quem lavaria os banheiros. Pelo seu post, acho que me diverti mais vendo a Geisy se rebelar contra o Tico Santa Cruz.
Adoro seus textos. Abs.
A Dilma se saiu bem? Se atrapalhou toda, foi redundante, sem contar as meias voltas para chegar em lugar algum e o famoso "no governo Lula".
ResponderExcluirEla se esqueceu que é ela que vai ter que governar caso seja eleita, como sempre.
Pra mim a Marina é sempre a mais coerente nos debates o unico ponto fraco dela é se abster sempre quando o assunto é polemico, já foi dito aqui em outros comentários e eu concordo, líder tem que ter posicionamento mesmo que ele esteja aberto para diálogos ( e deve ser sempre ), mas deve ter algum ponto de vista ! Não dá para deixar tudo cair no campo do "deixarei a questão aberta para todos", assim ela não chega a lugar algum.
O Plínio já gastou todo seu arsenal de piadinhas e jogou a toalha fora, prefere agora puxar votos para tentar fazer uma bancada, assim como PSDB está fazendo em São Paulo, eles já sabem dos prejuízos.
Serra demagogo como sempre, não consegue convencer que vai aliviar a carga tributária para as pessoas carentes, isso é simplesmente atacar o ponto central da sua própria mentalidade de direita.
Agora dizer que a Dilma está indo bem nos debates...bom, vou torcer para que ela nesses 4 anos dê um "cala a boca geral" e que faça um excelente governo, desejo msm de coração.
Niemi
Assisti inteirinho, sem cochilos e foi morno, muito morno. A única hora realmente interessante foi quando o Bonner sorteou o tema "impostos" pro Plínio perguntar ao Serra e ele (Plínio) saiu-se com um hilariante :"impostos? huuummm, isso ele gosta!". Mas passou tanto tempo procurando a cola que sequer conseguiu terminar a pergunta no tempo. Gostei da Dilma, exceto no último bloco, quando ela gaguejou um pouco e se repetiu. Mas isso - repetir-se - foi a tônica do debate. O Plínio só pediu voto e a Marina disse infinitas vezes: estratégia ou estratégico. O Serra foi o zzzzzzz de sempre. Sem propostas, na base do Hay ideas? soy contra.
ResponderExcluirNão vi o debate.
ResponderExcluirAcredito que não devo ter perdido nada de muito interessante.
Sempre fico com a impressão de que as regras são muito limitadoras. E deixam o evento ainda mais chato.
A graça do debate é deixar o circo pegar fogo. O que não tem rolado.
debate foi meio perda de tempo.
ResponderExcluirTo fazendo uma coisa muito melhor que é distribuir colinhas para votar (tudo em branco) e ajudando as pessoas a entender que vão ter que votar em 6 candidatos e nesta ordem:
dep estadual
dep federal
senador 1
senador 2
governador
presidentA (rsrsrs)
Mas o que é legal é a reação das pessoas. Elas, primeiro, acham que eu to fazendo campanha para alguem. Dai se surpreendem qd veem que tá tudo em branco. Eu só digo: meu interesse é que você vote rápido e corretamente. Qt mais gente votar, melhor vai ser a nossa democracia.
Dai, claro, me perguntam em quem eu vou votar para presidente. Aí eu digo "Dilma, claro!" E quase todo mundo diz "eu também". Ta sendo muito legal ver como eu estou mesmo do lado da MAIORIA.
Hoje, uma senhora me pediu para explicar tudo, eu expliquei. Dai ela falou que por enquanto só tinha candidato a presidente. Eu falei "que bom. Mas avalie e tente votar em todos". Ela disse: eu sou e sempre fui Arena.
E eu, pasma: sério?
Ela: É, vou votar no Serra
E eu, segurando a gargalhada: Já eu sou Dilma até debaixo dagua.
E o povo que tava por perto, quase em coro, "eu também".
Dai eu falei: que bom que a senhora escolheu e sabe em quem votar. Faça a sua cola e não erre nenhum. Bom também que é o meu partido que está no poder. Qd o seu estava, a gente não votava pra presidente.
E fui saindo de fininho ouvindo os risos do povo.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Lola,
ResponderExcluirEu mandei a minha colinha para você. Você viu?
Vi o debate e achei morno, Dilma e Serra evitando o confronto o tempo todo. Se não vão debater, pra que serve o debate?
ResponderExcluirA "campanha" da aiaiai é extremamente importante. Ontem no site da Carta Capital tinha o resultado de uma pesquisa chocante. Além de perguntar em quem a pessoa vai votar pra presidente, perguntava qual é o número do candidato. Só 39% das pessoas que diziam votar na Marina sabiam o número dela. Isso é realmente preocupante. E faz a campanha d aiaiai muito válida. Palmas pra aiaiai!
Minhas impressões:
ResponderExcluirO debate: Morno, chocho, não fedeu nem cheirou. Uma perda de tempo.
Dilma: Um pouco nervosa e evitando o confronto no estilo "já ganhamos, é melhor não mexer em vespeiro". Reagiu bem ao riso da platéia.
Serra: Também evitou o confronto no estilo "telhado de vidro". A derrota está estampada na testa dele! Parece o Dom Serrote de La Mancha, abandonado pelo Sancho Pança. Sabe aquele capivara com 3 peças a menos e que continua jogando? Pois é.
Marina: Uma voz irritante, uma chata de galocha. Nada mais que isso.
Plínio: Só um sonhador. Tá caducando!
quem quiser fazer campanha "vote certo" junto comigo, já tem uma colinha (muito bonitinha, por sinal), disponível na www
ResponderExcluirhttp://pontoflash.com.br/blog/cola.pdf
quem fez foi o Alexandre porto, do ótimo blog
http://www.aleporto.com.br/
O debate pra mim não fez a menor diferença, sabe?! Na minha opinião, Lolita, Plínio é um senhor de boas intenções e foi o melhorzinho da noite...
ResponderExcluirVotarei com muito orgulho na Dilma, mas me simpatizo com o candidato do PSOL.
Eu queria perguntar uma coisa a você: Por que Dilma sendo eleita os estudantes de comunicação social sofreriam de alguma forma?!=\ Um amigo meu disse isso e eu fiquei sem entender. Não acho, mas tbm não entendo o porquê da afirmação.
juro, último comentário.
ResponderExcluirOlhem que foto incrível e cheia de significado.
Lola, qd alguem não estiver entendendo a diferença entre esquerda e direita, mostre isso:
http://duasfridas.wordpress.com/2010/10/01/medici-ou-gandhi/
Aronovich:
ResponderExcluirNão se tem em quem votar nesta eleição para presidente. O Palocci no lugar da Dilma seria o ideal e o o Aécio Neves no lugar do José Serra seria o melhor para o PSDB. Porém, um foi queimado para salvar o Lula, e o outro foi relegado ao segundo plano no partido.
Vou ser mais útil. Não voto em ninguém para presidente. Vou anular meu voto para mostrar que não quero nem Dilma, nem Serra nem Marina, nem Heloisa, nem Plínio administrando meu país. Quero gente de palavra, honesta e séria, o que nem um destes candidatos citados é.
Que bom entrar aqui e ver que não perdi nada deixando o debate pra lá. :)
ResponderExcluir@aiaiai: Surreal essa foto do Duas Fridas. Como assim alguém vai panfletar vestindo uma camisa do Médici?!
@Niemi: Qual o problema da Dilma falar "no governo Lula"? Ela teve um papel importante nesse governo.
ResponderExcluirGloria, com licença, sei que vc falou com a Lola mas vou opinar. Acredito que seu amigo tenha dito isso porque tá caindo na ladainha da "ditadura lulista", que a velha mídia insiste em noticiar. Particularmente, acho que a comunicação social só melhora quando há críticas sobre ela. Acontece que, até então, a palavra dos jornalões era lei; hoje em dia o governo bate de frente, retruca, desmente. E eles entendem isso como censura.
ResponderExcluirLola, não vi o debate, snif! Achei que era hoje! Mas que bom que eu não perdi nada. Ah, falando em eleições no geral, sou só que que to pegando raiva da Marina? Pelo jeito não, já teve alguém que a chamou de irritante... que bom que não esotu sozinha. hahahah
Ela me irrita porque se coloca como uma coitadinha que foi injustiçada no corrupto governo Lula. E fala como se no hipotético governo dela pudesse não haver corrupção. Só que a bunita ficou mais de 5 anos no governo que ela chama de corrupto, ineficiente, etc. E, assim, eu super entendo que às vezes ela pode ter uma posição diferente de boa parte do governo, mas aguenta firme porque acha que pode contribuir na área dela - que é de extrema importância, aliás e, a que tudo indica, o governo pecou deixando de lado, mesmo. Só que, se por mais de 5 anos ela se considerou capaz de remar contra a maré, por que justamente às vésperas de acabar o segundo mandato do Lula ela resolve sair do ministério e se filiar a outro partido?
É verdade, primeirocego, tenho a impressão de que as pessoas acham que Lula é um ser sobrenatural, às vezes. Que governou sozinho por 8 anos. E que quando a Dilma toca no nome dele tá invocando uma entidade. Uai, ela fez parte do governo, sua proposta é a continuidade desse governo. É engraçado porque o povo mete o pau no Lula. Aí, quando rebatemos os argumentos, falam: "mas a Dilma não é o Lula!" ...?? Tá, mas ela não ser o Lula não é bom, pra quem odeia o Lula?
ResponderExcluirai, francamente...
Esse foi o único debate que pude assistir do início ao fim, mas não achei perda de tempo, no mínimo serviu pra me confirmar algumas impressões que eu já tinha.
ResponderExcluirA Marina tem um discurso muito bonito, mas teórico demais e pouco concreto, como a Dilma falou. Ela discursa sobre a importância de tudo, mas raramente fala alguma coisa concreta.
A Dilma defende o PAC, o Bolsa família... enfim, é a continuidade do governo Lula mesmo, com pouca ou nenhuma novidade. E gostei da atitude que ela teve diante das risadas, foi firme e calou a risada deles na hora. Mas acho que ela devia ter pedido direito de resposta quando o Serra falou que ela mentiu quanto à questão do saneamento básico. Mas como não vi as regras iniciais, não sei se podiam fazer isso...
O Plínio já tem a resposta pronta pra tudo. Parar de pagar o que ele apelidou de bolsa banqueiro... Não concordo com algumas idéias dele, mas me divirto com ele. Não acho que ele é grosseiro, acho que ele consegue ser irônico sem ser ofensivo. Até acho que dos quatro é o que fala melhor...
E o Serra fica evidenciando as coisas que fez em São Paulo e como ministro no governo FHC e fala em expandir as tais maravilhas pro resto do país, mas conversando com o pessoal de São Paulo, a gente vê que não é bem assim. Os professores que conheço então, queriam era ver a caveira dele...
Não sei se foi aqui que li que seria melhor que os debates seguissem o modelo dos EUA, cada um sobre determinado assunto, pra que não ficasse tão repetitivo e superficial... Mas concordo com essa idéia.
Bjus Lola. E desculpa o comentário-testamento... rs
Laurinha, vc disse exatamente o que eu queria expressar sobre a Marina mas não soube muito bem como. Ela defende bandeiras universais, como meio ambiente, educação, saneamento básico, geração de empregos, etc. É o tipo de coisa que qualquer candidato, aliás, qualquer ser humano concorda que é importante. A questão não é SE o governo deve investir em educação, é COMO. E, assim... governo Lula criou universidades federais, abriu concursos, ProUni, ReUni, etc. Foi o governo que mais investiu em educação na História do País (expressão que a direita odeia justamente por ser verdade). Então, se ela acha que não foi legal, o que exatamente ela pretende fazer? Com exceção da área de meio ambiente, ela não traz nenhuma novidade. Que a educação no Brasil está longe de ser ideal, todo mundo sabe. Mas nós, pró-Dilma, defendemos que é impossível reestruturar todo um sistema em 8 anos que já vinha sendo construído de outra maneira há 500 - e portanto pretendemos continuar na mesma política de investimentos E medidas paliativas.
ResponderExcluirEntão eu acho o voto Marina bem ingênuo, mesmo. A maioria que vota nela ou acredita que ela vai moralizar a política, ou que vai transformar o Brasil num passe de mágica. Ou os dois. É meio o que representou o Cristóvão Buarque em 2006... só que agora, com mais força. Não lembro onde eu li, se foi aqui ou em outro blog, mas se o autor da frase estiver lendo, por favor se manifeste. A pessoa falou que a impressão que dava era a de que a Marina ia deixar a senzala com fome enquanto decidia o que fazer com o lixo da casa grande. Adorei.
Primeirocego
ResponderExcluirSe ela teve papel tão importante, pq ela não se refere mais a si mesma?
pra mim isso é sabe o quê?
Marqueteiro:
-O Lula tá bem na fita, sempre que puder vc 'evoca' o nome dele tá!? Tipo botão do panico.
Dilma:
-Tá, e depois?
Marqueteiro:
-Não complica! Só cita o nome dele...e liga o piloto automático.
Dai isso complementa o que a Archilla disse sobre pessoas que parecem achar que o Lula é algum ser mistico ou algo parecido.
Não tem gente que idolatra o Lula? Eu acho isso meio perigoso, ele foi um bom presidente, e eu espero que a Dilma tb..ela tem pelo menos um respaldo para ser.Respaldo não por ela em si, mas pelas pessoas que apoiam ela.
Mas essa coisa de se apoiar na imagem dele me deixa com uma pulga atrás da orelha, aparentemente sem razão, mas não posso deixar de ter lá minha desconfiança.
Não quero acreditar que as pessoas vão endeusá-la ao ponto de fecharem os olhos para algum caso de corrupção que possa vir a ter. Afinal o governo é feito de pessoas né? Só pq ela fez parte do governo Lula, enfim.
Não sei se fui clara e me fiz entender.
Niemi.
Sim, foi uma perda de tempo. Achei a Dilma meio nervosa e muito repetitiva e não me agrada nada ela ficar se desviando de assuntos polêmicos.
ResponderExcluirEssa semana mesmo, em um encontro com religiosos, ela se disse contra o aborto "porquê ele é uma violência contra a mulher". Não sei se esse é realmente o pensamento dela ou se foi dito para não ir contra os religiosos, mas não poderia ter escolhido uma desculpa melhor?
Me preocupa também a questão do casamento homossexual. Ainda quero acreditar que o Brasil será o próximo na America Latina a incorporá-lo, mas depois de inúmeras possibilidades de um "beijo gay" passar na tv aberta e ser vetado, estou um pouco discrente.
Até cena de sexo gay teve na TV aberta argentina, e isso antes mesmo da legalização, enquanto que aqui, o único programa na TV Aberta que tinha beijo gay era o extinto Beija Sapo, da MTV, foi cancelado.
Se não me engano Marina se diz contra esses dois assuntos, ambos por causa de sua religião, mas se diz a favor que os casais gays tenham o mesmo direitos que os héteros, porém os colocaria em plebiscito. Alguns podem falar "imagine se fizer um plebiscito toda vez que for decidir sobre algum assunto polêmico?". Eu acharia o máximo poder participar ativamente na melhoria do país.
Gostaria de votar na Marina, mas vou no PT. Viu a diferença?
Para mim, considerando o desempenho dos candidatos, Dilma e Marina foram as que se saíram melhores.
ResponderExcluirSerra tava dando a louca, fazendo promessas inviáveis que nunca vai cumprir. Foi grosso sem razão com a Marina, num debate bem morno, o que causa até estranheza...
Já o Plínio me pareceu um tanto mal informado... Ficou falando que deveríamos nos negar a pagar a dívida externa {que dívida externa? Somos credores do FMI, não?} ou que deveríamos pegar as casas e apartamentos e alugar compulsoriamente - pode ter funcionado numa ilhinha minúscula como a Inglaterra, mas aqui, comofas? Não sei nem como viabilizar isto aqui!
Gente... O fato é que a forma como a política é feita gera isso. O candidato tem que se aliar a um tanto de gente e de grupos para conseguir uma maioria. Tem que agradar pessoas com interesses antagônicos. Fica complicado demais. Acaba que a pessoa fala o que tem que falar para ser eleita. Todo mundo evita assuntos polêmicos, fala que vai melhorar tudo e vai ser uma maravilha... Mas a gente sabe que eles PRECISAM falar isso. E aí? Qual a solução? Sinceramente, não sei.
ResponderExcluirCreio que seria importante ter uma população mais bem informada para que pudesse escolher seus candidatos baseando-se no que eles e seus partidos já fizeram. Mas com a mídia que nós temos, isso é impossível. Sem contar com a educação ainda precária.
Enfim... Escrevi meio correndo, mas espero que entendam o que tentei dizer :)
Aliás, ilhinha minúscula pode soar ofensivo, então, num país como a Inglaterra que é bem menor que o Brasil.
ResponderExcluir@Niemi: Não vi esse debate, mas tenho a impressão de que sempre que ouvi a Dilma falar do governo Lula foi algo como "no governo Lula, nós fizemos tal e tal coisa". Na minha opinião ela sempre deixou clara a participação que ela teve.
ResponderExcluirAcho normal que ela sempre tente deixar claro que seu projeto é de continuidade e que ela tem o apoio do Lula, já que (principalmente no início da campanha) ela não era tão bem conhecida e o Serra tava tentando fazer colar que ele é que era o candidato da continuidade (com coisas como "sai o Silva e entra o Zé", ou de repente declarar que ia dobrar o Bolsa Família). Considerando isso e sendo a popularidade do Lula em grande parte devida a um bom governo de que a Dilma participou, acho perfeitamente legítimo que ela queira associar sua imagem à dele.
Primeirocego
ResponderExcluirBom, não posso deixar de achar que vc tem lá sua cota de razão, afinal o Serra é tão sujo que até se passar por aliado do Lula ele arriscou para conseguir se eleger, porém...
Porém eu acho que quando alguem insiste em criar um vínculo de sua imagem com a de outra pessoa é pq ela mesma dúvida de sua capacidade.
Isso não pode ser provado, é subjetivo, tomara que eu esteja errada, se estiver, ficarei contente.
Niemi.
Pois é, Niemi, concordo com o que o pessoal tá falando aqui. Dilma falar no Lula é o certo, ué. Ela fez parte do governo. Seria certo tb o Serra falar do FHC. Aliás, isso é que é politização, poder comparar GOVERNOS, ADMINISTRAÇÕES, projetos de cada partido, não indivíduos. Porque indivíduos não querem dizer grande coisa. O ótimo governo que Lula fez não é só dele. É do PT. Dilma fez parte desse governo. No debate, ela não disse que o Lula era o cara ou que era um grande líder. Falou do GOVERNO Lula. É uma grande diferença, não acha?
ResponderExcluirMas concordo que, numa das primeiras perguntas (nem lembro mais), quando a Marina perguntou pra Dilma o que iria fazer (era sobre funcionalismo público? Saneamento básico? Pô, esqueci MESMO), Dilma ficou falando sobre as conquistas do governo Lula naquela área (acho que foi número de empregos formais gerados), mas não sobre o que iria fazer. Faltou essa transição. Ela devia ter começado a falar das melhoras no governo Lula, e seguido com as propostas pra melhorar ainda mais o quadro. Ela mencionou essa segunda parte, mas devia ter dado mais ênfase.
Aiaiai, recebi a sua cola. Que legal que vc tá fazendo campanha sem fazer campanha! E aquela foto do Bolsonaro com camiseta do Medici, o que é aquilo?!
tive a mesma impressão, além de que quando puderam, Dilma e Serra não se confrontaram. Ele quis usar o Plinio, cuja intenção parecia ser apenas de desconstruir o discurso dos outros e falar que os outros candidatos estão do lado do capital. Dizem que quando ele estava no PT não era tão radical assim.
ResponderExcluirAh, e o que é esse cenário, meu Deus?? ahahah são símbolos fálicos ali no fundo?
ResponderExcluirO debate foi tão monótono quanto é monótono discutir sobre o debate! Dilma será presidente apesar da sua total falta de carisma, não há o que debater! Deve-se isso a super-aprovação do presidente Lula, que merece a minha consideração e o meu voto de confiança apesar da Dilma!
ResponderExcluirUm abraço!
Esse foi o único debate que assisti. Pra mim pareceu que o Plínio era o único que ia direto ao ponto, como se tentasse levar o debate a um outro nível, enquanto os outros se mantinham na superfície, falando as mesmas coisas que diriam nos vídeos do horário eleitoral, evitando certos assuntos. O Serra pareceu um político caricato, do tipo "prometo isso, depois de eleito vou fazer aquilo, votem em mim". A Dilma ficou nervosa, chegou a gaguejar e errar as palavras algumas vezes, estranho isso, depois de tanto tempo de campanha ela já devia estar acostumada a situações tensas e a estar sob ataque. Não sei o que pensar sobre a Marina.
ResponderExcluirLi este post e aquele sobre o Netinho e, sinceramente, fico bastante confusa, porque concordo em grande parte com suas ideias, mas... outra parte dos meus pensamentos passa bem longe dos seus.
ResponderExcluirSe houvesse definição pra mim, o que acho que não há, eu me diria anarquista. Perdi a esperança com política no momento em que perdi a esperança com as pessoas. Afinal, a 'politicagem', no seu pior aspecto, está mais do que presente no cotidiano, e o que vejo é sempre um pequeno grupo comandando as vontades da massa em benefício próprio. Poucas foram as vezes em que vi real solidariedade, real empenho com o coletivo.
Por isso, debates me parecem pouco, bem pouco mais que meras propagandas, reguladas por marketeiros e encenadas por marionetes de grupos assim ou assado, que têm interesses diversos mas que convergem quase sempre para "próprios umbigos". Então, falar de PSDB, PT, PV, PSOL? Embora não acredite, de fato, que trabalho concreto seria feito, vejo que o único que segue uma linha de pensamento coerente é mesmo o PSOL. Que me perdoem todos, mas quase todos os candidatos do PT têm demonstrado claramente o apoio à ideologia neoliberal, que se traduz num conformismo lamentável pontuado de projetos "populistas", do tipo migalhas de pão pra quem precisaria, urgentemente, de mudanças radicais, de inserção real à sociedade, com oportunidades reais.
Discursos como o de Plínio e o de Cristovam Buarque em outras eleições foram sempre taxados repetitivos e pouco objetivos. Como disse, eu nem consigo acreditar que essas pessoas fossem, de fato, realizar o que pretendem, uma vez no poder; no entanto, o que eles dizem é, sim, extremamente válido. Porque eles compreendem que uma sociedade errada não se muda com aparos e remendos; pra se construir um país realmente diferente, justo e igualitário, é preciso arregaçar as mangas e voltar ao zero. É preciso ser radical - coisa que PT, em 8 anos, jamais ousou ser.
Sei lá, foi um dos únicos debates políticos recentes que não vi, mas duvido que tenha perdido algo. Meu voto pra presidente foi decidido faz tempo. Abraço.
ResponderExcluirConcordo com a maioria: debate morno que não trouxe nada de novo. Meu voto já está definido e escrevi um texto nada morno sobre isso. Domingo é Dilma.
ResponderExcluirBeijos, Lola.
Laetitia, concordo que o Plínio é o único com uma proposta verdadeiramente socialista. O problema é que, em todas as vezes na história que um país mudou radicalmente de um governo capitalista selvagem pro socialismo, deu errado. URSS, França, Cuba... Não considero o governo Lula meramente assistencialista, porque ele não investe só nas medidas paliativas, mas também no crescimento econômico, que possibilita maior distribuição de renda. Está muito longe do que sonhamos ainda; particularmente, considero imoral uma pessoa gastar 1000 reais numa blusinha da Daslu enquanto outra morre de fome. Mas, se com as tímidas medidas do governo Lula a classe média/alta já está desesperada, imagina se proibíssemos o comércio de luxo! No mínimo ia rolar uma guerra civil. Acho que temos que analisar o contexto atual pra então decidirmos pra onde podemos ir. Foram 500 anos de opressão e segregação das minorias. Não vai ser em 4, 8, 10 anos que vamos mudar toda uma cultura de opressão. Lembro sempre das palavras de Paulo Freire, que diz que o oprimido hospeda o opressor dentro de si. Se não houver tempo para reflexão e aprendizado, o ex-oprimido se transforma no novo opressor, e a história se repete.
ResponderExcluirQuanto ao Cristóvão Buarque, não concordo que ele tivesse medidas de transformação radical para o Brasil. Ele tinha projetos pra educação, só. Em todas as outras áreas, a proposta era mezzo PT mezzo PSDB.
Lola, pra quem está ligado nas propostas indecorosas que o governo anda fazendo para reestruturação de algumas carreiras do funcionalismo público, fez sentido a fala do Plínio. Aliás, comece a se informar sobre a proposta para a nossa carreira docente - vc vai ficar apavorada! Esqueça poder se aposentar com dignidade, ou progredir na carreira de forma tranquila. Sem falar nos novos - esses que entrarem estarão muito mais ferrados. Tanto é que esta é a pauta de discussão do ANDES/SN nestes últimos meses: o projeto do governo para "reestruturação" da carreira docente, sendo discutido pelas seções sindicais e assunto das últimas reuniões do ANDES, setor das IFES.
ResponderExcluirMas voltando ao debate, eu dormi no segundo bloco, de tédio.
"Quanto ao Cristóvão Buarque, não concordo que ele tivesse medidas de transformação radical para o Brasil. Ele tinha projetos pra educação, só. Em todas as outras áreas, a proposta era mezzo PT mezzo PSDB."
ResponderExcluirEssa é exatamente a mudança que o Brasil precisa. Se melhorarmos de verdade a educação, resolve ou diminui indiretamente a maioria dos outros problemas. Povo que estuda se cuida mais, não fica doente tão fácil, cuida a alimentação, melhora a saúde; pessoas que estudaram compreendem a necessidade de preservar o meio ambiente; quando aumenta a educação diminui a criminalidade, melhorando a segurança; se o povo tiver mais acesso à educação, vai ter mais oportunidades de trabalhar e ter dinheiro por conta própria, diminuindo a necessidade de bolsa família; também, pessoas que estudam tendem a pensar melhor antes de votar, e talvez seja esse o motivo de terem dado tão pouca importância à educação por tanto tempo...
A situação pode ser melhorada, mas não mudada enquanto a maioria dos jovens de periferia continuar tendo como meta de vida comprar um carro, e não entrar em uma faculdade; ou enquanto um pai de família pobre continuar achando que o melhor pro seu filho de 13 anos seria largar a escola e ir trabalhar, porque ele nessa idade já trabalhava; ou enquanto a educação continuar sendo vista como só mais um assunto importante entre tantos outros, muitas vezes colocada em segundo plano enquanto priorizam assuntos mais eleitoreiros.
Leonel Brizola não podia ter morrido sem ter governado este país.
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ResponderExcluirL. Archilla, concordo com vc neste ponto: uma transição radical de sistema traria uma desestabilização imensa. Aliás, não concordo com a imposição de qualquer coisa, ainda que seja a "igualdade"... enfim: um rompimento drástico com o capitalismo certamente traria, de início, sérios problemas ao país, e por esse mesmo motivo não creio que alguém tenha coragem real para promover uma mudança desse tipo.
ResponderExcluirQuanto ao Cristovam Buarque, eu ia comentar, mas Koppe falou tudo. Embora o projeto dele pudesse ser tímido em outras áreas, além da educação, acredito que esta medida - de valorização total à educação - acabaria por promover, a longo prazo, uma revolução de verdade no Brasil. Afinal, nosso povo, estando na ignorância, nunca teve sequer oportunidade de lutar pelos seus direitos.