Saiu num blog da Época uma matéria que já rendeu mais de 2,500 comentários de leitores. Chama-se “Pais não revelam sexo de sua criança de dois anos e meio”, sobre um casal sueco que ainda não quer determinar o gênero de “Pop”, de dois anos e meio. Logo, a criança não é vestida apenas com roupas masculinas ou femininas, nem tratada como “ele” ou “ela”. A matéria é superficial, tem apenas três parágrafos, e não temos como saber maiores detalhes da rotina de Pop. Só sabemos que ele ou ela ainda não está na escola (o que, convenhamos, torna essa indefinição muito mais fácil). Mas, lendo um outro artigo (em inglês), descobri que Pop sabe se é menino ou menina. O que os pais fazem é não revelar aos outros o gênero de Pop. Pelo jeito, isso deve criar uma confusão maior na cabeça das pessoas que na de Pop. Mas o que mais me chamou a atenção foram os comentários na Época. Eu só li alguns, e todos eram unanimemente contra. Falavam de tirar a criança desses pais monstruosos. De proibir essa gente estranha de se reproduzir. Que isso é falta de Deus no coração (“isso”, aparentemente, não se refere a práticas de eugenia, mas de não criar uma criança como menino ou menina). Que essas aberrações só pode acontecer num país rico como a Suécia, onde as pessoas têm tempo de sobra, e o ócio, como se sabe, é a oficina do demônio. E que, pecado dos pecados, essa indefinição vai fazer a criança virar gay (ou lésbica). Quer dizer, estão confundindo tudo: sexo com gênero com orientação sexual.
A foto que ilustra a matéria... bom, ao invés de descrevê-la, vou colocá-la aqui. Uma mulher grávida segura um sapatinho de cada cor. Se o bebê nascer com pênis, terá um destino pré-determinado, uma vida de aventuras, riscos, esportes radicais, brigas... Se nascer com vagina, será coberta de rosa e moldada pra ser uma princesinha. Que só será feliz de verdade ao encontrar seu príncipe encantado (o problema, óbvio, é que príncipe encantado não existe. É só ver como os meninos são criados. Ser príncipe é coisa de boiola!). Enfim, o chocante é que os comentaristas da Época acreditam que essa divisão por castas é BOA pra sociedade!
O que esse casal sueco está fazendo me parece um pouco radical. Mas, ao mesmo tempo, o que a sociedade vem fazendo, em nome da “normalidade”, me parece mais radical ainda. Acho que estamos vivendo um novo backlash, uma nova onda conservadora. Isso de spa pra meninas de oito anos não me parece muito normal. Isso de entrar numa loja de brinquedos, por exemplo, e encontrar metade da loja azul, e a outra metade, rosa, não é normal. Tudo está dividido por gêneros hoje em dia. Até um jogo que serve para ambos os gêneros, como Scrabble (palavras cruzadas) e Banco Imobiliário, vem em versão rosa, e a palavra “fashion” escrita em cima.
Daí a Ruffles lançou o salgadinho dividido por gênero. Vocês devem ter visto, na Deborah e na Marjorie, que a Almap/BBDO (a mesma de mil e um comerciais machistas, que, talvez não por coincidência, é a agência onde a maior parte dos universitários de propaganda querem trabalhar, segundo uma pesquisa) tem um Ruffles pra meninos e um pra meninas. No comercial pra meninos, que a Deborah chamou muito bem de “para punheteiros”, aprendemos que garotos só pensam em mulheres. Não em mulheres como seres humanos com, ahn, rostos e cérebros, mas só em partes de corpo de mulheres (de onde deduzimos que a Almap decretou que meninos gays não comem salgadinhos). E aprendemos também que as meninas até pensam em homens (com rosto), mas que esse pensamento deve disputar espaço com outras coisas mais importantes, como sapatos, sapatos e mais sapatos. O engraçado é que as embalagens de cada produto não seguem necessariamente o que os comerciais dizem. Na de Ruffles para meninos (sabor costela, porque homem que é homem come carne, e mulher que é mulher come... saladinha), vemos uma bola, uma guitarra, mas neca de corpo feminino. Já a embalagem de Ruffles para meninas é rosa, lógico. Preciso dizer mais alguma coisa? Esse é um código mais forte e conhecido que quando os nazistas marcavam os homossexuais com triângulos rosa (e, sinceramente, eu nem sabia que meninas ainda podiam comer salgadinhos que engordam, sejam eles sabor cream cheese, saladinha ou costela).
Quando ouvi falar nessa história de salgadinhos por gênero, pensei que a Almap estivesse fazendo um tipo de competição interna pra ver quem na agência cria a pior campanha (prêmio: viagem a Cannes). Mas não. Agências de propaganda não criam nada. Elas apenas reproduzem tendências. Não existe a menor chance de algum gênio criativo da Almap ter acordado um dia e gritado “Eureka! Vamos lançar salgadinhos cor de rosa só pra meninas!”. Isso foi feito através de de montes de discussões em grupo e testes com o público-alvo. Ou seja, deve ter muito menino por aí se recusando a comer o mesmo Ruffles que sua irmãzinha come, porque isso o tornaria menos másculo. Faz tempo que passamos da fase de “menino brincar de boneca, nem pensar”. Agora chegamos a “menino repartir um pacotinho de Ruffles com uma menina, eca!”.
Eu fico atordoada com isso tudo. Sou jurássica, nasci em 1967, 42 anos atrás. Naqueles tempos não dava pra saber o sexo do bebê antes do parto. Reza a lenda que, assim que eu nasci, a enfermeira foi me apresentar ao meu pai. Ela disse: “Aqui está su capuccito de rosa” (foi em Buenos Aires; vamos supor que lá se falava portunhol. Acho que capuccito é botão). E o meu pai quis saber, no ato: “É menino ou menina?”. Há várias hipóteses. Pode ser que meu pai fosse um ET recém-chegado ao planeta Terra, ainda ignorante dos costumes terráqueos. Pode ser que meu pai estivesse tão emocionado com a minha beleza que ele fez essa pergunta esquisita. Ou pode ser que, quatro décadas atrás, rosa não era automaticamente associado a uma menina. Eu não sei. Só sei que, nos meus tempos, eu jogava futebol e disputava corrida de bicicleta. Brincava de boneca também, é verdade. Mas minhas bonecas tinham profissões, e nenhuma delas era modelo ou mãe em tempo integral. Se eu usava salto alto, maquiagem, pintava o cabelo, fazia chapinha? Tá brincando: numa menininha de oito anos? Era impensável não só pra mim, como pras minhas amigas também. Só vez por outra, quando a mamãe saía, a gente colocava aqueles sapatos e batom e fingia ser adulta. Mas a gente sabia muito bem que estava fingindo.
Hoje não tem mais fingimento. Tudo é real demais. Meninas são cor de rosa e meninos são azuis. Até nos salgadinhos que comem.
A foto que ilustra a matéria... bom, ao invés de descrevê-la, vou colocá-la aqui. Uma mulher grávida segura um sapatinho de cada cor. Se o bebê nascer com pênis, terá um destino pré-determinado, uma vida de aventuras, riscos, esportes radicais, brigas... Se nascer com vagina, será coberta de rosa e moldada pra ser uma princesinha. Que só será feliz de verdade ao encontrar seu príncipe encantado (o problema, óbvio, é que príncipe encantado não existe. É só ver como os meninos são criados. Ser príncipe é coisa de boiola!). Enfim, o chocante é que os comentaristas da Época acreditam que essa divisão por castas é BOA pra sociedade!
O que esse casal sueco está fazendo me parece um pouco radical. Mas, ao mesmo tempo, o que a sociedade vem fazendo, em nome da “normalidade”, me parece mais radical ainda. Acho que estamos vivendo um novo backlash, uma nova onda conservadora. Isso de spa pra meninas de oito anos não me parece muito normal. Isso de entrar numa loja de brinquedos, por exemplo, e encontrar metade da loja azul, e a outra metade, rosa, não é normal. Tudo está dividido por gêneros hoje em dia. Até um jogo que serve para ambos os gêneros, como Scrabble (palavras cruzadas) e Banco Imobiliário, vem em versão rosa, e a palavra “fashion” escrita em cima.
Daí a Ruffles lançou o salgadinho dividido por gênero. Vocês devem ter visto, na Deborah e na Marjorie, que a Almap/BBDO (a mesma de mil e um comerciais machistas, que, talvez não por coincidência, é a agência onde a maior parte dos universitários de propaganda querem trabalhar, segundo uma pesquisa) tem um Ruffles pra meninos e um pra meninas. No comercial pra meninos, que a Deborah chamou muito bem de “para punheteiros”, aprendemos que garotos só pensam em mulheres. Não em mulheres como seres humanos com, ahn, rostos e cérebros, mas só em partes de corpo de mulheres (de onde deduzimos que a Almap decretou que meninos gays não comem salgadinhos). E aprendemos também que as meninas até pensam em homens (com rosto), mas que esse pensamento deve disputar espaço com outras coisas mais importantes, como sapatos, sapatos e mais sapatos. O engraçado é que as embalagens de cada produto não seguem necessariamente o que os comerciais dizem. Na de Ruffles para meninos (sabor costela, porque homem que é homem come carne, e mulher que é mulher come... saladinha), vemos uma bola, uma guitarra, mas neca de corpo feminino. Já a embalagem de Ruffles para meninas é rosa, lógico. Preciso dizer mais alguma coisa? Esse é um código mais forte e conhecido que quando os nazistas marcavam os homossexuais com triângulos rosa (e, sinceramente, eu nem sabia que meninas ainda podiam comer salgadinhos que engordam, sejam eles sabor cream cheese, saladinha ou costela).
Quando ouvi falar nessa história de salgadinhos por gênero, pensei que a Almap estivesse fazendo um tipo de competição interna pra ver quem na agência cria a pior campanha (prêmio: viagem a Cannes). Mas não. Agências de propaganda não criam nada. Elas apenas reproduzem tendências. Não existe a menor chance de algum gênio criativo da Almap ter acordado um dia e gritado “Eureka! Vamos lançar salgadinhos cor de rosa só pra meninas!”. Isso foi feito através de de montes de discussões em grupo e testes com o público-alvo. Ou seja, deve ter muito menino por aí se recusando a comer o mesmo Ruffles que sua irmãzinha come, porque isso o tornaria menos másculo. Faz tempo que passamos da fase de “menino brincar de boneca, nem pensar”. Agora chegamos a “menino repartir um pacotinho de Ruffles com uma menina, eca!”.
Eu fico atordoada com isso tudo. Sou jurássica, nasci em 1967, 42 anos atrás. Naqueles tempos não dava pra saber o sexo do bebê antes do parto. Reza a lenda que, assim que eu nasci, a enfermeira foi me apresentar ao meu pai. Ela disse: “Aqui está su capuccito de rosa” (foi em Buenos Aires; vamos supor que lá se falava portunhol. Acho que capuccito é botão). E o meu pai quis saber, no ato: “É menino ou menina?”. Há várias hipóteses. Pode ser que meu pai fosse um ET recém-chegado ao planeta Terra, ainda ignorante dos costumes terráqueos. Pode ser que meu pai estivesse tão emocionado com a minha beleza que ele fez essa pergunta esquisita. Ou pode ser que, quatro décadas atrás, rosa não era automaticamente associado a uma menina. Eu não sei. Só sei que, nos meus tempos, eu jogava futebol e disputava corrida de bicicleta. Brincava de boneca também, é verdade. Mas minhas bonecas tinham profissões, e nenhuma delas era modelo ou mãe em tempo integral. Se eu usava salto alto, maquiagem, pintava o cabelo, fazia chapinha? Tá brincando: numa menininha de oito anos? Era impensável não só pra mim, como pras minhas amigas também. Só vez por outra, quando a mamãe saía, a gente colocava aqueles sapatos e batom e fingia ser adulta. Mas a gente sabia muito bem que estava fingindo.
Hoje não tem mais fingimento. Tudo é real demais. Meninas são cor de rosa e meninos são azuis. Até nos salgadinhos que comem.
Lola
ResponderExcluirMuito interessante este seu post...
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Nao sei se vc ja percebeu isso, mas eu acho que as mulheres na academia sempre precisam se "masculinizar" pra serem respeitadas... vc percebe isso tambem eu to viajando?
Eu penso por exemplo na Hannah Arendt, na Simone de Beauvoir, e até num exemplo recente e proximo, a Marilena Chauí. Me parece que neste meio, pra se fazer ouvir, pra ser levado a sério, as mulheres meio que se transformam em homens para serem respeitadas... nao sei, mas eu tenho essa impressao bem forte na academia.
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k
Essa onde de conservadorismo sempre existiu. Nunca vi homem brincar de boneca. As vezes eu bricnava com as bonecas da minha prima (escondido, é claro). Eu adorova!
ResponderExcluirMas andava de patins, bicicleta, jogava video-game daqueles bem violentos!!! Duvido que algum pai iria comprar Barbie pro filho! Alem disso, Lola, vc está falando pro público errado. A direita ortodxa nao acessa seu blog. Vc nao está mudando o mundo. Seus textos nao atingem as pessoas erradas. Acontece que na minha opiniao semelhante atrai semelhante.
Lola, tô frustrada, náo dá pra abrir arquivo de som no trabalho mas vi um pouquinho de vc e o maridón ali embaixo e ri muito, vocês sáo umas graças e divertidíssimos. Mas náo tive tempo ainda de ver tudo! Bem, quanto ao rosa e azul, essas batatas da onda e tals, só posso ficar feliz de a Nina ter enjoado do rosa e agora dizer que sua cor favorita é o verde "da natureza". Ufa. Bjks.
ResponderExcluirBom, Lola, concordo plenamente com a sua análise sobre essa divisão totalmente despropositada e arcaica por gêneros, mas sobre o caso específico de Pop, definitivamente não acho certo a opção escolhida pelos pais. Acho que eles também estão confundindo sexo com gênero.
ResponderExcluirPop possui um sexo, independente da orientação de gênero que ela / ele vai ter. As pessoas nascem com determinado sexo, e acho essencial que isso seja devidamente reconhecido, e bem trabalhado. Até para que se possa entender e aceitar as múltiplas orientações de gênero. Que homens podem amar homens, mulheres podem amar mulheres, ou mulheres podem amar homens, sem que isso implique a não aceitação ou não reconhecimento do sexo que se tem.
Mesmo no caso dos transexuais, acho isso importante. Que a pessoa reconheça e aceite sua forma física, mesmo intencionando modificá-la.
Coloquem na RedeTV agora!!!
ResponderExcluirestao mostrando um aniversario de uma garota no salao de beleza!!
Ai acabou... foi rápido demais...
ResponderExcluirMas o pai de uma garota nao viu nada de errado. Ele era engenheiro. Mas so tinha menina branca na festa. E varias fizeram prancha, pintaram olhos, unhas, bocas. Tinha aqueles brinquedos de piscina de bolinhas...
Nao vi nada demais...
A impressão que dá é que o mundo é seprado em tons rosas e azuis e o pior é que as familias, nisso se inclui a mãe, fazem esta distinção tambem. E infelizmente não estamos livres dessas separações. O que aconteceu comigo, o que mais me chocou e até hoje não engoli, foi eu e uma amiga queriamos ir a um show em SP a mãe dela falou que ela não poderia ir por que ela era menina e isso era coisa de menino por ser "muito perigoso"...
ResponderExcluira gente foi ao show mas até hoje estou mal por essa frase.
eu fui criança nos anos 90 e meus pais nunca impediram que eu brincasse de carrinho com os vizinhos, ou que eles tivessem parte na casinha de bonecas. uma coisa que curti muito na minha educação foi esse respeito que meus pais tiveram a mim, como criança, me protegendo dessa agressão que é separar os gêneros em tudo. o caso de pop é mesmo radical, mas se as pessoas se preocupassem menos com o gênero e mais com a personalidade, o caráter, enfim, com valores, as crianças de hoje seriam mais felizes e mais preenchidas.
ResponderExcluirsegue um video da agencia lapis raro, que acho belissimo:
http://www.youtube.com/watch?v=mfpHh85uXaQ
eu não sou azul, nem cor de rosa.
Eu também sou contra essa divisão de gêneros, seja lá em que 'campo' ocorra. Cresci jogando futebol (ha, meu avô me deu um kichute de aniversário de 8 anos), nunca brinquei de boneca quando criança e não sou homossexual.
ResponderExcluirA Ciça já veio da escola com essa papo de que rosa é de menina e azul é de menino e na mesma hora... "ilustrei" mostrando minhas roupas azuis, uma camisa rosa do pai, enfim, tirando o foco dessa divisão, mas é complicado, viu?
Beijocas
Lola, esse caso do POp teria q ter mais informações mesmo.
ResponderExcluirSobre a onda do "conservadorismo", ainda não sei se temos esta onda, no sentido quantitativo, de bastante gente aderir. Vejo mais um acirramento de apostos, devido a alguns progressos. Tipo Maria Mariana, q p se opor ao pai, reafirma o "passado" sabe...
Teria q pensar aí o que é conservadorismo como definição.
Agora cor de rosa, azul é um saco mesmo. O problema nem é o cor de rosa né. É a imposição de tal padrão.
Curioso, o capitalismo tão avançado com aparentemente tantas escolhas. E o que vejo na rua são pessoas totalmente iguais vestidas.Gostos e assuntos tão parecidos escolhidos "livremente" né...
Sobre o q a Poshdrosofila disse. Mesmo no cotidiano, percebo q quando meu namorado abre a boca, as pessoas prestam MUITO mais atenção do q comigo, levam mais a sério o q ele fala. Já prestamos atenção nisso, mesmo quando estávamos falando a mesma coisa e opinião! A reação de respeito a opinião do homem é bem maior! E vejo q as pessoas nem percebem isso.Tipo quando abordam p perguntar algo é sempre p homem!
Nossa, misturei e ficou longo como sempre...(Ah , eu brincava de carrrinho quando criança viu, não gostava de boneca e nem tive problema mental por isso,,rsrs)
Bjo
Tenho nojo de salgadinhos. Todos têm gosto de papaelão.
ResponderExcluirQue campanha mais rídicula.
Fiquei revoltada lendo, pois meus pais sempre mostraram sua decepção por eu não ser a menina de lacinhos, submissa e doce.
Ouvi durante toda minha infância e adolescência todas as horríveis possibilidades de futuro que me esperavam, por eu não me enquadrar no estereótipo das meninas doces.
"Encalhar" é a maldição que mais ouvi. Se "mal-falada", idem.
Não conseguir emprego, outra.
Anos de terapia para ver que não existe certo e errado.
Tenho namorado lindo, que me ama, trabalho que amo, amigos de monte.
E continuo detestando o estereótipo do pode isso, não pode aquilo.
Lola, não sei se é impressão, mas parece que essa obsessão por delimitar os espaçoes em rosa e azul visa não apenas colocar a mulher no seu devido lugar, de serva obediente e manipulável, mas tbém de evitar que os machinhos virem gays.
ResponderExcluirParece que a homossexualidade é muito mais temida nos homens, pq homem gay perde seu poder de dar as cartas, perde seu caráter de predador de mulheres, que, coitadas, terão um a menos para transar, já que toda mulher precisa de sexo, mesmo a força.
Já as lésbicas, não tem tanto problema, afinal mulher não tem papel importante nenhum na sociedade.
É isso que penso qdo vejo essas tentativas de enfiar o papel de cada um na cabeça das crianças.
Dá nojo.
Faz uma semana que eu to com a música Backlash Blues, da Nina Simone, na cabeça...
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=SxX6pYrvGy4
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBelissimo esse teu post. Além do que todos já falaram ele me fez lembrar de uma situação que muito se vivencia nas organizações. A dificuldade de lidar com o diferente. Existe um vídeo da uma empresa que trabalha com vídeos corporativos chamado “a guerra do arco íris”. Trata-se de dois sociedades, a azul e a vermelha. Ambas com ojeriza a cor adversária. Utilizamos muito esse vídeo para conscientizar o povo de que não necessariamente o seu é o melhor e de que o outro tb tem coisas importantes a nos acrescentar. Mas sempre me fiz essa pergunta.. Será que precisaria disso se houvesse um pouco mais de respeito entre as pessoas? O mundo está tão segmentado, as crianças crescem com esse estigma social e quando tornam-se adultas, mudar esse cenário é uma tarefa muito penosa. Vivo o hoje pensando no meu amanhã e muito receosa com o que nos aguarda. Essas crianças irão se tornar adultos e como será???
ResponderExcluirAstrocat
ResponderExcluirMe dá até arrepio algumas músicas da Nina Simone. Ela canta a mulher como ninguém mesmo!
Lola,
ResponderExcluirlendo o excelente post da Marjorie sobre a batata da Onda, a única coisa que fiz (tô com cansaço do mundo nas últimas semanas) foi enviar reclamação lá no site do Conar.
Olha, depois que minhas irmãs tiveram filhos e logo após eu também tive um menino, não só enxerguei essa 'marcação das diferenças' por genero como sofro aqui em casa os reflexos disso aí..dessa nova onda.
Explico - eu moro no Midwest estadunidense. Apesar de ficar a pouco menos de 1 hora de Chicago, aqui tem conservadores até demais. Meu marido é farmer (fazendeiro, agricultor, agroboy...)e fizemos a festa de aniversário de 1 ano do nosso único nênê. O menino ganhou uma enxurrada de brinquedos, roupas e acessórios da John Deere (fabricante blaster,master,super gigante de maquinario agricola). Uma amiga lembrou que o menino também é brasileiro e deu, claro, um conjuntinho de soccer. Mas o resto foi uma inundação da marca de trator. Nem uma referênciazinha ao resto do mundo, a outras profissões, a escolha que o meu nênê vai fazer quando decidir pela profissão etc e tals. Por ter o pai na quarta geração de agricultores, os amigos já traçaram o destino do meu pimpolho. É falta de imaginação ou isso tem outro nome?
No outro extremo tenho 2 únicas sobrinhas e a enxurrada de rosa que elas recebem nos aniversários, por exemplo. Além da enxurrada vinda das propagandas etc. A marcação é tão grande sobre essas crianças que uma parente minha de 12 aninhos com seus olhos super maquiados e poses provocantes nas fotos de Orkut, foi flagrada naquilo que eu vou descrever como "perfeito para pedófilos" e doidos em geral da Net. Eu e outros familiares percebíamos que ela tava usando brincos, pulseiras enfim, toda a parafernália de adulto além de muita, muita maquiagem. Claro que ela não ia aos 12 anos brincar de bola ou de carrinho de rolimã jamais! Vai estragar o cabelo, suar, sujar a roupa e não vai ser o modelo de menina perpetuado pela mídia. Enfim, que mundo chato!
Lola, olha o que eu achei: http://www.youtube.com/watch?v=K6q20bcY57Y - ah, não consegui não achar fofo.
ResponderExcluirIsso de separar por genero vem de faz muito tempo... tanto que eu só comecei a usar rosa depois dos 15 anos... ainda assim tenho preconceito com a cor... meu irmão tinha azul, minha irmã tinha rosa e eu tinha amarelo, roxo, qq cor... ai se me desse alguma coisa rosa... era uma choradeira... hehe
ResponderExcluirMas eu nunca fui discriminada em familia...
O que o Asnalfa falou de que sempre houve conservadorismo é verdade... mas parece que nos anos anteriores as pessoas queriam parar com isso... e agora vem com uma onda muito mais forte... Minha cunhada (7 anos) praticamente só tem roupas rosas... ai outro dia ela me disse q a cor preferida dela é o azul!!!
Mas ninguem nunca perguntou isso pra ela... e obvio que ela usa tudo cor de rosa... ela não tem muitas opções... e quando tiver... já vai estar condicionada a isso...
Absurdo...
Fantástico, Lola! Há muito tempo que a blogosfera não me presenteava com algo tão lúcido, inteligente e gostoso de ler. Aliás, li o do Doritos também, parabéns duplo (andei comentando no meu blog também). Já favoritei seu blog e voltarei mais vezes.
ResponderExcluirAbraços
Daqui a 20 anos veremos mais um astro/estrela fazer sucesso com suas bizarrices (talvez um pouco de talento tb), cantando, dançando e cometendo atos suspeitos e jogando a culpa em seus pais: POP
ResponderExcluirrsrsrsrsrsrsrs
Esse mundo está perdido. E se alguém encontrá-lo jogará no lixo!
Abços
Má - Astrocat: adivinhem por que minha filha se chama Nina... ;)
ResponderExcluirSobre esse caso do Pop, comentei em outro blog que me parece o seguinte: os pais querem trancar a criança no alto de uma torre para protegê-la dos males do mundo, mas na boa intenção acabam trazendo vários outros males a ela. Um crescimento bem esquisito, com esse negócio de esconder dos outros o gênero do filho(a). Não acho que isso vai muito longe, e será que vai adiantar? Vai compensar? A criança vai crescer saudável psicologicamente? Não acho que é um caminho certo. Bastava educar bem a criança para não se prender a gêneros (coisa de menino, coisa de menina), pq a cabeça dos outros é bem mais difícil mudar.
ResponderExcluirSobre esses comerciais do Ruffles, bom.. eu gosto de Ruffles, embora não seja comprador de salgadinho. Só que agora a campanha "oficializou" isso: eu não sou consumidor de Ruffles. A campanha restringiu seu público: punheteiros abobalhados e patricinhas fúteis. Pq se as pessoas que comprarem Ruffles forem só as que acharem graça e gostarem dessa campanha, então restringiu mesmo, não?
Essa divisão é tão descabida.
ResponderExcluirOutro dia fui comprar presente pra minha sobrinha de 2 anos, achei um tênis muito fofo, verde com marrom, e resolvi comprar, a vendedora me perguntou qtos anos ele tinha, eu disse que era menina, ela me olhou quase horrorizada e disse que aquele tênis era para meninos...
Eu nunca gostei de rosa e babados e uma vez me disseram que eu ia contra minha natureza por isso.
Não sabia que a natureza determinou que meninas são rosas e meninos azuis.
Em algum momento da década de 90 parecia que as coisas iam decididamente mudar: homens e mulheres viveriam em igualdade, casamento seria o mesmo que encontro de duas pessoas vivendo juntos, religião seria uma escolha pessoal, os fundamentalismos estavam fadados a morrer. Só faltava os homens começarem a usar saias ( o que quase aconteceu...) e o estado abolir de vez a diferenciação entre casais casados e casais que viviam juntos (o que quase aconteceu também, só não foi completo porque ainda especifica que tem que ser homem com mulher...)
ResponderExcluirDai, eis que quando o século XXI começa, alguém liga o botão do retrocesso.
meninos no azul, meninas no rosa; meninos aventureiros, meninas a espera do principe; homens podem desejar lolitas (não a lola, que essa já tem o maridon) mulheres são ridículas pagando para namorar lolitos; mulheres com carreiras brilhantes largando tudo para serem donas de casa, homens achando que isso é muito bom...
sei lá, me alonguei. O que queria dizer é que estou preocupada. tenho um filho de onze anos, queria que ele fosse livre mas to achando cada vez mais difícil. Vejo ele reproduzindo esses modelos de enquadramento e não sei como mostrar que não precisa ser assim, já que todo mundo em volta parece que pensa assim.
Só o que posso fazer é conversar muito com ele e mostrar que eu não concordo com nada disso e sou feliz. Então, mostro para ele que existe alternativa ao modelão imposto...é só querer...mas, tá difícil!
é isso.
Lembrei de um amigo, que queria ser ator e aprender a tocar piano, mas o pai não deixou pq era "coisa de viado", hoje esse amigo não tocxa piano nem é ator, mas é homo assumidíssimo, inclusive com relacionamento estável...:D
ResponderExcluirQuando estávamos grávidos, optamos por fazer o enxoval verde, aí veio um médico dizendo que era uma menina, choveu presentes de vestidos e coisas cor de rosa, aí 10 dias antes de nascer, descobrimos que era nosso filho, Danton, o nosso enxoval estava pronto, mas os parentes e amigos tiveram que trocar os presentes :)))
Asnalfa, quando criança eu brincava com as bonecas de minha irmã e minhas primas...
Ai Lola, toda vez que leio seus otimos post perco um pouco de fé na humanidade... Juro que pensava que as coisas estavam evoluindo, sabe? Talvez porque no meu circulo de amigos seja diferente, eu tonta estava achando que era tendência mundial.
ResponderExcluirAchei genial essa idéia de não contar o sexo do bebê! Pelo menos faz as pessoas pensarem no assunto e com certeza algumas pensaram profundamente o suficiente para questionar alguns valores.
Oi Lola, dei uma procurada nos jornais suecos e achei uma matéria de março no Svenska Dagbladet (o jornal meio direitoso daqui) sobre essa família. Os pais são bem novos, 24 anos e tiveram @ bebe com 21, mas me pareceram bem seguros da maneira como estão educando a criança. Eles falaram que antes de Pop nascer eles enviaram uma carta para a família explicando sobre a decisão e dizem que para eles isso não é um big deal porque muitos amigos próximos da família que cuidaram e ajudaram a trocar fraldas, dar banho sabem do sexo da criança. A mãe disse que as pessoas ficam mais surpresas e tendem a criticar o fato de Pop não ir a escola - porque os pais trabalham meio turno para poder ficar mais tempo com Pop - do que pelo fato de os país não quererem revelar o sexo. Os pais disseram que não querem que a criança tenha escrito na testa uma marca azul ou rosa.
ResponderExcluirApesar de eu achar a atitude deles um pouco radical, pois acho que ser mulher ou homen é uma parte da nossa identidade, eu entendo a atitude deles. Aqui na Suécia há uns meses foi publicado um livro sobre como dar às crianças uma educação mais neutra e uma dos conselhos das autoras é não usar ele ou ela para crianças e sim chama-las simplesmente de crianças.
Eu acho que a atenção que essa família está tendo e o fato de que muita gente estar objetificando a criança pode ser muito pior para ela do que o que os pais estão fazendo.
Ah, eu não achei a atitude dos pais radicais, eu acho que será muito mais saudável para esta criança do que ser tratada pelos outros de acordo com seu gênero.
ResponderExcluirE acho que vai dar oportunidade às pessoas que falarem com ele/ela de pensarem bem antes de agir.
Oi Lola. Leio seu blog já há algum tempo, mas este é meu primeiro comentário. Moro na Suécia, e só esclarecendo esse caso de Pop... Bom, a matéria que saiu na Época foi completamente superficial e feita pra gerar polêmica, ao contrário da entrevista que saiu no jornal sueco, que foi muito interessante. A crianca sabe muito bem o que tem entre as pernas, e parentes e amigos mais próximos tb. O que os pais não querem é rotular a crianca como menino ou menina, pra evitar que seja tratada de maneira diferente com base apenas no gênero dela, só isso. Que essa crianca tenha liberdade de descobrir quem é e do que gosta sem a imposicão de estereótipos de que isso é de menino, aquilo é de menina. Ah, e essa história não gerou polêmica nenhuma aqui que eu saiba.
ResponderExcluirPessoalmente penso que é uma atitude um tanto radical, mas o ideal seria que não fosse necessário, que todas as criancas fossem tratadas igualmente independente do que têm entre as pernas.
Nessa questão de igualdade de gênero vejo que a sociedade sueca está anos-luz na frente da brasileira (que só parece andar pra trás), apesar de ainda ter muito chão a percorrer.
Ah, e essas propagandas ridículas de salgadinhos não ficariam no ar aqui por muito tempo não. Aliás, duvido que alguém seria capaz sequer de concebê-las.
fiquei chocada com essa propaganda e já comentei dele em outros blogs. e nisso apenas um questionamento roda minha cabeça:
ResponderExcluirserá que os pais do pop estão tão errados assim mesmo?
Arrasou no artigo. Twittei pra minha lista. Vou escrever sobre o tema na segunda feira e linko nesse seu. Beijo grande.
ResponderExcluirDaí escrevem coisas como a deste link e não percebem a discriminação de gênero: http://colunistas.ig.com.br/curioso/2009/07/07/a-stripper-que-se-formou-em-harvard/
ResponderExcluirSó um trecho: "A cena insinuante e os diálogos picantes (...) podem fazer qualquer um pensar que Natalie é mais uma daquelas atrizes que primam só pela beleza. Não é bem assim. Hollywood tem uma safra grande de atrizes que fizeram universidade e que são defendem causas sociais bastante sérias." E segue com outras atrizes em fotos grandes, algumas sensuais, e suas formações, como se a beleza das mulheres fosse necessariamente acompanhada de futilidade, salvo honrosas exceções hollywoodianas. Que canseira disso tudo.
Adorei!
ResponderExcluirMe fez lembrar de uma cena do filme, ainda não lançado no Brasil, Sinédoque Nova Yorque, quando o pai explica pra filha de uns 8 anos, que encanador é o homem que conserta os canos de uma casa, e a mãe corrige, homem ou mulher que consertam os canos... Antes desta cena viví alheio a muitas formas claramente machistas de se educar uma criança, talves este casal esteja seguindo em uma direção melhor, mas a vida em sociedade é feita de muitos moldes, ou a gente se encaixa ou caímos fora, talvez a sociedade não esteja pronta pra uma criança criada assim... ridículo, eu sei, a sociedade nunca vai mudar se esse movimento não começar em algum lugar, mas me preocupo com que esta criança sofrerá mais tarde quando for forçada a se encaixar em um papel em que ela veja muito pouco de sí.
ResponderExcluirPoxa Lola, soube que você fez comentários em vídeo sobre um filme. Não tem legenda? Queria que alguém "traduzisse" para mim...
ResponderExcluirSobre o post em questão, como eu tinha um irmão eu brincava muito de carrinho, essas brincadeiras mais "masculinas". Mas tinha minhas barbies também e geralmente os meus Kens eram gays. Achava muito chato a Barbie ter que ter um namorado, era o básico qd brincava com as meninas.
Concordo com aiaiai.
ResponderExcluirOs anos 90 pareciam acenar p/ um futuro mais leve, com mais liberalismo e menos intolerância.
Mais bastou chegar o novo milênio e tudo regrediu. A ideia do politicamento correto passou a ser combatida como se fosse pior que o proprio preconceito.
Houve uma guinada conservadora na religão, politica, nos costumes. As pessoas e as intituições se sentem mais livres para divulgar suas ideias racistas, homofobicas, etc.
Tem mulher lutando p/ voltar p/casa e só ser mãe, homosexuais criticam as paradas gays, existe todo um esforço de erotização das crianças, principalmente meninas, mas ao mesmo tempo há toda uma repressão e tentativa de "normatização" da sexualidade,uma interferencia das religiões nas politicas publicas...
Oq raios aconteceu? foi só o 11 de setembro? ou houve algo mais que deixamos passar?
Só sei as coisas não parecem melhorar.
Falta de enxada e vassouras de limpeza dá nisso: vamos esconder o sexo e não revelar o gênero de nosso(a) filho(a).
ResponderExcluirVocê não precisa decorar o quarto do seu filho em tons de azul e nem enfeitar os cabelos de sua filha com lacinhos cor-de-rosa. Porém, o mínimo que os pais devem aos filhos é um pouco de respeito pela individualidade deles e tratarem eles como seres humanos e não como objeto de estudo sociológico.
Porque, para mim, é isso o que eles estão fazendo.
Sorry.
Eu já tinha notado essa tendência logo quando os brindes do Mc Donalds foram separados em meninos e meninas... Também já tinha parado pra pensar na nova onda conservadora, vc parece que lê pensamentos, Lola! A maioria dos publucitários é machista, outro dia meu professor de Web, que é formado em publicidade, deu uma aula de criação e nos mostrou uma palestra que ele assistiu com vários exemplos machistas, e a turma caiu na gargalhada... Pode até ser que a nova propaganda da Ruffles seja fruto de uma tendência de mercado, mas a maioria dos publicitários se acha genial, e não duvido nada que um desses caras tenha acordado e pensado: -Ei, se tem shampoo, desodorante e Cepacol pra adolescentes (mesmo sem nenhuma difirença pros produtos comuns) porque não fazemos uma batata só pra meninos e outra pra meninas? depois a gentes faz uma só pra crianças!
ResponderExcluirPor isso que pentelho minha amiga que faz publicidade, pra ver se ela faz a diferença nessa área...
Eu já tive que ouvir explicações "científicas" que explicavam que naturalmente os homens sentem aversão à cor rosa. Tive que me esforçar para não gargalhar na frente de quem estava me dizendo que seus filhos homens quando pequenos sentiam ânsia de vômito quando chegavam perto de algo cor-de-rosa.
ResponderExcluirEu tentei dizer que não existia isso de cor por gênero e ganhei um olhar de "tadinha, um dia ela aprende".
O que me dói é ver pessoas da minha geração (teoricamente mais modernas que a de nossos pais, criadas com educação em abundância) emprincesando (existe isso?) suas filhas e criando meninos que não podem sentir nem se envolver, pois precisam ser machos...
ResponderExcluirSou mulher e motociclista, e não aguento mais ver mulher que sobe numa moto pra pilotá-la (coisa que teoricamente foge da mulher padrão, gasolina, que deveria querer estar na carona de um cara com um carrão), e aí vejo elas pintando tudo de rosa e achando o máximo serem chamadas de Penélope Charmosa.
Nada contra a penélope, tadinha. Nem contra rosa. Mas é que neste processo, conheço pelo menos 10 penélopes charmosas motociclistas. E não conheço tantas mulheres motociclistas assim! Me parecem todas iguais...
"Ando de moto mas sou feminina". Qual o oposto? Ser grotesca?
Será que a primeira montadora que lançar uma moto "fofinha", toda rosa e cintilante, vai estourar nas vendas entre mulheres?
Não concordo com essa história de esconder o sexo da criança. Homem é homem, menino é menino e menina é menina... Tá todo mundo exagerando!!! estão indo contra o natural. Ou homem não é homem, mulher não é mulher?
ResponderExcluirPaz no trânsito!!! Viva o que é certo!!!
Não gostei do comentário associando a onda conservadora a mulher deixar o trabalho pra ficar com os filhos. Na boa? Essa decisão, por si só, não tem nada de machista, pessoal. A mulher não tem que trabalhar, tipo, obrigatoriamente. Ela tem que ser livre pra ter uma carreira se ela azzim quiser. Se a grana der, eu bem que vou querer ficar em casa uns bons tempos lambendo a cria, quando tiver uma. Lógico, sem ser sexista: o homem também pode. É acordo do casal, só isso.
ResponderExcluirQuanto ao caso de Pop, acho que os pais estariam fazendo um imenso fazer à sociedade e às gerações vindouras se simplesmente comprassem briga com quem dissesse que a criança deve se portar assim ou assado por conta do que tem no meio das pernas. Simples assim.
Fui au pair na França e cuidei de uma menina de 6 anos. No Natal, ela pediu pra mãe uma fantasia de proncesa, mas chegando na loja, achou a do Rei Arthur mais bacana, porque tinha espada. A mãe comprou, numa boa. Ela também brincava de comidinha. Brincava de tudo que achava divertido. E a mãe nem era engajada em nada, só achava que a filha não era obrigada a se limitar. Simples assim.
Os brinquedos MacDonald's tambem sao para meninos e meninas.
ResponderExcluiradorei o post. qd eu era menina queria fazer judô e tocar acordeon, minha mãe disse que era 'coisa de guri'. me pôs no balé (arg) e eu ficava de propósito dando os passos errados na hora errada pro lado errado, até q a prof. chamou minha vó pra dizer q eu não tava curtindo. saí daquela tortura (quem merece dançar musiquinha do ursinho pimpão e usar meia-calça?), mas necas de judô ou acordeon...paciência. abç
ResponderExcluirEsse salgadinho é horrivel, passei mal o dia todo! credoooo
ResponderExcluirMeu comentário vai mais por uma reflexão após ler o comentário da "asnalfa".
ResponderExcluirNão acho q vc esteja falando pro público errado... oras... a questão aqui não é simplesmente chegar falar e a direita ortodoxa-conservadora-neonazista concordar... a questão, é sim, do fato de convivermos com essa diretia ortodoxa-conservadora-nazista... e é aí que temos q debater pra tentar mudar isso...
Aqui é nosso lugar d ganhar cada vez mais argumentos, já que eles só usam os mesmos...
As relaçoes de gênero... ooo coisa dificil d se trabalhar, inclusive minha monografia abordou um pouco sobre isso... esclarecendo, sou formanda em Educação Física e minha mono fala sobre os temas que perpassam as aulas de Ed Fis. Eu como adoooro temas polemicos queria q aparecesse temas como "sexualidade", "afetividade", "relações de genero" e "expressão" (sim em tese, esses temas tbm devem ser trabalhados pelos profs de Educação Física)
Os resultados foram obvios... os professores NAO SABEM TRABALHAR ISSO e por tabela os alunos nao se interessam por esses assuntos e pegam alguns maus exemplos. Me vi "verde" nos estágios, por exemplo dasmeninas nao qrerem fazer Ed Fís "pq sua" (de suar heheheeh)...
Queria deixar claro que nao prego nenhum estereotipo de corpo apesar do meu curso pregar isso quase como um mandamento e qm questiona isso seria uma espécie d pecador(sim sou herege no meu curso hehhhehehe e nao se enganem, sou atéia)
Voltando a experiencia do estágio... e um menino q usava rosa q os colegas zoavam... claro q em 18h de aula eu nao fiz nenhum milagre e ainda tinha q vencer os conteudos d maneira tecnicista... resumindo... no estagio pude ver o q me espera...
E por aí percebo que a culpa de tudo isso, não é dos pais (é tbm, mas vcs entenderam)... é dos professores... os professores que DEVERIAM ser pessoas cultas, não o são... tem curso superior e talz, mas para nisso (isso qd sabem o proprio conteudo)... os professores deveriam mudar um pouco isso...
Eu tive profs na facul que sao homofóbicos... inclusive na forma de ensinar como devemos "arrumar uma brincadeirinha"
"no círculo, coluna, fileira vcs sempre coloquem as crinças em menino-menina-menino-menina..."
como é q a gte faz se até na formação "somos" homofóbicos, nao sabemos trabalhar relaçoes de genero, afetividade, sexualidade e a própria expressao (acreditem poucos sao os profs q dao dança... é coisa pra viado e street dance é coisa pra menino ¬¬)
Enfim meu comentário vai ficar extenso d+...acabei misturando tudo... a indignação faz com q isso aconteça... embaralhe td, mas pra mim faz mto sentido o q coloquei... e até a ordem... desculpem-me mas se virem pra entender...
QUERO BATATAS DE MENINOOOO hauhauahuahau
mas queria elogiar horrores o post no fim das contas... é a partir disso q a gte vai melhorando.
há braços coletivos
Andreza, muito interessante seu comentário. Queria um guest post sobre isso, sobre essas suas experiências no estágio de Educação Física e sobre a sua mono. Tentei ir até seu blog e deixar um comentário, mas só dá pra fazer isso com Windows Live, que não tenho. Espero que vc leia este coment. e me responda. Ou me mande um email: lolaescreva@gmail.com
ResponderExcluirO tema é ainda mais interessante pra mim porque esta semana o maridão passou por um treinamento de Ed. Física e relatou coisas parecidas com essas que vc conta!
Acredito que, mais do que marcar a segmentação dos sexos, o que interessa para as empresas envolvidas é, simplesmente, VENDER mais. Claro que se utilizam do sexismo para isto, que é, assim, apenas um meio e não o fim em si. Objetivo não é reforçar os preconceitos, mas lançar mão deles para alcançar o fim real, que é aumentar o consumo.
ResponderExcluirSe uma família tem filhos de ambos os sexos, se sentirá pressionada a comprar dois saquinhos de Ruffles - um para a menina, outro para o menino.
Estratégia perversa, que acaba por tornar o meio em um fim muito questionável post que conservador.
Gostei do post, faz pensar. É minha primeira vez em seu blog, pretendo voltar.
Abraço
Graça
Que horror, agora até salgadinho tem distinção! E pombas, eu gostaria de comer o de costelinha com barbecue, porque eu curto comer carne, será que isso me faz mulher macho?! E eu não gosto de rosa, eu gosto de verde e de preto, e agora?! hahahahaha
ResponderExcluirCada idéia que esse povo tem, pelo amor de Deus viu... AFFE.
E o meu pai também é um ET, Lola! Que nem o seu! hahaha =)
O meu pai prefere ter filhas do que filhos... somos eu e minha irmã, e ele diz que prefere. (meu marido também, só fala em ter meninas)
O meu pai inclusive, jogava bola com a gente, empinava pipa, brincava de futebol de botão... subíamos juntos no morro da praia. Eu também brincava de bonecas, mas preferia fazer essas coisas com meu pai. Ele nunca distinguiu a gente, sempre incluiu em qualquer brincadeira, porque qualquer brincadeira é pra todo mundo... besteira ficar separando o que é de menina e o que é de menino. Humpt.
É assim que quero criar meus filhos e filhas, fazendo todas as coisas com eles. ;)
Ótimo post!
Maravilha, justo o que procurava sobre conservadora. Obrigada!
ResponderExcluirEstava procurando sobre conservadora. Obrigada
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