É hoje que Bolso começa a cair pra valer? Espero que sim!
Mas, como pessoas menos otimistas do que eu já apontaram no Twitter, este é praticamente o terceiro Fiat Elba do genocida e nada aconteceu, então... Fora que é duro confiar num podre como o deputado Luis Miranda (DEM-DF), que agora os bolsonaristas andam dizendo que é idolatrado pela gente! Como se nós da esquerda é que tivéssemos votado num cabra desses...
O fato é que, como disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid e um dos grandes destaques, “A CPI entrou em uma fase nova. Até então estávamos investigando negacionismo, gabinete paralelo, omissão na compra de vacinas. Agora, vamos começar a investigar corrupção". Era exatamente isso que os bolsonaristas cobravam da CPI: que investigasse casos de corrupção na pandemia! E agora que a CPI faz isso, eles chiam! Nunca estão satisfeitos.
É no mínimo curioso o genocida ter sido contra todas as vacinas, menos a Covaxin. Ele ignorou dezenas de emails da Pfizer, e até hoje faz propaganda contra a Coronavac. A única que ele se empenhou pessoalmente para comprar rapidinho (sem aprovação da Anvisa, que só veio meses depois) foi a Covaxin. Bolso até enviou carta a Modi, primeiro-ministro da Índia, pedindo a vacina. O que será que ela tem que as outras não têm? Talvez um item chamado propina?
O pior governo de todos os tempos estava disposto a pagar dez vezes mais (US$ 15 a dose) pela Covaxin do que o preço anunciado pelo laboratório Bharat Biotech em agosto de 2020. E foi a única que teve intermédio de empresa privada (a Precisa), ou seja, não foi negociada diretamente com o laboratório, como as outras. Quantos milhões foram pro bolso do Bolso?
Era pra que 20 milhões de doses fossem entregues de forma escalonada entre março a maio, ao custo de R$ 1,6 bilhão. Até junho, nenhuma dose havia chegado. E tem mais: Flávio Bolsonaro fez a ponte entre o BNDES e empresa Precisa Medicamentos, intermediária das compras de vacinas superfaturadas da Covaxin. Alguns dias depois de fechado o contrato, ele comprou sua mansão de 6 milhões de reais. Mas é tudo uma feliz coincidência, lógico!
A Madison Biotech, a empresa que queria cobrar 45 milhões de dólares adiantados do Ministério da Saúde pela Covaxin, pertence à Biovet Private Limited, uma empresa de vacinas pra gado (piada pronta, né?). Suspeita-se que a Madison seja uma empresa de fachada, criada em fevereiro de 2020 para ocultar transações irregulares e assim lucrar com a pandemia. O Intercept foi até Singapura, um paraíso fiscal, para tentar encontrar a empresa (veja o vídeo).
Uma das desculpas da base bolsonarista para tentar livrar a cara de Bolso do escândalo é que a compra não foi feita. Mais uma mentira. O ministério da saúde assinou contrato com a Precisa Medicamentos para a compra da Covaxin em 25 de fevereiro de 2021. Pelo menos cinco perfis oficiais anunciaram a compra: o próprio ministério da saúde, o secretário de comunicações Fábio Faria, o senador e filho 01 Flavio Bolsonaro, e o deputado bolsonarista Bibo Nunes. Agora a narrativa é que o governo comprou somente 3 milhões de doses, não 20. Só essa discrepância entre os números já é um bom indício da corrupção.
Dois dos nomes-chave desta confusão são o deputado Luis Miranda, que chegou para depor hoje na CPI com colete à prova de balas e bíblia (após ter sido ameaçado pelo sinistro Onyx e por Dudu Bananinha, que querem acionar a PF para investigar o deputado e seu irmão. Onyx foi ainda mais longe: em tom miliciano, avisou que o "traidor" iria pagar), e seu irmão com o mesmo nome, o servidor Luis Ricardo Miranda.
Ambos dizem ter se encontrado pessoalmente com Bolso no dia 20 de março para passar suas suspeitas sobre a compra da Covaxin. O presidente disse que iria pedir pra PF investigar. E não pediu.
Além disso, o servidor alega ter sofrido "pressão atípica" para que o contrato fosse assinado, e jura que Pazuello foi exonerado do cargo de ministro da Saúde por não ceder à corrupção.
E hoje Bolso deu outro chilique, xingando uma jornalista (quase sempre são mulheres) que perguntou sobre a Covaxin. Quando não está gritando descontroladamente, o genocida faz o que sabe fazer de melhor: se vitimizar. Diz ser "incorruptível" e insiste na narrativa de que acabou com a corrupção no Brasil.
Pra quem não tem corrupção pra esconder, bem que o governo está tentando tudo o que pode para tumultuar a CPI. Vale até ameaça miliciana! Sinceramente: teve outro governo em que um ministro ameaçou um deputado (ainda mais da base aliada)?
Estamos na torcida para que a Covaxin imunize o Brasil do vírus Bolsonaro, a pior variante de todas!
Muito obrigada querida por esta postagem bem completa de mais esse escândalo de corrupção do governo federal. Esse escândalo e a pesquisa que calcula que Lula ganha no primeiro turno dão esperança. Que Bozo caia!Abraços Lola.
ResponderExcluirAê esquerdalha, tão achando que vão derrubar o mito com esse casinho mixuruca de "corrupção"? Corrupção profissa é isso aqui ó:
ResponderExcluirhttps://www.diariodocentrodomundo.com.br/ricardo-barros-do-escandalo-da-covaxin-tem-ligacao-com-farmaceutica-intermediaria-de-outra-vacina/
https://www.viomundo.com.br/politica/vivaldo-barbosa-boazinhas-e-puras-as-nossas-elites-agora-querem-tirar-bolsonaro-o-povo-dara-o-troco-nas-eleicoes.html
ResponderExcluirChina não quer mais saber de Luciano Hang e Carlos Wizard (nem de Ricardo Barros):
ResponderExcluirhttps://revistaforum.com.br/blogs/blogdorovai/cansino-rompe-com-empresa-de-amigo-de-ricardo-barros-em-compra-de-52-bilhoes-em-vacina/