

Cabe aqui uma explicação. O romance, de 1991, vendeu muitas cópias e causou furor entre as feministas, que o acusaram de misógino. Ele descreve com detalhes vários tipos de torturas, mutilações genitais, enfim, todo tipo de violência contra prostitutas (que não são as únicas vítimas do protagonista; tem também os sem-teto e alguns colegas, mas sua preferência é mesmo por matar mulheres). Uma cena gráfica - vou te poupar dos detalhes - inclui um rato numa jaul



Mas, voltando à performance da feminista radical numa livraria, imagine a cena: ela lia, em voz alta, trechos horrendos do livro. Alguém chamou a polícia e ela foi presa. Não soa estranho pra você?
Vejamos: o livro não sofreu nenhum tipo de censura. A feminista não estava inventando nada de novo, apenas lendo diretamente do romance. Ela estava fazendo uma performan


Bom, só isso já rendeu e continua rendendo dezenas de livros, mas, voltando mais uma vez à feminista radical, ó dificuldade de ir direto ao ponto!, perceba que não estou julgando nada. Sou contra a censura. Não acho que o livro mereça ser censurado,


Ok, a gente não sabe a história inteira. Vai ver que a feminista estava fazendo um escândalo. Vai que havia crianças ouvindo aquelas atrocidades. Vai que o pessoal confunde livraria com biblioteca e pede silêncio absoluto. Mas isso tudo me fez pensar sobre o poder da palavra. Mais de 75% dos filmes made in USA não são roteiros originais, mas adaptados de outras fontes, geralmente de livros (e, no verão, de revistas em quadrinhos). É indiscutível que os filmes têm muito mais alcance que os livros. Claro que o

Opa, não sei se você notou, mas me perdi. Não sei onde quero chegar. Por favor, chegue a umas conclusões por mim. Na vã tentativa de encontrar alguma, fui ao jardim arejar minha cabecinha já de vento e vi de onde estava vindo a barulheira que venho ouvindo. É algum vizinho tocando pagode com amigos, eles mesmos produzindo a música (medonha, por sinal). Se a mesma música no mesmo volume viesse de um cd-player, eu estaria revoltada. Mas por quê? Não são ambas performances? Por que uma me irrita menos que a outra? Pra qual eu chamo a polícia?
Minha arte é tão crua, às vezes.
