Procurei na internet uma versão traduzida pro português de “The Birthmark” (a marca de nascença, ou a mancha de nascimento), mas não encontrei. O conto em inglês tá aqui. Eu dou este conto do Nathaniel Hawthorne, mais conhecido pelo romance A Letra Escarlate (que eu nunca tive paciência pra passar da metade), pros meus alunos de Literatura lerem. E eles gostam. Ou melhor, elas gostam. A reação das alunas costuma ser tão visceral quanto a minha. Já no começo da discussão do conto as alunas passam a balançar a cabeça e rir, no estilo rir pra não chorar.
“The Birthmark”, publicado em 1843, é a história de um cientista, Aylmer, que se casa com uma linda moça, Georgiana. Logo no início do casamento Aylmer vira pra sua amada e pergunta: “Você já pensou que essa marca na sua bochecha pode ser removida?”. A moça, envergonhada, rindo, baixa os olhos pra responder: “Não. Pra ser franca, essa mancha tem sido vista tão constantemente como um charme que fui ingênua o bastante para crer que era verdade”. E Aylmer diz que em outro rosto, menos perfeito, talvez uma mancha dessas fosse charmosa. Mas no rosto dela, é um sinal de imperfeição que o choca. A pobre moça, chateada, põe-se a chorar, e quer saber por que ele se casou com ela (já que o narrador diz que Aylmer nunca tinha pensado na marca de nascença de Georgiana antes de se casar), e reclama: “Você não pode amar algo que te choca!”.
A narração explica que a marca, na bochecha esquerda de G, muda de cor de acordo com as reações da dona, mas em geral é vermelha. E que parece-se com uma minúscula mão. Os admiradores de G diziam que uma fada havia tocado na sua bochecha antes d'ela nascer. Já as mulheres adversárias de G espalhavam que a marca estragava sua beleza. G, por sua vez, nem ligava pra mancha ― até a intromissão do marido. Nessa hora eu já viro pras alunas e pergunto, sarcasticamente: “Soa familiar?”.
Aylmer fica obcecado com a mancha na bochecha de G. Tanto que ele olha pra ela e faz careta. Em pouco tempo, a mancha passa a incomodar G mais do que tudo. A narração diz, explicitamente: “Georgiana logo aprendeu a arrepiar-se com o olhar do marido”. Ela aprende a odiar um sinal que é seu de nascença! (e o incrível é que Hawthorne usa a palavra gaze, hoje muito usada pra falar de male gaze, olhar masculino, que serve para nos admirar e nos transformar em objetos sexuais, como também para nos julgar, dominar, subsidiar).
G lhe pergunta se ele já sonhou com a mancha, e ele lhe conta seu sonho. Nele, Aymler está tentando tirar a mancha de G, mas quanto mais fundo vai a faca no rosto da amada, mais fundo vai a marca, até que aquela mancha em forma de mãozinha toma o coração de G, e a Aylmer só lhe resta retalhar o coração da moça. Ah, o amor!
E aí eu fico com vontade de xingar G quando ela diz que Aylmer deve fazer tudo que estiver a seu alcance pra tirar dela essa marca asquerosa, nem que isso custe a vida dela. “Não me poupe se a marca se refugiar no meu coração”, diz ela. E aí aparece minha frase favorita em todo o conto: “Seu marido carinhosamente beijou-lhe a bochecha ― a bochecha direita”.
Entra em cena um assistente de Aylmer, um cara chamado (só pro meu desespero, já que nunca acerto o nome dele!) Aminadab, que diz para si mesmo que, se G fosse sua esposa, ele nunca lhe tiraria a marca. Aminadab parece o Calibã de A Tempestade, e é descrito como representante da “natureza física do homem”, enquanto Aylmer/Próspero seria o “elemento espiritual”.
Enquanto espera que seu marido e servente preparem tudo para remover a marca, G anda pelo laborário. Aylmer faz um truque de mágica que dá muito errado (uma linda flor fica preta e morre assim que G a toca). Ele lhe mostra um elixir da imortalidade, capaz de matar alguém em segundos. E, quando ela lhe pergunta por que ele guarda um veneno tão terrível, ele muda de assunto rapidinho e exibe um cosmético que tira sardas do rosto com algumas gotas. Ela quer saber se é isso que será usado nela, e ele diz que, no seu caso, será preciso uma solução mais profunda.
A essa altura G já odeia sua marca mais mesmo que Aylmer odeia a pequena mão, e cobre sua bochecha sempre que Aylmer olha pra ela. Andando pelo laborário, ela encontra um volume cheio de anotações do marido acerca de suas experiências científicas, e constata que todas fracassaram. Ao invés de sair correndo dali naquele instante, ela diz a Aylmer que ler aquilo “me fez idolatrar você mais do que nunca”. Ele responde que, depois de mais esse sucesso, aí sim ela terá motivos para idolatrá-lo. Nesse ponto eu tenho de me conter pra não rasgar a página.
Finalmente, Aylmer conta a G que existe um risco fatal envolvido na remoção da marca. Mas ela diz que, se a marca ficar como está, “nós dois enlouqueceremos”. E ele concorda!
Ela toma a poção que Aylmer lhe dá e dorme, enquanto o marido observa a sua bochecha, e vê que a marca está desaparecendo. O narrador, aqui, estranhamente se dirige a nós na única vez no conto: “Assista à mancha do arco-íris desaparecendo do céu, e você saberá como aquele símbolo misterioso faleceu”. Aylmer está eufórico. Se G não estivesse tão pálida, a marca, agora rosa, quase extinta, nem seria notada. Então ele ouve uma risada grossa e pensa que vem de Aminadab. Ele fala para si mesmo: “Ria, sua coisa dos sentidos! Você conquistou o direito de rir!”.
Essas palavras acordam G, que lhe avisa que está morrendo. Assim que a marca deixa seu rosto, G dá seu último suspiro de vida. E Aylmer ouve a risada tosca novamente. The end. (Há umas poucas linhas moralizantes do narrador, no estilo “o homem não deve brincar de Deus”, totalmente descartáveis. Prefiro terminar antes).
Mas é um conto poderoso, hein? Ao pensar em Aylmer (de quem, na realidade, eu tenho mais pena que raiva), eu penso sempre nos cirurgiões plásticos de hoje, casados com trophy wives (esposas-troféus) que eles fazem questão de esculpir com as próprias mãos. Mais do que pensar em Frankenstein, ou mesmo no conceito de que natureza é algo feminino, e ciência é algo masculino, e que o conto pode ser visto como uma ciência fálica penetrando o que não deveria ser mudado – enfim, mais que tudo isso, ao pensar em Georgiana o que consigo ver é que, se ela vivesse atualmente, não precisaria do marido pra alertá-la de suas imperfeições. Ela teria à disposição trezentas imagens da mídia, todo dia, ensinando-lhe que um rosto bonito tem que ser sem marcas. E, desde cedo, seus pais e amigos, também expostos a essas mesmas imagens, saberiam como é um rosto perfeito. E diriam isso pra ela, pro seu bem, claro. Aylmer seria desnecessário no mundo de hoje, já que a sociedade se encarregaria de martelar na cabeça de sua mulher que ela tem várias marcas de nascença defeituosas, a começar por sua própria vagina. Georgiana aprenderia desde bem novinha que é imperfeita, e que tem que odiar alguma parte do seu corpo pro resto da vida, e gastar o que puder para eternamente corrigir-se.
A narração explica que a marca, na bochecha esquerda de G, muda de cor de acordo com as reações da dona, mas em geral é vermelha. E que parece-se com uma minúscula mão. Os admiradores de G diziam que uma fada havia tocado na sua bochecha antes d'ela nascer. Já as mulheres adversárias de G espalhavam que a marca estragava sua beleza. G, por sua vez, nem ligava pra mancha ― até a intromissão do marido. Nessa hora eu já viro pras alunas e pergunto, sarcasticamente: “Soa familiar?”.
Aylmer fica obcecado com a mancha na bochecha de G. Tanto que ele olha pra ela e faz careta. Em pouco tempo, a mancha passa a incomodar G mais do que tudo. A narração diz, explicitamente: “Georgiana logo aprendeu a arrepiar-se com o olhar do marido”. Ela aprende a odiar um sinal que é seu de nascença! (e o incrível é que Hawthorne usa a palavra gaze, hoje muito usada pra falar de male gaze, olhar masculino, que serve para nos admirar e nos transformar em objetos sexuais, como também para nos julgar, dominar, subsidiar).
G lhe pergunta se ele já sonhou com a mancha, e ele lhe conta seu sonho. Nele, Aymler está tentando tirar a mancha de G, mas quanto mais fundo vai a faca no rosto da amada, mais fundo vai a marca, até que aquela mancha em forma de mãozinha toma o coração de G, e a Aylmer só lhe resta retalhar o coração da moça. Ah, o amor!
E aí eu fico com vontade de xingar G quando ela diz que Aylmer deve fazer tudo que estiver a seu alcance pra tirar dela essa marca asquerosa, nem que isso custe a vida dela. “Não me poupe se a marca se refugiar no meu coração”, diz ela. E aí aparece minha frase favorita em todo o conto: “Seu marido carinhosamente beijou-lhe a bochecha ― a bochecha direita”.
Entra em cena um assistente de Aylmer, um cara chamado (só pro meu desespero, já que nunca acerto o nome dele!) Aminadab, que diz para si mesmo que, se G fosse sua esposa, ele nunca lhe tiraria a marca. Aminadab parece o Calibã de A Tempestade, e é descrito como representante da “natureza física do homem”, enquanto Aylmer/Próspero seria o “elemento espiritual”.
Enquanto espera que seu marido e servente preparem tudo para remover a marca, G anda pelo laborário. Aylmer faz um truque de mágica que dá muito errado (uma linda flor fica preta e morre assim que G a toca). Ele lhe mostra um elixir da imortalidade, capaz de matar alguém em segundos. E, quando ela lhe pergunta por que ele guarda um veneno tão terrível, ele muda de assunto rapidinho e exibe um cosmético que tira sardas do rosto com algumas gotas. Ela quer saber se é isso que será usado nela, e ele diz que, no seu caso, será preciso uma solução mais profunda.
A essa altura G já odeia sua marca mais mesmo que Aylmer odeia a pequena mão, e cobre sua bochecha sempre que Aylmer olha pra ela. Andando pelo laborário, ela encontra um volume cheio de anotações do marido acerca de suas experiências científicas, e constata que todas fracassaram. Ao invés de sair correndo dali naquele instante, ela diz a Aylmer que ler aquilo “me fez idolatrar você mais do que nunca”. Ele responde que, depois de mais esse sucesso, aí sim ela terá motivos para idolatrá-lo. Nesse ponto eu tenho de me conter pra não rasgar a página.
Finalmente, Aylmer conta a G que existe um risco fatal envolvido na remoção da marca. Mas ela diz que, se a marca ficar como está, “nós dois enlouqueceremos”. E ele concorda!
Ela toma a poção que Aylmer lhe dá e dorme, enquanto o marido observa a sua bochecha, e vê que a marca está desaparecendo. O narrador, aqui, estranhamente se dirige a nós na única vez no conto: “Assista à mancha do arco-íris desaparecendo do céu, e você saberá como aquele símbolo misterioso faleceu”. Aylmer está eufórico. Se G não estivesse tão pálida, a marca, agora rosa, quase extinta, nem seria notada. Então ele ouve uma risada grossa e pensa que vem de Aminadab. Ele fala para si mesmo: “Ria, sua coisa dos sentidos! Você conquistou o direito de rir!”.
Essas palavras acordam G, que lhe avisa que está morrendo. Assim que a marca deixa seu rosto, G dá seu último suspiro de vida. E Aylmer ouve a risada tosca novamente. The end. (Há umas poucas linhas moralizantes do narrador, no estilo “o homem não deve brincar de Deus”, totalmente descartáveis. Prefiro terminar antes).
Mas é um conto poderoso, hein? Ao pensar em Aylmer (de quem, na realidade, eu tenho mais pena que raiva), eu penso sempre nos cirurgiões plásticos de hoje, casados com trophy wives (esposas-troféus) que eles fazem questão de esculpir com as próprias mãos. Mais do que pensar em Frankenstein, ou mesmo no conceito de que natureza é algo feminino, e ciência é algo masculino, e que o conto pode ser visto como uma ciência fálica penetrando o que não deveria ser mudado – enfim, mais que tudo isso, ao pensar em Georgiana o que consigo ver é que, se ela vivesse atualmente, não precisaria do marido pra alertá-la de suas imperfeições. Ela teria à disposição trezentas imagens da mídia, todo dia, ensinando-lhe que um rosto bonito tem que ser sem marcas. E, desde cedo, seus pais e amigos, também expostos a essas mesmas imagens, saberiam como é um rosto perfeito. E diriam isso pra ela, pro seu bem, claro. Aylmer seria desnecessário no mundo de hoje, já que a sociedade se encarregaria de martelar na cabeça de sua mulher que ela tem várias marcas de nascença defeituosas, a começar por sua própria vagina. Georgiana aprenderia desde bem novinha que é imperfeita, e que tem que odiar alguma parte do seu corpo pro resto da vida, e gastar o que puder para eternamente corrigir-se.
Isso vale para ambos os lados, não apenas para a mulher. Quando foi a última vez que alguém viu um drama ou uma novela em que o rapaz gordinho e à parte da sociedade terminar com a musa da história?
ResponderExcluirSério, um drama. Comédias não contam por motivos óbvios.
Se as pessoas se sacrificam pra atingirem o "padrão" da sociedade, é porque elas querem ser zangões dentro de uma colméia, não querem andar na contramão e declararem sua individualidade.
Não são dignas sequer de pena.
Interessante como o conto parece ser ainda bastante atual com relação a patrulha sobre a aparência(especialmente a feminina).
ResponderExcluirp.s. A turma que tem vindo perturbar os posts sobre eleições tirou folga hoje...
Magnífico, professora Lola!
ResponderExcluirForte.
ResponderExcluirbjs
Insana
Bom, patrulha existe pra todo mundo, mas dizer que a intensidade é a mesma pra homens e mulheres chega a ser má fé.
ResponderExcluirAronovich:
ResponderExcluirComigo acontece uma coisa inversa ao que acontece no livro. A minha mulher é extremamente bonita, loira, olhos azuis cabelo cacheado, linhas perfeitas, etc. Ela tem uma pinta, como se fosse uma verruga preta, no lado direito do rosto. Você acredita que, acho, que pelo fato dela ser tão linda eu nunca achei essa pinta um defeito e pra lhe dizer a verdade eu nem vejo a pinta e já estou com ele a 25 anos. Só me lembrei agora pro causa do seu post, ou muito de vez em quando, mas nunca acho um defeito a ser eliminado. Nela essa pinta não fica mal.
não há simetria possível nesse caso...é o mesmo em relação ao racismo. um gordinho pode ser discriminado mas jamais será discriminado na intensidade que uma gordinha é. Um homem com uma marquinha no rosto ninguém nem vai notar, já na mulher é mostruoso e o marido dela - um fracasado - notar e ressaltar isso é de uma crueldade mortal, que no final é o que acontece.
ResponderExcluiramer disse que é tudo igual, mas na hora de comparar com o reino animal disse que todos nós queremos ser zangões...o que? como? Vc não queria ser a rainha?
Pois é, e essas 300 imagens a que as pessoas são expostas todos os dias ainda por cima são de mulheres tão "perfeitas" que nem existem. Têm que escolher as mulheres mais "bonitas", tacar maquiagem pesada em cima, passar horas arrumando o cabelo dela de um jeito que se alguém assoprar desmancha e depois ainda dar uma photoshopada.
ResponderExcluirE é muito tosco esse vídeo do Boticário que tá no post antigo que você linkou, eles conseguiram não sei como fazer um contorcionismo mental que coloca o mundo sem "vaidade" (entenda-se pressão social pra que as mulheres consertem o que não está errado) com todas as mulheres iguaizinhas e quando uma mulher descobre o batom se destaca pela diferença, quando o que acontece é que as mulheres são naturalmente diferentes e a indústria de cosméticos, plásticas, etc. prega que têm de ser todas iguais a um modelo ideal - cada diferença em relação ao modelo é uma imperfeição.
Lola, amei o seu texto! Pena que meu inglês ainda não está lá essas coisas, então li o conto, mas não com a facilidade que gostaria, rs...
ResponderExcluirEnquanto li esse seu texto pensei em tanta coisa. Lembrei de uma moça que sempre aparece aí na mídia, principalmente na época do carnaval e que já fez dezenas de cirurgias e já foi casada com um cirurgião plástico que fez a maior parte delas e foi assassinado há alguns anos (parece história de suspense, rsrs)...
Lembrei de um conto do Luís Fernando Veríssimo, em que a moça faz uma lipo pra tirar as gordurinhas do quadril e fazer uma surpresa ao marido e quando ele volta, não gosta da surpresa e sente falta das gordurinhas que ela tinha (pode ser entendido das duas formas, acho, ele gostava dela como era, ou a tal fixação nele nas gordurinhas não deixa de ser uma imposição, rsrs).
E também pensei não só na questão física, mas no comportamento. Como em alguns relacionamentos, certos homens mais sérios que começam a namorar moças mais extrovertidas, sociáveis e a medida que o relacionamento avança, elas vão ficando como eles, sendo quase moldadas, até quase se tornarem outras pessoas... Pensei em tanta coisa... Tive ótimos professores de literatura até hoje e os textos que a gente discutia servia pra gente refletir sobre tanta coisa, é assim que seus alunos devem se sentir... Mas você falou sobre a reação das alunas ao conto, mas e os alunos? O que costumam achar? rs
Bjus Lola.
Eu sofri um incendio quando era criança e tenho marcas de queimadura até hoje. Alem disso tb ando "acima do peso"... por isso posso dizer que nós homens somos patrulhados tb, mas nem de longe perto do que acontece com as mulheres.
ResponderExcluirQualquer mulher em qualquer situação é julgada pela aparencia.
Um exemplo: sempre que ha reportagens mostrando mulheres que estão presentes numa area de trabalho antes apenas masculina (de construção civil a forças armadas), os reporteres fazem questão de frisar que elas se "cuidam" que usam batom, fazem as unhas, enfim ainda se mantem "femininas".
Mesmo na ficção é apresentado o conceito de a "bela e a fera" onde é "normal" uma mulher se apaixonar por um homem que não tem o padão de beleza, mas outras qualidades como inteligencia, bom humor, coragem, etc.
Mas o inverso não acontece.
Alem disso mulheres bonitas são usadas como simbolo de consumo em feiras de carros, eletroeletronicos, etc.
A quantia absurda de propagandas de produtos, tratamentos e "segredos de belezas de celebridades" não é mero acaso.
É o reforço continuo da ideia de não importa a qualidades que a mulher possua, se não estiver no padrão de beleza ela não "serve".
E aqui vem tb a hipocrisia. Mulheres "desleixadas" são criticadas por não se "cuidarem" ao mesmo tempo mulheres que vivem por sua beleza são acusada de serem futeis.
Uma armadilha dificil de escapar.
Archilla, me diga então, as mulheres avaliam os homens APENAS pelo seu conteúdo intelectual? A aparência realmente não importa?
ResponderExcluirSe fosse verdade, Hugh Jackman não apareceria sem camisa em todo filme que participa.
Não é má fé. O ser humano é cretino e gosta de excluir aqueles que não se enquadram nos padrões da colméia, sejam homens ou mulheres. Dizer que as mulheres "sofrem mais" com isso, é uma constatação parcial.
Aiaiai, puxe pela memória e você se lembrará de alguns amigos gordinhos que você viu sofrerem MUITO por causa de sua aparência. Se não lembrar de ninguem em específico, ou você está mentindo ou teve pouquíssimos amigos.
E não, eu não quero ser "a rainha". Me recuso a fazer parte de uma sociedade que não lê, não escuta e não pensa, apenas segue os demais.
Isso é o que nossa sociedade é, uma colméia, onde o pensamento coletivo impera e o pensamento individual é esmagado.
Eu não aceito este feminismo que sempre coloca a mulher como vítima e o homem como vilão. O que é pior: valorizar a beleza ou valorizar o dinheiro? Pois é, a mulher valoriza o dinheiro. O homem que não tem dinheiro é totalmente ignorado pelas mulheres. Eles simplesmente não existem, não servem nem para o sexo casual. Isto não é terrível também? Não vejo problema em ser objeto sexual, vejo problema em não ter objetos sexuais. E a mulher abre mão deles pelo dinheiro. Não vejo razão para criticar o fato da beleza física atrair os homens, acho isto muito natural. Os homens nem ligam tanto para detalhes. Se a mulher tem estrias, celulite, um sinal, uma marca de nascensa, não faz muita diferença para eles. Isto é o que vemos na prática. Se a mulher for "bonitinha" ou "gostosinha" já está bom para eles. Esta mania de perfeição das mulheres é mais para concorrer umas com as outras. O que acho errado nos homens é o fato de eles descartarem qualquer possibilidade de relacionamento se considerar uma mulher feia. mas vem a pergunta: descartar a possibilidade de relacionamento por uma pessoa ser feia é pior do que fazer a mesma coisa por essa pessoa ser pobre? Fica a pergunta!
ResponderExcluirAmer, onde eu falei que a mulher avalia o homem apenas pelo conteúdo intelectual? É óbvio que a aparência conta pontos, mas não é prioridade, como no caso das mulheres. A exigência pela beleza dentro do padrão não é tão grande pros homens quanto pras mulheres, não tem nem comparação! Caso contrário, porque revistas como "Boa Forma" ou "Dieta Já" são voltadas para o público feminino? Por que revistas tidas como masculinas enfocam muito mais economia, política, esportes e mais uma lista enorme de assuntos do que estética? Por que a maioria dos blogs femininos fala de maquiagem, moda e dieta, enquanto os masculinos falam de todo o resto? Vai dizer que a mulher se interessa "naturalmente" por todos esses assuntos...?
ResponderExcluirL. Archilla:
ResponderExcluirEm relação com fotos de mulheres em revistas fazerem mais sucesso é porque, no que tange a aparência física, a mulheres são seres maravilhosos, até encantados, enquanto os homens, mesmo os mais atraentes, não têm um décimo do apelo que tem uma mulher bonita.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, eu sei que vão reclamar da minha gargalhada, mas porra, to sendo sincera...a leitura de alguns comentários me fez gargalhar de verdade. Eu não vou discutir com gente que fala como se estivesse num programa maluco de humor absurdo.
ResponderExcluirPortanto, só tenho a dizer kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Archilla, sou jornalista e posso afirmar pra você que toda revista nasce com um público alvo específico em mente. Esse público normalmente já existe, porque gastar uma fortuna lançando um produto experimental que pode não ter apelo perante nenhum grupo da sociedade não é um bom negócio.
ResponderExcluirMulheres se interessam SIM por estes assuntos. Não são todas, claro, mas o suficiente para que tais revistas sejam lançadas massivamente.
Nunca percebi revistas masuclinas como sendo sobre política e economia. Conheço inúmeras mulheres que lêem a Veja e a Isto É (pra citar dois exemplos) e sempre as considerei revistas sem gênero, criadas para pessoas que tenham interesse nos ditos assuntos.
Da mesma forma, esportes e carros são discutidos em publicações que são destinadas mais ao público masculino, porque sempre foram as pessoas mais interessadas no tópico.
Existem assuntos que interessam mais aos homens e outros que interessam mais às mulheres. Minhas amigas gostam de assistir Sex and the City e eu prefiro assistir Sons of Anarchy. Determinados assuntos atraem determinadas pessoas, não há nada de machista ou sexista nisso.
Você gosta de Luta livre profissional? WWE? Se não gostar, é ok, porque este é um produto mais voltado ao público masculino. Se gostar, vou te pedir em casamento eventualmente. XD
E existem dezenas de revistas sobre boa forma masculina também. Mas como são voltadas a machinhos de academia que não as comprariam se parecessem revistas de estética, elas são vendidas como se fossem "esportivas". Qualquer pessoa atenta percebe isso.
Falo que o peso é o mesmo pra ambos porque como sujeito grande, gorducho e cabeludo que não se encaixa na média "Edward Cullen" que a sociedade exige, já quebrei muito a cara. Não reclamo disso, foram essas experiências que fizeram de mim o que sou, mas ambos os lados sofrem pressão, mantenho que é um argumento unilateral dizer que apenas as mulheres sofrem.
Embora não concordemos, agradeço por ter estabelecido este diálogo comigo. É bom ver que certas pessoas conseguem manter uma discussão com classe, ao invés de simplesmente desdenharem de um ponto de vista diferente do seu.
Antes de encerrar, Marussia falou algo perfeitamente cabível. Sempre achei que as mulheres se matavam em nome da beleza pra concorrerem umas com as outras. Homens de verdade ligam pra beleza perfeita de modelos na tevê... mas essa é a função delas, serem bonitas, porque não passam de imagens. Eles são muito menos exigentes com as namoradas e esposas.
Vide que eu disse "homens" não "machos", há uma grande diferença.
A parte do dinheiro é verdade também. Um cara com carro do ano tem muito mais chances de ser considerado desejado por garotas do que eu, um durango que ainda não tem locomoção própria.
Esta não é uma objetificação também? Ambos objetificam, porque a objetificação da mulher tem um peso tão maior que a do homem?
Bom, isso é estranho pra mim. Não digo que não existam, porém no meu círculo de conhecidos, existem muito mais cobranças por parte dos homens com a beleza do que as mulheres. E também com o dinheiro. Pasmem, mas aqui na minha cidade, é muito incomum ver um homem ficando com uma mulher com menos dinheiro. E as mulheres ficam. Ou seja, agora a exigência é dupla. Ou talvez seja porque uma mulher sem dinheiro não pode se vestir com roupas de marca, comprar cremes tão caros, maquiagens de primeira linha, sei lá.
ResponderExcluirAmber, nossa discordância está no ponto em que vc diz que a mulher naturalmente se interessa mais por assuntos ligados à vaidade física. Eu (e a maioria das feministas) acreditamos que é um valor construído culturalmente. Nessa brincadeira, quem sai perdendo é a mulher, que não é avaliada pelo seu conteúdo e sim pela aparência. E não me refiro às relações conjugais, porque aí acho que o aspecto individual/familiar pesa mais do que o cultural, mas a, por exemplo, posição numa empresa, espaço na mídia (há algum tempo lançaram um concurso de blogueiros onde havia uma categoria chamada "melhor blogueiro" e outra, "blogueira mais gata". O argumento era de que "melhor blogueiro" incluía mulheres, mas, curiosamente, os indicados eram todos homens). Não se trata de estabelecer que homens = maus/mulheres = boas. Vivemos numa cultura machista e isso afeta tanto homens quanto mulheres. Mulheres podem ser tão machistas quanto homens. E aí entra a parte do interesse no dinheiro do cara: somos criadas pra achar alguém que nos sustente, por isso muita mulher acaba dando tanta importância ao financeiro. Só que, de novo, quem sai perdendo é a mulher; porque dinheiro tende a aumentar com o tempo, já a aparência vai saindo do padrão de beleza à medida que envelhecemos.
ResponderExcluirO comentário da Marússia só endossa tudo o que falamos aqui: a culpa da mulher ser tão cobrada pela aparência é da própria mulher, já que os homens nem se ligam em celulite e afins. E a culpa das mulheres valorizarem tanto o dinheiro é das mulheres, porque elas são interesseiras. Resumindo, numa cultura machista, a culpa é da mulher, sempre.
Nessa discussão, a tendência é achar bodes expiatórios, como A Mulher, O Homem, A Mulher-que-casou-com-tiozão-pelo-dinheiro, A Mulher-que-largou-o-emprego-pra-cuidar-da-casa, mas precisamos ter cuidado pra não cair nessa armadilha. Nossa cultura prega que mulheres tem um papel muito definido, em geral ligado a procriação ou enfeite. E a luta feminista vem justamente pra contradizer isso, porque acreditamos que a mulher pode ser o que ela quiser, de pedreira a top model. Pode passar o dia no salão de beleza, como pode nunca ter ido a um, e não deixa de ser mulher por isso. Só que basta ter qualquer tipo de contato com o mundo externo (seja mídia, família ou colegas) que vem a avalanche de comentários/toques/dicas a respeito do cabelo que não tingimos, da unha que não pintamos, do músculo flácido debaixo do braço, etc.
Acho que, eventualmente, a mulher objetifica também. A diferença está na proporção. Por exemplo, de cabeça, eu consigo citar vários galãs que não são exatamente modelos de beleza, mas que fazem sucesso entre as mulheres. Wagner Moura, Javier Barden, Selton Mello, Marcelo Camelo, Chico Buarque (sorry, Lola, era bonito mas passou da idade)... o que todos eles têm em comum? São bons no que fazem. Já na ala feminina, as musas são as jovenzinhas de corpo perfeito e quase sempre sem nenhum conteúdo. Veja, não estou condenando individualmente quem sente tesão pela Megan Fox, mas isso só confirma o quanto a nossa cultura prioriza a beleza no caso das mulheres, e o conteúdo no caso dos homens.
Desculpe o texto enorme, mas é sempre um prazer conversar com quem discorda elegantemente. :)
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ResponderExcluirHá algum tempinho estava num MMORPG - do qual sou viciada- e falávamos sobre a velhice...
ResponderExcluir(Diálogo bobo e denunciador)
Um deles pra mim:
- Ei, vc já está nos 30, precisa se cuidar...
Eu pra um deles:
- É? Vc tb!
Todos, quase em coro:
- Mas homem NÃO TEM PROBLEMA!
o.O
Há duas coisas que me irritam e me divertem (dependendo do humor do dia), inclusive já escrevi sobre isso. São as malditas frases: "você está acima do seu peso?" e "nem parece que você tem 35 anos, pensei que tivesse XXX" - sempre menos que 35. São duas situações que me exasperam porque remetem a um padrão suposto pra mim e que ninguém me consultou. Meu peso não pode estar acima dele mesmo, é uma impossibilidade lógica. Ele pode, no máximo, estar acima de um padrão suposto. E eu pareço ter 27 anos? Mas os 27 anos de quem? De uma atriz bem maquiada? Da sertaneja que trabalha de sol a sol?
ResponderExcluirÉ um mundo de aparências e, estando os homens no mundo, também eles são cobrados. Mas achar que é o mesmo peso, isso é de uma ingenuidade atroz. Somos cobradas por nossa aparência e abrir mão disso como um valor - como eu fiz - tem um preço. Pago com prazer, é sempre melhor que me submeter aos cânones, mas ainda é um preço.
É claro que o olhar amado nos define e isso é uma das belezas do amar: ver-nos pelo olhar amoroso do outro. Mas se esse olhar é de aniquilação e de exigência (e as mulheres-troféus são o resultado mais visível dessa operação) só posso considerar violência.
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ResponderExcluirNós não somos ausentes de um contexto cultural. Se na Grécia Antiga gordura significava formosura, e o padrão de beleza era ditada pela quantidade dos pneus (bom, não eram bem pneus, mas os mais belos eram os roliços), agora é pela quantidade de costelas à mostra. Eu cá prefiro mulher com carne, mulher que tenha onde agarrar, e à vista sou atraído por mulheres esbeltas, dentro do padrão cultural.
ResponderExcluirNão sei onde já li que os americanos olham para os peitos; os brasileiros para o rabo; mas tanto as americanas como as brasileiras olham para o rabo do homem, porque é onde está a carteira. Frase machista? Não brinquem!
Estou com Amer, tanto mulheres como homens são avaliados pela aparência. E ninguém vai-me dizer que as mulheres sofrem mais disso, porque eu sofri do mesmo problema tantas e tantas vezes e não sou mulher, e se tenho de falar pela experiência... bem.
Há um episódio em DR. HOUSE onde foram a um speed dating, ou lá como se chama, um dos homens, bonito, armou-se em estúpido, mas saiu de lá com mais mulheres que estavam dispostas a ficar com ele do que outros dois que se apresentaram como médicos. Vão dizer que é uma série machista?
Há um filme onde gozam com SEAL, aquele cantor preto com a cara toda enrugada casado com uma linda modelo, mas se seal não fosse quem é... bem, não digo que seja esse o caso, porque este é um assunto onde não há regras. Tinha um amigo com 1,93 e muito bonito, mulheres choviam para ele sem que ele fizesse um gesto, às vezes só tinha gana de o esganar, porque eu não tinha visibilidade nenhuma.
Aliás, a própria LOLA escreveu num post qualquer que morria por Hugh Jackman e qual é a mulher que não cairia à primeira por um olhar de Tom Cruise (ou algo parecido), não é consideração levada pela aparência.
Quem aqui acha Danny DeVitto um gato, levante o braço?
Quanto ao conto. Eu gostei mais daquele que Pitigrilli escreveu sobre o mesmo tema, onde um tipo começa por chamar uma marca de nascença na cara da mulher de grão de beleza, para depois de começar a namorar com ela chamá-la de sinal, para quando depois de anos de casados chamá-la de verruga e perguntar se não queria extripá-la. É a involução deste conto de Hawthorne, ou outra perspectiva dos costumes sociais.
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ResponderExcluirMuito bom o texto, e atual também.
ResponderExcluirJá faz alguns posts que acompanho seu blog, muito gostoso de ler!
ResponderExcluirEspero que haja logo um outro concurso blogueiras- quero participar!
Bj
oi Lola, parece muito interessante esse conto, sempre fico tocada por filmes ou textos sobre pessoas com marcas ou deformadas por acidentes pois acho q me identifico um pouco, tenho um sinal preto no nariz q pretendo tirar um dia mas(ele fica meio escondido pelo oculos)a sociedade ja me disse q ele nao é uma coisa bonita pra se ter no rosto, lembro q quando eu era menor ele nao me incomodava mass emrpe vinha alguem falar q tinha uma mosca no meu nariz, mas eu fui crescendo e ele cresceu comigo, enfim essa historia fica pra outra ocasião.
ResponderExcluireu comentei aqui mais pra perguntar se vc ja viu esses dois filmes q eu assisti esse fim de semana: um se chama O segredo dos seus olhos, nao vi se vc ja comentou sobre mas gostaria de ler sua opinião sobre. outro é um filme espanhol q no brasil ficou com o nome de O Que Você Faria? aqui o link: http://www.interfilmes.com/filme_16537_O.Que.Voce.Faria.-(El.Metodo).html
tbm gostaria de saber sua visão sobre o assunto. bjinhos
Tem muita coisa que não concordo ou não compreendo nos comentários, me parece que há uma inversão dos pontos de vista ou muita confusão... A questão não é dizer que os homens também sofrem com essa cobrança, mas perceber que por mais que sofram, eles não são definidos por isso! Por mais que seja uma vítima dessa pressão, no momento em que estão em discussão outros aspectos da sua vida - profissional, por exemplo - ele será analisado justa e somente pelos atributos que com tal aspecto se relacionam. Assim não é a regra pras mulheres, que são definidas exatamente a partir de sua aparência, não importa o que esteja em discussão. Ou vão me dizer que um homem tem suas decisões questionadas pelo fato de que "ah, ele é feio, age assim porque é mal amado" ou "hum, bonito e gostoso assim, não se pode esperar muito do conteúdo"...
ResponderExcluirTambém não compreendo isso de dizer que um homem apreciar mais a beleza feminina do que o contrário ser algo natural, me parece mais uma confusão. Lembrei do Pondé dizendo que as macacas atraem os macacos e fiquei pensando: nós não aprendemos que no mundo animal é o macho que tem que ter atributos físicos para atrair a fêmea!? O pavão, o leão e os próprios macacos... Então, de natural nada tem. Mais uma construção cultural sexista. Os homens é que deveriam se "pavonear"! (rsrs)
Ah e os homens se interessarem mais por carros ou esporte, não passa de mais uma construção cultural! Ou você nunca viu uma mãe tirando da mão da menininha o carrinho com que ela brincava tão feliz! Repetimos padrões e os aceitamos como naturais.
Adorei o post e os comentários!
Incrível.
Camilla
sookie o que dizes tu mesma do teu sinal?
ResponderExcluirqueres tirá-lo porque queres sentir-te bem ou só porque a sociedade te disse que deves tirá-lo? (as duas coisas estão entrelaçadas, mas dá para destrinçar?)
a sociedade é um belo bode expiatório, mas ninguém se vê parte da sociedade, não entendo por quê, quando se fala de preconceitos; a sociedade tem as suas regras, mas quando não cagamos nelas, é porque aceitamo-las e veiculamo-las, por isso pra quê culpá-la?
Ééé, os trolls deram uma folga, mas a ingenuidade aqui tá de cair o queixo.
ResponderExcluirQuem quiser, que tente. Mas é demais ter que comprovar que a exigência de beleza recai sobre a mulher. [Até mesmo por causa disso eu nem vou me dar ao trabalho de explicar Porque É Impossível um Homem ser Encarado como Objeto Sexual na nossa sociedade! No dia que um deles for violentado sexualmente e a colocarem a culpa nele porque ele dava pra todas/era ator ponô/tava andando de madrugada/tava com pouca roupa aí a gente conversa].
já pensou um final, pouquinho só diferente?: ela, afinal, perde a mancha, continua viva e, depois de removida a mancha o marido, que receara até então, pra comemorar vai pra cama com ela que, nessa noite, engravida. 9 meses depois nasce uma linda menina com uma manchinha na bochecha, tal qual...
ResponderExcluirabraço,
zeca
Lola, engraçado, li o seu post e só fiquei pensando na minha orelha.
ResponderExcluirBom, eu tenho uma leve orelha de abano. Sempre tive e sempre achei horrorosa minha orelha. Na escola, meu apelido era Dumbo - que original ...
Engraçado é que hoje, com 22 anos de idade, fotógrafo, dentro do mundo da moda, comecei a ver referências de beleza de modelos que possuiam o mesmo "defeito" que eu. E nem é o tratamento "exótico" nao, é a força de uma boa composição que nos obriga a ver beleza estética em um modelo dumbo.
Só por isso, acho minha orelha um charme hoje. Mas se fosse um pouco menos resolvido, teria feito plástica.
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ResponderExcluiré pessoal...vocês estão certos mesmo...
ResponderExcluirhomens e mulheres sofrem a mesma avaliação na sociedade.
o fato de a industria cosmética ser 95% voltada ao público feminino é unicamente porque a mulher é neurótica com a beleza, isso não é exigido dela. Jamais!
Francamente, determinadas colocações ultrapassam a ingenuidade para serem ou burrice ou leviandade.
Há tanta ingenuidade na ideia de que homens e mulheres se interessam "naturalmente" por esse ou aquele assunto, que nem me dá vontade de argumentar. Fico impressionada mesmo.
ResponderExcluirRita
Archilla, concordo com você em vários pontos, mas o caso é que a sociedade também impõe papéis definidos ao homem, e ele sempre sofre alguma coisa se foge a ele.
ResponderExcluirPor exemplo, um homem que opte de boa vontade e comum acordo ficar em casa pra cuidar dos filhos, enquanto a esposa trabalha, bem este camarada será visto por MUITAS pessoas como parasita e boa vida.
Ou um cara que goste de crianças e resolva trabalhar como professor do Jardim da Infância ou babá. Mais de uma pessoa olhará para ele com desconfiança.
De facto, este é um exemplo que sempre uso. Se eu e você estivessemos em um parque e vissemos uma criança chorando, ninguem veria mal dse você, uma mulher fosse concolá-la. Já eu seria no mínimo considerado um pedófilo, não importando quão boas fossem minhas intenções.
A sociedade cobra igualmente das mulheres e homens, mas o faz em coisas diferentes. Não estou diminuindo o peso que a mulher carrega, só digo que ela não é a única.
No tocante à beleza, sim, existem astros que se destacam menos por sua beleza e mais por seu talento, mas o mesmo pode ser dito de muitas atrizes. Anne Hathaway, Charlize Theron e Sandra Bullock podem ter se destacado inicialmente por sua aparência, mas hoje são respeitadas como excelentes e versáteis atrizes. Isso pra não falar de Sigourney Weaver (definitivamente a mulher mais durona do cinema), Meryl Streep, Cate Blanchett e tantas outras.
E acredite em mim quando eu digo que um rosto bonito não é mais o suficiente. Conheço muitas pessoas que adorariam esfaquear Megan Fox na cabeça.
Maldita seja Megan Fox, pelo que você fez com meus amados Transformers...
Sim, mulheres são muito cobradas pelas pessoas ao seu redor sobre sua aparência, mas novamente digo que HOMENS SÃO TAMBÉM.
Eu já fui apaixonado por uma moça que era considerada um padrão de beleza. Claro, ela nem notava a minha existência, sendo eu um gorducho cabeludo de óculos que prefere ficar em casa e assistir a um filme do que ir a uma balada.
O conselho de uma amiga minha foi "Emagrecer, cortar o cabelo, tirar a barba e começar a sair a noite, que assim, o alvo de meu afeto ligaria pra mim."
Acredito que foi uma tentativa sincera de ajudar, mas não foi a ideal. Minha amiga indiretamente me chamou de feio e chato e que do jeito que tava, eu não conquistaria a moça que gostava... nem nenhuma outra.
E esta não foi a única vez que ouvi este tipo de coisa. Em outras ocasiões fui cobrado por não ter carro e pelo meu emprego não me dar a perspectiva necessária.
Yep.
O que quero dizer com esse discurso (calma, tá acabando) é que ambos os lados são cobrados em iguais proporções e sofrem com isso. O homem não pode ser gentil e a mulher não pode ser profunda, fugindo a esses estereotipos, sofremos preconceitos.
Acho que ambos os sexos devem se unir e lutar contra a sociedade cretina, ao invés de escolherem lados e jogarem acusações uns contra os outros, coisa que vejo acontecer muito no dia a dia.
UFA! Se leu tudo isso sem entrar em coma, você é uma heroína.
Cheers!!!
às moças que acham ingenuidade achar que um homem é cobrado como uma mulher, fica uma pergunta:
ResponderExcluirSe vissem um sujeito que não é bonito (vamos supor que ele se parece com André René Roussimoff, procurem no Google), vestindo camisa de flanela e calça jenas surrada (ou seja, claramente sem grana) entrar em um bar, vocês automaticamente iriam conversar com ele?
> Maldita seja Megan Fox, pelo que você fez com meus amados Transformers...
ResponderExcluirdesculpe fogir do foco, mas oq a ATRIZ Megan Fox tem a ver com a porcaria que foi o filme?
Isso não seria culpa do diretor Michal Bay?
E se for p/ culpar os atores oq logo a moça bonitona?
Isso é sem sentido.
E a Désir, jogar em rede é pedir pra ser ofendido. Se não fosse por ser mulher, disparariam comentários racistas em você mais rápido do que o Rambo mata gente.
ResponderExcluirAlgo na combinação Internet + Anonimato + Distância transforma muitas das pessoas presentes nela em completos cretinos irracionais, sejam conhecidos seus ou não.
Acredite, sou gamer profissional, disso eu entendo.
Assim que se acostumar a esse tipo de coisa, nem ligará mais pra cretinisse de sujeitos na rede; Ou você pode fazer como eu e dedicar-se apenas a games offline.
E peço desculpas pelo Flood e pelos palavrões que soltei no comentário deletado. Eu me empolgo com certos assuntos.
Lord Anderson, foi uma piada. Eu não gosto de Megan Fox e sou fã abilolado de Transformers desde os cinco anos.
ResponderExcluirFaça as contas.
Sério... não vamos debater sobre Transformers. Como fã e colecionador dos robozinhos, eu fico intragável quando o assunto entra em pauta.
Sou um nerd em estágio terminal, acho que isso ficou claro já.
Amer, por Primus e Unicron eu garanto que tb sou um fã doente de Transformers, mas...
ResponderExcluir1- se não quer discutir um assunto, não o traga a baila.
2- Vc pode não gostar de Megan Fox mas pq culpa-la (justo a mulher de maior destaque do filme)por algo que ela não fez?
Ok, isso é um desafio?
ResponderExcluir*Estrala os dedos*
Novamente, foi uma piada e piada não se explica. Se você não gostou da piada é ok, mas exigir uma explicação por ela... c'mon.
Gosto do primeiro filme, considerando o diretor e tudo mais, saiu uma produção muito boa. O segundo filme me fere fisicamente, mas é um prazer culpado, admito.
Sinceramente, acho que não deveria haver um par romântico no primeiro filme, o foco deveria ser a amizade do menino com os robôs e como ele, que é um desajustado, encontra seu "nicho" quando conhece uma raça alienígena tão diferente da nossa.
Se você bem se lembra da série clássica, a namorada de Spike Witeicky era uma garota mais velha e estudante de engenharia, que se interessa por ele justamente por ele andar com robôs gigantes.
Convenhamos, seres que são robôs que se transformam em carro são o sonho de um engenheiro, seja homem ou mulher.
Antes que alguém grite "MACHISMO, TAXAR A MENINA DE INTERESSEIRA", todos nós já fizemos amizade por interesse, vamos ser honestos. No caso da Carly, ela se interessa pelo menino por ele andar com os Autobots, mas aos poucos percebe o valor dele, ao ver que uma raça de seres super poderosos tem total fé em suas ações.
E honestamente, se era pra colocar mulheres fortes no filme, não há falta disso na franquia: Arcee, Elita One, Blackarachnia, Slipstream e Thunder Blast só pra citar algumas.
Essas entre as robôs, pros humanos poderiam ter usado Marissa Fairborne, uma humana tão durona da série original que até os Decepticons a respeitavam.
Só pra destacar, na época que Marissa entrou em cena, Galvatron, o vilão principal, estava completamente louco... mas ele mantinha sanidade o bastante pra temer a moça.
UM ROBÔ GIGANTE COM MEDO DE UMA HUMANA!!! Vai me dizer que não seria uma personagem feminina sensacional pra aparecer no filme?
Sem contar que ela é filha do Flint e da Lady Jaye... já ligaria Transformers com G.I Joe e todos ficariamos felizes.
E depois desse debate nerd, o blog da Lola perdeu todo seu público. Viu o que nós fizemos?
Tem razão, local errado p/ esse tema.
ResponderExcluirMas de tudo oq vc citou ainda não vejo no que a culpa cabe a Megan.
desculpe, mas culpar (mesmo em piada) a gostosa do filme resvala no machismo sim.
Mas deixemos isso p/ os foruns mais adequados da web.
Ok, duas coisas.
ResponderExcluirVocê tá procurando motivo pra brigar comigo mesmo quando já deixei claro que este não existe. Defender uma personagem ruim, interpretada por uma má atriz, simplesmente por ela ser mulher, não demonstra nenhuma dedicação real sua para com o feminismo, só uma tentativa de me fazer ficar mal perante as mulheres que aqui comentam.
De fato, você a defendeu agora como "a gostosa do filme". Quer dizer que eu devo aceitá-la e gostar dela por ser gostosa? Mesmo quando já citei exemplos de personagens femininas realmente fortes e interessantes que seriam muito melhores de se colocar no filme?
Really?
Não fui eu o machista agora, meu querido.
E numa boa, Megan Fox, gostosa? Não... não... pelo amor de Benji, não. Quer um exemplo de beleza na minha opinião? Emily Deschanel!
Ahhhhhh, minha linda e brilhante Bones...
cometi um erro de portugês. Devo cometer vários. Como este foi sem querer e foi feio, vou fazer a correção: nascença é com ç e não com s.
ResponderExcluirAmer, eu acho que você não entendeu. NINGUÉM tá dizendo que homens não são cobrados. São sim, bastante. Todo mundo é cobrado. Homens fora do padrão sofrem bastante, além de toda a cobrança pra não mostrar sentimentos, etc. Nós pegamos essa parte :)
ResponderExcluirAcontece que a cobrança em relação a aparência não é nem de perto igual a que existe com mulheres. Homens não são lembrados diariamente disso. Quando meninos, eles não ganham maquiagem. Eles não são pressionados tanto até os extremos, até morrer em alguns casos com distúrbios alimentares em busca da beleza (se você discorda, estatísticas, meu caro. acontece com homens, ninguém nega, mas _É_ muito mais com mulheres). Tem meninas bulímicas por aí com seis, sete anos de idade. Eu falo por conhecimento de causa, porque eu tive bulimia na segunda série e eu chorava demais, e vomitava no banheiro na hora do almoço. Meninas são criadas pra achar que o salão de beleza é a melhor coisa do mundo. O peso e aparência das mulheres é monitorado constantemente, e não só quando nós vamos sair com alguém ou na televisão ou por parceiros. Por todos, por gente que nem te conhece e com quem você nunca falou, por todos. É como se a imagem de nós fosse algo comum. E não é, é nossa. Mas essas coisas estão tão profundas, fincadas no cerne das pessoas, que quase nem se percebe mais.
Me parece que você fica relutante pra aceitar os privilégios masculinos que existem. Como disseram, é ingenuidade demais achar que a pressão é igual pra homens e mulheres. Não se sinta individualmente ofendido por ter privilégio, não é sua culpa nem nada, mas tente perceber. E isso sem entrar no mérito de tantas outras questões, só na das aparências.
Enfim, espero que você reflita sobre isso, porque no fim das contas me parece algo bem óbvio pra se perceber, e você não parece ser burro nem nada. Eu só tenho catorze anos, mas está bem claro, talvez por questão de vivência que todas as mulheres possuem.
homens são sim cobrados em diversos aspectos mas vejamos:
ResponderExcluirse uma mulher assume uma profissão que é socialmente considerada masculina é extremamente cobrada para continuar a ser feminina (claro, afinal meu genero está baseado no uso da maquiagem e do esmalte) além claro de ter que demonstrar uma competência superior a dos homens, afinal ninguém mandou se meter no território das machos
se um homem assume uma profissão que é socialmente considerada feminina é automaticamente depreciado porque isso é profissão de mulher, e claro, profissão de mulher tem caráter menos importante do que de homem.
até na pressão que os homens sentem há o aspecto machista.
Amer, desculpe, mas vc vai perder qualquer discussão se insistir nisso de “homens e mulheres são igualmente cobrados”. Não tem comparação, e os exemplos dados aqui pelas leitoras ilustram bem isso. E uma dica: apague as palavras “natural” ou “naturalmente” do seu vocabulário.
ResponderExcluirQuanto à discussão sobre Transformers, é bem papo de nerd mesmo, mas achei interessante. Podem continuar, não me importo. Pelo que eu entendi, o que levou o Lord Anderson a defender a Megan Fox foi o q vc falou: “Conheço muitas pessoas que adorariam esfaquear Megan Fox na cabeça”. Logicamente vc estava brincando, mas é o tipo de discurso violento que a gente deve ficar com um pezinho atrás hoje em dia...
Johanned, bulimia na segunda série? Como isso acontece? Eu queria um guest post sobre o assunto, se vc já tiver superado o problema, e se escrever sobre ele não gere nenhuma recaída. Topa?
Ah, eu posso falar sobre por e-mail pra ti, Lola. Não sei se dá um guest post, embora tenha superado bastante bem, não me sinto confortável.
ResponderExcluirTe mando um e-mail. (:
E vocês culpam os homens da esfaimada busca pela beleza das mulheres?
ResponderExcluirSão os homens que vos obrigam a pintar, a fazer as unhas, ou outra coisa qualquer, ou simplesmente vocês respondem aos estímulos da "SELECÇÃO SEI-LÁ-SE-NATURAL"?
É claro que têm razão quando dizem que as mulheres são as mais visadas pelos "feitores" da beleza, mas isso também é nossa culpa (repito-me)?
O que vocês não querem ver é que tanto quanto vocês preferem os homens lindos, nós também preferimos as mulheres lindas. Lá por ser gordo e não queira ser rejeitado por o ser, não significa que vou preferir mulheres gordas às magras, pelo menos à primeira vista.
A exigência da beleza não é culpa masculina, isso não vou comprar. Aliás, os MACHISTAS, tomando os árabes como exemplo, querem as suas mulheres todas tapadas. Há um bom para de anos, Alex Raymond desenhou Dale, a heroína de Flash Gordon, a vestir mini-saias, e foi criticado por imoralidade, mas como era arte, deixou-se passar. As primeiras mulheres a usar mini-saias eram prostitutas porque os MACHISTAS consideravam que as suas mulheres eram castas para usar isso. Quem lutou para o uso público de mini-saias? foram as próprias mulheres.
É claro que vocês e vestem e se enfeitam para nos agradar, tal como nós fazemos para vos agradar a vocês. Mas não nos façam os culpados da vossa busca febril pela beleza.
Tem uma tribo africana, onde a beleza masculina é tão sobrevalorizada, que maridos preferem que as suas mulheres os traiam com um homem belo só para terem filhos bonitos. E a culpa é das suas mulheres?
E AGHATA, esse argumento último de mulheres é que são violadas e tal, já anda por aqui tão rebatido em todos os posts que apresentam a dicotomia(?) homem-mulher, que já me parece reflexão de desespero. Que tem violação a ver com padrão de beleza no contexto apresentado?
E compreendo AHMER quando ele fala de Megan Fox, porque cada um associa uma pessoa a um filme. Por exemplo, O EXTERMINADOR IMPLACÁVEL 3 (ou TERMINATOR 3) a primeira pessoa que me traz à mente é Jonathan Mostow, e já disse que o Arnold devia voltar no tempo para o matar antes de realizar o filme.
Com todo respeito, permita-me um comentário:
ResponderExcluirMel Brooks, gênio da comédia, um dia deu a seguinte definição sobre humor:
"Você cair de um precipício é humor, eu bater com o dedão na quina da cama é uma tragédia."
Todo tipo de piada e comentário humorístico vai ofender alguém. Acredito que muitas leitoras deste blog se divertiram ao ver "machões" se ferrando em comédias. Não vejo diferença, tampouco mal em minha piada sobre a Megan Fox.
As meninas aqui comentaram muito sobre bulimia e cobranças da aparência masculina, mas que tal isso: quantos homens morreram nos ultimos anos por usarem esteróides?
Quantos caras não usam anabolizantes muitas vezes ilegais para atingirem o físico de Apolo tão venerado em nossa sociedade?
Isso não conta? Por que uma mulher que morre na lipoaspiração é uma tragédia maior que um rapaz que morre por usar esteróides?
AMBOS os lados pagam um preço, mas raramente vejo uma mulher que consiga perceber isso.
Vejo também que ninguém respondeu a minha pergunta sobre o André.
E Lola, senti uma clara passivo agressividade quando você falou no "papo de nerd". Cuidado pra não hostilizar sem querer pessoas que simplesmente pensam de maneira diferente.
E quem culpou os homens?
ResponderExcluirO problema não está em no "homem" ou na "mulher" ou em qualquer um desses bodes expiatórios. Aliás, sempre tem que ter bode expiatório.
A culpa não está em ninguém específico. Está nas convenções sociais, na mídia, na sociedade, em tudo. E nas pessoas também, consequentemente.
Amer, só falei em papo de nerd pq vc se referiu à conversa sobre Transformers dessa forma!
ResponderExcluirQuanto aos rapazes que morrem tomando anabolizantes, já escrevi sobre isso aqui. Mas rapazes não querem ser hiper musculosos pras mulheres, e sim para os próprios homens (assim como mulheres não querem ser hiper magras para agradar os homens, e sim p/competir com outras mulheres). Só que não dá nem pra começar a comparar a proporção. Vcs não estão entendendo um detalhezinho: mulheres ainda são acima de tudo cobradas para serem jovens e belas. Não importa quão bem sucedida uma mulher seja na profissão ou na vida em geral, ela será julgada pela aparência física. Homens são julgados por uma série de fatores, e a aparência certamente não vem em primeiro lugar. Querem um exemplo claro? Apresentadores/âncoras de telejornais. O padrão é homem maduro/mulher novinha. Não existe um Boris Casoy de saias, entendem? O Boris é horroroso, mas ele pode estar na TV numa boa, porque é homem. Uma mulher feia como o Boris jamais teria espaço num telejornal. Uma mulher que tenha a idade do Boris tampouco.
Lola, não creio que a televisão seja uma "perfeita" ilustração para o que queres mostrar, porque, vamos ver, a televisão funciona com imagens e vende imagens; tal e qual ninguém iria pôr uma pessoa feia a publicitar um produto, porque não cria empatia, a televisão precisa da mesma coisa. Mulheres atraem sempre mais olhares, tanto de mulheres como de homens (aliás, li algures que o playboy é tanto consumido por homens como por mulheres, enquanto que a playgirl é maioritariamente consumido por gays). E tal como não irias contratar carpinteiros para trabalhar num hospital, ou gagos para trabalhar na rádio, compreende-se que a TV queira caras bonitas, a não ser que sejam famosas, nesse caso podem ser tão feio quanto quiserem.
ResponderExcluirLê esta reportagem, faz-me espécie, mas exemplifica alguma coisa:
http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201005151000_NYT_78969969
No romance A Letra Escarlate, do mesmo autor, para um o A queria dizer Anjo e para outro o A queria dizer Adúltera e esta foi a versãso imortalizada.
ResponderExcluir"E a luta feminista vem justamente pra contradizer isso, porque acreditamos que a mulher pode ser o que ela quiser, de pedreira a top model."
ResponderExcluirPor isso que não chegamos á lugar algum...pregam que cobrança por aparência é machista,ser objeto sexual é machista( top model)...aí depois mandam uma dessa...é escolha!!Então,por que reclamam de mulheres peladas na mídia e das esposas-triféus? Mulher nunca pode ser criticada por ser machista,tudo é "escolha"!
Feminismo = poço de hipocrisia e contradições!
Curioso, lendo hoje em 2023 o texto da professora que nem conheço, parece tão pertinente, senão mais do que era na época em que foi escrito... Uma ótima aula escrita, espero que esteja bem, muito obrigada pela reflexão
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