BOLSOMINIONS EM DESESPERO VENDO BOLSO CAIR POR CORRUPÇÃO

Hoje está sendo um dia difícil pro Gabinete do Ódio. Depois de uma semana desastrosa e de denúncias fortes sobre corrupção no governo, bolsominions estão atirando em todas as direções. Comemoram a execução de Lazáro Barbosa, caluniam Maria do Rosário, inventam que os responsáveis pela compra superfatura da Covaxin é dos senadores da CPI... 

Até Adélio ressuscitaram! Quando jogam Adélio no jogo é sinal de que o desespero está gigantesco. Vale tudo pra fingir que Bolsonaro não está caindo por corrupção!

O negócio é tão bizarro que a melhor defesa de Bolso passa a ser apelar pra incompetência. "Não tenho como saber o que acontece nos ministérios", declarou ele hoje. Em agosto de 2019 o discurso era diferente: quem mandava nos ministérios era ele. Agora ele passa a responsabilidade pros outros, pra variar.

A compra da Covaxin é apenas um dos fortes indícios da corrupção que está rolando no governo federal. No fim de semana ficamos sabendo que a Precisa, que intermediou o contrato com o laboratório indiano, cresceu um monte bem no governo Bolso. Também apareceu outra vacina superfaturada negociada com intermediários (desta vez a Belcher Farmacêutica, de um amigo do deputado, ex-ministro da Saúde, deputado federal e líder do governo Ricardo Barros), a CanSino. Após essas novas denúncias, o laboratório chinês avisou a Anvisa que a Belcher não representa mais a empresa no Brasil. 

Ontem o cientista social Leonardo Rossatto fez uma thread muito didática (transformada em post) explicando como funciona o esquema de corrupção das vacinas. Laboratórios sem representação no Brasil, casos da Sputnik, Covaxin e CanSino, são escolhidos a dedo. Intermediários ligados a Ricardo Barros (lembrando: líder do governo na Câmara) oferecem as vacinas por preços muito maiores. "Na Sputnik não deu certo porque os governadores do Nordeste resolveram negociar diretamente com o Instituto Gamaleya", informa Rossatto.

Para priorizar as vacinas que permitem propina, o governo Bolso sabotou as vacinas CoronaVac, Pfizer e Janssen, porque elas já tinham representantes no Brasil. Rossato resume assim: "Todo o atraso na vacinação brasileira é fruto desse esquema do Bolsonaro com o Ricardo Barros. E nem dá pra falar que é só do Ricardo Barros: Flávio Bolsonaro levou pessoalmente Francisco Maximiano ao BNDES pra viabilizar financiamentos". Nas palavras de Samir Alim, "teu parente morreu pra alguém ganhar dinheiro com isso". 

Outra informação deliciosa foi que, dois meses depois de Bolso ouvir de Luís Miranda e seu irmão sobre as suspeitas na compra de Covaxin, e dizer, segundo eles, "Isso é coisa do Ricardo Barros", o presida nomeou para um emprego dos sonhos (ser conselheira de administração de Itaipu: salarío de R$ 27 mil mensais para participar de reuniões que ocorrem a cada dois meses) a esposa de... Ricardo Barros. Saber que está ocorrendo corrupção e não mandar investigar é no mínimo prevaricação. Premiar o denunciado deve ser um outro crime ainda maior.

Mas parece que há muito mais corrupção pra se investigar. E aqueles testes que nunca foram usados? E a insistência na cloroquina? A jornalista Tereza Cruvinel sempre afirmou que a negligência do governo na compra das vacinas envolvia mais que incompetência ou negacionismo. Envolvia corrupção mesmo. Com Coronavac e Pfizer não havia intermediários, logo, não havia oportunidade para negócios (leia-se propina). Com a Covaxin, havia. Só que essa "demora" estratégica do governo para lucrar em cima da desgraça alheia pode ter causado 400 mil mortes.

Vem mais por aí. Por isso os senadores já estão pedindo a prorrogação da CPI, que terminaria em agosto. E repito o que eu vivo dizendo no Twitter: se Bolso não cair com este escândalo, ele não cai mais. Termina o mandato. E aí não se reelege, porque o povo brasileiro não pode ser assim tão burro e suicida duas vezes. E porque eu sou uma otimista incorrigível.