Gente, talvez vocês já tenham visto, talvez não. Ontem saiu uma entrevista que dei pra querida Marcela por telefone e email. Foi uma espécie de perfil que ela publicou no site da revista TPM. Acho que ficou muito legal. Tinha uns errinhos e tal, mas eu apontei pra ela e ela prontamente os corrigiu. Um deles foi chamar o maridão de Carlos. Isso foi estranho, porque toda vez que alguém erra o nome dele, fala Luis. Sério mesmo, toda santa vez! Luis é o irmão dele, mas quem erra o nome do Silvio não sabe disso. Bom, Carlos foi a primeira vez. E ainda bem que não disseram que o nome era Mário, se não lá ia eu ouvir 346 piadinhas daquelas que rimam Mário com armário.
Adorei ter falado com a Marcela, que foi uma simpatia só. E certamente esta foi a mais completa de todas as quinze entrevistas que dei este ano. Só posso agradecer!
Mas uma coisa me irritou um pouco. Não tem nada a ver com a Marcela ou com a TPM, mas com a recepção da entrevista. É que tem feminista que se sentiu incomodada com a entrevista. Não interessa quem é, não quero citar nomes, pode muito bem ter sido mais de uma. Então. Uma ou outra não gostou que eu me declare feminista desde os oito anos de idade. Porque feminismo é uma prática política, e criança não faz política, e ninguém tem a menor ideia de opressão quando pequena, e que eu vivo falando do meu feminismo precoce. Minha nossa senhora do chuveiro elétrico, dai-me resistência! Eu não digo que sou feminista desde que me conheço por gente pra me exibir ou pra querer ser uma feminista alpha female melhor que as outras, até porque não estou competindo com ninguém. Não meço feminismos (“o meu é maior que o seu!” -– que papo mais fálico, pelamor!). Não julgo se a pessoa que se diz feminista é ou não uma (na definição genial de um troll) ingrata com o patriarcado. Nem fico avaliando se a pessoa pode ou não ter se descoberto feminista quando diz que se descobriu feminista. Eu digo que sou feminista desde a mais tenra idade porque esta foi a minha realidade (até rimou). Eu me recordo de pouca coisa de quando eu era criança (porque pra mim faz um tempão), mas do meu feminismo eu me lembro muito bem. E não foi uma ou outra frase num diário. Até os 14 anos eu já tinha escrito quatro livros. É, livros. Não publicados, óbvio (isso foi só quando eu fiz 19, um livro de poesia). Durante parte da minha infância esteve na moda um troço chamado The Nothing Book (o livro do nada). Eram livros bonitos, capa grossa, grandões, só que com nada dentro. Era um livro vazio que a pessoa preenchia. E foi isso que eu fiz, com montes de desenhos, colagens, textos, opiniões... Tenho vários registros de textos sobre o poder das mulheres, contra a opressão, pela liberdade, inclusive falando de revolução sexual. Claro que meu feminismo mudou bastante -– na verdade, só criou um discurso mais coerente quando comecei o blog, quase quatro anos atrás. Mas quando eu era criancinha eu já tinha pais feministas que me influenciavam; eu sabia o que era feminismo (direitos iguais, isso me bastava), lia a revista americana Ms., conhecia chavões feministas como “If a man's home is his castle, let him clean it” (se o lar de um homem é seu castelo, deixe que ele o limpe), ou “A woman needs a man like a fish needs a bicycle” (uma mulher precisa de um homem tanto quanto um peixe de uma bicicleta). Ter tido essa experiência não me faz melhor que ninguém. Mas é a minha experiência. E não vou ficar com vergonha de contá-la só porque não foi a de todas as feministas.
Tá, mas isso não é nada. O que me deixou chateada foi um tweet (que não foi enviado pra mim, mas era sobre mim, junto com vários outros dizendo que o que eu falo e faço representam um desserviço pro feminismo): “Você pode ser feminista de esquerda contra o mito da beleza, mas pentear o cabelo não custa nada. Just sayin'.”
Esse tipo de coisa eu ouço todo dia. Mas ouço de gente de direita, de fãs do CQC, de pessoas que odeiam feministas. Dos trolls de sempre. Isso vindo de uma feminista me choca um pouco, porque, ahn, julgar uma mulher pela sua aparência é uma das coisas que gostaríamos de evitar. Quer dizer, a feminista que diz algo assim é inteligente. Ela sabe que tal ofensa será usada contra ela, se é que já não foi quinhentas vezes. É como uma mulher chamar outra de vadia. Você não está xingando uma mulher, está xingando todas. Inclusive você mesma.
É tanta patrulhinha inútil, tanta agressão gratuita, que eu fico pensando: será inveja? Mas inveja de quê? Tem espaço pra todas. A internet é enorme, ué.
E eu adoro meu cabelo nessa foto! Gosto muito mais do que quando o cabelo fica todo certinho. Não é tão comum ficar assim, encaracoladinho, em camadas. Acontece às vezes, pouco depois de ser lavado. Muita gente cisma com o meu cabelo por essa foto, e eu acho tão estranho isso. Como se só existisse uma forma certa pro cabelo! Como se cabelo não tão liso estivesse despenteado, ou sujo. Como se eu devesse me conformar com um padrão de beleza específico até pra tirar uma mera foto, mesmo quando eu prefiro meu cabelo de outro jeito!
O que é mais chato é que a feminista que preferiu se concentrar no meu cabelo (lindão, and proud of it) ou em me encaixar num esquema pré-modulado de como deve ser a descoberta do feminismo, provavelmente não prestou atenção no meu recadinho, que foi: “Sejam mais críticas com o mundo e menos críticas com vocês mesmas e com outras mulheres. Já temos um mundo bastante hostil em relação a nós, um mundo que, apesar de estar em franca mudança, ainda é muito desigual. Então definitivamente não precisamos de mais inimigas”.
É no que eu acredito. Desde que me conheço por gente. E já naquela época meu cabelo era tão rebelde quanto eu sempre fui.
Mas uma coisa me irritou um pouco. Não tem nada a ver com a Marcela ou com a TPM, mas com a recepção da entrevista. É que tem feminista que se sentiu incomodada com a entrevista. Não interessa quem é, não quero citar nomes, pode muito bem ter sido mais de uma. Então. Uma ou outra não gostou que eu me declare feminista desde os oito anos de idade. Porque feminismo é uma prática política, e criança não faz política, e ninguém tem a menor ideia de opressão quando pequena, e que eu vivo falando do meu feminismo precoce. Minha nossa senhora do chuveiro elétrico, dai-me resistência! Eu não digo que sou feminista desde que me conheço por gente pra me exibir ou pra querer ser uma feminista alpha female melhor que as outras, até porque não estou competindo com ninguém. Não meço feminismos (“o meu é maior que o seu!” -– que papo mais fálico, pelamor!). Não julgo se a pessoa que se diz feminista é ou não uma (na definição genial de um troll) ingrata com o patriarcado. Nem fico avaliando se a pessoa pode ou não ter se descoberto feminista quando diz que se descobriu feminista. Eu digo que sou feminista desde a mais tenra idade porque esta foi a minha realidade (até rimou). Eu me recordo de pouca coisa de quando eu era criança (porque pra mim faz um tempão), mas do meu feminismo eu me lembro muito bem. E não foi uma ou outra frase num diário. Até os 14 anos eu já tinha escrito quatro livros. É, livros. Não publicados, óbvio (isso foi só quando eu fiz 19, um livro de poesia). Durante parte da minha infância esteve na moda um troço chamado The Nothing Book (o livro do nada). Eram livros bonitos, capa grossa, grandões, só que com nada dentro. Era um livro vazio que a pessoa preenchia. E foi isso que eu fiz, com montes de desenhos, colagens, textos, opiniões... Tenho vários registros de textos sobre o poder das mulheres, contra a opressão, pela liberdade, inclusive falando de revolução sexual. Claro que meu feminismo mudou bastante -– na verdade, só criou um discurso mais coerente quando comecei o blog, quase quatro anos atrás. Mas quando eu era criancinha eu já tinha pais feministas que me influenciavam; eu sabia o que era feminismo (direitos iguais, isso me bastava), lia a revista americana Ms., conhecia chavões feministas como “If a man's home is his castle, let him clean it” (se o lar de um homem é seu castelo, deixe que ele o limpe), ou “A woman needs a man like a fish needs a bicycle” (uma mulher precisa de um homem tanto quanto um peixe de uma bicicleta). Ter tido essa experiência não me faz melhor que ninguém. Mas é a minha experiência. E não vou ficar com vergonha de contá-la só porque não foi a de todas as feministas.
Tá, mas isso não é nada. O que me deixou chateada foi um tweet (que não foi enviado pra mim, mas era sobre mim, junto com vários outros dizendo que o que eu falo e faço representam um desserviço pro feminismo): “Você pode ser feminista de esquerda contra o mito da beleza, mas pentear o cabelo não custa nada. Just sayin'.”
Esse tipo de coisa eu ouço todo dia. Mas ouço de gente de direita, de fãs do CQC, de pessoas que odeiam feministas. Dos trolls de sempre. Isso vindo de uma feminista me choca um pouco, porque, ahn, julgar uma mulher pela sua aparência é uma das coisas que gostaríamos de evitar. Quer dizer, a feminista que diz algo assim é inteligente. Ela sabe que tal ofensa será usada contra ela, se é que já não foi quinhentas vezes. É como uma mulher chamar outra de vadia. Você não está xingando uma mulher, está xingando todas. Inclusive você mesma.
É tanta patrulhinha inútil, tanta agressão gratuita, que eu fico pensando: será inveja? Mas inveja de quê? Tem espaço pra todas. A internet é enorme, ué.
E eu adoro meu cabelo nessa foto! Gosto muito mais do que quando o cabelo fica todo certinho. Não é tão comum ficar assim, encaracoladinho, em camadas. Acontece às vezes, pouco depois de ser lavado. Muita gente cisma com o meu cabelo por essa foto, e eu acho tão estranho isso. Como se só existisse uma forma certa pro cabelo! Como se cabelo não tão liso estivesse despenteado, ou sujo. Como se eu devesse me conformar com um padrão de beleza específico até pra tirar uma mera foto, mesmo quando eu prefiro meu cabelo de outro jeito!
O que é mais chato é que a feminista que preferiu se concentrar no meu cabelo (lindão, and proud of it) ou em me encaixar num esquema pré-modulado de como deve ser a descoberta do feminismo, provavelmente não prestou atenção no meu recadinho, que foi: “Sejam mais críticas com o mundo e menos críticas com vocês mesmas e com outras mulheres. Já temos um mundo bastante hostil em relação a nós, um mundo que, apesar de estar em franca mudança, ainda é muito desigual. Então definitivamente não precisamos de mais inimigas”.
É no que eu acredito. Desde que me conheço por gente. E já naquela época meu cabelo era tão rebelde quanto eu sempre fui.
Palmas, Lola.
ResponderExcluirTambém não vou citar nomes, já que você não quer. Mas achei chaaaato esse comentário da feminista em questão. Achei chato, baixo nível, argh.
E o cabelo dela é crespo, também. Isso só cria inimigos. Falar mal do cabelo alheio que é um desserviço ao feminismo. To-tal.
Não sei como ela conseguiu falar tanta coisa assim, sinceramente. Liga não, Lola. E também adoro sua foto do twitter. ^^
kkkkkkkkkkk, eu ri. É triste mas é engraçado, né? Essa observação sobre o cabelo é tão mesquinha que só dando risada.
ResponderExcluirÉ aquela coisa, para sermos respeitadas como mulheres e feministas temos que, ao menos, ter uma aparência que nos credencie a "aparecer" na sociedade.
É diferente mas lembra um pouco aquela história de "tudo bem ser homossexual, mas não se vista como um(a) e comporte-se como uma pessoa normal" que a gente lê e ouve toda hora.
Vou aproveitar para divulgar texto q li hoje cedo sobre um caso q aconteceu em BH, descrito pela
@inquietudine no seu blog
As meninas que pareciam garotos:
http://inquietudine.wordpress.com/2011/10/28/as-meninas-que-pareciam-garotos/
O ser humano tem inveja e cobiça.
ResponderExcluirEngraçado que isso é considerado um 'desvio de conduta'. Não devemos ter inveja. Não devemos ter cobiça. Mas temos. E apenas temos que lidar com isso.
Eu tenho cabelo liso e lambido. Para um pouco de volume, eu adoro quando consigo fazer cachos! Fica muito legal! Acho super divertido e também gosto de não ter que ficar penteando toda hora para ele não sair do lugar. Ele sai!
Se o seu cabelo penteado fica assim, pq as outras, que não o tem, implicam com ele? O cabelo é seu oras bolas.
É que quem não tem nada de bom para falar e não morde a língua, fala bobagem, né?
Eu acho que ser vaidosa ou não independe da sua escolha em ser feminista. Conheço um monte de mulher machista que não é nem um pouquinho vaidosa.
Então, né? Essas coisas são desagradáveis e desnecessárias. Que a moça que se preocupou com o seu cabelo, consiga arranjar coisas mais interessantes para fazer ;)
Muito bom Lola.
ResponderExcluirNão há porque ter vergonha de ser como se é. De "pessoas iguais" o mundo já está cheio.
=)
É, se ela agiu assim, não vejo ela sendo feminista. Isso é falso moralismo. Sinceramente, deixa pra lá. Você é linda, inteligente e tem uma ótima cabeça. Elas têm inveja sim, rs.
ResponderExcluirO ateísmo aconteceu comigo como o feminismo aconteceu com você.
ResponderExcluirCresci numa família católica, ruralista e extremamente machista, cheia de preconceitos (eles até que melhoraram).
Com 10 anos eu já não acredita em Deus (apesar de não ficar expondo isso), quando fui apresentada a Teoria da Evolução achei tão insano alguém acreditar na história de Adão e Eva.
O feminismo veio depois e foi aprimorado lendo o seu blog e o da Letícia.
É muito engraçada essa história de troca de nomes. Desde que me entendo por gente me chamam de Barbara e depois descobri uma comunidade no orkut com milhares de Déboras com o título:
Não spu Barbara, sou Débora!
hahahhahha ri demais
Beijo Lola.
estranho dizer que uma criança não pode compreender a opressão. talvez algumas não consigam elaborar, mas é claro que sentem. lembro-me claramente de um tio dizendo que eu era menos inteligente que meu primo pq as mulheres são menos inteligentes que os homens. nem uma coisa nem outra era verdade, mas foi algo que me marcou - e me fez querer mostrar inteligência insistentemente. não de um modo feminista, não de um modo tão elaborado: acho que fiquei mais no "só de raiva vou mostrar que sou boa". mas, enfim, a gente quando é criança ouve as coisas. sente as coisas. e cada uma elabora de um modo. vc elaborou "feministamente". ;)
ResponderExcluirbem, quanto ao comentário do cabelo, desconsidere. é pequeno demais.
bjos!
Só dando muita risada nessa hora ^^
ResponderExcluirVi os comentários da menina,achei que foram totalmente infundados e tb acho que ela está prestando mais um desserviço ao feminismo do que vc Lola, aliás eu acho que vc não presta desserviço algum...se seu feminismo é melhor ou pior do que o de outras (existe isso?) pelo menos é a porta de entrada para muitas mulheres se descobrirem como tal, depois ela aprende o que é "melhor" pra ela né?
Acho que criança não pratica necessariamente politica, pq mesmo que quisesse e tivesse consciência de como se fazer isso, não poderia pq é menor de idade e não responde pelos seus atos ainda.
Mas isso não quer dizer que criança não tenha senso crítico, ou acham que a gente só desenvolve essa capacidade sei lá com 12 anos pra frente? Nosso poder de abstrair as idéias do mundo pode ser um pouco rudimentares na infância e altamente influenciável, porém acho que não é inexistente.
Vc mesma reconheceu que seu feminismo se tornou muito mais coeso quando adulta, não está ai a maior prova de que vc não quer ser pedante? Nunca vi vc falar aqui no blog que desde sempre se descobriu uma feminista "completa" assim do nada, um belo dia "puf! nossa sou ingrata com o patriarcado, sou foda!" kkk e que isso te torna mais feminista.
Cada um tem sua história, pode ser que muitas tenham atitudes e pensamentos feministas desde muito cedo mas só tenha se tocado disso depois quando mais velhas e dái? Isso não é demérito algum (aliás isso é tão meritocrático né?)
Sobre a aparência, foi como falei lá no fórum em outro topico, vc pode optar por se maquiar ou não, pode optar por pentear o cabelo ou não (hahaha só cabelo liso que é penteado né? ok) mas desde que vc não queira medir as outr@s com a sua régua, tudo bem a sua liberdade deve prevalecer e das demais tb.
:)
Niemi disse tudo!
ResponderExcluirLola, quando apresentei minha dissertação, uma feminista que leu o trabalho questionou 'de onde vinha o meu feminismo', pois eu não deixava claro qual era a minha linha política e tal (embora eu discorde, mas isso é tema pra outro comentário). Como se o meu mérito enquanto feminista estivesse necessariamente vinculado a uma relação de pertença que eu estabelecesse entre movimento X ou movimento Y. Ser feminista autônoma incomoda, porque vc não está amadrinhada, né. Não está pedindo a benção a nenhuma superiora para se expressar como tal, e dentro do feminismo existem disputas e hierarquias. Eu concordo que o feminismo é uma construção coletiva, que parte da auto-organização das mulheres e tal, mas se não é isto o que vc promove em seu blog, o que é então? E por que elé é uma referência? Por que é capaz de sensibilizar tante gente? Acho que estas são as perguntas que as feministas críticas às formas autônomas de expressão e descoberta do feminismo deveriam fazer a elas mesmas. O problema talvez esteja no desinteresse geral das novas gerações pelo feminismo hierárquico, partidário, organizado dentro de quadros mais formais. Eu penso que uma fonte poderia se alimentar da outra, e ambas devem conviver, já que, no fundo, o desejo de romper com as desigualdades é o mesmo. Preguiça imeeeeensa de quem vem com esse papo de 'isto é o verdadeiro feminismo'. Não acrescenta nada, não muda a vida das mulheres que estão se lascando, só serve para acarinhar o ego de uma ou outra, em detrimento da maioria. Super parabenizo Marcela e à revista TPM, fiquei super orgulhosa de te ver lá, levando o discurso da mídia alternativa para a grande mídia, com a coragem e valentia que lhe são naturais. Orgulho de conhecer você e acompanhar seu belo trabalho, que só se fortalece. E deixa a inveja para lá, que esta por si só se anula, e pega mal para quem se vale dela. Abração!
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirAcho triste essa polêmica (que só estou sabendo agora, pois passei - ainda bem - várias horas offline), uma vez que gosto de vocês duas.
Tirando comentários sobre a aparência física (sério, quem ainda faz isso? que bobeira!), entro nessa questão de feminismo ser uma coisa política ou não. Eu sou da corrente que diz que não necessariamente.
Você pode lutar pelo feminismo, fazer mestrado fora do Brasil, se engajar em ONGs de defesa da mulher, escrever um blog muito lido. Isso é super bacana e pode mudar várias vidas.
Mas vejo o feminismo também como uma coisa que acontece naturalmente - e aí, sim, aos 8 anos se pode ser feminista. É intuitivo.
Eu não tenho nenhum embasamento teórico, nem hoje, depois dos 30. Mas lembro de mim mesma, ainda criança, achando um absurdo a diferença de tratamento da sociedade perante meus pais quando se separaram. Minha mãe era puta só porque se libertou de um casamento que não a fazia feliz.
Por isso, acho mesmo que todos podemos ser feministas desde sempre, ou começar agora. Basta observar o mundo ao redor.
Um beijo!
Nunca fui feminista de bandeira, de ir a passeatas, mas levei, também desde muito cedo, uma vida feminista, recusando namorados machistas, lutando contra rótulos machistas, buscando, sempre, independência intelectual e financeira.
ResponderExcluirTambém uso cabelos desgrenhados, especialmente depois que fiquei mais velha e me libertei das convenções do comprido e liso.
E, Lola, como vc é bonita! Além do verde dos seus olhos, eles transmitem uma suavidade e uma alegria ímpares.
Leio diariamente seu blog e os comentários, mas raramente comento porque minha voz se faz ouvir através de outras vozes.
Um grande abraço.
Quanto despeito só por que uma revista te entrevistou. Como diz o Eclesiastes: vaidade das vaidades, tudo é vaidade. Muita gente que escreve na internet quer ver os seus escritos e suas ideias nas revistas e nos livros, como um "reconhecimento" da sua qualidade. E alguns, quando veem outros tendo esse "destaque" enquanto eles permanecem "no virtual", reagem com despeito.
ResponderExcluirIsso de falar do seu cabelo é a pessoa querendo de alguma maneira te diminuir, apontando um suposto defeito. Na falta de erros de português ou de citação, apontou para o seu cabelo. Pfff.
Lola! vc é linda e o seu feminismo tb!
ResponderExcluirEu já suspeitava que eu pensava diferente mas que deveria ter outras pessoas que pensavam igual, só aqui no seu blog que pude perceber o que sou e isso foi muito legal!
Mas acho que desde criança sou feminista tb, pq nunca concordei com as atitudes e palavras machistas dos meus pais!
E não liga para o comentário do cabelo, parece até inveja! Aff eu tb tenho cabelos "ao vento" rsrsrs e eu adoro! Me sinto muito bem com eles assim, isso é uma liberdade que ninguém me tira e muitas gostariam de ter! XD
e um recado pra menina se ela ler o seu blog:
Ao criticar o feminismo de alguem vc está criticando todas as mulheres que querem ser livres!
Pensa nisso!
beijão Lola
Ah, lola, acompanhei umas dessas polêmicas e fiquei feliz com os comentários que se seguiram de que criança pode ser politizada, ainda que em outros termos (óbvio).
ResponderExcluirEsse comentário sobre o cabelo foi o mais idiota que li, sinceramente, mas não o vi acontecer, só fiquei sabendo agora.
Triste é ver as próprias feministas falando isso...mas, feminista é humana, né?! Espero que ela reconsidere essa situação, de verdade, e reveja seus conceitos.
Niemi, eu sigo o fórum também, vi seu post de chegada e te dou boas vindas aqui, pois quase não comento lá!
E, Lola, acima de tudo, parabéns pela entrevista! Espero que agora o feminismo seja mais bem visto pelo menos um pouquinho! =D
Achei o post lindo! Super doce.
ResponderExcluir:D
Caramba, que ideia infeliz a fulana teve em fazer crítica de tamamho mau gosto contra alguém que se supõe ambas estejam engajadas na mesma causa.
ResponderExcluir"Nosso poder de abstrair as idéias do mundo pode ser um pouco rudimentar na infância e altamente influenciável, porém acho que não é inexistente." --Niemi Hyyrynen
Gostei, Noemi, gostei muito mesmo. Citação pra ser levada a sério.
Lolíssima,
ResponderExcluirNão sei se tenho algum embasamento formal além do livro que li do Philippe Ariès sobre a evolução da visão sobre a criança na História... mas na minha opinião, criança é a primeira a conhecer do que se trata a opressão e a última a ser levada em conta.
É lógico que a forma de apreensão do mundo delas é diferente, mas eu me lembro de desde pequena me considerar feminista e ter pensamentos feministas. Foi na adolescência que fui tomada por uma onda de pessimismo e companhias não muito saudáveis nesse sentido. Acho que foi quando eu senti a opressão da forma mais violenta e, em vez de tomar a vaga no peito, eu preferi ficar embaixo de um abrigo de concreto - só que pra caber nele eu tive que me contorcer muito.
Eu não vi a discussão com a outra feminista em questão, é uma pena. Nem sei se deveria comentar muito, mas apesar de não ter gostado do modo como ela se expressou, eu acho que entendo de onde vieram os argumentos. Eu não concordo com eles, mas durante minha dita adolescência, acho que também pensava assim (um pouco pior, na verdade).
Lamento. Espero que busquemos nos unir mais.
Lola, parabéns por mais essa!
ResponderExcluirNão digo que sou feminista desde pequena, mas desde pequena já lutava com a divisão entre os sexos, com a opressão do patriarcado por ter nascido com vagina, minha família está de prova. Eu tinha noção de que dividiam o que eu podia fazer ou não por ser menina, e não concordava com isso, afrontava e tudo mais.
E sobre o comentário sobre seus cabelos... nossa, a moça que comentou isso deve ter vergonha de se chamar feminista, pois foi um comentário totalmente machista. É o clássico vergonha alheia.
Quer saber, Lola, eu já vi outras feministas falando mal de você, até deixei de 'andar' com elas por isso - foi virtualmente - porque senti que era invejinha besta, comentários com intenção de diminuir o teu feminismo. Sei lá, me decepcionei com elas por se comportarem assim, não por falarem de você especificamente, pois na época mal comentava aqui, foi mais por achar uma atitude feia demais falar de alguém pelas costas e que os comentários iam contra os conceitos feministas. Que irmandade era aquela que tinha por objetivo classificar outras feministas? Caí fora. E isso já tem um tempo.
Enfim, acho você uma linda feminista e um exemplo a ser seguido, se isso incomoda outras, acho que elas devem rever o que é feminismo.
Bjs
Adorei a entrevista, Lola! Gosto muito quando você fala da questão da infância, pq eu tb fui bem questionadora desses padrões desde pequena. Não entendia pq me empurravam tanta coisa cor-de-rosa, se eu gostava mais de azul. Não entendia pq minha mãe queria tanto que eu andasse penteada e com chuquinhas no cabelo, se eu gostava dele solto e enrolado. Não entendia pq meu irmão podia ter brincadeiras mais agitadas e eu não, e pq eu tinha que ajudar a lavar a louça e ele não. Tanto que acho que fui transformando um pouco meus pais com esses questionamentos, e eles ficaram mais flexíveis com essas coisas com o passar do tempo. Infelizmente, não tinha muita clareza, e acabei passando por uma crise pré-adolescente em que às vezes eu tinha uma raiva imensa de ter nascido mulher. E ainda tinha a religião da minha família pra me pentelhar... que mulher era culpada das degraças do mundo por causa de Eva, que a cabeça da casa tem que ser o homem e todas essas abobrinhas. Felizmente, depois fui recuperando esse espírito feminista que tinha na infância, depois entrei pra faculdade de Psicologia e isso me ajudou bastante a entender mais sobre a sociedade e relações de dominação, e quando achei teu blog finalmente consegui assumir o feminismo em mim. E cada vez mais, seus posts me ajudam a me sentir mais e mais de bem comigo mesma e a lutar pelo que acredito.
ResponderExcluirEntão, ficou uma coisa meio pautando o feminismo alheio meio despeito verborrágico. Chato, desnecessário... e ela não é a única. Isso só prova que o feminsmo não torna ninguém perfeita, é um esforço constante de melhoramento pessoal, alguns preconceitos nossos estão mais enraizados do que gostamos de admitir. Faz parte, né. Vamos andando e aparando as arestas.
ResponderExcluirQuando criança, por n motivos, eu também já intuía essa questão de direitos e o sexismo. Ao contrário de você Lola, ninguém na minha família é feminista. Acho que por ter sido criada num ambiente tão sufocante eu fui no sentido contrário deles e busquei liberdade e questionamentos, fui em busca de ar. Só não tinha um nome para isso, mais tarde descobri a palavra feminismo e me identifiquei. Isso não é melhor nem pior, é apenas mais um dos muitos caminhos possíveis para chegarmos onde estamos.
No final, o incômodo dela é isso mesmo, dela. É aquela situação, falamos uma coisa e a pessoa entende de acordo com o que lhe é mais sensível e fica magoada com a ilusão que criou em nosso nome e que funciona como um espelho dela mesma.
Desdenhar da capacidade de abstração e da intuição infantil é uma coisa bem típica do mundo no qual vivemos. A infância é uma época muito subestimada, os publicitários já acordaram para o fato. O que é uma pena, pois quase tudo que somos vai se formar ali, muito difícil para um adulto mudar os valores que entesourou quando criança, para a maioria vai ser uma luta árdua pela vida inteira. Geralmente acontece o contrário do que muitos pensam, a criança tema mente mais capaz de aprender e conforme envelhecemos isso diminui, nos tornamos menos maleáveis.
eeee Meu cabelo também é volumoso e eu adoro. Meus olhinhos brilham quando vejo um black power. Cada uma com seu estilo, né mesmo? O resto é bobeira, coisa mais 7ª série ficar falando do cabelo da colega rsrs. Vergonha alheia e bem machista.
Oi Lola, tinha acabado de falar em uma discussão lá na lista BF quando li teu texto. A priori, quando comecei a te ler, também achava esquisito o lance de "desde criança", confesso. Mas com o tempo revi algumas coisas e senti que era um preconceito meu... eu que precisava de coisas demais para me identificar com o que quer que fosse.
ResponderExcluirAdorei seu post!
Sobre a parte do cabelo, sem comentários! rsrss Eu vivo assanhando o meu quando saio de casa para ver se o condenado fica mais volumoso, aí o povo vem intrigar com teus cachinhos kkkkkkkkkkkkkkkkkk =D
Concordo com a Liana, infelizmente os publicitários já se deram conta de que podem argumentar diretamente com as crianças, pois elas estão aptas a isso!
ResponderExcluirLembrei tb do seu concurso Lola que rolou ano passado, (foi?) sobre como cada uma descobriu/desenvolveu seu feminismo, nos vários posts que tiveram pudemos reconhecer a pluaridade do movimento, afinal, qualquer movimento é feito por pessoas, e somos todos plurais!
Marilia
Brigada =D espero contribuir com o fórum!
Lisana
Obrigada tb! XD
Pois é Lola
ResponderExcluirseu cabelo é desgrenhado mas isso não é o maior dos problemas.
Só de saber que vc já era subersiva desde criança me dá um desânimo...
Por isso é válido aquele ditado, tem mal que se tem que cortar pela raiz.
Isso foi falta de palmada no seu bumbum comunista.
Se não estou enganado, foi Simone de Beauvoir quem afirmou que já se percebia um ser pensante desde os 5 anos.
ResponderExcluirTambém guardo da minha infância as primeiras sensações ruins em que percebia a injustiça com as mulheres, como no momento em que as meninas começaram a se recusar a brincar na areia ou em outras brincadeiras que resultavam em suor, porque seus pais não permitiam. Tinha muita pena delas e já naquela época me prometia que se fosse pai de uma menina eu a deixaria brincar nessas condições :)
Nem sei quem foi, mas uma mulher que se diz feminista e resolve julgar, aliás, condenar uma outra por causa de seu corte de cabelo, precisa se perguntar se ela é mesmo feminista e se merece ser chamada como tal.
ResponderExcluirAHHHHH! O meu postzinho sobre carros e atropelamentos não era pra ter saído hoje! Agendei errado (e, como algumas de vcs viram, tava incompleto, quase sem links ou imagens). Desculpe, gente, publico amanhã.
ResponderExcluirE obrigada pela solidariedade que tá rolando nesta caixa aqui!
Lolíssima,
ResponderExcluirMe identifiquei muito com seu blog justamente por ter uma história parecida em relação ao "feminismo precoce".
Aos 5, 6 anos minha mãe já tentava me iniciar nos afazeres domésticos, como tinha feito com minhas duas irmãs mais velhas. Éramos nós 4 e meu pai em casa, então ele vivia como um rei. Nunca lavava um garfo sequer, recebia a comida no prato, a toalha e a roupa passada nas mãos no fim do banho... Se ele quisesse dormir à tarde, nos finais de semana, tínhamos que fazer silêncio absoluto por horas e horas.
Com minhas duas irmãs minha mãe não teve o menor trabalho, elas aprenderam cedo qual eram suas "obrigações", mas comigo... Aos 6 anos eu dizia que não iria arrumar meus brinquedos, nem minha cama porque ao meu pai nunca pediam nada disso. Ficava louca de raiva quando via meus pais chegando em casa depois de um dia de trabalho e meu pai ia direto pro sofá, enquanto minha mãe não parava de trabalhar até depois da meia-noite. E eu me perguntava que diabos tinha a mulher feito de tão grave para merecer aquilo.
Aos 12 anos minha mãe me falou sobre a mulher e deus. Tantos absurdos que me fizeram querer ser um garoto. Passei a me vestir como um, a andar só com muleques, a jogar futebol, brigar na rua etc. Queria a todo custo chocar meus pais, usava roupas de bandas de rock, tinha amigos punk... Nas conversas de família diziam: "A Daniela dá tanto trabalho para a mãe, coitada". Mas o pior eram as comparações com as "boas mocinhas" da rua: "Tá vendo só a Adriana, filha da vizinha? Tem 14 anos e já é uma dona-de-casa, faz tudo pra mãe dela. Nunca sai de casa, um anjo essa menina". Affffffff!
O mais chato é que tudo isso que eu fazia pela recusa em ser a menininha que todos esperavam ia contra a minha natureza. Eu não gostava de punk, só queria provocar meus pais. Não gostava quando os garotos fumavam e fazia discursos anti-tabagistas para o grupo, que ria de mim. Nunca tomei álcool, nem "ficava" com os garotos. Mas a todos que perguntavam eu dizia que fazia tudo isso e mais um pouco. Na verdade, enquanto todos pensavam que eu me drogava em algum lugar eu estava com meu caderninho no meu esconderio secreto, durante a noite, escrevendo sobre o papel da mulher no mundo e perguntando à deus porque ele odiava tanto as mulheres. E eu o questionei bastante até o ateísmo (felizmente) aparecer na minha vida.
O que me salvou foi a militância estudantil. Através dela pude direcionar minha rebeldia, me conscientizar politicamente. Fui líder estudantil dos 15 aos 22 anos e durante esse tempo aprendi a lidar com a minha feminilidade, e amadureci meu feminismo.
Então, querida Lola, eu também sou feminista desde criancinha, com muito orgulho. Todos os meus amigos daquela época, quando nos reencontramos, me perguntam se eu continuo "revoltada" ou se "tomei jeito". Nem preciso dizer o que respondo nessa hora, né? rs.
Mas isso (ser feminista desde criancinha) não é importante. É apenas nossa história de vida, que temos o direito de contar porque foi assim mesmo.
Se você se tornou feminista hoje, ou se deu conta dele ou assumiu agora o seu feminismo, nada disso te coloca atrás na fila, pois não há fila! Como bem disse a Lola, o mundo já é duro o bastante com as mulheres, não precisamos de mais entraves. A luta é de todas, de todos nós.
Há, não esqueço de um dia que pedi à minha mãe uma sandália verde do Rambo, e ela me disse que me daria se eu largasse a chupeta. Fiz esse enorme sacrifício e um belo dia ela me chega em casa com uma caixa nas mãos. Sim, era a sandália que eu tanto queria, o mesmo modelo e tudo, mas... era rosa e da Barbie!!! Chorei de raiva e a cortei em mil pedacinhos rsrs.
ResponderExcluirAté hoje ela lembra disso, chateada... E eu ainda penso naquela linda sandália verde... :P
Não sei de quem se trata... E também não sei tanto sobre feminismo assim, tenho me interessado mais depois de descobrir seu blog.
ResponderExcluirMas deixa de ser engraçado como algumas pessoas se ressentem quando acham que outras "estão aparecendo" mais que elas... Principalmente que nesse caso não se trata de aparecer, mas de passar uma mensagem importante...
Em "Elas aprenderam cedo qual eram suas obrigações" leia-se "quais eram suas obrigações". Sorry.
ResponderExcluirOlha, tb me considero feminista desde criança - embora tenha tido um período negro entre o fim da adolescencia e o início da idade adulta onde eu cai no conto de que toda feminista é feminazi, mal amada blablabla whiskas sache.
ResponderExcluirMas assim, a minha idéia de igualdade tá lá plantadinha desde que eu era criança (sei lá quantos anos eu tinha) e assistia TV Cultura (todas as crianças E minha irmã me chamando de CDF esquisita por isso) e tinha um desenho q eu amava sobre uma menina indiana que sempre tratava questões de igualdade de gênero, bullying e saúde pública (isso no começo dos anos 90!)
Quanto ao cabelo, tb tenho uma vida de gente me enchendo. Meu cabelo sempre foi cacheado e armadão, e eu pessoalmente adorava, mas a pressão foi imensa e eu bem burra fiz uma progressiva. Todo mundo adorou, eu odiei. Agora q ele está voltando a enrolar, todo mundo diz pra eu, "pelamordedeus" fazer outra progressiva e "arrumar esse cabelo" como se tivesse algo muito errado com ele, mas dessa vez, to nem aí. Me sinto mó princesa de filme antigo com cabelão rebelde e isso q importa pra mim agora.
Lola você é linda e inspira muita gente. Continue assim!
ResponderExcluirHa ha, Arnold, segunda tirada espirituosa sua! A primeira, e que será difícil de superar (muitas feministas adoraram e querem adotar) foi o “ingratas com o patriarcado”. Genial mesmo, parabéns! A segunda foi essa agora explicando o meu feminismo precoce: “Isso foi falta de palmada no seu bumbum comunista”. Adorei! Continua assim. Nada de virar um troll agressivo e deprê, tá?
ResponderExcluirDaniela, amei seu relato. Pois é, aí a gente vê as diferenças. Suas irmãs viam a mesma situação que vc, mas elas não se rebelaram, pelo menos não naquela época. E vc... O meu feminismo não veio de alguma opressão que senti, porque, como eu sempre disse, eu sempre fui privilegiada. Foi uma série de fatores mesmo, a começar pela postura dos meus pais. E passa também pela minha vontade de me expressar. Isso eu lembro sempre, de quando, na escola, a professora pediu pra cada um fazer um desenho sobre alguma coisa relacionada à natureza. E eu perguntei: “posso escrever, não desenhar?” E ela deixou. O que escrevi sobre natureza naquela ocasião não foi feminista, mas muito que veio logo depois, foi, prum olhar de uma criança, claro, mas eu não subestimo as crianças (eu quero que crianças tenham mais poder), nem fico julgando e hierarquizando o feminismo alheio.
E isso da sandália verde do Rambo... que frustração, hein?
Eu também sou masculinista desde a infância, reparava bem como agiam as meninas que vinham cheias de doce pedir pra eu ajuda-las nos trabalhos escolares mas no recreio andavam com os caras bons de bola que zoavam os nerds como eu. Sem contar que sempre usavam argumentos como "sou menina" pra justificar privilégios nas brincadeiras de rua. É de cedo que se solidifica os pilares da sociedade bucetista.
ResponderExcluirMuito bom o post e a explicação, as vezes o pessoal acha que é competição de quem é mais feminista ou não, mas o fato é de que nós precisamos nos abraçar independente do momento.
ResponderExcluirE acho cabelo crespo lindo!
Outra coisa que eu queria comentar é a parte em que diz que criança não faz política. Achei engraçado porque penso completamente o contrário. Um amigo da faculdade costumava dizer que a partir do momento em que o bebê chora pedindo leite, ele faz seu protesto e quer ser atendido, política pura! Por que então não se pode ser feminista desde criança?
Abraços!
Não sabia que havia idade mínima para defender direitos iguais!
ResponderExcluirEssa coisa de ser ou não ser alguma coisa desde criança é apenas a história de vida de cada um. Isso não nos torna melhores ou piores em absolutamente nada. E você Lola teve muita sorte de ter pais "incomuns" que te fizeram enxergar o mundo de um jeito melhor, mais crítico.
ResponderExcluirAh, chamou de desprezível, tola, ignorante, burra, e mandou eu fazer chapinha no cabelo. Estragou tudo, Arnold. Deleto sem dó comentários desse tipo. Me insultou, ou insultou alguma leitora/leitor? Cortado. Dá pra falar exatamente a mesma coisa que vc falou sem recorrer a isso. Por exemplo, o Mordechai falou um monte de asneira risível (“sociedade bucetista” é lindo), mas não xingou ninguém além do bom senso. Isso pode. Xingar (mesmo sem usar palavrões) não pode. Nos blogs e fóruns mascus que vc frequenta pode. Desde que venha de mascus...
ResponderExcluirEsse que é um dos muitos problemas com trolls. Quando aparece um mais espirituoso (o que é raro), a gente diz “Que gracinha!”, faz uns agradinhos na cabeça, fala cuti-cuti, e aí o bicho NHAC e devora a sua mão.
Bom, Júlio, Tai, eu acho que criança é, ou pode ser, um ser político. Detesto esses moldes de “criança não pode pensar isso, não pode compreender aquilo, não por ser assim”. As crianças não são todas iguais. E elas já têm bem pouco poder na nossa sociedade pra que a gente fique criando ainda mais amarras.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQuanto a sua entrevista, Lola, eu achei muito legal!
ResponderExcluirOlha Lola, cm disse no meu coment anterior, esse tipo de comentário, infelizmente, só reforça essa impressão que tenho de que mulheres são mais invejosas e falsas!Graças a Deus que estou vendo que não são todas, mas não posso negar que conheci e conheço muitas assim.
Quanto a crinaça não conhecer a "opressão", que coisa mais ridícula! Crianças são muito mais abertas, tem bem menos preconceitos que nós! Eu lembro muito bem d emim criança e em cm eu já pensava uma série de coisas "filosóficas"!
ResponderExcluirFantástica.
ResponderExcluirAmei sua entrevista, Lolita, como não poderia deixar de ser.
E detalhe: Vê-la chamar o maridão por Sílvio é tão estranho, né?! Se pra mim foi ,imagino pra você. kkkkkkk :D
Um troll mascus usar um personagem tão politicamente correto quanto o Arnold chega a ser contraditório.
ResponderExcluirBom, desde criança sempre me questionei dos papéis impostos, ou porque as pessoas me diziam que isso não era coisa de mocinha. Uma parte da adolescência eu me recusava a usar saia, e quando criança, minha me evitava dar cor-rosa.
ResponderExcluirAlém do mais, eu sempre me revoltava como as mulheres sempre acabavam sendo salva em desenhos animados e filmes de aventura.
Outra coisa que me fez feminista foi a violência contra a mulher na rua onde eu morava havia pelos 3 mulheres que eram vítimas de violência, duas delas apanhavam dos maridos quando estes estavam alcoolizados. A outra era uma amante que tinha saído da casa dos pais para ser "mantida" pelo amante, mas na verdade, ela passava fome e às vezes era espancada por ele, eu não entendia porque ela se sujeitava a essa situação.
A minha família, leia-se aqui parentes não meus pais, com aquele papo que moça tem que ser prendada, mulher tem que ter jeito com criança e por aí vai. Mas o que eu mais me recordo foi um dia que minha mãe me obrigou a fritar um ovo pro meu tio, acho que eu estava ocupada fazendo dever de casa, mas eu chorei de tanta raiva, que meu tio nem quis mais o ovo.
E sobre a moça que comentou sobre cabelo foi um comentário tão machista, mas tão machista. Que dispensa comentários.
Porém uma coisa que eu entendi sobre meu feminismo me ensinaram muito a ser machista, mas ninguém me ensinou ou doutrinou no feminismo, é uma espécie de reação a repressão que se sofre todos os dias.
AAAHAHHH!OUTRO post publicado em dia errado! Tá feio o negócio hoje. Sorry, gente. O post também não estava pronto. Será publicado num outro dia.
ResponderExcluiré... existem feministas, e existem as impostoras...
ResponderExcluirnessa altura do debate implicar com cabelo aparencia é triste... só faltou dizer que tem que tingir de loiro ou aplicar botox....
sou feminista desde os 10 anos.
ter consciencia da injustiça de genero e questioná-lo já é o suficiente, vc não precisa sair para rua e gritar que é feminista, ta loco.
quando era criança, queria cortar o cabelo curto e brincar de bola o dia todo, achava o máximo me ralar na rua....
ResponderExcluirmeus pais detestavam que eu fazia isso,achavam que isso me tornaria lésbica. quanta baboseira e ignorancia passada de geração para geração... menina não pode bricar com menino nem agir como tal... pois é feio e bla bla bla...
vc já sente os efeitos dessa educação perniciosa na infancia e criança sim tem noção suficiente para questionar, mas perante aos adultos não temos muita força e acabamos por submeter a elas no fim das contas para não termos mais problemas com nossos pais e a sociedade, o que não significa que a gente aceitou, a gente tolerou, é diferente.
Lola, acho legal vc se sentir bem consigo mesma, então não deixe outras pessoas virem minar sua confiança, ainda mais por conta de cabelo, né?
ResponderExcluirMas do mesmo modo que não é legal te criticarem por ausência de vaidade, também não é legal criticar mulheres que gostam de fazer a unha e manter o cabelo arrumado.
Até porque, embora não seja o meu caso, já que me arrumo porque quero, muitas mulheres (e homens também) simplesmente PRECISAM se adequar a certos padrões de vestimenta e aparência em geral por conta do emprego que tem, por exemplo.
Tem uma moça no meu trabalho que é feminista assumida e cheia de levantar bandeira. Ela se irrita quando eu - arrumadinha que sou - me digo feminista também. De certo modo, é um preconceito ao contrário do que você tá sofrendo, né?
No meu caso, eu demorei para me assumir feminista, isso só aconteceu +- aos 18 anos, graças ao seu blog (que havia sido linkado em um fórum masculinista que eu frequentava! Não sabia que aquilo era masculinismo na época, e estava perdida nas minhas idéias).
ResponderExcluirQuando criança, sempre que eu ouvia minha mãe falar algo como "Você tem que fazer/aprender tal coisa porque é mulher" e perguntava "Por quê?". No início ela tentava justificar, depois ela percebeu que era besteira e não tentava mais explicar.
Também me recusava a aprender tarefas domésticas por causa da idéia de isso ser uma obrigação minha por ser mulher. O que lamento é que eu não ter aprendido deixou minha mãe ainda mais sobrecarregada.
Uma coisa que ajudou aos meus pais me aceitarem mais foi que eu nunca gostei de boneca, e ainda criança passei a detestar rosa, por causa de toda as idéias que estavam associadas a essa cor. Então já era esperado que não fosse uma menina "normal", inclusive achavam que eu seria lésbica (e nem bi eu sou, sou só hetero).
Também lembro das piadas machistas que o meu pai fazia, e como eu no início as achava engraçadas, e fui ficando com raiva delas a medida que envelhecia.
Também tenho meus "traumas" da época, sempre quis um Game Boy e um carrinho de controle remoto, não tive porque era "coisa de menino". E mais recentemente minha admitiu que tinha medo de que se ela me desse esses brinquedos eu "viraria lésbica"!
(Game Boy já era, mas eu ainda vou ter um carrinho de controle remoto bem moderno! >=D)
*minha mãe admitiu
ResponderExcluirninguém está criticando a mulher que se arruma e se enfeita.
ResponderExcluircada uma faz o que quer , sem patrulhamento para se arrumar ou se desarrumar...rsrsr
tem gente na minha familia que desconfia que eu sou lésbica porque gosto de ver mesa redonda de futebol e sei a escalação do meu time.
ResponderExcluireu dou risada com isso viu...
Ou vi ontem q eu tenho um "pezinho no lesbianismo" pq tenho unhas curtas ¬¬"!
ResponderExcluirrsrsrsr xiiii ferrou, eu também tenho unha curta.
ResponderExcluirnão suporto lixa, tenho horror a fazer mão. toda vez que eu fazia doía e sangrava quando tiravam a cutícula. parabenizo que faz as mãos porque, tá loco viu....
e tenho cisma de fazer a mão, acho que vou pegar alguma bactéria no salão por causa dos sangramentos, enfim.
Lolaxima Fofaronovich!
ResponderExcluirEu li sua entrevista bem cedinho e amei!
E... caiu o bico quando li seu post agora. Desculpae dona feminista-xovem-que-falou-merda, mas foi bem feio isso!
Sabe o que eh mais phoda: quando li seu comentario, eu SABIA quem tinha falado isso.
Tipo, nem precisei ir longe pra confirmar. Mas confirmei sim, por desencargo de consciencia. Phoda eh que sempre gostei dessa feminista ae, mas nos ultimos tempos li uns tweets dela que me deixaram tb de bicao caido, sabe? Tipo, preconceitos bobos mesmo! E vindos dela!
Pensei com meus 5500000 botoes: "ela tah falando essas bobagens pq eh joveeeeeem, soh pode ser".
Tipo, apesar de feminista, a juventude e inexperiencia podem fazer a gente dizer muita merda mesma, merda q vai contradizer uma luta feminista.
Mas confesso que fiquei decepcionada com a menina.
Sou mais você!!!
Beijukkkkas
Yulia,
ResponderExcluirEu sou pintora (cof!Cof!rs) e pra mim não compensa fazer a unhas da mão, pois estou sempre mexendo com tinhas, lixas, pincéis, elas estragam muito rápido!
Ah meu!Quero saber quem é agora!rs
ResponderExcluirnossa! li outros tweets sobre toda a discussao. Decepcionei mais ainda.
ResponderExcluirBaralho! Isso soh pode ser inveja ou, na boa, tah se achando o "boi do cu branco".
"Ah meu!Quero saber quem é agora!rs"[2]
ResponderExcluirAcho que desconfio...
Alguém, por favor, me diz se o nome da sujeita começa com "M"?
também quero saber quem é.
ResponderExcluirLola, a sua paciência é invejável - característica, é verdade, indispensável a pessoas públicas como vc. Mas realmente fico admirada como vc consegue manter a espinha ereta e o coração tranquilo diante de tanta bobagem. Essa história do cabelo é lamentável. Primeiro, porque vc é uma mulher interessante e atraente. Depois, dizer que vc deveria "pelo menos pentear os cabelos" é, no mínimo, preocupante, quando isso é dito por uma mulher que se autodefine como feminista, portanto, - espera-se! - consciente dos padrões de beleza impostos, que não somente são irreais como atentam contra a diversidade. E o pior é que essas meninas de menos de 30 anos estão caindo no conto de que são adeptas do novo feminismo. O que será dessas meninas quando, na maturidade, descobrirem que esse feminismo "Lingerie Day" só é permitido às ninfetas? Vão apenas se deprimir e se retirar de cena ou irão rever as suas convicções?
ResponderExcluirEu tenho 43 anos e alterno tempos de peruíce aguda com total descaso com a aparência. No velório de uma tia, minha afilhada me olhou de cima abaixo e disse: Madrinha, tú ainda não penteia o cabelo? Eu perguntei pra que. Ela me deu então a melhor resposta q eu poderia ter ouvido: Como eu queria ter esse desapego com a aparência e ser eu mesma. Somos assim Lola, preferimos ser gente a sermos apenas "bonitas"
ResponderExcluirGente, acho tudo de bom essas mensagens de carinho e apoio. Mas só queria registrar mais uma vez - sou chata? (rs) - que a Lola não me parece descuidada ou "largada". Ela só não faz parte do rebanho "Nip Tuck". Aliás, nada contra as mulheres "lindas, loiras, lisas e esmaltadas", hein? Mas o fato é que a Lola se garante, pois não? Taí o Carlos - digo, Sílvio - que não me deixa mentir: apaixonado há 20 anos!
ResponderExcluirLola é power!
Foi uma grande decepção quando li os tweets dela. Pareceu dor de cotovelo pura. Feminismo não tem idade nem modo de ser. Uma pena os comentários, principalmente sobre o seu cabelo "liberto" (assim como o meu!) sair da mesma cabeça de uma mulher conhecida pelos seus ótimos textos sobre igualdade de gênero. Feminista assim quem precisa?
ResponderExcluirNão se preocupe Lola,não sabia que vc era tão sensivel assim, os unicos xingamentos que me faltam é te chamar de comunista e de feminista, mas isso tu gosta né? Acha bonito.
ResponderExcluirAssim como teu querido Lula adora ser chamado de curinthiano e cachaceiro.
Mas não me trate como mascote, pq não estou aqui para fazer gracinha.
"...julgar uma mulher pela sua aparência é uma das coisas que gostaríamos de evitar."
ResponderExcluirAcredito que toda pessoa de qualquer idade sempre está em constante estado de avaliação pela sociedade, incluindo beleza. Inclusive já comentei em outros posts sobre o mesmo assunto.
Mas é naquelas, se você está saindo do "padrão" então porque reclamar desse tipo de crítica? Ora continue tendo orgulho do seu cabelo e pronto.
Se o tweet nem foi pra você, para que ficar de mimimi sobre a opinião dela, ela não gostou do seu cabelo. Talvez ela esteja reclamando de um estereótipo que a incomoda, já vi acontecer muito no meio GLBT.
Vitimização desnecessária. Mas é o jeito de muitos esquerdistas quando escutam algo que não gostam...
Concordo com a Rosangela sobre a aparência da Lola. Exigem que ela tenha uma certo padrão de cuidado com sua aparência, é esse o patrulhamento. Aposto que ela toma banho todo dia, penteia cabelo, é cheirosinha e de roupa limpinha (como a maioria dos homens do mundo!) Só que isso não basta, porq ela é mulher! "tem" que ter uma aparência de arrumada!!
ResponderExcluirCabelo natural não pode! Unhas sem pintar é relaxada...
Nossa, quantas vezes discutimos enquanto feministas o quanto é pesado essas exigências? Sei que tem o preconceito de quem se arruma muito , mas vamos combinar que tendencialmente, no mundo, não é essa a regra! (são pesos muitos distinos!)
Ah, se a LOla fosse mesmo despenteada e suja aí sim nem poderia ser feminista né...kkkk...
Gente..o que acontece com o feminismo???? É esse o novo feminismo?? Feminista desde que.....etcetc???
Sei que todas nós podemos escorregar um dia, mas as vezes são com pequenas alfinetadas que mostramos nossos valores e conceitos equivocados, antagônico ao feminismo, as vezes fazendo até o papel de opressor!
Muito medo..
Beijão Lola !
Mariana
Tinha visto uma discussão sobre esse negócio de 'feminista aos 8', mas nem tinha acompanhado, achei que fosse pouca coisa ou mera troca de ideias, sei lá, agora é que fui atrás pra ver as msgs...
ResponderExcluirÉ questão de opinião dela que não dê pra ser feminista aos 8 anos - não é pra ser encarado como questão pessoal. Mas os comentários que foram ofensivos (com relação ao cabelo, acusando você de se achar e talz) melhor relevar. Sabe, pegar a pessoa num dia ruim...? Espero que tenha sido isso.
Assim, pra quem disse "Ah, dá pra ver pelo comentário que essa aí não é feminista", vou dizer, errou feio. É feminista, sim. E ficar desmerecendo a ideologia dela por causa disso é agir da forma que tanto criticam.
...e acho no mínimo tosco resolver tudo com 'ah, é tudo inveja pq Lola é isso e aquilo...' Bora lá, menos.
Priscila (será que foi você que mencionou?), o desenho da garota indiana que você fala é Mena. Eu adorava esse desenho quando era criança também.
Agora, tem autocrítica em feminismo, claro. Mas o problema é que a questão toda ficou num plano mto pessoal. E aqui, ela ganha proporções que nem deveria. Talvez, fosse melhor ter respondido no twitter ou ter relevado.
Feminismo não define caráter, nem homossexualidade, nem opções à esquerda... Ou a gente se trabalha diariamente contra nossos preconceitos ou dá nisso... Coisa de pequena burguesia. Bjs Lola.
ResponderExcluirConcordo com muitos pontos seus, Ághata. Amei o post da Lola, e continuo batendo palma, mas teria resolvido responder por twitter ou simplesmente ignorar.
ResponderExcluirNossa, mas q comentario mais baixo!
ResponderExcluirAdoro a sua foto no twitter.
E como vc falou as feministas ja tem inimigos demais pra serem inimigas umas das outras, eh quase como eu e uma amiga dizemos se as mulheres se unissem mais dominariamos o mundo tranquilo, ou como um amigo meu fala q nao dominamos é pq nao queremos, algo assim. ^^
É verdade àghata, mas creio que a Lola colocou isso em seu blog, da mesma forma que discute tantas outras questões que fazem ou fizeram parte de suas reflexões, acontecimentos que de alguma forma ela andou pensando.
ResponderExcluirPoque não discutir isso tb?
É pertinente para nós também, além de ter poder ter o lado pessoal que esta mulher criticou o cabelo da Lola, uma questão muito importante.
Quando nos definimos como parte de algum grupo que defende alguma questão importante ao nosso ver, libertadora e emancipadora para outros, o quanto, dependendo da situação podemos ter atitudes tão apressoras quanto ao nosso opressor não?
Fiquei refletindo sobre isso, e pensando que temos que trabalhar isso sempre!
Bjo
Bjo
Lola, vi umas meninas comentando sobre isso no twitter hoje e achei q é pq elas tinham visto no twitter na hora q aconteceu, não tinha vistto q vc fez um post sobre isso. Q bom q o fez. Eu fiquei meio embasbacada quando li aqueles tweets, não entendi como aquilo podia estar vindo de uma feminista cujos textos eu admirava tanto! Especialmente algo tão antifeminista quanto criticar a aparência de outra feminista.
ResponderExcluirTentei discutir com ela sobre sua afirmação sobre ser feminista desde criança, mas de um jeito meio xoxo, pq sei lá, achei tão estranho q fiquei meio sem jeito. Fiquei pensando se tinha perdido alguma coisa muito óbvia.
Na boa - eu adoro o seu cabelo!! Hahahah, mesmo que seja descabelada - se eu tivesse cabelo crespo tbm ia querer deixar assim. Acho, sei lá, exuberante e espontâneo. Eu tenho cabelo curto e liso, mas vivo descabelada, pq sei lá, curto ser descabelada e curto gente descabelada.
Esse negócio de q criança não pode ser feminista pq não sabe oq é isso, e limitar as percepções de uma criança a "ela só consegue perceber q o mundo se divide em gêneros, nada além disso" bateu mto estranho em mim tbm, pq como vc, lembro de ter essas tendências feministas desde bem nova. Eu me lembro bem de ter consciência e questionar as coisas quando era criança - não sei precisar a idade, mas devia ser uns 6 anos... Lembro de como eu me sentia "dentro de mim" observando o mundo. Não sei como as pessoas podem achar q crianças são coisinhas inconscientes sem capacidade de pensar. Não sei quanto a ela, pra concluir q uma criança não teria capacidade pra pensar sobre essas coisas - mas eu tinha. E por isso achei sua afirmação sobre ser feminista desde os 8 absolutamente normal.
Eu lembro q eu sempre queria desafiar a ideia de que meninos eram fortes e meninas eram frágeis. Eu queria mostrar q era tão boa quanto os meninos, e na verdade podia até ser *melhor*. Eu sentia uma coisa ruim dentro de mim qdo via qualquer representação do feminino - fosse uma mulher, uma menina, ou um bicho ou planta, ou personagem de desenho - sendo oprimidos ou maltratados por um homem, ou qualquer coisa q representasse o masculino. Eu percebia q tinha algo de errado naquilo, e ficava ruminando essas ideias, mas isso tudo ficava dentro de mim, não era algo q eu conseguia expressar.
Também me incomodou mto esse negócio de "meu feminismo é melhor q o seu". De apontação de dedo. De não discutir diretamente com vc as ressalvas q ela tem ao seu feminismo e sua forma de atuar. A "destilação de veneno" contra uma irmã de luta e de gênero, ao invés de no mínimo demonstrar algum comprometimento com a causa... ah, não entendi, não entendi mesmo. Se vc discorda das ideias ou ações de uma pessoa, então promova um debate sobre aqueles assuntos, converse com a pessoa, exponha seus contrapontos. Não fique falando mal DA PESSOA publicamente.
Cê é linda e fofa e a última coisa q vc faz é prestar "desserviço" ao feminismo. Ao contrário do q a outra lá fez né.
Por isso que eu nã gosto desse feminismo cheirosinho, que coisa mais imatura ficarem dando importancia para cabelo!
ResponderExcluirFoi muito baixo da parte da dita cuja ter apelado para algo tão rasteiro, mas tb aparecer xerifes do "feminismo cheirosinho" e quererem critica-la e desqualifica-la como feminista tb é de doer né?
O que querem? Arrancarem a estrelinha dela do clube das feministas?
Me avisem quando vc's inventarem um selo de "feminista testada e comprovada" que eu largo essa M****
Lola, não concordo com muita coisa que vc diz, mas respeito vc, (msm depois daquele dia que vc me chamou de troll mascu disfarçado sei lá o que). Acho justo muitas pessoas começarem a manifestar seu feminismo ao lerem coisas mais água com açucar como teu blog, depois elas decidem para que caminho seguir, tb não acho errado vc afirmar que vc se descobriu feminista desde criança.
Como já disseram aqui, pode-se muito bem perceber-se diferente desde muito cedo, agir politicamente é inviável, mas isso se resolve com uma coisinha chamada maioridade.
Enfim, essas discussões que giram em torno do "boba,feia,chata" me causam sono, e só fazem com que o feminismo pareça algo confuso e descordenado e quem irá prestar atenção no que vamos dizer se ainda há pessoas que se prendem a um estágio tão infantil de argumentação?
Essa moça deveria rever seus complexos, mas ela não é menos feminista do que ninguem que postou nessa caixa de comentário, ela é apenas mais imatura. (do que algumas)
Tem muita feminista que não abre mão de atender a alguma exigências do patriarcado, elas deveriam parar de encher o saco e dar abre alas para aquelas que se sentem mais confortáveis de serem mais naturais consigo mesmas, uma critica de uma feminista direcionada a outra sobre questões individuais não prejudica somente a pessoa que foi atacada, mas todo movimento tb, pq perdemos tempo com essas conversinhas fúteis.
Lola ainda não li todos os comentarios mas como dizia Caetano Veloso"Vc é linda mais que demais"
ResponderExcluirDepois que a gente sabe as coisas que saem da sua cabeça não da pra não te achar linda.
Bumbum comunista. Então quando eu ficar irada posso dizer "kiss my fat communist ass!"?
ResponderExcluirJá ouviram falar sobre visagismo? É uma 'técinica' pra combinar o cabelo e a maquiagem com a personalidade da pessoa. invemtam cada uma!...
Sabe o que os visagistas falam de cabelo cacheado? Que parece infantil e ninguém leva a sério quem tem cabelo cacheado. E que indica problemas emocionais! Inventam cada abobrinha. Daqui a pouco a patrulha vai usar isto como justificativa pra nos fazer alisar do mesmo modo que usam pesquisas médias (!) pra nos dizer que devemos emagrecer.
Quanto a ser feminista desde criança, eu acho perfeitamente razoável. Eu descobri o NOME há pouco tempo (graças a você e ao seu blog, Lola. Obrigada!), mas é o que sou desde que me lembro por gente. Eu escolhia tanque de guerra ao invés de boneca-bebezona pra brincar. E nunca admiti que me tratassem como burra porque sou menina (ou loira).
Por fim, um comentário muito pessoal: eu te acho bonita, Lola. Sua imagem, pra mim, passa bondade e tolerância. E precisamos tanto disso!
Carol, acho que só vi o seu “debate” no Twitter com a outra feminista bem depois que aconteceu. Fiquei meio surpresa, porque ela tava atirando em todas as direções. Primeiro disse que queria dizer algo venenoso, aí falou isso do cabelo, aí disse que ninguém pode ser feminista aos 8 anos, aí (diante da sua argumentação) mudou de ideia e disse que o problema não é ser feminista aos 8 anos, mas ficar repetindo isso o tempo todo, aí disse que eu era um desserviço ao feminismo e que alguém precisava dizer isso. E isso tudo por quê? Porque a TPM me entrevistou. E parece que uma entrevista com uma feminista numa publicação mainstream é péssimo pro feminismo. Tenho algumas outras hipóteses sobre o que pode ter gerado a ira dela, como ela ter me pedido pra fazer campanha no meu blog pra angariar dinheiro pra viagem... e eu nem responder, porque achei um pouco de cara de pau. Quer dizer, esse email veio depois d'ela ficar um tempão sem falar comigo, e bem no dia do meu aniversário, no auge da minha briga com o Marcelo Tas, e não havia uma só palavra de solidarieadade. Preferi não responder pra não correr o risco de ser grossa. Mas pelo jeito ela se chateou, se bem que acho que ela já estava chateada antes, embora eu realmente não saiba o motivo.
ResponderExcluirEnfim, gosto dela, acho que ela escreve muito bem, sempre dei a maior força pro blog dela por aqui. E claro que ela é feminista. Não acho que alguém deixa de ser feminista por falar besteira. Mas também vejo essa birrinha como falta de maturidade. Algo pra ela refletir: por que o sucesso do meu blog a incomoda tanto? Por que essa vontade de competir? No que o meu feminismo difere tanto assim do dela? E, mesmo que seja diferente, por que esse desejo em desautorizar um outro tipo de feminismo?
Eu já tinha programado escrever sobre a entrevista pra TPM aqui hoje, mas ia ser um post curtinho, só informando e dando o link. Daí surgiu esse conflito que também foi colocado no grupo das Blogueiras Feministas, com outras pessoas concordando com ela (não no lance do cabelo, que até agora tem muita gente que não sabe quem falou isso), dizendo que não dá pra ser feminista com 8 anos de idade, ou que até dá, mas que estou querendo me gabar por falar isso. Mas se ela só tivesse falado isso por lá, ou eu teria respondido lá (depois de um tempo, porque é costume eu matar um thread depois de algum comentário meu – as pessoas mudam de assunto), ou eu teria ignorado. Mas o fato é que ela falou no Twitter, que é um meio mais público, e não pra mim, mas como parte de chacota. E eu não gostei. E tenho direito de não gostar e de escrever no meu blog que não gostei. Porque, como tá no post, tirar sarro do meu cabelo é algo que meus inimigos (que são quase todos inimigos do feminismo e da esquerda; afinal, o que eles têm contra mim não é pessoal, eles só odeiam o que eu represento, o que eu defendo) fazem o tempo todo. É esperado. Não é esperado de uma outra feminista.
Mas não acho que este seja um barraco feminista nem nada. Nem vejo grande polêmica. Ela me criticou de forma deselegante, eu respondi. E pronto. Amanhã ninguém mais vai se lembrar disso.
Adorei tudo que vc escreveu, to lendo a entrevista nesse exato momento (vi uma publicação no facebook e já vim pra cá, ver se vc tinha comentado algo).
ResponderExcluirComo vc sabe, eu descobri o feminismo real, faz pouco tempo, ainda tenho mto a ler...percebi que fiquei mais crítica, me policio mais com piadinhas idiotas e julgamentos e até penso "nossa, como eu adorava julgar as pessoas - principalmente mulheres - pela aparência) atualmente eu penso mto mais antes de falar alguma bobagem de alguém por causa do cabelo/corpo/roupa.
Essa coisa de padrão de beleza é séria, tem gente que se prende mto a isso.
E Lola, tb não se se é inveja, mas é que tem gente que se incomoda, pq deve pensar "tb quero ter esse espaço, ter pessoas que leiam o que eu escrevo...etc" e acabam usando vc como alvo.
Mas o que vc faz aqui no seu blog é incrível, vc além de fazer todos que lêem, pensar mais a fundo sobre determinados assuntos, ainda ajuda mta gente.
E vc é linda exatamente da forma que é.
Eu nem te conheço e sinto um carinho por vc, pela sua inteligencia, pela forma que vc se coloca nas situações (E pq vc é professora, então já penso como se vc tivesse sido minha professora, hahaha).
Continue ai, sendo autêntica e deixa que falem, sempre vai ter alguém (até feministas) para achar defeito.
Mas to curiosa pra saber quem é essa mocreia rrrsssss, que teve coragem de falar dos seus cabelinhos anelados.
ResponderExcluirPô, Denise, sei que vc tá brincando, mas termos como mocreia, baranga, mal amada, histérica, vagabunda, vaca, piranha, galinha, vadia (salvo exceções como Marcha das Vadias), etc etc etc não deveriam fazer parte do vocabulário de feministas. Principalmente esses termos carregados de opressão e história, e os que não têm similares pra homem (mocreio, por exemplo, não existe). Também sou contra termos pejorativos exclusivamente pra homens, como brocha e viado. E por aí vai. E a feminista crítica de cabelo é bonita. Aliás, se teve uma coisa que meu feminismo mais recente me ensinou foi a ser mais simpática com a aparência de todas, e a minha também. Hoje eu acho todo mundo bonito, ou tento ver beleza fora dos padrões.
ResponderExcluirera mesmo brincadeira Lolinha embora eu não saiba mesmo de quem vcs falam pq não sei twitar, mas são termos que uso pra brincar com minhas amigas, talvez tenha virado um viciona minha linguagem, não leve a sério, não julgo ninguem pela aparência, talvez um pouco os homens, mas só em momentos mais especiais...
ResponderExcluirpior é q eu acho q vcs seguem a mesma linha de pensamento, gosto dos 2 blogs, da forma como ambas escrevem bem, acho as duas inteligentes e bem resolvidas.
ResponderExcluirmas é meio bobo vc alfinetar o outro só pra deixar claro pros seus seguidores que "ele n me representa", só pq esse outro teve atenção da mídia.
criticar a sua identificação como feminista desde criança, tudo bem, ela tem direito de pensar assim e muita gente pode concordar q só é feminista qm conhece a teoria feminista, estuda gênero e tal.
eu, particularmente, acho q vc arrebanha tantas novas feministas justamente por nos fazer ver q nós já somos, só não sabíamos. e acho q vc deixou bem claro na entrevista q o discurso firme e coerente só começou há 4 anos, qd começou o blog.
mas picuinha por causa de aparência? sério? ainda mais pra qm tb tem cabelo crespo e provavelmente já foi criticado alguma vez na vida por causa dele... sei lá.
talvez tenha sido impulso, sei la, a pessoa vai pensar sobre isso. eu mesma já disse q marcha das vadias n me representa e ficava chateada de ver o direito de ser "vadia" associado a uma causa com q eu me identifico, o feminismo. aí eu parei pra pensar e mudei de ideia. demorou um tempinho pra me tocar, mas... há esperança
acho bonito que o mordechai era um ressentido disfarçado e agora resolveu se assumir!todo mundo já sabia que você leva muito fora das meninas, mas assim, não fica triste não, pense naquele ditado: pra todo pé sujo, tem um sapato velho...ou alguma coisa do tipo.
ResponderExcluirué arnold não tá aqui pra fazer gracinha não?então tá na hora de você repensar a sua estratégia, porque com essa que vc vem usando, você só consegue arrancar umas boas gargalhadas, HAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHA
ResponderExcluirGente mais chata.
ResponderExcluirto com a debora. tb comecei a ser ateia aos 10 anos (antes nao exercia religiao alguma, mas tb nao pensava sb o assunto) e ninguem acredita! acham q pra ser ateu tem de se ser mais velho... sendo q batizam a crianca e a tomam como crista desde uns poucos meses de existencia.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPS: Como assim um fake do Arnold (personagem maravilhoso, de um desenho ótimo) é machista e idiota? Cadê a lógica dos trolls de hoje em dia???
ResponderExcluirSó fui me inteirar do bafão agora e fiquei muito surpresa com os tuites que li. Com o teor e principalmente com a autoria deles.
ResponderExcluirA crítica quanto ao não pentear cabelo ter vindo de alguém que recentemente estava chateada por ser rotulada como "girlie" (hum, acho que traduzível como "mulherzinha") pelo povo do mestrado porque ela andava arrumadinha foi uó... E falar de "desserviço"? Gente! Seus textos são gostosos de ler, são leves, engraçados. Me fale quem tá fazendo o serviço direito (aff), porque eu quero conhecer.
Como comentei com a @aiaiai63 hoje, seu blog ajudou a mudar a minha vida, ser mais crítica, me interessar por política, direitos humanos, desigualdade... Até meu namorado mudou depois passou a ler seus textos!!! Nunca te vi querendo se promover (vi sim, mas era chacota sua hahahaha), ou desmerecendo alguém no blog. É sempre um espaço de reflexão, de boas histórias e risadas =D E esses são só alguns poucos motivos que me fazem voltar aqui sempre. Com ou sem cabelo.
ps. off: fiquei me achando com o "ingatas do patriarcado" hasuhduask <3
Olá Lola,
ResponderExcluirTambém achei bem estranho o comemtario sobre o desconforto de vc ser feminista desde criança e na hora pensei na minha infancia, que foi bem feminista pois meus pais são muito bacanas... também lembrei do seu comentario final da entrevista na TPM... É isso mesmo, pra que fazer essa comparaçao de o seu feminismo não é tao valido como o meu? Não consigo entender o que esta por trás disso, a não ser uma tradição academica de ver o assunto como objeto, em que vc tem de estabelecer uma relação aprofundada, engajada e bla bla bla...
Enfim, não tenho retórica suficiente então o que consegui escrever na hora sobre (7h da manha) foi só um pedido pra que tentassemos ver isso de outra maneira...
Enfim, adorei a entrevista, como te disse no twitter, não sou fã da TPM, mas é uma revista de grande alcance e uma entrevista como a sua nessa revista tenho certeza terá enormes frutos...
Seu trabalho (nas horas vagas rs...) tem ajudado muitas mulheres e homens, como eu que nunca conseguiram se posicionar sobre o que sentem/veem de errado a se libertar e lutar contra... falo isso por mim e pelas pessoas que conheço...
um beijo a todos!
Lola !!! sou tão sua fã que fico despenteada de orgulho #representa !!! b-ju
ResponderExcluirAi que besteira ficar reparando nessas coisas de cabelo, pele, se tá gorda, magra. A gente nunca sabe se a pessoa se sente feliz assim, né. Mas a verdade é que o fato de vc se aceitar do jeito que é incomoda as pessoas.
ResponderExcluirEu tenho cabelo ondulado e sempre me falam pra fazer escova, como se o meu cabelo me incomodasse. Se incomoda os outros, que não olhem pro meu cabelo, oras.
Ai Lola, se vc gosta do seu cabelo assim, nem dá trela.
=)
não tem a ver com este post, mas sim com as discussões sobre atropelamento.
ResponderExcluirVisão jurídica (direito penal) e jurisprudência sobre isso: http://professormarcusfaria.blogspot.com/2011/09/homicidio-no-transito-por-embriaguez.html
Ei, Lola e demais companheir@s de leitura, rsrs! Vi alguém aqui falando que talvez não fosse necessário um post sobre isso (não lembro quem, são tantos e eu li quase todos, desculpem-me).
ResponderExcluirNo meu ponto de vista acho legal você falar disso no blog sim. Primeiro porque você é sempre tão sincera e generosa em seus escritos, ia ficar estranho não falar, já que as pessoas acabariam sabendo dessa história mesmo, melhor você expôr logo seu ponto de vista. Depois, desculpe a rasgação de seda, mas você escreve tão bem, que acaba levantando muitas questões relevantes em cima dessa bobagem da tal blogueira. Cada novo texto, muitas reflexões e aprendizagem.
Minha opinião é que te criticar por causa da história de ser feminista desde criança é tão... Sei lá, besteira. Sempre que eu leio isso em seus tantos posts, entendo que faz parte da sua maneira de escrever e abrir o que há de si em palavras, sem querer aparecer nem nada. Só quem conhece seu estilo consegue entender isso, eu acho.
Eu também me percebo feminista desde criança. Sem desprezar que há todo um pensamento filosófico e uma teoria que é sim importante. Tinha a mesma visão que você, entender que um pênis e uma vagina não mudam o fato que homens e mulheres são seres humanos com direitos que deveriam ser iguais. Claro que não era nada elaborado, mas quem me conhece e convive comigo sabe que meu pensamento sempre foi nessa direção.
Cresci sempre buscando aprender e entender melhor a vida e o mundo. Hoje me considero sim feminista, entendo que essa alcunha me identifica como uma pessoa que luta por um mundo mais justo, para tod@s.
Aprendo muito aqui com você e tod@s @s comentaristas! Grande abraço!
lola, eu te entendo. eu tb sabia q queria ser paleontóloga desde mais ou menos os 8 anos de idade tb. assistia filmes, fazia dinossauros de papel e tinha quilhares de dinos de borracha. e hj estou aki, fazendo doutorado em paleontologia.. nao especificamente com dinos, mas tb.
ResponderExcluirnao fazia tantos livros como vc, mas com 12 tivemos um projeto na escola q consistia em programar um livro de 10 capítulos, com introducao e conclusao, para o qual fazíamos uma redacao por capítulo. o tema da minha foi "a extincao dos animais" e eu comecei falando de eventos pré-históricos, até a extincao de espécies pela humana e da conservacao do meio ambiente.
a pergunta disso tudo é: e daí? isso nao me faz pior ou melhor do q ning, me faz apenas gabriela.
conheco pessoas, paleontólogos e estudantes ainda, q nao eram "dino kids" e já publicaram um monte de artigos e q sao excelente pesquisadores [ou estao em via de chegar lá]. assim como conheco pessoas como eu q tb estao longe. e outras como eu q nao estao.
gostar de algo ou nao desde a mais tenra idade nao faz ning "mais feminista" ou "mais paleontólogo" do q ning. isso é bobeira. significa apenas q nos engajamos tanto com uma coisa nessa idade q mantivemos isso conosco. só. faz da gente lola, gabriela, maria, joao e nada mais.
além do fator "inveja", "intriga" etc, acho q a gente vive msm numa sociedade de heróis. talvez issoseja inerente à humanidade... talvez por motivos culturais, talvez por motivos biológicos. acho q ainda tá no inconsciente coletivo q as grandes pessoas da humanidade nasceram "predestinadas" e q, em tempos modernos, isso seria demonstrado pelas criancas-prodigio.
eu nao me considero uma. nao me considero, aliás, nem tao inteligente assim. só sei q sou mt esforcada e apaixonada. isso eu sou. acho q assim como vc. pq tem gente q tem q classificar TUDO numa escala "melhor - pior"?
enfim, tenho q voar. mini desabafo hehehehe
bjs!
Oi Lola! existe uma revista "feminista" na França que se chama madmoizelle.com e há um artigo sobre a propaganda da axe que passou naargentina. era dia dos namorados, e num jantar no restaurante, o que eles falam é que indo ao banheiro a axe devolve 5 minutos de solteirice... além de dizer que é melhor do q estar com sua namorada. bom, a axe sempre apela para nosso olfato de tontas, mas a propaganda inteira é um abuso do mau amor. http://www.madmoizelle.com/axe-strip-toilette-68740
ResponderExcluirEsse é o artigo, e se precisar, eu traduzo
beijos
Desserviço ao feminismo presta esse tipo de querela. Uma das coisas que eu gosto no blog da Lola é que este é um espaço aberto a todas, diferente do aspecto de clube fechado que outros lugares tem. A atitude da Lola é a de que o feminismo, em primeiro lugar, é um processo, uma vivência cheia de contradições, uma descoberta à qual todas estão sujeitas e não uma disciplina acadêmica disponível apenas às pós-doutoradas.
ResponderExcluirMe identifico com isso porque, embora só tenha vindo a articular meu feminismo muito recentemente, me lembro muito bem de questionar a professora em sala de aula quando esta insistia em afirmar que o homem era sempre o chefe de família (olha o nível dos profes), independente do fato de trabalhar ou não, ou de seu salário ser menor se comparado ao da mulher. Eu tinha oito anos de idade.
Com sua arrogância acadêmica, a tal apenas reproduz a lógica da hierarquia do saber contra a qual o feminismo também luta...o feminismo é para todas, em todas as idades e situações, não apenas para as iniciadas academicamente! Olha o desserviço aí, ó.
Lola, não tenho muito a acrescentar no que já falaram aqui. Mas tem uma coisa que me irrita muito em todas as áreas da vida. É o maldito "tem que". Vc não "tem que" fazer ou deixar de fazer coisa nenhuma para afirmar sua posição. Ng "tem que" se arrumar ou deixar de se arrumar por ser mulher ou feminista, só pra dar um exemplo. O mais importante é fazermos nossas próprias regras e sempre refletirmos os por quês de fazermos isso ou aquilo.
ResponderExcluirAdoro o blog, leio sempre, e vou tentar comentar mais (mas dá uma preguicinha, hehehe).
Sobre o feminismo precoce, eu concordo com a Letícia. É uma coisa mais intuitiva. Você não precisa ler 'n' teses feministas, se tornar phd pra notar o quanto as mulheres ainda são oprimidas. Eu também me considero feminista desde uns 8 anos de idade (principalmente porque minha vó achava que eu tinha que arrumar o quarto meu e do meu irmão sozinha só por eu ser menina. Eu batia o pé, dizendo que ele tinha que ter as mesmas obrigações que eu, e que não tinha dada haver o fato dele ser menino, e aí ela começou a me chamar de feminista, e eu passei a usar isso nos meus discursos )
ResponderExcluirO cabelo combina tanto...
ResponderExcluirLola, a gente vai conseguir se desvencilhar dessas bobeirinhas.
Beijão.
Concordo com vc 100%. Escrevi sobre o assunto no meu blog. Se tiver tempo...http://vivernasuecia.blogspot.com/2011/10/o-meu-feminismo.html
ResponderExcluirAchei isso tudo de uma bobagem sem tamanho. As pessoas têm direito a opinião.. e elas nem sempre precisam ser iguais às nossas.
ResponderExcluirEla não falou diretamente a ti e poderia ter sido resolvida por email, em caso de incômodo. Tu acabou expondo uma pessoa por que ela discorda da tua forma de pensar e de ser. Se tu tá feliz escabelada, pq isso te agride tanto? Se isso é ser feminista..preciso rever os meus conceitos. Abraço
Acho que podem me condenar então, por que eu sou feminista desde que me lembro. Lembro de ir ao mercado, com 10 ou 11 anos e carregar um monte de sacola. Encontrar um amigo na rua e não deixar ele levar as sacolas. Eu jamais deixava um homem fazer por mim algo que eu poderia fazer sozinha. Não deixava que carregassem minhas sacolas ou outras coisas assim. Neste dia em específico ele falou pra mim: "Por que você tem que ser tão feminista assim? Só quero te ajudar..." Ai eu respondi: "Eu não preciso da sua ajuda, não sou deficiente, tenho força pra carregar essas duas sacolas que quase não tem nada dentro...". Ele gaguejou e disse que ele não queria dizer que eu PRECISAVA da ajuda dele...
ResponderExcluiraté hoje tenho discussões calorosas com esse amigo, por causa do meu feminismo, que durante um tempo eu tinha medo de assumir. Quando tinha meus 12 anos eu dizia: "Não sou feminista, só acredito que mulheres e homens são iguais e merecem os menos direitos." Com 11 anos comecei a participar de um movimento. O MAB: Movimento de adolescentes do Brasil e aprendi muito mais sobre feminismo. Eu ficava revoltada com injustiças e tal...
Bom, acho que feminismo não tem idade...
Aline
A aparência alheia incomoda muito Lola, eu tenho minha teoria sobre isso: me parece uma inveja da LIBERDADE de quem não precisa disso pra ser FELIZ. Algo assim: "como ela ousa ser feliz assim, se eu tenho que me maquiar, alisar meu cabelo, depilar meu cú e nem assim sou feliz!"
ResponderExcluirAs pessoas defendem muitas coisas que no fundo odeiam e que as torna imensamente infelizes.
Fernanda, não tá abrindo o blog. Tem algo de errado com o endereço que você colocou.
ResponderExcluirPudim, “as pessoas têm direito a opinião” é um clichê, não acha? Porque isso é hiper óbvio. E ninguém tá dizendo que alguém não tem direito. Mas, quando você dá sua opinião, você deve estar preparada a ouvir a opinião dos outros, que de repente não gostaram da sua opinião. E você não vê nada de errado em uma feminista cismar com a aparência de uma mulher, ainda mais uma feminista? (e, note-se: não estamos falando em concurso de miss, mas numa entrevista em que a aparência física não deveria ser importante). Quem se expôs foi quem fez a besteira, não eu. Meu erro mortal, pelo jeito, foi ter dado uma entrevista pruma revista e atiçar invejinha de outras pessoas que, por falta do que dizer, usam o argumento furado de “seu cabelo está fora do padrão”.
Eu gosto do seu cabelo! ;)
ResponderExcluirQuer deletar delete, só n sei qual o sentido dessa besteira de nao querer falar quem foi, dois min de twitter qq um descobre.
ResponderExcluirSó não se a tua audiência n for tão inteligente assim como diz a propaganda...
Lola,
ResponderExcluirseu cabelo faz um serviço pra nós.
Não nos abandone, não o penteie.
Adorei a entrevista Lola, e essa frase:
ResponderExcluir"Sejam mais críticas com o mundo e menos críticas com vocês mesmas e com outras mulheres."
deve ter passado batito pela cabeça dessas mulheres hein.
o engraçado é que a pudimdeideias faz questão de falar que o blog é chato e que não lê a Lola mas vem aqui "defender" a colega e se gabar no twitter que foi "baphenta", cade a maturidade desse povo gente? e pior de tudo estão se achando super certas e engraçadonas. Enfim não vale a pena perder tempo argumentando, deixem-as com o seu feminismo e a Lola com o dela.
Mas ó, fiquei super desapontada com essa figura. xápralá.
"E não foi uma ou outra frase num diário. Até os 14 anos eu já tinha escrito quatro livros. É, livros."
ResponderExcluirQue lindo isso. Obrigado Lola, escreva ...
Só pode ser inveja Lola!
ResponderExcluirA entrevista ficou ótima, viu? Parabéns Lola! Você é uma inspiração para todas nós ^^
1- Adoro minhas madeixas sempre despenteadas. Essa, sim, sou eu.
ResponderExcluir2- Fato: mulheres odeiam mulheres.
Ôh companheira, toda solidariedade! Assim como você, vivo sendo alvo de recomendações para "ajeitar" meu cabelo. Dizem que sou até bonita, mas que o meu cabelo é horrível. Veja só que despropósito, é justamente um dos aspectos da minha aprência que mais me agrada e me representa. Adoro lavá-lo, deixá-lo solto para secar e armar como quem se defende da estupidez humana. Meu cabelo me representa muito. Estando ele solto, cacheado, volumoso, reluzente e fazendo sombra, bem como eu sou! Então, respeito meus cabelos que ainda não são brancos, parafraseando Chico César. Quanto à sua expeirêcia com o feminismo, compreendo perfeitamente a sua sensibilidade infantil para percepção da opressão. Como os adultos subestimam as crinaças, não?
ResponderExcluir"Isso vindo de uma feminista me choca um pouco, porque, ahn, julgar uma mulher pela sua aparência é uma das coisas que gostaríamos de evitar."
ResponderExcluirNão sei porque já me chamou de 'mascu',sendo que quando discordei da senhora,não fiz este desrespeito.
Adorei a entrevista Lola!
ResponderExcluirE quanto ao episódio da feminista fazendo sua caveira, lamentável. Quase não acreditei quando vi quem é a feminista em questão, pois já li textos dela e a contradição é tanta que é difícil acreditar. Isso mostra várias coisas: 1) Ninguém está imune a ter atitude machista, pode ter até pós doc em estudo de gênero; 2) Quando a atitude machista é apontada, as pessoas em geral reagem da mesma forma; 3) A inveja é foda!
Lola, você tem um papel muito importante com seu blog. Hoje não tem um post com menos de 100 comentários, e isso só mostra qtas pessoas seu blog influencia (a inveja deve vir disso). Eu aprendi mto e revi muitos conceitos lendo teus textos, obrigada por ser tão generosa em usar seu tempo já escasso postando aqui praticamente todo dia.
Oi Lola, tudo bom?
ResponderExcluirEntao, acabei de ler o seu post. E digo: estou contigo e nao abro.
Todo esse caso foi muito estranho e pra mim, esse acontecimento caiu como uma bomba, estou estupefato até agora. Alguns fatos dessa historia me desagradaram bastante, e pelo pouco que eu acompanhei no twitter, a reaçao está sendo pior ainda, inclusive com alguns tons de autoritarismo.
Isso meio que despertou uma coisa que eu ja tinha reparado a algum tempo. O fato é que, nao sei porque, mas algumas pessoas tem inveja sim, do sucesso do seu blog. Sim, porque voce tem o blog feminista de maior sucesso no Brasil, isso é ponto pacifico. E muitas pessoas (feministas até) nao entendem porque o seu blog faz tanto sucesso e o delas nao. O caso é que parece que algumas pessoas se incomodam com isso.
Enfim. Estou escrevendo esse post porque eu tenho uma teoria de porque o seu blog faz esse sucesso todo, e gostaria muito de compartilhar com voce (e com suas leitoras). O fato é que voce deve ser a unica blogueira feminista no Brasil que escreve PARA TODOS, sem exceçao. O que eu quero dizer com isso? Bom, quero dizer que quando você escreve sobre o feminismo, voce nao escreve de uma maneira que possa ser absorvida apenas por pessoas que leram "O Segundo Sexo" do inicio ao fim. Nao, o seu texto é escrito de forma SIMPLES E DIRETA, de forma que até uma pessoa sem instruçao alguma, possa entender as nuances do feminismo. E isso É-MUITO-LOUVAVEL!!! Tenho que dizer que voce merece palmas de pé por essa sua atitude de escrever um texto de forma que QUALQUER pessoa possa ler e entender na hora a mensagem que voce quer passar. A maioria das feministas NAO tem esse dom que voce tem, e acaba fazendo um texto rebuscado demais.A maioria escreve um texto de "feminismo para as feministas". E acho que nao é por ai, sabe. O texto feminista tem que ser divulgado para todos, inclusive para aquela pessoa que tem apenas o ensino fundamental, para o cidadão comum, para as pessoas que nao tem o habito de leitura, para as pessoas que nem tem noçao direito do que é politica, enfim, como eu disse ali em cima, para todos. E voce consegue fazer isso com MUITA propriedade. Nesse ponto, eu acho que voce se parece muito com o Lula, sabe. E voce sabe bem do quanto o Lula era criticado por isso. Voce é muito clara e objetiva com o que voce escreve, e isso faz a gente ainda se apaixonar ainda mais pelo seus textos. (eu sou fã declarado.)
O meu post era mais para lhe dizer isso, mas vou complementar sobre o lance que estão falando por ai, sobre voce citar que é feminista desde os 8 anos. Vi criticas sobre isso, e ja vi outras feministas criticarem isso tambem, chamando isso inclusive de auto-promoçao demais, mas isso nao vem ao caso. Minha opiniao sobre o assunto é que me parece que algumas feministas ficam OFENDIDAS com o fato de voce se declarar feminista desde os oito anos. Novamente a semelhança entre voce e o Lula. Quantos politicos de direita voce conhece, que ficam ofendidas com o fato de uma pessoa do povo, como o Lula, ter chegado à presidencia??? Enfim, acho que sao casos parecidos, e voce nao deve deixar de falar sobre si, por causa dessas criticas, entende?
Enfim, era basicamente isso o que eu tinha pra dizer. Aguardo ansiosamente pelos seus posts, que sao sempre belissimos. Um beijo e tenha um bom dia! ;)
Lola, uma coisa ninguém pode negar: Você é amada pra caramba! Com essa legião de fãs assim fiéis, você tá com tudo.
ResponderExcluir"Deixa que digam que falem que pensem... deixisso pralá, vempracá, qui é qui tem... faz mal bater um papo assim gostoso com alguém?" --Jair Rodrigues e Elis Regina
Lola, eu me identifiquei um pouco com esse seu comentário a respeito do cabelo. A verdade é que sofro muito com isso no meu trabalho e na minha vida pessoal, pois muitas pessoas do meu convívio sempre me dizem que eu devo melhorar o visual, dar uma "arrumada" básica.
ResponderExcluirO problema é que eu me sinto bem com minhas roupas mais simples, com o meu cabelo mais despojado. Mas recebi tantas críticas ao longo da vida que isso virou uma espécie de trauma pra mim, um medo mesmo de as pessoas perceberem que estou arrumada. Eu vivo uma insegurança em relação a isso quando estou em lugares públicos.
Tem anos que vivo nesse paradoxo de me produzir ou não, de usar determinada coisa ou não. Muitas pessoas acham que isso é uma bobagem, mas pra mim é um sofrimento só ouvir alguém dizer "por que você não penteia o cabelo?". Quer dizer, eu sou uma pessoa bacana, tento sempre ser melhor hoje do que ontem, sou educada e gentil, esforçada, trabalho sério e duro mesmo, tento contribuir com as coisas nesse mundo, mas sou julgada diariamente por causa do meu cabelo e das minhas roupas.
Eu pergunto: isso é justo? É justo infernizar a vida de alguém assim só por causa de um estilo pessoal? É justo eu ter que sofrer isso tudo se sou uma pessoa competente? Não, não é.
É isso que me deixa tão frustrada.
será q esse pensamento de que criança n tem capacidade mental pra nada é só do brasil?
ResponderExcluirpq eu já vi várias vezes ,pessoas dizendo isso.
quando crianças praticam bullying na escola,eles n tem culpa,pq n sabem o estão fazendo... lógico,se uma criança dessas ,tb é humilhada por alguém ela adora e se sente tão feliz,que dividi o amor com todos.
adolescentes tb n tem capacidade pra nada, por isso um caso q eu vi de um muleque de 17 anos q matou e estuprou uma garota,n foi preso,pq ele é menor de idade e como um psicologa falou "ele n tem capacidade de entender o q fez"
ah me poupe! desde criança já sabia o q era machismo e sempre fiquei pu.ta ,pq meus pais diziam q eu devia arrumar a casa só por ser mulher,enquanto meu irmão,o macho superior podia ficar o dia inteiro fazendo nada!
eu n consegui grandes avanços,apesar das reclamações e o pior é que eles dizem q n são machistas.
uma prova do n machismo da minha mãe,é que um dia q me revoltei,falei q n ia fazer a comida,o meu irmão q fizesse,ela simplesmente começou a dizer q ia sobrar pra ela e preferiu fazer do q mandar meu irmão preparar a comida.
ou o comentário do meu pai de q o dia q eu conseguisse um namorado,eu faria uma comida pra ele. ahahahhahhhahh foi piada só pode!
ai,eu disse q n faria,q se ele quiser comer q cozinhe ou morra de fome!,ai veio com a conversa fiada,de q tem tarefas de homens e mulheres,bla bla bla...
desculpa,eu to revoltada,só de lembrar desses absurdos e de ver essa idiota q se diz feminista,tentar te diminuit,só pq n tem o cabelo padronizado.
Gostaria de compartilhar também uma coisa horrível que já me disseram que é sobre pintar as unhas. Eu não gosto muito de passar esmalte e já me disseram que quem não pinta as unhas é porca (já vi a reprodução desse discurso em programas na televisão para o público feminino também),como se o fato de não passar esmalte sobre a mão(que é algo estético) tivesse alguma relação com falta de higiene, o que é uma falácia. Ainda que fazer a unha possa levar a mulher a lavar a mão,limpar as cutículas e debaixo da unha não se pode deduzir daí que quem não pinte a unha é uma pessoa "porca".Como nas críticas sobre cabelo. São todos discursos agressivos baseados no paradigma machista da mulher decorativa.Isso me entristece muito.
ResponderExcluirquem foi anta que disse que não fazer a unha é coisa de porca?
ResponderExcluirseja quem for que disse isso é de uma burrice sem limítes.
vc está muito mais sujeita a bactérias fazendo as unhas do que não fazendo, principalmente nesse salões, onde elas cortam , sagra uma , depois a mesma peça que sangrou na menina , vai em vc.
putz... quero que falem esse absurdo para mim....
elen, esse tipo de situação é revoltante mesmo. Quando comecei a namorar minha mãe também me pressioanava para fazer "lanchinhos" pro namorado. Eu não tenho nada contra lanche, mas na hora do lanche que os dois vão pra cozinha e preparem. Nada de levar na mão. Poxa, que saco. Só por que sou mulher vou fazer tudo sozinha? No começo minha mãe horrorizou, mas agora ela acha normal.
ResponderExcluirQuanto à questão do cabelo, é muito complicado mesmo. As pessoas julgam sem dó se você não tem o cabelo no padrão (que ou é liso ou é cacheado entupido de creme pra ficar "domado").
Ter cabelo mais crespo, não fazer a unha, tudo isso é sinônimo de "falta de cuidado" pra muita gente.
Pra mim cuidado é se higienizar, deixar a pele respirar, usar protetor solar.
Mas o importante é estar no padrão.
quem diz que criança não faz política não conhece os Capitães da Areia, né? ah, sim, é ficção... mas eu já vi tanto "capitão da areia" por aí!
ResponderExcluire acho tão absurdo ficar medindo se alguém é feminista ou não é - em 99% dos casos, pq tem gente que não sabe usar o termo direito, confunde significados e sai falando bobagem por aí. mas, pra mim, se se diz feminista, é feminista, pronto...
Eu não sabia quem tinha sido a autora do infeliz comentário. E quando escrevi o que disse acima, achei que vc estava falando de outro gênero de crítica. Agora que sei de quem partiu, fiquei triste, desapontada. Pra quê, né? Uma menina tão sagaz e inteligente dedicar energia a essa tipo de crítica. Acho que imaturidade define, mesmo. Quanto a ser feminista desde criancinha, olha, já ouvi tanta feminista mais velha que eu dizendo isso. Mas tanta. O que incomoda é seu estilo personalista? Mas por que? É o seu estilo. Existem outros.
ResponderExcluirTambém acho uma coisa contraproducente o debate em torno do "este feminismo não me representa". Ok, construa o seu, com a sua turma, etc etc. O feminismo é plural. Pra quê tanto ranço?! Melhor se ocupar de problemas reais. Beijo.
Ah essa "fase de ouro" até 30 anos é típica para mulher reclamar do machismo e das pressões da sociedade enquanto ainda se rende a isso na prática. Fazer o quê, né. A idade é pouca e a pressão é grande. Nem a bagagem feminista teórica a livra de falar umas bobagens machistas de vez em quando, essa não foi a primeira dela. Faz parte, uma hora ela cai em si.
ResponderExcluirCaraca!
ResponderExcluirTanta idéia linda e inteligente saindo dessa cabeça e jura que tem gente preocupada com o adorno dela?
Olha, Lola, sou péssimo em diagnóstico, mas se isso não é inveja delas, definitivamente não sei o que é.
Não precisamos de mais inimigos!
ResponderExcluirNão precisamos de rixas!
Precisamos dar amor. Fazer um mundo melhor.
Vamos que vamos, mulheres e homens desse mundo, vamos falar sobre o pensamento transformador.
Adorei a entrevista a TPM e também o post!
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirfico muito feliz de saber que você existe. É uma grande feminista, uma grande mulher e a sua inteligência é usada a favor dos oprimidos.
Parabéns pela revista, pela fama, pela inteligência.
Quanto ao comentário desagradável, espero que quem criticou já tenha se dado conta que errou: "super tiro no pé do feminismo".
E por que diabos implicam tanto com o cabelo cacheado?
ResponderExcluirJá ouvi dizer que cabelo cacheado é o símbolo da "mulher má", não sei se procede, mas sinto que a mulher de cabelos cacheados é sim vilanizada!
Eu passei muito tempo achando que meu cabelo era feio, que eu tinha de alisar. Tanto fiz, que alisei aos 18. Não demorou muito pra eu perceber que não queria ficar igual a todo mundo e sentir falta de como eu era antes. Cortei, deixei crescer cacheado e hoje ele é meu maior orgulho!
Ainda assim, me revolto com esses preconceitos com o cabelo cacheado. Quando vejo na rua meninas com o cabelo todo quebrado de chapinha, tipo, oi, isso não é bonito! De atrizes e, principalmente, jornalistas que são obrigadas a alisar o cabelo pra trabalhar e ficam aí propagando esse modelo despersonalizante!
Ah Lola... o que tem de mulher "feminista" chamando outras mulheres de vaca, piranha etc. Tá difícil.
ResponderExcluirPara mim estas estão no mesmo saco das "moderninhas" que defendem atitude mascu porque não se pode levar nada tão a sério, cadê diversão? Minha filha, só é engraçado quando todos riem.
Ademais, foi facinho achar a dona do infeliz comentário - que tem o cabelo tão enrolado quanto o seu. Só jogar uns pedaços da frase que a Lola aspou no search do Twitter que logo cai num RT manual da famigerada citação. E, eu, alheia a tudo, não sabia desse mal-entendido e fiquei chateadinha com a posição da bonita (cujas iniciais são M.R.)
Enfim, fazer o quê? Não dá para enfiar nada na cabeça dos outros, tudo é um processo lento e pessoal.
Aproveita a "fama". Eu comentei na TPM onde raios que eles ainda não tinham te dado uma coluna (para escrever né? porque só faltava te chamar de corcunda, além de despenteada!)
Bjs!
Resposta da feminista em questão
ResponderExcluir"Depois eu troquei uns replies, explicando minha posição. EU TAMBÉM me lembro de ter 10 anos de idade e ver uma prima servindo o marido na hora do almoço, como se ela fosse uma serviçal, e não concordar com isso. EU TAMBÉM me lembro de cagar e andar pra boneca e achar que tinha sim, direito de ir brincar com os meninos. Mas, na minha opinião, isso não é ser feminista. Isso é a criança percebendo que o mundo está separado em gêneros e pensando sobre o seu lugar nisso tudo. Daí a feminismo, é um salto. Porque feminismo é uma crítica a estruturas sociais, a instituições cuja história e funcionamento uma criança não tem maturidade ou capacidade intelectual para entender. Essa é a minha posição.
Outra coisa que expus nos tweets é que, ao dizer 'sou feminista desde criancinha' o tempo todo, fica parecendo que a Lola quer cavar uma legitimidade com base nisso. Como se a sua longevidade no movimento tornasse o seu discurso mais legítimo. Pode não ser o que ela quer dizer, mas certamente é uma mensagem que se passa. E eu acho que não é relevante quando você virou feminista — se aos 8, 18 ou 38. Então pra quê ficar citando isso o tempo todo?
Enfim. Foi só isso que eu disse. superficialmente, pq foi no twitter, e no meio de uma conversa com amigos. Ah, e eu disse TAMBÉM, em tom de brincadeira: 'ok, vc pode ser contra o mito da beleza e tals, mas podia ter pelo menos penteado o cabelo pra foto, né?'. Foi escrota a minha piada? Foi. Pero. Você achar que o cabelo de alguém tá ruim numa foto É MUITO DIFERENTE de dizer que toda mulher tem que seguir padrão de beleza e estar sempre impecável e blablabla.
Enfim. Aí viajei e quando tive a chance de entrar na internet cinco minutinhos, o furdúncio já estava instalado. Então, né. O que houve foi uma grande tempestade em copo d’água. Como há muitas no blog da Lola, eu acho — e esse é um dos aspectos que desgosto na blog, a ponto de ter deixado de lê-lo há um bom tempo.
Tem gente achando que eu fiz uma grande cagada com esses tweets. Eu não acho. Podia ter passado sem a piada infeliz do cabelo. Mas todo o resto eu mantenho e vou continuar mantendo. Acho, sinceramente, que ficou mais feio pra Lola, que fez esse furduncio por conta de meia dúzia de tweets em perfil privado — e ainda chegou na lista de blogueiras feministas dizendo que eu só disse o que disse por “inveja”. A cereja do bolo foi ela expor na lista um email que mandei pra ela meses atrás, pedindo ajuda para a minha vaquinha do mestrado. Ela insinuou que eu tô com mágoa porque ela não contribuiu. Por favor, né? Quiquéisso. Achei papelão. A minha crítica nunca foi pessoal (uma das coisas que disse no meio desses tweets foi “pessoalmente, ela é fofa”). Eu critico o discurso. Se a Lola tem e gosta de visibilidade, é preciso saber que vai receber críticas. Desqualificar as críticas como machistas ou “tentativa de racha” ou “inveja”, pra mim fica feio demais.
Agorinha mesmo eu conversava com um amigo, e criticava esses jogos olímpicos e suas derivações (pan, de inverno, etc). Falava do quanto eles me dão a sensação de militarismo, com esse verniz fascista, que deriva da lógica de olimpianos grega, mas foi acentuada na século XX. Por mais bonitinha que seja a cerimônia toda, organizada, com todo mundo marchando de fardinha e bandeira em punho, não deixa de ser um palco para a disputa política velada, onde grandes potencias encenam seu imperialismo. O corpo maltratado (embora bonito) dos e das atletas é apenas um instrumento bélico de conquista. Eu criticava a visão romântica de um amigo meu, que discordava veementemente de mim e defendia o lado 'democrático' do esporte. Ele então me perguntou sobre como eu gostaria que fossem os jogos. Eu respondi: aquela coisa caótica, livre e desregrada, como uma partida de queimado. Ele então arrematou: "nossa, que visão romântica da partida de queimado". E ele tem razão, né. O mundo é competitivo e uó. Nem a deliciosa, livre e descabelada partida de queimado escapa.
ResponderExcluirMas, voltando ao feminismo. Antes de ser um movimento, um campo teórico, um componente de nossa autopercepção no mundo, ele é uma utopia, né. Um norte, um girassol para nossos sonhos rotos e cabelos soltos.
De acolhimento, solidariedade entre as pessoas, reversão das iniquidades. Apesar de saber que ela só seria possível num mundo ideal, eu fico com a minha visão caótica e desregrada de uma partida de queimado.
PS: A coisa mais chata dessa história toda nem foi uma menina falar mal do cabelo da Lola. Foi todo esse lance de 'autoridade'. De estipular quem pode dizer o quê. E quem não pode. O comentário só traz à tona a manifestação de um desejo - não sei se consciente - de controle sobre a autopercepção da outra. Por muito tempo as mulheres não tiveram voz. Agora os blogs estão aí para isso. Que massa. Todas fala. Se for bobagem, que seja, né. Acontece também. Se houvesse vestibular para feminista, seriamos todas reprovadas. Não é por aí.
Lola,
ResponderExcluiracusar a outra de tá com inveja porque seu blog é frequentado, porque você fez uma entrevista é tosco. Não tem nada a ver.
Acusá-la de estar com raiva de você porque você não a ajudou a ganhar dinheiro é baixo...
***
E, sim, você não tem culpa do que suas comentaristas fazem, mas só comentando que tá ridículo essa situação delas ficarem perseguindo a feminista em questão.
Desnecessário.
***
...sim, alguém aí - que eu não me lembro mais quem - disse que Feminismo é 'intuitivo'...
...acho que estamos inventando um novo feminismo: Feminism Express.
Não precisa estudar, não precisa se informar, prática pra quê, né? Dá pra se criar toda uma ideologia, um movimento político e social só a partir das experiências do Jardim de Infância.