Fui almoçar fora com o maridão um dia desses e perguntei pro garçom quem havia vencido a partida entre Portugal e Costa do Marfim. Ele respondeu que achava que tinha sido 0 a 0, mas não era Costa Rica não? Aí eu fiquei pensando, e depois falei pro maridão: é durante um evento desses que a gente nota como a mídia em geral, e a televisão em particular, não está nem um pouco interessada em fazer algo mais educativo. Podiam aproveitar que há 32 nações reunidas, e que o país inteiro e boa parte do mundo tá de olho na Copa, e falar um pouquinho de cada uma. Coisas básicas, como aonde ficam, que língua falam, as principais cidades, o número de habitantes. Mas não. É puro entretenimento. Às vezes até dá a impressão que a mídia foge de qualquer momento mais instrutivo.
É bem o contrário mesmo, não? Parece que a TV faz questão de divulgar a ignorância e o preconceito em todas as suas formas. Primeiro foi a reportagem absurda da Globo, em pleno Jornal Nacional, sobre o treino da Coreia do Norte, adversária do Brasil na primeira fase da Copa. Falava de focas amestradas e mostrava um "trenzinho", investindo na homofobia e no racismo (nas linhas "Olha só como esses comunistas de olhinhos puxados são diferentes da gente!"). Em seguida veio a reportagem da Sport TV (que é da Globo) sobre a Larissa Riquelme, pretexto pra tirar sarro do Paraguai, chamado de "paraíso obscuro do mundo". O vídeo é de dar náuseas, até por conter aquele discursinho reaça que todos nós já ouvimos - que tudo que é latino-americano, incluindo, hum, nós mesmos, não presta. Bom mesmo é país de primeiro mundo! Lá sim tudo funciona!
Preciso explicar o machismo dessa (e de tantas outras) matérias? O factóide Larissa é a prova que o jornalismo esportivo é feito por homens e para homens. De cara, a jovem paraguaia (que, óbvio, é considerada bonita por ser totalmente branca, sem nenhum traço indígena) foi alçada à musa da Copa. Detalhe: ela nem foi à África do Sul! O que chamava a atenção era o seu vasto decote e seu "porta-celular", colocado no meio dos seios siliconados. Nenhuma matéria informou que Larissa era um outdoor ambulante - o tal porta-celular era de uma empresa que lhe pagava salário, e, no seu último dia de destaque, Larissa veio com outro patrocinador, o desodorante Axe (aquele dos piores comerciais do mundo, cujo slogan é "Axe é para homem"), escrito na própria pele, no decote. Nada contra Larissa, mas tudo contra essa abordagem que transforma mulher em produto digno de merchandising.
E não venha me dizer que a gente escolher o jogador mais bonito da Copa é a mesma objetificação que fazem com Larissa (assim como ela, surgiram modelos/atrizes de várias nacionalidades para prometer a mesma coisa - se sua seleção ganhasse, elas iriam desfilar nuas pelas ruas). Não é. Primeiro que Copa do Mundo, e futebol em geral, é um esporte vendido apenas para machos. Mulher que joga futebol é sapatão. E mulher que apenas gosta de assistir futebol... não existe! Porque mulher é um bicho ignorante que não consegue nunca compreender as regras do impedimento. Mulher é aquele ser que tenta impedir o seu parceiro de desfrutar de um jogo. Fora esse fato de que somos constantemente lembradas que futebol não é pra gente, há um outro detalhe. Larissa, e outras beldades que saem seminuas enfeitando a Placar, não têm que fazer nada. Não precisam falar ou mostrar alguma habilidade. São apenas decorativas. Já os jogadores numa Copa estão jogando futebol, certo? Não estão lá por serem bonitos. Que alguns deles sejam atraentes é apenas um bônus pra gente. E isso é tratado como futilidade, algo que só mulheres que não entendem nada de impedimento podem notar. Torcedora com decotão sim é que é importante e merece destaque no noticiário!
A matéria desastrosa do Sport TV alcançou repercussão internacional, o que fez a emissora recuar. Desse jeitinho: “E a gente aproveita esse momento para fazer um pedido de desculpas pela péssima maneira como o povo paraguaio foi abordado numa reportagem exibida essa semana. Não foi nessa intenção ofender ninguém nem é essa a linha de trabalho do Sport Tv que preza, claro, pelo respeito a todos os povos”. Gostei do claro! E da voz passiva - "o povo paraguaio foi abordado". Você decide: esse tempo verbal faz parecer que a culpa é do povo paraguaio, ou que ninguém tem culpa? O Paraguai não aceitou as desculpas (se é que dá pra chamar isso de desculpas), e disse preferir que a emissora faça uma reportagem mostrando o país.
Vale lembrar que a mídia tradicional não cria nada, somente reproduz as besteiras da maioria. Derrubar preconceitos não é com ela. E isso de jornalismo trazer informação é algo ultrapassado. Hoje em dia, jornalismo é showbiz. Não é diferente de um Zorra Total.
É bem o contrário mesmo, não? Parece que a TV faz questão de divulgar a ignorância e o preconceito em todas as suas formas. Primeiro foi a reportagem absurda da Globo, em pleno Jornal Nacional, sobre o treino da Coreia do Norte, adversária do Brasil na primeira fase da Copa. Falava de focas amestradas e mostrava um "trenzinho", investindo na homofobia e no racismo (nas linhas "Olha só como esses comunistas de olhinhos puxados são diferentes da gente!"). Em seguida veio a reportagem da Sport TV (que é da Globo) sobre a Larissa Riquelme, pretexto pra tirar sarro do Paraguai, chamado de "paraíso obscuro do mundo". O vídeo é de dar náuseas, até por conter aquele discursinho reaça que todos nós já ouvimos - que tudo que é latino-americano, incluindo, hum, nós mesmos, não presta. Bom mesmo é país de primeiro mundo! Lá sim tudo funciona!
Preciso explicar o machismo dessa (e de tantas outras) matérias? O factóide Larissa é a prova que o jornalismo esportivo é feito por homens e para homens. De cara, a jovem paraguaia (que, óbvio, é considerada bonita por ser totalmente branca, sem nenhum traço indígena) foi alçada à musa da Copa. Detalhe: ela nem foi à África do Sul! O que chamava a atenção era o seu vasto decote e seu "porta-celular", colocado no meio dos seios siliconados. Nenhuma matéria informou que Larissa era um outdoor ambulante - o tal porta-celular era de uma empresa que lhe pagava salário, e, no seu último dia de destaque, Larissa veio com outro patrocinador, o desodorante Axe (aquele dos piores comerciais do mundo, cujo slogan é "Axe é para homem"), escrito na própria pele, no decote. Nada contra Larissa, mas tudo contra essa abordagem que transforma mulher em produto digno de merchandising.
E não venha me dizer que a gente escolher o jogador mais bonito da Copa é a mesma objetificação que fazem com Larissa (assim como ela, surgiram modelos/atrizes de várias nacionalidades para prometer a mesma coisa - se sua seleção ganhasse, elas iriam desfilar nuas pelas ruas). Não é. Primeiro que Copa do Mundo, e futebol em geral, é um esporte vendido apenas para machos. Mulher que joga futebol é sapatão. E mulher que apenas gosta de assistir futebol... não existe! Porque mulher é um bicho ignorante que não consegue nunca compreender as regras do impedimento. Mulher é aquele ser que tenta impedir o seu parceiro de desfrutar de um jogo. Fora esse fato de que somos constantemente lembradas que futebol não é pra gente, há um outro detalhe. Larissa, e outras beldades que saem seminuas enfeitando a Placar, não têm que fazer nada. Não precisam falar ou mostrar alguma habilidade. São apenas decorativas. Já os jogadores numa Copa estão jogando futebol, certo? Não estão lá por serem bonitos. Que alguns deles sejam atraentes é apenas um bônus pra gente. E isso é tratado como futilidade, algo que só mulheres que não entendem nada de impedimento podem notar. Torcedora com decotão sim é que é importante e merece destaque no noticiário!
A matéria desastrosa do Sport TV alcançou repercussão internacional, o que fez a emissora recuar. Desse jeitinho: “E a gente aproveita esse momento para fazer um pedido de desculpas pela péssima maneira como o povo paraguaio foi abordado numa reportagem exibida essa semana. Não foi nessa intenção ofender ninguém nem é essa a linha de trabalho do Sport Tv que preza, claro, pelo respeito a todos os povos”. Gostei do claro! E da voz passiva - "o povo paraguaio foi abordado". Você decide: esse tempo verbal faz parecer que a culpa é do povo paraguaio, ou que ninguém tem culpa? O Paraguai não aceitou as desculpas (se é que dá pra chamar isso de desculpas), e disse preferir que a emissora faça uma reportagem mostrando o país.
Vale lembrar que a mídia tradicional não cria nada, somente reproduz as besteiras da maioria. Derrubar preconceitos não é com ela. E isso de jornalismo trazer informação é algo ultrapassado. Hoje em dia, jornalismo é showbiz. Não é diferente de um Zorra Total.
Ééé, essa reportagem da Sportv foi nojenta...
ResponderExcluirEsculhambei com a emissora quando fiquei sabendo e até agora não tive nenhuma resposta.
E o pedido de desculpas que eles deram foi ridículo...
Eh impressão minha ou o império da Globo esta caindo? Todo mundo esta falando mal, acho que cada vez menos gente engole as baboseiras da emissora.
ResponderExcluirNada a acrescentar, apenas aplaudir, Lola! O jornalismo em geral está decadente, mas o brasileiro supera a maioria. É nojento mesmo.
ResponderExcluirE hoje estou morrendo de vergonha da tal juiza que não enquadrou o bruno na lei maria da penha (quando a eliza, grávida de 5 meses, denunciou ele por carcere privado e espancamento)porque ela entende que "a lei é para proteger a família e não relacionamentos sexuais e ocasionais".
Com a palavra nossas donas de casa, mantenedoras do modelo familiar patriarcal!
Que bom que falou dessa "matéria" sobre o treino da Coreia do Norte, quando ela passou na TV eu e meu namorado só nos olhamos... é mto ridículo isso, nao tem como pensar que um PROFISSIONAL fez isso.. patético.
ResponderExcluirpara quem ainda não leu sobre a juiza que acha que mulheres casadas são as únicas que merecem proteção, segue o link:
ResponderExcluirhttp://tinyurl.com/28n5eau
Gostei do que o Alex Castro tuitou, reproduzo:
"Juíza: 'Se Eliza quisesse proteção da lei, ñ estaria por aí transando como um ser humano livre e independente!'
Ué nao entendi pq a reportagem sobre o Paraguai é nojenta e preconceituosa. Tem jeito de desenhar pra mim??
ResponderExcluirSobre reportagem nojenta e mau-gosto eu cito uma que se encontra na revista Veja que tem como capa o goleiro Bruno. Tem uma reportagem sobre a direita cristã querer impedir uma juiza de impedir fazer parte da mais alta corte dos EUA por ser gorda, feia e possivelmente lesbica, ja que está velha e nunca foi casada. E a Veja concorda que ela não deve assumir o cargo! Tem base?
Anônimo, vou assistiu a reportagem no youtube?
ResponderExcluirErrata:
ResponderExcluir*você
na Record passou uma reportagem super interessante, às vésperas do jogo contra a Costa do Marfim. Nela mostraram, desde a economia, educação, política do país africano. Fiquei feliz de poder descobrir tanta coisa.
ResponderExcluirInfelizmente foi uma exceção. Tenho acompanhado toda a cobertura da Copa nas emissoras abertas, e essa situação, pra mim, foi única.
Sempre que estou em casa, busco assistir tudo que for relacionado à Copa na ESPN. Citações a Larissa Riquelme e comparações entre o treino fechado da Coréia do Norte com o regime comunista do país, infelizmente, também apareceram, mas no geral, as matérias são bem melhores.
ResponderExcluirDesde que chegaram na África do Sul, os repórteres da ESPN têm feito uma séria de matérias sobre a África do Sul, especialmente sobre os aspectos culturais, sociais e políticos da nação.
No dia da juventude, que foi comemorado no dia 16 de junho, data em que houve um massacre de jovens estudantes no Soweto, Marcelo Duarte fez uma matéria muito interessante com jovens de uma escola local. Na verdade, ele encontrou com um grupo de estudantes (todas meninas) que utilizaram o equipamento da ESPN para fazer uma matéria sobre a importância do dia e o que eles relembram nesse dia. Chorei do começo ao fim.
Tem matérias mais amenas, lógico, sobre churrasco de zebra, girafa, kudu (não sei como se escreve), safáris, mas diversas personalidades políticas e artísticas foram entrevistadas ou homenageadas em diversos programas.
Além disso, tem um repórter fazendo matérias sobre a América do Sul. Assisti duas muito interessantes: uma sobre Santo Antonio de los Cobres, que é uma cidade argentina nos Andes - as crianças de lá mandaram um poncho típico da região para Maradona, durante a Copa, que ele usou na África do Sul. Outra que gostei foi com a avó do "Loco" Abreu, uma senhora muito bem-humorada. E ainda teve uma entrevista com o Eduardo Galeano, sobre as expectativas da seleção uruguaia na Copa.
Além disso, aprecio também a interatividade deles nos programas. Eles sempre leem os emails dos "fãs do esporte" e frequentemente são enviados emails por mulheres. E isso é tratado com naturalidade por eles.
Tinha ouvido falar sobre essa matéria sobre a Coréia do Norte, mas ainda não tinha assistido. Gente, fiquei chocada com o tom de deboche da reportagem. Não sei nem o que dizer...
ResponderExcluirMudando de assunto, vi esse link que alguém postou no Twitter e achei fantástico: http://fuckyeahfeminism.tumblr.com/post/777488036/dear-everyman
Olá Lola
ResponderExcluirMuito importante que vc use o seu blog com fins educativos.
Sem a conscientização do que podem fazer ( TV, etc) com o pensamento de nós todos, fica difícil mudar tanta mediocridade e besteira que rola.
Ninguém forma opinião simplesmente olhando e assistindo a TV. Somente pela reflexão que todos fazem aqui é que podemos dar algum sentido ao que nos cerca: mentiras, opiniões, crenças e toda a série de abuso contra a vida e a qualidade de vida do ser humano.
Não tínhamos esta oportunidade - agora temos, e basta usar bem o instrumento como você usa. Parabéns pela coragem.
Liz
Meio fora do assunto: absurdo como a justiça se nega a fazer o papel dela, com argumentos discriminatórios e que resultam em vários casos num desfecho já conhecido: a morte da mulher.
ResponderExcluirhttp://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/07/09/justica-negou-em-2009-protecao-para-eliza-depois-de-denuncia-contra-bruno-por-agressao-917117278.asp
ótimo post Lola!
ResponderExcluirnooossa, eu jurava que todas aquelas imagens da Larissa Riquelme eram na África do Sul. hahaha.
o vídeo do Sportv é nojento, não entendo como a anônimo que comentou aqui não conseguiu ver mal algum. Será que ele(a) assistiu mesmo?
eu fui ao site do Sportv procurar o "fale conosco", só pra poder deixar um comentário indignado sobre isso, mas não encontrei este espaço por lá. sei que não ia adiantar de nada, e que talvez ninguém sequer lesse, mas eu precisava canalizar minha raiva.
os paraguaios ficaram magoados e um de seus jornais, o La Nácion, disse algo sobre ter sido bom a Holanda derrotar o Brasil, para que nossa arrogância fosse aplacada.
O ruim, também, é o efeito, né? passa a impressão de que é algo consensual entre nós, brasileiros, e não é uma opinião localizada e absurda de um canal elitista de tv.
triste.
Sobre o post anterior. Você já ouviu falar de André Vianco? E toda a sua literatura sobre vampiros e lobisomem? Porque os brasileiros não tem nenhuma "moral" como os americanos? Sthepene Meyer é fichinha perto de André Vianco.
ResponderExcluirLola, fico triste com os rumos da mídia tradicional, matérias preconceituosas, sem nenhum fim social são as que ganham destaque. Porém, ainda persisto na idéia de que existem jovens na Universidade refletindo sobre esses problemas e tentando entrar no mercado de trabalho para fazer diferente. Me coloco também nessa situação, sou estudante de jornalismo e por fim, termino a minha indignação com a frase do jornalista Ricardo Kotscho:
ResponderExcluir"Não basta saber – ou pensar que sabe – escrever. Ser repórter é bem mais do que simplesmente cultivar belas-letras, (...) sua tarefa não se limita a produzir notícias (...) mas é a arte de informar para transformar".
O que me incomoda nos livros de André Vianco é a quantidde de estupros... (E as vampiras femininas não eram grande coisa, né, só eram excitantes)
ResponderExcluirNão culpo os paraguaios por terem tanto ódio contra os brasileiros desde a Guerra do Paraguai. O imperialismo brasileiro também existe/existiu e eu acho que essa não é a forma correta de mostrar as qualidades do nosso país - denegrindo a imagem dos outros. Respeito a todas as culturas sempre.
ResponderExcluirAchei uma falta de respeito da Globo PISAR na Coréia do Norte como pisou na partida de estréia do Brasil. Sério, foi ridículo! Não mostraram nada do fair play, que prezam tanto. Depois, quando chamam brasileiro de macaco, as emissoras se armam como protetoras do Brasil. Sei!
SOBRE A LEI MARIA DA PENHA, que a Aiaiai levantou.
ResponderExcluirNa verdade a juíza errou, não devemos criticar a lei.
A lei fala sobre 'violência DOMÉSTICA contra a mulher', mas isso não significa que ela proteja apenas as mulheres vítimas dividam o teto com seu agressor (e nem mesmo que esse agressor seja homem).
Eu já trabalhei na promotoria que responde pela vara de violencia doméstica e familiar, e posso assegurar que o alcançe da lei é bem amplo. Primeiro, claro, protege a mulher vítima do agressor com quem divide o teto. Mas não necessariamente o marido/namorado/companheiro. Pode ser o pai, o irmão, o primo, enfim: um parente qualquer (inclusive a mãe, a irmã, a prima, etc...). Progete até relacionamentos lésbicos. Já vi um caso de duas moças - namoradas, que moravam separadas - e que uma foi agredida pela outra. A lei maria da penha foi aplicada. Agora se fossem duas AMIGAS, a lei não serviria.
A dúvida que pairava era sobre aquelas famosas ficadas. Vamos supro que uma garota conheceu um cara na balada, ficou com ele somente aquela noite e foi agredida por ele. Existe uma jurisprudência do STJ que diz que a lei maria da penha não protege essa garota (o que não significa que essa agressão nao seja crime - só significa que não se enquadra em violência doméstica/familiar).
Pra maioria dos entendedores do direito, 'ficadas esporádicas' não seriam relacionamento e não enquadra nas exigências da lei maira da penha. Se uma mulher é agredida pelo amigo, pelo patrão, por um desconhecido na rua qualquer, claro que é agressão - e é crime tipificado no código penal - só não é protegido pela lei maria da penha.
No caso da amante do bruno, resta provar se esse relacionamento foi esporádico ou se houve de fato um relacionamento. É difícil caracterizar porque é difícil definir. Mas fotos, telefonemas, internet, podem provar facilmente que não foi só uma ficada.