O cineasta franco-polonês Roman Polanski é um dos maiores diretores de todos os tempos, autor de grandes filmes como Repulsa ao Sexo, O Bebê de Rosemary, Chinatown, e O Pianista. Sábado à noite, aos 76 anos, ele foi preso na Suíça, de onde provavelmente será deportado para os EUA e julgado.
Uma das cinco produções de Macbeth que analisei na minha tese de doutorado foi o excepcional filme de Polanski com o mesmo título. Portanto, li bastante sobre o diretor. Na realidade, sempre me interessei por ele, já que sou cinéfila e ele é um dos mestres, e também porque, reza a lenda, eu já estive na mesma sala que ele. Alguns meses atrás, vi o excelente documentário de Marina Zenovich, Roman Polanski: Procurado e Desejado (veja o trailer aqui), do ano passado, e decidi revê-lo agora pra poder escrever este post pra vocês.
Pra quem não sabe, Polanski teve uma vida dura. Na infância, conseguiu escapar de um campo de concentração, onde seus pais morreram, e sobreviver órfão nas ruas. Mas o maior drama de sua vida foi sem dúvida o assassinato de sua mulher, a atriz Sharon Tate, em Hollywood. Em agosto de 1969 Sharon, então grávida de oito meses, e outros cinco amigos, foram barbaramente mortos por seguidores do louco-varrido Charles Manson (que não conhecia ninguém da casa). Polanski estava na Europa começando a fazer um filme. Como a polícia demorou pra encontrar Manson, Polanski foi, durante meses, tratado pela imprensa americana como principal suspeito da morte de sua própria mulher. Essa história toda é tão absurda que merece um post só pra ela (prometo escrevê-lo, se tiverem interesse).
Em 1977, Polanski estava em Los Angeles fotografando ninfetas para a Vogue Hommes. Como ele havia praticamente lançado a carreira de Natassja Kinski, que ele fotografou e namorou quando ela tinha 15 anos (e em 1979 a dirigiu em Tess), muitas meninas queriam ser clicadas por ele. Uma delas foi Samantha, uma americana de apenas 13 anos. Polanski já a havia fotografado antes, mas, na segunda vez, os dois passaram um dia juntos. À noite, ele a levou para a mansão vazia de seu amigo Jack Nicholson. Beberam juntos, tiraram a roupa e entraram numa jacuzzi, compartilharam uma droga (quaalude), e transaram, segundo a versão do diretor, ou Polanski a estuprou, segundo a versão de Samantha.
Polanski é um crápula, e o documentário de Marina deixa isso claro. Começa com ele dando uma entrevista antiga pra um jornalista, onde o diretor afirma que, como a maioria dos homens, ele também gosta de “mulheres jovens”. O jornalista então quer saber quão jovens. Polanski não sabia que fazer sexo com uma menina de 13 anos era errado. Na Europa, aparentemente, ele vinha fazendo isso direto. Robert Towne, roteirista de Chinatown, já havia dito que a piscina da casa onde os dois redigiram o roteiro, em 74, ficava cheia de adolescentes. E o ego de Polanski, como o de tantas celebridades, é gigantesco, apesar de sua baixa estatura (em Chinatown ele faz uma ponta. Nicholson o vê e pergunta: “Quem é o anão?”). Um ego tamanho GGG é incapaz de reconhecer erros, e é isso que faz o diretor um crápula, na minha opinião.
No início, Polanski declarou-se inocente. Mas eventualmente seu advogado e a promotoria fizeram um acordo—ele seria acusado apenas de “sexo ilegal com uma menor de idade”. Nada de estupro (houve consentimento), nada de dar álcool e drogas pra uma menina. “Sexo ilegal com uma menor” é visto como um crime pequeno. Na Califórnia, a pena varia entre seis meses a cinquenta anos (!) de prisão, mas é raríssimo alguém ir preso por isso. O acordo foi fechado.
Polanski teve o azar de pegar Laurence Rittenband, um juiz ávido por publicidade, que não perdia uma só oportunidade de sair nos jornais. O juiz mandou Polanski para uma avaliação psiquiátrica para determinar se o diretor era um molestador de crianças. Se a resposta fosse afirmativa, Polanski seria encarceirado num asilo psiquiátrico. Para o alívio do cineasta, os médicos disseram que não.
Antes de qualquer julgamento, o juiz decidiu mandá-lo para um outro “estudo diagnóstico”, desta vez algo muito mais demorado. Seriam 90 dias numa prisão barra-pesada, Chino. O advogado de defesa argumentou que Polanski estava começando a filmar um projeto, e que três meses representaria um prejuízo enorme (além do mais, a essa altura, tanto a vítima quanto a mãe dela já haviam dito que não queriam o diretor preso). O juiz disse que daria uma licença de um ano para que o diretor terminasse o filme, na Europa, antes de se apresentar à justiça, no que o promotor topou. Mas o juiz pediu para que advogado e promotor fizessem um teatrinho para a imprensa, fingindo que essa decisão tinha sido tomada na hora, diante dos jornalistas, não a portas fechadas. Fora isso, ele não daria a licença por um ano direto, mas várias licenças. Polanski teria que se apresentar a ele a cada três meses, pra renovar sua licença.
Mais tarde, o diretor escreveu em sua autobiografia, Roman: “Eu estava do lado da justiça. Tinha uma grande admiração pelas instituições americanas, e eu via os EUA como a única nação verdadeiramente democrática do mundo. Por causa de um momento irresponsável de desejo, eu pus em perigo a minha liberdade e o meu futuro no país que mais importava pra mim” (p. 403, minha tradução). O documentário mostra Polanski indo pra Europa, cercado de repórteres. Uma jornalista lhe pergunta: “Você vai voltar?”. E ele, chocado, responde: “É claro que sim. Não se preocupe”.
Ele estava indo fazer uma refilmagem de Furacão, uma produção chinfrim do Dino de Laurentiis. Para Laurentiis, era um ótimo negócio contratar um diretor consagrado. Para Polanski, era um emprego que lhe deixaria longe da cadeia até a poeira baixar. Mas aí ele deu azar novamente. Assim que chegou a Europa, acompanhou um amigo a Octoberfest, em Munique. E lá foi fotografado bebendo, cercado por mulheres. A foto correu o mundo, e o juiz Rittenband considerou aquilo uma afronta. Chamou Polanski de volta aos EUA. E ele voltou.
O juiz decidiu que não lhe daria mais a licença, e que ele deveria se submeter à avaliação psiquiátrica imediatamente. Isso é algo que pouca gente sabe: Polanski foi preso. Ele ficou 42 dias preso em Chino. A avaliação era de 90 dias, mas geralmente é feita em bem menos tempo. O diretor limpou celas durante sua estada, e, na sua autobiografia, descreve a sua prisão como um período sereno, em que pôde ler e pensar muito.
Porém, o juiz não gostou que Polanski fora liberado em menos de 90 dias. Pegava mal perante a opinião pública americana. E propôs ao advogado e ao promotor um outro teatrinho: se os dois fizessem arguições frente à câmera, ele daria a Polanski uma “sentença indeterminada”, e, logo depois, o mandaria cumprir os 48 dias restantes numa prisão estadual, ou o deportaria. O problema era: dava pra confiar no juiz?
Polanski escreve em sua autobiografia: “Como o juiz parecia determinado a me impedir de viver e trabalhar nos EUA, e como estava claro que eu havia cumprido meus 42 dias em Chino em vão, uma pergunta óbvia surgiu: o que eu tinha a ganhar por ficar nos EUA? A resposta parecia ser: nada” (p. 423). Polanski fugiu do país. Pegou um avião de Los Angeles pra Londres, e depois pra Paris.
Seu advogado foi até lá para tentar convencê-lo a voltar. Polanski se recusou. Pouco depois, o advogado e o promotor conseguiram demover o juiz do caso, por várias violações (entre elas, discutir o caso abertamente com a imprensa). No documentário, o promotor afirma que, diante das circunstâncias, não tem como culpar Polanski pela fuga. Um outro oficial da justiça diz que, por mais que ele ache que o que o diretor fez (sexo com uma menor de idade) fora horrível, ainda assim ele merecia um julgamento justo.
A fuga de Polanski já tem 31 anos. O diretor está casado há 20 com a atriz Emanuelle Seigner (dirigida por ele em Lua de Fel), com quem tem dois filhos. Samantha, a vítima, também está casada há 20 anos, mora no Havaí, e tem três filhos. Em 1997, ela declarou: "Ele fez algo realmente horrível comigo, mas foi a mídia que arruinou a minha vida". E o perdoou publicamente. Na época, o advogado e o promotor do caso entraram com um pedido de encerramento, e ensaiaram um acordo: se Polanski se entregasse à justiça americana, não pegaria mais cadeia. Só que o juiz determinou que o julgamento fosse televisado, e isso o diretor negou.
Em 2003, Polanski ganhou o Oscar por O Pianista, e foi aplaudido de pé por vários dos astros presentes no auditório. O título do documentário é uma referência a como Polanski é celebrado, tido com um dos grandes artistas, “desejado” na França, e “procurado” pelos EUA. Agora, parece que a procura terminou. A mídia vai fazer um novo carnaval. Mas, quando acabar, pode até ser bom pro Polanski. Se ele sobreviver.
Mais sobre o caso Polanski aqui, aqui e aqui.
Uma das cinco produções de Macbeth que analisei na minha tese de doutorado foi o excepcional filme de Polanski com o mesmo título. Portanto, li bastante sobre o diretor. Na realidade, sempre me interessei por ele, já que sou cinéfila e ele é um dos mestres, e também porque, reza a lenda, eu já estive na mesma sala que ele. Alguns meses atrás, vi o excelente documentário de Marina Zenovich, Roman Polanski: Procurado e Desejado (veja o trailer aqui), do ano passado, e decidi revê-lo agora pra poder escrever este post pra vocês.
Pra quem não sabe, Polanski teve uma vida dura. Na infância, conseguiu escapar de um campo de concentração, onde seus pais morreram, e sobreviver órfão nas ruas. Mas o maior drama de sua vida foi sem dúvida o assassinato de sua mulher, a atriz Sharon Tate, em Hollywood. Em agosto de 1969 Sharon, então grávida de oito meses, e outros cinco amigos, foram barbaramente mortos por seguidores do louco-varrido Charles Manson (que não conhecia ninguém da casa). Polanski estava na Europa começando a fazer um filme. Como a polícia demorou pra encontrar Manson, Polanski foi, durante meses, tratado pela imprensa americana como principal suspeito da morte de sua própria mulher. Essa história toda é tão absurda que merece um post só pra ela (prometo escrevê-lo, se tiverem interesse).
Em 1977, Polanski estava em Los Angeles fotografando ninfetas para a Vogue Hommes. Como ele havia praticamente lançado a carreira de Natassja Kinski, que ele fotografou e namorou quando ela tinha 15 anos (e em 1979 a dirigiu em Tess), muitas meninas queriam ser clicadas por ele. Uma delas foi Samantha, uma americana de apenas 13 anos. Polanski já a havia fotografado antes, mas, na segunda vez, os dois passaram um dia juntos. À noite, ele a levou para a mansão vazia de seu amigo Jack Nicholson. Beberam juntos, tiraram a roupa e entraram numa jacuzzi, compartilharam uma droga (quaalude), e transaram, segundo a versão do diretor, ou Polanski a estuprou, segundo a versão de Samantha.
Polanski é um crápula, e o documentário de Marina deixa isso claro. Começa com ele dando uma entrevista antiga pra um jornalista, onde o diretor afirma que, como a maioria dos homens, ele também gosta de “mulheres jovens”. O jornalista então quer saber quão jovens. Polanski não sabia que fazer sexo com uma menina de 13 anos era errado. Na Europa, aparentemente, ele vinha fazendo isso direto. Robert Towne, roteirista de Chinatown, já havia dito que a piscina da casa onde os dois redigiram o roteiro, em 74, ficava cheia de adolescentes. E o ego de Polanski, como o de tantas celebridades, é gigantesco, apesar de sua baixa estatura (em Chinatown ele faz uma ponta. Nicholson o vê e pergunta: “Quem é o anão?”). Um ego tamanho GGG é incapaz de reconhecer erros, e é isso que faz o diretor um crápula, na minha opinião.
No início, Polanski declarou-se inocente. Mas eventualmente seu advogado e a promotoria fizeram um acordo—ele seria acusado apenas de “sexo ilegal com uma menor de idade”. Nada de estupro (houve consentimento), nada de dar álcool e drogas pra uma menina. “Sexo ilegal com uma menor” é visto como um crime pequeno. Na Califórnia, a pena varia entre seis meses a cinquenta anos (!) de prisão, mas é raríssimo alguém ir preso por isso. O acordo foi fechado.
Polanski teve o azar de pegar Laurence Rittenband, um juiz ávido por publicidade, que não perdia uma só oportunidade de sair nos jornais. O juiz mandou Polanski para uma avaliação psiquiátrica para determinar se o diretor era um molestador de crianças. Se a resposta fosse afirmativa, Polanski seria encarceirado num asilo psiquiátrico. Para o alívio do cineasta, os médicos disseram que não.
Antes de qualquer julgamento, o juiz decidiu mandá-lo para um outro “estudo diagnóstico”, desta vez algo muito mais demorado. Seriam 90 dias numa prisão barra-pesada, Chino. O advogado de defesa argumentou que Polanski estava começando a filmar um projeto, e que três meses representaria um prejuízo enorme (além do mais, a essa altura, tanto a vítima quanto a mãe dela já haviam dito que não queriam o diretor preso). O juiz disse que daria uma licença de um ano para que o diretor terminasse o filme, na Europa, antes de se apresentar à justiça, no que o promotor topou. Mas o juiz pediu para que advogado e promotor fizessem um teatrinho para a imprensa, fingindo que essa decisão tinha sido tomada na hora, diante dos jornalistas, não a portas fechadas. Fora isso, ele não daria a licença por um ano direto, mas várias licenças. Polanski teria que se apresentar a ele a cada três meses, pra renovar sua licença.
Mais tarde, o diretor escreveu em sua autobiografia, Roman: “Eu estava do lado da justiça. Tinha uma grande admiração pelas instituições americanas, e eu via os EUA como a única nação verdadeiramente democrática do mundo. Por causa de um momento irresponsável de desejo, eu pus em perigo a minha liberdade e o meu futuro no país que mais importava pra mim” (p. 403, minha tradução). O documentário mostra Polanski indo pra Europa, cercado de repórteres. Uma jornalista lhe pergunta: “Você vai voltar?”. E ele, chocado, responde: “É claro que sim. Não se preocupe”.
Ele estava indo fazer uma refilmagem de Furacão, uma produção chinfrim do Dino de Laurentiis. Para Laurentiis, era um ótimo negócio contratar um diretor consagrado. Para Polanski, era um emprego que lhe deixaria longe da cadeia até a poeira baixar. Mas aí ele deu azar novamente. Assim que chegou a Europa, acompanhou um amigo a Octoberfest, em Munique. E lá foi fotografado bebendo, cercado por mulheres. A foto correu o mundo, e o juiz Rittenband considerou aquilo uma afronta. Chamou Polanski de volta aos EUA. E ele voltou.
O juiz decidiu que não lhe daria mais a licença, e que ele deveria se submeter à avaliação psiquiátrica imediatamente. Isso é algo que pouca gente sabe: Polanski foi preso. Ele ficou 42 dias preso em Chino. A avaliação era de 90 dias, mas geralmente é feita em bem menos tempo. O diretor limpou celas durante sua estada, e, na sua autobiografia, descreve a sua prisão como um período sereno, em que pôde ler e pensar muito.
Porém, o juiz não gostou que Polanski fora liberado em menos de 90 dias. Pegava mal perante a opinião pública americana. E propôs ao advogado e ao promotor um outro teatrinho: se os dois fizessem arguições frente à câmera, ele daria a Polanski uma “sentença indeterminada”, e, logo depois, o mandaria cumprir os 48 dias restantes numa prisão estadual, ou o deportaria. O problema era: dava pra confiar no juiz?
Polanski escreve em sua autobiografia: “Como o juiz parecia determinado a me impedir de viver e trabalhar nos EUA, e como estava claro que eu havia cumprido meus 42 dias em Chino em vão, uma pergunta óbvia surgiu: o que eu tinha a ganhar por ficar nos EUA? A resposta parecia ser: nada” (p. 423). Polanski fugiu do país. Pegou um avião de Los Angeles pra Londres, e depois pra Paris.
Seu advogado foi até lá para tentar convencê-lo a voltar. Polanski se recusou. Pouco depois, o advogado e o promotor conseguiram demover o juiz do caso, por várias violações (entre elas, discutir o caso abertamente com a imprensa). No documentário, o promotor afirma que, diante das circunstâncias, não tem como culpar Polanski pela fuga. Um outro oficial da justiça diz que, por mais que ele ache que o que o diretor fez (sexo com uma menor de idade) fora horrível, ainda assim ele merecia um julgamento justo.
A fuga de Polanski já tem 31 anos. O diretor está casado há 20 com a atriz Emanuelle Seigner (dirigida por ele em Lua de Fel), com quem tem dois filhos. Samantha, a vítima, também está casada há 20 anos, mora no Havaí, e tem três filhos. Em 1997, ela declarou: "Ele fez algo realmente horrível comigo, mas foi a mídia que arruinou a minha vida". E o perdoou publicamente. Na época, o advogado e o promotor do caso entraram com um pedido de encerramento, e ensaiaram um acordo: se Polanski se entregasse à justiça americana, não pegaria mais cadeia. Só que o juiz determinou que o julgamento fosse televisado, e isso o diretor negou.
Em 2003, Polanski ganhou o Oscar por O Pianista, e foi aplaudido de pé por vários dos astros presentes no auditório. O título do documentário é uma referência a como Polanski é celebrado, tido com um dos grandes artistas, “desejado” na França, e “procurado” pelos EUA. Agora, parece que a procura terminou. A mídia vai fazer um novo carnaval. Mas, quando acabar, pode até ser bom pro Polanski. Se ele sobreviver.
Mais sobre o caso Polanski aqui, aqui e aqui.
Eu acho um absurdo toda a 'comoção' em torno da prisão dele. Pedofilia tem que ser punida e combatida. Não há o que argumentar.
ResponderExcluirBlé.
Mas reconheço a importância dele como diretor.
Oi Lola!! Faz tempo que não comento aqui, mas acompanho teu blog sempre!
ResponderExcluirOntem quando vi esta notícia fiquei surpresa tb! Sabia dessa história , mas foi tipo, "Nossa , preso por aquela história da década de 70?"
Achei ótimo.Gosto muito dos filmes dele, mas sempre tive uma má impressão dele, tipo de louco.
Concordo q ele viveu muitas coisas trágicas, mas isso é outra história..
Tenho tanto nojo dessa relação de "homem poderoso" rico com modelos menininhas, mulheres...por mais q algumas dizem q queriam aquilo existe uma relação de poder aí q é o que de certo estrtuturam muitos meios profissonais.
Tem q saber se é verdade, mas o pior q lí foi na folha online (acho) de um comentário dele do tipo "Ela não era mais virgem.."
E o que isso tem a ver??
Mais machista impossível.
Bjão Lola!!!
Quando vai p Fortaleza??
vish... esse comentário tá começando com cara de que ficará mais longo o que um post...
ResponderExcluirAlgumas coisas curiosas: fotografar menininhas para aguçar o desejo alheio na Vogue Homme podia- desejar podia, mas concretizar não?
O crime foi cometido em um período em que essa caça às bruxas da pedofilia ainda não estava no auge e acho que seja esse um grande complicador jurídico do caso. Como julgar um caso onde tamanha comoção pública está envolvida, comoção essa originada de um zeitgeist absolutamente volátil?
Claro que a relação de abuso de poder é nojenta mas muito mais nojento é a criação midiática desses monstros-mártires e condenações exemplares- algo que fica muito claro nos detalhes do caso que tu apresentastes sucintamente no teu texto.
A réu pediu a suspenção da perseguições há décadas. Por quê desse alrde todo?!?
Muito triste como a opinião pública dos EUA precisa de tantos demônios...
Onde você viu que foi sexo consensual? Nesse documentário? Porque eu sempre li que foi estupro. Inclusive, tem o relatório da polícia com o depoimento da menina na Internet. E no relatório dá pra ver claramente que foi estupro.
ResponderExcluirPoxa Lolita, fiquei um pouco decepcionada com seu tom condescendente. Estava esperando uma condenação da sua parte, afinal de contas, estupro é estupro, não importa se ele teve uma vida dificil ou não, se ele é um genio ou não. Pô, a garota tinha 13 anos e tomou drogas! Ele era um cara de meia-idade e deu bebida e drogas para uma criança!
ResponderExcluirO governo francês esta defendendo o diretor e o povo francês ja começou a demostrar o descontentamento com o governo. A opinião geral (e a minha) é que estupro é estupro e deve ser punido, mesmo que tardiamente. Ou não se pode falar em pedofilia se o criminoso for um famoso diretor de cinema?
Tolerância zero para crimes como esse.
Pessoas importantes que cometem crimes tem que ser responsabilizadas por eles. Não gosto de toda essa tática de colocar as qualidades de Polanski para desviar a atenção do fato. Tbm não acho que a vítima perdoar o agressor faça com que a agressão deixe de existir. Os 30 anos de liberdade de Polanski é uma prova que pessoas com dinheiro tem um status diferente perante à lei, não importa qual seja o país ou o quão democrático ele diga ser. A pergunta é: Porque só agora ele foi preso?
ResponderExcluirGente querida, sei que meu tom está condescendente, e não tenho dúvida que meu tom estaria diferente se eu não gostasse tanto do Polanski como diretor. Mas é que realmente não tenho certeza que foi estupro. Parte do relatório da polícia é mostrado no documentário. Há muitas coisas nos depoimentos da Samantha e do Polanski que batem. O próprio promotor sabia que, se o Polanski fosse acusado por estupro, Samantha teria que depor, e o depoimento dela não se sustentaria. Por todos aqueles motivos machistas que estamos cansadas de conhecer: ela não era virgem, já havia tomado bebida e drogas antes, eles conversaram sobre sexo durante o dia, ela tirou a roupa, etc. Lógico que o ponto de tudo é que, pô, ela tinha 13 anos! E ele sabia perfeitamente a idade dela, em nenhum momento veio com o papo de “pensei que ela tivesse 18”. E uma pessoa responsável deveria ficar bem longe (sexualmente falando) de uma menor de idade. Ainda que a menor de idade desse em cima do adulto (e não estou dizendo que foi isso que aconteceu neste caso), a responsabilidade de recusar é do adulto. Se não, é sexo com menor de idade. Não necessariamente estupro, porque pode ser consensual. Mas na minha mente não resta dúvida que é algo muito errado.
ResponderExcluirHá vários complicadores neste caso em si. Um deles, como a Bibi mencionou, é que o clima de caça às bruxas à pedofilia (o que eu acho totalmente correto) é algo dos anos 90 pra cá. Nos 70 era diferente. E na Europa era bem diferente dos EUA. O Polanski saía como namorado e mentor da Natassja Kinski em todas as revistas. Ela tinha 15 anos, ele 40 e poucos, e ninguém ficava chocado. E, novamente como disse a Bibi, fazer fotos eróticas de menininhas pra sair numa revista masculina tudo bem? Hoje isso é muito mais combatido, embora ainda exista.
Por outro lado, o caso do Polanski aconteceu há 32 anos. Samantha já o perdoou. Ele passou um tempinho na cadeia. Ele já foi punido suficientemente pelo que fez. Começar um novo carnaval neste momento interessa a quem? Só à mídia.
Polanski transava direto com meninas de 13 anos. Isso faz dele um ser moralmente desprezível, na minha opinião, mas não um estuprador.
Adorei o texto, Lola. Bjk.
ResponderExcluirO depoimento da Samantha: http://www.thesmokinggun.com/archive/polanskib9.html
ResponderExcluirVou twittar esse post Lola. A Paris Match publicou um artigo q parece ser o artigo publicado na época da prisao, chamando a menina de Lolita. Um nojo. Na França eles sao muito mais liberais com essas questoes que nos EUA, isso dito, o cara errou mesmo, e se complicou depois. E digo mais, se ele fosse afro-americano tinha apodrecido na cadeia, mesmo sendo genial, vide Mike Tyson.
ResponderExcluir"Polanski transava direto com meninas de 13 anos. Isso faz dele um ser moralmente desprezível, na minha opinião, mas não um estuprador."
ResponderExcluirLola, eu não sei como é a lei nos EUA, mas aqui até onde eu sei sexo, consensual ou não, com menor de 14 anos é estupro sim... Eu acho, como voce, ele genial profissionalmente falando , mas isso não o isenta de ser estuprador sim! Claro que a mídia quer dar destaque pois um assunto como esse rende milhões, mas independente disso ele tem que ser punido e 42 dias lavando chão em Chino, não me parece suficiente como punição para um crime tão grave e recorrente no caso dele...
Oi Lola, que bom que você comentou sobre isso. Hoje quando vi o noticiário já aguardava seu posicionamento. Gostaria sim, que em algum momento você nos contasse sobre "principal suspeito da morte de sua própria mulher"
ResponderExcluirSobre Polanski, é tão difícil julgar sem saber o que é verdade. Se foi estupro, se não foi. De fato, a garota só tinha 13. No meio de tudo isso, acho que agora o que é levado em conta é a politicagem...
Lola, mal acabei de ver a noticia achei seu post, ele é muito bom, mas concordo com a Liliane, oq vale é o que diz, independente se foi consentido ou não, pela lei é crime.
ResponderExcluirSe ele tivesse ficado nos EUA e enfrentado a situação (mesmo com uma possivel perseguiçãoteria sido a coisa certa, talvez até ja teria sido libertado por bom comportamento ou qualquer outra coisa.
E poderia continuar sendo genial (oq ele de fato é) depois de pagar sua divida com a sociedade.
Ah sim, eu tb "twittei" sobre o post.
ResponderExcluirQue coincidência: sexta passada morreu uma das mulheres que faziam parte da família Manson. Morreu na prisão, de câncer no cérebro. História pra mim interessante por que a história da Sharon Tate foi uma das que mais me impressionaram na infância. E essas mulheres (agora 2) lutam há anos por perdão da pena de prisão perpétua, alegando que mataram por que o Charles Manson mandou.
ResponderExcluirMas que coisa, prenderem ele agora só se for pra fazer circo midiático, que aparentemente muita gente da Justiça gosta.
Lola, é estupro sim. Uma situação em que uma moçinha de treze anos, acreditando que conseguiria fama e trabalho por tirar fotos eróticas, e um cara experiente de 45 anos, que da champagne e quaalude o sexo nem precisa ser consensual. Nem sexo até. É a situação de poder, de se aproveitar de um ser mais débil. É próprio de alguém que se permite tudo, que faz não importa que sem levar em consideração a outra pessoa e sem medir o dano que possa causar. Abjeto. Sem dúvida a menina foi uma vitima da mídia. Lembro que na época ninguém falava que ela era a vitima de estupro e sim a que tinha provocado a violência. Mas o responsável de tudo é o Polanski.
ResponderExcluirCelebridade ou não, gênio ou não, não consigo perdoar os criminosos. Vide Borges, que amo como escritor e desprezo como individuo. La Mamacita
Lola!
ResponderExcluirOuça a mamacita. 13 anos é uma criança! Não tem discernimento nenhum!
Bjs,
Anália
A gente está olhando pra algumas coisas com um olhar pós-década de 90, quando as punições contra pedofilia ficaram mais firmes. Não sei nem se o termo “statutory rape” já existia na década de 70. Essa é a relação sexual que vale como estupro quando envolve qualquer menor de idade, mesmo que haja consentimento, pois considera-se que o menor não esteja na idade em que pode consentir ou não. E essa “age of consent” varia muito de país pra país, e de estado pra estado, dentro dos EUA. Polanski nunca foi acusado de “statutory rape”. Ele foi acusado de “unlawful sexual conduct with a minor” (conduta sexual ilegal com um menor), que é diferente de estupro. Inclusive a punição é muito, muito menor. A gente pode discutir se considera justo que uma relação sexual entre um homem de 44 anos e uma menina de 13 não seja automaticamente considerado um estupro. Mas a gente não é juiz ou promotor pra acusar e, pior, condenar o Polanski por um crime que ele não foi acusado. Não dá pra promotoria acusar uma pessoa por um crime menor e toda a opinião pública, através da mídia, querer julgar o réu por um crime maior.
ResponderExcluirEu lembro bem de como foi a narrativa machista que ouvi durante todos esses anos, sempre que se falava no caso do Polanski. Tinha isso da Samantha ser vista como uma Lolita, mas também tinha do Polanski ser visto como pedófilo (e aí a idade da vítima também varia, não? Antes dos 10, 11 anos, antes da puberdade, é child molestation. Na realidade, transar com uma menina de 13 anos, uma adolescente, é um pouco diferente de transar com uma criança). O que mais me lembro é de como a mãe de Samantha foi acusada, que ela jogou a filha pra cima do Polanski, ofereceu a filha pra ele, e, depois, inventou o estupro pra conseguir dinheiro. Acho que a mãe foi a mais vilipendiada nessa história toda. Pelo menos essa era a narrativa. O documentário da Marina Zenovich não entrevista a mãe, mas mostra Samantha revoltada com essas histórias, defendendo a mãe.
De novo, a gente tá olhando pro negócio com os olhos de hoje. Se eu fosse mãe, eu deixaria minha filha de 13 anos posar seminua pra fotos de quem quer que fosse, mesmo um diretor famoso? Jamais. Na década de 70 tinha a Natassja Kinski, tinha a Brooke Shields em “Pretty Baby” e “Lagoa Azul”, tinha a Jodie Foster em “Taxi Driver”. Pô, tinha Bugsy Malone (Quando as Metralhadoras Cospem). Era beeeem diferente.
Enquanto governos e advogados decidem o que fazer com o Polanski, acho que já podiam ir, pelo menos, ir prendendo o jornalista que escreveu isso aqui, kkk...
ResponderExcluirabraço
Mônica
tb acho q o pensamento na época era bem diferente... e SIM! gostaria de ler um post sobre o crime q matou a esposa dele. bjs
ResponderExcluirele não é tido, ele é um grande artista. o fato de ele ter feito o q fez não altera a qualidade do trabalho dele. acho que ele é mais um símbolo dessa mudança de valores. li um texto algum tempo atrás que falava disso. na frança o aumento do número de processos por pedofilia tem sido significativo dos anos 80 pra cá. o cara argumentava que não foi o crime que aumentou, mas a fiscalização os olhos da sociedade sobre isso. veja-se a lolita do nabokov, o satiricon do petronio. os homens sempre gostaram e tiveram desejo por meninas novas e ainda tem. só que o combate a isso tem sido intensificado. mas parece estranho que por outro lado o que a gente vê é cada vez mais uma sexualização precoce das meninas. não justifica, mas é argumento para retardados dizerem que foram 'elas' que provocaram.
ResponderExcluirLola, eu estou lendo os comentários e só queria dizer mais uma coisa. O julgamento dele foi uma grande circo, sim. Ele foi condenado por "sexo com menor de idade", sim. A Samantha já pediu pra retirarem a acusação, sim. Ele fez filmes bons e importantes, sim.
ResponderExcluirA única coisa que me incomoda no post é você dizer que foi sexo consentido. Eu não sei como alguém pode ler o depoimento da Samantha e dizer que foi sexo consentido. Ela não queria, ela tava com medo, disse não várias vezes, e ele continuou. Isso é estupro. Mesmo se ela fosse adulta, isso seria considerado estupro. Acho importante dar nome aos bois, porque quando você fala que foi sexo consentido com uma garota de 13 anos, a discussão vai para age of consent. Só que você própria causou esse desvio na discussão, quando escolheu dizer que foi consentido e não estupro.
Eu acho que você pode estar confiando demais nesse documentário.
Lola, nem todo estupro é cometido em uma viela escura, enquanto o estuprador tapa a boca da vítima.
ResponderExcluirPra comecar, a menina tinha 13 anos. E sexo com gente de 13 anos é estupro, mesmo que ela esteja absolutamente convencida de que quer fazer sexo.
Em segundo, ainda que ela fosse capaz de consentir (maior de 13 anos), ele diminuiu a capacidade dela de avaliar a situacao e consentir em uma relacao sexual ao dopá-la. Terceiro: ainda que a vítima volte atrás no que disse, o direito de seguir adiante com um processo, nesse caso, pertence ao Ministério Público.
Quarto: o covarde fugiu do país e fez o que pode pra evitar o cumprimento da sentenca pelo crime que cumpriu.
Tem certeza que vc ainda tá com pena dele?
Cadê a Lolinha feminista que combate toda violência contra a mulher?
ai, ai... gente, como é difícil da gente se desvencilhar de conceitos éticos dos quais acreditamos...
ResponderExcluirCom certeza nos anos 70 havia uma outra conotação em dormir com Lolitas, bem diferente o que consideramos hoje como estupro e abuso ou pedofilia.
Será que é tão difícil entender isso?
O que é mais grave nesse caso nem é ela ter 13 anos- mas o abuso de poder- se fosse uma modelo de 18 anos pra mim seria a mesma merda. Essa dinâmica: homem poeroso X garota esperançosa de sucesso é que é malígna e um crime muito mais difícil de ser previsto constitucionalmente- portanto tremendamente letal para um possivel amadurecimento social.
pessoas, tem mil e dois erros de digitação e concorancia nos meus comentários, mas não vou arrumar agora- I am aware-- só distraída enquanto digito.
ResponderExcluirLola,
ResponderExcluirSoh tenho a lhe agradecer pelo post... Voce escreve muito! Sempre fui fa do Polanski, agora tb sou sua!
Um abraco,
Farei meu último comentário sobre este post. Não acompanho a mídia e nem sabia deste caso do polanski antes de ler este post, todas as minhas informações sobre o fato vem portanto do texto e dos comentários. Eu era muito pequena nessa época e não tenho nenhuma lembrança disso...
ResponderExcluirLonge de mim querer condenar quem quer que seja, mas é difícil achar que este cidadão não deva ser punido.
O fato de ter fugido ou usado do seu dinheiro e poder para ficar acima da lei não depõe contra ele?
Posso estar errada e ser cheia de preconceitos é verdade, concordo que esse circo da mídia beneficia apenas a própria mídia, concordo que isso pode ser apenas um frenesi de caça às bruxas.
Mas acho que na verdade nada disso vem nem ao caso, a acusação que pesa ou pesou sobre ele, não importa mais, importa apenas o fato de ele ter fugido para não cumprir a pena a que foi condenado e da qual e safou bem até hoje.
E quanto a idade da vitima como o Astrocat falou acima, se ela não consentiu, então mesmo se tivesse 80 ao invés de 13 anos seria estupro da mesma forma...
Lola, gosto muito de vc,mas pela segunda vez te desconheço...primeiro "defendeu"
ResponderExcluirSean Penn agora esse outro...muito artísticos e tals...mas criminosos e ponto!
Acredito que o problema aqui é a impunidade - circo ou não, julgamento justo ou não, o caso é que, dentre todos os casos de pedofilia que se tem registro nos EUA, o de Polanski é o único em que o culpado (seja caso de estupro ou de conduta sexual ilegal com um menor), sendo rico, influente e famoso, fugiu e nada aconteceu - porque, convenhamos, 45 dias de cadeia, mesmo em Chino, não foi nada.
ResponderExcluirÉ preciso, sim, dar um fim nessa história. Mesmo que a vítima tenha hoje quase 50 anos e Polanski seja quase um octogenário, o que ele fez foi errado - independentemente da época. Doca Street era um assassino, mas ele matou em "legítima defesa da honra" e "sob forte emoção". Não deixou de ser um assassino bárbaro, cria de uma época de machismo.
Na época de Polanski fotografava-se ninfetas, mas uma criança de 13 anos é uma criança de 13 anos - mesmo com todo o blábláblá de "pré-adolecência". Os pais têm culpa e deveriam ter sido processados. Ele tem culpa e deve ser processado. Mesmo recebendo prêmios e sendo, reconhecidamente, um diretor brilhante.
Por mais que falem mal da Justiça brasileira (inclusive eu, e como), mesmo que haja impunidade como todos estamos cansados de saber, a meu ver a justiça americana ~e "o samba do ciolo doido". Argumentar se a menina tinha capaciade de consentimento, arguir que ela ingeriou drogas, sucitar que não era virgem....Isso tudo no Brasil se resumiria a "estupro presumido". "Presume-se a violência, se a vítima:
ResponderExcluirnão é maior de catorze anos".
Tanto vai e vem da Justiça America me dá arrepios! Juiz que decide isso e aquilo. Julgamento televisionado, pedido de perdão em público ! Vai pra Europa, volta da Europa! Cruzes.
Texto interessante sobre statutory rape já discutido nos Estados Unidos desde 1970.
ResponderExcluirhttp://www.h-net.org/reviews/showrev.php?id=13841
Lola eu concordo com vc, em tudo, nesse caso.
ResponderExcluirMeus primos se casaram qdo ela tinha 14 anos e ele 40, por livre e espontânea vontade dos dois, em plenos anos 90. Ficaram juntos até ele morrer, há dois anos. Tiveram filhos, construíram casa, uma vida juntos. Será que isso foi pedofilia?
ResponderExcluirMinha mãe trabalha na área da saúde aqui da minha cidade e vive atendendo meninas de 13, 14 anos grávidas e casadas, na maioria com homens mais velhos e maiores de idade. Em sua maioria, estão nessa situação por que quer!
Muitas meninas de 13 anos já tem malícia suficiente para querer transar, beber ou consumir drogas. Não estou do lado da pedofília, mas devemos olhar com a cabeça mais aberta para essas questões, olhar para o outro lado tb. Parar de achar que td é pedofília e que todo mundo é pedófilo.
Será que não foi mesmo consentido? Será que depois qdo a bomba estourou, a menina não quis tirar o dela da reta para não se queimar?
Podem até dizer que são pensamentos machistas e retrógrados, mas não boto a mão no fogo por ser humano nenhum, seja ele um cineasta famoso ou uma "inocente" adolescente de 13 anos. Não mesmo!
Depois de ler esse artigo não tenho duvidas de que foi sim, estupro.
ResponderExcluirOnde foi parar o discurso do "basta dizer não"? Ela disse, várias vezes.
Acho irrelevante pra isso o quão bom diretor ele é.
http://www.salon.com/mwt/broadsheet/feature/2009/09/28/polanski_arrest/index.html?source=rss&aim=/mwt/broadsheet/feature
olha. acho pra la de tendencioso esse documentario. toda uma tentativa de fazer o polanski parecer coitadinho. o fato dele ter tido uma vida dura nada tem a ver com o estupro em si. outra que o depoimento da menina no tribunal, disponivel no site smoking gun, eh claro: nao houve consentimento. outra coisa: como eh que se pode levar em conta o consentimento de uma menina de 13 anos com uma cara de 40? simplesmente considera-se que uma crianca nao tenha condicoes de tomar uma decisao embasada. porque o adulto, muito mais experiente, esta ali influenciando.
ResponderExcluiro que mais me irrita nisso tudo, como acabei de comentar na mary w, eh a tentativa dos jornalistas de botar panos quentes na historia. usam "fazer sexo" em vez de estupro. Enfatizam que a menina nao era virgem (e dai?). Enfatizam que foi ha mais de 30 anos. e foda-se a menina. foda-se o estupro. Se ele tivesse matado alguem ha 31 anos, duvido que botariam os mesmos panos quentes. mas como se trata de estupro, crime onde a maioria esmagadora das vitimas eh mulher, aih ja viu. vira crime menor.
Acho tudo isso uma tremenda caretisse... óbvio que sou contra a pedofila e não estou sendo condecendente por se tratar de um cineasta desse porte! Mas primeiro... foi sexo concensual...e convenhamos que uma garota de 13 anos que circulava nesse meio, não era nenhuma boboca né? Poder ele tem sim e ai? oq ele faz com isso? vira celibatário? Sendo assim deveriam tb punir Caetano Veloso que ficou com a Paula Lavigne tb com 13 anos! Deixemos desse conservadorimso retrógrado meu povo! enquanto isso coisas bem piores estão acontecendo1
ResponderExcluirOlha, se ele não estuprou a garota, então estupro mudou de nome, ou então nunca existiu. O problema não é ela ter 13 anos (realmente era uma garota de 13 anos que vivia no meio artistico, era sexualmente ativa, então, apesar de ter 13 anos) o problema é que ela disse "não" e ele nem aí. Ela poderia ter cem anos, poderia ter tranzado com a metade os homens dos EUA, ela poderia ser atriz porno, ou então uma prostituta da Praça Tiradentes, e aina assim seria estupro! Pois desde que me entendo por gente, quando a mulher diz "não" e o homem a obriga a fazer sexo, isso é estupro.
ResponderExcluirNo depoimento, que o Marcelo Rubens Paiva fez o favor de traduzir para o portugues, fica claro que a garota não queria tranzar com o Polansky, estava na casa do Jack Nickonson para fazer fotos. A coisa mudou de figura quando o cara entrou na piscina nú. Aí ela sacou as segundas e terceiras intensões dele, mas não reagiu porque teve medo, e os motivos de ter medo ficaram muito claros também - estava sozinha com um homem praticamente desconhecido numa casa enorme e vazia.
Desculpa Lola, vc gosta da obra dele e eu também, mas ele é um tremendo filho da mãe, estuprador sim. Sabe-se lá de quantas outras garotas ele ja se aproveitou e por conta de ele ser quem é, elas não botaram a boca no trombone.
nao gostei dos dois pesos, duas medidas. Se nao fosse o Polanski, o diretor de que vc gosta tanto, duvido que vc trataria a historia com este tom, Lola. Principalmente se levar em conta o depoimento da menina, que tem no site smoking gun e o marcelo rubens paiva traduziu. No depoimento, ela deixa bem claro que disse nao varias vezes e que, se nao resistiu mais, eh pq tinha medo do Polanski -- e que garota de 13 anos nao teria medo de um homem de 40? Se a mulher diz nao e o cara continua, eh estupro. Pronto. Nao sei de onde vc tirou que houve consentimento. Soh se for desse documentario, que no minimo deve ter sido produzido por gente da panelinha cinematografica do Polanski.
ResponderExcluirSe o depoimento da menina deixa claro que ela disse nao, a discussao eh sobre estupro e nao sobre statutory rape. Ponto.
Olá, Lola.
ResponderExcluirTambém me decepcionei muito com seu post, e até mesmo com a sua justificativa pelo tom brando do texto. Não acho legal usar dois pesos e duas medidas, não nesse caso: ele não é seu filho, sua mãe, seu marido ou alguém que você ame.
Enfim. Tem uma coisa que preciso dizer.
Não estou informada sobre a legislação americana, mas aqui no brasil (e pelo que eu sei em boa parte do mundo ocidental), fazer sexo com menores é crime. E o crime é estupro.
Antes, era menores de 16 anos, agora, menores de 14. Não importa se foi consentido ou não, se a garota deu em cima ou não, se ela era virgem ou não. Questões assim podem ser atenuantes (se alguém se utiliza da violência física para obrigar alguém a transar, a pena é maior).
Aqui, pelo menos, não tem essa de 'praticar sexo com menor'. É estupro e ponto. E eu acho isso ótimo.
AH, e nada a ver o que falaram do caetano ter ficado com não sei quem quando ela tinha 13 anos.
ResponderExcluirQuando foi isso? Antes, aqui no brasil, isso não era crime, não. No maximo crime contra a honra da moça, porque dependendo da época, inumeras meninas casavam até bem antes dessa idade.
Essa história me lembrou outra, dessa semana mesmo, sobre a tal exposição em NY que expôs uma foto da Brooke Shields tomando banho de espuma (nua, claro) aos 10 anos, com maquiagem carregadíssima. A polêmica foi tanta que a galeria retirou a foto. Mas a discussão era exatamente essa: se a foto foi feita em 1983 (com outros padrões de pensamento) como julgá-la como se tivesse sido feita hoje?
ResponderExcluirO pensamento realmente mudou muito a respeito de crianças (ficou até um pouco exagerado, eu acho) e com isso vai ficando cada vez mais difícil determinar o que é e o que não é pedofilia. Criança nua é pedofilia? Mas e as propagandas de shampoo infantil dos anos 80, como ficam?
Tá virando caça às bruxas já - e é claro que o Polanski é o alvo perfeito hoje, mesmo o caso dele sendo dos anos 70 e um tanto confuso. Quem se importa? Vamos queimar todas!
Elisa, eu não vejo confusão nenhuma.
ResponderExcluirO cara usou de sua posição preveligiada p/ coagir a menina a ter sexo com ele.
Qual a grande dificuldade que algumas pessoas estão demonstrando p/ entender isso como estupro????
Não. Foi estupro. A vítima até hoje diz que foi estupro. Dizer "fez sexo com uma adolescente" é de muito mau gosto.
ResponderExcluirLeia isto aqui. É o depoimento da vítima perante o Grand Jury of the State of California. O DOCUMENTO COM A TRANSCRIÇÃO DO RELATO.
Depois me diga se dá para falar que foi consensual.
http://www.thesmokinggun.com/archive/polanskicover1.html
NÃO FOI. Por mais que vocês adorem o Polanski, é inegável que o cara estuprou a menina.
Oi Lola, um navegante de Portugal enviou matéria sua sobre o filme Do Começo ao Fim. Achei muito boa a crítica. Tanto que reproduzi no Portal. Caso vc tenha um tempinho para ir lá, aí está o endereço:
ResponderExcluirwww.mhariolincoln.jor.br
Se quiser enviar algumas crônicas, críticas ou textos, por favor, seja bem-vinda.
Um abraço,
Mhario Lincoln
editor-chefe
mhario@globo.com
Será que se a vítima fosse sua filha sua comoção seria tão ardente???
ResponderExcluirAqui hipocrisia é mato.
Independente de na época ser estupro ou não, o que passa na cabeça de um cara de 40 e poucos anos pra querer fazer sexo com uma menina de 13 anos?
ResponderExcluirSério, eu tenho problemas com esse tipo de coisa, essa condescendência. É igual se fosse o contrário, uma mulher madura com um menino. Que maturidade sexual tem um(a) adolescente de 13 anos? Pra mim é absurdo. Eu ouvi do meu abusador quando pequena o argumento de que nos tempos de Abraão era comum meninas de 13, 14 anos serem prometidas a homens de 70 anos ou mais, que ele usou pra justificar o fato de ser pedófilo, e pior ainda, pra abusar de nós, filhas dele.
Então eu não entendo como uma coisa dessas pode ser normal. Por mais que essa menina quisesse praticar sexo com ele (o que eu acho difícil, porque ela estava drogada), não deixa de ser, no mínimo, inescrupuloso da parte do Polanski a iniciativa, pra não dizer doentio.
Já ouvi de outro pedófilo também, que era meio próximo antes de eu descobrir sua preferência sexual por menores, e por menores, considere 11 anos, que era a idade de uma das meninas com quem ele ficou, quando tinha vinte e poucos anos), que ele gostava de "novinhas" porque era mais fácil de "doutrinar", diferente das mais velhas que já tinham pensamento próprio (e velha pra ele era 18, 19 anos, imagine). Hah, ele falava isso como se ele estivesse recrutando soldados! E só pra completar, esse nojento é extremamente misógino (diz que mulheres são burras e inferiores) e racista, sendo que ele é mestiço de negro com índio.
Tive o desprazer de conhecer pessoas como a que citei, que lembram muito a escrotice desse diretor, e por mais admirado que seja, não tenho nem adjetivos que expressem minha repulsa a ele.
O Jimmy Page do Led Zeppelin foi outra decepção. Pedófilo de marca maior.
Independente de na época ser estupro ou não, o que passa na cabeça de um cara de 40 e poucos anos pra querer fazer sexo com uma menina de 13 anos?
ResponderExcluirSério, eu tenho problemas com esse tipo de coisa, essa condescendência. É igual se fosse o contrário, uma mulher madura com um menino. Que maturidade sexual tem um(a) adolescente de 13 anos? Pra mim é absurdo. Eu ouvi do meu abusador quando pequena o argumento de que nos tempos de Abraão era comum meninas de 13, 14 anos serem prometidas a homens de 70 anos ou mais, que ele usou pra justificar o fato de ser pedófilo, e pior ainda, pra abusar de nós, filhas dele.
Então eu não entendo como uma coisa dessas pode ser normal. Por mais que essa menina quisesse praticar sexo com ele (o que eu acho difícil, porque ela estava drogada), não deixa de ser, no mínimo, inescrupuloso da parte do Polanski a iniciativa, pra não dizer doentio.
Já ouvi de outro pedófilo também, que era meio próximo antes de eu descobrir sua preferência sexual por menores, e por menores, considere 11 anos, que era a idade de uma das meninas com quem ele ficou, quando tinha vinte e poucos anos), que ele gostava de "novinhas" porque era mais fácil de "doutrinar", diferente das mais velhas que já tinham pensamento próprio (e velha pra ele era 18, 19 anos, imagine). Hah, ele falava isso como se ele estivesse recrutando soldados! E só pra completar, esse nojento é extremamente misógino (diz que mulheres são burras e inferiores) e racista, sendo que ele é mestiço de negro com índio.
Tive o desprazer de conhecer pessoas como a que citei, que lembram muito a escrotice desse diretor, e por mais admirado que seja, não tenho nem adjetivos que expressem minha repulsa a ele.
O Jimmy Page do Led Zeppelin foi outra decepção. Pedófilo de marca maior.