Um assunto sobre o qual só comecei a ter opinião formada recentemente: ensino escolar, ou homeschooling. Hoje concordo com os argumentos contra, mas nunca publiquei nada sobre o tema aqui no blog.
Felizmente, uma pessoa que muito admiro, a Valéria, que é professora e tem um blog ótimo há anos, me brindou com este guest post.
O Ensino Domiciliar deve ser aprovado pelo STF, afinal, há forte pressão para isso. Será mais uma forma de desonerar o Estado (menos crianças e adolescentes nas escolas sempre é bom, não é?) e algumas famílias. Existem dois tipos básicos de ensino domiciliar inspirados nos EUA, o homeschooling dos conservadores, que alegam questões morais e religiosas para rejeitar as escolas tradicionais, e o unschooling dos moderninhos, que questionam o modelo escolar e o currículo engessado. O primeiro parece ter mais adeptos, mas o segundo tem aparecido na mídia ultimamente.
Para além de qualquer benefício, e quase sempre há benefícios em qualquer coisa, eu vejo a atitude como uma tentativa de isolar as crianças do convívio com outras que não sejam estritamente selecionadas pelos pais.
A escola, seja boa ou ruim, nos obriga a conviver com a diversidade, dividir, entender que não somos o centro do mundo. Tenho uma filha de 1 ano e 8 meses, não poderia mantê-la em casa, não há avós por perto, mas optei pela creche -– depois de visitar várias -– pensando principalmente na socialização.
Quem opta pelo ensino domiciliar normalmente não vê a socialização como importante e alimenta uma total descrença de que o ambiente escolar é importante para que valores sejam construídos sem a chancela integral dos pais, que ela serve para construir uma ideia de coletividade, de nacionalidade mesmo. Eu quero que minha menina possa crescer vendo que o mundo, as famílias, as pessoas, as crenças são plurais, ainda que nós, aqui em casa, passemos diretrizes básicas de certo e errado.
Obviamente, também questiono a competência de pais -– mães em sua maioria, porque ensino domiciliar é outra estratégia para colocar as mulheres (de classe média para cima) dentro do lar -– em lecionar e lecionar TODOS os componentes curriculares. Ser professor, e eu sou professora, parece que não é profissão, que não exige anos de formação e vocação. Lecionar não é, simplesmente, estudar um ou vários livros (didáticos) ou usar a internet como suporte. Fora, claro, que é muita presunção querer ser mestre em tudo. Talvez alguém consiga se sair muito bem com os conteúdos de 1º até o 5º ano, mas daí adiante é forçar a barra.
Eu sou professora de História, sei que poderia lecionar com segurança Sociologia, e quebrar o galho em Geografia, Artes, mas tenho certeza de que não poderia lecionar Física, Química, Matemática, ou mesmo Português com propriedade. Dizer que posso, assumir que posso, me parece grande desrespeito com meus colegas. No entanto, vejo muitos outros profissionais defensores do ensino domiciliar dizendo que podem. Inclusive, segundo a matéria, selecionando os conteúdos relevantes dos que não são...
De resto, depois do caso Duggar -– da família gigantesca do programa da TLC 19 Kids and Counting -–, vejo o ensino domiciliar como uma forma de colocar a criança sob risco de abuso. Resumindo o caso, o filho mais velho da família de 19 crianças abusou de meninas mais novas, suas irmãs inclusive, por anos.
O caso foi mantido em segredo; o adolescente não recebeu tratamento adequado, tudo ficou entre a casa e a igreja, e as vítimas, bem, elas nem são assim tão importantes. Os conservadores nos EUA estavam desesperados com essa história até que apareceu o caso Rachel Dolezal para desviar a atenção da imprensa de lá...
Deixo aqui também as matérias de Marcella Fernandes para o Correio Braziliense, publicadas em 23/6/15:
STF DECIDE SOBRE ENSINO DOMICILIAR
Cresce o número de famílias que optam por educar os filhos em casa. Modelo não é reconhecido pelo governo federal. Especialistas são contra.
Apesar de adotado por milhares de famílias brasileiras, não há unanimidade se o ensino domiciliar é legal ou não no país. Com o objetivo de dar uma palavra final sobre o tema, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu neste mês que vai deliberar sobre a questão, mas ainda há previsão de data para o julgamento. Cerca de 2.500 famílias adotam esse modelo de ensino, de acordo com a Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned). A estimativa é que o montante seja ainda maior, uma vez que diversas pessoas preferem o anonimato, por medo de condenações.
A filósofa Camila Abadie, 33 anos, e o contador Gustavo Abadie, 33, escolheram, há três anos, ensinar os três filhos em casa, após uma experiência negativa de Chloe, hoje com nove anos, em uma escola pública no Rio Grande do Sul. Eles se queixam tanto da qualidade do ensino quanto da concepção pedagógica empregada. “Aquele que decide estudar em casa não é contra a escola. É contra a escola ruim. Eu consigo fazer melhor e educar meus filhos respeitando o ritmo deles e dando uma educação mais consistente”, defende o pai.
“Eu fui na página do Ministério da Educação, baixei os parâmetros curriculares, tirei o que achei supérfluo, consultei escolas e fomos construindo nossos parâmetros ideais de educação”, conta Gustavo. A família se mudou para o interior do estado para ficar mais próxima de outras com o mesmo estilo de vida, e Gustavo passou a trabalhar em casa. Desde 2012, é possível obter um comprovante de conclusão por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Autonomia
De acordo com a Aned, o ensino domiciliar é adotado em mais de 60 países e tem crescido no Brasil. Para Ricardo Iêne, cofundador da Aned, a tendência é de que o processo de aprendizagem se torne cada vez mais independente. “Depois de algum tempo, a criança ou adolescente vai ganhando autonomia no processo, e a supervisão dos pais vai diminuindo”, explica.
Foi essa uma das motivações da arquiteta Emília Lourenço, de 35 anos, ao tirar a filha Clarissa, 5, da escola, há dois anos, devido a dificuldades de adaptação. “Todos os dias ela estuda um pouquinho, isso ajuda muito a estabelecer uma rotina e se tornar autodidata, porque, com o tempo, a tendência é a criança começar a estudar por si só os assuntos de maior interesse”, diz Emília.
Clarissa faz natação e tem aulas particulares de português, matemática e inglês. Já com a mãe, o aprendizado acontece em todo lugar. “Quando a gente vai ao parque, eu aproveito para trabalhar ciências, mostrando coisas do dia, como a formiga, os hábitos dela, para onde leva a folhinha que cortou. Procuro não ficar só na teoria”, conta Emília. Ela defende a regulamentação do ensino domiciliar, incluindo supervisão periódica por órgãos estatais.
Regulamentação
Esse é um dos aspectos previstos em um projeto de lei sobre o tema que aguarda parecer da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Como outras propostas similares já foram arquivadas pelo Congresso, é possível que a resposta venha do Judiciário. Para o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no STF, o tema é de interesse coletivo. “A controvérsia envolve a definição dos contornos da relação entre Estado e família na educação das crianças e adolescentes, bem como os limites da autonomia privada contra imposições estatais”, observou em um dos documentos do processo.
O Ministério da Educação (MEC) é contra a proposta e reforça que “não há normativa que ampare esse tipo de ensino”. A Lei de Diretrizes Básica diz que é “dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula de crianças na educação básica a partir dos quatro anos de idade”. Já o Código Penal prevê detenção de quinze dias a um mês ou multa para quem “deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar”.
“A controvérsia envolve a definição dos contornos da relação entre Estado e família na educação de crianças e adolescentes, bem como os limites da autonomia privada contra imposições estatais” - Luís Roberto Barroso, ministro do STF.
EDUCADORES VEEM PREJUÍZO
Para a maioria dos especialistas em educação, o ensino domiciliar não é uma opção adequada, devido a limitações tanto no aprendizado de conteúdos quanto na formação social dos cidadãos. “Quando as crianças vão para a escola, são obrigadas a conviver com pessoas com valores e crenças diferentes, conhecer novas realidades, e isso é um ganho cultural necessário para aprender a respeitar, tolerar e valorizar as diferenças”, explica a pedagoga especialista em psicologia educacional Livia Maria Ferreira da Silva, da Unicamp.
Sem essa vivência, podem surgir adultos com dificuldades de comunicação, negociação e empatia, segundo a pedagoga. “Acho muito difícil uma família conseguir ensinar todos os conteúdos que a escola ensina de forma competente. Ela não trabalha só a informação, mas a crítica, o debate”, completa. O professor Carlos Roberto Jamil Cury, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, lembra que em 2002 o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou contrário à questão e não aposta numa regulamentação. “Do ponto de vista legal, não há esta opção. Quem adere a tal iniciativa pratica a desobediência civil”, defende.
Ele acredita que o perfil religioso de grande parte das famílias adeptas do ensino familiar pode ter uma relação com a opção de evitar a convivência escolar. “Muitas orientações religiosas têm dificuldade em conviver com certas diferenças identitárias”, afirma. A proporção expressiva de cristãos se deve à difusão da prática no país por meio de líderes religiosos. O mesmo processo aconteceu nos Estados Unidos, país referência no assunto que conta hoje com mais de 2 milhões de crianças educadas em casa, de acordo com as estimativas.
“Quando as crianças vão para a escola, são obrigadas a conviver com pessoas com valores e crenças diferentes, conhecer novas realidades, e isso é um ganho cultural necessário para aprender a respeitar, tolerar e valorizar as diferenças” - Livia Maria Ferreira da Silva, pedagoga.
Lola: acho a discussão interessante. Para mim, que defendo que, quanto menos Estado melhor, sou favorável à liberação do ensino domiciliar.
ResponderExcluirGostaria apenas de frisar que, como se diz a respeito da liberação do aborto, não se está obrigando ninguém a estudar em casa (ou a abortar), apenas autorizando que aquelas pessoas que entendem que essa é a melhor opção para seus filhos assim o faça.
Mais liberdade individual, menos coletivismo: sempre!
Se me permite, nesse post (que tal você transformá-lo em guest post?), há uma ótima abordagem, nessa perspectiva mais ampla:
http://www.viagemlenta.com/2015/06/sua-desilusao-com-os-politicos-provem-da-expectativa-em-relacao-ao-estado.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+viagemlenta+%28Viagem+Lenta%29
Abraços,
Thamires
Cada vez mais foda criar filho nesse mundo: tanta regra nova, tanto pode/não pode, estraga/ não estraga.Existem culturas em que a criação é mais simples, direta, sem tantos floreios ou crises,mas, não é o nosso caso, nem tem como ser.
ResponderExcluir" “Quando a gente vai ao parque, eu aproveito para trabalhar ciências, mostrando coisas do dia, como a formiga, os hábitos dela, para onde leva a folhinha que cortou. Procuro não ficar só na teoria”, conta Emília."
ResponderExcluirHahahahahahaha, eu não conseguia parar de rir quando li este trecho pela primeira vez. Comédia!
Mulher SAPIENS!!
ResponderExcluirCara, esse mundo virou tanta cagação de regra, pode e não pode, faça e não faça que na boa, não tenho disposição de querer ter um filho numa sociedade assim.
ResponderExcluirVocê não sabe se forma ou se deforma a criança.
As coisas ao invés de se descomplicarem com o avanço de tecnologias e fácil acesso a tudo o que nos rodeia, nos oprime, nos obriga a sermos pessoas que muitas vezes nem queremos ser, e acabamos criando os nossos filhos e filhas sem sequer saber se ta certo ou errado.
Esse mundo ta uma bosta, na boa!
Pepper.
Como sou filha de professores da rede privada, fiquei surpresa com esse envolvimento de pais e mães na educação dos filhos. Claro que, quando li que a principal influência é religiosa, o espanto sumiu.
ResponderExcluirO que ouço da minha mãe e de colegas de profissão é assustador. Pai e mãe tratam essas escolas como depósitos. São poucas as famílias que acompanham a evolução dos filhos, corrigem comportamentos, cobram resultados. Por mais falho que seja o sistema, ninguém se importa, contanto que não atrapalhem. A maioria de pais e mães só está interessada em pagar a mensalidade para garantir um diploma e se ver livre do pimpolho por algumas horas. Escolas particulares são modelos de negócio e emissão de diploma, basicamente (not all schools etc). Os professores sofrem porque os alunos não têm educação (de ser uma pessoa meio decente, mesmo), os pais não se envolvem e os donos, então, são os piores. Alunos são receita e professores são despesa, na visão deles. Salas cada vez mais abarrotadas de alunos para "otimizar" o espaço. Lidar com adolescentes que dizem "eu pago seu salário então posso fazer o que quiser". É aterrorizante.
Porém, a saída não é simplesmente trancar cada um na sua casa e pronto. Essas pessoas se motivam contra a "intromissão do Estado" nas suas famílias, mas não hesitam em se intrometer na vida alheia. E as crianças que sofrem abuso vão poder denunciar para quem? Se, mesmo com o convívio social, pessoas em situação de abuso tendem a normalizar aquela vivência, imagina se aquela for sua única vivência? É atroz.
E como esse pai que, surpreendentemente, passou a trabalhar em casa para cuidar da educação da filha vai decidir o que é supérfluo ou não?
Enfim, por mais que muitas vezes tenhamos dúvidas sobre a necessidade de certos conteúdos, é questão de abordagem, também.
Por exemplo, passei a vida ouvindo (e repetindo, que vergonha) "onde vou usar a fórmula de bhaskara na minha vida????". e nenhum professor de matemática teve o jogo de cintura de dizer o que li no twitter dia desses: matemática não serve somente para você decorar as fórmulas para uma determinada função e sim desenvolver raciocínios lógicos e memória para usar em mil outras áreas da vida. Aprender a analisar opções e escolher a melhor, tentar até acertar, analisar as coisas de ângulos diferentes, usar a imaginação.
Pode parecer extremamente óbvio, mas para muitas pessoas não é. Quando você pensa nisso, a história de "matemática é ser bom com números" fica falsa e incompleta. E tudo isso vai de outra abordagem, de tentar sair do "cala a boca e estuda". Há muitos professores que precisam sair do século XX e atualizar sua forma de pensar e ensinar, também. Entretanto, acho que a maioria que defende o homeschooling está mais interessada em isolar sua prole que revolucionar o método de ensino. Não quero nem pensar em quanto essas crianças não vão apanhar mais ainda. E também tem a questão de forçar as mães a ficar em casa. Bola de neve.
O assunto é bem interessante, quero ver as outras opiniões.
Oks, falando sério agora.
ResponderExcluirÉ palpável como valores retrógrados estão ganhando força nos últimos anos. Acredito que isso é decorrente do maior fortalecimento da Direita e dos Líderes religiosos no país. A Esquerda tá omissa e acuada. Nosso governinho de esquerda só faz ceder aos apelos dos mais conservadores.
Acho que uma das coisas mais problemáticas é que a referência do conservadorismo brasileiro são os conservadores dos EUA.
Não sei onde vamos parar no ritmo que vai.
Já vemos um monte de pais desprovidos de cérebro optando por NÃO vacinar seus filhos.
Agora queremos regular a opção dos pais de NÃO educar os filhos? É muita palhaçada para se levar a sério.
E o direito das crianças e adolescentes de terem uma educação e desenvolvimento decente?
Achar que os pais podem ensinar português, matemática, informática, física, química, biologia, história, arte, etc, além de substituir a estrutura escolar (até porque escola não é feita só de professores, por mais valiosos que eles sejam) é extrapolar na prepotência.
E vamos falar sério, a preocupação aí não é que os filhos terão uma boa educação, mas que os pais terão completo controle do que o filho lê, do que o filho assiste, com quem o filho interage, etc.
Tá com medinho que seu filho "vire gay"? Mude de religião? Vire ateu? Comunista? Drogado? Sofra...?
Não se preocupe. Prende dentro de casa e eduque só no que achar necessário. Já que até a tv aberta comete sacrilégio de mostrar duas mulheres se beijando, nada é seguro e você tem de controlar tudo.
Agora pense no tanto de adulto distorcido que teremos daqui a algumas gerações. Como se a gente já não tivesse um monte de adultos - filhos superprotegidos de classe média e alta - que têm medo de gente, de rua, de tudo e não sabe interagir com outras pessoas que não aquelas que não pensem igual a eles. Aliás, não raro, são as mesmas pessoas que acham que prisão e pena de morte resolve tudo.
E o que seria educar no que achar necessário? Na verdade, o pai tá querendo ensinar ao filho apenas aquilo que ele quer que o filho aprenda.
É coincidência esse debate vir logo após a obrigatoriedade de se ensinar sobre a História da África? Após as tentativas infrutíferas de tentar educar as crianças na escola sobre gênero, orientação sexual e respeito aos TTT?
O quão estúpido alguém tem que ser para achar que criar crianças em redoma é bom para elas?
Fui tachada como burra e ignorante por ter a mesma opinião.
ExcluirSou totalmente contra essa ideia de educar em casa.
ResponderExcluirImagina o tipo de adulto que é formado de uma criança que quase não conviveu com outras crianças, com a diferença? A escola é para a criança a primeira ideia de sociedade que ela tem. Tem as regras que devem ser seguidas por todos, tem os momentos de aprendizado, momentos de lazer, tem a noção de hierarquia (professores, diretores e coordenadores), disciplina, aprender a dividir, a viver em grupo e etc.
A socialização dessas pessoas vai ser péssima. Não há como uma pessoa que só conviveu com irmãos, parentes e talvez (TALVEZ!) vizinhos ser uma pessoa empática, sociável e aberta a entender o mundo. A referencia dela de mundo vai muito muito restrita!
Parece uma regressão à época que as pessoas viviam em aldeias e conheciam basicamente só os membros do próprio Clã.
Acho que é um prejuízo enorme as crianças. E fora que é uma imposição violenta para as crianças que não tem escolha alguma, vão ter perdido uma fase de desenvolvimento importante pra elas, sem nunca poder compensar isso. Restringe a evolução e amadurecimento delas.
Por outro lado, eu acho que o currículo escolar precisa ser ampliado e revisto.
Eu acho que direitos básicos de cidadania deveriam ser ensinados na escola. As pessoas não sabe como funciona o Estado. Não sabe, quais as competências de cada ente ( estado, município e união). Não sabem como funcionam os poderes executivos, legislativo e judiciário ( qual a função de cada cargo, juiz, promotor , defensores). Não sabem as funções dos deputados, não sabem como se vota uma lei...Isso pra ficar no básico.
As pessoas sequer sabem como funciona a eleição que é por legenda e não na pessoa do candidatado. Isso tudo gera MUITA DISTORÇÃO.
Deveriam ter noções básicas de economia tb. Oque é inflação? Como funciona o sistema financeiro? Economia doméstica. Noção dos juros bancários aplicados e etc.
Importantíssimo tb seria noções de nutrição. Como se alimentar adequadamente, o impacto da alimentação adequada na vida e no corpo e etc.
Pode ter certeza que se algumas coisas mais praticas e necessárias a vida do cidadão fossem incluídos teríamos pessoas mais conscientes.
Alice.
“Aquele que decide estudar em casa não é contra a escola. É contra a escola ruim. Eu consigo fazer melhor e educar meus filhos respeitando o ritmo deles e dando uma educação mais consistente”
ResponderExcluirMinha visão é mais ou menos essa, dizer que o ensino público provê algum proveito além da convivência que os próprios pais não poderiam é desonesto...
ResponderExcluirA partir do momento que os professores passam a ser doutrinadores ideologicos, em vez de educadores. E o ambiente escolar se torne anti familia e anti cristão, e um direito dos pais optar pelo HOMESCHOOLING, minha familia, minhas regras.
Tramita no congresso, com muita possibilidade de ser aprovado, o projeto de lei que proibe a doutrinação ideologica nas escolas e universidades brasileiras.
ResponderExcluiruma das marcas do governo do PT e de seus militantes foi (e continua sendo) o uso da estrutura educacional para doutrinar os jovens, seja nas escolas ou nas universidades. Para responder a essa política perversa, a entidade estabeleceu uma parceria com a iniciativa Escola sem Partido a fim de apoiar a aprovação de um projeto de lei que proíbe a doutrinação ideológica nas escolas. Esse projeto será apresentado em diversas Câmaras Municipais e Assembléias Legislativas do Brasil. O primeiro passo será dado na cidade de Vitória da Conquista, na Bahia. Assine a petição para pedir aos vereadores locais que aprovem o PL 019/2014, que tem como objetivo assegurar o respeito ao direito do estudante de não ser doutrinado por seus professores:
De onde surgem os jovens radicais que se tornam militantes de partidos de índole totalitária como o PT, o PSOL e o PC do B? Da sala de aula de escolas municipais e estaduais de todo o Brasil! Quando entram na universidade, muitos desses jovens apenas recebem um reforço sobre aquilo que aprenderam durante 10 anos!
Extrato do projeto: Art. 1º. Fica criado, no âmbito do sistema municipal de ensino, o "Programa Escola sem Partido", atendidos os seguintes princípios:
I - neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado; II - pluralismo de idéias no ambiente acadêmico; III - liberdade de aprender, como projeção específica, no campo da educação, da liberdade de consciência; IV - liberdade de crença; V - reconhecimento da vulnerabilidade do educando como parte mais fraca na relação de aprendizado; VI - educação e informação do estudante quanto aos direitos compreendidos em sua liberdade de consciência e de crença; VII - direito dos pais a que seus filhos menores recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.
A inciativa é de suma importância para barrar a doutrinação esquerdista realizada em escolas de todo o Brasil. É necessário que nossos jovens encontrem suas próprias convicções políticas, e é nosso dever protege-los de qualquer tipo de manipulação realizada no ambiente escolar.
achava a escola uma bosta, gostava de estudar sozinha.
ResponderExcluirPreferia ter tido a opção de estudar em casa.Pra quem só ve o lado ruim da coisa muita coisa q eu estudei eu não usei em nada na minha vida. pra nada. gostaria de poder escolher o que me seria relevante, mas não podia.
No modelo escolar hoje, ao meu ver, não funciona. Fora que a socialização não se dá só no ambiente escolar, fora dele tive experiencias muito, muito melhores em contato com as pessoas do que dentro, onde a visão de mundo das pessoas era uma só: preconceituosa.
Ótimos os comentários da Mirella, Ághata e Alice!
ResponderExcluirEu acho um absurdo que pais e mães não percebam o quão nocivo não ir pra escola pode ser para uma criança!
Me parece que as famílias que fazem essa opção são de classe média ou alta, ou seja, poderiam escolher uma escola particular mais adequada as suas exigências. Há escolas católicas, evangélicas, sem religião, conservadoras, modernas...
Agora esse discursinho reacionário do anom 12:17 é de doer. Dá uma tristeza tão grande que nem sei.:(
Comento a Ágata, que escreveu um monte de merda logo acima.
ResponderExcluirDepois do desprazer da leitura entendo que a mesma deva ser o exemplo perfeito de quem foi engessada pela educação dentro do lar e pelo ensino formal.
Coneço cidadãos que, quando crianças foram ensinadas em casa e NENHUM deles tem o nível de agressividade demonstrado pela Ágata, assim denominada acima.
Prezada, não te preocupes, educação é assimilável em qualquer idade, tu ainda tens solução! E, quem sabe, pelo desfavor que devas prestar a comunidade, tu devas sim, continuar tomando TODAS as VACINAS contra TODAS as DOENÇAS que as grandes potencias mundiais INVENTAM para diminuir a população mundial. Assim, estarás contribuindo para para que sobre mais água e alimento para outras pessoas que nnão tomarão as vacinas. Um beijo, te espero na vida após a vida.
Gostaria de fazer algumas colocações...
ResponderExcluirSou favorável à educação domiciliar, pero no mucho.
Acho que existem várias nuances. Não necessariamente uma criança na escola será (bem) socializada e não necessariamente uma criança fora da escola será (mal) socializada.
Acho que existem pontos positivos e negativos em cada um. Dizer, por exemplo, que a criança vai conviver com diferenças na escola é quase absurdo. Se for numa escola particular de um bairro nobre, por exemplo, onde todas as crianças são ricas, brancas, etc, ela vai ficar nesse mundinho cor-de-rosa. E a criança vai se tornar, quase inevitavelmente, um macaquinho de vestibular.
Se for numa escola pública, no caos em que se encontra, provavelmente vai ter mais diversidade, mas menos qualidade.
Eu sofri bullying a minha vida escolar inteira e isso me deixou com vários traumas que tive que resolver na terapia. Então essa de que "ain, mas a socialização, ain, mas os coleguinhas", não sei, não.
Dificilmente será uma família pobre que fará o homeschooling. Provavelmente são famílias abastadas. Porque não dá para ambos pais trabalharem fora, né?
SE eu tivesse filhos com meu ex namorado, SE a gente optasse pelo homeschooling, SE no Brasil fosse legalizado, SE tivéssemos condições financeiras para isso (olha a quantidade de SE), eu poderia perfeitamente cobrir todo o currículo de humanas com as crianças (português, inglês, história, geografia, etc) e ele (meu ex) todo o curriculo de exatas. Inclusive para segundo grau.
Minha mãe, a propósito, foi minha "professora particular" a minha vida escolar inteira. As únicas coisas que ela não tinha condições de me ajudar era com inglês e português, para as quais ela me contratava professores particulares quando eu precisasse.
Se bem feito, acho que o homeschooling pode ser excelente e a socialização das crianças pode acontecer de formas diferentes.
Se as pessoas vão usar isso para o bem ou para o mal, é outra história...
No entanto, eu acho que a educação no Brasil (no mundo, na verdade), deveria passar por uma mudança de paradigmas. Independentemente de se aprovar ou não o homeschooling, eu acredito que a forma como a educação está não é a ideal para as crianças, nem para a vida.
Eu estudei numa escola diferente, internacional, com crianças de todas as "tribos", nacionalidades, religiões. Sofri um bullying desgraçado, levei 10 anos pra superar a merda que foi, mas acredito que ganhei muito, no fim das contas. Quebrei preconceitos relacionados a religiões e nacionalidades e tive a oportunidade de não passar o meu ensino médio inteiro surtando com vestibular.
Ainda assim, eu acho que as escolas, conforme estão estruturadas hoje, sufocam a individualidade das crianças. Vejo adolescentes, de escolas renomadas e bons alunos, que não sabem intepretar um texto. "Aprendem" a repetir a interpretação dada pelos professores e têm absoluta dificuldade de pensar por si próprios.
Também, a carga escolar (principalmente das escolas particulares) é ridiculamente extensa. Não dá nem tempo para a criança ter um momento para ler o que gosta, fazer o que gosta, refletir sobre a vida.
Não acho que homeschooling é a melhor coisa do mundo, mas gostaria de vê-la como opção.
Vai ter gente usando de forma errada? Vai. Mas aí são as escolhas de cada um (as liberdades de cada um).
Eu vejo muito que as escolas se tornaram depósitos de crianças (ricas e pobres, públicas e particulares) e pouca ou nenhuma ênfase é dada à saúde emocional. Poucos têm se preocupado com a criança como um ser e até hoje os professores e administradores de escolas conseguiram combater uma coisa simples como o bullying.
Aí a criança é gorda/magra/feia/tímida/usa óculos/é um menino afeminado/é uma menina masculinizada, não tem nenhum amigo na escola, sofre bullying, chora todos os dias e a galera fala que é "socialização"? Que é "conviver com as diferenças"?? Ah, não, gente...
Tá tudo errado!
Sem querer o meu comentário anterior foi repetido 3 vezes. ...Já apaguei.
ResponderExcluirPrimeiro achei extremamente preconceituoso e manipulador associar a notícia da família Duggar ao ensino em casa, por acaso não existem milhares de casos de pessoas que estudaram em escolas regulares e foram molestadas? Não entendi a conexão, vai ver é porque era uma família grande então, ou religiosa porque não existem casos de abusos em outros formatos de família com certeza.
ResponderExcluirEu não sou a favor do modelo de ensino atual e acredito que existem perfis de pessoas que se adaptam melhor a outros métodos.
E por ultimo é muito maniqueísmo alegar que crianças educadas neste métodos ficariam sem socialização, as famílias que adotam isso hoje em dia na maioria das vezes não isolam os filhos, eles frequentam aulas de música, esportes, frequentam clubes, parques, igrejas, sim igrejas porque nestes lugares também há socialização, e até parece que todos nós vivemos uma socialização maravilhosa na escola.
Soraia
É ruim porque depois eles vão ter que entrar na faculdade, e faculdade não existe em casa,
ResponderExcluirsó é bom por causa do bullyng que é forte nessa fase, mas se criminalizassem o bullying não teríamos tantos problemas, além disso a criança pode ficar egoísta e quando forem trabalhar perceber que não gostam de um colega ou outro vai ser difícil.
A autora do post e a Lola estão superestimando os professores. Se até no ensino superior, na USP, eu posso contar nos dedos os professores que realmente são bons, o que dirá na escola pública. Eu não consigo me lembrar de um professor realmente bom que tive durante todos os anos que estudei em escola pública, nenhum professor que me marcou, que me ensinou algo que eu nunca poderia ter aprendido sozinho.
ResponderExcluirAliás, eu aprendi muito mais sozinho do que na escola. Sozinho eu entrei em contato com literaturas que, se eu fosse depender da escola, nunca saberia que existem.
Sem contar que pessoas diferentes aprendem melhor de maneiras diferentes. Tem gente que se dá bem com a estrutura tradicional da escola. Agora pessoas como eu, diagnosticadas com TDAH, não funcionam muito bem nessa porcaria que é o currículo das escolas nesse país.
Eu me daria muito melhor tendo estudado em casa. Eu preciso de um ambiente mais calmo e atenção focada em mim pra conseguir aprender melhor, até hoje na faculdade eu tenho problemas com isso, sorte que sou inteligente pra caralho e consigo me virar mesmo não conseguindo focar muito nas aulas.
A autora do post também superestima a dificuldade de ensinar as matérias da escola. Hoje em dia, com a internet aí, te garanto que dá pra aprender muito melhor física, química, matemática e português em casa do que na escola.
E socialização? Sério mesmo? Mais uma vez, existem crianças E crianças. Algumas podem gostar de conviver com um monte de outras crianças, pra outras esse tipo de situação é estressante.
Sem contar que eu sempre brinquei na rua, a socialização na rua é muito melhor e mais útil do que na escola. Na rua aprendi a empinar pipa e fugir da polícia, coisas que não se aprende na escola.
Eu também sofri bulliyng meus colegas chegaram a fechar a porta pra eu não entrar, mas nunca soube o real motivo apenas não iam com minha cara, eu tive que aprender na marra a conviver com gente diferente e que ainda por cima me odiavam por sei lá o que.
ResponderExcluirE mesmo assim sou contra ensino em casa, qual é os pais tão pensando o que a gente cria filho pro mundo não adianta criar pra si, uma hora eles vão sair e tem que enfrentar gente ruim lá fora que faz cara feia pra você, que quer brigar, a vida é assim e é por isso que não quero ter filhos.
a socialização na rua é muito melhor e mais útil do que na escola. Na rua aprendi a empinar pipa e fugir da polícia, coisas que não se aprende na escola.
ResponderExcluirqual criança que brinca na rua hoje em dia com tanta violência? e seria mais um motivo pra prender mulheres em casa!
NÃO OBRIGADA.
Um homem falando que empina pipa , mas mulher fica em casa brincando de boneca, é divertido pra você né enquanto as cabras estão presas os bodes estão soltos.
ResponderExcluirPutz...
ResponderExcluirDrama da minha vida: concordar com o Thomas-Toddy.
Também tenho TDAH, é um saco para eu concentrar, no trabalho tenho que colocar fone de ouvido, minha socialização na escola foi uma merda, me socializei fora da escola, com outras atividades e na faculdade.
Existem crianças e crianças.
Talvez se eu tivesse tido uma educação mais focada, no meu ritmo, e uma estrutura psicológica melhor, eu seria uma pessoa mais tranquila.
Vai elogiar o Thomas-Toddy e dá nisso...
ResponderExcluirTensa essa vida.
O que mais complica é essa questão de ensinar todas as matérias. Sério que esses pais pensam que sabem de tudo e conseguem ensinar tudo? Alfabetizar é um processo complicado. E a criança vai ficar engessada em casa. Só vai trocar o local de "engessamento"...
ResponderExcluir"mas se criminalizassem o bullying não teríamos tantos problemas"
ResponderExcluirEntão você e a favor da redução da maioridade penal?
Eu discordo do Thomas todo mundo sabe que existem tipos de aprendizados ok a escola já tá atrasada ok e todo mundo tá cansado de saber socialização um saco mas é claro lá dentro tem gente que a gente não gosta isso é o MUNDO, não é só na escola que a gente convive com isso.
ResponderExcluirMas prender as pessoas em casa acreditando que essa é a solução , é o mesmo do marido querer prender a mulher em casa achando que ela não vai trair. Soluções muito pouco funcionais pra um problema que é bem mais fundo.
Então você e a favor da redução da maioridade penal?
ResponderExcluirnem a favor nem contra eu quero que as leis sejam cumpridas se tiver que seja cumprida, pois criar mais uma lei pra não servir de nada não adianta.
Eu sou a favor de medidas socioeducativas pra quem comete bulliyng, eles tem que aprender a lidar com diferenças, e quem praticou devia ter isso no currículo, tipo medida socioeducativa por praticar tal ato, as pessoas tem que aprender na dor porque no amor tá dificil.
"Eu sofri bullying a minha vida escolar inteira e isso me deixou com vários traumas que tive que resolver na terapia. Então essa de que "ain, mas a socialização, ain, mas os coleguinhas", não sei, não.
ResponderExcluir"
Eu te amo, vbfri.
Eu não pratico homescooling, mas entendo quem o faça.
ResponderExcluirAchei o artigo parcial e preconceituoso. As vezes, pura e simplesmente temos que pensar fora da caixa. É verdade que mal praticado pode correr muito mal, mas bem feito pode ser fantástico.
Aqui em Portugal, onde é legal pratica-lo, a criança fica inscrita na escola da area residencial, tem que haver alguem responsavel pela educaçao que tenha mais um grau de escolariedade do que a criança e no final do ciclo a criança presta provas como os restantes alunos. Só continua a progressão se souber.
Por aquilo que reparei, opta pelo ensino domestico quem está altamente envolvido na educação dos filhos e a esmagadora maioria dos pais tem formação academica. Não estão assim tão isolados porque formam grupos em que trocam informações, dúvidas e até se juntam para conviver. Na era da internet e do facebook so se isola quem assim o entender.
Achar que só se sociabiliza na escola é profundamente redutor... A serio?? E os meninos que andam em escolas privadas com ambiente privilegiado também não convivem? A vida não oferece oportunidades suficientes de convivio? Com os vizinhos, amigos, o amiguinho que conheceu há 10 minutos no jardim? A escola é um ambiente artificial onde as crianças acabam por conviver apenas com crianças da sua faixa etária.
A educação em casa permite adaptar o ensino á criança, seguir a sua velocidade, permite uma flexibilidade que a escola não possui.
Com isto tudo, teria sido porreiro se a autora tivesse pesquisado mais profundamento o assunto.
Puts pior que o Thomas falou um troço importante. TDAH. Meu filho é hiperativo e vejo que ele aprende melhor comigo, em casa, do que na escola. As escolas "especialistas" são absurdamente caras e nem tão diferentes assim.
ResponderExcluirMas sei lá.
Mas gente, desde quando a escola é essa maravilha de pluralidade? Só para exemplificar, meu filho aprendeu na escola que ser gordo é algo negativo, que meninos não podem gostar de rosa e nem brincar de boneca. Outro dia ele voltou para casa chateado porque meninos maiores o chamaram de mulherzinha!!!!
ResponderExcluirAlém do que, a escola para crianças tão pequenas é uma tortura! Obrigar os pequenos a ficar sentados em carteiras por 4 horas, gente, tá, é a regra, mas defender isso como melhor opção, sinceramente! Claro, há pedagogias alternativas para quem pode pagar (é caro, muito caro).
Quando coloquei numa escola particular com proposta diferente, foi uma decepção enorme, porque na prática as crianças ficavam com estagiárias completamente despreparadas.
Vi meu filho se tornar muito menos confiante e até mais agressivo depois que entrou na escola, mas infelizmente eu não tenho tempo e nem dinheiro para garantir uma educação conforme meus princípios. Hoje ele está no primeiro ano e a professora é ótima, leciona há trinta anos, meu filho gosta muito dela e tal, mas eu sei perfeitamente das limitações da escola e não procuro me enganar quanto a isso.
E já que estamos aqui julgando todo mundo ("moderninhos", gente, por favor!), que absurdo pensar em socializar uma criança de 1 ano e 8 meses!!!
Além do que, nessa idade a criança está muito sujeita a doenças, ela vai ficar muito mais doente na escola que em casa, eu entendo e não julgo o fato de alguém PRECISAR do serviço pra dar conta do trabalho, mas dizer que isso é o melhor pra criança, sério mesmo?
Tantas idéias preconceituosas nesse texto que, olha...
Só eu que sou contra? eu acho que nos países patriarcais isso vai ser um prato cheio pra pais mascus. Não deve ter não, mas sei lá se vocês tão tão convencidos assim,
ResponderExcluirMas gente, desde quando a escola é essa maravilha de pluralidade? Só para exemplificar, meu filho aprendeu na escola que ser gordo é algo negativo, que meninos não podem gostar de rosa e nem brincar de boneca. Outro dia ele voltou para casa chateado porque meninos maiores o chamaram de mulherzinha!!!!
ResponderExcluirmas isso não é nada que a vida não mostre, a escola só mostra o que o mundo é que as pessoas são preconceituosas. Ou você acha que fora da escola ninguém sabe que ser gordo é feio que menino não pode gostar de rosa isso a gente aprende até em casa.
Ou você acha que esses ensinamentos são passados por quem, como a criança chegou a conclusão sozinha que ser gordo é feio? ninguém nasce preconceituoso.
ResponderExcluirPorque ao invés de colocar crianças em casa não se faz matérias sobre diferenças, sobre gênero, racismo etc...
ResponderExcluirSerá que os pais não vão mesmo passar esses preconceitos pois pra mim eles sempre passaram...
Na minha escola sempre tinha os populares que se achavam, aqueles que quando a gente vai ve depois acabam gordos e sem um emprego digno.
ResponderExcluir"Com isto tudo, teria sido porreiro se a autora tivesse pesquisado mais profundamento o assunto."
ResponderExcluirEngraçado que não vejo ninguém que pesquisa sobre o assunto (psicólogos, professores, pedagogos, pesquisadores, sociólogos, etc) achar ensino em casa uma boa ideia. A esmagadora maioria dos especialistas é contra! Quem é da área jurídica com especialidade no ECA também costuma ser contra.
Para quem não entendeu qual foi a da comparação com a família maluca lá, explico: acontece muito. Muitas famílias que querem educar seus filhos em casa costumam ter episódios de violência sexual contra as crianças. Qualquer pessoa que trabalhe ou pesquise sobre abuso sexual infantil sabe que é muito comum. Há um padrão.
"Ah, mas também tem muita família que violenta e a criança frequenta a escola..." Sim, mas quando a criança frequenta a escola é bem mais fácil descobrir. Aliás, há uma demanda para preparar profissionais na escola para identificar sinais de violência doméstica contra crianças e adolescentes.
Quando a criança não costuma frequentar escolas, em geral, o abuso sexual só é descoberto quando a criança já é adulta e resolve denunciar.
Ninguém tá dizendo que a educação está boa como está. A educação no país Não é boa. É péssima. Os professores não são devidamente capacitados, não são valorizados (especialmente por quem acha que pode fazer o trabalho deles), não recebem bons salários, não têm seus direitos respeitados, não recebem incentivo para continuar na profissão e se manterem atualizados. O currículo escolar também não é ideal. A questão do bullying é bem séria! As diferenças e o contexto das crianças não são respeitados - principalmente por essa corja conservadora.
Agora, vamos melhorar a educação pedindo homeschooling? Não sei como. E repito: homeschooling não é defendido por aí porque a preocupação é com a educação da criança. É uma questão de controle. Até mesmo querer proteger a criança de qualquer forma de sofrimento é controle excessivo sobre ela.
Agora, vamos parar para pensar uma coisa...? Escola Não é substitui família. Não substitui educação em casa! Não é depósito de criança! Ao invés de confundir as funções e deveres, por que não se questiona que educação em casa é essa que cria tantas criancinhas que praticam bully...? Porque todo mundo sabe que bully é um problema mas todo mundo se comporta como se essas crianças viessem de outro planeta.
De quem são os filhos que perseguem crianças e adolescentes por causa da cor de sua pele, do seu peso, da sua religião, da sua orientação sexual...? Da sua condição socioeconômica?
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Quanto as crianças com necessidades especiais... As escolas não estão preparadas para recebê-las. Precisamos de profissionais especializados. Ninguém tá dizendo que a educação do jeito que tá está boa. Só Não queremos que piore!
Engraçado que na época que eu acompanhava melhor essa questão das inúmeras necessidades especiais, havia muitos pais que diziam que não queriam isolar seus filhos só porque eles tinham uma condição especial. Inclusive havia várias pesquisas falando que, ao invés de escolas só para, por exemplo, crianças com autismo, seria bom que as escolas tivessem infra-estrutura para receber qualquer criança com alguma necessidade diferenciada e que elas convivessem com as demais crianças.
Pelo visto hoje em dia a coisa se inverteu. Ao invés de exigir que a sociedade acolha quem é diferente, queremos isolá-las e protegê-las.
Gente. Sociedade e escola tem que ser bom pra todo mundo.
Eu concordo com quem falou do aborto. Ninguém é obrigado a fazer homeschooling, mas pode ser dada essa oportunidade.
ResponderExcluirVai ter gente que vai fazer de forma ruim? Ô, se vai. Mas se tirarmos a possibilidade da pessoa ensinar a criança como achar melhor, tanto pior.
Existe curriculo básico. Existe prova de nivelamento. Existe possibilidade de fiscalização. Existe uma série de formas de se socializar a criança.
Como a Lúcia falou, também não é esse oba-oba todo.
E as escolas (públicas e particulares) no Brasil não são nenhum modelo de respeito às diferenças e de integração.
Ótimo que a maior parte das crianças consiga se enquadrar no modelo atual de ensino. Eu achei uma droga.
Escolas diferentes, "moderninhas", alternativas, são caríssimas. E nem sempre são essa maravilha toda.
Tem uma em SP, acho que só para o ensino fundamental (procurem Projeto Lumiar), que é uma coisa linda de viver e parece que super dá certo. Mas, né? Nem todo mundo pode pagar e não tem no país todo. Só numa cidade. É uma escola sem salas de aula.
Com um bom professor, a criança já começa a aprender física e matemática construindo pipas aos 6 anos de idade e química, matemática e biologia e sei lá mais o que em aulas de culinária.
Mas nãaaaao... coloca todo mundo sentado 45 minutos ouvindo uma pessoa falando abobrinha na frente. Depois se mata pra decorar as coisas e fazer uma prova cujo conteúdo será esquecido tão logo a prova termine.
B. disse...
"Eu te amo, vbfri".
Owwwwwww... <3
Ganhei meu dia!
Eu acho que a questão precisa ser discutida melhor.
ResponderExcluirAqui na minha cidade, a maioria das escolas públicas convivem diariamente com drogas e violência em seu interior. Os professores estão despreparados para lidar com esses problemas e vivem sobre intensa pressão. E a qualidade do ensino também não é essas coisas.
E a maioria das escolas (inclusive particulares) não consegue dar conta da diversidade que trata o post. Vide o problema de crianças com necessidades especiais, como portadores de TDAH, autismo, retardo mental, esquizofrenia e outras situações. Estas sofrem exclusão no local que supostamente teria o papel de incluir.
Não acho que o ensino em casa seja a solução para esses problemas, por outro lado, acho imoral que o Estado queria proibir que famílias tentem lidar como podem com essas dificuldades sem dar uma resposta concreta a esses problemas.
Eu penso que as famílias poderiam se organizar e criar pequenas escolas comunitárias do bairro ou vizinhança, onde alguns pais lecionariam ou contratariam professores particulares, as aulas poderiam ser na casa de alguém da comunidade ou algum imóvel cedido ou alugado.
O Estado ao invés de querer proibir tudo e controlar excessivamente a vida das pessoas, poderia estabelecer critérios para aqueles que desejam dar aulas em casa para seus filhos, incluindo formas que garantissem a socialização das crianças e proteção contra abusos.
Owwwwwww... <3
ResponderExcluirGanhei meu dia!
que carência...
Ágatha disse...
ResponderExcluir""Ah, mas também tem muita família que violenta e a criança frequenta a escola..." Sim, mas quando a criança frequenta a escola é bem mais fácil descobrir. Aliás, há uma demanda para preparar profissionais na escola para identificar sinais de violência doméstica contra crianças e adolescentes."
Então. Eu estudei nas melhores escolas que o dinheiro podia pagar. Sofri bullying, sofri abuso sexual dentro da escola por um assistente de professor, cheguei várias vezes com marca de cinto no corpo (sim, professores viam e eu cheguei a contar que eu apanhava em casa).
Escolas caríssimas. Escolas em bairros nobres. Escolas em lugares privilegiados, com gente importante e carro importado com motorista e babá esperando.
Sabe o que aconteceu?
Nada.
Sabe no que os professores me ajudaram?
Nada.
Sabe quantas vezes um professor me defendeu de bullying?
Nenhuma.
Sabe o que aconteceu quando eu fui me defender de um bullying na frente da professora (que viu tudo), puxando o cabelo da menina (que tinha o dobro da minah força e tamnho)?
EU fui suspensa.
Sabe quanto custa essa escola específica hoje? 3 mil reais a mensalidade.
É. Realmente o ambiente escolar previne os abusos e educam os pais.
Só que não.
faculdade o ensino tbm não é legal mas temos a possibilidade de estudar a distância seria legal se escola pudesse ser assim.
ResponderExcluirSabe no que os professores me ajudaram?
ResponderExcluirNada.
normal normal isso despreparados demais.
"Engraçado que não vejo ninguém que pesquisa sobre o assunto (psicólogos, professores, pedagogos, pesquisadores, sociólogos, etc) achar ensino em casa uma boa ideia"
ResponderExcluirLógico que eles são contra, né querida??? O empreguinho deles tá em risco! Pensa um pouquinho...
Ah, a propósito, também:
ResponderExcluirSabe quando os professores se interessaram pela minha vida familiar e chamaram os meus pais para conversar sobre as marcas em meu corpo?
Nenhuma vez.
Isso que, a partir da 5a série, na escola de 3 mil (fui abusada na 4a série em uma escola católica), as turmas não tinham mais que 20 alunos. Algumas turmas tinham 12.
Primeiro: du-vi-de-o-dó que a situação hoje esteja melhor, que os professores sejam mais preparados, que haja uma só escola neste país onde não haja bullying (ou onde seja devidamente reprimido). Ainda mais em salas com 40-50 alunos, ainda mais onde a coisa mais importante do mundo e da vida seja vestibular/enem, ainda mais onde os professores ganham pouco e trabalham muito.
E olha que estou falando de escola particular.
Escola pública é melhor nem falar.
Vivaaaa a maaandioca
ResponderExcluirMulher Sapiens
Como já foi apontado, a escola não é o único local de socialização, para isso temos outros locais (família, cursos complementares, esportes); o modelo de educação tem muitas lacunas, no qual o aluno decora em vez de observar aplicações práticas; a escola também deixou de ser um espaço de respeito às diferenças.
ResponderExcluirMas a realidade é outra. Seria ótimo se pai e mãe se revezassem na educação do filho, mas não vai acontecer de jeito nenhum. Apesar de todos os problemas que a escola possui, ainda prefiro que a criança tenha as vivências no ambiente escolar (conviver com outras crianças da idade, observar e resolução de problemas, cumprir responsabilidades).
O modelo de escola pode ser ruim, mas percebo que os pais de hj em dia terceirizam demais seus filhos, faltando presença, nem que seja aquele momento de fazer o dever de casa juntos e explicar a eles pq é errado desrespeitar o coleguinha da sala. Pais sempre trabalhando demais ou sempre muito cansados para os filhos. Professores preenchendo lacunas de pais ausentes. A responsabilidade de educação não é só da escola, é da família tb.
"Engraçado que não vejo ninguém que pesquisa sobre o assunto (psicólogos, professores, pedagogos, pesquisadores, sociólogos, etc) achar ensino em casa uma boa ideia"
ResponderExcluircientistaqueviroumae.com.br
lumiar.org.br
http://www.hackschooling.net/
Só pra fazer a galera pensar na atual situação das escolas e abrir um pouco a cabeça.
ResponderExcluirÁghata
Eu quero números, estatísticas, vc vem e joga no ar essa afirmação que é recorrente crianças que estudam em casa serem abusadas sem provar nada. Se vc acredita que crianças ensinadas em casa são mais propensa eu entendo, mas ai vc fala EU PENSO ISSO.
Os professores, pedagogos no geral acreditam nesse modelo de ensino, é óbvio que eles vão defender, mas tem muita muuuuuuuita gente pesquisando e estudando a anos o ensino em casa
E não falo de fanáticos religiosos não, falo de gente de variadas correntes ideológicas abra um pouco a mente ok?
Eu assisti um documentário que falava sobre ensino em casa, e tinha pessoas muito variadas.
A pessoa que não acreditar no ensino em casa matricula o filho em escola regular simples assim, ninguém vai ser obrigado a nada, o ridículo é como é hj onde as pessoas são coagidas a colocar os filhos em um sistema que eles não acreditam isso é pavoroso, cadê a liberdade.
Alguns comentários aqui fazem parecer que a escola é um paraíso, não sei que escola é essa que o povo andou frequentando.
Soraia
Soraia disse...
ResponderExcluir"Alguns comentários aqui fazem parecer que a escola é um paraíso, não sei que escola é essa que o povo andou frequentando."
Então. Também quero saber.
Hoje saiu a notícia que duas meninas se agrediram na saída da escola. Ninguém fez nada. Aí a escola disse que, como foi depois da aula, não era responsabilidade dela.
E essas brigas em escolas, pelo que eu conheço, é assim: uma pessoa apanha e a outra tenta se defender...
É só em MMA, boxe e nessas coisas que há as divisões por peso.
Hoje saiu a notícia que duas meninas se agrediram na saída da escola. Ninguém fez nada. Aí a escola disse que, como foi depois da aula, não era responsabilidade dela.
ResponderExcluirisso acontece fora da escola a escola não é o problema as pessoas são
Parece uma maravilha né... para as famílias estudadas e cheias da grana. Mas não uma opção para as mulheres pobres que se viram em 2 ou mais empregos para sustentar seus filhos, muitas vezes sem a ajuda dos pais. Para elas, a única opção continua sendo a escola pública sucateada ou o trocado pago para a vizinha "olhar" os menores.
ResponderExcluirEnquanto educação continuar sendo pensada em "para ricos" e "para pobres" as desigualdades sociais e o ciclo de miséria vão continuar.
"Parece uma maravilha né... para as famílias estudadas e cheias da grana."
ResponderExcluirSim. Homeschooling é uma das coisas mais elitistas que existe. Escolas alternativas também. O ponto não é este. O ponto é se isso vai ser algo permitido ou não.
Eu não acho homeschooling a solução para todos os problemas. Nem sou 100% favorável. MAS acho que é algo que vale a pena ser discutido e eu acho que o sistema de ensino brasileiro precisa ser revisto PRA ONTEM. Na verdade pra 15 anos atrás.
Tem uma família em Minas, acho, que é judia, e ensina as crianças em casa e é ou era a maior defensora do homeschooling.
Sério? Tem como julgar? A maioria das escolas não convive bem com as diferenças. Judeus no Brasil são raros, os xiitas cristãos estão aumentando veementemente. Daí colocar crianças com quipa na escola é pedir para elas serem abusadas.
Os meninos foram avaliados pelo MEC, por sociólogos, psicólogos, psiquiatras, tiveram a vida esmiuçada e concluiram que, putz, não tinha UMA coisa pra falar mal da criação deles. Meninos socializados, inteligentes, educados, poliglotas (português, inglês, hebraico e acho que tinha mais um idioma) e passavam nas avaliações do MEC com louvor.
Vai falar o que??
Sou a favor da educação em casa, desde que hajam certos mecanismos de controle. Um currículo básico a ser seguido e provas para conclusão de cada etapa. No meu estado a rede pública não reprova ninguém.A criança segue para outros conteúdos, mesmo não tendo assimilado os anteriores. Dei aulas particulares para um menino que estava no terceiro ano do ensino fundamente e não sabia ler. Escola não é garantia de aprendizado.Me pergunto se não é também intolerância, acreditar que as famílias não possam escolher um modo diferente de educar seus filhos.
ResponderExcluirVou falar que o fluxo natural segue... o rico é cada vez mais escolarizado e consequentemente ocupa as estruturas de poder.
ResponderExcluirO pobre sai da escola semi-analfabeto. Isso se não desistir para trabalhar. Ou se engravidar.
E assim seguem as estruturas opressor-oprimido...
ResponderExcluir(perdao a falta de acentos - teclado americano!)
ja fui professora de musica (instrumento, quarteto de cordas e orquestra) de muitas criancas e jovens adultos que foram homeschooled, em meus tres anos morando nos EUA. E tem MUITA MUITA coisa que vcs tao assumindo, que na realidade nao eh bem assim.
Falando da minha experiencia:
Isso de o pai selecionar materia: nao eh bem assim.
Existe aqui (e eu tenho quase certeza que no Brasil tb) uma grade curricular determinada para cada serie, e (acho que aqui apenas) um monte de testes que a crianca tem que passar pra passar de ano. Os testes sao estaduais ou nacionais e nao sao feitos em casa. A crianca nao pode entrar na faculdade sem ter passado esses testes, porque o criterio de admissao sao as notas do ensino medio e nao a nota de um vestibular. Nao acho o maximo testes para criancas, MAS acho que esse sistema eh melhor e mais justo que o vestibular.
Para tanto, o governo e tambem escolas privadas fazem programas parecidos com os programas de educacao a distancia de universidades, so que para materias escolares. Os pais nao sao professores, apenas acompanham e fazem pressao para a crianca assistir todos os videos, fazer todos os temas, mandar os trabalhos no tempo estipulado, etc. Essas criancas estudam quimica, fisica, tudo. De novo: os pais nao tem a opcao de retirarem conteudo, a menos que eles queiram privar a crianca da possibilidade de ir para uma universidade. E ai categoriza abuso tb.
Segundo, a questao da socializacao. Tem gente aqui falando de todos os horrores de nao ser socializado. SO QUE. em todos os programas que dei aula, as criancas homeschooled eram as mais educadas, disciplinadas, e empaticas (SIM mesmo as vindas de familias religiosas, que sao a maioria). Varias agiam como conciliadores e lideres nas turmas. Os tres que tenho contato que ja estao na universidade sao alunos brilhantes. Acho que um fator do sucesso deles eh que o bullying eh um problema terrivel aqui nos EUA, e essas criancas escapam disso, e das cicatrizes que isso deixa. Mas alem disso, existe um outro componente, que e o quao esses pais sao presentes na vida dos filhos, coisa rara hoje em dia e muito importante para a formacao da personalidade. Essas criancas sao muito seguras de si, e eh muito obvio, mesmo antes de eu conhecer os pais, o quanto sao amadas.
Entao voltando ao assunto do texto: Nao da pra fechar a cabeca para uma coisa so porque ela contraria nossa visao de mundo (e a forma como a nossa educacao foi). Como qualquer coisa nova, pode ser muito ruim, mas pode ser muito boa tb.
sou contra homeschool se significar "meu filho so aprende o que eu quiser". Sou 100% a favor se tiver metodo universalizado, e significar o amor dos pais guiando a experiencia de aprendizado da crianca.
AH: outro ponto.
ResponderExcluirMencionei que a maioria dos homeschooled que conheci vinham de familias religiosas, mas nao eram todos. O que todos tinham em comum eh que todos viviam em zonas rurais.
Agora pense em aumentar o acesso a educacao atraves de programas de escola a distancia. Como alguem vai ser contra isso?
Olá Lola! Acompanho seu Blog sempre que posso e este assunto em especial me interessou. Sou licenciado em Ciências Biológicas e atualmente trabalho com acompanhamento escolar, aulas particulares para alunos que têm dificuldades de adaptação na Escola. Uma coisa que me chama atenção e que já foi mencionada aqui, são alunos com TDAH. Sem entrar no mérito da questão da medicalização, que é importante ser discutido. Muitos dos meus alunos, diagnosticados com TDAH, acabam sendo considerados fracassados quando, talvez precisem de uma atenção que as escolas tradicionais não estão preparadas para dar. O que, na minha opinião, não invalida a escola, mas ela precisa ter mais flexibilidade com estes alunos. Por outro lado, quase todos os meus alunos sofrem uma privação de convívio social absurda (todos matriculados em escolas), seja por ausência dos pais, seja por viverem fechados em seus apartamentos. Para se ter uma idéia do que eu estou falando, um dia em uma conversa com um dos meus alunos tive a maior dificuldade de explicar a ele que no nordeste havia centros urbanos com prédios como os de São Paulo, que existiam pessoas ricas, classe média e pobres, como aqui. Ele simplesmente não conseguia aceitar. Outra coisa que é bastante comum é a falta de sentido que eles vêem na escola e na vida que levam. É assustador! Talvez o homeschooling, nessas condições, intensifique esse comportamento e é preocupante. A escola não é a única forma de educar e o homeschooling também não deve ser.
ResponderExcluirNa oitava série eu mudei para outra escola. Eu sofri bullying, porém não foi intenso. Mas tinha uma colega na minha sala que sofria muito bullying. Simplesmente não era deixada em paz quase nunca. E até onde eu sei, professores, coordenadores, inspetores e a diretora nunca fizeram nada. Apenas um professor pedia para os alunos não fazerem isso, mas com pouca assertividade.
ResponderExcluirAs escolas estão longe de ser esse ambiente acolhedor, respeitador da diversidade, permitindo a socialização segura de crianças e adolescentes.
Não acho que a socialização seja um argumento forte o suficiente para justificar a proibição do ensino em casa.
Essa lei vai beneficiar uma minoria: gente que tem recurso disponível e preparação para isso. Porém, se as coisas forem feitas dentro de critérios, com acompanhamento em vez do "meu filho, minhas regras", parece ser uma boa opção (inclusive para a zona rural, como já falaram).
ResponderExcluirÉ importante frisar que as experiências com a escola podem ser diferentes para as pessoas. Muita gente relata o bullying. Ele é muito real. Como eu era desprezada na minha família, a escola era o único lugar onde eu me destacava e era feliz. Foi onde eu consegui desenvolver parte da minha personalidade, trabalhar em grupo. Mesmo rendendo bastante estudando sozinha, no meu caso, conviver com a divergência de ideias em sala, quando o colega levantava alguma dúvida que eu jamais tinha pensado e aprender e ensiná-los foi muito benéfico. Quem sabe um modelo misto? Ou cada pai ter o discernimento de fazer as melhores opções.
Como a Mirella já disse, o problema do modelo de educação não é culpa só do governo ou dos professores e parâmetros curriculares. O processo pedagógico envolve também a participação da família. Os pais estão ficando mais distantes dos filhos, criando jovens mimados, materialistas, preconceituosos e imaturos. É um problema que não podemos ignorar.
Sou uma mulher bastante 'masculina' e tenho Asperger. Isso me rendeu bullying: dos e das colegas de escola, da staff da escola, e dos meus proprios pais. Só consegui sobreviver a adolescência por ir morar sozinha e faltar a maior parte das aulas enquanto estudava em casa, indo nas aulas auxiliares e nas provas.
ResponderExcluirE pode ter certeza que sou contra homeschooling. Se desse jeito a minha vida já foi um inferno, se eu tivesse sido obrigada a conviver e dar satisfação para os meus pais durante a adolescência eu com certeza teria me matado. Meus pais eram extremamente controladores (hoje, depois de velha, eles finalmente entenderam que fizeram merda e nos damos bem), e a maioria dos pais que querem fazer homeschooling são controladores. Haveria abusos demais contra essas crianças (e abusos dos pais é pior do que bullying porque você não tem como fugir ou revidar, você depende deles para viver, literalmente). E antes que alguém diga 'se os pais abusarem é só denunciar!', massa, e o adolescente fica como? Tem que conviver com os pais depois disso, com ainda mais abusos? Tem que morar sozinho sem recursos? Tem que morar com parentes que mal conhece e podem ser tão ruins quanto?
E mesmo tendo bullying, o bullying mais ferrado foi no ensino médio, até lá era um bullying 'leve', e antes do ensino médio a escola mais me fez bem do que mau em termos de socialização. Além de que, foi na escola que pude achar pessoas parecidas comigo, e, inclusive, meus pais eram contra minha convivência com essas pessoas. Ou seja, se fosse homeschooling, eles jamais teriam me deixado conviver com as pessoas que me entendiam.
Vejo muito esse assunto na perspectiva da família rica no qual pelo menos um dos pais pode (ou precisa) ficar com a criança. "coisa de hipster rico". E a família pobre no qual todo mundo precisa trabalhar, como é isso?
ResponderExcluirVai pra escola?!
ExcluirÉ a mesma coisa que questionar o pq do rico ter uma Ferrari e o pobre não, não faz sentido...
Agradeço à Lola por ter publicado o meu post, na verdade, mais um comentário estendido do que qualquer coisa. Com tempo, poderia ter argumentado mais e, talvez, clarificado alguns de meus pontos de vista e, não, preconceitos como alguém colocou. Afinal, sou mãe, educadora que lecionou em mais de uma escola e fui eu mesma aluna de mais de uma escola. Acredito que posso falar bem sobre educação sobre vários pontos de vista.
ResponderExcluirSó que estou correndo, pego avião daqui a pouco, por isso mesmo, não tenho como replicar alguns dos comentários feitos. Espero conseguir ponderar, concordar, ou discordar de alguns deles. De resto, obrigada pela atenção.
vcs aí falando de bullying... e eu aqui que acabo de descobrir que a minha mãe, aquela que me criou, curte página do Testosterona!!! Isso é que é sofrimento!!
ResponderExcluirE na boa... A maioria dessa famílias é religiosa e conservadora. Se a criança for gender non-conforming ou homossexual não é nem um pouco difícil entender que ela viveria o inferno na terra se os pais tivessem total e completo controle sobre ela, como o que acontece no homeschooling. Mesmo se for uma menina, feminina e hétero, já seria ruim, pois os valores tradicionais sobre o que uma mulher deve ser das religiões conservadores são péssimos. Essa garota dificilmente teria acesso a outras representações de mulheres além da 'serva casta e submissa'.
ResponderExcluirEsperando a Lola se pronunciar:
ResponderExcluirMeninas são dadas como prêmio em competição:
http://www.regiaonoroeste.com/portal/materias.php?id=120395
Eu entendo os pontos de vista dos artigos mas eu acredito que esse seja um direito das familias de como criar e educar os seus filhos.
ResponderExcluirE concordo com a pessoa que afirmou que a educação nas escolas nos artigos é superestimada. Vi muitos casos em que a escola só deseduca. Eu mesma tive experiências na escola que só atrapalharam a minha autoestima e desenvolvimento. Regularizando homeschooling pelo menos o MEC pode providenciar cartilhas e cursos pros pais que decidirem tutoriar os próprios filhos.
Eu acredito ser exagero, mas posso mudar de opinião.
Barbara
Olavão e Kim Kataguiri devem adorar esse lance de ensino em casa, já que eles vivem dizendo que nunca precisaram de universidade, porque são tão sábios que não tem nada a aprender com ninguém e que professores são todos uns comunistas ignorantes do mal. Imagine essas figuras ensinando os filhos em casa:
ResponderExcluir-Lição de hoje: astronomia de cu é rola, astrologia que é ciência de verdade. A propósito, o sol gira em torno da terra e o mundo gira em torno do umbigo do macho branco heterossexual. Você tem que odiar todos àqueles que sejam diferentes de você ou que não concordem com o que você diz. Só nós temos direitos! Democracia é baderna e ditadura é coisa linda de deus! Agora vamos à leitura dos nossos livros didáticos (bíblia e livros do Olavão).
Tem um documentário bem interessante, chamado "a educação está proibida" https://www.youtube.com/watch?v=-t60Gc00Bt8 que vale a pena conferir. É um questionamento sobre a educação, que propõe novos modelos de ensino, entre eles o homeschooling. Eu discordo do documentário na questão do homeschooling... Mas acho que a escola, no Brasil e no mundo deveria ser diferente, tanto no conteúdo, quanto na forma de ensinar.
Família e professores tem um papel importante na formação do indivíduo. Não acho produtivo excluir um ou o outro.
Como a autora do texto disse, não acho que pai/mãe consiga atender todas as necessidades de aprendizado de uma criança/adolescente... Até porque a maioria dos pais/mães hoje, não educa seus filhos nem com o mínimo indispensável. Eles terceirizam para escola, televisão e internet a educação dos filhos. Muitos professores reclamam que a criança chega pra aula, sem saber ao menos noções de civilidade e respeito pelos outros. Uma amiga disse recentemente "eles não educam e querem que a gente conserte os filhos deles". E essa realidade independe de ser pobre, rico ou classe média.
Sérgio Cortella fala muito bem sobre isso: https://www.youtube.com/watch?v=FNEN3eJ8_BU
A escolarização já não recebe a devida importância hoje no Brasil, por parte do Estado, nem por parte dos cidadãos. O que aconteceria se disséssemos que levar o filho à escola não é mais obrigatório, que é papel da família ensinar em casa?
Muitos pais/mães diriam "então não tenho mais que gastar com passagem/gasolina para levar o muleque na escola, nem com material escolar. Vai ficar em casa, o mais velho cuida do mais novo"... E a criança passaria a ser educada 24 horas por dia pela TV/computador.
O Estado por sua vez teria a desculpa perfeita para não investir em educação "é papel da família, não nosso. Vamos incentivar o homeschooling e vai sobrar mais dinheiro pra enfiar no nosso bolso".
Com certeza vai aparecer alguém dizendo "mas na escola tem bullying, não quero que meu filho sofra bullying". Na escola tem bullyng? Sim, então devemos acabar com a escola? NÃO! Devemos acabar com o bullying, caramba! E não adianta fechar seu filho numa bolha, pois mais cedo ou mais tarde ele vai ter que lidar com o mundo, pessoas diferentes, então melhor que ele aprenda desde cedo a respeitar e conviver.
E claro, na maioria das famílias vai sobrar para a mãe o papel de "professora", claro! Sempre a mulher!
Temos que lutar por escolas melhores! Por educação coletiva de qualidade!
Ah, e se hoje, com a socialização, convivência com pessoas diferentes na escola, as crianças se tornam pessoas intolerantes, imagina sem isso?
ResponderExcluirMe lembro da minha época de escola. Fui umbandista dos 6 aos 13 anos. Tinha uma colega, na terceira série se não me engano, de quem eu gostava muito, parecia uma amiga legal e divertida. Um dia do nada, ela parou de falar comigo. Ela disse "minha mãe falou que você é macumbeira, que você vai pro inferno e que não é pra eu falar com você".
Na quinta série "perdi" umas amigas da mesma forma (perdi nada, nunca foram amigas). Mas essas fizeram pior: saíram me chamando de macumbeira pra escola toda.
Não duvido que hoje, adultas, elas estejam ensinando os filhos a odiar os "macumbeiros".
Parto em casa, filho sem vacina, festinha do sarampo, filho sem escola, filho sem carne... Quanto mais chegamos ao futuro, mais as pessoas optam pelo atraso.
ResponderExcluirEstamos nos tornando especialistas em copiar merda do resto do mundo.
Kittsu, a família pobre vai pra escola normalmente como sempre foi.
ResponderExcluirEu acho que ninguém está defendendo o fim das escolas ou que os pais possam fazer o que bem entender em relação à educação dos filhos.
ResponderExcluirNem mesmo que o ensino em casa é superior ao ensino formal em escolas.
Mas que em alguns casos, o ensino e casa pode ser uma alternativa.
Conheço um casal vegetariano e diferente da maioria, que o esposo estudou pedagogia Waldorf e que não pretendem de forma alguma matricular seus filhos numa escola comum. E na cidade deles não existe nenhuma escola com essa linha pedagógica. São pessoas super alto astral, e não conservadores religiosos. Eu não acho errado que eles busquem o melhor para os seus filhos.
Mariana K disse...
ResponderExcluir"sou contra homeschool se significar "meu filho so aprende o que eu quiser". Sou 100% a favor se tiver metodo universalizado, e significar o amor dos pais guiando a experiencia de aprendizado da crianca."
_Perfeito, simples assim!
Dizer que ensino em casa é a solução porque escola não presta é um atalho! É paleativo!
ResponderExcluirSeria muito mais produtivo se ao invés de lutar pra educar em casa o "MEU filho", as pessoas lutassem por uma escola pública melhor para TODOS.
Porque não podemos ter escolas públicas capacitadas para atender alunos com TDAH, autismo, necessidades especiais? Porque escolas públicas não poderiam aplicar métodos diferentes, como Montessori? Porque não podemos ter educação integral nas escolas públicas com esportes, artes, noções de cidadania, de empatia, ecologia? Porque aceitamos o bullying como um fato imutável nas escolas? Porque achamos mais fácil abolir a escola que abolir o bullying?
E para quem diz que cada pai e mãe, educa como quiser, faz o que quiser com o SEU filho... Filho não é propriedade! Criança não é propriedade, nem do estado, nem dos pais!
O ideal é proporcionar a elas a experiência mais vasta, mais completa, coletiva... E esta ainda é a escola.
Como na obra de Khalil Gibran:
"Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável. "
O que também me lembra uma entrevista com o Ziraldo que dizia "não devemos tratar a criança como um futuro adulto, como algo que ainda vai vir a ser. A criança É! Ela existe, ela é uma pessoa, não um projeto.
Só acho que o Estado tem que parar de cagar regra na vida pessoal das pessoas.
ResponderExcluirQuem é contra o casamento de homossexuais, não case com um
Quem é contra o aborto, não aborte
Quem é contra o parto humanizado, tenha seu filho no hospital
Quem é contra o homescholing, coloque seu filho numa escola!
É tão simples, porque complicam?
Anônimo 20:47,
ResponderExcluirO Estado realmente tem que parar de cagar regra para a vida de pessoas adultas e imputáveis. Mas ainda é dever do Estado zelar pelas crianças. Não dá pra comparar os outros exemplos com homescholing.
Por mais que existam pais moderninhos bem intencionados... Se homescholing puder ser usado como brecha para abuso infantil e lavagem cerebral, não deveria ser implantado!
Gente vcs que estão falando do bulling estão olhando sob a perspectiva errada .
ResponderExcluirNa escola tem bulling?? Sim.
É péssimo isso? Sim.
Mas na vida vc tb vai encontra gente destrutiva. Muda a criança de escola mas não retira ela da convivência. Até pq bulling pode acontecer em qualquer lugar, num curso, num esporte... Vai tirar a criança de tudo e trancar em casa?
Vai deixar de sair na rua pq existem assaltos?
Vai deixar der ir na praia pq no mar tem água viva?
Quer dizer, vai passar a vida se limitando com base em suposições de coisas ruins que podem ou não acontecer??
Vcs acham mesmo que tá certo esse tipo de educação pra vida? Não né? Não dá pra viver numa caverna pq tudo não é perfeito e nem exatamente como vc quer.
Alice
Anon das 20:47, concordo com os dois primeiros pontos.
ResponderExcluirO problema dos dois outros é que se der merda, é na nossa conta que virá o prejuízo. O estado pode e deve zelar pela saúde física e mental dos cidadãos. É mais humano e mais barato, mesmo que isso envolva proteger as pessoas delas mesmas.
Nessa semanaa mesmo, houve essa notícia:
http://www.dailymail.co.uk/news/article-3130660/Toddler-dies-untreated-ear-infection-parents-refused-treatment-don-t-believe-modern-medicine.html
Acha mesmo que "é direito da pessoa" não crer na medicina e causar a morte do filho porque não acredita no antibiótico?
Consegue imaginar o tamanho da dor da criança com otite até que houvesse a evolução para um abcesso e edema cerebral? Isso pode ser entendido como um "direito"?
Tipo isso, Rafael,
ResponderExcluirMuito absurdo um pai ou uma mãe se achar no direito de negar atendimento médico a um filho.
Daqui a pouco vão dizer "o Estado não deveria julgar a pedofilia dentro da família, porque ele não deve interferir na sexualidade das pessoas, nem nos valores familiares. O filho é meu, não é do Estado, trepo com ele se eu quiser".
Olha, eu nao sou contra a regulamentacao , cada familia sabe o que e melhor para suas criancas (excetuando absurdos como violencia e abusos, obvio) . Mas eu, como mae e professora, JAMAIS faria isso com o meu filho. Priva-lo do contato com outras criancas, de diferentes saberes e vivencias? Sei dos problemas da escola tradicional, mas mesmo assim acho que manter a criancas presa na "bolha" familiar nao e a solucao. O ideal e que escola e familia se alinnhem. Por isso existem escolas de diferentes filosofias, inclusive religiosas.
ResponderExcluirImportante destacar tambem que estamos falando de privilegios. A maioria da populacao nao pode escolher a escola dos filhos. Matricula na municipal mais proxima e e isso ai....
Não. Os pais não sabem o que é melhor para os filhos em matéria de educação. Pessoas que ESTUDARAM a vida inteira para isso sabem. Vamos ouví-las.
ResponderExcluirSe a moda pega, neguinho vai começar a querer colar fratura com super bonder porque "não concorda" com gesso.
Vamos tentar sermos menos ignorantes.
Lendo os comentarios agora vi duas coisas que me causaram estranheza. A prumeira e esse papo de "doutrinacao ideologica". Sou professora ha 17 anos e NUNCA vi isso. Ha professores com diferentes opinioes e ideologias, e a maioria nao impoe isso aos alunos.
ResponderExcluirOutra coisa e isso de "bullying rola solto e professor nao faz nada". Nas escolas onde trabalhei e trabalho nao e assim MESMO! fazemos trabalho preventivo e estamos srmpre de olho. Nao desmereco a vivencia de ng, mas isso de "professor nao liga pra bullying" nao e a regra. E questao de se esvolher a escola com cuidado (e nem sempre a mais cara e a melhor!)
Fabiano,
ResponderExcluirNa pedagogia Waldorf são super importantes as dinâmicas do grupo! Não sei como esse casal que você conhece poderia utilizar a metodologia em casa....
Lendo os comentarios agora vi duas coisas que me causaram estranheza. A prumeira e esse papo de "doutrinacao ideologica". Sou professora ha 17 anos e NUNCA vi isso. Ha professores com diferentes opinioes e ideologias, e a maioria nao impoe isso aos alunos.
ResponderExcluirOutra coisa e isso de "bullying rola solto e professor nao faz nada". Nas escolas onde trabalhei e trabalho nao e assim MESMO! fazemos trabalho preventivo e estamos srmpre de olho. Nao desmereco a vivencia de ng, mas isso de "professor nao liga pra bullying" nao e a regra. E questao de se esvolher a escola com cuidado (e nem sempre a mais cara e a melhor!)
Eu conheço iniciativas muito interessantes de associações de moradores (em pequenas e em grandes cidades) onde os pais se organizaram para montar escolas comunitárias com metodologia alternativa.
ResponderExcluirTalvez seja preconceito meu....mas acho que a maioria dos que procuram a educação em casa é motivada pela intolerância mesmo, pelo desejo de controlar o ambiente e fugir da diversidade.
Complicado...
outra generalizaçao com a qual precisamos tomar cuidado e: "escola publica e tudo caos". escola e gestao, gente. sao microcosmos. existem escolas publicas pessimas? sim, claro que existem. Mas existem otimas tambem (eu trabalho em uma que nao deve nada a particulares de qualidade). E nao, isso nao e "not all schools", e fato. escola, pra vc julgar, precisa conhecer de perto antes...por isso o mais importante e justamente o cuidado e oc riterio na hora de escolher (mesmo as publicas).
ResponderExcluir"bullying rola solto e professor nao faz nada"
ResponderExcluirNão posso falar de todas as escolas, mas meu filho estudou em uma das melhores escolas de Porto Alegre e era exatamente isso o que acontecia. Os professores se faziam de cegos e surdos. NADA era feito. As coisas aconteciam em plena sala de aula, diante dos olhos de todos e nenhuma atitude era tomada. Os professores tem muitos alunos, são sobrecarregados, o que não justifica nada. Mas explica a "cegueira" seletiva.
Agora, são anos já de terapia para remendar o estrago...
Como se estudar em casa fosse uma maravilha.
ResponderExcluirEu tive aulas de reforço em casa por muito tempo. Era um inferno. O professor aproveitava que era só eu e ele pra me xingar de burra e outras coisas. Chegou a me dar tapas e me bater com régua e livro mais de uma vez. Na frente da minha mãe era uma coisa, quando ela tava longe outra. Quando eu dizia que ia contar pra ela ele dizia que contaria que eu era ma aluna e por isso tava mentindo. Dizia que bater com régua não doía que eu que era mimada. Comparado ao que passei na mao dele o bullyng que sofri na escola não foi nada.
Como alguém aí em cima disse, pra alguns diretores, professor é despesa e aluno é receita. Dou aula pra crianças, nas duas escolas em que eu trabalhei, a gente ficava de mãos atadas quando tinha algum aluno fazendo bullying nas turmas de crianças de mais ou menos 6 anos pra cima. Porque obviamente a gente não pode sentar a mão na cara do aluno. No máximo segurar quando a gente vê que vai bater em alguém, e ainda assim tem uns pestinhas que falam que você machucou, que apertou, que beliscou e o escarcéu. Não pode também passar exemplarmente o sabão na(s) criatura(s). Porque tem que manter no tom "que coisa feia vocês estão fazendo, não pode fazer isso com o coleguinha", senão voltam pra casa dizendo que você gritou, xingou e o caramba a quatro. E na minha época, pelo menos, dava pra tirar o recreio, passar dever a mais, proibir de ir em excursão. Agora nem isso pode, quando tentei as duas primeiras, as diretoras chamaram minha atenção que "não pode discriminar o aluno". Aí fica naquela conversinha com os pais, que dão reações desde "aiiiin, o Joãozinho é tão bonzinho, não acredito que ele fez isso!", a "que coisa feia, Mariazinha!", seguido de um passeio no shopping. Isso quando não se importam ou dizem que você que é incompetente. Aí tive a ideia de tentar abordar com desenho animado. Ia trabalhar com Detona Ralph, O Corcunda de Notre Dame e O Gigante de Ferro. Passei o primeiro, ok. Fiz uma dinâmica super legalzinha, no final da aula três das crianças convidaram a minha mocinha que é alvo de bullying pra brincar. Mas durou só uns 2 dias. Na semana seguinte, quando ia passar o outro filme, aparece a diretora na minha sala pra me chamar de lado pra ter uma conversinha. Segundo ela, não é pra distrair demais as crianças com filme, que isso não rende e jogou aquelas indiretas que eu só tava passando filme pra não dar aula, mesmo que eu tenha explicado que foi como eu consegui abordar bullying com eles. Resultado: sem mais filme. Tou garimpando gibi da Mônica, mas não prende tanto a atenção das crianças. Sério, é de chorar. Aí o máximo que dá é falar "fulano, para com isso, não pode!" mesmo que não vá mudar a cabeça de nenhum deles e tentar conversar com o alvo, que mostra que alguém se importa mas não faz com que eles se sintam menos desprezados. É foda.
ResponderExcluirNunca deixei que a escola interferisse na minha educação.
ResponderExcluirMark Twain
Quem me dera ter sido instruído em casa, educado eu fui e muito bem por meus pais, a escola foi para mim um fardo pesado, uma obrigação penosa, um mal "necessário" que eu gostaria muito de ter evitado. Por mais contraditório que pareça, eu detestava estudar, mas amava aprender, era curioso de como funcionava o universo, a natureza e os seres vivos, fui e sempre serei antissocial, nunca gostei de multidão, me sentia um estranho naquele ambiente hostil e opressor. Só fui tomar gosto pela leitura aos 15 anos e nunca mais parei, leio sobre tudo que acho interessante, mas nos tempos da escola tinha que priorizar as matérias obrigatórias e enfadonhas. Nas raras vezes que tive liberdade para escolher sobre o que seriam meus trabalhos escolares, me saí muito bem, pois sou um profundo pesquisador daquilo que me interessa. No sexto ano, alguns professores me odiavam, porque eu expunha toda a mediocridade do ensino deles. No ultimo ano, eu não suportava mais frequentar aquele lugar, faltei em muitas aulas, mas compensei com trabalhos e provas bem realizadas, foi um alivio terminar, não fui na formatura, tinha apenas um amigo e a admiração e repeito de um ou outro professor, que não entendia porque eu sou assim. Fiz duas faculdades, tenho uma biblioteca riquíssima e não devo nada a escola! Acredito que quem tem condições, financeiras, materiais e intelectuais, para ensinar seus filhos em casa, deveria ter o direito de faze-lo, sem que isso cause qualquer prejuízo de ordem psicológica, moral e social aos mesmos. As interações socais, para quem valoriza tais coisas, se dá por varias maneiras diferentes, não apenas na escola.
Vi um cara fazendo um comentário pejorativo sobre "filho sem carne". Eu desde que entendo como gente nunca quis comer carne e fui criada por uma família de classe c em pleno sertão nordestino entre os anos 80/90 e aqui não comer carne, ainda mais antigamente era um crime, um pecado, algo bizarro e eu era criada sendo forçada a comer carne. Então carne pra mim sempre foi uma imposição e não um prazer ou uma escolha e nunca fez bem a minha saúde nem nada. Eu vejo muita arrogância de alguns ditos "comunistas" em atacar que foge do padrão deles e essa arrogância se estende a atacar pessoas que não comem carne ou que preferem educar os filhos sem isso. "Filho com carne" também não deixa de ser uma forma de imposição quando se apresenta um mundo sem opção e limitado a isso, sendo que não é. Quanto a partos em casa, apesar de haver alguns exageros não tenho nada contra desde que seja bem amparado. Tem uma turminha de pessoas que se dizem "libertárias", mas são mais conservadoras do que percebem e não sabem respeitar nada fora do seu umbigo.
ResponderExcluirQuanto a educação em casa, eu concordo que a medida que a idade da criança for avançado vai ficar cada vez mais complicado ensinar as matérias, pois muitos pais tbm esquecem os conteúdos das matérias do ensino médio. E tem tbm os casos dos fanáticos religiosos. Tem escolas que não estão nem ligando se o aluno sofre bullying, nem contratam psicólogas/os, psico/pedagogos/as, nem nada. Só querem estar nas listas das escolas que mais aprovam para os vestibular e acabou.
Eu tbm já tive aula de reforço, mas era na casa da professora de banca e ela me xingava muito e claro que dizia que iria me desmentir e na frente da minha mãe quando ia me buscar o comportamento dela era diferente, toda "boazinha".
ResponderExcluirAnônimo 27 de junho de 2015 02:45
ResponderExcluirImagine quem pense meu filho vai ter aula em casa que vai ser muito melhor porquê vai receber mais atenção. E no lugar de ensinar o filho contrata uma pessoa dessas. Tenho pena da criança. Só eu sei o que eu passei.
Acho bobagem educadores profissionais ficarem com medo do ensino em casa. Eu não vejo como algo que desempregados mas como outra opção de emprego. Pois nem todo mundo vai fazer o ensino doméstico sozinho , poderemos ver ressurgir a função de tutores. Se uma família paga $900 por aluno duas podem pagar $3000 para um tutor ensinar 4 alunos. O professor vai trabalhar como os antigos professores da roça que lidavam com alunos dos 7 aos 10 anos mas serão 4 ou 5. Ensino personalizado, melhor para o aluno menos estressante e até mais rentável ao professor.
ResponderExcluirResumindo todos os comentários, acho que o erro é a generalização: bem o homeschooling é tão ruim que deva ser proibido, nem todas as escolas são tão ruim como as pessoas falam! Por isso creio que os pais devem ter o direito de decidir o melhor para seus filhos sim, não porque são "donos" deles, como alguém mencionou, mas porque (claro que, como em todas regras, há exceções)são as pessoas mais interessadas no bem estar deles e que mais os amam.
ResponderExcluirO Estado não deve interferir dessa maneira na educação das crianças, se tem que fazer o ENEM e outros exames, os pais não vão deixar de educar as crianças, apenas vão fazer de uma forma diferente. Qual o problema disso? Ah, e como já dito, socialização e bullying pode acontecer em qualquer lugar, então não e necessário que se obrigue, ou seja contra a escola, com essa desculpa. Quem é pai que tem o direito de analisar cada caso e tomar a decisão melhor para seu filho.
*corrigindo a primeira linha: NEM o homeschooling....
ResponderExcluirA escola é uma bosta, concordo. A criança pode aprender mais preconceito lá do que em casa. Mas sou radicalmente contra por causa do abuso. Tem muita familia onda errada, a criança tem que ter contato com algo diferente. E, até parece que os pais conseguem ensinar tudo, impossível.
ResponderExcluirOutra coisa: vi alguem dizendo que os professores tem medo de perder o emprego com essa iniciativa, por isso sao contra. Risivel. O magisterio tem mais vaga do que gente ha anos. A falta de professores so piora. E o homeschooling so sera possivel para familias abastadas, que nao sao a maioria. Fora que, como um anon comentou, o professor pode atuar como tutor ou consultor, criando um novo nicho.
ResponderExcluirComo texto que mostra uma opinião, é contundente em mostrar todos os "contra", então é válido por isso. É uma opinião com intenção de convencimento, por isso arrola diversos argumentos para dar base à própria ideia.
ResponderExcluirA maioria dos comentários são de reacionários e conservadores, no entanto eles não se deram conta disso, porque se acham "progressistas" em outros assuntos, o que de certa forma é engraçado de ver, não acho que seja hipocrisia, apenas confusão mental e muita falta de leitura na vida. O ponto é que o programa homeschool não é o que estão dizendo, não se trata de abandonar os estudos, mas adequá-los as nescidades do aluno, que será devidamente testado em seus conhecimentos, não é uma maneira dos pais controlarem os filhos, ou abusá-los, isso pode ocorrer mesmo que a criança esteja frequentando a escola, não vai substituir o ensino coletivo, o estado não abriria mão de poder de controlar as massas através do que se convencionou chamar "educação" os pais que optarem, sim porque é uma opção a mais, terão obrigatoriamente que possuir formação superior, o que diminui consideravelmente o numero de pessoas que serão educadas dessa forma, não é uma manobra para prender mulher em casa, pelos motivos já citados, a socialização se faz em primeiro lugar com a família, seguido de vizinhos, colegas de rua, irmãos da igreja, em clubes, etc. E convenhamos, muitas pessoas hoje em dia socializam mais em redes sociais que pessoalmente. São reacionários, porque que reagem negativamente uma novidade, uma coisa que ainda não conhecem, mas esperam apenas o pior (meldels! o horror o horror!kkkk) são conservadores porque querem conservar, ainda que com ressalvas, um sistema falido e ineficiente, cujos alunos, são os piores do mundo nos rankings internacionais, muitos nem filhos tem, ou não pretendem ter, mas se acham capazes de decidir o que é melhor para os filhos dos outros, cabendo ao "deus" estado dar a ultima palavra. Com exceção de uma ou outra pessoa, a maioria não se deu ao trabalho de pesquisar o que de fato ocorre com pessoas que receberam instrução em casa, não sabem que professor não é educador, esse papel cabe aos pais e responsáveis. Enfim, os comentários são aprova cabal de que esse sistema publico de "educação" é uma bosta completa e já deveria estar extinto, havendo outro em seu lugar.
ResponderExcluirOutra coisa: vi alguem dizendo que os professores tem medo de perder o emprego com essa iniciativa, por isso sao contra. Risivel. O magisterio tem mais vaga do que gente ha anos. A falta de professores so piora. E o homeschooling so sera possivel para familias abastadas, que nao sao a maioria. Fora que, como um anon comentou, o professor pode atuar como tutor ou consultor, criando um novo nicho.
ResponderExcluir" Fora que, como um anon comentou, o professor pode atuar como tutor ou consultor, criando um novo nicho."
ResponderExcluirQue novo nicho??? Se os pais estão fugindo EXATAMENTE DESSES PROFESSORES?
Eu entendi que estao "fugindo" da instituicao escolar, nao dos professores como individuos. Na condicao de tutor, o professor estaria sob a orientacao da familia. E professores tb podem atuar criando material didatico. Nosso campo de atuacao e muito amplo e nao se restringe a escolarizacao tradicional.
Excluiré preceito de gênero chamar uma mulher de ladra.
ResponderExcluirDevemos isso à grande mandioca!!
Donatien,
ResponderExcluirUltimamente você é o melhor é mais lúcido comentarista desse blog.
Sobre ser capaz de cobrir o conteúdo de exatas ou de humanas, ou esquecer os conteúdos do ensino médio: saber os conteúdos não significa ser capaz de ensiná-los. Aqui em casa temos um especialista em exatas e outro em humanas (na área de Educação, inclusive), e não, não somos capazes de suprir tudo o que uma escola é capaz.
ResponderExcluirVocê pode ser bambambam em todas as disciplinas, e não ter a menor ideia de como o aprendizado se processa; pode desconhecer o conceito de currículo oculto, ser incapaz de transmitir valores na prática... Ser ótimo em Geografia e não ter a menor ideia de como proceder à alfabetização cartográfica; ser um ótimo escritor e nunca ter ouvido falar em letramento... Ou ser capaz de fazer isso tudo e nunca, nunca mesmo, seu ensino chegará aos pés daquele de uma boa escola sócio-interacionista ou sócio-construtivista, por pura falta de material humano para se trabalhar.
Não atuo em minha área de formação, e não tenho preocupações corporativistas (aliás, o corporativismo é um grande mal na educação), mas tenho filhxs em escolas e percebo bem as diferenças metodológicas e seus resultados. Cada uma tem um ponto forte diferente, mesmo entre as mais humanistas e de qualidade.
Minha escola foi horrível do ponto de vista emocional, mas ser instruída pelos meus pais teria sido muito pior.
Eu tenho sociofobia e TOC (não aquele de checar objetos, mas de checar o próprio comportamento e os pensamentos compulsivamente) e a escola "ajudou" a chegar nessa? Talvez. Eu ia dizer que sim, mas acredito que o "bullying" começou com a minha família, de modo que, quando aconteceu na escola, eu realmente não soube lidar - porque eu JÁ ERA paranóica desde o início e era super agressiva.
ResponderExcluirO que eu quero colocar é que, se eu tivesse sido educada em casa, teria sido até pior. A "socialização" da escola pode causar cicatrizes terríveis? Sim. Mas imagina você se ferrar dentro de casa, sem contato com mais ninguém? Sem falar que, mesmo se tudo fossem flores dentro de casa, eu iria ter sérios problemas na vida adulta se não tivesse essa base de sociabilidade (que é uma bosta!) - eu vivia sozinha, presa no meu mundinho, e provavelmente ia continuar assim se eu não fosse forçada a ir pra escola. Eu ia sair pra vida adulta completamente sem jeito, sem noção, agressiva e sem consideração por ninguém - hoje sou tímida? Sim. Sou do tipo que se borra de medo de fazer errado na frente das pessoas? Sim. Tenho um zilhão e meio de problemas psiquiátricos, e viver em sociedade é super difícil? SIM. Mas se não fosse a escola acho que eu não ia nem saber dar bom dia. Eu ia ter passado infância e adolescência trancada no quarto e jamais teria sentido necessidade alguma de aprender a me comunicar.
Não aprendi nada no colégio, mas pelo menos eu sei alguns "truques" de conversação.
E vamos pensar que a maior parte das famílias lá da gringolândia fazem o homeschooling pra criança não ter contato com outros valores. Isolar da sociedade MERMO. Então nem é sobre ensino, né?
TL;DR: A escola foi horrível pra mim mas ainda acho que é melhor que isolamento.
Contra ou a favor? Cadê o respeito à decisão de cada um? Quem pensa que nos socializamos só na escola está, no mínimo, fora da sociedade. Não vai à praça, clube, banco, mercado, transporte coletivo,... Não mora pendurado em condomínios de edifícios ou casas populares, como a maior parte da população. Se a família é tão alienadora e abusadora, tiremos nossos filhos de nós mesmos e entreguemos ao estado! O que estamos avançando socialmente, na religião, sexualidade, cidadania, sustentabilidade, não está sequer como discussão nas escolas. Vide discussões do PME. Valorizemos qualquer forma de crescimento, por favor! Não importa onde, importa a qualidade do que se ensina e se aprende. Ou ninguém nunca teve professores retrógrados, preconceituosos e ignorantes inclusive nas disciplinas que ministrava? Apenas penso que a questão é ver de todas as perspectivas. Ir de uma margem à outra ou o que está entre estas está em discussão no campo educacional? Estudem, leiam, antes de julgar ou posicionar contra ou a favor. Um dia superaremos a dualidade nas questões?
ResponderExcluirIlka
ResponderExcluirObrigada por suas palavras! ^_^
Acho que o homeschool não deveria ser proibido só porque é usado indevidamente por certos pais, até porque alguns pais conseguem melhores resultados com homeschool. O estado deveria sim fiscalizar tanto as escolas quanto o homeschool realizado pelos pais pra prevenir abusos de todos os tipos. De modo geral, o estado é muito omisso quando o assunto é abuso, o ECA deveria ser refeito. Pais que abusam dos filhos deveriam perder o pátrio poder, sem essa de ficar tentando ressocializar a criança a vida inteira em uma família que não tenha nenhum interesse no bem estar do filho, mas isso é um assunto pra outro tópico. Estar em uma escola não garante proteção contra abusos, homeschool também não. É possível criar um filho dentro de uma bolha, mesmo frequentando escola. Algumas crianças encontram liberdade dentro da escola, outras não. Não podemos generalizar. Pais podem doutrinar e até criar filhos dentro de bolhas, mas, quando os filhos crescem e se tornam adultos, fazem suas próprias escolhas.
ResponderExcluirAdoro muitas coisas do que a Valéria escreve! Inclusive sua tese de doutorado, hehe. Sou fã mesmo. Se fosse há alguns meses atrás eu diria que concordo totalmente com suas críticas sobre o tema, sobretudo, o viés liberal e individualista que retira do Estado sua obrigação de democratizar educação de qualidade para todas e todos. Mas, sobre unschooling eu não classificaria apenas como moderninho, não. Hoje em dia já existe um grupo fortes de pais e mães negros nos EUA que praticam e incentivam o unschooling para evitar o racismo institucional, especialmente, nos anos formativos de uma criança. É uma saída liberal e que desresponsabiliza o Estado? Sim, ainda é. Por outro lado, é terrível todas as consequências para crianças negras do racismo no ambiente escolar. O Estado está muito longe de garantir o bem-estar e a dignidade delas. Se vc é mãe ou pai de uma menina ou menino negro faz o quê? Coloca a criança pequena num ambiente em que ela será exposta e diminuída antes mesmo dela sequer saber verbalizar essas violências? Ou tenta poupá-la e fortalecê-la para que com informação, autoestima e confiança ela possa estar/ser e resistir num mundo racista? Unschooling não tem um contrato: tirou da escola, é obrigado a terminar o ensino médio em casa. Pode ser uma opção passageira. Tem famílias em que um dos filhos vai p/ escola e outro não pq esse arranjo foi o mais acertado em determinado momento. E os problemas não são só com crianças negras. Sou irmã de um deficiente mental leve e sei o inferno que ele e nós passamos com as diversas escolas onde ele esteve ao longo de sua vida escolar. A inclusão da diversidade no âmbito escolar é importantíssima, mas não é um fato em todas as escolas brasileiras. Olhando em perspectiva, eu penso que poderia ter sido melhor o unschooling para ele - ao menos em períodos mais difíceis, quando havia choros e crises nervosas diárias e nem professora, nem diretora nem ninguém ligava a mínima, tudo se resumia ao aluno ser difícil, mimado etc. O Estado - desde as escolas públicas até as delegacias de ensino - mtas vezes individualiza, pessoaliza os problemas, responsabiliza o aluno com dificuldades, que está sofrendo com a rotina escolar etc. Ás famílias que correm atrás de tudo isso, vivem essa crise de segunda sexta, sofrem junto é dito que precisam conversar mais, educar mais, restringir mais...olha, é um sofrimento que não desejo a ninguém, viu? Me parece óbvio que esse clima bélico não é propício ao aprendizado de qualquer criança - independente da qualidade da aula, de como o professor trabalha determinado conteúdo. Enfim, entendo as críticas e as considero muito pertinentes e não considero a desescolarização uma panaceia. No entanto, hoje consigo entender algumas das motivações e nem sempre elas são totalitárias, fundamentalistas etc.
ResponderExcluirJP
Concordo em parte com o homeschooling, principalmente para crianças em idade pré-escolar. Colocar uma criança de um ano na creche é forçar a socialização quando ela está em uma fase egocêntrica forte, ainda se descobrindo. Se eu tivesse condições e não fosse obrigada a matricular um filho meu aos quatro anos de idade na Educação Infantil ( sim, desde abril de 2013 é obrigatório matricular uma criança que completa 4 anos até 31 de março),eu ficaria com a criança em casa e só matricularia no pré-escolar, ou seja, um ano antes do Ensino Fundamental.
ResponderExcluirA constituição garante o pátrio poder, se os pais tem condições e diligência acredito que poderiam tirar vantagens do homeschooling, pelo menos nas séries iniciais.
Anômimo de 26 de junho de 2015: Tamo junto!
ResponderExcluir“Acho muito difícil uma família conseguir ensinar todos os conteúdos que a escola ensina de forma competente. Ela não trabalha só a informação, mas a crítica, o debate”
ResponderExcluirMentirinha né?
A escola não promove o debate coisa nenhuma e tampouco desenvolve a crítica.
Pelo contrário, debate e crítica são abafados.
O debate e a crítica só são válidos se alinhados ao pensamento do professor, seja ele coxinha ou esquerdoso. Infelizmente o professor brasileiro é mais um propagador de ideologias do que um disseminador de conhecimento.
A escola também não se preocupa com questões de socialização, ela se preocupa em colocar panos quentes sobre os conflitos para não ter problemas, especialmente judiciais.
Isso sem contar o currículo engessado. Apresenta-se como conhecimento aquilo que os poderes constituídos adotam como correto.
Daí se verificam que apenas um lado da história é investigado.
Na verdade a escola está preocupada apenas em formar bons operários, pessoas que sabem seguir ordens e produzir, para que os ricos fiquem cada vez mais ricos.
Um pouco sobre ideologia e Educação:
ResponderExcluirEnsinar exige respeito aos saberes dos educando - Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire https://www.youtube.com/watch?v=9e7GGNw0Dkw
Eu substituiria algumas professoras da minha filha com o meu humilde ensino médio. Já tive que pedir pra reavaliar uma prova dela que a professora corrigiu errado. E ela ainda disse : nossa tinha que ser justo a da sua filha. Mas é escola pública então... Vou ter que trocar ela de escola ano que vem por que ela vai pto sexto ano e a escola aqui do bairro parece ponto de tráfico. Tem escola que deseduca.
ResponderExcluirEu com 10-12 anos de idade sofri abuso sexual dentro da escola pública . Vi mais duas dezenas de garotas da mesma faixa etária sofrendo também.
ResponderExcluir"ah, é mais fácil de descobrir quando um abuso acontece na escola"
Talvez se alguém se importasse, sim, claro, 40 alunos por professor mal pago e infeliz, ele muito que iria conseguir. Mas ninguém da escola se importava com a gente.
Nunca deram à mínima.
Eu estudei em escola pública. Tive uns professores ruins, uns mais ou menos e outros excelentes... E esses excelentes fizeram valer a pena a experiência.
ResponderExcluirProfessores que gostavam de ensinar, que conseguiam a atenção e o respeito mesmo dos alunos mais difíceis, que mesmo sem o apoio do governo, da direção, dos pais e mesmo sem muito material didático disponível faziam mágica. São esses que me fazem ter um restinho de esperança que a educação pública ainda tem jeito.
-A criança ficará defasada em Fisica, Química e Biologia.
ResponderExcluir-Como os país manterão uma rotina na educação do filho e trabalhar ao mesmo tempo ?
-Com o facebook a criança terá 1000 colegas, mas amigos provavelmente nenhum.
-A criança irá aprender apenas a sua visão política, religiosa e social do mundo. Pois não terá o critério de outras opiniões.
-Ela não saberá ser competitiva, pois o único parâmetro dela é ela mesma.
Fico feliz que todos os preconceitos e antecipações do posto foram rebatidos nos comentários. Procuren pelo documentário "Being and Becoming" da Clara Bellar, sobre unschooling (e não homeschooling). Nele, algumas pérolas:
ResponderExcluir- Unschooling pode ser sinal de vitória feminista, pois quebra uma das hierarquias que sequestram a autonomia da mãe, que é o currículo escolar estatal. Feministas de esquerda falharam em enxergar isso porque estão mais preocupadas em NÃO serem mães;
- Profissionais da educação e até reitoras de universidades optaram pelo unschooling para os próprios filhos. Muitos acadêmicos brilhantes não passaram por processos de educação formal;
- O documentário mostra muitas crianças interessadas em arte, mas mostra casos em que as exatas foram tiradas de letra devido à grande capacidade holística de uma criança unschooled. E também, vamos combinar: desenhar ou tocar violão com destreza é tão difícil quanto fazer contabilidade.
Algumas ponderações...
ResponderExcluir1) É óbvio, ululante, que homeschooling vai (ou seria) aplicado apenas às camadas mais abastadas da sociedade. É algo absolutamente impensável para quem não for muito, muito rico. É classista, é elitista, é white priviledge, o que vocês quiserem chamar. Mas perguntar "ain, mas e os pobres"? É mais ou menos como querer dizer que o homem deveria ter tanto direito de engravidar como a mulher.
2) Homeschooling ser aprovado NÃO vai acabar com a instituição escolar formal. Honestamente, tem comentário aqui que está parecendo argumento utilizado contra o casamento homoafetivo.
3) Nos países em que se adota o homeschooling, existe uma fiscalização do Estado. Não tem essa de OBA-OBA, em que os pais vão fazer o que quiserem com os filhos.
4) Nos países em que se adota o homeschooling, existe uma grade curricular QUE DEVE SER SEGUIDA. Existem testes, acompanhamento do conteúdo dado, etc. NÃO É OBA-OBA.
5) Crianças homeschooled SÃO socializadas, SIM. E não só online (ooooohhhh!).
6) Não necessariamente são os pais quem lecionam os filhos.
7) Vou repetir: NÃO NECESSARIAMENTE SÃO OS PAIS QUEM LECIONAM OS FILHOS.
8) Normalmente os pais se unem a outros pais que têm interesse em homeschooling e eles compartilham a educação das crianças entre si. O que, muitas vezes, quer dizer que são feitas "turmas" com várias crianças que vão aprender juntas.
9) Vai ter gente usando homeschooling errado? Vai. Da mesma forma que as pessoas são corrompidas de outras formas, vai ter gente corrupta no homeschooling, gente que não vai ensinar a criança direito, etc.
10) Quando a criança crescer, se ela se sentir tão prejudicada assim com o homeschooling, poderá fazer supletivo.
11) O que a gente defende não é a liberdade de escolha?
12) Procurem o TedTalk do Logan LaPlante (ele é defensor do unschooling, ou hackschooling, o que é diferente de homeschooling mas, enfim, é interessante). Sério que alguém acha que esse menino não é socializado? Vcs juram que acham que os pais estão abusando dele de alguma forma? Vocês realmente acham que esse menino não vai ser bem sucedido na vida?
14 anos, fazendo palestra no TedTalk. Socorro. Para tudo que esse menino está sofrendo demais, coitado. E olha a cara de desespero dele! Olha como ele não está preparado pro mundo.
Francamente.
Eu estava agora procurando na Internet algum modelo de grade curricular para a pré escola e também maiores informações sobre o homeschooling e ahri esta página afim de analisar uma posição contrária à prática, já que li muitos a favor e com resultados positivos.
ResponderExcluirSinceramente, não me convenceram nem o texto, nem os comentários contrários ao homeschooling, todos baseados em "achismos", mas sem base concreta indicando a ineficácia do método.
Estudei em escola privada na infância e pública nos ensinos primário e secundário (naquela época). Gostava de ir à escola, fiz amizades mas nunca fui popular, tive professores bons e péssimos profissionalmente... Bullying?! Só vim descobrir o que era isso na idade adulta... Não que eu não tivesse passado por isso, e sim porque não me causou danos, nem traumas... Eu apenas via aquilo como uma brincadeira boba feita por pessoas igualmente bobas...
Mas o que de fato me preocupa é a qualidade do ensino e isso vem me tirando o sono, porque tenho uma florzinha de quase três anos e que logo deverá ir para a escola! Eu gostaria de colocá-la numa montessoriana ou waldorf, mas moro na zona leste de São Paulo e por aqui não existem escolas com estes métodos... A única montessori que tem aqui, fica na Moóca e é religiosa... E mesmo se tivesse, são escolas muito caras, infelizmente... Por isso optei pelo homeschooling e quem sabe, poder aplicar alguma coisa do método, já que não sou pedagoga, mas sou formada em Ciências Biológicas e tenho diploma de licenciatura e bacharelado.
Não, não sou rica, tampouco sou obrigada a ficar presa em casa cumprindo deveres domésticos, como vi alguns comentários! Aliás outro peso sobre as mulheres que são cobradas por outras mulheres ao decidir cuidar da casa e dos filhos pessoalmente... Cadê o respeito à liberdade de escolhas?! Mas isso é outra discussão...
Por ter estudado em escola pública e ter sofrido a falta de professores, principalmente em exatas e passar semestres após semestres em aulas vagas (tempo ocioso), e consequentemente não aprender, para depois frequentar cursinho pré vestibular e descobrir que na realidade não aprendeu nada mesmo, por ouvir professores dizendo o tempo todo que o salário estava garantido mesmo e assim, dar uma aula "meia boca"por fazer estágio em escola pública e privada para descobrir que ambas são ruins na grande maioria (principalmente as famosas) a diferença é que na particular o professor não falta, mas o conteúdo apostilado é tão medíocre quanto o ensino público, entre outros, é que não desejo para a minha filha! E por falar em falta de professores, os mesmos que pedem licença médica na pública são os que batem cartão na particular fielmente! Como eu soube na época do estágio pedagógico, já que na pública eles tinham direitos garantidos por ser concursado, mas o mesmo não ocorre na particular...
Ainda assim amo meus professores, admiro e respeito, mas definitivamente não desejo esse modelo de educação (essa sim engessada e castradora) para minha filha.
Outra coisa que me preocupa é que depois que terminar o pré, a própria escola encaminha para a primeira série, não é uma escolha dos pais...
Esclarecendo, a própria escola pública de educação infantil encaminha a criança que irá iniciar o ensino fundamental para a escola mais próxima da residência, e assim os pais não decidem em qual escola seu filho irá dar continuidade à educação. Isso é praticamente uma imposição!!! E não adianta querer pedir transferência... Minha irmã tem um casal de filhos e cada um foi encaminhado para escolas diferentes, porém no mesmo horário. Era um sufoco! Ela não conseguia matricular os dois na mesma escola...
ResponderExcluirCerta vez, uma professora pediu um trabalhinho de escola para minha sobrinha na terceira série, e ela entregou a xerox do "trabalho" da amiguinha da sala de aula, esta por sua vez havia feito um "copia e cola" e imprimiu. A professora não só aceitou como deu uma boa nota! As meninas nem se quer sabiam do que se tratava o assunto! Minha irmã ficou indignada e conversou com a professora e a resposta... "elas pelo menos entregaram, porque a maioria nem isso fez"... Não quero esse tipo de educação definitivamente...
Meus sobrinhos já estão terminando o ensino médio com os mesmos problemas da minha época... Falta de professores e excesso de aulas vagas, resultado... Eles cabulam, assim como eu fazia na minha época, com a diferença de que hoje com o bilhete podendo rodar por algumas horas, eles ficam dando um "rolê" por aí e a gente só ficava sabendo investigando a vida deles... Minha irmã teve que pagar aulas de inglês e kumon, para ver se aprendiam alguma coisa... Eles reclamam da escola, das matérias e dos professores (quando tem), a única coisa que gostam é das amizades, que já renderam algumas dores de cabeça ao ponto da minha irmã se mudar de bairro para transferir para novas escolas, mas o problema continuou... Já passaram por tantas escolas, tantas tentativas que nem sei quantas foram... Eu mesma, nunca vi um professor se quer cumprir todo o cronograma do ano letivo! Nos primeiros dias de aula eles colocam lá na lousa todo o conteúdo daquele ano, mas no final, metade não chega a ser aplicada... Por que será que na faculdade dá tempo?!
Agora, o interessante é que minha visão sobre o quanto a educação é "quadrada" só se abriu quando eu estava na faculdade! Nas aulas de licenciatura meu professor falava de como deixar a aula mais interativa e atrativa para o aluno e a gente se empolgava! Quando tinha o contato real,o sonho desmoronava... Ele criticava o modelo engessado, apostilado que limita o professor interessado e que acomoda os não muito interessados em ensinar. ... Foi lá que aprendi que prova não prova nada... Muitos professores eram contra aplicação de provas, mas tinham que avaliar de algum jeito... Para um dos comentários que riu de uma mãe que disse ensinar sobre Ciência com sua criança quando vai ao parque, ao mostrar a vida da formiga e ela aprende assim, na prática, só posso dizer que lamento a visão limitada... Na faculdade foram inúmeras as vezes que fomos ao jardim para fazer aula prática. Fazíamos um verdadeiro tour pela universidade e assim aprendemos que a cica não é um coqueiro de jardim, mas sim uma briófita, entre outras coisas reais que vivenciamos na prática. Meu professor, exemplo de professor e ser humano, é um doutor em taxonomia de plantas carnívoras... Acho que ele sabia o que estava fazendo, não é mesmo...
ResponderExcluirMinha visão sobre o modelo de educação foi se transformando ali... Mas infelizmente, no cotidiano, observando meus sobrinhos, vejo que nada progrediu, nada avançou, nada evoluiu desde que sai da escola e fiz faculdade...
Tenho visto relatos de mães que registram tudo o que seus filhos fazem e aprendem em homeschooling e tem me fascinado! Crianças interessadas naquilo que estão fazendo, respeitando o ritmo delas (elas aprendem brincando) e quanto à socialização, elas têm uma vida mais interativa com gente das mais variadas idades e condições sociais do que crianças trancafiadas em escolas cercadas de muros altos, câmeras de segurança e grades por todos os lados!
Este ano fui numas escolas municipais para fazer inscrição para professor eventual e fui no período da tarde, ou seja, deveria ser horário das quintas a oitavas séries... Enquanto aguardava na secretaria para ser atendida, escutei vozes de crianças falando palavrões, não pude vê-las porque ali era fechado e tinha um portão de acesso ao corredor todo fechado (não era de grades). Uma das professoras que estavam na secretaria foi até as crianças e disse que ali não era a casa delas para usar aquele linguajar (absurdo educar desse jeito!)!!! Fiquei indignada com aquela adulta tendo esse tipo de comportamento! Que exemplo não?! Daí entra uma outra mulher vindo da rua, passa por mim, abre aquela porta fechada que dá para o corredor onde estavam as crianças e já chega gritando com elas... Um menino com voz de criança xinga alguém e essa mesma mulher bate boca com o menino dizendo que ele tinha xingado ela e ele por sua vez, dizia que tinha xingado uma menina que também estava ali... O menino não estava se comportando bem, provavelmente já estava ali por advertência vai saber (?!), mas como educadoras a postura, as atitudes estavam todas erradas!!! Educação é responsabilidade dos pais sim, mas isso não significa que os professores não devam dar o exemplo! Fiquei imaginando minha filha neste ambiente... Eu em casa ensinando o respeito ao próximo, independente da idade, do sexo, da religião, da condição social, para ela chegar na escola e ver o mal exemplo tanto dos amiguinhos, quanto dos adultos!
ResponderExcluirSei que a escola particular também está triste! Os professores não tem liberdade para exortar, corrigir ou aconselhar alunos e pais, porque afinal, eles estão pagando... E assim a educação vai sendo "levada com a barriga" em nosso país...
Não quero educá-la numa bolha, mas quero que tenha bases sólidas, só isso. Na hora que ela achar que está preparada para encarar o desconhecido e vivenciar novos mundos, seu caráter estará formado, seguro e por certo não irá se contaminar com comportamentos inadequados da sociedade.
Obrigada, mas não é o que desejo para minha filha! Quero o melhor para ela... Socialização posso praticar com ela visitando parques, abrigos para menores, asilos e até formando grupos de estudo, ou aulas de música, dança, etc... Seria até mais rico do que presa na escola...
Só uma correção, rs...
ResponderExcluirCicas não são briofitas (por exemplo musgo) desculpem... Elas são gimnospermas (como os pinheiros), mas parecem palmeiras, coqueiros, rsrsrs... Escrevi as 3h da manhã e só hoje li o texto, rs... Errei feio, mesmo sendo formada em Biologia... Para ver que professor também erra...
Educar em casa é uma opção inteligente. Se pesquisarmos os países que não aceitam este tipo de educação logo reconheceremos nestes países menos desenvolvimento social do que naqueles em que a educação domiciliar é permitida. Como o caso do Reino Unido. que praticamente foi o fundador deste regime escolar como hoje o conhecemos e lá é sim LEGAL a educação domiciliar.O Brasil é um país atrasado em termos sociais tanto que a violência aqui é uma das maiores no mundo.Infelizmente tem muita gente que come abobrinha mas gosta de arrotar caviar dando de "sabichona"e dona da verdade sendo que talvez nunca nem tenha saído do bairro que mora para conhecer novas diversidades. Triste...
ResponderExcluirSabe quem proibiu o homeschooling?
ResponderExcluirHitler.