Hoje tenho várias notícias sobre a direita que cria e espalha ódio. Resta saber a conexão entre elas.
Um caso grave é o envolvimento de Jair Bolsonaro com as mentiras. Certo, todo mundo sabe que ele foi eleito graças às fake news do WhatsApp e que o Supremo deu carta branca pra que ele continuasse fazendo isso. Mas não podemos nos acostumar com isso. Não é aceitável que um presidente (ou seus filhos) coordenem uma rede profissional de calúnias e difamações.
Não consigo entender como o Twitter permite a ação de bolsobots. Se você não sabe o que são, são os robôs do Bolsonaro. Contas no Twitter com pouquíssimos seguidores, cheias de números no nome, geradas recentemente, e que surgem em massa para atacar desafetos ou divulgar mentiras. Se alguém ainda tem alguma dúvida, é só conferir que todas as hashtags pró-Bolso, sem exceção, entram nos Trending Topics de países que nem falam português, como Malásia e Ucrânia.
Bolsominions difamando deus |
Obviamente o Twitter tem tecnologia para barrar robôs na sua rede. Provavelmente não o faz porque seus números cairiam muito (a quantidade de robôs é imensa,e é uma indústria, com firmas que criam e vendem milhares de perfis para inflar contas). Mas é intolerável que a inércia do Twitter permita que o exército de robôs de Bolso ataquem pessoas reais impunemente e dominem o debate.
Ontem os bolsobots lançaram e mantiveram no topo durante horas a tag #EstadaoMentiu (hoje substituíram por #AImprensaMente).
Eu entrei e vi um monte de ofensas a uma jornalista, Constança Rezende, e, claro, ao jornal. Numa gravação em inglês com legendas em português que não combinavam muito com o que estava sendo dito, a repórter dizia que as investigações sobre Flavio Bolsonaro só foram noticiadas depois das eleições. Eu ouvi aquilo e pensei: ué, isso depõe contra a direita. Quer dizer que havia gente que sabia das falcatruas da famiglia Bolso, mas guardou as informações para que ele não perdesse as eleições. Os bolsominions encararam aquilo como conspiração internacional para derrubar o governo, como se as movimentações de Queiroz fossem uma ficção.
Bolsominions contra a "impressa" |
A origem da acusação contra a repórter surgiu no site Terça Livre, especializado em teorias da conspiração e fake news, como todos os canais da direita. Mas não foi só uma mentira. Foi uma montagem do áudio, com pausas e frases selecionadas (além de legendas que não batem). Pra piorar, Constança nunca falou com o jornalista francês que o Terça Livre coloca como autor da entrevista com ela. No dia 23 de janeiro, pelo que apurou o Estadão, ela conversou com um suposto estudante americano que disse estar fazendo um estudo comparativo entre Trump e Bolso.
Isso tudo já é bastante sério, mas o próprio presidente tuitou a mentira. Ele escreveu num tuíte que a repórter "diz querer arruinar a vida de Flávio Bolsonaro e buscar o impeachment do presidente", que ela é filha de um jornalista do Globo (ué, não pode?), e que "querem derrubar o governo com chantagens desinformações e vazamentos".
É irônico que um noticiário de direita que apoiou a eleição de Bolso seja chamado de comunista, mas esta é a sina de toda a mídia numa ditadura, ainda mais nos tempos de internet. A intenção da direita é desacreditar toda a imprensa. Pra Olavão e cia, Veja, Globo, Folha, enfim, todo mundo, é de esquerda e contra a direita. Eles fazem campanhas para que leitores deixem de assinar esses veículos e se "informem" apenas através de canais recomendados por Bolso. Canais que não somente são totalmente a favor de Bolso como também inventam um monte de fake news.
Outra notícia interessante é a que foi publicada ontem por um site de esquerda, o Diário do Centro do Mundo. O site teve acesso a um podcast gravado por Loen e Hiram, trolls bastante conhecidos no Twitter, que atacam a mim e a muitas outras pessoas de esquerda (principalmente feministas) há anos. No podcast, Hiram, que está morando na Suíça (ele trabalhava na TAM de Joinville mas foi demitido depois da empresa saber o que ele fazia na internet), conta como se encontrou com Bolso, Sérgio Moro, a comitiva toda, em Davos. Pra conseguir isso, ele entrou em contato por DM (direct message) com Eduardo Bolsonaro, que lhe deu acesso irrestrito.
O DCM , que já havia publicado um perfil sobre Hiram dois anos atrás, em que afirmava que ele era um "Proud Boy" (uma organização supremacista), e dono da página "Antes e Depois da Federal", no Facebook, diz que ele foi o primeiro perfil a atacar a filha menor de idade de Maria do Rosário. Ela foi difamada em massa há dois anos, e comparada com os filhos de Bolso (que seriam modelos de ética, enquanto a deputada depravada só poderia criar uma filha degenerada). O DCM aponta que o 55chan fez alguns dos ataques. Mas eu acompanhava o Dogolachan na época e sei que ele também colaborou.
Eu ouvi esse podcast citado pelo DCM (no mesmo podcast, Loen conta que espalhou fake news sobre Jean Wyllys), e é aquele festival de misoginia, racismo e homofobia de sempre, marca registrada da direita. Não resta dúvida pra mim que tanto Hiram quanto Loen são channers e mascus. Eles usam o mesmo vocabulário de mascus e têm a mesma ideologia (mulher não presta, "travesti é melhor que mulher"). Ainda não sei se eles fazem parte também do Dogolachan. Num outro podcast de Hiram que escutei, ele se posicionava contra mulher poder votar e exercer cargos públicos.
Infelizmente, apenas Hiram ter se encontrado com Bolso em Davos e ser seguido por ele e seu filho Dudu no Twitter não é prova de que trolls são contratados por eles para perseguir e difamar inimigos políticos (e seus familiares). Mas é mais um indício dessas ligações perigosas. Afinal, se a famiglia Bolso tem conexões com as milícias de carne e osso, por que não teria com as milícias virtuais?
A outra notícia chegou até mim ontem à noite. Existe um filósofo e escritor muito bom, Henry Bugalho, que tem feito ótimos vídeos no seu canal no YouTube. Como ele tende à esquerda, alguns de seus vídeos são críticos (mas comedidos, coerentes, com fontes confiáveis) a figurinhas da direita, como Olavão, Nando Moura e, mais recentemente, um jovem "analista" da Joven Pan (emissora que virou um reduto tão reaça que estamos chamando de Jovem Klan), Caio Coppola. Ontem Henry divulgou esse print do Dogolachan (que está na Deep Web desde setembro):
É uma ação rotineira do chan: tentar incriminar alguém. No print, um mascu sancto diz que conseguiu o endereço de Henry (que mora na Espanha com a esposa Denise) com o "anão do embu" (como Nando Moura é conhecido; lógico que a palavra de um anônimo num chan não vale nada, mas os boatos de que Nando é channer e está envolvido com milícias virtuais já têm muitos anos). No fórum, os mascus compartilham ideias de como incriminá-lo: comprar espaço num site e pedir pra uma "dogoleira" gravar um áudio dizendo que foi molestada por ele (a Emma ainda existe? Pensei que ela estivesse internada).
Minha solidariedade a Henry e Denise. Eles fizeram a coisa certa: além de registrarem queixa na delegacia, divulgaram as ameaças. Esta é uma eficaz arma de defesa. Como ele tem um canal que só cresce, muita gente já fica vacinada contra as prováveis mentiras que os sanctos vão espalhar sobre ele. Se reaças maiores ajudarem a divulgar essas mentiras, vale a pena processá-los.
A quadrilha do Dogolachan não parece que vai parar, mesmo depois de seu líder, Marcelo, ter sido preso (em maio) e condenado a 41 anos de prisão (em dezembro). Falta prender o resto da quadrilha, que segue cometendo crimes e ameaçando. Eu continuo recebendo ameaças semanais nos comentários do meu blog ou por email. Faz dez dias, recebi este email:
Clique para ampliar |
Veio assinado por um tal de Breno Alves, que festeja o crescimento do Dogolachan na deep web e promete que, "com a quantidade de doações que estamos recebendo, em breve vamos finalmente contratar algum pistoleiro em Fortaleza para matar você. Sim, você irá morrer ainda esse ano, em uma simulação de latrocínio, eu juro em nome de Deus e com a mão no túmulo do meu pai".
A Polícia Federal já tem o nome completo, cidade onde ele mora (Franca, SP), imagens dele. Eu enviei esses dados pra polícia quando Breno fez um vídeo em que dizia: "Kyo, meu confrade, que saudade de você, meu amigo. Mas por outro lado eu fico feliz e satisfeito com seu recente acto de ter aleijado aquela sapatona imunda e ter condenado ela a uma vida infeliz. Muito bom, meu irmão. Te abençoo aonde for que você esteja. Fique tranquilo, que em breve eu vou te acompanhar, e eu pretendo levar comigo a Lola, meu confrade, ela não vai te difamar e não vai difamar nenhum confrade mais. Isso eu prometo aqui, perante todos. Abraço, meu irmão".
Kyo, ou André Garcia |
Kyo, ou André Luiz Gil Garcia, foi um mascu sancto que esteve ao lado de Marcelo desde pelo menos 2011. Ele chegou a ser moderador do Dogolachan durante vários anos. Porém, quando Marcelo e Emerson (hoje foragido na Espanha) foram presos pela Operação Intolerância, Kyo (cujo nome real não conhecíamos na época) ficou livre, e continuou tocando o site de ódio. Um mês depois de Marcelo ser preso pela Operação Bravata, em maio de 2018, Kyo deixou uma mensagem no chan anunciando que iria se matar. Ouviu o mesmo de sempre: "Leve a escória junto". Ou seja, mate mulheres, feministas, negros, LGBT, e só depois se suicide, e vire ícone. Houve várias ofertas para comprar uma passagem só de ida para Kyo vir a Fortaleza me matar.
Na mesma noite, Kyo saiu às ruas da pequena cidade onde morava (ele tinha 29 anos e não estudava, não trabalhava, não namorava, morava com os pais), Penápolis, SP, e assediou duas moças que ele nunca tinha visto na vida. Elas saíram correndo, e ele usou sua arma calibre 22 para covardemente atirar numa delas pelas costas. Acertou a nuca de Luciana, 27 anos. Andou mais um quarteirão e se matou. Luciana aguentou vinte dias numa UTI, mas não resistiu e morreu em 5 de julho. Uma leitora me informou que Luciana estava com sua namorada quando foi abordada. Quando Breno gravou o vídeo, Luciana ainda estava viva.
Breno já tinha indiretamente aparecido na TV. Em 2017, ele vestia uma camiseta de Bolsonaro quando passou numa praça de Franca e bateu com seu capacete na cabeça de um rapaz negro que estava sentado num banco. Na maior cara de pau, Breno processou o rapaz que o acusou (e depois abandonou o processo). Você pode ver a reportagem aqui. Quer dizer, se houvesse qualquer interesse em prender a quadrilha, a PF poderia entrar em contato com o delegado da Polícia Civil do caso, e, no mínimo, chamar Breno para explicar as ameaças a mim (a PF tem o vídeo).
Eu já disse e repito: os mais antigos apoiadores de Bolso à presidência (quando ele não passava de uma piada) são os misóginos. Eles já faziam campanha pra ele em 2010. E continuam muito fiéis. Sentem-se representados por ele. Fantasiam com o dia em que todos eles possam portar armas e criar mais "heróis" (homens frustrados que atirarão na "escória"). E isso vai acontecer, se a polícia não agir logo. Por outro lado, qual a vontade deste governo em investigar e prender seguidores do presidente?
Um jornalista pelo qual não tenho o menor apreço, Reinaldo Azevedo disse há poucos dias que seu site havia sido hackeado, e que, em quatorze anos fazendo oposição (virulenta) ao PT, ele nunca tinha passado pelo que está passando ao se opor ao governo de Bolso. Pois é.
Cria corvos, imprensa, que te arrancarão os olhos.
A postagem é abrangente, esclarecedora, porém discordo quanto o apoio ao Bolsonero ter começado em 2010, o início foi quando a rede ficou mais popular, acessível e surgiu uma das primeiras redes sociais que foi o Orkut e seres como Silvio Koerich, Doutrinador, o cambalacheiro metido a filósofo encontraram terreno fértil e a captação de simpatizantes em comunidades sem vínculo com misoginia, machismo, haviam divulgações o tempo todo da "obra literária " de Nessahan Alita, foi onde esse ovo de serpente começou a ser chocado. Devido o massacre do Realengo, operação intolerância muita gente comemorou e pensou em tranquilidade, grave erro, pois foi o silêncio perigoso, estavam a arquitetar algo como este atual, eleições vencidas no urro, na verborragia, virulência, truculência, violência afinal o Bolsonero e filhos atendem aos anseios de misóginos, preconceituosos, racistas, religiosistas, milicianos e tudo de mais podre, torpe, doentio. É ficar em alerta o tempo todo agora é a notícia de simpatizantes do Bolsonero na Suíça tem algo maior e perigoso a espreita. O descuido com especialistas, profissionais e pessoas com excelentes conhecimentos em tecnologia da informação, pois são seguidores e até trabalham para o Bolsonero e família, usam o conhecimento para agir como uma milícia virtual por interesses escusos, ganância, poder, status e algum momento de fama. Quanto ao Henry Bugalho tem um foragido dessa turba raivosa fanática na Espanha. É manter a mente esperta e alerta.
ResponderExcluirLola, eu conheci a sua figura apenas depois da prisão do Marcelo. E fiquei muito chateado de nao tê-la conhecido antes! Lola, muito obrigada por fazer o que faz, você é uma inspiração, e faz certamente muitas mulheres acreditarem em suas forças. Eu espero que você viva 200 anos, e mesmo depois disso, sua escrita permaneça, pois ela nos traz todos os dias uma lição diferente! Neste pouco tempo, passei a entender melhor o paradoxo da intolerância, de que devemos ser tolerantes, mas jamais tolerar a intolerância. Minha visão sobre o feminismo mudou um pouco e se fortaleceu. Não é apenas um eco distante, é algo real, massivo e maduro. Me sinto bem lendo o que vc escreve, dessa forma pontual e sem medo de falar o ponto, com sua genialigeni. As brasileiras precisam de vc, e de mais mulheres como vc!
ResponderExcluirColoque vários processos contra esses imundos Lola, não existe isso de um louco ficar tranquilamente te ameaçando e não ser nem mesmo processado. Isso não forçaria a PF a ir atrás desse anormais?
ResponderExcluirE como dá pra perceber, todos eles têm essa sexualidade perturbada, dizer que travesti é melhor que mulher é coisa de enrustido misógino mesmo.
Achei sério demais o Nando Moura ter passado o endereço do Henri,ja faz um tempo que ele é suspeito de ligação com esses lunaticos incluindo suas falas onde não consegue esconder sua homofobia e racismo.Precisa ser investigado.
ResponderExcluirSe decidam. Ou a imprensa( Folha, Globo, Veja, estadão etc) fala a verdade sobre o Bolsonaro ou mente sobre o Lula.
ResponderExcluirO contrario também é verdadeiro. Se para bolsonaristas a imprensa está sempre mentindo, também mentiu sobre Lula. E o bizarro é que dizem que Lula é comunista e a imprensa também. Estranho né?
ExcluirA milícia virtual do Bolsonero por aqui? Nada de novo,afinal são como papel higiênico : o ídolo caga e eles limpam a bosta. Enquanto isso vem uma reforma da previdência para deixar as pessoas na miséria, pois a reforma trabalhista só prejudicou a trabalhador, mas quem vive às custas do pai ou é possível herdeiro (a) de um império desconhece, os impostos continuam altos bastante ver os talões de água e energia elétrica ou mesmo o cupom fiscal do supermercado, mas está tudo bem para quem aposta na bolsa de valores .
ResponderExcluirÉ preciso muita cautela. A imprensa falar mal do Bolsomijo? Não precisa, pois a criatura faz isso sozinho ou acompanhado da corja que os segue, sinistros dementes e do Cambalacheiro metido a filósofo que o "orienta", eu não leio sobre a imprensa falar dos erros (e são vários) , das ofensas, atitudes condenáveis do pessoal do MBL tanto do Kim Kata bosta, Mamãe Defequei, do Fernando Capitão do mato Feriado. Isso sim me preocupa, pois esses são iguais ou piores do que o Bolsomijo e o 1,2 e 3.
ResponderExcluirLola, outra rede de fakenews que deveria ser melhor investigada é aquela que era formada pelo Ernani Fernandes Barbosa Neto e Thais Raposo Chaves. Ernani e Thaís criaram a primeira rede de fakenews de amplo alcance, que foi muito influente em junho de 2013. Em maio de 2013, o casal criou o site e página do facebook Folha Política (e vários outras páginas como Gazeta do Poder, Ficha Social, etc, que replicavam os conteúdos do Folha Política. Era uma rede com mais de 20 páginas no facebook, páginas supostamente de humor, de esportes e de política, todas replicando os conteúdos da Folha Política. Somadas, tinham, já em 2014, mais de 4 milhões de seguidores). Essa página no facebook chegou a ter mais de 3 milhões de seguidores. Aliás, o Ernani também produziu e distribui conteúdos para a página "MCC-Movimento Contra a Corrupção". Tudo isso começou em maio e junho de 2013. (Depois vou indicar o site com os prints que comprovam a data de criação do site). Aliás, lembra que lá pelas tantas, nas marchas de junho/julho de 2013, começaram a aparecer, do nada, placas de reivindicações contra a PEC 37? Mas o que era essa PEC, e como ela afetava diretamente a vida dos jovens manifestantes? Era uma PEC que limitava os poderes de investigação do Ministério Público, que impedia que promotores e procuradores iniciassem investigações por iniciativa própria. (Curioso, seria interessante investigar como é que uma proposta de emenda constitucional tão específica e que beneficia diretamente o MP apareceu e se tornou uma das principais reivindicações dos jovens que reivindicavam melhorias no transporte, na saúde e educação. Minha hipótese é que essa pauta foi introduzida artificialmente naquelas 'jornadas' de junho de 2013, com a colaboração ativa das páginas do facebook "MCC-Movimento Contra Corrupção" e "Folha Política", comandadas por Ernani Fernandes Barbosa Neto.
ResponderExcluirErnani tinha um canal no facebook chamado Ficha Social, no qual fazia vários vídeos simulando noticiário, para espalhar fakenews e posições virulentas. Kim Kataguiri, antes se organizar em torno do MBL, era presença constante nos vídeos do canal.
O pai de Ernani Fernandes - Ermindo Fernandes Barbosa Neto - é coronel da reserva e entre 2013 e 2015, foi assessor especial do general Enzo Peri, Comandante do Exército Brasileiro. Ou seja, entre o rapaz Ernani e a pessoa que ocupava a mais alta posição do Exército havia apenas uma pessoa: o coronel Ermindo Fernandes.
Ermindo sabia das atividades do filho como produtor de conteúdo e administrador de uma rede de fakenews. Na época, localizei o perfil de Ermindo no Youtube e no Facebook, ele curtia e comentava as postagens do MCC, Folha Política, Ficha Social.
Diario do Centro do Mundo (em 2015), Agência APublica (em 2015), e UOL (em 2018), nesta ordem, foram os veículos que fizeram alguma investigação sobre essa que foi a primeira grande rede de fakenews do brasil na internet (na TV, primeira rede a propagar mentiras, difamações foi a TV Globo, no rádio foi Carlos Lacerda). O que estes veículos não investigaram a fundo, e que, a meu ver, é essencial que seja feito com urgência, é investigar qual é relação do Exército com essa rede de fakenews, e também se Ministério Público (esse mesmo MP que fez um acordo ilegal e bilionário com a Petrobras) também teve algum envolvimento, e de qual natureza. Até hoje está muito mal explicada a demanda contra a PEC 37 "brotar" nas manifestações de junho de 2013.
Não há nada de muito espontâneo no surgimento, treinamento e agenciamento dessas redes de fakenews.