Como o post de ontem sobre as asneiras maria marianescas ficou longo demais, deixei pra falar dos comentários da matéria na Época aqui. Pra ser justa, devo admitir que a maior parte dos recados das leitoras(es) na revista diz que Maria Mariana está na contramão da história. Infelizmente, tá cheio de frases de leitoras dizendo “Não sou feminista, mas...” ou “Mas não sou feminista!”. Só muda a ordem, sabe? Também tem alguns assim:
“Essa moça sabe muito bem como lidar com valores, porque ela os tem. Fazia bastante tempo que eu não lia uma entrevista com uma pessoa tão equilibrada.”
“É uma benção ver uma mulher moderna, intelectual e famosa ter tantos bons valores. Principalmente sobre a função do homem de da mulher no casamento e preparar os filhos (criar indivíduos de valor), achei perfeito.”
“Por termos tomado o leme os homens se encostaram e os filhos crescem de qualquer forma, na maioria das vezes.”
“Obrigado por de certa forma mostrar ao mundo que assim como uma célula anômala pode causar um câncer, as famílias de mães ausentes e pais inseguros e sem rumo, estão gerando esta sociedade que vemos hoje de cidadãos inseguros e sem rumo, sem amor.”
“O que está faltando hoje pra sermos felizes de verdade é soltarmos o nosso lado 'Supermãe!'”
Não sei, eu não consigo visualizar a Maria Mariana e a palavra intelectual na mesma frase. Mas o que eu gosto de ver é como essas pessoas acham que só elas têm valores. Quem não pensa exatamente como elas não é que tenha valores diferentes, é só que não os tem. E essa nostalgia por tempos autoritários (aqui disfarçada pelo termo “com rumo”) me deixa meio desesperançosa. Mas pelo menos é a minoria. A maior parte dos comentários é de mulheres incomodadas com essas declarações ignorantes e que querem direitos iguais... mas que não são feministas! Porque ser feminista é meio parente do bicho papão, imagino.
Acontece que a maioria das pessoas acham q ser feminista é mulher sem feminilidade, entao a imprensa so mostra mulher feia, desarrumada, chata, que quer colocar o homem como dona-de-casa e mulher indenpendente, que trabalha. Fazer o quê, Lola... nunca vi um adulto mudar a mentalidade e passar a defender minorias.
ResponderExcluirLola, fui obrigada a comentar lá no site da matéria, se quiser da uma olhadinha.
ResponderExcluirAs mulheres em geral (e todo o contexto) nos impõe que ser mãe e amar o filho é algo muito, muito natural, mas nem sempre foi assim, e ainda existem mulheres que não se sentem confortáveis no papel de mãe e mesmo assim são obrigadas a cumprir seu papel na sociedade, perpetuando a espécie. Sobre esse lance de feminismo, caramba, pra que tanto medo assim de uma palavrinha, que pode ser substituida facilmente por liberdade, pois é isso que acredito que buscamos, liberdade pra ser o que quisermos, sem pressão, sem consciencia pesada. Beijo!
Leme é um engenho que não faz a menor questão de identificar o sexo da mão que o segura.
ResponderExcluirEm contrapartida só pegará nele quem não estiver "mareado", vomitando as tripas, e se mijando, quando a borrasca chegar de surpresa, à solapa, na noite tenebrosa.
Tem dia que o mar não está para almirante, e nem o céu é de brigadeiro...
M Mariana tá querendo fundar alguma igreja e pelo visto, se o fizer, vai ganhar uma grana legal.
Já vi esse filme mas nem toda nudez será castigada ehehehehehe
ME ENGANA... QUE EU GOXXXXXXTO!
Essas meninas e tambem as octogenárias que correm do vocábulo
"feminista" como o diabo da cruz, tambem tem outros imbróglios (de foro íntimo)a resolver.
Caramba! Essa galera exaure as energias da gente. Haja saco!
Bjs - Fátima/Laguna
LOla, não sei como é a realidade aí no centro-sul, já que faz um bom tempo que não frequento essas bandas, mas posso falar pelo nordeste, e sei que acho que a maioria das pessoas devem concordar com ela. A idéia geral é que homem e mulheres podem fazer algumas coisas, cada um tem seu objetivo traçado pela natureza e deve seguí-lo. Os que vão contra eles, são pessoas sem valores, moral ou bons costumes.
ResponderExcluirAcho que ela escreveu esse livro mais na tentativa de se justificar com o mundo pela escolha que fez em ser somente mãe e recolhedora de cuecas...
ResponderExcluirNo fundo, essas "memórias" que ela escreveu para os filhos, esse "diário de bordo macabro" vai ser um recurso útil somente pra ela e para aquelas que, como ela, estão vivendo (ou tentando viver) algo mais "natural" rs
Sem dúvidas que esse livro vai confortar muitas donas de casa e mães de plantão, infelizmente.
Só achei ela muito egoísta.
Porque não acredito que seja burra, acho apenas que ela tá preferindo não olhar para o fato de que o centro do mundo não é a mesinha de centro da sala (sem cuecas sujas) da casa dela.
Ela desmerece tudo o que as mulheres produziram durante todos esses anos (principalmente pós movimento feminista) apenas para se confortar na posição que escolheu para si.
Não acho errado gostar de ser mãe e dona de casa, mas o que ela está fazendo com esse livro é reunir o clube da luluzinha (não se esqueçam: só as recolhedoras de cuecas) para se sentir parte de algo, já que foi na contramão das infinitas possibilidades da mulher atualmente.
Triste... bem triste...
Olá, Lola!
ResponderExcluirDetestei a reportagem com a Maria Mariana. Extremamente preconceituosa. Mas eu raramente gosto de livros onde as pessoas contam como vivem e porque decidiram viver daquela maneira. Acho que só serve para acariciar o ego do autor e só é lido pela patota que pensa igualzinho e precisa de algum respaldo para se justificar.
Concordo com tudo que vc fala sobre feminismo, mas o rótulo me incomoda bastante. Meus pais eram bastante "feministas" para a época deles, então as duas filhas eram obrigadas a viver como meninos: não pode fazer balé, eu não pude fazer Letras (é curso para quem quer arrumar marido), minha irmã não pode fazer Pedagogia pelo mesmo motivo, e por aí vai. Acho que é por isso que tanta gente se incomode em ser rotulada como Feminista. O rótulo foi muito mal empregado.
Bjs,
Anália
A palavra feminismo incomoda pois muita gente "trabalhou" sobre ela no intuito de demoniza-la. E eles conseguiram! Um movimento politico que tem varias correntes etc e tals mas que as pessoas, mesmo as proprias mulheres nem refletem sobre o real significado da palavra. So' taca pedra e rotula de coisa de "machona" ...ja ouvi isso. Assim como ja ouvi que "do jeito que vc quer criar este menino (meu filho) ele vai acabar virando um viadinho". Viram? Nem precisa de muita trabalheira para demonizar uma palavra.
ResponderExcluirAi, Lola, isso me cansa tanto. Tava evitando falar no assunto, mas acabei me rendendo e passei horas matutando e digitando sobre a tal entrevista.
ResponderExcluirEssa Maria Mariana é uma gigolô da maternidade, primeiro se escondeu nela pra não enfrentar o mundo e agora está tentando ganhar uma graninha às custas da sua covardia.
Pior é ver o pessoal concordando e dizendo coisas como "isso é coisa de feminista".
Estou tão cansada disso.
Mas, por outro lado, as coxinhas de galinha do post anterior me deixaram aqui BABANDO!!!
Beijocas!
-Maria Mariana, quem é essa?
ResponderExcluir-A recolhedora de cuecas...
-Ah ta!
Otimas recordações que ela vai deixar pros filhos! Eles vão ficar super orgulhosos da mãezona!
Lola, foi bom vc ter dividido o assunto em duas partes, pra gente poder ir digerindo melhor.
Te convido a passar la no meu blog e dar sua opinião sobre o ultimo post, sobre feminismo.
sabe, eu fico lendo essas coisas e me pergunto como o conselho de medicina ainda não moveu um processo contra a dita. dizer q fazer compras demais dá depressão pós-parto???
ResponderExcluirmas tudo bem, né... a ana maria braga diz q depressão é falta do q fazer e o conselho de psico tb não fez nada... (ok, eu tb não fiz. mas jurei q da proxima vez vou denunciar. se vai resolver, já é outra história...)
É bom ver q esse tipo de declarações gera ao menos discussões sobre oq é ser "boa" mãe e o papel da mulher na sociedade. Já não é de hoje q vejo famosas dizerem coisas do tipo "mãe q faz cesária não é 'tão' mãe como quem faz parto normal". Ué, q eu saiba, várias crianças achadas na lata do lixo foram paridas pelo método "normal", nem por isso suas "mães" os amaram... E esse é só um exemplo.
ResponderExcluirAinda vem com essa de q mulher tem é q cuidar da casa... Realmente, só quem tem a vida ganha pra falar uma asneira dessas! Me dá nojo ver esse contra-movimento q muitas famosas vêm fazendo a favor de a mulher voltar a esquentar a barriga no fogão e esfriar a barriga no tanque. Se elas têm seu espaço pra falar esse monte de bobagens, é pq algum dia, alguma mulher fez por onde isso acontecer.
Ser feminista e feminina é possível, basta abrir um pouco a cabecinha e ver q padrões estão aí para serem quebrados.
Lola, se não me engano você já escreveu sobre o signifocado exato de da palavra feminista, não?
ResponderExcluirQual o link?
Antes de me aprofundar no assunto, eu também achava que para ser feminista era obrigatório ser radical, desleixada e outros chavões nos quais muitas pessoas acreditam.
Tem muitas mulheres que caham que uma feminista não pode aceitar gentilezas, como o homem abrir a porta do carro.
Meu gato é machista.Ele faz várias gentilezas, adoro ser tratada como princesa. Mas qdo ele vem com algum papo de que eu "deveria" (ah, o mundo cretino do dever-ser) ser mais submissa e boazinha, então discutimos.
Gentileza e feminismo andam juntos.
Hoje sei que ser feminista significa lutar por nosso direito de opção, de vivermos da forma como bem quisermos e de exigir respeito por nosso corpo e mente, com suas delicadeza e peculiaridades, respeitando as diferenças que fazem a graça do mundo.
Seria um mundo chato se todo mundo fosse igual.
E sobre o texto da Maria Mariana, o que mais me incomodou foi o jeito dela dizer que só a verdade em que ela acredita é a certa.
ResponderExcluirSe ela optou por ser só mãe e está feliz, é uma poção que deve ser respeitada.
mas ela desrespeitou todas as outras mulheres que não enxergam o casamento e a maternidade como uma opção.
Sobre o parto normal e a amamentação, sem comentários. Essa parte nem foi questão de desrespeito com a opção alheia, mas de ignorância mesmo, pura e simples.
beijos
acho q feminismo ainda está muito associado no inconsciente coletivo a lesbianismo, mulher que não quer casar e ter filhos, mulher que não é feminina, etc. posso estar errado, mas acho que é isso que as mulheres que nao sabem o que é, pensam que seja.
ResponderExcluirE eu continuo achando que quanto mais se falar dela, mais ela vai vender seu livrinho!
ResponderExcluirInfelizmente não é surpresa nenhuma as pessoas associarem o feminismo ao extremismo, agressividade. Coisas que só a educação resolve mesmo, seria ótimo que se estudasse esses movimentos melhor no ensino básico... pelo menos eu não tive grandes explicações sobre isso nas minhas aulas de história. E/Ou ter uma mídia mais responsável e menos tendenciosa, isso sim ajudaria horrores.
ResponderExcluirOkay... e o que seria ser "feminina"?
ResponderExcluirJustamente ser linda, delicada, doce, meiga, com "atributos femininos" - ou seja, uma paranóica com a beleza (afinal você precisa agradar o homem), frágil (mesmo quando apenas interpretando), passiva e submissa, sempre deixando o homem vencer e comandar, afinal eles têm o ego muito frágil, diação.
E o que é ser masculino? É ser MACHO! ...porra.
Frio, "lógico", dominante e dominador, peludo, infiel, preconceituoso e agressivo.
E ainda, as PRÓPRIAS feministas falam de mulheres "não femininas" como se fosse algo ruim! Me poupa, São Pedro! DX
"Sou feminista e feminina ao mesmo tempo!"
Ok... COMO? Não vejo como poderia ser...
I meant... feminilidade e masculinidade são conceitos sociais, não naturais or whatever. Qualquer pessoa que se enquadra totalmente em qualquer papel não está vivendo em sua escolha, e sim em sua prisão.
ResponderExcluirMulher de vestido longo e cabelos compridos (seu "véu"); homens de paletó e cabelos curtos (mostrando uma imagem mais "distinta", ou poderosa)... conceitos, não escolhas. Assim como os egípcios não escolhiam se vestir do jeito que se vestiam, vai por mim. Conceitos.
Eu já vou ainda mais além do feminismo-comum e apóio uma sociedade totalmente andrógina. Andrógina na mente, nas oportunidades e nos valores, todos. Assim, cada qual escolhe seu caminho, seu emprego, suas roupas, seus cabelos, seus sapatos, sua vida. Independentemente de gênero, raça, sexualidade, cor. Chega dessa baboseiras.
Não mais averá "patricinhas" ou "mulher-machos"; nem "parrudões" ou "efeminadozinhos". Averá apenas um único ser: o humano. Sem rótulos, limitações impostas em seu ato de expressão, ou qualquer outra coisa.
Obs: MM é bizarra. Fiquei até com pena.
E seu blog é muito bom! :D