Sei que o caso do Jacob de guardar 80% do que se ganha para poder se aposentar jovem é extremo, mas realmente, faz sentido trabalhar 40, 50 anos pra só depois poder se aposentar? Faz, claro, se a pessoa absolutamente adora o que faz, e não consegue se imaginar sem fazê-lo. Mas, hoje em dia, encontrar pessoas assim está cada vez mais raro. Conheço muito mais gente que diz “Eu gostaria de largar meu emprego se pudesse” que “Amo o meu trabalho”. Tirando a Europa, no resto do mundo as pessoas trabalham mais do que antes, mais horas por dia. Geralmente moram longe de onde trabalham, e esse tempo perdido de ir e voltar do trabalho é extremamente cansativo também (como isso é importante! Em Detroit o maridão e eu tivemos a experiência de morar pertinho de onde precisávamos ir todo dia, a quatro quarteirões de distância. A economia de tempo e dinheiro é incrível. Se pelo menos uma das duas pessoas que trabalham na casa pudesse morar perto, é um investimento que vale a pena. Estou felicíssima por poder repetir a dose em Fortaleza).
E sei que parece até heresia falar, num país em desenvolvimento, na importância de poupar. Muitos brasileiros ganham um salário mínimo que, apesar das recuperações reais, ainda é baixo. Mas a verdade é que meus leitores não ganham salário mínimo, então vamos parar de fingir. O fundamental é o quanto se gasta, não quanto se ganha. Conheço gente que ganha muito pouco e que, por gastar pouco e ser organizada, consegue guardar dinheiro. Tenho um casal de amigos com um nível de instrução formal bem baixo. Ela é faxineira, ele, pedreiro. São responsáveis e guardam dinheiro. Primeiro compraram um terreno. Aí construíram sua casinha própria. Algum tempo depois, compraram um outro terreno, construíram outra casinha, desta vez um sobrado. Alugaram a parte de cima, pra ter uma renda extra, e abriram um bar embaixo. Não deu muito certo; eles não gostaram da experiência de ter bebum de bar tão perto. Então reformaram a parte de baixo e a alugaram como escritório. Eles sabem que, à medida que a idade vai avançando, não vão poder fazer trabalho que exige esforço físico pra sempre. Querem ter outra fonte de renda. Bom, eles, que não chegaram aos 50 anos, já têm três imóveis. E deixe-me dizer mais uma vez: ele é pedreiro, ela é faxineira.
Também conheço gente que ganha um monte e vive endividada, porque gasta mais do que ganha. Imagino que todo mundo conheça alguém assim.
Eu poderia tranquilamente gastar mais. Poderia ter celular, que eu considero bastante inútil (ok, sei que eu e o maridão estamos entre os cinco únicos brasileiros a não ter celular), e acrescentar mais 100 reais mensais às minhas despesas. Poderia ter TV a cabo. Poderia contratar uma empregada. Poderia comprar roupas de grife e frequentar cabeleireiro. Poderia comer coisas mais caras, e não apenas comprar um pedacinho minúsculo de queijo gorgonzola quando o preço cai a menos de R$ 25 o quilo. Poderia comer fora diariamente (pra falar a verdade, gostaria disso). Poderia ter um segundo automóvel. Poderia ir a uma academia de ginástica ao invés de me exercitar andando. Poderia ir ao cinema em qualquer horário e dia, sem me preocupar quando o ingresso estiver menos caro. Poderia ter um plano de saúde (agora temos um! Mas é pelo sindicato, e contamos com um benefício. Assim, pagamos cerca de 200 reais por mês do nosso bolso, entre o maridão e eu. Eu já acho caro pacas). Poderia usar jóias. Poderia ter um hobby caro, colecionando raridades. Poderia inclusive ter filhos. Poderia viajar muito mais e, quando viajasse, ficar em hotéis caros, sem pechinchar, sem pesquisar preços. Poderia assinar vários jornais e revistas, mesmo os que não seriam lidos. Poderia comprar o equipamento de ginástica por R$ 1.380 de um vendedor tão simpático, e usá-lo como cabide (o equipamento, não o vendedor). Poderia comprar livros toda semana. Poderia gastar tudo o que ganho, e muito mais. Em outras palavras, poderia ter o padrão classe média que boa parte dos meus amigos tem.
Mas eu estabeleço prioridades. Não quer dizer que eu esteja certa e os outros, errados. Cada um faz o que quer. Só que não dá pra ter tudo. Realmente não dá pra viver como os amigos esbanjadores e querer guardar dinheiro.
Quando fui pra Joinville, eu tinha dez mil dólares, dinheiro que havia guardado trabalhando em SP dos 19 aos 26 anos. Era mais fácil guardar dinheiro morando com meu pai, lógico. Ele pagava a comida e o aluguel, e eu só pagava a minha faculdade e transporte. Sobrava salário no fim do mês, e aí eu, que nem tinha conta de banco na época, ia a uma casa de câmbio e trocava meus cruzeiros por dólares. Foi assim que escapei do Plano Collor, e foi assim que guardei 10 mil dólares. Chegando em Joinville, ao visitar imobiliárias à procura de um lugar pra alugar, fiquei surpresa ao notar que havia casas à venda por esse valor. Vi várias. Fui também até Blumenau, e visitei algumas por lá. Optei por uma casa onde morei durante 16 anos. Claro, não era uma casa luxuosa. Mas tinha (tem ainda) três quartos, ficava num terreno de 420 m2, e contava com uma casinha nos fundos. Depois de comprar a casa, aluguei a casinha dos fundos, ganhei um dinheirinho jogando xadrez, e aprendi a viver com cem dólares por mês. A casa custou apenas 7,500 dólares. Sobrou um pouquinho. Mas, com o aluguel e o xadrez, eu ganhava o suficiente pra me manter. Quer dizer, eu não tinha nada. Nem carro, nem telefone, nem computador, nem internet (que não existia em 93). Prefiro a minha vida hoje, não nego. Aqui em Fortaleza, compramos uma casa maior, mais cara, melhor localizada, e pagamos a diferença (mais de 60 mil reais entre o que conseguimos pela casa em Joinville e o valor da casa aqui) à vista. Seguimos sem dívidas, sem financiamento, e com dinheiro no banco pra nossa aposentadoria.
Não é preciso ser pão dura assumida como eu, oito ou oitenta. Dá pra arranjar um meio termo. Ninguém precisa se privar de coisas boas, mas gastar tudo que se ganha, sem pensar no futuro, é igualmente ruim. O que vale mais a pena: ter um padrão acima das suas condições, que vai se esvair em poucos anos, ou levar uma vida frugal, e manter o mesmo padrão pra sempre? Pessoalmente, eu fico com a segunda opção sem pestanejar.
Também conheço gente que ganha um monte e vive endividada, porque gasta mais do que ganha. Imagino que todo mundo conheça alguém assim.
Eu poderia tranquilamente gastar mais. Poderia ter celular, que eu considero bastante inútil (ok, sei que eu e o maridão estamos entre os cinco únicos brasileiros a não ter celular), e acrescentar mais 100 reais mensais às minhas despesas. Poderia ter TV a cabo. Poderia contratar uma empregada. Poderia comprar roupas de grife e frequentar cabeleireiro. Poderia comer coisas mais caras, e não apenas comprar um pedacinho minúsculo de queijo gorgonzola quando o preço cai a menos de R$ 25 o quilo. Poderia comer fora diariamente (pra falar a verdade, gostaria disso). Poderia ter um segundo automóvel. Poderia ir a uma academia de ginástica ao invés de me exercitar andando. Poderia ir ao cinema em qualquer horário e dia, sem me preocupar quando o ingresso estiver menos caro. Poderia ter um plano de saúde (agora temos um! Mas é pelo sindicato, e contamos com um benefício. Assim, pagamos cerca de 200 reais por mês do nosso bolso, entre o maridão e eu. Eu já acho caro pacas). Poderia usar jóias. Poderia ter um hobby caro, colecionando raridades. Poderia inclusive ter filhos. Poderia viajar muito mais e, quando viajasse, ficar em hotéis caros, sem pechinchar, sem pesquisar preços. Poderia assinar vários jornais e revistas, mesmo os que não seriam lidos. Poderia comprar o equipamento de ginástica por R$ 1.380 de um vendedor tão simpático, e usá-lo como cabide (o equipamento, não o vendedor). Poderia comprar livros toda semana. Poderia gastar tudo o que ganho, e muito mais. Em outras palavras, poderia ter o padrão classe média que boa parte dos meus amigos tem.
Mas eu estabeleço prioridades. Não quer dizer que eu esteja certa e os outros, errados. Cada um faz o que quer. Só que não dá pra ter tudo. Realmente não dá pra viver como os amigos esbanjadores e querer guardar dinheiro.
Quando fui pra Joinville, eu tinha dez mil dólares, dinheiro que havia guardado trabalhando em SP dos 19 aos 26 anos. Era mais fácil guardar dinheiro morando com meu pai, lógico. Ele pagava a comida e o aluguel, e eu só pagava a minha faculdade e transporte. Sobrava salário no fim do mês, e aí eu, que nem tinha conta de banco na época, ia a uma casa de câmbio e trocava meus cruzeiros por dólares. Foi assim que escapei do Plano Collor, e foi assim que guardei 10 mil dólares. Chegando em Joinville, ao visitar imobiliárias à procura de um lugar pra alugar, fiquei surpresa ao notar que havia casas à venda por esse valor. Vi várias. Fui também até Blumenau, e visitei algumas por lá. Optei por uma casa onde morei durante 16 anos. Claro, não era uma casa luxuosa. Mas tinha (tem ainda) três quartos, ficava num terreno de 420 m2, e contava com uma casinha nos fundos. Depois de comprar a casa, aluguei a casinha dos fundos, ganhei um dinheirinho jogando xadrez, e aprendi a viver com cem dólares por mês. A casa custou apenas 7,500 dólares. Sobrou um pouquinho. Mas, com o aluguel e o xadrez, eu ganhava o suficiente pra me manter. Quer dizer, eu não tinha nada. Nem carro, nem telefone, nem computador, nem internet (que não existia em 93). Prefiro a minha vida hoje, não nego. Aqui em Fortaleza, compramos uma casa maior, mais cara, melhor localizada, e pagamos a diferença (mais de 60 mil reais entre o que conseguimos pela casa em Joinville e o valor da casa aqui) à vista. Seguimos sem dívidas, sem financiamento, e com dinheiro no banco pra nossa aposentadoria.
Não é preciso ser pão dura assumida como eu, oito ou oitenta. Dá pra arranjar um meio termo. Ninguém precisa se privar de coisas boas, mas gastar tudo que se ganha, sem pensar no futuro, é igualmente ruim. O que vale mais a pena: ter um padrão acima das suas condições, que vai se esvair em poucos anos, ou levar uma vida frugal, e manter o mesmo padrão pra sempre? Pessoalmente, eu fico com a segunda opção sem pestanejar.
Show o post...Faço isso com minha esposa... definimos prioridades pra evitqar entrar em dívidas que não acabam.. temos uma casa de 2 cômodos (ok, no terreno do meu pai) e vamos construir mais dois comodos.. já é alguma coisa...se der merda no futuro, na rua a gente não fica...
ResponderExcluirPretendemos mudar pra uma cidade menor (vivemos em SP) e ja fizemos todo o planejamento para os próximos 10 anos...se seguirmos a risca, da pra juntar 80 mil neste tempo e sem nos privar de alguns pequenos prazeres, como uma garrafa de vinho, sucrilhos e danone na compra mensal....
funciona bem.. definir as metas e seguri o plano.. gastos são pensados... se são necessários, sempre refletimos pra saber se a necessidade é reaol.. se for, sempr epensamos de da pra se virar e juntar o dinheiro... se der, faxzemos... se não for uma necessidade, então semrpe damos um jeitinho de saber se podemos nos dar ao luxo de não ter algo necessário....
Enfim... atualmente, minhas reservas são todas investidas na casa... conta bancária zerada... mas eu chego lá.. .eu chego la...
show de post..
Lola! Valeu pelas dicas. Só mesmo "jogando na nossa cara" que a gente vê quantas futilidades... Eu encaixo na categoria de comprar livros semanalmente. ai ai...
ResponderExcluirBom post.
ResponderExcluirSeria tão bom se noções de economia como essa fossem ensinadas nas escolas.
Ajudaria e muito.
Ah, feliz aniversario atrasado. ^^
Oi Lola! Conheci seu blog há algum tempo, mas nunca comentei. Vou começar hj! Eu e meu marido tb temos prioridades e tentamos não levar uma vida de muitas futilidades. Confesso que de todos os males, eu peco em comprar livros! Não ligo para roupas, sapatos, mas não posso entrar numa livraria! E agora temos uma filha, então as despesas aumentaram com certeza! Eu moro em Joinville atualmente, mas vamos nos mudar para o Chuí/RS. Uma vantagem é que somos funcionários públicos e o fato de termos a tão sonhada estabilidade nos ajuda na programação das despesas! Beijos!
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluiracredito no meio-termo: nem esbanjador, nem 'munheca-de-samambaia'. Planejamento, como você bem disse, é fundamental, a longo e curto prazo. É importante saber guardar, mas também acho importante saber gastar. Nem sempre o critério final deve ser o preço - às vezes o barato pode sair caro, por não ter qualidade. Como diria a minha avó, tudo com temperança...
Quanto a história do celular, conheço mais gente como você. Acho que existe até uma questão conceitual (o que é um telefone celular?) aí, mas meu post sobre o assunto sai amanhã lá no blog, hoje já lotou a cota! :-)
abraço
Mônica
Também aprendi a separar o de se economizar.
ResponderExcluirMas fiquei aqui pensando e calculando, aquela lista enorme de 'podias' e conclui que é preciso dinheiro demais para bancar tudo, a não ser que seja um item e outros näo, daí penso que salário de classe média cobriria tudo isso. Ou será que o povo banca os luxos mas parcelando em trocentas vezes e se endividando muito mesmo e na base do cartäo de crédito?
lola, como pra quase tudo nessa vida, a educacao que os pais nos dao eh fundamental tambem pra administracao da grana. sempre vejo revistas ensinando como falar sobre sexo e drogas com os filhos, mas jamais sobre como ensina-los a cuidar do seu dinheiro.
ResponderExcluirmeus pais fazem compras a prazo, mas de uma forma bem controlada: sempre fazem as contas, sempre guardam as notas e anotam nelas quantas parcelas foram feitas e o valor de cada uma. minha mae sempre pagou a mensalidade das nossas escolas antes do prazo pra poder ter desconto. era assim com a matricula tambem. nao da pra pagar tudo a vista porque somente meu pai trabalha e somos quatro filho + esposa + cachorro. mas vendo o quanto a vida deles eh mais tranquila pelo simples fato deles nao procurarem se endividar por causa de uma blusa na CeA eh que me dei conta que posso fazer o mesmo. e ainda melhor: nao compro absolutamente nada parcelado. ate porque essa onda nao existe aqui na franca. pelo menos nao como no brasil.
faz somente um ano que eu trabalho e agora que mudei de emprego (onde ganho mais), finalmente vou poder planejar como vou gastar a grana que sobra. eh quase excitante!
nao sei se foi voce que disse que nas escolas deveria ter uma materia obrigatoria de administracao fincanceira. de acordo.
ResponderExcluirAgora já conheço três pessoas que não tem celular: vc, o maridão e minha mãe...
ResponderExcluirMas, quer saber? Vcs é que estão certos. Já tenho celular há uns oito anos e se pensar bem, pro meu modo de vida, se ele foi REALMENTE útil, umas duas ou três vezes, foi muito...
Eu preciso mesmo de umas lições do tipo, porque dinheiro na minha mão, como dizia a música, é vendaval... Atualmente não trabalho, ganho uma bolsa da faculdade, mas desde os 19 anos, quando comecei a ganhar meu próprio dinheiro pela primeira vez, eu gasto mais que ganho e quase todo mundo que conheço, acaba fazendo o mesmo...
Abçs Lola!!!
Eu sou do tipo que guarda, só que sou bem diferente de você, porque também gosto de gastar. Mas eu gato em coisas que os outros nem pensam.
ResponderExcluirQueria só dizer que eu também me livrei do plano collor graças a uma poupança em dolar kkkkk. O mais engraçado é que uns dois dias antes, eu tirei também o dinheiro que tinha na poupança (to dizendo que eu guardo...tinha dólares e poupança) e emprestei para minha sogra para ela fechar um negócio que foi super bom para ela. Daí que ela me pagou dois meses depois inclusive com a correção monetária que foi uma coisa absurda - tipo 80% ao mês. Me dei super bem kkkk e até fiz a primeira viagem para europa com essa grana.
Nossa, Lola, sou obrigada a dizer que te invejo.
ResponderExcluirEu e o marido aqui gastamos sempre mais que devemos. Tudo bem que há uns meses atrás vieram um daqueles gastos imprevisíveis e isso nos desnorteou por completo. Mas não deveriam ser tão imprevisíveis assim, né?
Mas nós dois somos muito impulsivos. Não conseguimos sentir vontade de comer fora e não comer (e esse é o principal fator que no endivida), mesmo porque não gostamos muito de cozinhar. E também temos a ideia de que gastar com livro é investimento, o que é mais uma desculpa pra podermos gastar bastante. Tem pelo menos 1/3 que vai demorar bastante pra gente ler.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLolissima,
ResponderExcluireu as vezes me pergunto o q eu faco frequentando esse blog.. Eu sou uma gastadeira, prefiro viver intensamente (sou do tipo cinema/jantar no sabado sem preocupar com o pre'co, afinal 'e fim de semana!)do que viver a vida toda pensando no que gostaria de ter/fazer/usar/gastar...
Consigo economizar se tiver um objetivo concreto, como uma viagem p fazer, ou comprar algo desejado como uma loui ou coisas afins.
Tenho 34 anos, sou independente, vivo bem, mas nao tenho dinheiro guardado, se ficar velhinha e pmuito obre me suicido! kkkkkkkkkkkk
O q eu tento fazer, ao inves de gastar mais, eh trabalhar p ganhar mais. Vem funcionando! Pelo meu plano de vida, ao 35 eu come'carei uma poupanca seria p o futuro...
Ano q vem a gente conversa de novo. Ah, nao tenho dividas,nem no cartao de credito, q usoooooo mas pago logo. So me arrependo perdidamente de ter carro (sportage) financiado, uma prisao!
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ResponderExcluirAlém do mais, acho saudável batalhar por melhores salários, mudar o métier (eu sou camaleoa), abandonar o que não dá certo, ser ambicioso na medida do "considerado normal". Sempre encarei dar aulas de francês como bico. Ninguém é fiel, nem Ongs nem instituições como "Médecins Sans Frontières" (para o qual trabalhei), nem os cursos (vivem colocando anúncios pois pagam muuuuuuuuuito mal) e (agências de prof. só querem lucro e os deveres ficam para o professor) eu não vou fazer Letras só pra carregar um calhamaço debaixo do braço e poder dar aulas em escolas ou o mais renomado, cheio de peixinho nativo sem Letras. E acho que não é a minha mesmo. Gosto de criança, de dar aula particular, mas gosto acima de tudo de ter dinheiro no bolso. ;-) É tudo uma grande palhaçada e os cariocas estão virando concurseiros por total medo.
ResponderExcluir"Caso me esqueçam", é verdade. Na França realmente não existe isso do parcelado porque o salário mínimo de 1200 euros é um tanto quanto justo se comparado a essa "m" brasileira. E uma bolsa de um couro ao menos legalzinho, um acabamento de qualidade (e não da senhorinha do Saaara ou da Leader Magazine, me desculpe mas é ruim pacas!!!) não custa 600 euros (como aqui uma legal não sai por menos de 200); até no Le Marais, bairro chique de judeus, artistas, gays uma sandália em 2002 saía por 27 na promoção e um couro sintético por 60. ;-))
ResponderExcluirAqui na terra de Vera Cruz (carioca inclusive) é muito melhor para o cliente controlado fazer compras no crédito sem juros e deixar rendendo em alguma "coisa"; são as lojas que pagam mesmo. E podemos ir quinhentas mil vezes trocar, reclamar se der defeito, pedir dinheiro de volta. Para os descontrolados realmente um cartão de crédito não é boa coisa. Ach que é tudo uma uestão de fazer contas, né mesmo? ;-) Bjs
Passo sempre por aqui e adoro. Obrigada pela dica. Devorei todos os posts que tratam desse$ assunto$. Obrigada!! E parabéns! sáude, paz e tudo de bom!!
ResponderExcluirBeijos,
Mas me tira uma dúvida, Lola: quando você se aposentar... vamos supor, daqui a dez anos, você não vai aposentar com o salário integral que você ganha agora, como professora? Ou praticamente integral? Como é que funciona isso?
ResponderExcluirAgora você é servidora pública! tem várias regalias! hehehe
Eu ganho pouco mais que um salário mínimo, e mesmo assim consigo fazer sobrar dinheiro. O ruim é que muita gente já sabe, e acaba me pedindo emprestado... às vezes pessoas que ganham 3, 4 vezes mais que eu... e isso que gasto bastante com livros e quadrinhos (semana retrasada eu tava em São Paulo, quando visitei o Sebo do Messias tive que ir embora pra não acabar gastando todo meu dinheiro lá). Por outro lado, vejo pessoas que recebem o salário, no final de semana seguinte vão pra noitada e gastam tudo, depois ficam o mnês inteiro reclamando que o salário tá baixo, a situação tá ruim, as coisas são muito caras... vai vendo...
ResponderExcluirTambém tenho o hábito tão combatido pelo governo de guardar moedas. Elas não fazem falta no orçamento, mas se a gente vai guardando, quando vê tem uma dinheirama que parece saída do nada. Imagina o que alguém pode juntar se guardar suas moedas por anos a fio...
Isso é o sonho de todo mundo! Achei engraçado ver esse texto aqui, já que começa falando sobre se aposentar cedo, porque acabei de escrever no meu blog sobre como as pessoas passam a vida toda esperando para se aposentarem, mas quando chega a hora, já não conseguem aproveitar.
ResponderExcluirBem, eu sofro quando chego no limite, porque eu apenas não só conheço quem gasta mais do que ganho como eu mesmo sou assim (deve ser coisa de quem é servidor público e mora em Brasília). Sofro também porque os livros que ajudam as pessoas que são endividadas as rotulam como burras e desequilibradas (casais inteligentes enriquecem juntos?). Realmente não é legal gastar muito, mas fiquei vendo as coisas que você se priva e não me imaginaria sem. Isso porque sou solteira e moro só. Assim, para não ficar ruminando essas coisas horríveis, cheguei a conclusão que todo mundo tem que ter um defeito e o meu será gastar, mesmo que, pasmem, esse seja o meu estímulo para mudar sempre de emprego (leia-se, fazer outro concurso) para ganhar mais e, assim, me endividar mais.
ResponderExcluirE conseguir comprar coisas assim (tipo coisas que as pessoas valorizam, como apartamento). E assim, um dia fiquei chocada com um post seu sobre gastos com mercado! Acho que vou escrever um email mesmo para você te falando dos gastos de quem mora em Brasília! (para você ter noção, uma kitinete básica custa cerca de 200 mil reais e subindo...)
http://www.nocudasgravadoras.blogspot.com/
ResponderExcluirAi! Esse post soou quase como um tapa na cara!
ResponderExcluirMas enfim. Esse ano tá sendo o mais controlado financeiramente. O que eu mais tenho gasto, mas, em contrapartida, construindo coisas.
2010 In.ten.so! =]
adorei o post. mesmo!
beijo!
Lola, também não gosto de cellphones, mas preciso. confesso q tô de olho nesses com web, smartphones e afins.. Mas só gasto quando é item de extrema necessidade.
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirfuncionário público tem aposentadoria integral. Não precisa poupar tanto.
a Surya tambem é assim, igual você...
ResponderExcluirsera que é genetico?
eu sou do tipo que ganha e gasta tudo igualmente, sem nenhum pensamento no futuro,,,,,não tenho celular, não vou ao cinema todo dia, mas compro livro todo mes, religiosamente.....
ps: feliz aniversario,
ResponderExcluirfui a festa de aniversario da Surya la na Paraiba,,, genial.....
Oi Lola...adorei o post, mas gosto de gastar, tenho casa própria, não penso em ter filhos...e tenho a mesma opnião de algumas pessoas...se morrer amanhã? Não dá pra querer alguma coisas, saber que eu posso comprar e me "autoflagelar" pq tenho que guardar...guardar pra que? Já tenho dinheiro guardado sufiente p/ viver um ano sem trabalhar...então, acho que cada caso é uma caso...e p/ os que gostam de gastar, sigam o conselho do nosso querido Lula, né? O dinheiro precisa circular...VAMOS GASTAAAAAAAAAAAAARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!!!!!!!!!!
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