segunda-feira, 21 de agosto de 2017

OS HOMENS EXPLICAM TUDO PRA GENTE

Saiu agora no Brasil pela editora Cultrix, com tradução de Isa Mara Lando, o livro clássico (e recente, de 2014) da escritora e feminista americana Rebecca Solnit, Os Homens Explicam Tudo pra Mim.
Solnit começa narrando um caso instigante, mas nada incomum para as mulheres: numa festa a que ela foi com uma amiga, um homem rico se pôs a discorrer, “com aquele olhar presunçoso que eu conheço tão bem nos homens quando começam a falar e falar, com os olhos fixos no horizonte nebuloso e distante da sua própria autoridade”, sobre um livro que ela havia escrito. Apesar da amiga tentar interrompê-lo várias vezes para alertar que aquele era o livro dela, o Sr. Muito Importante demorou até parar de explicar para a autora tudo que ela deveria saber sobre o livro.
Esse é um comportamento bastante clichê. Não que mulheres não possam ser paternalistas e condescendentes. Mas é uma atitude tipicamente masculina. Perco a conta de quantos homens vem todos os dias explicar o que é feminismo pra mim, que sou feminista há quatro décadas e mantenho um dos maiores blogs feministas do Brasil há quase uma. 
Versão portuguesa
do livro
Essa atitude de muitos (não todos!) homens, que talvez na maioria das vezes sequer seja proposital (eu sou otimista desse jeito), tem o poder de impedir as mulheres de falar e de serem ouvidas quando ousam falar, de mostrar às mulheres, principalmente às jovens (como é feito com o assédio sexual nas ruas), que o mundo não pertence a elas. Como diz Solnit, “É algo que nos deixa bem treinadas em duvidar de nós mesmas e a limitar nossas próprias possibilidades -– assim como treina os homens a ter essa atitude de autoconfiança total sem nenhuma base na realidade”. 
Solnit também narra um outro episódio em que um tradutor zombou dela, num jantar, quando ela disse (e ela já havia publicado um artigo sobre isso) que um grupo, o Women Strike for Peace, foi importante em derrubar o HUAC (comitê responsável pelo macartismo, período vergonhoso de "caça às bruxas" nos EUA), em 1961. Lógico que ela estava certa, mas o sujeito falou a besteira com tanta autoridade que, quando ela voltou ao seu quarto, teve que checar a internet para se certificar. É divertido porque ela deixa um recado pra ele no livro: “Cara, se você está lendo isto, saiba que você é uma espinha inflamada no rosto da humanidade e um obstáculo à civilização. Sinta vergonha”.
A propósito, não foi Solnit que criou o termo mansplaining (que eu ousei traduzir para homexplicanismo). O termo foi inspirado pela publicação de seu ensaio, mas não veio dela. Ela nem usa muito a palavra, porque passa a ideia de que essa é uma falha inerente dos homens. Em 2012 o termo já estava sendo usado na grande mídia dos EUA, e continua até hoje. 
E, como Solnit aponta em outro ensaio do livro, “#SimTodasAsMulheres”, as palavras são importantes. Na década de 1960, termos como violência doméstica, assédio sexual, estupro marital e cultura do estupro, entre outros, sequer existiam. Como podemos denunciar um problema que não conseguimos nomear? Para Solnit, dar nome às coisas foi uma das conquistas do feminismo. E ela, assim como eu, também é otimista. Para ela, não há volta: o feminismo veio para mudar o mundo.
Pessoas queridas, quero falar mais ainda deste livro sensacional, até porque o que comentei aqui refere-se basicamente ao primeiro capítulo. Mas é o seguinte. Pedi à editora três exemplares (um pra mim, outro pra biblioteca da UFC), e ela os mandou pra mim. Portanto, tenho um exemplar aqui prontinho pra ser enviado pra você. Quero fazer um sorteio, algo que não faço há muito tempo e que, pra falar a verdade, não deu certo da outra vez que fiz, porque a pessoa que ganhou não apareceu para me mandar o endereço pra que eu pudesse mandar o livro pra ela.
Este livro aqui
Espero que funcione desta vez! Pra participar do sorteio, é só você comentar com um nome ou avatar (não pode ser anônimo!) neste post. Pode comentar mais de uma vez, mas só um comentário será válido. Ainda esta semana eu usarei um site que sorteia um número para escolher um dos comentários. Aí a pessoa que ganhou me envia o endereço por email e eu envio o livro pra ela. Simples!
Vamulá, participem! É só comentar usando algum tipo de nome. 
“Nenhum homem jamais se desculpou por querer me explicar, erroneamente, coisas que eu sei e ele não sabe” -- Rebecca Solnit. 

SORTEIO! Pedi ao Random um número de 1 a 130 (o número de comentários), e deu 113. Contei e cheguei ao nome de Clarice Galhardi. Por favor, Clarice, mande um email pra mim rapidinho pra que eu possa te mandar o livro. Virão novos sorteios por aí!

132 comentários:

  1. Já adorei o livro pelo que falasse dele. Felizmente, não ocorreu muito comigo homens quererem explicar algo para mim que ru já sabia. Porém, já vi muitos casos de homexplicanismo. Querida Lola, cuide-se e sinta-se abraçada! Boa semana!

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  2. Comentando pra participar do sorteio!

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  3. Espero ser sorteado, esse livro é muito importante para que filtremos nossos atos de mansplaining, conscientes ou não.

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  4. Estou lendo outro dela - Wanderlust, um ensaio sobre o caminhar - e adoraria poder ler esse outro também! Abraços

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  5. Eu não quero o livro.

    Caso seja sorteado, pode dar o livro para a pessoa subsequente.

    Obrigado!

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  6. Eba! Estava procurando o nome desse livro e o livro! <3 vou esperar o sorteio, quem sabe não dou sorte?

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  7. Que bom saber que o livro saiu em português! Quero participar do sorteio! =)

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  8. Que ideia ótima! Gostaria de participar do concurso.

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  9. Olá, Lola (isso não ficou eufônico!rs). Como sempre, ótimo post. Parabéns.

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  10. acontece direto na minha vida e na de muitas mulheres. outro dia fiquei uns 10 minutos ouvindo um cara falando sobre um livro que eu escrevi, me explicando 'como o autor' (isso, ele não tinha nem percebido q o livro tinha sido escrito por uma mulher) 'abordou de forma bem completa...'. daí no final eu disse: 'que bom que você gostou. fui eu q escrevi esse livro.' a reação: 'mas, como assim, foi você que escreveu? você entende desse assunto?'. Eu dei risada. Daí ele ficou meio constrangido. mas não se desculpou, claro.

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  11. Oi, também quero participar!
    É um comportamento muito comum, especialmente em ambiente de trabalho.

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  12. ótimos posts! Quero participar do sorteio!!!

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  13. Quero participar!

    E quero deixar meu comentário também.
    Sempre duvidei de mim mesma. Tenho memória de peixe dourado, esqueço facilmente das coisas, e namoro uma pessoa que tem uma memória muito boa - mas seletiva. Coisas que eu sugiro, ele não grava. MAs coisas que ele tem que fazer, livros que ele lê, coisas do interesse dele (claro, né, não julgo isso, o problema é outro), ele super lembra detalhadamente.
    Pois quando vem o assunto "!feminismo" entre nós, eu sei que ele deve ter muito mais embasamento filosófico/histórico e deve mesmo lembrar de muita coisa que eu não lembro. Mas eu não canso de discutir e meu argumento é sempre o mesmo (que considero arrebatador, modéstia à parte): ele não é mulher, não é direito dele opinar o que eu sinto ou diminuir a minha dor. Só mulher sabe a delícia, a doçura e o amargor que é ser mulher nesse mundo. Só nós sabemos as lutas que temos de lutar. E só a gente pode reverter essa cena. o Feminismo veio pra ficar SIM. A mulher e o mundo precisa dele. =)

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  14. "ele não é mulher, não é direito dele opinar o que eu sinto ou diminuir a minha dor. Só mulher sabe a delícia, a doçura e o amargor que é ser mulher nesse mundo"

    Concordo. Mas a reciproca seria verdadeira?

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  15. Eu tô sempre acompanhando e quero muito , livro Maravilhoso 😍

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  16. Eu quero, eu preciso, Tomare que eu ganhe . 😍

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  17. Ótimo texto!

    Será que ganho o sorteio?

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  18. Lola, esse tema é muito importante. Temos que explorar mais.

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  19. Titia, Donadio e outras e outros que sempre comentam, não deixem de comentar, por favor!

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  20. Uma vez, sentada na beira da piscina, meio que conversando meio que flertando veio a conversa sobre um CD. Ele afirmou, com mt certeza, que o CD era de 2002 e eu disse “Não esse Cd é de 1999, final da década de 90, lembro bem”. Depois de 5 segundos nesse empasse eu peguei meu celular e procurei no Google (eu tinha razão, por sinal) e ele ficou chateado comigo, afinal de contas era muito mais legal quando as pessoas não recorriam ao doutor google pra tudo e bláblá... Fico imaginando como deve ser bom ser criado assim, na dúvida eu devo ter razão pq confio nas minas idéias. Comigo não é assim, mesmo que eu tena muita confiança na minha memoria a dúvida é sempre uma coceirinha que precisa ser coçada...
    Tenho interesse no livro, por sinal.

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  21. Olá!
    Termos como manterrupting, bropriating, mansplaining e gaslighting, assim como suas traduções na vida de todas as mulheres do mundo devem ser trazidos à tona, sim, para que possam ser bem percebidos e as ações correspondentes possam ser combatidas.
    Abraços, Lola, parabéns pelo blog e pela coragem em levá-lo adiante, mesmo enfrentando tantos 'percalços'!

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  22. Oba! Quero participar do sorteio! Se eu ganhar, vou levar o livro para a disciplina sobre gênero que estou fazendo na pós esse semestre :)

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  23. Meu namorado era o rei do mansplain, principalmente em coisas que ele não sabia bem do que estava falando. Na minha área de atuação então, era mato. Fui compreensiva por um tempo mas quando percebi que não havia inocência ou mau hábito em suas atitudes mas sim uma tentativa sistemática em me diminuir, simplesmente troquei de namorado e ora, acabou o problema.

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  24. Quero o livro!! Já senti aqui que vou ganhar!!!

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  25. Primeiro comentário no blog, depois de sete anos a acompanhando, Lola haha :p

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  26. Acusão de "mansplaining" = salvaguarda pra mulher estudar menos, pois saber menos não será mais culpa dela, mas de quem demonstra saber mais.

    Depois reclamam de pouca mulher engenheira. E até nas Sociais, mulher tá se prestando a falar apenas dela mesma ("O Feminismo no Futebol", "As Feministas no Samba") e não a resolver problemas.

    "Aaah, não é isso, é só quando o homem teima em afirmar algo que está errado."

    Isso é imponderável na maior parte dos temas relevantes. Em conversa sobre ano de lançamento de CD tudo bem, mas em qualquer debate mais espinhoso e incerto será mais fácil deixar a baixa autoestima gritar e acusar o mané de "mansplaining" do que debater.

    Pergunta se mulher nordestina ou italiana reclama disso. Isso é coisa de americana/ canadense depressiva.

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    1. Baixe a bola, Caro Valentim. Primeiro, porque debater com homens, na maioria das vezes, é perda de tempo, considerando que eles não aceitam admitir a derrota. Segundo, porque você está distorcendo o texto que é sobre o homem achar que pode ensinar sobre temas que DEVE aprender. Com mulheres. Aprenda você também.

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  27. Também quero o livro! :)

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  28. Incrível como tanta gente ainda não aprendeu que é o cérebro e não o pau que torna alguém inteligente. Ei, carinhas, "pensar com a cabeça de baixo" é no sentido figurado. O pau não pensa, quem pensa é o cérebro, e não é porque o pênis tem cabeça que um cérebro extra vem incluído, ok? As cabeças dos seus pênis não tem cérebro e, consequentemente, ter um pênis não te torna mais inteligente do que alguém que não o tem. Na verdade, se você ainda acredita nisso, você é mais burro do que aquele bicho de orelhas compridas puxando carroça.

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  29. oi Lola.. ótimo livro, quero participar do sorteio.

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  30. Ahn, não, Valentino, a questão não é as mulheres poderem ficar burras sem que os homens possam corrigir. A questão é quando vocês não calam a porra da boca por um minuto e se recusam a OUVIR as mulheres mesmo quando elas entendem mais do assunto da conversa do que vocês. Veja-se a quantidade de exemplos nesse post de macho arrotando sobre um livro que ele leu sem deixar a AUTORA do livro falar porque, na cabeça de poríferos como vocês, uma mulher simplesmente não pode saber mais do que um homem. É tipo você chegar aqui e começar a cagar arrogância pelos dedos dizendo que as mulheres querem o direito de ser burras sem ter ao menos LIDO o post nem botado tico e teco pra trabalhar antes de ter uma diarreia verbal nos comentários.

    O que nós queremos, macharada escrota, é que vocês entendam que não, vocês não sabem de tudo, vocês não estão certos sempre, portanto calem o comedor de lavagem e nos ESCUTEM. Ok? Calar a boca por dois minutos pra ouvir o que o outro ou a outra tem a dizer não é tão difícil e é educado. Sejam gente.

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  31. Lolinha!Quero muito!!kkk
    Mais uma vez, amo o blog!!

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  32. Este comentário foi removido pelo autor.

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  33. Lola, não sei se a hipótese a que vou me referir está no livro mas quando a mulher é considerada esteticamente bela pelos padrões masculinos, aí mesmo é que o mansplaining come solto. Porque mulher bonita não pode ser inteligente e vice-versa. Homem é tão esperto que diz que mulher inteligente é feia. Mas depois, desdiz-se, na medida em que afirma que as feias nada tem a dizer. A mulher é jovem? Os homens têm que explicar para ela. É bonita? Tadinha, é burrinha, mas a sorte é que homens explicam. Tudo. Hahahahaha, faça-me rir.

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  34. Quero participar do sorteio! :)
    Tenho observado no meu cotidiano como sou insegura em relação às coisas que sei... sempre solto um "eu acho, mas n tenho certeza" e depois vou pesquisar, ainda quando eu tinha certeza, na minha cabeça. Acredito que essa atitude, assim como o mansplaining, não é inerente ao gênero feminino ou masculino (não quero generalizar). Mas é inegável a quantidade muito maior de homens nessa posição de sabichões mesmo quando estão falando abobrinha... a autoconfiança é impressionante, e às vezes vem acompanhada de uma arrogância irritante. Certamente isso vem da nossa criação: homens são criados pra dominar o mundo, são os fodões apenas por terem uma piroca, têm voz ainda quando não têm nada a acrescentar; já as mulheres (ao menos digo por mim e pelo que observo à minha volta) são mais podadas na criação, devemos ficar caladas, ser discretas, deixar os outros falarem, ser recatadas (quantas vezes não ouvimos, ao fazer uma malcriação, que "isso é coisa de menino"?). Enfim, quero muito ler o livro! Beijos, Lola!

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  35. Quero demaiss!! Erika Rosa

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  36. Também quero participar!

    Sou do time "memória de peixe" e sempre recorro ao google, mesmo tendo certeza do que digo. Sou alvo facinho desse mansplaining.

    Meu irmão era mestre nisso. No entanto, sendo muito mais devoradora de livros que ele, o dicionário e a gramática já provaram que eu sempre estou certa kkkk.

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  37. Oi Lola! Quero participar do sorteio!

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  38. Já fiz muito mansplaning, quando deixei de fazer e passei a ouvir mais minha companheira ela saiu com essa:" mas vc também não tem opinião sobre nada"

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  39. Lola! Preciso desse livro! :)

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  40. Quero participar! (se der tempo)

    Acho que essa prática masculina é universal... nunca conheci exceção. Mas o pior acho que é no ambiente acadêmico ou no trabalho; eu me acostumei com a ideia de que as interrupções serão constantes, bem como aquelas caras e gestos de que vc está se estendendo demais. Isso não acontece com os homens mesmo qdo falam as maiores tolices ou explicam coisas óbvias.

    Mesmo em grupos com maioria feminina os homens estarão à vontade e serão mimados pela figura de autoridade eqto as mulheres têm que estar muito melhor preparadas e mesmo assim serão as chatas qdo falam sobre o que sabem.

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  41. Lola, quero o livro!!

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  42. Amei a descrição do livro e quero participar do sorteio!

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  43. Excelente e essencial leitura. Quero participar do sorteio. Com o exemplar em português fica possível emprestá-lo para algumas pessoas!

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  44. Participando do sorteio!

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  45. Já me imagino lendo esse livro! Abraço fraterno!

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  46. A proposta do livro é incrível. Eu quero!

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  47. Quero participar também!!

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  48. 04:12 trocar um namoradO por outro namoradO não vai resolver o problema, isto e sistemático e estrutural entre eles, você deveria considerar talvez uma namorada, ou então um vídeo game.

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  49. Isso é tãããão comum na área da saúde, que eu diria até que é estranho quando um homem NÃO interrompe uma mulher pra explicar algo que, na maioria das vezes, ela sabe mais que o suficiente...

    Ah, também quero tentar a sorte! =)

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  50. Lola, eu quero o livro! =)

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  51. Só esta semana me liguei que estava sendo vítima de mansplanning. Fiz um comentário no Twitter e um cara deu reply dizendo exatamente a mesma coisa. Também um amigo, em outra rede social, veio mostrar um 'erro de pensamento' no meu post. Além de mulher, ideias esquerdistas, eu só podia precisar de ajuda pra pensar, não?!

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  52. Pois é, temos que chamar atencção quando isso acontece. Eu comecei a fazer roller derby, um eporte em equipe sobre patins, e é um esporte meio violento, mas quem faz são as mulheres. Então, tinha acabado de obter meu certificado de " entendedora de regras do roller derby" e um carinha disse que gostava do esporte, mas tinha algumas duvidas. AI começou a perguntar pro meu namorado porque isso, pq aquilo..até que eu o interrompi e disse: sabe, quem faz o esporte sou eu, quem tem o certificado sou eu, pq vc insiste a perguntar pro meu namoraodo e nao pra mim?
    Ele ficou todo sem graça e disse o previsivel: ah, eu estava perguntando na conversa, não pra alguém especificamente. ARRAM!!! Então meninas, qdo isso acontecer, sejam incisivas e apontem o erro do cara.

    Yara

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  53. Que hino, esse livro! Já deu de paternalismo machista pra cima da gente!
    Tenho uma afilhada de 6 anos e me preocupa MUITO a maneira como ela está sendo criada, rodeada de homens explicadores. :(
    EU QUERO O LIVROOO! <3

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  54. Super interessante o tema do livro!

    #EUQUEROOLIVRO

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  55. Ficar esperando homem deixar de ser babaca não as levará a lugar algum. Tiro pela minha cara-metade.

    Porque minha esposa (há 10 anos) é uma fortaleza de autoestima e segurança. Ela tem uma belíssima carreira, chefia homens, gosta de futebol (de um time diferente do meu) e jamais se furtou a ir sozinha a um estádio, xingar absurdamente e voltar elegante para casa. Ela é tão independente que os amigos a chamavam por seu nome terminado em "o", afirmando jocosamente que ela era um homem disfarçado. Engraçado, pois é difícil encontrar mulher mais feminina.

    Com ela não tem isso de mansplaining não.

    Por isso eu acho que esse "problema" apontado no post é igualmente responsabilidade feminina. Porque dar ibope? Porque aceitar ser interrompida? Porque também não interromper e se impor?

    Sério. Certa vez estava enrolado, queria trocar o óleo do câmbio automático do carro no fim de semana e pedi a ela que comprasse, pois ela estava com o carro e estava mais perto. Ela foi, sozinha, com o carro em uma loja de lubrificantes comprar Óleo Dexron III. Quer lugar melhor para um babaca tentar se impor a uma mulher de 1,55m?

    Pois bem, o cara foi presumivelmente babaca, quis vender serviço, óleo diferente, e tudo o que puderem imaginar. Ela foi assertiva (sem ser grosseira), mostrou a especificação do fabricante (sim, ela catou no google) e voltou pra casa com o produto que queríamos.

    Nós criamos nosso filho de forma que ele respeite, mas quantos não o fazem? Quantos mais babacas existirão no futuro?

    Atitude. Não esperem que os homens deixem de ser babacas. Tenham atitude e assertividade.

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    1. Vc acha que sua metade é regra ou exceção? Concordo com vc, temos de agir assertivamente e ser a mudança, mas questionar o porquê disso faz parte, homem com confiança excessiva x mulheres com receio de incomodar.

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    2. 00:23, sim, é exceção (cada dia menos exceção, diga-se).

      Mas em pleno 2017, com a balança de gênero ainda completamente descalibrada, falar em "mulheres com receio de incomodar", principalmente em ambientes sociais (como descrito no post e nos comentários) me parece inadmissível. Passividade mesmo.

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  56. Eu quero participar Lolinha!!

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  57. Ainda tá rolando se inscrever para o sorteio?

    Vou tentar então!

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  58. Gostei muito de você, Lola traduzir o termo "mansplaing". "Homexplicanismo" é tão estranho quanto o termo original, mas é na nossa língua. Sou contra assimilação acrítica de termos estrangeiros, especialmente quando existe palavra ou expressão equivalente em português ou quando, ainda que gere certa dificuldade em traduzir, pode se tornar obstáculo a quem não domina a língua original. Parabéns.

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  59. Quero ganhar o livro!
    Te adoro Lola, bjs.

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  60. lola, ainda tá rolando o sorteio do livro? quero muito!

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  61. Será que ainda dá tempo? Eu quero!!!

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  62. Quero participar do sorteio tbm!! Espero que ainda dê tempo. :)

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  63. Tb quero participar, não sei se vai dar tempo... Mas quem não arrisca, nê...

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  64. quero! Júlia Tainá Monticeli Rocha

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  65. Me lembro de, acho, uma única vez que tive consciência de um homem estar fazendo isso comigo. Na realidade eram 2. Eu escrevia um blog sobre meu trabalho, sou Guarda Municipal, esse blog tinha sido aceito pela minha chefia como forma de mostrar o trabalho. Uma vez trabalhamos numa enchente, foram horas de resgates nas ruas alagadas da cidade e eu juntei todas as fotos e histórias desses resgates e publiquei, de maneira crua pra que as pessoas vissem que o guarda não fica só passeando de óculos de sol na viatura, mas que ele entra na água gelada, toma choque, enfrenta cobras pra resgatar a avó do contribuinte reclamão, que ficou presa em casa com água na altura do peito...
    Bom, dessa vez a chefia não gostou da minha crueza e o secretário de segurança da minha cidade, com o secretário de comunicação, intimaram meu comandante e meu diretor a me levarem pra me orientar sobre o que postar e não postar.
    Secretários de um lado, ostentando seu poder, comandante e diretor afundados nas cadeiras sob esse poder, e eu no meio, fiz questão de não baixar a cabeça, usei toda a minha arrogância bem criada, minha ironia, me sentei relaxada numa poltrona, pernas cruzadas, braços abertos e queixo erguido enquanto eles me orientavam sobre o que eu poderia fazer, sendo que eu não havia postado nada que denegrisse a imagem da prefeitura ou da Guarda.
    Eles usaram todas essas armas do mansplaining pra tentar me dobrar e eu agradecia a orientação, de queixo erguido. No fim, vendo que eu não iria me dobrar, afirmaram diversas vezes que aquilo não era censura. Saí dalí de queixo erguido, elegante de salto e continuei fazendo exatamente como fazia, eles não tinham como me punir.
    Só falei pra todos os meus colegas que queriam nos calar e coloquei todos meus colegas do meu lado.
    Não abaixo a cabeça nem deixo que me levem ordeiramente quando sei que estou certa.

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  66. Para Legitimar minha participação no sorteio!
    Obrigada

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