Pero que los hay, los hay. Só acho que não temos clima pra um golpe agora. Mas, como tem muita gente mencionando esta palavra maldita e totalmente inconveniente, vou falar um pouquinho disso.
Primeiro, um breve resumo dos protestos todos que tomaram o Brasil desde 6 de junho. Sem sombra de dúvida, no começo era um movimento 100% de esquerda. O MPL (Movimento Passe Livre) é uma organização de esquerda. E sinto muito se você não acredita mais em esquerda e direita. Eu não só acredito como afirmo que nunca ouvi alguém que não fosse de direita dizer que direita e esquerda não existem mais. Tá, vou dar uma chance: alienado também diz isso. Se esquerda e direita não existem mais, por que é tão fácil decifrar a ideologia política de uma pessoa em poucas pautas? (Faça o teste; é da Veja).
Então. Os protestos foram crescendo, a mídia tradicional toda contra, sabendo que as reivindicações eram de esquerda, os de sempre chamando os manifestantes de baderneiros vagabundos atrapalhadores de trânsito. Até que chegou o fatídico dia 13, que foi uma quinta-feira de suprema violência policial em SP. As imagens dessa brutalidade ganharam as redes social e revoltaram muita, muita gente.
Se não fosse a violência policial do dia 13, os protestos teriam dado uma esfriada. É até possível que os governos de várias cidades recuassem no aumento das tarifas de transporte, mas uma coisa é certa, pelo menos pra mim: as manifestações não cresceriam. A PM paulista deu a muitas pessoas jovens o desejo de lutar contra um sistema opressor, que lança gás lacrimogêneo e balas de borracha em manifestantes que simplesmente estão protestando, o que é um direito democrático. Por mais que eu reclame do conservadorismo e cinismo de tantos jovens, vive neles um espírito idealista. A vontade de fazer a diferença, de melhorar o mundo, é grande.
O que eu ainda não sei explicar é a mudança de posicionamento da grande mídia em relação aos protestos. Não compro muito a ideia de que, observando seus repórteres e fotógrafos sendo atacados pela polícia, os jornais e emissoras foram tomados pela pena. Desculpe se não creio que os jornais e emissoras ligam tanto assim pros seus funcionários, esses mesmos que vem sendo demitidos às pencas. Não. Acho que a mídia percebeu que as manifestações poderiam ficar mais abrangentes -- leia-se menos de esquerda --, e decidiram pular no vagão.
Só lembrando de que mídia eu tô falando: desta que demoniza o Movimento dos Sem Terra e praticamente qualquer outro movimento popular. Esta que minimiza a tortura a presos políticos na ditadura militar, chamando nossos anos de chumbo de "ditabranda". Aliás, é a mesma mídia que apoiou a Marcha da Família por Deus pela Liberdade. Eis parte do editorial da Folha louvando a Marcha em 20 de março de 64:
"O povo mesmo, não um ajuntamento suspeito e longamente preparado, reuniu-se ontem, espontaneamente, nas ruas desta cidade [SP], para exprimir seu sentimento e sua vontade. Foi uma dura lição para aqueles que necessitam de demorada propaganda, manipulação de cúpulas e tremendos dispositivos de força para concentrar massas humanas. E não se diga que a 'Marcha da Família' reuniu defensores de 'estruturas arcaicas'. Ao contrário, os manifestantes de ontem reconhecem a necessidade de reformas, mas sabem que elas podem e devem ser feitas dentro da ordem e da lei”.
Naquela mesma ocasião, o Estadão aplaudiu o meio milhão de paulistas e paulistanos que manifestaram, "no nome de Deus e em prol da liberdade, seu repúdio ao comunismo e à ditadura e seu apego à lei e à democracia".
Um dia depois do golpe militar, a Folha deu vivas ao novo presidente, o marechal Castelo Branco, como "o presidente de todos". Já o Estadão respirou aliviado que não houve nenhuma resistência à "revolução": "Democratas dominam toda a nação". E o editorial do Globo começava assim:
"Vive a Nação dias gloriosos. Por que souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições."
Agora talvez você entenda o meu desconforto quando essa gente muda de lado, e diz estar do mesmo lado que eu, defendendo os protestos? Ué, essa gente nunca teve apreço pela democracia. Não é que a grande mídia brasileira tenha mudado de 64 pra cá. Ela apoiou o golpe militar contra Chavez em 2002 e, mais recentemente, aquele de Honduras, em 2009. E ainda que não tivesse apoiado ditadores -- você realmente acha que os Marinhos, os Frias, os Mesquitas, os Civitas, têm os mesmos interesses que a gente?
Porém, se nossa mídia não mudou de 64 pra cá, nosso país definitivamente não é o mesmo. Ainda bem. Deixamos de ser um país rural com média de cinco filhos por mulher pra virar um país urbano com média de menos de dois filhos por mulher (e tudo isso tem seus prós e contras). Deixamos de ser um gigante sem importância pra sermos um país querido e respeitado em todo o mundo. Sei que os brasileiros do "aqui nada presta" não acreditam nisso, mas não é à toa que todos os olhos estão voltados pra cá. E a gente nem precisaria sediar a Copa pra atrair essa atenção.
Uma das coisas que mudaram depois do último dia 13 de junho foi que parte dessa galera do "o Brasil é uma porcaria" descobriu uma paixão adormecida pelo próprio país. Sabe aquilo que ativistas (feministas, LGBT, movimentos negros) fazem faz tempo, que é sair às ruas pra protestar, acreditando que um outro mundo é possível? Pois é, outras pessoas -- muitas das quais até pouco nos ridicularizavam por lutar pelo que pra elas era uma besteira -- decidiram que o Brasil havia acordado e que agora sim valia a pena protestar. Virou moda.
Só que, enquanto as pessoas jovens que estavam nas ruas antes, com suas bandeiras e corações vermelhos, sabiam por que estavam lutando, as que chegaram tarde não tinham muita noção. E, desculpe, continuam não tendo. Pra começar, parte dessa gente nova decidiu que cantar o hino nacional, cantarolar "sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor", e se enrolar numa bandeira verde e amarela é o que há. Ao mesmo tempo, decretou que a única bandeira aceitável nas manifestações seria a nacional. Qualquer militante de esquerda que já saiu com uma bandeira vermelha durante as eleições já ouviu isso ("vermelho não faz parte da nossa bandeira!" etc).
Lógico que, nos protestos iniciais, não havia simpatizantes de partidos de direita, então não houve necessidade de remover, muitas vezes com violência, bandeiras do PSDB ou do DEM dos protestos. As bandeiras que passaram a ser proibidas foram mesmo as vermelhas. E junto veio um ódio enorme ao PT e aos outros partidos de esquerda que, aos olhos desses neonacionalistas, dão suporte ao governo federal (eles não sabem que a maior oposição ao PT hoje em dia vem do PSOL e PSTU). E uma das novas pautas passou a ser o "Fora Dilma".
Aí virou senha pra todo o pessoal de extrema direita entrar em cena. Mas eles não chegam dizendo que são de direita, claro que não. Eles chegam dizendo que são contra todos os partidos, principalmente o seu aí, ô da bandeira vermelha. Quem mais tinha esse discurso de querer acabar com todos os partidos políticos? Hmmm... Ah é, os militares que tomaram o país em 64! Só que sem partidos políticos não há democracia. Aposto como os jovens reaças que invadiram as manifestações também fantasiam em fechar o Congresso.
Esses fascistas do "quanto pior melhor" estão agora nas nuvens, depredando tudo pelo caminho, espancando "petralhas" (ou gente do PCdoB, ou do PSTU, ou do PSOL, ou do PCO, que pra eles não faz diferença), usando seus lemas integralistas com orgulho, e sem ninguém pra atrapalhar. O protesto de ontem, pelo menos em SP e Brasília, foi todo deles. Tanto que o Movimento Passe Livre abandonou a manifestação.
Já ontem de manhã a Marcha das Vadias DF me informou que manteve sua marcha para o próximo sábado às 14h, mas que recusou juntar-se à outra manifestação que acontecerá em Brasília no mesmo sábado, a Marcha do Vinagre. Não sei se este movimento tem carecas, skinheads e integralistas entre eles, mas eu é que não gostaria de marchar ao lado de um mascu. Nossos ideais são totalmente opostos. Este mascu, por exemplo, desfilou ontem na manifestação de Aracaju (clique para ampliar):
Lá, felizmente, não teve briga. Ele só ficou encarando feio quem o chamou de fascista (que injustiça!).
Ontem a onda de protestos fez sua primeira vítima fatal, em Ribeirão Preto. Uma Land Rover atropelou doze manifestantes, matando um jovem de 18 anos.
E agora tá todo mundo com medo. Mesmo assim eu, uma Pollyanna Deslumbrete, não acredito em golpe. O clima é muito diferente ao de 64, quando os conservadores achavam que estavam derrubando o comunismo (o documentário O Dia que Durou 21 Anos disseca toda a paranoia). Eu ouço essa história de golpe militar desde 1989, quando finalmente conseguimos voltar a votar pra presidente. Toda eleição a ameaça se repete, sinal de que nossa democracia não está muito sedimentada.
Mas não acho que estamos a um passo de uma guerra civil. Os fascistas não são tantos assim. São suficientes para eleger deputados federais e até senadores, mas nunca alguém pra qualquer cargo no Executivo. Nunca elegeriam seu sonho em forma de candidato, Bolsonaro Presidente, e eles sabem disso. No momento, eles só querem quebrar tudo mesmo, sem grandes ambições políticas.
Os militares não vão se intrometer. Até porque um golpe militar não teria o menor suporte diplomático internacional, e nem nacional. Dilma ainda tem ótimos índices de aprovação. E, por mais que me doa dizer isso, seu governo tem sido tão pouco à esquerda que nem a elite têm grandes motivos pra derrubá-la. Até consigo imaginar editoriais dos velhos jornais e emissoras aplaudindo o exército num eventual golpe por "colocar ordem nas ruas", mas duvido que isso venha a acontecer.
Agora, a dúvida é: o que fazer com esses protestos, que, pelo menos em algumas cidades, já foram confiscados pela direita? Eu entendo quem diga que se manifestantes de esquerda deixarem de comparecer, isso equivale a entregar as manifestações pros fascistas. Por outro lado, ao ir a um protesto atualmente, a gente corre dois ou três riscos: um, o mais inofensivo, é protestar ao lado de um integralista, de um mascu, como se estivéssemos na mesma onda.
O outro risco é apanhar de uma polícia brutal, que precisa urgentemente ser reeducada. E finalmente, há o risco de apanhar de um fascista -- simplesmente porque ele não gostou da cor da sua bandeira.
Agora talvez você entenda o meu desconforto quando essa gente muda de lado, e diz estar do mesmo lado que eu, defendendo os protestos? Ué, essa gente nunca teve apreço pela democracia. Não é que a grande mídia brasileira tenha mudado de 64 pra cá. Ela apoiou o golpe militar contra Chavez em 2002 e, mais recentemente, aquele de Honduras, em 2009. E ainda que não tivesse apoiado ditadores -- você realmente acha que os Marinhos, os Frias, os Mesquitas, os Civitas, têm os mesmos interesses que a gente?
Porém, se nossa mídia não mudou de 64 pra cá, nosso país definitivamente não é o mesmo. Ainda bem. Deixamos de ser um país rural com média de cinco filhos por mulher pra virar um país urbano com média de menos de dois filhos por mulher (e tudo isso tem seus prós e contras). Deixamos de ser um gigante sem importância pra sermos um país querido e respeitado em todo o mundo. Sei que os brasileiros do "aqui nada presta" não acreditam nisso, mas não é à toa que todos os olhos estão voltados pra cá. E a gente nem precisaria sediar a Copa pra atrair essa atenção.
Uma das coisas que mudaram depois do último dia 13 de junho foi que parte dessa galera do "o Brasil é uma porcaria" descobriu uma paixão adormecida pelo próprio país. Sabe aquilo que ativistas (feministas, LGBT, movimentos negros) fazem faz tempo, que é sair às ruas pra protestar, acreditando que um outro mundo é possível? Pois é, outras pessoas -- muitas das quais até pouco nos ridicularizavam por lutar pelo que pra elas era uma besteira -- decidiram que o Brasil havia acordado e que agora sim valia a pena protestar. Virou moda.
Só que, enquanto as pessoas jovens que estavam nas ruas antes, com suas bandeiras e corações vermelhos, sabiam por que estavam lutando, as que chegaram tarde não tinham muita noção. E, desculpe, continuam não tendo. Pra começar, parte dessa gente nova decidiu que cantar o hino nacional, cantarolar "sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor", e se enrolar numa bandeira verde e amarela é o que há. Ao mesmo tempo, decretou que a única bandeira aceitável nas manifestações seria a nacional. Qualquer militante de esquerda que já saiu com uma bandeira vermelha durante as eleições já ouviu isso ("vermelho não faz parte da nossa bandeira!" etc).
Lógico que, nos protestos iniciais, não havia simpatizantes de partidos de direita, então não houve necessidade de remover, muitas vezes com violência, bandeiras do PSDB ou do DEM dos protestos. As bandeiras que passaram a ser proibidas foram mesmo as vermelhas. E junto veio um ódio enorme ao PT e aos outros partidos de esquerda que, aos olhos desses neonacionalistas, dão suporte ao governo federal (eles não sabem que a maior oposição ao PT hoje em dia vem do PSOL e PSTU). E uma das novas pautas passou a ser o "Fora Dilma".
Aí virou senha pra todo o pessoal de extrema direita entrar em cena. Mas eles não chegam dizendo que são de direita, claro que não. Eles chegam dizendo que são contra todos os partidos, principalmente o seu aí, ô da bandeira vermelha. Quem mais tinha esse discurso de querer acabar com todos os partidos políticos? Hmmm... Ah é, os militares que tomaram o país em 64! Só que sem partidos políticos não há democracia. Aposto como os jovens reaças que invadiram as manifestações também fantasiam em fechar o Congresso.
Esses fascistas do "quanto pior melhor" estão agora nas nuvens, depredando tudo pelo caminho, espancando "petralhas" (ou gente do PCdoB, ou do PSTU, ou do PSOL, ou do PCO, que pra eles não faz diferença), usando seus lemas integralistas com orgulho, e sem ninguém pra atrapalhar. O protesto de ontem, pelo menos em SP e Brasília, foi todo deles. Tanto que o Movimento Passe Livre abandonou a manifestação.
Já ontem de manhã a Marcha das Vadias DF me informou que manteve sua marcha para o próximo sábado às 14h, mas que recusou juntar-se à outra manifestação que acontecerá em Brasília no mesmo sábado, a Marcha do Vinagre. Não sei se este movimento tem carecas, skinheads e integralistas entre eles, mas eu é que não gostaria de marchar ao lado de um mascu. Nossos ideais são totalmente opostos. Este mascu, por exemplo, desfilou ontem na manifestação de Aracaju (clique para ampliar):
Lá, felizmente, não teve briga. Ele só ficou encarando feio quem o chamou de fascista (que injustiça!).
Ontem a onda de protestos fez sua primeira vítima fatal, em Ribeirão Preto. Uma Land Rover atropelou doze manifestantes, matando um jovem de 18 anos.
E agora tá todo mundo com medo. Mesmo assim eu, uma Pollyanna Deslumbrete, não acredito em golpe. O clima é muito diferente ao de 64, quando os conservadores achavam que estavam derrubando o comunismo (o documentário O Dia que Durou 21 Anos disseca toda a paranoia). Eu ouço essa história de golpe militar desde 1989, quando finalmente conseguimos voltar a votar pra presidente. Toda eleição a ameaça se repete, sinal de que nossa democracia não está muito sedimentada.
Mas não acho que estamos a um passo de uma guerra civil. Os fascistas não são tantos assim. São suficientes para eleger deputados federais e até senadores, mas nunca alguém pra qualquer cargo no Executivo. Nunca elegeriam seu sonho em forma de candidato, Bolsonaro Presidente, e eles sabem disso. No momento, eles só querem quebrar tudo mesmo, sem grandes ambições políticas.
Os militares não vão se intrometer. Até porque um golpe militar não teria o menor suporte diplomático internacional, e nem nacional. Dilma ainda tem ótimos índices de aprovação. E, por mais que me doa dizer isso, seu governo tem sido tão pouco à esquerda que nem a elite têm grandes motivos pra derrubá-la. Até consigo imaginar editoriais dos velhos jornais e emissoras aplaudindo o exército num eventual golpe por "colocar ordem nas ruas", mas duvido que isso venha a acontecer.
Agora, a dúvida é: o que fazer com esses protestos, que, pelo menos em algumas cidades, já foram confiscados pela direita? Eu entendo quem diga que se manifestantes de esquerda deixarem de comparecer, isso equivale a entregar as manifestações pros fascistas. Por outro lado, ao ir a um protesto atualmente, a gente corre dois ou três riscos: um, o mais inofensivo, é protestar ao lado de um integralista, de um mascu, como se estivéssemos na mesma onda.
O outro risco é apanhar de uma polícia brutal, que precisa urgentemente ser reeducada. E finalmente, há o risco de apanhar de um fascista -- simplesmente porque ele não gostou da cor da sua bandeira.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirComo sempre, ótima análise. Faltou citar meu partido, o PCB, que há mtuito tempo está nas ruas... e é bem diferente do PCdoB que já está do outro lado...(só um desabafo)
ResponderExcluirPerfeito Lola,
ResponderExcluirMas você não acha que mesmo que não haja golpe da na figura já introjetada em todos nós( tanques, generais, etc) o golpe pode ter seu objetivo em desestabilizar totalmente a situação, para tomar o poder de uma forma que pareça (natural, democrática) quando na verdade foi articulada pela promoção do caos?
Exato
ExcluirLolinha, quem sou eu pra discordar de você, mas agora vou ter que discordar. Você está agindo como se a rua fosse sua, da mesma maneira que aqueles seus vizinhos faziam com você.
ResponderExcluirIsso que você está fazendo é puro "entitlement". O direito de protestar não é medido de acordo a ordem de chegada. Aliás, o direito de protestar não é assimétrico, todos têm o mesmo direito.
Esse negócio de chamar os outros de "posers" só porque chegaram depois ou têm uma opnião diferente da sua é algo até adolescente, eu diria.
A maioria está nas ruas cantando ideias diferentes das suas? A única solução é gritar mais alto que eles e mostrar quem é mais forte, mas você não pode desmerecê-los. Ninguém tem esse direito.
Lola, eu concordo com muita coisa que vc disse, inclusive de q não chegaremos a um golpe militar. Mas, sinceramente, não sei afirmar se não estamos caminhando pra alguma mudança radical.
ResponderExcluirEu sou apartidária (mas não no sentido de não confiar em partidos, mas simplesmente não me filiar a um), mas tenho uma simpatia pelo PSOL, especialmente o Marcelo Freixo, que faz um ótimo trabalho na Comissão de Direitos Humanos na Assembléia Legislativa daqui do Rio.
Não sei se chegou a vc a informação, mas o centro do Rio de Janeiro (que juntou cerca de 1 milhão de pessoas no protesto de ontem) virou um cenário de guerra. O BOPE (Batalhão de Operações Especiais) foi às ruas com munição LETAL para cima dos manifestantes. Interrogava, prendiam e espancavam qq um q viesse pela frente. GL, spray de pimenta e balas de borracha à queima roupa. Muitas pessoas encurraladas em estações de metrô e no IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ), com direito à gritos de "SE VCS SAÍREM VÃO MORRER!!". A Lapa, bairro boêmio do centro, atacado por tiros e tiros de fuzis. E, o mais impressionante: a PM INVADIU A EMERGÊNCIA DO HOSPITAL SOUZA AGUIAR, TACANDO GÁS, SPRAY, BOMBAS EM MÉDICOS, PACIENTES E MANIFESTANTES QUE SE ABRIGARAM.
Não sei o que se resultou em outros lugares, mas a Comissão de Direitos Humanos da OAB conseguiu retirar os refugiados da IFCS depois de muuuuito diálogo com a polícia, e ninguém foi preso.
Vc não vai ver a Globo noticiar isso, claro q não, vão falar apenas nos "vândalos" q atacaram a Prefeitura, e todxs q lá estavam na hora sabem q eram P2 arrumando problemas.
Não sei se um golpe virá, mas certamente não estou otimista quanto aos próximos dias.
Oi lola, estive presente na manifestação do rio e tenho que discordar, não vi aqui nenhum mascu ou integralista nem gente com perfil de direita, talvez porque a direita do rio não seja tão forte, aqui o único fascismo foi da polícia, eu vi bandeiras vermelhas, sem partido, apenas vermelhas, que tremulavam sem nenhuma oposição eu não sei como está o clima em outros lugares, mas aqui, o único ódio é de quem foi perseguido pela pm de forma covarde.
ResponderExcluirBom, aqui na minha pequena cidade a manifestação rolou ontem. Nariz de palhaço, máscaras do V, e o PP NAS RUAS. Sem bandeira pelo que eu vi, mas postando foto no facebook com essa legenda (PP protestando). No mínimo assustador.
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirEu acho que movimento de qualquer coisa não funciona e vai continuar abrindo espaço não apenas para reaças, como também para bandido (descobriram um filão fantástico!). Duvido que vá haver um desenrolar extremista na Marcha das Vadias -- porque as pessoas ali sabem exatamente por que estão lutando. Não há espaço para se gritar outras coisas totalmente desvinculadas.
Que se organizem as causas e se separem em movimentos distintos e focados, é o que eu penso. Quero ver se um grupo solitário Fora Dilma Sapatão se reúne e ganha fôlego. Eu duvido.
Fascistas, Fascistas! Não passarão!!!
ResponderExcluirAcabo de voltar da passeata na Av. Paulista, convocada pela direção nacional do PT. Éramos não mais de 200 militantes.
Quando cheguei à concentração, na Av. Angélica, vi que talvez não conseguíssemos caminhar nem 100 metros... O ódio dos que estavam na Paulista e que ocupam as ruas há dias era total. Mas esse ódio não era direcionado apenas ao PT. Era contra qualquer bandeira, qualquer movimento social organizado. A CUT estava presente. O Movimento Passe Livre. E a UNE também.
Durante a passeata, várias bandeiras foram atacadas, rasgadas e queimadas sob gritos de "Fora PT, vai tomar no cu!", "o povo acordou", "oportunistas" e, last but not least, "mensaleiros"!!!
Desde o início, foi necessário formar um cordão humano para "proteger" o final da passeata. Às vezes, formava-se um cordão também na lateral.
Os ataques acompanharam toda a passeata. Fomos vaiados na maior parte do tempo (por milhares, milhares de manifestantes). O silêncio só veio quando cantamos um trecho do hino nacional. Também gritávamos: "Sem violência", "Democracia", "Vem pra rua, vem contra a tarifa", "olha que loucura, contra partido, parece ditadura" e "R$ 3 não dá, contra a tarifa, é passe livre já".
Durante o trajeto, tentaram invadir a passeata, ameaçaram, provocaram, partindo para a agressão, xingando o tempo todo. Foi tenso. Deu um medo danado.
Um dos gritos que se expandia com muita facilidade, espalhando-se pela Paulista, era: "O povo unido não precisa de partido". Enquanto gritavam, as pessoas, que ocupavam as laterais da avenida, colocavam os braços para cima, em gesto típico do nazismo/fascismo.
Seguimos até o Masp. Não sei nem dizer como conseguimos. Nessa hora, os gritos de "abaixa a bandeira" tornaram-se cada vez mais fortes. E os ataques também. Chutes e ameaças, de um grupo de "carecas" e fortões, que seguiu a passeata durante todo o trajeto, tornavam a cena totalmente assustadora.
Na altura da estação Trianon-Masp fomos cercados. A passeata tornou-se, praticamente, um cordão humano, de um lado e de outro. Começaram a jogar rojões em cima da gente e bolas de papel com fogo.
Nessa hora, correram avisos para que a gente guardasse as bandeiras. Eu, por exemplo, estava empunhando uma bandeira da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (acho que era isso) e desfilei o tempo todo enrolada numa bandeira do PT. Alguém pegou a bandeira da UEE e outro me avisou para tirar a bandeira do PT e guardar na mochila (para evitar linchamento e coisas do tipo, caso a passeata se dispersasse).
Para vocês terem uma ideia, eu estava compondo o segundo cordão no fim da passeata. Não foi nada fácil.
Nesse momento surgiu o grito: "Fascistas, Fascistas, Não Passarão!!".
O grito foi entoado em uníssono, com muita força. Embora o momento não fosse propício, cheguei a rir quando uma moça, que estava atrás de mim, soltou: "gente, não adianta gritar isso, eles não sabem o que é, vão achar que é só provocação e, ao que parece, somos minoria!!".
E éramos. Depois de alguns minutos, abaixamos as bandeiras, a passeata foi invadida. Dispersamos.
Voltei para casa, com a bandeira na mochila, pensando. Pensando muito. Lembrei do Allende.
(escrito em 20/06, por volta das 20h30, num apto na Peixoto Gomide).
em fortaleza:
ResponderExcluir"OPERAÇÃO EDUCAÇÃO 10
Dia 21/06 avisos:
-Usar roupas com as cores do Brasil.
-nada de agir com violência e vandalismo não queremos problema com a policia tanto que o Movimento é Pacifico.
haverá pessoas responsáveis para anotar o nome dos indivíduos que praticarem atos violentos e entregar a própria policia.
- o único Ato mais questionável será: SE levarem bandeiras de grupos políticos QUEIMEM! (Partidos políticos não nos representam)
-será entregue ao Governado uma carta na Quinta-feira com as nossas propostas de mudanças.
-dia 21/06 levem apitos a rua para chama mais atenção.
-levem também a Bandeira do Brasil, mascara do anonymous (quem quiser não é obrigado) e narizes de palhaços."
Pois é Lola, ao invés de aproveitar a maior passeata da história do país para levantar a bandeira do feminismo e fazer as suas reivindicações aparecerem, você preferiu sair da passeata porque ela estava sendo ruim para a imagem dos seus camaradas vermelhos.
ResponderExcluirOs direitos das mulheres não têm partido, eles são algo universal, você poderia defendê-los tranquilamente na passeata, creio que traria novas garotas ao movimento.
É o que eu sempre falo: Quando tem que escolher entre as mulheres e a Revolucion, a Lola fica com a segunda opção.
Direita e esquerda ? não obrigado, eu quero e ir para frente.
ResponderExcluirSEM PARTIDO.
Lola,
ResponderExcluirque bom que você mudou de opinião sobre esses protestos e deixou de ter o pé atrás.
me incomoda muito ver esse tanto de gente com agorafobia, criticando a falta de uma pauta e falando em golpe ou bobagem. Até parece que estão prontos para dizer "eu sabia... eu avisei...". Bom, ficar em cima do muro ajuda menos ainda né?
Não é que eu não acredite em esquerda ou direita, é só que eu não acho que o mundo se divida entre pessoas de esquerda e pessoas más, como você parece crer.
O, Lola
ResponderExcluire isso?
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/comissao-regulamenta-eleicao-indireta-de-presidente-da-republica/
:(
ô, lola, nunca postei nada aqui, só leio mesmo pra me inspirar.
ResponderExcluirmas tu tirasse as palavras da minha boca... cá na fortaleza "apavorada" (pff), tem um pessoal organizando protestos com esse tipo de pauta.
claro que na hora vai tanta gente, e gente com um pouco mais de noção.
mas é meio tosco o discurso desse povo.
num prescisa publicar, viu?
abraço,
joão
Lola, vc não parou pra pensar que pode existir outro golpe além do militar? Um golpe da direita religiosa? Acha isso impossível do modo que os evangelicos são maioria e tem praticamente controle do governo? Eu não duvido disso...
ResponderExcluirMais um texto perfeito. O problema é quem colocou a cara a tapa nas manifestações não vai quere admitir que foi levado pela modinha e tal. Vários estão caindo na real, mas será difícil admitir que fizeram uma grande movimentação e agora a maioria do país está com um gosto amargo de vergonha.
ResponderExcluirE hilário esquerdistas apelando para o "amor a patria" sabendo-se que a esquerda e baseada em MARX, e o marxismo prega entre outras coisas a anarquia e são apatridas por ideologia.
ResponderExcluirConta outra Dolores.
Lola, logo que o movimento começou a se espalhar pelo Brasil, divulguei bastante a ideia pela internet, escrevi textos informando o que estava acontecendo no país e como era bom que estivesse acontecendo uma marcha com tanta gente e por tantos lugares do país. Contudo, aos poucos fui percebendo exatamente as coisas que você citou, fui vendo o movimento ser distorcido e subvertido e quando a marcha da minha cidade, no interior da Bahia, foi anunciada eu já não tinha mais certeza se deveria ir. Pois bem, a marcha aconteceu ontem e eu estava lá, mas com um certo gosto ruim na boca que eu não conseguia explicar direito, mas ao ler seu texto entendi tudo que ontem era só uma sensação esquisita na minha cabeça. Espero que isso tudo não acabe num retrocesso. Beijos.
ResponderExcluirPuxa Lola, fico mais tranquila com sua opinião. Também acho que não há clima pra golpe, que não haveria apoio internacional, que a extrema direita não tem força... Mas não há como negar que a direita tem manobrado uma massa não politizada. Toda essa galera alienada que ficava de saco cheio com minhas postagens entrou num estado de delírio cívico. "Verás que um filho teu não foge à luta" é um verso muito forte, e o povo brasileiro é extremamente patriota. De repente se tornou um dever participar das manifestações. Começou a surgir uma rejeição à Copa pelos investimentos feitos nela, e o Pelé não é mais o suficiente pra animar a galera... Eu acho que essa confusão toda é o exemplo mais concreto do que pode acontecer quando uma massa alienada e apolítica resolve, sem nenhum embasamento teórico, cair nas ruas. O que mais me incomodou foi a ingenuidade política dessa gente. Chega um cara num evento do Face falando em mudar a Constituição, e um monte de gente apoia. :O Estava até conversando com um amigo sobre isso, e ele sugeriu que a esquerda tentasse se apoderar desses símbolos de nacionalismo: "Cantar a Internacional enrolado na bandeira do Brasil. O pessoal não sabe a diferença mesmo". Ele tem razão. Não sabe.
ResponderExcluirMuito bom texto. Gostaria de deixar um recado a todos...:
ResponderExcluirser apartidário não significa não ter opinião própria e não ser de esquerda. Me incomoda tanto ver fascistas tirando proveito das manifestações pra tocar o terror como petistas tirando proveito das manifestações para proteger a Dilma. Eu não quero que a Dilma saia do governo, porque isso não só não resolveria hoje nossos problemas como poderia inclusive piorá-los, mas eu não quero uma manifestação de nenhum partido. E ser apartidário não significa ser alienado.
Estive na passeata ontem em Joinville, e foi isso aí mesmo Lola. Muita gente que não sabe por que estava ali, repetindo besteiras que ouvem na Globo. Gritos contra Dilma, mas não ouvi uma única palavra contra prefeito Udo e principalmente governador Colombo. Por que será né?
ResponderExcluiros únicos que se arrogaram de "apartidários" são integrantes do "Passe Livre", que deixaram bem claro: "somos apartidários, não anti-partidários". Como a população se mostrou ANTI-partidária, quebrou a dialética esquerdista do movimento, que ontem mesmo veio a criticar a expulsão do PT nos protestos (obviamente porque NUNCA foram apartidários e sim mais um instrumento petista).
ResponderExcluiro problema não é "o PT" e sim o Foro de São Paulo e, por trás dele, os esquemas revolucionários internacionais? Vocês acham que dando um pé na bunda da Dilma vão resolver alguma coisa? O movimento comunista produz Dilmas com a facilidade de quem peida, e as joga fora sem a menor complacência quando chega o momento. Nossos conservadores e patriotas deveriam pensar não duas, mas mil vezes, antes de sair às ruas gritando slogans e engrossando um coro orquestrado por comunistas. Não digo que seja impossível transmutar o movimento, mas que é impossível fazê-lo sem uma liderança preparada. E bota "preparada" nisso. No Brasil não há um só político direitista que tenha a astúcia, a coragem e o preparo estratégico de um Pedro Pomar ou de um Rui Falcão.
ResponderExcluirNÃO SEREMOS UMA VENEZUELA... NÃO ACEITAREMOS O QUE ESTÃO FAZENDO COM O POVO VENEZUELANO...
ResponderExcluirNão vejo assim... os esquerdistas prometeram o paraíso ao povo e não entregaram... não há perspectiva de crescimento econômico das massas e isso devido a educação que não educa nada, imbeciliza, a saúde que mata e não cura, a segurança que prende mas as leis, que só favorecem bandidos, solta... o povo não quer ser mais enganado...
ResponderExcluirQuanto otimismo Lola, infelizmente não é o que está se desenhando....
ResponderExcluirMinha bandeira e verde e amarela, e não vermelha.
ResponderExcluirMeu partido Lola, e o meu pais.
Passar bem ¬¬
Esse ufanismo repentino não me convence. Pra mim, essas manifestações tornaram-se um Cansei em nível nacional. Reivindicações genéricas e ignorância política, só vejo isso.
ResponderExcluirSerá que não passa pela cabeça do MPL que a sociedade em si é essencialmente conservadora, e que não há nada de “direita” nos protestos?
ResponderExcluirPara mim, isso é coisa de moleque que brincou com fogo na rua e incendiou o quarteirão todo, e agora tá encagaçado do bicho pegar pro lado dele.
Rafael.
Lola, você resumiu claramente tudo aquilo que eu estou processando acerca das manifestações. Na minha cidade mesmo na manifestação que ocorreu ontem tinha uma galera que estava ali lutando por tudo e ao mesmo tempo vazia de algum tipo de ideologias. Não era a mesma juventude que ano passado foi as ruas lutar contra o aumento das passagens de ônibus, claro, os de ontem talvez nunca tenham se quer entrando em um a vida inteira. Sim, sou super a favor de que as pessoas se manifestem e lutem pelos seus objetivos, mas tendo plena consciência crítica do porque de estarem se manifestando. Como dizem por essas bandas de cá, tinha muita gente só querendo aparecer bem na foto pra postar no facebook.
ResponderExcluirLola, espero que seu lado Poliana esteja certo. Sei que agora, também, não será tão fácil para os reacionários. Eu mesma e muitos que não entraram para a luta armada na época, por medo ou por não concordar, não temos mais 21 anos para perder com ditadura.
ResponderExcluirO problema principal para as pessoas não quererem bandeiras de partidos é não gostar da cobiça dos políticos que querem pegar carona nas manifestações.
ResponderExcluirAs manifestações não são comício!
Além disso, eu vi em Porto Alegre bandeiras do PMDB, PDT, PC do B, PT, PP e PTB serem rechaçadas igualmente. Então não foi só a esquerda. Vc acha a ideologia de esquerda deve estar no movimento?Então leva uma bandeira que expresse isso em palavras e não siglas.
Lola, já tiraram o koo da reta: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/21/apos-hostilidade-a-partidos-e-pauta-conservadora-mpl-nao-convocara-mais-atos.htm
ResponderExcluirLola: #o_Gigante_Acordou
ResponderExcluirMuito boa e lúcida análise, vou compartilhar. abraço, vera
ResponderExcluirEssa infiltração de grupos reacionários perigosos como os skinheads são cada vez mais relatados, realmente esse perigo de um grupo fascista cooptar o movimento esta no horizonte. Mas ainda acho que são minoria. E isso me faz questionar, até que ponto essa revolta contra os partidos de esquerda não é apenas um reflexo contra o partido da presidenta? Querendo ou não é o partido que esta a frente do país nos últimos dez anos, parece natural focar todo esse sentimento de insatisfação contra ele. Se fosse outro partido no poder, seria outra bandeira a ser mordida, rasgada e queimada eu acho. Que bandeira do PSDB e do DEM nunca veremos em manifestação popular nós sabemos bem o porque. Mas aqui na minha cidade pelo menos, o coro era baixar qualquer bandeira de partido, é um desgosto universal por todos eles. É um sentimento perigoso eu sei, até meio ignorante, mas essa grande maioria que saiu as ruas nos últimos dias esta sendo movida principalmente por esse sentimento de frustração "contra tudo".
ResponderExcluirLola, as pessoas estão repetindo frases de efeito, sem nenhuma reflexão prévia. Um monte de papagaio de facebook.
ResponderExcluirEu luto desde a graduação pelo movimento LGBT e atualmente exerço minha militância do dia a dia, como trabalhadora do SUAS (Sistema Único de Assistência Social).
Pra mim, ter que assistir tanta gente falando contra o governo do PT é dolorido. Foi neste governo que foi criado o plano Brasil sem Homofobia e o SUAS. As pessoas estão com um discurso tão vazio e estou ficando deprimida. Eu não votei no PT nas eleições municipais, votei no PSTU. O PT está desgastado? Também acho. Mas o que eu vejo é uma "classe média" emergente que é contra redistribuição de renda, por exemplo, cuspir no prato em que comeu. Estou preocupada de verdade.
Ragusa
Lola, vc diz que o MPL abandonou os protestos pq estavam querendo dar ares fascistas ao movimento. Mas não foi isso que os integrantes disseram. O professor Lucas Monteiro, integrante do MPL, o movimento “não abandonou” os protestos. "A gente saiu porque a manifestação cumpriu com a obrigação dela, que era de comemorar a redução da tarifa."
ResponderExcluirE ainda, em nota o MPL afirmou que "desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos". E agora?? E por que vc disse que eles abandonaram sem nem eles mesmo disseram isso? Não entendi
Hm... Esquerdistas e Integralistas marchando no mesmo mvoimento... Por que nao estou surpreso com isso? Se você ver, por exemplo, o Programa Econômico do Integralismo, você vai ver que o programa econômico deles não é diferente do programa econômico de partidos de (extrema)esquerda como o PSOL.
ResponderExcluirLudwig von Mises, que foi perseguido pelo nazismo, mostrou como os fascistas e os socialistas são iguais, não só na maneira de agir, como também na ideologia política (a política econômica do Hitler na Alemanha era muito parecida com a política econômica do Stálin na URSS).
Então, ver comunistas e fascistas no mesmo movimento, não me surpreende. São pessoas com a mesma mentalidade autoritária se unindo para destruir o pouco que resta da nossa civilização e implantar o totalitarismo de vez.
Lola, você fez igual pastor em igreja hoje (hahaha) - escreveu pra mim. A manifestação estava marcada pras 17h com concentração na Praça sete aqui em BH. Muito na dúvida se eu ia ou não, sai do trabalho e fui, confesso que na esperança de ver coisa melhor. Um dia antes, já havia ficado decepcionadíssima com um monte de coisa, mas decidi ir assim mesmo. Um monte de coisa pairava na minha cabeça. Um dia antes, na própria Praça Sete, peguei o fim do movimento. Ouvi um monte de besteira e um monte de gritos que eu respirei fundo e contei até cinquenta. Dentre eles estavam: “Ô Dilma, vai se fuder, não tenho culpa se ninguém quer te comer!”. Vamos lá. Fui embora questionando um bocado de coisa. Pensei em nem voltar. Mas pensei tbém que assim como eu, outras pessoas com o mesmo ideal tbém estavam nas ruas. Fui ontem. Cheguei na concentração e aquele fuzuê de gente. Aquelas caras pintadas (de verde e amarelo) e um monte de bandeira do Brasil pra lá e pra cá me deu uma entristecida. Iniciou-se a marcha. De cara, começa uma discussão entre um grupo extremista que queria agredir o pessoal do PSTU que estavam com bandeiras levantadas. Me enfiei na confusão pedindo calma pro pessoal, dizendo: -para galera, o foco não é esse, ser apartidário não é ser contrapartido! A confusão se dispersou. Nenhum grito de guerra emplacava. Cada grupinho tentando puxar o seu (e surgia cada coisa que só deus! Tio Rei ia adorar!). Nem o celebre [SQN], Ei Dilma, vai toma no cú! pegava. Tentei puxar: “você aí parado, tbém é explorado!”. Tadinha de mim. Gritei com mais quatro ou cinco até sermos abafados pelos gritos de: "sem partido! sem partido!". Canseira. Continuei. Nessa altura eu já estava quase indo embora, não via muito sentido naquilo tudo. Perguntava-me se valia a pena mesmo tanta gente na rua pra nada. Por outro lado, me perguntava se não seria apenas uma questão de não desistir dessa galera que às vezes não sabe se expressar bem. Não sei. A verdade é que hoje não vou as ruas. Sábado pretendo ir. Mas se continuar como esta, não irei mais. Pra mim, muito barulho com carroça vazia, não serve.
ResponderExcluirtem algo muito podre aí...a indignação é sim direcionada a um governo de anos no poder e que pouco mudou...muito corrupção e ninguém sabia de nada...e agora ninguém se pronuncia...não está na hora da Dilma fazer ou falar algo mais concreto? e o Lulla onde está?o Lullinha etc?
ResponderExcluirGente, me respondam, eu quero é entender. Tenho ido as ruas e tem uma coisa que eu não entendo, porque vcs dizem que cantar coisas como: 'sou brasileiro com mto orgulho, com mto amor' é coisa de facista? Eu não posso gostar de ser brasileira? E porque não posso cantar o hino? E porque não usar verde e amarelo? Eu qro mesmo é entender. Só porque anseio por mudanças não posso gostar do meu hino? Nem das cores do meu país? Me expliquem, de verdade, eu não entendo. :/
ResponderExcluirLolinha, eu estava numa manifestação com o pessoal, ontem, aqui em Curitiba...
ResponderExcluirDo nada, as únicas pessoas que estavam cantando e gritando pelo passe livre eram uns duzentos gatos pingados, que resolveram marchar sozinhos porque a grande massa não queria ficar perto de ninguém vestido de vermelho. Socialistas das mais diversas vertentes, povo do movimento estudantil, anarcosindicalistas, gente com partido e sem partido, toda a esquerda - expulsos.
Depois que os de vermelho saíram, a multidão verdeamarela que ficou esqueceu da pauta dos transportes, ficou tudo na base do "Fora Dilma", "Fora todo mundo", "Eu não gosto das coisas que eu não gosto", etc.
Uma menina que encontrei disse que, por estar usando uma capa de chuva cor de rosa - que molhada ficou vermelha - ela quase foi agredida.
Nenhum partido levou bandeira, a galera paranóica simplesmente achou que vermelho era petista, inimigo, e acabou. Aliás, tem muita gente desinformada DENTRO da multidão que acha que o vandalismo e a violência é promovida por "espiões petistas" (!!!!!)
Todo o povo simples que eu encontrei jura que é um movimento pelo Impeachment da Dilma. Por quais motivos? Ninguém sabe. Nem eu sei.
Eu fico muito triste com isso tudo. Eu queria ir à passeata de hoje, mas meus colegas do movimento simplesmente disseram para não ir, que o negócio virou de lado definitivamente, não dá pra ir nem pra incomodar e perturbar os conservadores. Vai ter que deixar eles sozinhos com a rua toda pra eles.
Concordo que não há porque fazer um golpe nesse momento, só não acho que de maneira alguma temos que ter medo de uma investida fascista em algum desses atos, vamos juntos em bloco levantar nossas bandeiras, seja ela vermelha, preta, roxa ou colorida e fazer uma nova revoada das galinhas verdes aqui em São Paulo!
ResponderExcluirSimples Lola, voce e todos nos temos que aceitar que nao podemos querer impor nossa opiniao aos outros, é necessario dialogar com quem pensa diferente de voce (certamente não todos), talvez muita coisa se escolareça. Peço-lhe que nao coloques panos quentes e nos juntemos todos pelo problemas mais obvios desse país e aos poucos vamos resolvendo outros problemas, sempre com dialogo e nao tewntando impor como voce faz.
ResponderExcluirLola, oq ue talvez você não perceba é que não seria necessariamente um golpe militar aos moldes de 64, mas aquilo que hoje chama de "golpe branco", com aconteceu em Honduras e, mais recentemente, no Paraguai. Nossa direita ressentida tem sim, ainda, muito fôlego e uma fatia considerável da mídia venal a seu favor.
ResponderExcluirTemos muitos "progressistas de ocasião", dentro e fora do governo, só esperando o fracasso do governo para poderem assumir o poder.
E temos um governo que adotou o mutismo como arma. Não houve qualquer manifestação mais firme por parte do governo federal em relação ao golpe midiático que se desenha com cores cada vez mais fortes. Dilma continua em seu silêncio, em sua apatia política - como se fosse possível administrar o país sem fazer Política, com "P" maiúsculo.
A posição da esquerda em geral parece ser a de quem foi pego de surpresa e ainda não sabe como reagir. Está vendo o rumo que as manifestações está tomando ao ser absorvida pela direita, mas não reage.
A cara fascista que as manifestações estão tomando me assusta, sim e acho que a ameaça de golpe branco é "real e imediata".
Bjs.
Na Avenida Paulista só vi gente tonta defendendo absurdos ou papagaiando as pautas da mídia. Gente que não sabe nem a diferença entre os 3 poderes.
ResponderExcluirMas há golpe a caminho na minha opinião sim. Só não é militar, exatemante pelas razões que vc citou. Nos outros países da América Latina ele veio do judiciário, e já tem gif na internet com o Joaquim Barbosa como presidente...
Ângela
Anne Sarah:
ResponderExcluirEm princípio, estética e poeticamente, não há nada errado com seu gosto por verde-amarelo. É que historicamente o apelo a valores e símbolos patrióticos descambaram do esvaziamento e despolitização de movimentos sociais ao flerte com o anzi-fascismo.
Não vejo risco IMEDIATO de golpe, mas vejo sintomas preocupantes de wishful thinking no seu texto:
ResponderExcluir"O clima é muito diferente ao de 64, quando os conservadores achavam que estavam derrubando o comunismo"
E nesse aspecto, a diferença em relação a hoje é qual, exatamente? Os conservadores continuam achando que é preciso derrubar o comunismo, mesmo se o governo Dilma não é mais "comunista" que o de Jango.
"Os fascistas não são tantos assim. São suficientes para eleger deputados federais e até senadores, mas nunca alguém pra qualquer cargo no Executivo. Nunca elegeriam seu sonho em forma de candidato, Bolsonaro Presidente, e eles sabem disso"
Por isso mesmo, a opção deles seria o golpe. O risco não é Bolsonaro ser eleito presidente democraticamente, mas um Bolsonaro tomar o poder com apoio da mídia e dos militares.
"Os militares não vão se intrometer. Até porque um golpe militar não teria o menor suporte diplomático internacional, e nem nacional."
Isso é ilusão. Tivemos golpes bem-sucedidos em Honduras e no Paraguai e ambos foram respaldados pelos EUA. E foi por pouco que golpes semelhantes foram evitados na Venezuela e na Bolívia. Internamente, há também quem apoiaria o golpe. Não são maioria - em geral não são - mas, mais uma vez, estamos falando do risco de a direita vencer na marra, não de ganhar pelo voto.
Isto posto, não defendo desistir de fazer manifestações ou de criticar o governo. Isso é necessário e sempre será. Também não vejo neste momento, articulação golpista.
Mas eu não sei o que está realmente na cabeça dos militares da ativa. Nada impede que um golpe comece a ser articulado agora. Não podemos ser ingênuos a ponto de pensar que um golpe é por definição, impossível. Fazei o bem, mas olhai a quem. Ou: protestemos, mas consideremos bem quem queremos ao nosso lado no protesto. Protestos genéricos, sem metas definidas, degeneram facilmente em "vamos derrubar o governo e acabar com os políticos", o que só é bom para os golpistas.
Espero de todo coração, que você esteja certa, Lola. Por menos que eu concorde com você em outros assuntos, este é um em que eu espero que sua visão seja a acertada.
ResponderExcluirPorque as coisas parecem star tomando um rumo muito sombrio e não vou negar, estou bastante assustado com a possibilidade de um eventual golpe.
oficializaram hoje o Partido Militar Brasileiro e vão convidar Joaquim Barbosa para candidatar-se a presidente. e agora? se ele aceitar?
ResponderExcluirEntão Lola, tenho participado das manifestações aqui em Fortaleza, e nessa de ontem achei que houve mais foco, voltando-se para o passe livre e carteirinhas estudantis(inclusive achei maravilhoso que vários alunos fardados de diversos colégios, publicos e particulares daqui tenham participado,já que é algo diretamente ligado à eles), e acho que a de hoje também terá um enfoque no ato médico.
ResponderExcluirNão sou a pessoa mais politizada do mundo, especialmente quando se trata de assuntos mais burocráticos, mas eu não consigo entender o porque dessa oposição a bandeiras de partido. Ontem presenciei uma discussão entre um dos organizadores do protesto e uns rapazes que estavam vestidos de índio segurando uma bandeira do DCE da UFC.Esse organizador foi super chato, meio grosso, e os rapazes muito calmamente tentaram explicar o que tinham vindo fazer lá (protestar como todo mundo, até onde eu sei).Tinha algum grupo feminista com bandeira lá na frente e também estavam reclamando a respeito disso e eu simplesmente não entendi o porque!Todo mundo não é cidadão?Não temos TODOS o direito de protestar?Eles são os donos da rua para selecionar quem pode ou não fazer manifestação?
O que realmente me preocupa é esse povo querendo impeachment da Dilma e fora PT, pq pra mim ruim com o PT ainda é infinitamente melhor do que ser governado por um partido de direita. Todo mundo lembra de o quanto era tenso para a classe média e pobre na época do FHC!Até eu lembro, e era criança na época!
Enfim, tirando os poucos vândalos que resolveram jogar coquetel molotov na polícia, por parte dos manifestantes não houve violência. Mas na Assembléia o clima ficou bastante tenso. Vi muita gente sendo presa, machucada, um menino teve convulsão, uma bala de borracha ricocheteou e me acertou na clavícula, e o gás lacrimogêneo que tive a impressão de ter sido pior que no Castelão.
Não irei na de hoje, embora seja contra o ato médico, porque estou acabada e quero poupar minha energia para o ato contra o estatuto.
E Lola, não queria te perturbar a respeito disso, sei que você é uma pessoa ocupada e tudo, mas procurei no facebook e não encontrei nada a respeito do protesto contra o estatuto.Será amanhã mesmo?Se sim,qual o horário e local?
Obrigada!
Patricia, pois é, é como eu falei: creio que as manifestacoes foram tomadas por fascistas em alguns lugares, mas nao em todos. Aqui em Fortaleza acredito que os protestos ainda estejam nas maos da esquerda.
ResponderExcluirO ato contra o Ato do Nascituro foi adiado pro outro sabado, dia 28/6. Vamos realizar um debate na proxima sexta tambem, na UFC. Durante a semana darei mais informacoes.
Tá, eu fiz o teste da Veja e deu que sou Liberal de Esquerda...isso só pode significar que minhas posições políticas ainda são confusas, hahaha.
ResponderExcluirLola, você podia citar como ponto positivo nesses protestos uma união dos brasileiros, ao menos isso bota medo no projeto de eleição por lista fechada dos partidos políticos.
Sempre pertinentes e muito bem colocados os seus comentários, Lola! Gosto de ler seu blog porque sei que vou encontrar uma opinião sensata e bem fundamentada, ainda que não concorde todas as vezes contigo, é sempre válido ouvir os bons argumentos contrários. Infelizmente o que tenho a lhe dizer é uma correção sobre uma informação em seu texto: já temos a segunda morte em decorrência da violência policial sim. Sou de Belém do Pará e ontem, dia 20/06, a polícia atirou bombas de efeito moral dentro de um prédio público que abrigava manifestantes que fugiam da confusão. Uma mulher, gari, que trabalhava no local, sofria problemas cardíacos e saiu de lá dentro de uma ambulância. Teve várias complicações e morreu hoje de manhã. Isso a mídia paraense e brasileira não irá divulgar, mas gostaria que você fizesse isso, para que apurassem e não deixassem que a morte dessa trabalhadora passe impune. Obrigada!
ResponderExcluirObrigada,Lola!=**
ResponderExcluirPoxa, Lolinha, você tem muito mais anos de vida e experiência que eu, de engajamento político e afins, mas eu tenho que discordar de algumas das suas opiniões. Você falou que só quem é de direita afirma que "não existe esquerda e direita", e eu me considero de esquerda e digo isso também. Por desencargo de consciência, fiz o testezinho que vc colocou o link e meu resultado foi "liberal de esquerda". Aí no final vc mesma menciona que o governo da Dilma agrada e muito aos conservadores. Como agradaria a eles se o governo PT fosse liberal e de esquerda? Talvez exista sim esquerda e direita, mas não sei acho que a esquerda está mais nas ruas, no povo, que nos partidos. Talvez existam partidos de esquerda, mas o PT certamente não é mais um deles. Eu não vejo como um partido que agrade tanto aos conservadores e aos "patrões" do país ser de esquerda, acho que o PT simplesmente conseguiu ser muito mais esperto que os demais: deu aos pobres pra que se contentem, e deu mais ainda aos ricos para que o apoiem...
ResponderExcluirLola, sou seu fã, desde sempre. Só acredito em golpe se a Rússia resolver apoiar, porque os EEUU estão preocupados em fuder o Brasil na economia. Lindo texto!
ResponderExcluirEstive ontem na Manifestação de São Paulo.
ResponderExcluirNão milito por nenhum partido, assim como não faço parte de nenhum movimento organizado. Apenas tenho um pensamento que tende para a esquerda e contra o nacionalismo e resolvi por isso participar do ato ao lado dos grupos de esquerda. Estava próxima aos estudantes do Juntos e da Ler-QI, nenhuma bandeira de partido no meio, porém andavamos com o pessoal do Psol, PCO, PSTU e até PT.
Só posso dizer que reafirmo tudo o que o XAD disse em seu comentário, além de dizer que, não era caso de um grupo nacionalista/fascista agindo, era o POVO contra toda a minoria da esquerda.
O povo tomou o discurso pra si e em cada lata de cerveja que tomei na cabeça, pelo fato de estar ao lado deles lutando, senti ódio vindo em minha direção.
Não creio que de fato caminhamos para um golpe, mas sinceramente algo muito triste e amedrontador está acontecendo.
Tive medo de morrer, vi militantes e independentes chorando, pois o sentimento de "esse movimento era nosso, era de todos e agora estamos sendo expulsos com violência..." doía e ainda dói.
Lol, gosto muito do seu blog, de suas opiniões.
ResponderExcluirO texto acima também é ótimo, e me identifico demais com ele. Contudo, em alguns aspectos, acho que você contribui para uma certa visão errada de certas coisas, como por exemplo, o lance da não necessidade de partidos.
Sou simpatizante do anarquismo (não digo que sou anarquista porque acho estranho você se intitular dessa forma, mas há quem o faça). Pra mim, uma democracia ideal seria aquela em que não se precisa de representantes, mas que o povo se ocupasse em votar as decisões, diretamente. Hoje temos tecnologia para isso, temos meios de fazer grandes votações em pequenos espaços de tempo, como dois ou três meses. Temos mídia de sobra para expor situações e coloca-las à apreciação pública. Logo, os partidos podem deixar de ser tão necessários assim, desde que o povo tenha uma forma de conversar diretamente com os administradores do país (através de votos, referendos, etc.).
A ideia que se passa de quem não quer partidos é que somos fascistas que querem dissolver as associações, os grêmios, para que o pov não tenha representação, quando na verdade, há uma parcela de gente descontente com os partidos que são como eu. E estas pessoas conseguem enxergar que os partidos não fazem nada, principalmente no Brasil, onde a oposição só é oposição, na maioria das vezes, enquanto a situação não oferece algo que lhes interessa.
Não quero golpe, não quero dissolução de Congresso, só quero Poder do Povo e para o Povo.
Se baseado no que a esquerda é, eu seria de esquerda mas não nesse país. Eu sou ultra mega a favor dos direitos sociais, de melhorias para a minoria e não de aumentar o lucro dos ricos MAS esse não é o governo de esquerda que temos!! Não sei como isso é dificil de ver. Dilma e Lula são apaixonados pelo poder, não dão bolsa família pq querem melhorar a condição de vida de ninguém e sim pq querem alienar aquele povo a ficar dependente do partido que lhe dá uma esmola diaria. Eu concordaria com o bolsa família SE no meio tempo se investisse em educação,saúde e outros para que um dia não se precise mais de bolsa família. Isso me lembra uma reportagem de uma mulher reclamando do bolsa família ou sei-la que bolsa era pq uma ''calça pra adolescente custa uns 300 reais'' e me lembra também o discurso do Lula antes de tomar o poder justamente CONTRA essa alienação que só visa manter votos para o partido no poder. Não quero PSDB no poder mas também não quero PT.
ResponderExcluirLola eu pessoalmente não creio que um golpe esteja em vias de porém acho que um tico de paranóia é necessária pra gente se manter alerta. Fico com orelhas em pé quando no meio do protesto ouço porcarias como impeachment, intervenção militar e afins. Acho que precisamos manter vigília :)
ResponderExcluirQuanto aos menores partidos, não acho que eles deveriam ser expulsos. Só não quero os que estão no poder agora la pq como alguém disse:''O problema principal para as pessoas não quererem bandeiras de partidos é não gostar da cobiça dos políticos que querem pegar carona nas manifestações.''
ResponderExcluirNem todo golpe é militar, pense nisso Lola.
ResponderExcluirLola, não tá na hora de fazer a moderação de comentários funcionar? Uma coisa é opinião de gente perplexa, ou até mesmo de direita; mas clone que não tem nada melhor a dizer do que "o problema é o foro de São Paulo" ou "Marx pregava a anarquia"? Pra que dar pedal pra esses "fashos"?
ResponderExcluirFã de Persepolis, nessa confusão toda me deu medo de acontecer o mesmo que aconteceu no Irã: a tomada do poder de forma supostamente democrática pelos fanáticos religiosos. Espero estar errada.
ResponderExcluirLola, também não acredito em um golpe, mas olha só o que eu achei: http://www.facebook.com/GolpeMilitar2014
ResponderExcluirIsso assusta, sabe? Pode ser porque eu seja ingênua, não sei, mas assusta, principalmente pela quantidade de curtidas da página
Desculpa, eu fiquei confuso com o seguinte: "Os fascistas não são tantos assim. São suficientes para eleger deputados federais e até senadores, mas nunca alguém pra qualquer cargo no Executivo". Gente, e grande maioria dos governos estaduais hoje é o quê?
ResponderExcluirOlha, Lola, estava falando justamente sobre isso com meu marido hoje pela manhã, que não há suporte para um golpe militar, que a conjuntura é outra, que não haveria apoio internacional. Agora quanto ao amor da mídia pelos protestos, o que eu vejo é que se os veículos de comunicação tomam partido contrário aos manifestantes, ela será execrada neste momento, então a estratégia é escolher qual imagem vender dos protestos. Ontem assisti por umas duas horas a cobertura da Globo News dos protestos. Entre tantos protestos pacíficos, como em Goiânia e Uberlândia, praticamente a ênfase dada foi na cobertura dos atos onde houve violência. A manifestação em Brasília só apareceu no noticiário quando resolveram invadir o Itamaraty. Ao reforçar todo o tempo a violência, ainda que não tenha sido a tônica geral dos protestos, qual interesse há por detrás? Outra coisa que não tem me agradado, vejo muitos amigos meus do PT que querem desacreditar o movimento, como se houvesse um monopólio de protestos e manifestações e que só pudesse ser explorado pelo PT. Quando vejo algumas pessoas criticando e chamando de vândalos os manifestantes, e conhecendo do passado destas pessoas, eu muitas vezes pergunto: como que chamavam os vândalos quando você era um deles?
ResponderExcluirHoje o PT, quer queiramos quer não, tornou-se elite e usará do que estiver disponível para manter-se assim, inclusive da mídia. Há muito o PT vem deixando de ser um partido de esquerda e caminha rumo ao centro. Para mim a expulsão da Heloísa Helena, a reforma da previdência, a saída da Marina Silva mostram bem visivelmente que o PT já não é um partido de esquerda. O Lula de 2002 já não era o Lula de 89.
Mikhail Bakunin talvez consiga definir estas manifestações que os vermelhos não coseguem entender...
ResponderExcluir"Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada.
Esta minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários.
Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo.
Quem duvida disso não conhece a natureza humana."
Eu: Quando o povo (massa popular)descobriu esta verdade acima, veio a decepção...
A luta passou a ser...
"Anarquismo ou liberdade é a meta, enquanto o estado e a ditadura é o meio, então logo, com o objetivo de libertar as massas, elas devem antes serem escravizadas"
Daí a grande possibilidade de uma "grande comoção popular" com qualquer possível consequência...
E até, lá... "Hasta la vista, baby"
Abração e parabéns pela mensagem, concordando ou não...
Outra coisa, também considero perigoso permitir que a direita se aproprie das manifestações e deturpe o sentido original dos manifestos e utilize isso para respaldar seus interesses. Também não consigo bem entender a expulsão de manifestantes de partidos políticos das manifestações, considerando que o nosso sistema eleitoral exige a organização em partidos políticos, dessa forma os partidos tornam-se vitais para que ocorram mudanças.
ResponderExcluirPara mim algo que simboliza o tanto que o PT se distanciou de seus antigos ideais é permitir a aberração do Feliciano ocupar a presidência da Comissão de Direitos Humanos. O PT abriu mão da presidência da comissão para ocupar outras, ditas mais importantes.
Quando os militantes da esquerda se recusam a participar, eles não podem reclamar que as manifestações se tornam de direita.
ResponderExcluirAs pessoas que se gabam de ter consciência política deviam passar menos tempo xingando muito na internet comendo milhopan e mais tempo nas ruas distribuindo essa politização.
Os trolls foram para as ruas!
ResponderExcluirQuanto a agressão às bandeiras partidárias(que eu nem defendo nem condeno).
ResponderExcluirGente, as pessoas estão putas com a situação política do país. E uma boa parte da população não sabe diferenciar partido de representante político. Nosso sistema político é corrupto, e a corrupção atinge os políticos de todos ou quase todos os partidos, e por mais que os militantes desses partidos não podem ser acusado do mesmo, a liderança de todos esses partidos foram coniventes com o atual estado esquisito no qual se encontra a nossa situação governamental... E não falo isso da Dilma, falo de toda a nossa estrutura política formal.
Quando um movimento partidário se junta as manifestações, as pessoas não estão vendo partidos de esquerda (pq os de direita nem cogitaram participar diretamente), mas "políticos ladrões" de todos os partidos.
E eu consigo entender pq os partidos acostumados a ir pra rua estranham isso, afinal, eles sempre foram pra rua, eles sempre estiveram do lado dos movimentos progressistas... Mas pra esse povo que tá agora na rua, quando esses partidos chegam, o que é entendido é "lá vem os paus mandados do político ladrão querendo se aproveitar da minha revolta pra se eleger ano que vem". E dependendo do partido, eu nem duvido que isso realmente possa acontecer. \o\
Quer levar pensamentos de esquerda pra rua sem ser linchado? Atualmente, a forma mais efetiva nesse momento agressivo é levar em palavras, não em bandeiras.
Eu não acredito em golpe. Eu não acredito que fascistas conseguirão um bom pedaço disto. Eu ainda acredito no mínimo de noção dos brasileiros.
ResponderExcluirPara mim, a resposta está no próprio povo. Caso se juntassem para manter a ordem, nada disso estaria acontecendo.
O que vejo é pessoas apartidárias, como eu, que julgam inadequado uma bandeira que prega uma ideologia em si em meio à nossas manifestações. É hora das pessoas chegarem a um consenso e decidirem o que representa a todos. Brasileiros, somos muitos, uma mistura muito grande, mas qual é o bem comum que buscamos? Com certeza a bandeira de um partido não simbolizará isso.
Que o povo faça por onde.
Que esses partidos parem de nos chamar de fascistas.
Primeiro lutamos por um bem comum e, quando resolvido isso, os partidos podem dar as caras para concluir seu trabalho.
Apartidarismo não é antipartidarismo.
eu acho, exatamente, que o nosso maior problema agora é sair da rua sem ser espancado. tá foda. e a sua visãi de "pollyana deslumbrada" (rs) me deu um pouco de alívio.
ResponderExcluirUm Golpe não precisa nem ser militar, nem ser violento. Vide Globo X Eleições de 89.
ResponderExcluirhttp://www.bemparana.com.br/noticia/262136/partido-militar-anuncia-que-ira-convidar-joaquim-barbosa-para-ser-candidato-a-presidencia
ResponderExcluirVish...
Achei esse teste da Veja tendencioso pra caramba. O meu resultado foi "direta-liberal" (aquele bonequinho no gráfico tava bem no meio entre esquerda e direita) e eu nem sei o que isso significa, na verdade, mas eu nao me considero de direita e compartilho de vários ideais da esquerda. Achei esse teste uma bosta.
ResponderExcluirQuanto a golpe, vou ficar bem atenta a qualquer indicio de golpe, seja militar, seja religioso, seja comunista. Em qualquer um dos casos é uma afronta a democracia e eu nao quero viver num país onde eu nao tenho o direito de votar nos líderes que eu quero. Ainda acho que a pior hipótese seria um golpe da direta cristã e isso eu temo de verdade.
Hoje já recebi e-mail mostrando como os ex-presidentes militares morreram pobres, como se isso fosse indício de que não houve corrupção. Acho muito perigoso esse tipo de mensagem circulando por e-mail e por redes sociais.
Muito boa análise!
ResponderExcluirMas uma possibilidade que talvez você não tenha considerado é não um golpe militar como o de 1964, mas a aquisição de contingente eleitoral para o recém-fundado Partido Militar Brasileiro, que, segundo o site deles, vem comparecendo às manifestações. Há um tempo, um mês ou dois atrás, convidaram o Ministro do STF Joaquim Barbosa para pré-candidato a presidente; não sei se ele recusou ou se só não respondeu, mas é um nome sobre o qual tem aparecido bastante apoio. Se os conservadores se juntarem aos ultraconservadores com um nome de peso, com bastante mais possibilidade que o Jair Bolsonaro, estaremos bem mal na fita.
Olá, gostaria apenas de dizer que ESPERO SINCERAMENTE que você esteja certa. Não quero criar discussões, mas eu simplesmente não posso deixar minha paranoia de lado. Pode não serem os militares, mas talvez algum outro assuma o poder "demoniocraticamente".
ResponderExcluirE eu gostaria de aproveitar o momento e dizer que eu mandei um email de suporte para a presidenta. Sim, ela teve sua cota de erros assim como tantos os outros, mas por via das dúvidas, antes ela do mais um Collor ou bicho pior.
Portanto, para vocês que se interessarem deixo aqui o link para contato.
https://sistema.planalto.gov.br/falepr2/index.php
Digo isso porque acredito que quanto mais gente se manifestar dessa forma, melhor.
Acredito num Brasil melhor, acredito num mundo melhor, acredito numa revolução. Mas antes de revolucionarmos, precisamos evoluir, estar ciente do que queremos e nos conscientizar, principalmente politicamente!
Obrigado e abraços.
Lola, suas palavras estão irretocáveis, não há o que acrescentar.
ResponderExcluirPara o anonimo que disse que entre esquerda e direita quer ir para frente sem partido, ok, você pode "ir para a frente" sem partido, mas não sem um ideal, como estão ocorrendo essas marchas a partir de um certo momento.
De uma vez por todas: esquerda e direita são ideais, e não partidos!!! De acordo com o modo em que você se posiciona, sobretudo em questões políticas, sociais e econômicas, você estará fazendo uma opção por um dos dois ideais, você queira isso ou não.
Ah, esqueci de falar a respeito do golpe: também não acredito em golpe no estilo de 1964, mas temos vários motivos para acreditar um algum golpe que possa vir revestido de aparência democrática. Essa história de Partido Militar (meo deos, como pode isso!), Joaquim Barbosa (em quem eu não confiaria jamais), e psdb e dem tomando as dores da "pobre população massacrada pelos petralhas" (e consequentemente por todos de tendencia esquerdista), com a midia fazendo sua famosa lavagem cerebral... acho que o povo cai direitinho nessa, achando que está no lucro, e só com o tempo perceberão a grande merda que fizeram...
ResponderExcluirAgora perto da minha rua está tendo manifestação, algumas pessoas posando para fotos, alguns (estudantes principalmente) estão com cartazes sobre o preço das passagens. Muita gente só "curtindo" a passeata como se fosse carnaval, gritando o lema da moda "VemPraRua".
ResponderExcluirNão tenho nem nunca tive empolgação para participar de passeata de tom generalista justamente pela facilidade de descambar para o conservadorismo. Quando são pautas específicas eu considero ir, e mesmo assim olhe lá. Mas quando eu comentei isso com conhecidos, fui taxada de exagerada, pois é, agora tá assim, como se fosse realmente alguma grande surpresa. Não é, é previsível. Transformar o povo em massa de manobra é fácil. Enquanto o povo não acordar para isso, nada vai mudar, a ignorância vai manter tudo no mesmo lugar, sem nenhum grande esforço. Alguns já estão sentindo a ressaca.
Depois as próprias pessoas que participaram ficam sem entender direito o que se passou e correm para a TV pra ver a explicação que a mídia tradicional vai dar. Já é receita de bolo, não é a toa que está recebendo cobertura das grandes redes. Aí o entretenimento superficial e as dificuldades do dia-a-dia cuidam de manter as pessoas no limbo novamente.
Até queria entrar nesse oba-oba, mas não dá. A vida política exige sermos específicos, detalhistas, atentos. Mas quem sabe alguns vão usar esse momento para se informarem mais sobre o que está acontecendo no cenário político-econômico nacional e internacional. É o meu lado esperançoso.
Tá acontecendo agora a mesma coisa que aconteceu em Honduras e no Paraguai. A gente não pode simplesmente achar que não tem chance de acontecer um golpe, não militar, mas através das vias jurídicas, e cruzar os braços e ficar achando que está tudo bem.
ResponderExcluirE mais uma coisa, pras feministas reacinhas. O feminismo é parte do pensamento de esquerda e o direito das mulheres está em toda pauta de esquerda. Pode ter certeza que ficar marchando ao lado de integralista não via te garantir direito nenhum.
http://www.bemparana.com.br/noticia/262136/partido-militar-anuncia-que-ira-convidar-joaquim-barbosa-para-ser-candidato-a-presidencia
ResponderExcluirEu também não acredito que aconteceria um golpe. Mas que eles estão se aproveitando do momento, com certeza!
Aqui tem uma boa fonte de informações sobre como a mídia e a burguesia nacional tá planejando esse golpe na surdina, sem tanques e fuzis, não precisa mais disso pra derrubar uma presidenta eleita democraticamente hoje em dia, não precisa nem desrespeitar a constituição: https://www.facebook.com/UnidosContraOGolpe2013
ResponderExcluirEles tem como impor hegemonia neo-liberal. Estão planejando isso desde que vários partidos de esquerda começaram a ser eleitos na América Latina. A gente não pode deixar acontecer de novo.
Lembrando que o golpe no Paraguai foi ano passado! Não vamos deixar o Brasil ser o próximo, gente!
Lola, belíssima análise. Eu fui Poliana, agora tô mais pra Amelie Poulan...rsss... Eu vou amanhã de bicicleta com minha camiseta do Brazilian Guerrilla Girl e toda de vermelho. Não podemos nos entregar e vou correr esse risco com o olhar condescendente: somos todos gente!
ResponderExcluirÉ uma pena ver a direita (e/ou confusos político) emporcalhando o movimento, seja um pouquinho ou um poucão, com apoio a sandices como impeachment da Dilma, nova constituinte e intervenção militar. É ridículo ver os mesmos que sempre criminalizaram os movimentos sociais querendo agora dizer que bandeiras as pessoas podem ou não levantar, e posar como se estivessem lá desde os primeiros dias, quando protestar não era coisa de politizado, mas de desocupado (o que no caso de alguns pode até ser mesmo).
ResponderExcluirLola, estive nas manifestações de segunda e quinta aqui no Rio e percebi uma grande diferença em protestos que ocorreram na mesma semana! Para pior.
ResponderExcluirOntem eu saí com um cartaz contra a cura gay. Durante o protesto fui intimidada por um grupo de quatro rapazes que gritavam coisas contra o meu cartaz, liam alto o que estava escrito e riam. Gritaram coisas sobre aprovar suruba gay entre mulheres. Um deles segurava um pedaço de cano e o apontava para o meu cartaz. Depois eles sumiram.
Aonde eu estava, as pessoas entoaram um coro de "Ronaldo viado" e eu vi cartazes como "O governo gasta mais que a minha mulher!". Comecei a sentir que ou ali não era o meu lugar ou não era o lugar deles. Sinceramente e infelizmente, durante a longa caminhada até a prefeitura (era esse pelo menos o objetivo, mas ao chegar no prédio dos Correios precisei voltar por causa da truculência da polícia, que jogava bombas de gás nas pessoas que corriam desesperadas) senti como se ali não fosse o meu lugar.
Soube de conhecidos que foram fisicamente agredidos por estarem com bandeiras do PSTU. Outro grupo de amigos meus, que seguia com bandeiras vermelhas, foi obrigado a jogar suas bandeiras no lixo para não serem agredidos.
Outra coisa que me preocupou foi o grande número de pessoas com a máscara do V de Vingança, enroladas na bandeira do Brasil. Boa parte delas (a maior parte, eu diria) parecia bastante pacífica. O que me preocupa é a forma como eles adotaram uma espécie de liderança que não mostra o rosto e que determina por seus vídeos os motivos e os comportamentos que devem prevalecer nas manifestações (por exemplo, não levar bandeiras de partidos).
A Globo faz reportagens sobre a manifestação pacífica da família brasileira (e sempre que esse termo "família brasileira" é pronunciado eu tenho crise alérgica porque conheço seus contextos). A Veja (não li, apenas fiquei sabendo) fala das manifestações contra a criminalidade e a corrupção. A TV mostra imagens de pessoas com seus rostos pintados de verde e amarelo falando coisas vazias, sobre estarem cansadas do governo.
Uma manifestação com coros homofóbicos, cartazes machistas, onde a esquerda socialista é intimidada, que a grande mídia mostra como o protesto da família brasileira?
Fugi da violência policial e consegui voltar pra casa pela estação de metrô da Cinelandia, que estava aberta. O clima estava tenso pelas ruas, mas piorou depois, quando eu já estava em casa. Meus amigos ficaram presos no IFCS, que foi cercado pela polícia. Eles receberam orientação para permanecerem lá dentro, que a polícia não podia invadir. Quando era quase meia noite, eles saíram escoltados por representantes da OAB e da Comissão de Direitos Humanos, que foram até lá negociar a saída dos cerca de 500 estudantes que ficaram presos na faculdade, ao correrem para lá buscando refúgio de uma polícia que atacava os que estavam nas ruas.
Uma amiga minha que se refugiou na garagem de um prédio com um grupo de pessoas que também fugia da polícia, disse que a polícia jogou 3 bombas de gás lacrimogêneo DENTRO da garagem, em cima deles, e depois obrigou todos a saírem sem cobrir os rostos (que estavam cobertos por panos com vinagre por causa do gás). Repressão.
Fiquei muito triste com as fotos dos estudantes saindo escoltados do IFCS. Ainda estou digerindo o que ocorreu ontem. O sentimento de estar no lugar errado, sendo repreendida pelos que iam junto comigo (???) até a prefeitura E pela polícia ainda permanece. Passei a sexta-feira com uma sensação esquisita, Lola.
Olá Lola. ótimo texto, porém não sou tão Poliana assim... Essa história de "povo unido não precisa de partido", a criminalização dos partidos, das agremiações, dos movimentos sociais... bem, para mim isto tem nome e é FASCISMO! E assim como os mascus, os fascistas também não se assumem como tal,então ficam com esse blá blá blá de que é a esquerda comprometida com o governo que quer corromper a imagem do movimento. Por favor, só não vê quem não quer. O Brasil tem problemas sim, e isso se resolve com mais democracia, com mais direitos fundamentais assegurados... Democracia é manifestação objetiva, é poder levar a pauta da manifestação e sentar para discutir com os governantes, é mudar o voto na próxima eleição se não foi o que você esperava e acima de tudo é respeitar a decisão da maioria!
ResponderExcluirEu estava tão contente e otimista pelo povo sair as ruas e lutar por um país melhor. Eu realmente acreditava que depois que a tarifa de São Paulo voltasse a 3 reais, o povo se organizaria melhor e correria atrás de discutir política.
ResponderExcluirHoje, vejo que quebrei E muito a minha cara. Pessoal vai nas manifestações para postar no facebook, vai sem saber o porque de estar lá, trata as manifestações como pseudo-carnaval, não se organizam (simplesmente montam um cartaz com o que ELA acha importante e dane-se o resto), gritam e repetem coisas que veem na globo, não entendem o que é direita e esquerda e saem falando besteira.
Além de virarem a nova PM: saem batendo em todo mundo sem ter necessariamente um bom motivo, vide a agressão contra o pessoal do PSTU.E o meu favorito: mostram o quanto "sabem" sobre o que é comunismo e socialismo.
Juro que não sei o porquê desse medo, nós já vivenciamos os tais argumentos (pelo menos eu escuto/leio muito) de como seria nosso país se os comunistas tomassem conta: corrupção, grande parcela da população miserável, líderes que pouco se importam com a população e mídia controlada por esses líderes. Dentre os argumentos, só não temos ditadura, mas já tivemos e foi igualmente ruim a qualquer outra. Ao meu ver (opinião minha) essas pessoas se sentem mais livres no capitalismo porque podem ter um iphone parcelado para se exibirem e no comunismo, aparentemente, não.
É triste demais ver as manifestações começarem bem e terem foco e agora virar uma bagunça manipulada pela mídia. Acabei de ver passar na Globo os manifestantes agredindo o pessoal do PSTU, e dava para perceber claramente que a matéria tratava como natural ou até justa essa atitude, quase vomitei ao assistir isso. E também entrevistaram um garoto na manifestação, perguntaram "como você acha que é possível reivindicar o que você pôs no cartaz?" e ele respondeu "vish não sei, eu só to aqui protestando".
Por falar em FASCISMO, olhem o que eu descobrí: a deputada italiana, Alessandra Mussolini (neta do fascista Mussolini), fez um projeto de lei pela causa feminista:
ResponderExcluirLei de Femicídio:
http://www.senato.it/service/PDF/PDFServer/BGT/00703298.pdf
Feminista diz lutar pela igualdade, mas este papo de "femicidio" não fere o princípio da igualdade? O que aconteceria se criasse uma lei como "brancocídio"? Seria racista, não é? Mas não, as feministas apóiam (basta ver que apoiaram na Argentina). Tudo pel tal "igualdade". Mesmo tal lei tendo inspirações FASCISTAS.
Sim, fascista. Pois a autora da lei, além de neta do fascista Benito Mussolini, ela foi membro do Movimento Sociale Italiano (MSI), um movimento fascista italiano, e é uma fascista assumida (ela deu declarações como: "sou fascista com orgulho").
Pois é, fascistas fazendo leis misândricas apoiadas por feministas...
Sei não, Lola. Não sabemos o que acontecerá daqui pra frente. Se as manifestações continuarem, se mais violência for perpetrada, se os gritos de Fora Dilma forem incentivados por reaças midiáticos, creio que há mesmo um perigo de usarem tudo isso como protesto pra um golpe militar ou não. Acho que os acontecimentos dos próximos dias é que ditarão o que virá em sequência.
ResponderExcluirLi muitos relatos dos primeiros manifestantes sobre policiais e pessoas claramente infiltradas nas manifestações com o objetivo de distorcerem as coisas, causarem baderna pra provocar reação policial. Enfim...
Sobre a grande mídia, acho que essa mudança nos editoriais tem mais a ver com via de mão dupla que se tornou a informação no Brasil.
Graças às redes sociais, às mídias independentes, não somos mais reféns apenas do que a Globo e cia falam. Então eles não podem mais simplesmente ficar batendo em uma mesma tecla se a maioria (ou uma minoria influente) não comprar a história. Acho que eles simplesmente viram o perigo que seria se colocar contra a opinião da maioria.
A cara de sem graça do Datena ao perceber que seus gritos e micagens não mudariam o resultado daquela pesquisa a favor das manifestações, lá na semana passada, ilustra bem isso.
Ah, só um último comentário, coincidência feliz ou infeliz, Anos Rebeldes está sendo reprisado no canal Viva...
ResponderExcluirBoa Noite Lola,
ResponderExcluirEstive ontem na manifestação em Recife e apesar da falta de pauta, os protestos foram pacíficos.
Por aqui falou-se do controle do governador em conjunto com a midia regional para não falar dos numeros reais de participantes do protesto que estimou-se em mais de 100 mil.
A polícia tava quieta, mas também não houve nenhuma confusão nos trechos em que passei.
Muitos cartazes de 'fora dilma' em meio à multidão. Que merda é essa Lola?
Uma das coisas mais assustadoras que me ocorreu não envolveu violência policial, mas a falta de companheirismo que impera nas ruas, nas 'vozes das ruas'.
Estava levantando um cartaz, na frente escrito: "Meu Útero NÃO é seu Púlpito. NÃO à lei de incentivo ao ESTUPRO" e atrás: "Pelos Professores de IFES no interior. Interiorização do Ensino de QUALIDADE!"
três meninas me pediram pra fotografar o cartaz, mas não tinham visto a parte da frente e disseram que não queria fazer foto dessa parte com cara de nojo pra mim!
Pois é, é triste, mas é isso.
Acredito que movimentos separados e com pontos de pauta mais claros teriam maior visibilidade política e não dariam vazão à insanidade que está ocorrendo nas ruas.
abraços do calor úmido de Recife
Estive numa manifestação na minha cidade e tenho acompanhado a movimentação na Imprensa e nas redes sociais. Algumas palhinhas:
ResponderExcluir1) Não acho que a rejeição aos partidos políticos seja necessariamente fascista. E não vi ninguém defendendo abertamente a extinção deles (deve ter alguém, tem louco pra tudo). O que há é uma rejeição ao partidarismo vertical, fossilizado e caciquista que caracteriza o partidarismo brasileiro. E, com todo respeito aos militantes, não vejo exceções nesse quadro. Mesmo o PSOL, PSTU etc, me parecem aferrados ao centralismo leninista.
2) É verdade que grupos skinheads e, no Rio, também milicianos, se infiltraram nos protestos. Estão na vanguarda do vandalismo, por assim dizer. Mas dizer que essa é a tônica geral, que as massas na rua apóiam a extrema direita, a meu ver, é errôneo.
3) Na manifestação que estive havia todo tipo de reivindicação nos cartazes. Mas era possível, sim, identificar uma pauta mínima. Tanto é verdade que o prefeito recebeu manifestantes e convocou uma coletiva em que abordou os principais problemas levantados.
4) A pauta "contra a corrupção" vem sendo instrumentalizada pela oposição partidária desde os tempos de Carlos Lacerda. O PT usou isso com maestria quando era oposição. Agora que está no poder isso a transforma automaticamente numa pauta "da Direita"? Será mesmo que ser contra a PEC 37 é ser de Direita? Eu acredito em Direita e Esquerda mas acho que as conveniências governistas estão truncando o debate. Pauta "de esquerda", não pode ser sinônimo de "pauta conveniente para o Governo federal".
5) Num movimento horizontal, radicalmente democrático, sem líderes nem pautas definidas a priori não dá para ser "sommelier de passeata" e dizer "só vou pra rua quando o povo defender o certo." Tem que botar a cara a tapa, levar suas pautas, disputar hegemonia, como os gramscianos gostam de falar.
Na boa, vocês tem uma visão de mundo muito peculiar, porque nos protestos recentes esquerdistas e partidários não tem vez. É só ler nessa caixa de comentários mesmo. Mas olha, ontem eu fui no protesto que teve aqui na minha cidade (moro no interior de SP). Foram entre 4 e 5 mil pessoas. Eu cheguei lá quando ainda tava no começo, tudo ia muito bem, até que apareceram uns doidos com bandeiras do PT. A galera que tava do meu lado foi lá e arrancou as bandeiras das mãos deles e jogaram-nas no lixo. Quase que saiu porrada, ou melhor, um massacre (eles eram apenas 5). Acabou que permitiram que eles continuassem na manifestação, desde que eles ficassem quietinhos. Mas depois de um tempo eles foram embora.
ResponderExcluirQue orgulho de ter uma imagem minha nessa página ^^
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/photo.php?fbid=625014590845196&set=a.491350500878273.117840.491326247547365&type=1&theater
Lola, acompanho o seu blog tem muuito tempo e sempre me identifico com muitas de suas idéias, mas às vezes eu tenho a impressão de que vc coloca as coisas como se somente fossem válidas as ideias, manifestações, movimentações vindas daqueles que são de "esquerda". Como se fora disso só existisse coisa ruim... E olha, isso me ofende um pouco porque sou feminista sim, de carteirinha, defensora ferrenha dos direitos LGTB e de muitos direitos sociais (como o passe livre, por exemplo) mas estou longe de me considerar ou ser considerada pelos outros como "de esqueda". Aliás, discordo e muito com ideias socialistas, marxistas e acho que as poucas vezes em que esse sistema foi implantado ele falhou epicamente... Enfim, resumindo: me considero uma pessoa de direita sim, mas pelo seu texto fico com a impressão que tudo que vem desse lado não presta, não é bom, deve ser banido das manifestações, mas poxa, e os meus ideais feministas ? e os meus ideais de igualdade ? eles também não valem nada por causa da minha posição política ?
ResponderExcluir"Nem Hitler nem Mussolini criaram suas multidões; eles se apropriaram de multidões descontentes sem rumo, e lhes deram rumo."
ResponderExcluirVoce sabe de onde veio a expressão " Comunista come criancinha" Lola ?
ResponderExcluirLênin, a partir de 1919, iniciara uma política de confisco de grãos dos camponeses, que gradualmente levaria uma crise de fome em massa na população. A tentativa de planificar a economia, através do controle de distribuição de alimentos, mediante apropriação forçada dos grãos dos camponeses, a fim de abastecer as cidades, gerou não somente revolta e uma feroz guerra civil no campo, como uma diminuição gradual da produção de cereais na Rússia. Os camponeses foram proibidos de vender livremente seus excedentes e os bolchevistas, exigindo cotas de produção acima das possibilidades do campo, empobreceu-os radicalmente, gerando escassez de alimentos. Os bolchevistas, através de uma incrível violência, torturando, matando e saqueando os agricultores, não somente confiscavam tudo que o camponês tinha, como não poupavam nem os grãos guardados para a o replantio de novas safras agrícolas. As regiões mais ricas da Rússia, como Tambov e outros arredores de Moscou, outrora grandes exportadores de cereais, por volta de 1920, ameaçava perecer pela fome. Os comissários da Tcheka, em memorandos direcionados a Lênin e Molotov, relatavam a incapacidade dos camponeses de oferecem seus grãos, já que não somente o campo tinha se desestabilizado, como simplesmente a produção agrícola decaído. No entanto, sabendo dessas informações, Lênin radicalizou o processo, obrigando cada vez mais os camponeses a darem suas cotas de produção onde eles não existiam mais. Antonov-Ovsenko, em uma carta sincera a um correligionário do partido, dizia que as exigências bolcheviques para a agricultura, em milhões de puds de cereais, eram tão além das expectativas da população, que ela simplesmente morreria de fome. E, de fato, foi o que ocorreu. Por volta de 1921 e 1922, 30 milhões de russos foram atingidos por uma crise de fome monstruosa, prontos a perecerem. O país caiu num caos completo. Rebeliões explodiam por todo a Rússia e arredores. Os marinheiros de Kronstadt se rebelaram e fizeram alianças com os camponeses insurretos e esfomeados. E a fúria da população era tanta, que os " comissários do povo" perdiam o controle de várias cidades russas, já que eram massacrados pela turba enraivecida. Numa dessas cidades, os grãos de alimentos confiscados apodreciam na estação ferroviária, enquanto a população morrendo de fome, enfrentando os tiros dados pelos soldados do exército vermelho, saqueavam tudo quanto viam. Em algumas cidades como Bachkiria, Pugachev e Novouzenki era comum pessoas se alimentarem de cadáveres roubados nos cemitérios e até mesmo de cadáveres de parentes que haviam acabado de morrer. Nos arquivos da Revolução Russa de 1917 o pesquisador Orlando Figes, da Universidade de Cambridge, encontrou o seguinte relato: "...um homem condenado após ter devorado várias crianças confessou: -Em nossa aldeia ,todos comem carne humana, apenas não revelam. Há inúmeras tavernas na vila e todas, servem pratos à base de crianças. Em Pugachev havia bandos de canibais e de negociantes de carne humana, que davam, preferencia à carne de crianças por ser mais tenra..."
E vocês esperavam o que? Ainda não se tocaram que os brasileiros em sua esmagadora maioria não são de esquerda? Nesse sentido o cenário é parecido com o de 1964, com a Marcha da Família os militares conseguiram a legitimidade que precisavam para o Golpe. Só um analfabeto em história ainda acredita que em 1964 tivemos um Golpe puramente militar. Muita gente apoiou os milicos, e não foi só a mídia não.
ResponderExcluirE esse mote serve de análise até para a chegada do PT ao poder. Lula só conseguiu se eleger quando pôs o pê no freio na identificação do PT com a esquerda. As pessoas não votaram no PT porque era a opção da esquerda. Em 2002 o Lula caiu nas graças da classe média, sem cair nas graças da classe média - que vocês eram miseravelmente ao chamar de "extrema direita" - governos não mudam. Em 2002 a classe média pagava o pato pelo liberalismo mal planejado do FHC e viu seu poder de consumo despencar... exatamente o que anda acontecendo no momento e podem anotar, ou o PT reverte isso ou corre o risco de perder as próximas eleições. A Dilma, que é uma mulher muito inteligente, já sacou isso faz tempo. É exatamente por isso que você, Lola, diz que o governo dela está afastado da esquerda. A Dilma está certíssima na estratégia dela, ou ela conquista a confiança da classe média ou ela corre sérios riscos de perder o próximo pleito. Ou a Dilma faz isso ou vocês terão que engolir o Aécio por pelos menos 4 anos. Fica a minha dica ;)
A esquerda nunca conseguiu uma adesão massiva no Brasil e jamais conseguirá enquanto não aprender a fazer análise política.
ótima analise,mas, ao meu ver está tudo muito estranho, Faltou mesmo citar o PCB...(só um desabafo 2)
ResponderExcluirO golpe já está sendo aplicado, pelo próprio PT. Existe uma corrente política que dá um golpe de Estado apartir de brechas na democracia. É o que está acontecendo com a Venezuela e com a Argentina por exemplo e com o Brasil. A política do pão e circo sendo usada para afastar a população votante das questões importantes da política e essas emendas como PEC 37 e coisas com o censurar programas de TV e comprar a imprensa e proibir o povo de ter armas de fogo são formas abafadas de ir instalando uma ditadura sem que o povo perceba. E nós vimos como nosso Estado é opressor, que tipo de democracia chega a pensar em dar aos condenadois o poder de se julgarem, dar aos políticos o poder de aumentarem o próprio salário, que tipo de democracia prende estudantes que estavam no seu direito e dever de ir as ruas protestar, que tipo de democracia é essa que persegue e mata quem está dentro do governo e é oposição a ele. OU voce acha mesmo que o Joaquim Barbosa anda livre leve e solto pelas ruas ? Vai ver quantos guardas cotas ele tem. O Brasil NÃO é uma democracia. O PT conseguiu aos poucos implantar a ditadura da burrice nesse país. Se ser de esquerda fosse bom, se socialismo fosse tão bom quanto dizem, Cuba e China não seriam essa droga. Aliás, já perceberam que só existe Golpe de Estado em país subdesenvolvido ? É porque a população não tem educação suficiente para enchergar o que o governo está fazendo. Sobre os protestos. Acho que agora é a hora de ter um foco, até agora todo mundo saiu as ruas cada um defendendo seus direitos, mas agora é hora de todo mundo s eunir como brasileiro, esuecendo isso de marcha das vadias, da maconha, d aliberação das armas e whatever, para agir como brasileiros e pedir o fim dessa roubalheira toda.
ResponderExcluirQuando minha professora dizia que estudávamos história para conhecer os sinais e não cometermos os mesmos erros, eu não levava a sério.
ResponderExcluirO País está uma bagunça? Está, ora essa, parece minha cozinha hoje: bagunçado e faltando tudo.
Mas, né?, a Dilme foi eleita democraticamente, agora ela que vá trabalhar.
Tem muita gente apoiando esse tipo de ideia por pura falta de informação. Tem também os que acham que um golpe ou impeachment vai resolver tudo... Mas gente, golpe e impeachment não é Fada Madrinha. Uma merda por vez dá para resolver. Queremos o Passe Livre? Pois criemos um Projeto de
Lei por Iniciativa Popular (é isso, produção?) e vamos ver quem não apóia. Aí a gente sai na rua pedindo que o dito-cujo vá catar coquinho em outra estância.
http://kahpranos.tumblr.com/
Interessante a análise. Ao meu ver o que está acontecendo no país é muito interessante do ponto de vista democracia participativa, correndo ou não o riscos, pois política é contingente. O fato é que o partido que verdadeiramente fazia oposição, o PT, está no poder. E é óbtvio que a posição muda, porque o governo é para todos e não para a esquerda ou para o PT, PSOL etc. O palco para as lutas é a rua. Conhecendo o histórico da companheira Dilma, tenho certeza de que ela preferia estar nas ruas do que à frente do governo, agora. Mas ir pra rua não significa está contra Dilma ou as políticas desenvolvidas pelo governo do PT. Ir para rua é importante para fortalecer a as ações políticas que são de comum acordo com a pauta do governo é que nem sempre é possível assumir como governo, tipo a copa. Se Dilma fosse contra a copa ser no Brasil, no momento da decisão (foi no governo Lula)quem seria a seu favor? O que é ser brasileiro? A nossa identidade está sendo debatida, isso é muito bom. Por outro lado, penso nas bandeiras fechadas para políticas públicas que acenam contra o lazer e a cultura ao pobre como se a prioridade, ou a fome, fosse apenas de comida. É o caso de várias campanhas contra a inclusão digital, contra o vale-cultura etc. Como dizem os titãs: a gente não quer só comida... Em nossa atitude está o preconceito, com base nele nos atemos á política de pão e circo do romanos, de que pobre tem mais é que trabalhar, que a educação deve existir para controlar a ignorância dos populares e por ai vai. Vamos a rua, sim! Sem bandeira de parido? Tudo bem, mas vamos refletir sobre o que queremos. O espaço da internet é para poucos, ainda. A grande maioria só tem acesso á grande mídia, pois se queremos sonhar com as mudanças, vamos promover o debate, contextualizá-lo em todos os espaços presencias que pudermos. Sou professora do ensino médio e tenho feito isso com os meus alunos e colegas, professores. O melhor caminho é o debate. Louvável aqui, e aberto para vivermos em nossos lugares. Vamos vive-lo, sem preconceitos e responsavelmente.
ResponderExcluirEu leio esse blog e outros semelhantes quase diariamente. Geralmente gosto do que leio, às vezes tenho vontade de aplaudi-los sozinha na sala de casa. Vejo sentido, compartilho das preocupações, comento com amigos e família, e tenho a impressão de que com isso fiz algumas pessoas próximas reconsiderarem suas posições a respeito de alguns temas.
ResponderExcluirDefendo a descriminalização do aborto somente nos casos realmente necessários (= aqueles nos quais a mulher grávida não queira ter o bebê); a eutanásia e ortotanásia; a não redução da maioridade penal; os direitos LGBT e direitos humanos em geral, abominando a idéia de direitos humanos para humanos direitos; políticas públicas que privilegiem os mais pobres; etc. Fiz parte durante dois anos de um grupo LGBT da sociedade civil, a LBL-SP, e creio que foi em parte graças à minha insistência que a barreira contra as pessoas trans começou a ser quebrada dentro do grupo. Quando me desliguei deste grupo, ensaiei começar a fazer parte da Liga Humanista, que edita o Bule Voador, mas desisti da idéia quando começou um bafão anti-feminista que me deixou completamente enojada.
E por que estou falando tudo isso? Não é porque eu quero uma estrelinha. É para ilustrar com o meu exemplo que vcs, que estufam no peito a carteirinha de esquerdista, estão fazendo merda.
Em quase toda discussão que participo com auto-denominados esquerdistas, acabo sendo chamada, ou melhor, xingada, de "reaça". Pessoas que me conhecem por defender as posições acima ficam estupefatas para entender por que, e como assim. E, de fato, das poucas vezes que me meti a discutir com auto-denominados de direita, foi chamada de petralha e coisas do gênero.
A minha timeline no facebook compreende, dentre outros, pessoas da época em que eu participava mais ativamente da militância feminista/LGBT. E tudo o que eu vejo vindo deles é sarcasmo, direcionado a quem só acordou agora. Um sarcasmo virulento, cujas únicas consequências serão fazer os coleguinhas que ninguém tirou a carteirinha de esquerdista (ainda!) rir um bocado, e espantar os que estão perdidos de qualquer coisa que vcs defendam.
Escrevo isso como um apelo de quem se identifica com as mesmas coisas que vcs, apesar de ter tido a sua carteirinha de esquerdista tomada: PENSEM no que estão fazendo e PAREM com essa merda de ficar ridicularizando quem discorda de qualquer coisa. Acho que vcs têm TODA a razão de se preocuparem dos reaças [sic] tomarem a opinião pública. Mas não vai ser ridicularizando quem está perdido, e chamando-os de fascistas, que vão conseguir alterar este rumo.
A rejeição de esquerda e direita não vem (só) de quem defende ideais ditos de direita, minha gente. Ela vem de vcs mesmos, ao taxar isso ou aquilo como "de esquerda", e aquilo outro como "de direita", sem se dar conta do óbvio ululante que é possível sim, em muitos casos, ser favorável a algo dito de esquerda, e a outro algo não relacionado dito de direita. As próprias dissidências do PT surgiram disso, porra!
Então o meu apelo está dado: continuem ridicularizando os perdidos, e os verão muito em breve seguindo os que querem transformar tudo isso numa marcha para a família em cristo contra a corrupção dos esquerdalhas.
A reaça aqui é que não quer ter este desgosto.
lola, leia isso aqui...
ResponderExcluirhttp://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/06/21/tijolaco-denuncia-os-videos-da-extrema-direita/
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=UiVDtWb7K48
ResponderExcluirLola, ao contrário de vc, eu ainda acredito em golpe! Washington não brinca em serviço.
ResponderExcluirA verdade é que eles perderam a paciência com a direita brasileira e resolveram fazer o golpe com suas próprias mãos , bem ao estilo big stick americano.
e a turma dos anencéfalos de feicebuke entraram na onda , a maioria não sabe nem porque está protestando.
LOLA PEÇO UMA CORREÇÃO NO SEU TEXTO,VOCÊ COLOCOU SKINHEADS NO MESMO SACO DE NAZISTAS E CARECAS,SKINHEADS NÃO SÃO RACISTAS!SOU MULHER SKINHEAD E ANARCOFEMINISTA POR FAVOR INFORME-SE!!SEU BLOG TEM AMPLA ABRANGÊNCIA E ESSE ERRO SÓ AJUDA A MÍDIA BURGUESA A SUJAR NOSSA SUBCULTURA!
ResponderExcluirSkinheads não são racistas?
ResponderExcluirGostei da piada, Natu.
Lola, estou emocionada e assutada com os rumos que esse início de revolução pode tomar. Acabo de ler no face um cartaz, que uma senhora está empunhando que diz o seguinte "Dilma, o Brasil não tem culpa se a senhora não transa"... Coisa mais machista, ordinária. Lola, o que me preocupa, é que assim como o Tiririca deixou bem claro na própria campanha eleitoral é que a maioria das pessoas sequer sabem para que serve um deputado, senador, ministro e muito menos o presidente. Aí montam o cacete na Dilma, como se ela fosse a unica responsável pela baderna que o Brasil se tornou, isentando todos os político safados e sanguessugas que realmente têm provocado a desgraça do país...
ResponderExcluirSei que muitos jovens protestam por motivos fidedignos, porém creio que a grande maioria o fazem por questões meramente egocêntricas. Fico observando os estudantes de humanas das Universidades e percebo que eles sentem uma certa inveja dos jovens que enfrentaram a Ditadura Militar, e querem se aproximar o máximo possível dessa imagem de "guerrilheiro torturado", o que torna a situação mais ainda patética. Muitos amam de paixão essa violência policial, pois podem se imaginar nessa posição que eles tanto almejam e ainda justificar episódios de vandalismo.
ResponderExcluirNão creio que eles façam parte de uma minoria.
Concordo com a Liv. Senti um cheiro de '' para protestar tem que tirar sua carteirinha de esquerda'', o que é no mínimo autoritário.
ResponderExcluirGoste-se ou não, são as maiores manifestações populares dos últimos vinte anos.
Não concorda com a Lola=de direita
ResponderExcluirconcorda com tudo, até com as contradições fenomenais da Lola=de esquerda.
desalento
Não me preocupo com o rótulo q me dão, acho até, q agora, o q esta na moda é substituir o FDP por reaça, ou fascista ou vc é de direita, me identifico mais com o FDP , ja q minha mãe de santa não tinha nada, e eu puxei a mamãe.
ResponderExcluirSabe Lola respeito suas posições, mas tenho uma dificuldade imensa de entender como alguem ainda acredite nessa ideologia, a tal "esquerda" que pode significar muitas coisas diferentes.
Como ja disse fui"esquerdista" um bom periodo da vida, mas depois do "solidariedade"da Polonia, o esfacelamento da União Sovietica, e sobretudo a queda do muro de Berlim, q esta bem vívido na minha mente o ódio das pessoas com picaretas destruindo aquele muro q significou tanta coisa ruim.
Quando eu era de esquerda ao meu favor havia a tal "cortina de ferro", não dava pra saber o q havia do outro lado, e eu como milhões de jovens pelo mundo naquela época, embuidos do otimismo da juventude, acreditavamos que eram coisas muito boas, pra toda humanidade.
Mas o tempo acabou revelando o q havia por tras da tal cortina, e sinceramente nunca vi nada que eu possa considerar BOM.
Pra não ser desonesta, creio q as taxas de analfabetismo qse nulas, são o único indicativo de progresso nos paises q ainda insistem nesse sistema, de resto não consigo enxergar beneficios, a não ser para os q governam nesses lugares, tipo Nicolae Ceauşescu, Kim Jong-un e outros semelhantes.
Lola, essas manifestações estão mexendo com muitas coisas, eu como todo mundo tenho meus anseios, como ja disse, gostaria que todos os politicos q estão ai fossem varridos do mapa, mas aqui em casa tb esta havendo enfrentamentos de posições.
Minha filha mais nova se diz de esquerda a mais velha não se assume assim, mas defende os grupos q se identificam com a esquerda.
Hje sentamos a mesa e começamos a discutir os rumos q essas manifestações estão tomando.
A q é de esquerda, q ha bem pouco tempo começou a se engajar mais no feminismo, foi a sua primeira marcha comigo, com o surgimento dessas manifestações, se envolveu com um grupo (todos de esquerda), estava muito animada e cheia de garra, depois de alguns dias dessas marchas esta desmotivada e cheia de raiva, e disse uma frase q pra mim sintetizou o sentimento de pessoas da esquerda, "O Gigante acordou, mas devia continuar dormindo".
Supostamente se acreditava q as pessoas de esquerda eram favoraveis a igualdade de condições entre todos, mas essa não é a verdade.
Pelo descontentamento que se vê aqui nos comentários e até dentro da minha própria casa das pessoas q se dizem de esquerda, a última coisa q querem de fato e saber a opinião do POVO, e pra ser sincera até eu que não sou de esquerda tb tenho medo do POVO, e sabe pq , pq o POVO quer o Estatuto do Nascituro, o POVO é machista, o POVO é religioso e não quer um estado laico.
Só q isso cria um dilema moral, pelo menos para mim.
Pode até ser que não haja nenhum motivo de preocupação, mas que está tudo confuso e estranho, está. O que não engulo de forma nenhuma é violência contra militantes de partidos que já participavam, HÁ ANOS, do movimento de passe livre. Pessoas que chegaram agora se arvoram no direito de dizer o que pode e o que não pode numa manifestação que acontece há tanto tempo, e em muito por causa da dedicação desses grupos partidários??? Que vão catar coquinho na Austrália, isso sim.
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirvoltei há pouco da Marcha das Vadias do DF, foi linda, deu menos gente do que o esperado (cerca de 3 mil manifestantes), mas demos nosso recado com alegria, cantando e marchando unidas! E , melhor, sem grandes incidentes.
A marcha do vinagre desmarcou a manifestação de hoje, depois remarcou, mas pelo que eu li foram cerca de mil manifestantes que não se misturaram e e não tiraram o foco do nosso movimento.
Ainda tou no clima bom do dia de hoje, deveríamos ter duas marchas por ano. :-)
Viva as vadias!
Só sei de uma coisa: o exemplo histórico de apartidarismo mais próximo de nós brasileiros foi a ditadura!
ResponderExcluirNão estou mais suportando esse levante louco de pessoas contra os partidos, principalmente das bandeiras vermelhas. Que porra é essa Lola?
Vi uma estudante em Recife reclamar da presença da bandeira da UNE nos protestos. Para onde vamos? Onde mesmo estamos?
Não estou contra o levante de reivindicações e exigencias, mas com esse tom racista, misogino, homofóbico e facista não dá, né.
Como participar de protestos com cartazes de "FORA DILMA SAPATÃO" se sou lésbica, mulher e cidadã? Politicamente Inviável, Ideologicamente Impossível!
Belíssimo texto, Lola. Recentemente esses protestos vinham me soando estranhos, meio que "sem um foco" e, para aumentar meu espanto, via pessoas extremamente conservadoras mudando de opinião sobre eles de um dia para o outro. Seu texto me ajudou a entender um pouco melhor a razão dessa mudança (mudança para o o que sempre foi, vá lá). Obrigado!
ResponderExcluirO autoritarismo, seja fascista, socialista, militar, qualquer que seja seu disfarce, sempre nasce de grandes ideais, sempre nasce inspirador, prometendo um mundo melhor. Por isso deixo um conselho de graça: desconfie de boas intenções, desconfie de grandes mudanças, desconfie de OUTROS MUNDOS POSSÍVEIS! Os outros mundos possíveis que a humanidade conheceu são bem piores que esse. Lembre-se do ovo da serpente. Olhe sempre para os pequenos detalhes, pois a serpente não consegue esconder o rabo.
ResponderExcluirhttp://dozeeum.blogspot.com.br/2010/03/o-ovo-da-serpente.html
O brasileiro está preparado para respeitar mulheres, homossexuais, negros? Hoje vi uma pessoa, em rede social, pedindo para pararem com estas marchas de movimentos particulares e defenderem uma causa que é de todos – argumentava-se basicamente parar estes movimentos feministas, LGBTs e negros, pois a causa de todos com o gigante acordado é mais vital (e essa pessoa foi maciçamente apoiada em comentários). Me desculpem, mas um país no qual negros, LGBTs e mulheres NÃO são considerados como TODOS não tem nenhum senso de coletividade MESMO! Só mulheres são aproximadamente 51% da população... some-se negros e LGBTs e teremos quantos? E ainda não são considerados como TODOS e causas vitais?
ResponderExcluirhttp://dozeeum.blogspot.com.br/2013/06/sem-abandono-nao-ha-mudanca.html
Tem a sensatez de não acreditar em Golpe... mas continua tendo essa visão maniqueísta de separar o mundo entre esquerda x direita malvada??? E que nunca viu ninguém de esquerda dizendo que esquerda e direita não existem???
ResponderExcluirMe desculpe, mas isso é muita miopia, muita má vontade, postura muito maniqueísta de dividir o mundo entre mal e bem, preto e branco... quando o espectro de cores é beeemmmm maior.
Eu fui às ruas pedir impeachment - in loco. Eu acompanhei a cobertura da mídia sem redes sociais naqueles tempos. Eu vivi os últimos anos desde a queda do Collor... e nada mais parecido do que a direita no poder, do que nossos companheiros petistas esquerdistas.
Não há como dissociar Lula, Dilma, e a tão boazinha esquerda de merdas como um Feliciano estar na CDHM - foi essa esquerda boazinha e suas associações com a direita malvada que permitem essas coisas, que permitem mensalões, que permitem gastos astronômicos com Copa.
Aqui no Brasil é muita miopia dividirmos as coisas entre esquerda e direita, principalmente se envolver partidos.
TENHO MEDO;
ResponderExcluiras mobilizações na minha cidade,Teresina, puxaram muuuuitas pessoas dos mais diversos entendimentos e crenças. O problema é que o dia 20 mais pareceu uma "Caminhada da Fraternidade" do que um protesto político. ALIAS, política era a última ciosa que deveria ocorrer no movimento...
Já no dia seguinte, participei de uma manifestação beeem menor, mais muito mais significativa e objetiva. mesmo assim, cenas de depredação e de despolitização do movimento (ou seja, transformar o movimento reinvidicador em bagaçeira) estavam a olhos vistos. retiraram de minhas mão uma bandeira da ANEL. DA ANEL, Lola!!!!
Temo pelos próximos protestos, dos quais irei participar, que amigos e até mesmo desconhecidos meus, sofram algum tipo de repressão, mas não deixarei de lutar!
Pessoas olhem esta notícia e me falem o que acham:
ResponderExcluirhttp://www.bemparana.com.br/noticia/262136/partido-militar-anuncia-que-ira-convidar-joaquim-barbosa-para-ser-candidato-a-presidencia
Depois das manifestações a porcentagem de votos dele subiu, infelizmente segundo pesquisa da folha.
Lola, otimo texto, mas tenho duas coisas a falar.
ResponderExcluirPrimeiro, acho uma pena desmerecer a participacao dos menos engajados. Que bom que virou moda. Vamos respeitar o nivel de engajamento de todo mundo, e celebrar a sua participacao, nos termos que decidirem.
Outra coisa. A direita tem o mesmo direito que a esquerda de se manifestar. Podemos ser contra, mas e um direito dele como e nosso.
parabéns Re Ayala, seus comentários foram muito sensatos e verdadeiros...
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ResponderExcluirnesses testes de internet, tipo political compass, serei classificada como esquerda libertária. é esta a minha caixinha, já q defendo algum estado. o q não significa compartilhar tds as ideias e, principalmente, formas de ação com esquerdistas (assim no genérico) brasileiros. há, sim, esquerda autoritária (o q é tão terrível qto direita autoritária).
dito isto, tb não acredito em golpe, mas acredito em surfar na onda. o brasileiro médio é conservador, religioso, machista, homofóbico, intolerante. no cotidiano pode até ser alguém do tipo “gente boa genérico” qdo se trata de homossexualidade, p. ex., ou pode até se beneficiar de programas sociais, mas é facilmente instado a marcar posições conservadoras (e elitistas) pelas lideranças religiosas e pela mídia.
nas últimas eleições as opções eram dilma, serra, marina. sinceramente, a dilma era a melhor opção dentre as três alternativas. o governo é, em vários aspectos, decepcionante? sim. o infeliciano na cdhm é responsabilidade do pt? sim. a chantagem com q o infeliciano ameça o governo é responsabilidade do pt? sim. mas sempre q me recordo das opções com chances de vitória, respiro fundo e volto pro meu trabalho político de formiguinha. td poderia ser bem pior.
e como a Rê_Ayla, tb acho q o brasileiro não tem senso de coletividade.
e tem, instado pela mídia, uma aversão patológica a movimentos organizados, qq movimento organizado, excetuando-se claro, as marchas para jesus e o “cansei”.
o brasileiro precisa prestar mais atenção no legislativo. votar com mais consciência e acompanhar a atuação do seu candidato. os religiosos transformaram o púlpito em palanque e agora tentam aprovar projetos q limitam ou impedem a ampliação dos direitos de parcela da população. eu temo essa situação, pois a crítica a isso é transformada em intolerância religiosa, qdo na verdade (e na maior parte das vezes) trata-se apenas de garantir direitos q incomodam religiosos por serem, em algum grau, contrários à sua doutrina. garantir direitos à minorias ou às mulheres não retira direitos de religiosos.