Ontem (sexta) publiquei um imenso e ótimo texto do Alex Castro chamado "Guest post: Ética nos relacionamentos não-monogâmicos e bdsm".
Foi um mal-entendido. Alex me enviou o texto para que eu pudesse lê-lo, não para publicá-lo. E hoje me pediu para retirar o post do ar.
Vou atender o pedido. Apenas registro que este é o único post que já apaguei na história do blog (quase sete anos). Não irei simplesmente deletar o post porque acho isso desonesto com os leitorxs e, principalmente, com quem comentou. Deste jeito os comentários ficam.
Aproveito o espaço para avisar que, apesar de atrasadíssima (eu e o maridão deveríamos ter saído 4 horas atrás), vou viajar. Ficarei fora alguns dias, e não sei como estará a conexão para a internet (ou se terei conexão). De qualquer jeito, é um pedacinho de férias, então não vou ficar muito aqui na internet. Já agendei alguns posts (saiu um hoje, inclusive), e tentarei moderar os comentários de vez em quando, mas acho que deixarei tudo aberto. Se aparecerem trolls (ha ha, ó o meu otimismo se manifestando), ignorem os energúmenos, que cedo ou tarde eu apareço para deletar.
Abração da Lolinha!
Foi um mal-entendido. Alex me enviou o texto para que eu pudesse lê-lo, não para publicá-lo. E hoje me pediu para retirar o post do ar.
Vou atender o pedido. Apenas registro que este é o único post que já apaguei na história do blog (quase sete anos). Não irei simplesmente deletar o post porque acho isso desonesto com os leitorxs e, principalmente, com quem comentou. Deste jeito os comentários ficam.
Aproveito o espaço para avisar que, apesar de atrasadíssima (eu e o maridão deveríamos ter saído 4 horas atrás), vou viajar. Ficarei fora alguns dias, e não sei como estará a conexão para a internet (ou se terei conexão). De qualquer jeito, é um pedacinho de férias, então não vou ficar muito aqui na internet. Já agendei alguns posts (saiu um hoje, inclusive), e tentarei moderar os comentários de vez em quando, mas acho que deixarei tudo aberto. Se aparecerem trolls (ha ha, ó o meu otimismo se manifestando), ignorem os energúmenos, que cedo ou tarde eu apareço para deletar.
Abração da Lolinha!
E aí o post lindo tá sem nenhum comentário? como assim?
ResponderExcluiro.O
Beijo no teu coração Alex. Obrigada por mais esse lindo petardo na segurança falsa de todo dia
Pensei que tua ia falar da anitta e da pitty.
ResponderExcluirTexto excelente, como sempre Alex. Precisa ser lido e compartilhado até ser finalmente compreendido por quem acha que tudo isso é tão óbvio, mas não consegue aplicar na prática. Muito educativo.
ResponderExcluirLola, até ontem você dizia não saber nada sobre SDSM, não tinha ideia do que era cuckold, e agora dá uma aula sobre o assunto?
ResponderExcluirMas cê é burro cara
ExcluirAhn... Anon das 17:50, o "guest post" no título e o nome Alex Castro no primeiro parágrafo não foram suficientes pra vc entender que não sou eu a autora do post?
ResponderExcluirAinda bem que anônimo não passa tanta vergonha...
Eu não gosto de relacionamentos não monogamicos até pq sempre foi o homem que tem varias parceiras, mesmo sabendo-se que a mulher aguenta ter varios numa noite mas o homem não.
ResponderExcluirJá bdsm depende, eu só aceitaria se tudo que eu fizer a pessoa fizer também.
nossa,fazem marabalismos para parecer que essas mulheres que ficaram com o tal professor foram abusadas quando todas concordaram em ficar com ele.
ResponderExcluirEu já tive um relacionamento aberto de 5 anos. É preciso muita conversa, empatia e muita auto-análise MESMO. No meu caso, mesmo que conversássemos sempre sobre nossos limites e nossos casos e nossos outros parceiros e amigos soubessem que tínhamos um relacionamento aberto, acabou que demos menos atenção ao nosso relacionamento como parceria -- tédio ou frustração eram inconscientemente resolvidos saindo com outras pessoas que nos animavam e interessavam.
ResponderExcluirSó discordo da monogamia como default. Acho que isso tem que acabar. Qual é o problema de deixar tudo claro? Medo de "assustar" a pessoa? Eu não assumo monogamia, não assumo que namoro... Acredito em esclarecimentos objetivos, nada de assumir coisas: "estamos em um relacionamento monogâmico? estamos namorando?" Jamais alguém fugiu de mim por isso e se houvesse fugido, que fosse pra longe.
RELACIONAMENTOS NÃO-MONOGÂMICOS E BDSM Heterossexuais*
ResponderExcluirtexto maravilhoso. incrível como falar de um assunto é importante para tirar as camadas de preconceito e deixar tudo mais transparente.
ResponderExcluirminha geração experimentou bastante o poliamor, não com este nome. a gente falava em relação aberta, em não se prender, em ter mais liberdade. ao menos no meio em que vivi, claro. lembrando sempre que sou classe média, carioca, branca, cis...ainda havia muita barreira mas a gente tinha a força da geração anterior nos mostrando que dava pra fazer diferente. e fizemos do jeito que deu. o processo ñ era tão aberto ou discutido e muitas de nós - mulheres e homens - sofreram por não entenderem direito esse software novo e aberto que estávamos experimentando.
por exemplo, ñ se discutiam regras então ficava tudo meio enevoado e, por vezes, as pessoas se machucavam.
depois, vi que as novas gerações já não se preocupavam tanto com a virgindade mas iam ficando cada vez mais presas ao modelo do passado. até o casamento, que na minha geração 9e no meio em que eu vivia) era uma coisa sem valor, voltou a ser valorizado e festejado (inclusive com gastos monumentais).
agora, tenta-se novamente o modelo mais livre, no entanto, o machismo entranhado na sociedade impede as pessoas de ver o quanto é importante ter ética para ser livre de verdade.
nessa semana fui chamada de moralista (pausa para gargalhadas) por gente que acha que uma mulher que vai até o motel com um homem tem que se submeter aos desejos dele.
daí vem o Alex e nos presenteia com esse texto esclarecedor. a experimentação do novo precisa ser feita dentro de regras consensuais de respeito ao outro ou outros. não é fácil, mas quem disse que viver é fácil!
muito obrigada Alex e Lola, é isso.
Muito legal um post pra esclarecer essas coisas e derrubar a máscara de canalhas que usam esses modelos diferentes de relacionamento pra abusar das pessoas e não assumir nenhuma responsabilidade ou compromisso ao mesmo tempo em que cobra da outra parte o que não quer dar. Quanto aos preconceitos e aos preconceituosos, não sei porque raios se preocupam tanto se a vizinha ou o primo tem uma relação não-monogâmica. Sério, não entendo. Em que isso afeta a vida de qualquer um que não os envolvidos? Em que isso prejudica quem está de fora? Cada um na sua e pronto. Esses fiscais da vagina, do pênis e do ânus alheio me cansam. Vão arranjar uma louça pra lavar, um lote pra carpir, um livro pra ler, um saco de lixo pra levar pra fora e deixem os outros em paz.
ResponderExcluirMorro de rir de casal HT que tem relacionamento aberto............só pra mulheres. Ne tentam esconder a assimetria, porque o homem sempre "quer participar". Toda sapatão já caiu nessa de mulher "bi" com namoro aberto, tsc.
ResponderExcluirAnon 19:14, não entendi nada.
ExcluirLola, que coisa inteligente, oportuna, estratégica e ducacete(sem selfie, please!)esse guest post, nessa hora! Por que você, o Alex ou uma das minas que já tão envolvidas mesmo não mandam um emailzinho contando a história pra imprensa feminista gringa, hein? Tipo a Ms., que você já falou que é leitora. Algo me diz que eles iam adorar a sugestão de pauta ;)
ResponderExcluirGostei do post e concordo com muitos pontos. Mas eu acho muito condescendente(ou talvez eu seja muito arrogante).
ResponderExcluirFica parecendo que ninguém pensa sobre isso quando está em uma relação(em qualquer dos lados) e não simplifica convenientemente por escolha. Principalmente o público desse blog.
Cara, adorei o texto! Muitas vezes comento sobre relacionamentos não-monogâmicos por ser adepta a eles. Esse texto, creio, servirá para abrir - e muito - a mente de pessoas que pouco conhecemo e tema e fará com que eles entendam que, por mais que não siga os padrões de "relacionamento", há regras e comprometimento sim!
ResponderExcluirLola, já disse no twitter, mas vale a pena repetir:
ResponderExcluirAprendi muito sobre relações não-monogâmicas com o post do Alex (palmas pra vc, cara!), e achei incrivelmente oportuno um post desses em tempos como estes q passamos...
Só gostaria de acrescentar q eu acredito q n apenas as relações não-monogâmicas devem des-estigmatizar a DR, qq pessoa em qq tipo de relação, msm q n sejam amorosas, deve fazê-lo.
Eu estou num namoro monogâmico há mais de 2 anos e somos altamente cúmplices, falamos e discutimos sobre tudo q acontece conosco, e isso só nos fortalece eqto casal.
Não consigo entender como existem pessoas com medo de ter conversas honestas com quem amam (deve ser por isso q tantas pessoas são infelizes em seus relacionamentos...)
Mais uma vez, parabéns pelo post!!
Achei que teve uma certa cagação de regra sobre o que é ou o que não é um determinado tipo de relacionamento. O texto ficou até bom e em muitos pontos eu concordo, porém discordo da parte em que diz que relacionamentos monogâmicos são o Default e que saindo com uma pessoa e se reunindo com amigos etc etc as 2 pessoas estão meio que automaticamente namorando. Acho que existe uma fase antes de namorar e que o namoro mesmo só rola quando comunicado por ambas as partes. Não vejo nenhum problema em ficar de forma fixa com uma pessoa, porém ficar também com outras pessoas ao mesmo tempo sendo que não houve uma oficialização de namoro com a primeira pessoa ou com nenhuma das outras, mas ai vai de cada um né, somos todos variáveis.
ResponderExcluirEu sempre pensei que relacionamentos monogâmicos devessem ser discutidos à exaustão também. Mas estou meio decepcionada com eles (os relacionamentos convencionais). Sou branca, hetero, cis, classe média. E ainda quero ser monogâmica, pra culminar. Mas não dá. Em toda relação eu sou traída e isso quando eu posso chamar o que tenho de relação. Lola, força nesse caso do professor. Te agradeço imensamente por todas as suas postagens, acompanho seu blog e twitter (quase uma stalker hahaha) e fico muito admirada com sua coragem, e também com sua coerência. Quanto ao Alex Castro, ouvi falar dele pelo seu blog, não agora, me recordo dum post sobre feministas reclamarem do espaço dele numa revista. Gostei do texto dele. Não tenho muito conhecimento sobre relações abertas e conhecer um pouco é bom. É isso aí, continuem assim! =)
ResponderExcluirGostei muito do texto. Eu acho a não-monogamia o ideal, mas nunca consegui vivê-la sem sofrer. Na verdade, a única vez que tentei seriamente, eu era muito jovem, e, assim como disse a aiaiai, as coisas não eram explicitadas. A gente seguia o "mantra" dos Doces Bárbaros: "o seu amor/ame-o e deixe-o/livre para amar", mas não sabia como fazer as coisas. E sem conversa, não há como. Aliás, nem as relações mais convencionais não tem como funcionar sem muita e muita DR.
ResponderExcluirO tipo de reflexão que se espera que uma pessoa madura, com muuuuita leitura e que goste muuuuuito de falar de sexo já tenha feito.
ResponderExcluirE que bom que a maioria dos comentários voltou a ser assinada.
Olá Lola.
ResponderExcluirEu concordo com a maioria das coisas que você escreveu.
Vamos começar pela questão do BDSM.
Bom eu sou completamente contra essa coisa, pois entendo que sexo e uma coisa feita para se obter prazer físico e emocional, portanto qualquer mistura que houver entre sexo, e violência, dor, medo, interesse financeiro, já subverte a natureza do sexo, eu ate acho que quando pessoa realmente gosta de receber isso um tapinha na bunda dentro da relação sexual ainda esta dentro do limite do aceitável como normal.
Agora onde houver violência real, eu me refiro violência de um modo geral não só física, e a pessoa gostar disso, quem gostar de ser vitima ou autor da violência, precisa, no mínimo ter uma seria conversa com psicólogo sobre esse gosto, por sofrer ou fazer outra pessoa sofrer durante o sexo ou em qualquer outra momento.
Ei já li sobre isso e sei quem pratica o BDSM esse normalmente são pessoa quem algum grau de desequilíbrio psicológico, pois e só analisar o que leva uma pessoa gosta disso, que já aparece o defeito que pessoa tem na sua estrutura psicológica.
Quanto questão do relacionamento aberto, eu sou particularmente adepto deste modelo de relacionamento, ate pode parecer meio estranho uma pessoa de direita como eu, gosta deste tipo de relacionamento, mas ai eu pergunto o que tem que ver uma coisa com a outra???
Na verdade eu ate aceito ter um relacionamento monogâmico, e nada contra monogamia, mas atualmente já estou preferindo o relacionamento aberto mesmo, pelas suas qualidades.
Agora eu sou adepto do relacionamento aberto só para, (vamos dizer assim) ficada e sexo sem compromisso e sem envolvimento afetivo mais profundo.
Eu tenho essa posição pois eu jamais aceitaria que uma mulher que tem relacionamento serio comigo, namorasse ou ate cassasse com outro cara estando ela comigo, agora se for só uma transa por que ela esta afim de experimentar uma mangueira nova ou por qualquer outra razão tudo bem, isso faz parte de uma relação aberta, como eu já disse sem envolvimento emocional profundo (leia se amor), claro que a amizade com outros caras tá liberado por total.
Agora sabe Lola, eu acho que relacionamento aberto nesse estilo que gosto, eu acho que ate pode ser considerado um relacionamento monogâmico, porque a mulher que estiver comigo ela só vai ter compromisso comigo e eu com ela.
Agora só para esclarecer, eu não tenho nada contra namoros/noivados/casamentos, onde tem 3 ou mais pessoas, eu só não quero e eu ter um relacionamento assim.
Discordo do artigo. Monogamia TAMBÉM precisa ser explicitamente articulada - aliás, manter um relacionamento monogâmico por longo prazo é dificil para caralho.
ResponderExcluirRespeito bem mais homem que consegue manter um casamento por anos e anos que homem que fica "conquistando" dezenas de mennininhas...
O post é bem esclarecedor, principalmente em relação à falta de simetria entre comportamentos dos homens e das mulheres, vistos sob a ótica da sociedade (que é machista, conservadora, com um quê de religião, e bem hipócrita).
ResponderExcluirSe as pessoas já se intrometem na vida alheia, xeretam os vizinhos, amigos e familiares... Imagine em uma relação não-convencional!
Bdsm é intinto de violencia. Podem tentar dar uma cara civilizada, com safewords e tal, mas o impulso que leva as pessoas a esta pratica é o odio, o prazer em fazer outra pessoa sofrer e a auto depreciação (um comportamento talvez inspirado pela cultura cristã). Inicialmente os praticantes ate se contentam com o teatro, mas sempre vao ter a vontade de experimentar a sensação real de uma agressao, um estupro ou uma tortura.
ResponderExcluirJa o poliamor é só uma questão de consentimento entre todas as partes envolvidas.
Existe um lado não explorado no assunto: em nossa sociedade o homem casado precisa justificar (mentir) que está solteiro ou em um relacionamento aberto para sair com determinadas mulheres. Já a mulher não precisa fazer nada. Se ela quiser trair, em geral surgirão pretendentes aos montes, que pouco se importarão com o seu estado civil.
ResponderExcluirAi gente, sem falar que esse pessoal defendendo o professor ta meio que defendendo a "terra de ninguém " na internet. E essa postura "pode tudo" na terra de "lost" porra, né? É aí que moram nojices como pedofilia e afins. Se já não fosse demais criminalizar as vitimas ainda tem mais esse efeito colateral aí. Como disseram por aí 2014 podia acabar, já deu!
ResponderExcluirLola, tenho uma curiosidade. Por que a senhora não fala nada sobre a María Corina Machado?
ResponderExcluirPorque você tem afinidades ideológicas com os animais bolivarianos que a estão oprimindo? Que vergonha, senhora Lola. Não faça igual a Dilma, diga ao menos sua opinião a respeito. Não fique calada, afinal, as mulheres também têm o direito de liberdade de expressão.
Angela, eu também tenho uma curiosidade: quem é Maria Corina Machado? Sei que poderia procurar no Santo Google, mas realmente estou sem tempo, viajo amanhã. Pare de achar que eu não falo de alguém por causa de sei lá que motivo. Eu não sou uma agência de notícias, sou uma só. Falo sobre o que mais me interessa, e apenas quando tenho tempo.
ResponderExcluirÓ, Lola: "Opositora venezuelana é indiciada por suposto plano para matar Maduro
ResponderExcluirMaría Corina Machado foi indiciada por crime de conspiração.
Oposição rejeita as acusações."
A Angela provavelmente é só mais um mascu boçal bostejando, liga não.
Chamar de elucidativo um texto que aponta como o único caminho certo em relacionamentos não convencionais (como se um único caminho certo existisse) algo próximo da prática cartorial me parece quase ridículo.
ResponderExcluirObviamente, quem escreveu e quem bate palmas para esse tipo de reducionismo não tem a MENOR ideia do que está falando, embora até se esforce com certo afinco em encaixar o que desconhece nas caixinhas cognitivas que lhe são familiares.
Mas valeu o esforço. Melhor sorte da próxima vez.
PS - Aliás, na próxima vez, ouçam o que uma MULHER tem a dizer, pq pelo menos em blogs ditos feministas se espera que ELAS tenham o protagonismo no discurso.
Taí um texto desenhando como ser moral sem ser moralista. Do jeito que pintinho e seus asseclas tão falando, parece que só tem duas opções: ser amoral ou ser moralista. E moralismo virou a nova virgindade, né? Mais uma palavrinha pra forçar as mulheres a fazerem o que os homens querem.
ResponderExcluirO post é muito bom. Uma coisa que tem me irritado ultimamente nesse papo de não-monogâmicos é a pretensa superioridade da não-monogamia. Olha só, a pessoa se vende como libertária e tal, mas desde que concordem com ela. É assim que a gente percebe um dos trastes que se passam por não-monogâmicos, como o texto citou.
ResponderExcluirSe uma pessoa chega e se diz não-monogâmica, você diz que prefere a monogamia e ela te xinga, pode ter certeza que ela não é libertária porra nenhuma, só está querendo usar esse papinho pra te constranger a fazer o que ela quer. É o primeiro sinal de babaquice que serve pra você pular fora. Uma amiga minha não ouviu e se deu mal.
Não-monogamia de verdade envolve muita franqueza. Para consigo e para com os outros. Eu tenho uma outra amiga que de fato é não-monogâmica. É o tipo de relação que ela e o marido dela escolheram e eles são bem felizes assim. Mas essa é a felicidade deles e ela não acha que todo mundo tem que ser como eles ou ser "moralista".
Tem outra amiga que diz que nunca se sentiria confortável num relacionamento não-monogâmico porque se sente sexualmente insegura. Acha que se o namorado transar com outras mulheres, vai preferir elas. Ela tem consciência da própria insegurança e pronto. Não se sente confortável de outra forma e não precisa se sentir. Essa coisa de querer fazer com que as pessoas que têm medo de altura fiquem sentadas no parapeito dos prédios só porque "você tem que ser uma pessoa segura" é uma bobagem. As pessoas têm que procurar sua própria felicidade, no formato que vier. Com inseguranças ou não.
Então, no final das contas, o que importa, como o autor falou, é a honestidade nos relacionamentos. Monogâmicos ou não.
Bando de depravado imoral, eu quero ver criar filhos e dar orientação familiar, no meio desta putaria toda.
ResponderExcluirHá, claro, "fámilia?! este troço opressor criado pelo sistema" vamos viver todos como um bando de hamsters no ciu, dentro de uma gaiola mesmo.
A galera só não percebe que o Alex conseguiu escrachar o Prof. pintinho e a C. no mesmo texto.
ResponderExcluirEu ainda tento entender, o que leva uma mulher que conhece o feminismo, e consequentemente os maleficios patriarcais e a postura de seus agentes e beneficiados diretos, omis, e mesmo assim continua a querer se relacionar de forma romântica com o "inimigo'
ResponderExcluirAnon das 09:03:
ResponderExcluirImoral, amoral e moral são coisas distintas. Imoral / moral têm a ver com ir contra ou a favor de costumes socialmente aceitos. Amoral é não reconhecer a existência desses costumes (a natureza é amoral, por exemplo).
Além disso, moral e ética não são sinônimos.
O texto não fala (ou não deveria falar) de moral. O texto fala de ética.
É engraçado como algumas pessoas se sentem ameaçadas e reagem furiosamente. Gostaria de saber onde x gentil anonimx das 02:13 leu que o texto aponta caminhos.
ResponderExcluirMimosx, o texto explica certos tipos de práticas. Não diz que você deve ou não usá-las. Relaxa, ninguém está te obrigando a nada.:)
A questão da internet, eu sou meio fundamentalista. Contratem babás ou arranjem tempo para cuidar des filhotes: internet é [b]o[/b] meio pra traumatizar/fritar o cérebro/botar questões.
ResponderExcluirUm conjunto abstrato de bits que tem alguma conexão com a realidade, assim como arte/filmes/livros sempre foram. Censurar internet é aceitar uma sistema de censura[*].
Inclusive eu até questiono alguns caminhos que a internet no Brasil está tomando. Fins não justificam meios.
[*]Eu li Mein Kempf e nunca virei nazista.
OFF
ResponderExcluirOlha que texto maravilhoso.
http://mariadapenhaneles.blogspot.com.br/2014/12/e-o-seguinte-companheiros-voces-estao.html
Serve muito pra quem chama as feministas mais jovens de misândricas.
Acabou, Cynthia.
E isso é muito bom.
"Agora quer posar de vítima, mas sabia muito bom o que estava fazendo"
ResponderExcluir(Bento Santiago)
Pessoal, a citação não é verídica, mas verossímil. O que me espantou no caso de Avelar foi ver surgir a efígie do velho patriarcalismo brasileiro sob a roupagem do crítico pós-moderno que tanto admirei justamente porque seu discurso "desconstruía" velhos paradigmas. E descubro o antigo machão proprietário se gabando de ser o rei do galinheiro. Impressionou, por assim dizer, a pobreza da fantasia, sua obviedade ululante (já que agora voltou a ser moda citar Nelson Rodrigues). Lembrei muito de meu avô, fazendeiro do interior de São Paulo, que se gabava de ter amansado todos os cornos da cidade. Era o mesmo termo utilizado pelo professor tropicalista nos EUA, "amansar". Trata-se daquela subjetividade pré-moderna periférica que precisa animalizar o outro para se auto-afimar (a outra, por seu turno, é mera propriedade, e sua profanação serve para afirmar a superioridade do patriarca sobre seus concorrentes). Enfim, aquele quadro patético do macho trágico que nossa sociedade não se cansa de reproduzir.
O que me revoltou foi o ódio com que seus asseclas partiram em sua defesa e a completa desligitimação do discurso das mulheres. Falam em moral, mas palavra que querem esconder é outra: trata-se de ética e, portanto, de política. Quem se envolve em jogos sexuais fetichistas tem ainda mais responsabilidade com a outra pessoa (ou pessoas) envolvida, pois há muito mais risco de que alguém saia psiquicamente ou mesmo fisicamente ferido.
" E descubro o antigo machão proprietário se gabando de ser o rei do galinheiro. Impressionou, por assim dizer, a pobreza da fantasia, sua obviedade ululante (já que agora voltou a ser moda citar Nelson Rodrigues). Lembrei muito de meu avô, fazendeiro do interior de São Paulo, que se gabava de ter amansado todos os cornos da cidade. Era o mesmo termo utilizado pelo professor tropicalista nos EUA, "amansar". Trata-se daquela subjetividade pré-moderna periférica que precisa animalizar o outro para se auto-afimar (a outra, por seu turno, é mera propriedade, e sua profanação serve para afirmar a superioridade do patriarca sobre seus concorrentes). Enfim, aquele quadro patético do macho trágico que nossa sociedade não se cansa de reproduzir."
ResponderExcluirLola, destaca o que o anônimo das 11:48 falou no teu próximo post, que isso tá MUITO bom!
A misandria pode ser algo menos perigoso que a misoginia, mas não concordo que vá ser assim para sempre e esse é meu medo. O ódio é um sentimento muito perigoso, ele une pessoas contra um "inimigo em comum" e as torna mais solidárias umas com as outras, ok, ponto para ele, mas quanto mais ele cresce de forma quantitativa (quantidade de pessoas) e qualitativa ("tamanho" desse ódio), ele se torna mais perigoso.
ResponderExcluirAté hoje não é comum que mulheres agridam fisicamente homens só por eles serem homens, ou não é algo muito noticiado, mas já existem algumas que pensam nessas coisas e tentam organizar grupos para "pregação" desse ódio e tomar atitudes mais agressivas. Isso que me preocupa. É positivo que elas ainda estejam diluídas em grupos não tão agressivos por isso, algumas vezes elas conseguem ser demovidas de fazer esses ataques, mas se torna perigoso quando elas começam a formar grupos sem um contraponto.
Entendo que elas não odeiem por nada, faz muito que já mudei esse pensamento, e sei que cada uma tem seu motivo pois cada uma teve sua experiência e cada pessoa tem sua capacidade de resiliência, mas espero que concorde comigo que combater ódio com ódio não parece uma solução razoável.
E realmente elas não saem por ai parando todo homem no meio da rua dizendo que o odeia exatamente pelo sentimento ser generalizado, mas acho que num certo ponto a generalização é tão perigosa quanto a individualização. Quando vc passa o odiar um grupo, seja pela dominação que ele tem ou pela cor dos cabelos, e no momento vc passa a sentir que tem poder suficiente para fazer algo com esse grupo, isso pode passar a acontecer... A humanidade é repleta de exemplos disso. Acho que o ódio deve ser compreendido em sua essência, de onde veio e porque, mas acho que essa pessoa, a que odeia, deve receber ajuda adequada de alguém profissional para conseguir lidar com ele, e depois de um tempo compreendendo o porque ele surgiu, para que servia e de que formas ela pode fazer isso sem o ódio, ele seja superado.
Prefiro muito mais receber assédio na internet da parte de gente que me interessa do que ser traída e entrar numa conspiração suja do meu marido e da amante sem ter consentido com isso.
ResponderExcluirSó dizendo...
ResponderExcluirVinícius: acho que vc tocou justamente no ponto do pq o Alex atrai multidões raivosas: o tom arrogante e condescendente que ele imprime nos textos.
Os textos dele são bons, os assuntos são sempre interessantes; mas nenhum deles consegue não passar a impressão que o Alex está te olhando de cima :p
Alex escreve com tom de arrogancia e cagação de regra. Nunca tinha lido um texto dele mas ontem entendi pq as radfems não vão muito com a cara do moço. Dá pra ele tentar escrever de outro jeito nao? A mensagem é boa mas esse tom arrogante estraga tudo.
ResponderExcluirLola, muito interessante você não saber quem é María Corina Machado, pois o mundo todo sabe. E você, como é uma pessoa bem informada, deveria saber. Não?
ResponderExcluirMaría Corina Machado foi acusada injustamente por "crime de conspiração", ao supostamente ter planos de matar Maduro, enfim, uma mentira deslavada que Maduro usa apenas para encarcerar seus opositores.
O mundo inteiro está em solidariedade com María Corina Machado, e contra os absurdos que está acontecendo na Venezuela, onde os direitos humanos parecem não ter mais valor.
Como uma das maiores representantes do movimento feminista na internet, eu esperava que você falasse sobre esse caso e não se omitisse.
Só comunistas podem maltratar mulheres e violar dos direitos humanos? Veja bem que não sou mascu algum, sou mulher só não gosto de hipocrisia. Uma das minhas maiores decepções foi a senhora Dilma não ter tomado nenhuma atitude em relação a esse caso, preferiu deixar María Corina Machado sofrer injustiças, foi até surrada por chavistas no plenário venezuelano e a senhora Dilma não deu um "piu", nada, não disse absolutamente nada, para não ter atrito algum com seus companheiros bolivarianos.
Ao contrário de Dilma, Lola, você é independente e não precisa ficar calada para ninguém, ainda mais diante de injustiças e agressões absurdas como essas.
Abraços.
Hahahaha eu nem ia falar, mas daí... Preciso!
ResponderExcluirQuando eu, comentarista quase fake das interwebs, digo que é falta de ética sair pegando geral os maridos das amigas dizem que não tenho sororidade (? Não entendi essa porra até hoje), que não sou feminista e ainda por cima sou moralista! Calúnia! Kkkk
Mas daí um cara (desculpa aí Alex, gosto dos seus textos. O problema aqui é outro) diz a mesma coisa e palmas pra ele.
Aff vão cagar.
Não creio que o Alex Castro esteja querendo impor a maneira como as pessoas deve viver sua sexualidade, nem esteja querendo falar pelas mulheres (obs: ele usa o feminino como gênero neutro). Ele está dando a opinião dele com uma boa dose de experiência pessoal dele, embora me pareça que seja uma opinião baseada em bastante reflexão. Cada um concorda ou não, mas sem um pouco de argumentação fica parecendo só uma questão pessoal. E concordo que seria muito bom a opinião de uma mulher praticante de BDSM, etc. Mas esta também será a opinião de uma pessoa, ninguém fala por um gênero inteiro, cabe a cada um refletir sobre o que foi dito.
ResponderExcluir"Lola, muito interessante você não saber quem é María Corina Machado, pois o mundo todo sabe"
ResponderExcluirNão, nem todo mundo sabe. Quem acompanhou as eleições presidenciais na Venezuela e a política em geral lá sabe, mas ela é pouco conhecida. E o fato dela ser bastante conservadora(Como o Boris Izaguirre disse uma vez) torna isso tudo bem mais complicado que parece.
Não conheço nenhum professor universitário que consiga tirar férias no começo de dezembro, justamente o período mais crítico do ano, com provas finais, fechamento de notas... Todo professor que eu conheço só tira férias no fim do período letivo. Lola é uma privilegiada em poder tirar férias e ficar incomunicável enquanto todo mundo na faculdade está no momento mais estressante do ano. Parabéns, divirta-se.
ResponderExcluirAlex transcreveu meus pensamentos, agir com ética em todos os setores da vida. Incluindo relacionamentos.
ResponderExcluirAgora alguém me demonstra por favor (com citação direta no texto, de preferência) onde ele foi arrogante. Sério gente, esse é o primeiro texto dele, então não posso falar sobre "a maneira como ele sempre escreve". Mas neste texto especificamente, sinceramente, não vejo arrogância ou cagação de regra. Eu, hein? Pessoal aí anda fazendo merda e tá doendo ler umas verdades sobre ética (e como alguém aí em cima falou, ética e moral são coisas bem diferentes, wikkipédia resolve esta dúvida rapidim.)
** esse é o primeiro texto QUE LEIO dele**
ResponderExcluirPoxa Alex, libera o texto... eu que não tenho uma relação aberta achei o texto mega informativo...
ResponderExcluirQuando você voltar quero ver um post natalino!
ResponderExcluirAnonimo das 19:20 mas a preguiça tá grande hein? Nem pra digitar calendário academico UFC no google... Lola nao é privilegiada não, tirou férias quando acabou o preíodo letivo assim como a maioria dos professores fazem. Da próxima vez usa o google e acorda, nem toda faculdade tem o mesmo calendário.
ResponderExcluirO Anônimo das 19:20 tá é com inveja! kkkkk
ExcluirPraticamente todas as UF's concluem o semestre entre o final de novembro e a primeira semana de dezembro...
Aaahh, que pena, queria muito ler o post!!!
ResponderExcluir"nenhum", qualquer pessoa minimamente bem informada, sabe quem é María Corina Machado. Eu não precisei me esforçar para saber quem é ela, conheci sua história quando ela deu entrevista ao Roda Viva. Enfim, o fato dela ser uma "conservadora", ou apenas uma opositora, não faz com que seus direitos ou vida, vala menos. A liberdade é para todos. :)
ResponderExcluirPuxa! puxa! ontem comecei a ler e estava tão excelente... só que era tarde e fiquei pra terminar o texto hoje... Ele precisa publicar em outro lugar ou em outro momento. Aquele texto transcende o tempo, Lola. Agora pode ser entendido como uma "cruzada" contra o tal professor. Mas em alguns meses, com certeza, não.
ResponderExcluirMartha
Não li o post original, mas sou praticante de BDSM(Mais explicitamente do SM e do B de bondade, não curto muito d/s).
ResponderExcluirAcredito em relações não monogâmicas, plurais, multi dimensionais e entre pessoas com orientações sexuais diferentes.
Pra mim, foi um processo.
=D
"O mundo inteiro está em solidariedade com María Corina Machado"
ResponderExcluirEu não estou. Nem ninguém que eu conheça.
Não invente unanimidades onde elas não existem, é feio.
Donadio, exceções são não a regra. A minoria faz parte da Esquerda Retrógrada, a qual nem existe em países civilizados.
ResponderExcluir