Gente, minha vida está caótica, corrida demais, e não tenho a menor chance de terminar meu post sobre o Dia Internacional da Mulher antes de voltar da faculdade. Mas à tarde sai, espero. Enquanto isso, compartilho a matéria que saiu hoje na Gazeta do Povo (que deve ser o maior jornal do Paraná?) sobre feminismo na internet brasileira.
E compartilho a "homenagem" que acabei de receber por email. Você também deve ter recebido umas trezentas mensagens parecidas: "Mulher... Que traz a beleza e luz aos dias mais difíceis / Que divide sua alma em duas / Para carregar tamanha sensibilidade e força / Que ganha o mundo com sua coragem / Que traz paixão no olhar / Mulher, / Que luta pelos seus ideais, / Que dá a vida pela sua família / Mulher / Que ama incondicionalmente / Que se arruma, se perfuma / Que vence o cansaço" etc etc etc. Você deve saber como termina: que uma mulher tão especial deve ser lembrada todos os dias. O subtexto é que algumas mulheres são tão especiais que pra que ter um dia só pra elas? Dá pra fazer um Jogo dos Setenta Erros analisando o poeminha, né?
Parabens para nós mulhers, mas o nosso dia é todo dia.
ResponderExcluirtodo dia é uma luta, todo dia enfrentamos um leão.
Lutamos desde o dia em que nascemos :)
Vamos mudar o nome de dia internacional das mulheres para o "Dia internacional do Machismo travestido de gentileza".
Pq olha, só agora pela manhã recebi uns 145.268.852.320.200.586.211 Memes, power points e outras "homenagens".
:)
Também recebi esse poema, mas no face.
ResponderExcluirDepois do terceiro e-mail rosa que eu abri hoje, desisti dos outros.
Ah, e também ganhei R$ 10,00 de desconto do Submarino, na seção de rosas. Não posso deixar de perder.
Assim que acordei olhei o celular e pimba!!! tava lá,algumas mensagens de amigas,todas nesse estilo meloso e irreal,não respondi a nenhuma,essa cortina de fumaça é o que nos mata (literalmente)e tem boba que acha que isso é homenagem...
ResponderExcluirComo diria Jesus Cristo, até de setenta vezes sete. :P
ResponderExcluirJá ganhei uns muitos parabéns aqui no trabalho hoje. Agradeci, mas não retribui. Hoje, para mim, PESSOALMENTE, não é dia de comemoração. É de foco na luta AINDA. Não é que não temos que comemorar todas as conquistas que já obtivemos, claro que sim. Mas essas comemoramos todos os dia. O dia de hoje é pra lembrar, conscientizar e lutar.
Juro que se vierem me entregar uma flor ou o que seja,em algum banco ou repartição,eu não aceito.
ResponderExcluirAh, Lola, e li a matéria quando vc a tuitou. Muito bacana e emblemática para o dia de hoje!
ResponderExcluirEu não preciso de uma rosa ou de parabéns. Preciso de igualdade e respeito!
ResponderExcluirE sim, a Gazeta do Povo é o maior jornal do estado do PR. E incrivelmente eu achei a notícia boa =)
Bem, o meu post do 8 de Março já está no ar. Não é a Lola, mas enquanto o dela não entra, pode servir de distração: http://bit.ly/A8PDsz Desculpem a propaganda. ^____^
ResponderExcluirNiemi
ResponderExcluirAcho que travestido dá uma conotação ruim para quem pensar "travesti".
Que tal trocar por "disfarçado".
:) só um toque!
Shoujofan,
ResponderExcluirEu não apenas li, como já retuitei seu post de hoje, também! Está muito bom. :)
No facebook as "homenagens" correm soltas. E quando eu postei uma imagem que fala que eu não quero flores e nem presentes, os homens : "ah, então você não quer ganhar nada?"
ResponderExcluirQuero, ganhar direitos iguais e não sofrer nenhum tipo de violência na rua por ser mulher.
Eu não aceito rosas, sinceramente. Hoje é um dia de conscientizar do tanto que percorremos, das que lutaram por nós, e do tanto que temos, ainda, que lutar, por nós mesmas e pelas que virão depois.
ResponderExcluirParabens a todas kkkkkk, mas acho q vc EVA disse tudo.....
ResponderExcluirEu me sinto insultada por boa parte dessas "homenagens"...
ResponderExcluirO Dia Internacional da Mulher deve ser um dia para chamar a atencao da sociedade. Apesar de termos conquistados alguns direitos (quase todos eles com limitacoes) há ainda um longo caminho pela frente!
Ginger
ResponderExcluirboa colocação :) tem razão.
Bruxo
Pode ficar ai na "homenagem" pq misógino como vc ficam solitários :)
Lola você podia falar do projeto Kony2012 né?da organização invisible children.já tem até pagina brasileira sobre o projeto no facebook.Aqui tá o video de divulgação: http://vimeo.com/37119711 Infelizmente pra quem não entende inglês fica um pouquinho mais complicado(e ninguém legendou(ainda?) pois o video tem meia hora....) mas já existe a pagina brasileira no facebook!Como vc tem um grande alcançe para com as pessoas,talvez vc poderia falar sobre isso!
ResponderExcluirDe todas as homenagens q recebi hoje a q mais me encantou kkkk foi uma que dizia "AS MULHERES NÃO CONQUISTARAM O MUNDO, PORQUE AINDA ESTÃO ESCOLHENDO A ROUPA" não é meiga???
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirParabéns pelo blog. Sempre acompanho, mas nunca comento. Num dia como hoje, este artigo, publicado na Folha de SP, é nada menos do que LAMENTÁVEL. A autora acha que não deve nada ao feminismo, mas devia saber que sem o feminismo ela talvez nem pudesse publicar o artigo.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/29978-nao-devemos-nada-ao-feminismo.shtml
TALYTA CARVALHO
TENDÊNCIAS/DEBATES
O ASSUNTO É
DIA DA MULHER
Não devemos nada ao feminismo
As feministas chamaram de libertação a saída forçada da lar para trabalhar; sua intolerância tornou constrangedor decidir ser dona de casa e cuidar dos filhos
Na história da espécie humana, a ideia de que a mulher deveria trabalhar prevaleceu com frequência muito maior do que a ideia de que deveria ficar em casa cuidando dos filhos.
Não raro, o trabalho que cabia à mulher era árduo e de grande impacto físico. Para a mulher comum na pré-história, na Idade Média, e até o século 19, não trabalhar não era uma opção.
Uma das conquistas do sistema econômico foi que, no século 20, a produtividade havia aumentado tanto que um homem de classe média era capaz de ter um salário bom o suficiente para que sua esposa não precisasse trabalhar.
No período das grandes guerras e no entreguerras, a inflação, os altos impostos e o retorno da mulher ao mercado de trabalho (que significou um aumento da mão de obra disponível) diminuíram de tal modo a renda do homem comum que já não era mais possível que maioria das mulheres ficasse em casa.
Esse movimento forçado de saída da mulher do lar para o trabalho as feministas chamaram de libertação.
Óbvio que não está se defendendo aqui que as mulheres não possam trabalhar, não casar, não ter filhos ou que não possam agir de acordo com as suas escolhas em todos os âmbitos da vida. Não é essa a questão para as mulheres do século 21 pensarem a respeito.
O ponto da discussão é: em que medida a consequência do feminismo, para a mulher contemporânea, foi o estrangulamento da liberdade de escolha?
Explico-me. Por muito tempo, as feministas reivindicaram a posição de luta pelos direitos da mulher, exceto se esse direito for o direito de uma mulher não ser feminista.
Assumir uma posição crítica ao feminismo é hoje o equivalente a ser uma mulher que fala contra mulheres. Ilude-se quem pensa que na academia há um ambiente propício à liberdade de pensamento.
Como mulher e intelectual, posso afirmar sem pestanejar: nunca precisei "lutar" contra meus colegas para ser ouvida, muito pelo contrário. A batalha mesmo é contra as colegas mulheres, intolerantes a qualquer outra mulher que pense diferente ou que não faça da "questão de gênero" uma bandeira.
Não ser feminista é heresia imperdoável, e a herege deve ser silenciada. Até mesmo porque há muito em jogo: financiamentos, vaidades, disputas de poder, privilégios em relação aos colegas homens -que, se não concordam, são machistas e preconceituosos, claro.
Outro direito que a mulher do século 21 não tem, graças ao feminismo, é o direito de não trabalhar e escolher ficar em casa e cuidar dos filhos -recomendo, sobre a questão, os livros "Feminist Fantasies", de Phyllis Schlaffly, e "Domestic Tranquility", de F. Carolyn Graglia.
Na esfera econômica, é inviável para boa parte das famílias que a esposa não trabalhe. Na esfera social, é um constrangimento garantido quando perguntam "qual a sua ocupação?". A resposta "sou só dona de casa e mãe" já revela o alto custo sóciopsicológico de uma escolha diferente daquela que as feministas fizeram por todas as mulheres que viriam depois delas.
O erro do feminismo foi reivindicar falar por todas, quando na verdade falava apenas por algumas. De fato, casamento e maternidade não são para todas as mulheres. Mas a nova geração deve debater esses dogmas modernos sem medo de fazer perguntas difíceis.
De minha parte, afirmo: não devo nada ao feminismo.
TALYTA CARVALHO, 25, é filósofa especialista em renascença e mestre em ciências da religião pela PUC-SP
Lola, só achei que o pessoal da Gazeta não sacou direito seu blog. Ainda assim, é mais visibilidade para você, ou seja, para nós mulheres e nossas questões.
ResponderExcluirNão dei parabéns a ninguém; recebi alguns aos quais não agradeci. Acho justo, porque conheço esses homens e mulheres parabenizadores: são todos machistas, ainda que não se reconheçam como tais.
Alice
gente,
ResponderExcluirolha essa "homenagem" ao dia de hoje, feita pelos homens da Band (acho que da rádio) de SC:
http://a5.sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash4/424491_340827435959307_337319279643456_893507_1798884956_n.jpg
Meu Deus do céu! Eu tô tão chocada que não sei nem o que comentar, sicneramente. =/
Esse banner da Band comprova bem o espírito do dia de hoje, na mentalidade machista, né?
ResponderExcluir"Calem a boca, porque nem no dia de vocês, lhes é permitido dizer nada. Ouçam calada como somos homens legais."
Sério, tô abismada.
Lorena,
ResponderExcluirSerá que é por aí? Pode ser que tentaram ser engraçadinhos e originais, mas foram sem graça, antiquados e grosseiros.
Anônimo das 11:52, obrigada por compartilhar conosco esse artigo vil publicado pela Folha. Eu tenho pena(sim, é esse meu sentimento) dessa moça por duas coisas: por ser mulher e por acreditar em deus.
ResponderExcluirBruxo, você só me faz rir. Seus comentários são pura literatura!!! Um Bukowski misógino de segunda, mais ainda assim um Bukowski!!!! kkkk
Concordo plenamente com o texto da Talyta Carvalho.
ResponderExcluirTem que se separar o que é o verdadeiro feminismo, que é a luta pela igualdade de gêneros, do facismo que é levado adiante por determinados intelectuais e escritores, que é o falso feminismo.Abraço
Parem de dar atenção aos trolls,comentem o post e ignorem esses babacas,será que é tão dificil assim? essa turma quer saber que atingiu alguém,alguém que se deu o trabalho de responder,aff.Sinceramente.é burrice querer debater com esse povo.
ResponderExcluirAndré,
ResponderExcluirforam antiquados, grosseiros e machistas. E, por mais que seja de forma internalizada, sem perceber, a mensagem foi exatamente essa: hoje é dia de deixar os homens falarem (que mulheres são lindas e maravilhosas, ok). Como se esse não fosse o recado dado diariamente.
Num dia emblemático como hoje, dia de fomentar a disucssão principalmente de mulher para mulher, esse cartçao foi de extremo mal gosto.
fazendo o exercício que sempre faço, por achar q racismo é algo mais visível que machismo, subsitua "mulher" por "negro".... Não seria extremamente ofensivo??
(esse exercício deveria ser desnecessário, eu sei).
Anônimo das 12:17,
ResponderExcluirvocê viu alguém "debatendo" com os trolls????!!! hahahah
Sex pistol, acho que você não entendeu o texto da Talyta (que é um horror, é inconcebível) ou então você usou de uma ironia muuuuuito fina...
Não usei de ironia, nem grossa nem fina, pois me pauto na objetividade e sinceridade.
ResponderExcluirE sim, aí está uma crítica dirigida ao feminismo como um todo, a autora não separa o joio do trigo.
Infelizmente o feminismo é confundido com o femismo, que é o machismo inverso.Isso porque intelectuais e escritores, muitas vezes influentes, assumem essa posição facista e são tidos como porta vozes do movimento. Entende?, são essas posturas catastróficas de alguns "líderes", que fazem com que o feminismo seja mal compreendido e escritoras como a Talyta teçam críticas.Quando o feminismo se livrar dessas lideranças femistas, aí sim, não haverá razão para tais críticas.Abraço.
O bom desse blog é que mesmo que a Lola postasse só "esse não é o post do dia das mulheres, mas deve vir mais tarde" já valia a visita, só pelos comentários... Como é bom saber que tem tanta gente pensando no mesmo sentido. Adorei o Dia do Machismo disfarçado de gentileza que a Niemi propôs!
ResponderExcluir* De qualquer jeito, fico aguardando o post, enquanto conto os 700 erros hoje...
Nossa! Não acredito que a Folha publicou um texto tão reacionário para marcar o Dia Internacional da Mulher! Mas nem sei por que me espanto. A Folha dá espaço pro Pondé ter coluna, né? Ela tem uma linha editorial, e é fiel a ela.
ResponderExcluirGente, isso da Band é sério? Não é uma brincadeira que alguém fez com a Band, uma ironia em "homenagem" ao CQC? Por favor, confirmem.
Lola, consegui receber um pior q dizia que tudo que uma mulher quer é:
ResponderExcluir- um marido bonito;
- uma festa de casamento bonita;
- crianças adoráveis;
- roupas;
- sapatos;
- dinheiro.
com a cara de pau do assunto ser 'Um homenagem à nós - Feliz dia da mulher!' rs
E, pra completar, uma loja está oferecendo descontos em maquiagem e acessórios de beleza!
É cada uma....
hoje a mulherada ta em polvorosa. ta ate dificil ler e compartilhar tudo haha
ResponderExcluirmas fiquei surpresa por nao ter um texto aqui, lolinha. voce deve estar exausta mesmo! da uma descansada, relaxa um pouco. bjs
ana
@Anonimo falando do Kony2012
ResponderExcluirPor favor, dá uma pesquisada sobre o assunto. O vídeo não te cheira como "White People Save Africa"? Reparou que o garoto de cinco anos branco tem mais tempo de tela do que qualquer sobrevivente do massacre?
A organização IC não é lá das mais confiáveis. Tem uma série de outras organizações que são mais transparentes e bem recomendadas, aí vai o nome de algumas delas:
UNICEF
The International Red Cross
Doctors Without Borders
Africare
Children of Nations
Water.org
Lógico que todas elas tem problemas, nenhum ativismo é perfeito. Mas o Kony2012 não parece um pouco suspeito pra uma campanha de ultramobilização num ano de eleição nos Estados Unidos? E uma outra campanha pra colocar mais militares lá?
Enfim.
Lorena, posso copiar : "Hoje, para mim, PESSOALMENTE, não é dia de comemoração. É de foco na luta AINDA. Não é que não temos que comemorar todas as conquistas que já obtivemos, claro que sim. Mas essas comemoramos todos os dia. O dia de hoje é pra lembrar, conscientizar e lutar." ????
ResponderExcluirAbs!
Lola, eu não tive acesso ao post, porque aqui no meu trabalho é bloqueado, mas foi minha namorada que pegou na página da band no Facebook. Vou pedir a ela pra me mandar o endereço da página, eu posto aqui e quem puder acessar, confirma.
ResponderExcluirS.P.
ResponderExcluirse ta sendo muito ingenuou ou culpando as mulheres pela má vontade dos antefeminsitas.
Sinceramente,qualquer pessoa que tenha acesso a internet e que tenha desejo de aprender sabe que essa historia de femismo é de uma parcela tão minima que é dificil encontrar.
Oq é facil é encontrar pessoas culpando as mulheres por tudo, inclusive pela opressão que elas sofrem.
Acha que imbecis como os trolls que aparecem aqui vão mudar sua falta de argumento se as feministas forem mais "boazinhas"?
Não mesmo, a autora daquele post é jornalista de uma jornal influente, ela deveria saber que num mundo onde tantas mulheres sofrem violencia de seus parceiros, que ha tanta pressão religiosa, politica contra elas,
em que o machismo é tão presente, querer diminuir a importancia do feminismo é sim militar contra todas as mulheres.
Lola, eu não acompanho o BBB, mas vi uma certa polêmica no Facebook sobre a saída de uma das participantes, que teria sido causada por machismo, e fui ver.
ResponderExcluirA guria saiu poque ficou com três e foi considerada piranha pela galera que vota. Até aí morreu Neves. Mas vi o discurso do Bial sobre a saída dela, e é dle que eu quero falar. Tá aí pra quem, como eu, não sabia da história:
"Leila Diniz – uma mulher que jamais queimaria um sutiã em bom estado, e que sem fazer discurso feminista, só por seu comportamento livre, sem amarras, representou uma revolução no caminho da emancipação da mulher brasileira. Foi Leila Diniz quem disse numa célebre entrevista ao Pasquim que 'cafuné... Eu quero até de macaco...'.
Dizendo isso, Leila Diniz quebrava um silêncio ancestral acerca do afeto da mulher, não falo nem do desejo. Leila estava muito além de onde estamos hoje. Hoje, falamos sem nenhum pudor sobre sexo, e nos calamos, mudos de vergonha, ao falar de amor. Não é preciso saber sexo, o sexo nos sabe. O amor, quem sabe.
O amor anda desmoralizado, e sua expressão mais visível e desesperada, a fome do amor, não é necessariamente fotogênica, atrapalha os negócios e o bom andamento das convenções sociais.
Amor, essa invenção romântica que pegou carona na popularidade do imperativo biológico.
Depois de amanhã, é o Dia Internacional da Mulher, um marco de tudo o que aconteceu nos últimos cem anos, transformando a condição feminina, remoldando corpo, cara e gesto da mulher, de maneira irreconhecível.
Primeiro, o feminismo quis a mulher igual ao homem. Posto que não são iguais homens e mulheres, busca o feminismo agora a aceitação da diferença da mulher e também a aceitação de sua igual capacidade frente ao homem. Toda a transformação da função social da mulher, por exigência do próprio bom funcionamento e aperfeiçoamento do sistema produtivo, a ruptura com milênios de misoginia (ódio às mulheres), patriarcado (todo poder aos homens), tudo isso ainda é recente demais.
Nem sequer os sintomas foram debelados, vencidos. A mulher ainda é a mulher do mundo. E nós sabemos, não é, bonecas? O machismo ainda viceja, floresce... Entre as mulheres...
Vem, você merece passar o Dia Internacional da Mulher em liberdade, fora daí. Minha princesa, Renatchjenha."
Lola e comentaristas: o que vocês acham dessa fala do Bial? Achei esquisito quando ele diz que o machismo floresce entre as mulheres, pensei "mas não é só entre as mulheres". Mas quando vi o vídeo, percebi que, quando ele fala "entre as mulheres", ele aponta pras meninas do BBB, como se as acusasse pelo que houve.
Enfim, meio que gostei da fala dele, afinal falar de machismos em horário nobre não é sempre que acontece. Apesar de o que ele disse ter me deixado com uma pulga atrás da orelha.
Isso sem contar a menção a Leila Diniz, super WTF?
ResponderExcluirMais do mesmo.
ResponderExcluirA maioria das frases dá a entender que mulheres recebem homenagens nesse dia porque nos outros 364 dias serviram de alguma forma para o outro e não para si mesmas, seja se sacrificando, se doando incondicionalmente, colocando as necessidades de todo mundo na frente das suas, só sendo especial por ser mãe, tendo função decorativa, enfim.
A maioria das mensagens que já vi de dia internacional da mulher, parece um chute na canela.
Como a Niemi disse lá em cima, dia internacional do machismo travestido de gentileza.
Sex Pistol, desculpa, baby: foi você que não entendeu o que a Talyta escreveu. E ela falou na sua, na nossa cara, a frase vil: 'Eu não devo nada ao feminismo'. Depois dessa frase, a dívida dela tornou-se impagável. E antes que você diga que eu não li o resto do texto, digo que li, sim, e poderia refutar cada uma daquelas frases insanas - ignorantes, pra dizer tudo. O que farei no meu blog - talvez chegue até você o meu texto.
ResponderExcluirRealmente incomoda ler textos como dessa Talyta, ainda mais quando se tem a idade que eu tenho e sabe muito bem o quanto nós mulheres no passado não tão distante assim, eramos privadas de quase tudo, e tinhamos que viver em função de arrumar um marido que nos sustentasse, e que pior que ele fosse, tinhamos que suporta-lo até o fim da vida, pois havia pouquissimo espaço na sociedade pra uma mulher sem marido. É um tapa na cara de mulheres que lutaram muito pra chegar ao que chegamos até agora, sinceramente doi.
ResponderExcluirTenho certeza que por ela ser muito jovem , com o tempo aprendera da pior forma, o quanto esta errada.
Desejei um bom dia especial pra amigas queridas, mas não fiz nenhuma homenagem. Não caio nessa, não quero essa festa forçada e falsa. Sei quem sou e do que sou feita. Sei do que preciso e do que me completa. Palavras doces, melosas e superficiais são ditas todos os dias pra nós, na intenção de satisfazer ao interesses de todos, menos aos nossos.ç
ResponderExcluir@Arlequina Olha desde que o mundo é mundo existe alguém pra ir contra algo.Era obvio que iriam surgir pessoas falando mal.Eu acho que a meta goal deles é super válida,e não acho que tenha haver com politica não.Tanto que nos cartazes que eles tem,eles juntam o elefante e o jumento(simbolos do republicano e democrata) formando uma pomba da paz.E se vc viu o video inteiro e entende inglês vc vai entender que o ''menino branco'' foi usado como uma forma de alcançe para se explicar o que é o movimento para pessoas afora.Povo fica procurando pelo no ovo também....No mais,eles postaram um link onde eles debatem todas as criticas e coisas ditas(como a polemica foto dos fundadores com armas) de novo,tudo em inglês,mas quem sabe ler e ficou com dúvidas,de uma checada: http://www.invisiblechildren.com.s3-website-us-east-1.amazonaws.com/critiques.html
ResponderExcluirAlguns pontos:
ResponderExcluirÓtima sugestão da Niemi. Talvez pudesse ser também "o dia em que o machismo tenta se esconder atrás de gentilezas vazias".
O texto da moça na folha parece até piada. Se eu tivesse um delorean, ia mostrar para alguma moça em 1920 e perguntar o que ela acha.
Comércio tentando vender produtos com a data é esperado. Seria estranho se não o fizessem.
E, por último, o movimento punk já foi menos reacionário, não acham?
Esse comentário da moça na Folha foi ridículo e ignorante.
ResponderExcluirO tipo de coisa q assusta de alguém que aos 25 anos já é graduada e tem mestrado, poderia ter uma visão mais ampla.
Não entendo essa crítica de não se poder ser dona de casa e mãe.
Ué, quer ficar em casa? Quem está proibindo? A única condição é casar com alguém que pense como vc, ele trabalha fora e vc fica em casa. Ponto. Ser dona de casa não é proibido por lei, até onde eu saiba.
Quanto a dizer que mulher não deve nada ao feminismo, não devemos mesmo nada a ninguém, não temos dívida a pagar. Mas desconhecer conquistas de grupos femininos pra mim só representa ignorância e ser alheio à realidade, que é até explicável em muita gente devido a uma educação sofrível, mas pra mim é assustador em alguém que diz ter graduação e mestrado.
Li o texto da Folha, nada como convocar uma mulher para falar contra os direitos das mulheres. Mas não se surpreendam, uma busca rápida e descobrimos que foi o Pondé que a orientou na universidade.
ResponderExcluirOi Dani Cavalheiro...tudo o que vem da Globo e do Bial me deixam um tanto quanto com a pulga atrás da orelha também, mas até gostei do texto, no entanto não sei se entendi o motivo da comparação entre amor e sexo...Seria uma critica ao comportamento liberal da moça???
ResponderExcluir"Hoje, falamos sem nenhum pudor sobre sexo, e nos calamos, mudos de vergonha, ao falar de amor. Não é preciso saber sexo, o sexo nos sabe. O amor, quem sabe.
O amor anda desmoralizado, e sua expressão mais visível e desesperada, a fome do amor, não é necessariamente fotogênica, atrapalha os negócios e o bom andamento das convenções sociais."
Fica apergunta...
Bjs
Off aqui, só para falar de BBB: não percam tempo com esse assunto, eliminação da participante. Não foi machismo, porcaria nenhuma. Quem acompanha o programa ODIOU o discurso do Bial, porque a participante não saiu porque ficou com três, e sim porque fez um jogo errado e se aliou as pessoas mais odiadas dentro da casa. E outra, vão defender a liberdade sexual dela, que ao sair do programa NEGOU ter feito sexo, e fez sim (foi dentro de uma casa com 40 câmeras...)! Ou seja: se para ela, sexo não é nada errado, porque ela negou? Enfim, eu sei que aqui muitos ou quase ninguém assisti o programa, então por isso eu digo com toda a certeza: ela não saiu por causa de machismo. Ela não tinha carisma, não jogava bem. Lembrem-se que ano passado, a ganhadora do programa tinha ficado com dois e ainda tinha fama de prostituta. E mesmo assim ganhou. Bial foi totalmente equivocado e quem acompanha o programa, odiou ter a Leila Diniz comparada com a participante.
ResponderExcluirAdorei uma frase que li hoje:
ResponderExcluir"No dia das mulheres queremos direitos e não rosas!"
Laurinha (Mulher modernex),
ResponderExcluirPara mim, esse foi um dos únicos acertos dela. Mulheres que optam por serem donas de casa são estigmatizadas por muitas feministas.
O que dizer desse texto da Talyta?
ResponderExcluirComo a Sara bem disse (oi Sara!), as mulheres no passado tiveram que lutar por muitas coisas que parecem "triviais" hoje em dia, como votar, (talvez muitas Talytas por ai achem mesmo ser trivial), mas como outra pessoa completou,muitos dos nossos direitos ainda vêm acompanhados de ressalvas.
E ninguem proibiu mulher nenhuma de constituir família e ser dona de casa! Só achamos que temos direito a ter mais opções que isso.
Novamente voltando ao comentário da Sara, na época de nossas avós casar-se com um homem "provedor" e se submeter as suas regras não era opção tão pouco capricho mas uma forma de sobreviver.
Agora a balela de que as mulheres inflacionaram o mercado de trabalho e que isso fez os salários despencarem, bem, isso é tão ridículo né?
Acho que a Talyta tem memória seletiva, pq no começo da revolução industrial os empregos tinham jornadas altamente abusivas e os salários eram irrisórios, não se considerava escravidão por convenção, pq na prática era de fato.
Se houve uma "época de ouro" em que um homem podia com seu salário médio sustentar uma família foi por causa de muita luta, de sindicatos principalmente, essa organização de "gente vagabunda", "esquerdista".
Os salários diminuiram pq a população aumentou, os empresários fizeram lobbys agressivos junto à politicos. Manobraram leis trabalhistas e tacaram o terror em grevistas.
Mas recordar é viver.Como diz a minha mãe: Vive a proza de ressuscitar a lembrança.
Gente, eu preciso falar: O Pedro Bial é um TREMENDO machista. Fez uma horrível campanha difamatória contra a ex-mulher dele (a Giulia Gam). Inventou horrores dela, tentou tirar a guarda do filho da forma mais baixa. Usou toda a influência dele, deixou ela sem emprego, usou a depressão pós-parto dela alegando que ela era louca, descontrolada etc. Dizia que ela era um p*ta, que fazia isso e aquilo, que não prestava. Não permitia nem que ela visse o filho! Foi uma luta para ela conseguir se reerguer, para conseguir a guarda do filho. Ele é do tipo que classifica mulheres em putas e santas. Tentou destruir a vida da ex-mulher de todas as formas machistas e baixas. Esse discursinho dele é a maior HIPOCRISIA que eu li nos últimos tempos. Não precisa nem ir tão longe, ele disse "o amor é lindo" ao narrar o estupro que a Monique sofreu. Discurso mentiroso esse, viu. Eu tenho muita raiva dele, principalmente pelo que fez com a Giulia. Mexeu com uma, mexeu com todas.
ResponderExcluirDe resto, estou como todas vocês ouvindo milhares de "homenagens machistas". Mas aproveito o dia para falar bastante sobre tudo isso. E critico mesmo todos os elogios babacas. Nem me incomodo se me chamam de chata. Pelo menos hoje eles me escutam.
Parabéns suas linda!
ResponderExcluirVejam esse tumblr e morram
http://felizdiadamulher.tumblr.com/
Lolinha, parabéns pela matéria!!
ResponderExcluire quanto às "homenagens"... bem, o pessoal já comentou por mim, rsrs.
Uma homenagem-reflexão minha sobre o dia de hoje (e os outros dias) eu registrei nesse texto aqui com muito carinho, quem quiser ler:
http://naofalaboca.blogspot.com/2012/03/reflexoes-oportunas-num-dia-oportuno-eu.html
Niemi,
ResponderExcluiro texto é tacanho que eu tava na dúvida se valia detonar cada parágrafo.
Eu me diverti quando ela usa o exemplo pessoal como "mulher e intelectual" que "nunca precisei "lutar" contra meus colegas" para negar o machismo nos ambientes de trabalho.
Já é o mais tosco dos argumentos detonar uma causa porque a experiência pessoal é diferente. Mas fica ainda melhor quando vimos, pela idade da moça, que a experiência dela como intelectual que desmente as teses feministas deve ser de menos de 5 anos.
Bruno S
ResponderExcluir5 anos em um ambiente universitário super protegido e tudo o mais né? É fácil não sofrer machismo no seu quintalzinho.
Eu tenho a impressão de que essa garota vai se arrepender desse texto no futuro.
Beatriz,
ResponderExcluirquando ela deu a própria experiência como exemplo, imaginei uma senhora na faixa dos 50 anos falando.
Quando li a idade me surpreendi.
Lord,
ResponderExcluirEsses trolls que vem xingar aqui nos comments não são nem para serem levados em consideração: são menos que entulho.Eles não contam para o debate.
Não queria entrar nessa seara, mas entrando: infelizmente Valerie Solanas fez escola.Infelizmente, alguns escritores e intelectuais, conheceram e passaram a entender o feminismo como aquilo que Solanas escrevia.
Eu acho Solanas uma doente mental, e, claro, a relevância para o movimento feminista, para o verdadeiro feminismo é irrelevante.Mas o radicalismo e as idéias controversas, tem sido usadas, não do modo como está escrito nas páginas do scum, por impostores para angariar a simpatia de algumas lideranças, que são simpáticas as idéias do scum (não todas, mas várias dessas idéias) com a finalidade de obter poder e cargos elegíveis. Esses impostores usam o feminismo para se eleger e ganhar opinião pública.
É isso que estou falando. Fui um pouco polêmico com o texto da Talyta, admito, mas o dicurso de algumas lideranças, pequenas, que tem idéias misândricas, da margem para que discursos ignorantes da Talyta tenham repercursão. Entende?
Por mais que você leia outros livros de demais autoras feministas, as primeiras idéias dos autores iniciais, te marcam mais que os autores posteriores.Você tende a comparar as visãoes e tende a ter aquilo como referência.Acho que já era hora do Feminismo expurgar Valerie Solanas e aquelas idéias.Aquilo não serve para nada, aliás.E não estou dizendo paras as mulheres serem boazinhas, tem que se lutar contra o machismo sim! tem que denunciar o machismo sim!
Mas já é hora de se livrar dessas idéias e lideranças que nada acrescentam,só mancham a imagem do feminismo e faz com que qualquer desinformado e idiota cuspa suas ignorâncias.Abraço.
Nina...bem lembrado...
ResponderExcluirNiemi, concordo com vc a tal Talyta sem dúvida tem memória seletiva, e é ingrata, pois inclusive o feminismo que ela condena foi responsável por ela poder tecer suas idéias retrógradas num jornal de circulação nacional...
Mas mesmo sentindo vergonha alheia por ela, é como diz a Lola, vindo da folha de SP nada me surpreende.
Bruno S,
ResponderExcluirQuer dizer que a mínima discordância significa ser reacionário?
Quer dizer que ideologia é uma receita de bolo, que todos tem que seguir fielmente?
Não, obrigado, sigo meu próprio pensamento.Não vou ficar falando nada agradável aos seus ouvido ou de outras pessoas, apenas para ficar "bem na fita".Acredito no feminismo, acredito que a igualdade seja o caminho, mas isso não me impede de falar algumas coisas dentro do movimento que dão margem a ataques de gente tacanha.
Abraço.
S.P.
ResponderExcluirOq eu não entendo é onde estão essas tais lideranças misandricas.
Pq olhando no blog da LOla, nos blogs listado ao lado, nos varios blogs que ja frequentei, meio que a esmo, e o unico lugar que ja vi a tal Solana ser mencioando são nos blogs e sites anti-feministas, e usada justatamente para ataca-lo e desqualifica-lo.
Mas não vejo nenhuma feminista usando qualquer algumento baseado em alguma obra dela.
Pra mim isso parece como o pessoal que usa o termo "radical" como pejorativo contra qualquer movimento que contrarie o status quo.
Sex Pistol
ResponderExcluirO movimento feminista na sua grande maioria já dispensou a Solanis, aliás a maioria nem a considera uma feminista, ela parece mais uma anedota.
O feminismo de Solanis não é e nunca foi parametro do feminismo seja lá qual for.
Aliás, não acho de bom grado classificar feminismos, como um sendo mais elevado do que o outro, e muitos menos querer segregar as pessoas, com rótulos de "verdadeiro" feminismo, "falso" feminismo.
Há feministas misandricas? Tem, e algumas já apareceram aqui fazendo malabarismos para se justificarem, devem ser ignoradas? Eu creio que não, toda mulher e todo homem que se identifique feminista, (pra mim) deveria ser bem recebido mesmo que a pessoa tenha idéias "estranhas", de cunho misandrico ou que sejam tão machistas como uma pessoa declaradamente machista.
É necessário acolher, conversar, agregar e explicar, ensinar e aprender com essas pessoas.
a logica dessa menina é: nunca apanhei de homi, LOGO violencia contra mulher non ecsiste.
ResponderExcluirsensacional. melhor que isso só uma piada que aprendi na quinta serie:
o mar é feito de agua e sal
biscoitos sao feitos de agua e sal
logo o mar é um biscoitão
S. P.
ResponderExcluirQuem concorda com texto reacionário (texto da Talyta) está sendo racionário.
Simples assim.
Abraços.
Lord,
ResponderExcluirNão estou me referindo ao blog da Lola, se eu sentisse que aqui haveria espaço para tais idéias misândricas, eu nem comentava.Tampouco os outros blogs listados.
O que estou me referindo, e devia ter explicitado, é o aspecto misândrico do discurso de algumas lideranças americanas e de outros países, e eu temo, que esses discursos possam ter terreno e seguidores, especialmente aqui no Brasil e se propague, visto que os EUA,Inglaterra, França e em alguns aspectos a Espanha, ainda tem uma grande capacidade de propagação
de idéias fora de seu país.
Isto é: o que acontece lá em termos politicos, sociais, comportamentais, obviamente vai ter expressão aqui. É disso que estou falando. Dessas lideranças estrangeiras conseguirem impor uma agenda.
O que ocorre é que esses jornalões são tão subservientes ao exterior que só olham o que ocorre lá fora, só consideram o feminismo, como o movimento que ocorre nos EUA e outros países " desenvolvidos".A Talyta, seguindo as diretrizes do jornalão, escreveu um texto que não se aplica a realidade brasileira, apenas se baseou em fatos que ocorrem nos países de "primeiro mundo".Mas até quando essas idéias misândricas vindas do exterior não terão reflexos aqui?
Abraço
Bruno S
ResponderExcluirNão é tão simples assim, há nuances...
Não há preto ou branco, no meio há várias tonalidades de cinza.Abraço
Acho muito triste que as pessoas façam isso. Hoje, meus companheiros de república desenharam florzinhas na parede da cozinha. Eu emputeci. E eles perguntaram por quê.
ResponderExcluirRespondi. Falei da minha ligação com o feminismo. Falei do quanto isso é só reforçar o que mais me revolta no mundo.
Um deles, mais tarde, postou no Facebook um discurso de que tinha repensado sobre o dia das mulheres e outras coisas. Fiquei de cara: o mesmo que diz que, quando uma mulher é gostosa, ela não precisa ser inteligente. O mesmo que briga com a namorada toda vez que ela não é exatamente a submissa que ele deseja. O mesmo que faz da própria mãe uma empregada.
Seria bom se ele olhasse para o discurso dele e mudasse o cotidiano. Seria muito bom.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/29772-nos-mulheres-da-periferia.shtml
ResponderExcluirconteudo só pra assinantes, anonimo. cola aí pra gente :)
ResponderExcluirNossa! Não é preciso ser gêni@ para prever o que acontecerá com a dignidade de Talyta Carvalho daqui a uns anos depois que ela mesma reler a porcaria de texto miserável que escreveu.
ResponderExcluirOlha, nem nos meus porres mais doidos disse coisas tão absurdas quanto ela... e eu ainda podia culpar o álcool.
Nineve.
André,
ResponderExcluirdiscordar é uma coisa, proibir é outra.
Posso discordar de uma pessoa adulta ser dependente financeiramente de outra, mas essa é minha opinião, a vida é dela, não vou desrespeitar ou discriminar uma mulher que opte por isso, mas nada me impede de não admirar a escolha ou o estilo de vida.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/29772-nos-mulheres-da-periferia.shtml
ResponderExcluirTENDÊNCIAS/DEBATES
Nós, mulheres da periferia
Sempre escutamos frases como "ela é formada, mas não na USP" ou "ela é ótima, mas mora longe", mas o tempo ensina a não ter vergonha da periferia
Se a periferia tivesse sexo, certamente seria feminino. Como coração de mãe, ela abraça os seus filhos sem distinção, sem ver se é belo ou feio, dentro ou fora dos padrões.
No dicionário, periferia é a região mais afastada do centro. Um termo que designa apenas um espaço geográfico, não o pior lugar da cidade.
Em São Paulo, há mais de 650 mil mulheres vivendo na periferia -e presentes em toda a cidade, trabalhando, estudando e saindo com os amigos. No Brasil, quase 22 milhões de mulheres são chefes de família.
E para quem é considerada uma favelada, alcançar o ensino superior é quase impossível. É como se ela nascesse com seu destino determinado. Jamais vai ter dinheiro para pagar a universidade e a escola pública não vai prepará-la.
Mas agora, belas, agressivas, cheias de gana e autoconfiança, essas mulheres estão driblando as dificuldades para ascender socialmente. Passaram a incluir mais uma atividade em sua dupla jornada, que se tornou tripla, pois também estudam
(continua)
(continua)
ResponderExcluirHoje, mais do que nunca, mães que não tiveram oportunidades de ensino podem sonhar com o estudo dos seus filhos. Na periferia, a mãe tem orgulho de dizer à patroa que seu filho "fez faculdade".
Não que o diploma de ensino superior tire a sensação de ser marginalizada. "Ela é formada, mas não na USP. É uma ótima profissional, mas mora muito longe." Essa é a realidade de muitas das 3,6 milhões de brasileiras que fazem faculdade.
Situação que apaga e esconde diversas características da população que está longe dos grandes centros. A periferia tem, sim, pessoas interessadas em arte, moradores engajados em movimentos sociais e políticos que querem mostrar a pluralidade deste "outro mundo".
Yhorranna Ketterman, moradora de Taipas, zona norte de São Paulo, é um exemplo. Ficou grávida aos 17 anos. Sugeriram que ela abortasse, ela recusou. Aos 28 anos e com dois filhos, Yhorranna sonha com uma casa, pois vive em uma moradia irregular. Na favela onde mora, os becos são apertados. Ao abrir a porta, só vê casas coladas -ao menos pode pedir para a vizinha ficar de olho nas crianças quando vai trabalhar.
Ela é metalúrgica e se separou do marido depois de uma briga que a deixou com o dedo torto. Já apanhou, mas também bateu. Como mulher forte que é, decidiu fazer a operação para não ter mais filhos, encarando o machismo do então parceiro, que não quis fazer a vasectomia.
Sozinha e chefe do lar, Yhorranna manda na sua vida.
Não basta, no entanto. Quem de nós nunca ouviu a famosa afirmação: "Você não parece que mora na periferia." Bom, até onde sabemos e vemos, as mulheres da periferia não têm apenas um padrão de beleza, não usam as mesmas roupas e não gostam de um único tipo de música.
Somos negras, brancas, jovens, idosas, mães de outras meninas. Gostamos de fotografia, balé, funk, teatro. Na entrevista de emprego, o local onde moramos cria constrangimento. "Sim, tomo ônibus. Trem. Dois metrôs. E ônibus de novo." No happy hour, é comum escutar: "Lá entra carro? Essa hora é perigoso. Quer dormir na minha casa?". A resposta é não. Saímos cedo, voltamos tarde, mas sempre voltamos.
Trabalhamos perto, trabalhamos longe, dirigimos carros, usamos ônibus. Somos várias, diferentes histórias, o mesmo lugar. É impossível nos reduzir a um estereótipo.
Com o tempo, a mulher aprende a dizer que seu bairro não é tão perigoso quanto pregam. Aprende a não ter vergonha de dizer que é da periferia, pois é lá que estão suas raízes e tudo aquilo que aprendeu.
Ser mulher na periferia é também esperar mais de um mês para ir ao ginecologista. É não conseguir creche para seus filhos. Mas nada disso intimida. Nesta semana da mulher, vale lembrar que pobreza maior é não ter espaço para ser. Na periferia, elas são: mulheres guerreiras.
BIANCA PEDRINA, 27, é jornalista e mora em Taipas
JÉSSICA MOREIRA, 20, estuda jornalismo e mora em Perus
MAYARA PENINA, 21, de Paraisópolis, estuda jornalismo
SEMAYAT OLIVEIRA, 23, jornalista, vive na Cidade Ademar
PATRÍCIA SILVA, 23, é jornalista e mora no Campo Limpo
Todas são correspondentes do blog Mural, da Folha.com
"a logica dessa menina é: nunca apanhei de homi, LOGO violencia contra mulher non ecsiste. "
ResponderExcluirApanhou, bate. Não é assim que os meninos são ensinados? Então!
"Acho muito triste que as pessoas façam isso. Hoje, meus companheiros de república desenharam florzinhas na parede da cozinha. Eu emputeci. E eles perguntaram por quê."
ResponderExcluiremputece quando um deles vier te agredir, te assediar, te vexar. Deixa barato não. Dia da mulher é todo dia.
Foi orientanda do Pondé? Tá explicado. Os dois podiam se mudar pra Marte. Ragusa
ResponderExcluirAté mesmo em blogs feministas americanas eu não vejo esse "radicalismo", essa misandria que alguns falam. Quanto a Solanas, só conheci essa pessoa através dos que criticam as feministas misândricas. Solanas não faz parte da vida, tampouco é referência, para a maioria das feministas.
ResponderExcluirQuando eu não conhecia o feminismo, acreditava mesmo nessa história de que o movimento feminista era cheio de mulheres recalcadas, com inveja do falo. Masculinizadas e revanchistas. Eu só mudei de visão quando procurei saber sobre o feminismo e procurar as tais misândricas, rs.
O feminismo é um movimento plural, não é de se seguir uma cartilha única de pensamento. O que une as feministas é a visão crítica do machismo, e a busca de mudança.
Alguém já deve ter te mostrado isso, mas vai aí novamente =)
ResponderExcluirhttp://felizdiadamulher.tumblr.com/
Essas 5 colocaram a alienadinha q emendou mestrado na facul no chinelo.
ResponderExcluirSP
eu acompanho blogs gringos feministas tb e não vejo essa tao falada misandria que vc citou, onde vc achou isso? A Solanas ja foi superada pelo feminismo faz é tempo e mocinhas que nem a Talyta são o tipo que não faz ideia como era viver como nossas bisavós viviam.
Vou citar alguns nomes, que eu não concordo em hipótese nenhuma e que guarda esse ranço ideológico:
ResponderExcluir-Linda Gordon;
-Robin Morgan;
-Andrea Dworkin;
Abraço
Vou citar autores fundamentais para embasamento ideológico sério, o básico para iniciar uma discussão sobre o feminismo:
ResponderExcluir-Simone de Beauvoir- "O segundo sexo"
-Julia Kristeva-Semeiotikè
-Susan Faludi- Backlash
Abraço
LoLa, meus parabéns pela divulgação que seu blog está tendo na mídia séria. Hoje tive um dia corridíssimo... passei por aqui e deixei um comment pelo dia, ma foi em outro post... não liguei a TV, passei o dia fora e somente agora vim ler o post de hoje (há dois). Obrigada por todo seu empenho e meus parabéns pelas suas conquista... Conquista LoLa Conquista.
ResponderExcluirNunca vi esse dia sendo comemorado nos EUA e sei que tem a ver com as moças que morreram queimadas, presas numa fábrica da indústria têxtil, no século 19, em NY City... acho que é isso. Vi o documentário há anos.... muito muito triste.
LoLa, o a matéria do jornal diz que a média de comentários por post aqui são 50 comentários, mas não é bem mais? Apenas pra constar... um abraço e vou ao post seguinte.
Já que vc tem tantos compromissos e está sendo cada vez mais solicitada, por que não deixar dois dias da semana somente para guest posts? 3a. e sábado por exemplo... se forem dias da sua conveniência... mas seria legal ter os dias definidos para o guest post... acho que seria uma forma de vc se organizar... apenas tentando colaborar, OK?
ResponderExcluirPara todas as mulheres do Brasil e do Mundo... Um forte abraço! Obrigado por exeistirem.
ResponderExcluirBeijos Lola