Vamos ver se, colocando aqui crônicas antigas, de uns sete anos atrás, o maridão se inspira e volta a ter o bom humor que tinha antes. E nem faz tanto tempo assim. Fui procurar se já tinha publicado isto antes, e encontrei uma crônica bonitinha, que eu nem me lembrava, e que é só do ano passado. Esta que eu coloco aqui tem bem mais tempo.
As tiradas do maridão fizeram tanto sucesso – recebi dois emails! – que acho que terei de repetir a dose. Só me lembro delas porque as anoto imediatamente. Por falar em memória, uma coisa que o maridão definitivamente não tem, um dia ele bolou uma tática infalível pra recordar o nome de alguém. Eu sei, pois ouvi o raciocínio dele: "Nunca mais esqueço o nome do cara. Ele bebe muito e se chama Rafael. É só lembrar de San Rafael e pronto". Tudo bem, associações geralmente funcionam. Mas juro por tudo que é sagrado que, ao se encontrarem de novo, o maridão tascou um "E aí, Martini? Como vai?". O rapaz ficou sem entender nada, enquanto eu me escondia atrás de um poste e fingia que havia chegado sozinha no churrasco.
Às vezes ele entra em crise existencial e inicia diálogos bizarros.
Ele: "Eu queria ser de uma cor só, nem que fosse branco albino. Este dégradé de vermelho/rosa/branco não contribui em nada para a beleza do mundo. Acho que se a natureza pudesse, ela me jogaria dentro de um lago".
Eu, romântica e sensível como sempre: "Ah, amor, se a natureza fizesse isso contigo, eu te tiraria do fundo do lago e via se dava pra aproveitar alguma parte".
Ele: "A natureza tem planos pra você também".
Existem ocasiões em que o verme rastejante (uma expressão carinhosa) não se recorda do que fez no próprio dia. Por exemplo, domingo passado ele fez esta avaliação:
Ele: "Deixa eu ver... Hoje deixei você ganhar no dominó, fiz hambúrguer pra você, deixei você usar o computador, e fiz carinhos e beijinhos sem ter fim".
Eu: "Opa! Essa parte eu perdi! Foi em mim?"
Ele: "É... Talvez não..."
Eu: "No gatinho? No cão?"
Ele: "Não... Acho que eu tava polindo madeira e pensei que fosse você".
Nessas horas, recomendo a técnica do Kabong. Eu explico. Pegue uma garrafa de plástico de um litro e meio e bata-a na cabecinha dura do seu homem. Se ela (a garrafa, não a cabeça) estiver vazia, fará um som como Kabong. Use também garrafas de meio litro para produzir um mini-Kabong.
Hahahaha! Lola, vc me mata de rir! Ou melhor, vc nao, o maridao! Beijos!
ResponderExcluirO CM é o meu herói! e você, Lolinha, é uma coadjuvante sofrível...
ResponderExcluirOlá Lola, cheguei até aqui pelo Santo Google.
ResponderExcluirEstou procurando textos inteligentes e bem humorados sobre a 'alma feminina' para um projeto de teatro e música e acabei dando de cara com este blog levissimo, criativo e inteligente.
Li bastante coisa, até lá na segunda página e gostei muito. Não achei exatamente o que queria, mas com certeza virei aqui mais vezes para 'lê-la'... rs
Bjs
Hahahahah! Lola, esse foi o melhor pra mim. Ri muito do (ou com) o Maridão! O Martini foi impagável..
ResponderExcluirO Maridão sabe q tem vários fãs aqui no seu blog?
Eu me declaro presidente-fundadora do F.C. Maridão.
ResponderExcluir*Comentei no posto do spock, digo, xadrez*
martini, s raphael, st remy... Vermouth é tudo a mesma coisa.
ResponderExcluirMas campari, só ele é assim, bitter (apesar de haver cinzano):))))
Eu confundi Ribeiro com Bomfim (em Olinda há dois logradoruros, Bonfim e Ribeira), isso enquanto uma mineira esquentava uns pães de queijo em Confins, quando eu gritei "BONFIM", a mineirinha respondeu: "uai, mas eu cabei de por!"...