Eu ia escrever sobre Quem Quer Ser um Milionário? hoje. Já tenho tudo anotadinho. Mas, como o filme estreou em Joinville, vou aproveitar e vê-lo no cinema antes de dar minha opinião. Escreverei minha crítica pra quarta. Aí também dá tempo pra que você veja o vencedor de 8 Oscars.
Operação Valquíria terá que sobreviver sem a minha visita. Ele ainda está passando aqui, mas o trailer não me deu vontade. Na verdade, eu e o maridão fomos vê-lo assim que chegou, na sexta re-retrasada. Sabe o que aconteceu? A cópia só viria no dia seguinte, e ficamos sem paciência pra repetir o ritual de ir ao cinema no sábado. Na penúltima sexta eu até cogitei ir lá. O problema é que estava tão, mas tão enrolada com a tese, que nem saí de casa durante dias. E hoje prefiro ver Milionário, porque filmes sobre a Segunda Guerra nunca estão entre as minhas prioridades (mesmo sendo com o Tom Cruise - tá, já saquei que sou a única no mundo que ama o Tom).
Ontem estreou também Frost/Nixon (quer dizer, nunca em Joinville), que eu vi faz um mês no computador. Não me lembro o suficiente do filme pra escrever sobre ele, nem estou a fim de vê-lo de novo tão logo. Mas eu gostei pacas, sabe? Tá muito longe de ser um grande programa, lógico. Ok, ok, vou ver o que consigo lembrar. Você pode ver aqui, pelo trailer legendado, que é tudo muito interessante.
O pó foi o seguinte: o presidente republicano Richard Nixon renunciou em 1974, prestes a ser impeachado, por causa do escândalo de Watergate (em que seus homens de confiança invadiram um prédio dos democratas). Ele se considerou injustiçado, óbvio, e seu vice, Gerald Ford, que assumiu, o perdoou em rede de TV rapidinho. Os republicanos ficaram impunes nessa sujeirada toda. Mas o filme não está muito preocupado com isso. Ele começa em 1977, três anos depois da renúncia, quando Nixon, precisando de dinheiro e louco pra reabilitar sua reputação, vende uma entrevista. E quem a compra é um tal de David Frost, um apresentador britânico de variedades, sem nenhum conhecimento político. Boa parte da história gira em torno disso: o descrédito que cerca Frost, que calha de tentar tirar uma confissão do ex-presidente, e a arrogância de Nixon, crente de que sairá vitorioso da entrevista histórica (vista por mais de 45 milhões de americanos). Prepare-se para uma enorme dose de suspense.
Uma das coisas mais legais é que, se eu não tivesse lido que o filme foi baseado numa peça do Peter Morgan, eu jamais adivinharia que Frost/Nixon já foi teatro em outra reencarnação. E com os mesmos atores nos papéis principais: Frank Langella (só lembro dele como Drácula em 79 e como Quilty na versão de 97 de Lolita) como Nixon, Michael Sheen (que interpretou Tony Blair em A Rainha, mas que não tem nenhum parentesco com Martin e Charlie Sheen - eu chequei. ) como Frost. O elenco inteiro está ótimo. O cara que faz o agente loiro do Frost é o Matthew Macfadyen, que fez Darcy em Orgulho e Preconceito (par com a Keira Knightley). Eu o acho sexy. E o Sam Rockwell, que interpreta um jornalista revoltado e idealista, foi o vilão de À Espera de um Milagre. Ah, e a moça que faz a namorada do apresentador? É a Rebecca Hall, a Vicky de Vicky Cristina Barcelona. E tem mais um montão de gente famosa pra reconhecer. Kevin Bacon também está bem, principalmente numa cena em que Nixon faz uma brincadeira com ele, ele não entende, e fica a maior saia-justa.
A cena-chave é pura ficção, imagino. É de um Nixon bêbado ligando pro Frost no meio da madrugada, antes do embate final, e não se lembrar de nada sobre o episódio no dia seguinte. Ainda que o diálogo seja imaginário, ele revela muito da personalidade dos dois protagonistas.
Frost/Nixon é um dos melhores trabalhos do Ron Howard (foto) que, apesar de ser considerado um dos diretores mais medíocres a receber um Oscar (por Mente Brilhante) e ser conhecido por fazer troços meia-boca como Código Da Vinci, dirigiu coisas acima da média como Apolo 13 e Splash, Uma Sereia em Minha Vida, e o que pra mim é uma obra-prima: Parenthood - O Tiro que Não Saiu pela Culatra (vou escrever sobre ele em breve, prometo).
Só sei que, enquanto eu via o filme, ficava me lembrando da palestra do Bob Woodward que tive a sorte de ver em Detroit. Woodward foi um dos dois jornalistas que investigaram Watergate. Na palestra, ele falou direto do Nixon. Disse que era um sujeito rancoroso, mesquinho, teimoso. A interpretação do Langella me passou tudo isso.
Operação Valquíria terá que sobreviver sem a minha visita. Ele ainda está passando aqui, mas o trailer não me deu vontade. Na verdade, eu e o maridão fomos vê-lo assim que chegou, na sexta re-retrasada. Sabe o que aconteceu? A cópia só viria no dia seguinte, e ficamos sem paciência pra repetir o ritual de ir ao cinema no sábado. Na penúltima sexta eu até cogitei ir lá. O problema é que estava tão, mas tão enrolada com a tese, que nem saí de casa durante dias. E hoje prefiro ver Milionário, porque filmes sobre a Segunda Guerra nunca estão entre as minhas prioridades (mesmo sendo com o Tom Cruise - tá, já saquei que sou a única no mundo que ama o Tom).
Ontem estreou também Frost/Nixon (quer dizer, nunca em Joinville), que eu vi faz um mês no computador. Não me lembro o suficiente do filme pra escrever sobre ele, nem estou a fim de vê-lo de novo tão logo. Mas eu gostei pacas, sabe? Tá muito longe de ser um grande programa, lógico. Ok, ok, vou ver o que consigo lembrar. Você pode ver aqui, pelo trailer legendado, que é tudo muito interessante.
O pó foi o seguinte: o presidente republicano Richard Nixon renunciou em 1974, prestes a ser impeachado, por causa do escândalo de Watergate (em que seus homens de confiança invadiram um prédio dos democratas). Ele se considerou injustiçado, óbvio, e seu vice, Gerald Ford, que assumiu, o perdoou em rede de TV rapidinho. Os republicanos ficaram impunes nessa sujeirada toda. Mas o filme não está muito preocupado com isso. Ele começa em 1977, três anos depois da renúncia, quando Nixon, precisando de dinheiro e louco pra reabilitar sua reputação, vende uma entrevista. E quem a compra é um tal de David Frost, um apresentador britânico de variedades, sem nenhum conhecimento político. Boa parte da história gira em torno disso: o descrédito que cerca Frost, que calha de tentar tirar uma confissão do ex-presidente, e a arrogância de Nixon, crente de que sairá vitorioso da entrevista histórica (vista por mais de 45 milhões de americanos). Prepare-se para uma enorme dose de suspense.
Uma das coisas mais legais é que, se eu não tivesse lido que o filme foi baseado numa peça do Peter Morgan, eu jamais adivinharia que Frost/Nixon já foi teatro em outra reencarnação. E com os mesmos atores nos papéis principais: Frank Langella (só lembro dele como Drácula em 79 e como Quilty na versão de 97 de Lolita) como Nixon, Michael Sheen (que interpretou Tony Blair em A Rainha, mas que não tem nenhum parentesco com Martin e Charlie Sheen - eu chequei. ) como Frost. O elenco inteiro está ótimo. O cara que faz o agente loiro do Frost é o Matthew Macfadyen, que fez Darcy em Orgulho e Preconceito (par com a Keira Knightley). Eu o acho sexy. E o Sam Rockwell, que interpreta um jornalista revoltado e idealista, foi o vilão de À Espera de um Milagre. Ah, e a moça que faz a namorada do apresentador? É a Rebecca Hall, a Vicky de Vicky Cristina Barcelona. E tem mais um montão de gente famosa pra reconhecer. Kevin Bacon também está bem, principalmente numa cena em que Nixon faz uma brincadeira com ele, ele não entende, e fica a maior saia-justa.
A cena-chave é pura ficção, imagino. É de um Nixon bêbado ligando pro Frost no meio da madrugada, antes do embate final, e não se lembrar de nada sobre o episódio no dia seguinte. Ainda que o diálogo seja imaginário, ele revela muito da personalidade dos dois protagonistas.
Frost/Nixon é um dos melhores trabalhos do Ron Howard (foto) que, apesar de ser considerado um dos diretores mais medíocres a receber um Oscar (por Mente Brilhante) e ser conhecido por fazer troços meia-boca como Código Da Vinci, dirigiu coisas acima da média como Apolo 13 e Splash, Uma Sereia em Minha Vida, e o que pra mim é uma obra-prima: Parenthood - O Tiro que Não Saiu pela Culatra (vou escrever sobre ele em breve, prometo).
Só sei que, enquanto eu via o filme, ficava me lembrando da palestra do Bob Woodward que tive a sorte de ver em Detroit. Woodward foi um dos dois jornalistas que investigaram Watergate. Na palestra, ele falou direto do Nixon. Disse que era um sujeito rancoroso, mesquinho, teimoso. A interpretação do Langella me passou tudo isso.
Pois é, nunca senti a mínima vontade de ver esses filmes com episódios da história norte - americana.Mas pela sua crítica até me deu vontade de ver, com tantos atores bons..
ResponderExcluirPior que dei uma espiadinha hoje no seu blog só para ver se achava a critica do filme novo do Tom, porque meu namorado está insistindo para que eu vá com ele ver "Operação Valquíria" e eu não tÔ com vontade, que surpresa a minha quando vi que nem vc Lola está com vontade! Hhahaha; BEIJOS.
Lola... vc poderia falar sobre os melhores e os piores presidentes dos EUA e Brasil em alguma cronica futura.
ResponderExcluir2 posts por dia? milagre hein!
Matthew Macfadyen realmente é sexy!!!
Lola, 'Operação Valquíria' é bem assistível, mesmo com aquela cara número única do Tom Cruise (mas eu gosto muito do Bill Nighy e do Terence Stamp, se bem que eu olho pra cara dele e só vejo a drag de 'Priscilla', hehehe).
ResponderExcluirFrost/Nixon está definitivamente na minha lista, um aluno viu a peça e ficou 'de cara' com o desempenho dos atores...
Quanto ao parentesco entre Michael e Martin Sheen, não teria como existir mesmo; o nome verdadeiro do Martin é Ramón Estevez (e o Emílio Estevez, filho dele, preferiu manter o nome latino a adotar o Sheen, como fez Charlie).
Vi o 'QQSUM' na pré-estreia. Gostei bastante, até falei sobre ele no blog, mas ainda não entendi o auê e os 8 Oscars. Enfim...
Lola,comentário meio sem noção...mas sou só eu ou a Rebecca Hall é muito parecida com a Shelley Duvall(quando ela era mais nova,na época do iluminado)?
ResponderExcluirAronovich:
ResponderExcluirO Frank Langella foi, também, o Zorro, numa versão em que o Dom Diego é muito efeminado. A frase famosa deste filme é uma dita por uma mulher numa mesa de jantar que comenta que o Zorro é um bandido terrível e está atacando os ricos nas estradas da Califórnia, no que o Dom Diego, do Frank Lagella, diz bem mole: "quero um carruagem pra me levar de volta". O Langella era muito moço nesta época, mas já mostrava a que veio. O seu Dom Diego era, realmente, muito delicado para ser o Zorro, dando uma perfeita cobertura ao seu disfarce. Coisa de ator que entende a dimensão do personagem.
Correção:
ResponderExcluirA frase famosa deste filme é uma dita por ele a uma mulher numa mesa de jantar, que comenta que o Zorro é um bandido terrível e está atacando os ricos nas estradas da Califórnia...
Também gostei do filme, mas acho de certa forma supervalorizado. Dúvida, Foi Apenas Um Sonho, Wall-E, A Troca ou Batman mereciam mais uma indicação ao Oscar de Melhor Filme. Mas é compreensível a tal empatia dos americanos com ele, não que eu concorde, mas entendo porque ocorre.
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirEssa cena do Nixon ligando pro Frost é fictícia até certo ponto: o ex-presidente tinha mania de ficar bêbado e ligar pros desafetos, sem recordar de nada na manhã seguinte.
Beijos!
Lola, terminarei de ler a sua crítica depois, pois agora estou com tanto sono que teria que fazer muita força mental...e ela está toda voltada para não dormir no trabalho.
ResponderExcluirMas como li o comecinho, deixe-me dizer que eu assisti Operação Valquíria e adorei. Ok, eu usualmente adoro o Tom Cruise e ele está muito bem no seu personagem, em especial porque é o típico personagem que eu gosto muito e me identifico. O único porém é que eu obviamente sabia que a coisa ia acabar mal e passei o filme toda angustiada com isso.
Nixom e Milionário eu não assisti ainda e, sendo sincera, nem sei quando assistirei. Talvez se minha colega de apto baixar. O cinema está tão caro...
Adorei Frost/Nixon.
ResponderExcluirDesde o trailer me conquistou. Adorei o clima de suspense e tensão em que cerca o embate entre eles.
Putz, eu não tinha reconhecido a Rebeca Hall, e olha que sou fã de Vicky Cristina. Deve ser pq ela está toda sem sal nesse último, e super atraente no filme do Woody.