Normalmente abomino filmes com reis e rainhas. Como não tenho o menor apreço pela monarquia, vejo esses troços como histórias chatas falando de gente inútil. Odiei Maria Antonieta (fiquei torcendo pra adiantarem a guilhotina), e mal consegui acabar de assistir As Loucuras do Rei George. Mas recentemente fiquei muito satisfeita com A Outra. E agora devo dizer que amei A Duquesa (já disponível em dvd; veja o trailer legendado). Tá, reis, rainhas, duques, duquesas - pra mim dá tudo na mesma. Tudo gente com poder e dinheiro demais esperando que o povo se revolte e os mande pro paredón.
Só que em Duquesa não tem revolução porque o filme começa na Inglaterra, em 1774, e lá de revolução só houve a Industrial, algumas décadas depois. A trama não se concentra muito nem na independência americana, declarada em 1776, e nem no que acontece na França. É uma história íntima, e - guess what? - totalmente feminista. Fala de uma época próxima àquela retratada brilhantemente pela Jane Austen (embora a Jane retratasse figuras menos nobres), em que a única aspiração que as mulheres podiam ter era casar com alguém bem de vida. Georgiana Spencer (Keira Knightley) vem de família rica, evidentemente, e aos 17 anos se casa com o Duque de Devonshire (Ralph Fiennes). O duque é provavelmente o cara mais chato que já pisou na Terra. Mesmo com a turbulência do período, ele não tem nenhum interesse em política ou arte e prefere cães a pessoas. Em sua lua de mel, ele, impaciente com todos os botões do vestido de sua esposa, faz uma pergunta retórica: por que as roupas femininas são assim tão elaboradas? Ela responde: porque vocês, homens, têm vários meios de se expressar, mas a gente precisa se expressar através de chapéus. Sounds familiar? Mais tarde, o amante de Georgiana, futuro primeiro ministro (Dominic Cooper, o noivo jovem de Mamma Mia), diz a ela que ela tenta demais agradar as pessoas, e deveria parar com isso. Ela rebate que é muito difícil deixar de fazer algo que foi criada pra fazer. Rebobinando: sounds familiar?
Sua vida marital é lamentável. Seu marido, o duque, tem montes de casos, e só quer dela um herdeiro homem. Há uma cena em que ele a estupra, e toda a mansão (incluindo as filhas) ouve os gritos de Georgiana. Ela tem um pouco de dificuldade pra entender por que ele pode ter várias amantes, e ela não pode ter nenhunzinho. Numa festa, ela conhece Lady Bess (Hayley Atwell, de O Sonho de Cassandra), que vira sua melhor amiga. Como Bess está sem lugar pra morar, pois seu marido a expulsou de casa e a proibiu de ver seus filhos, a duquesa a convida pra morar com eles. É Bess que lhe ensina que pode haver prazer no sexo, que sexo não é só pra reprodução (ao contrário do que a mãe de Georgiana, feita por uma ótima Charlotte Rampling, havia lhe dito). Mas Bess e o duque passam a ter um caso, o que enfurece Georgiana. Na vida real, os três moraram juntos, sob o mesmo teto, durante 25 anos. O filme só mostra a primeira década da vida de casada da duquesa. E sabe qual é o tagline, o slogan promocional? “Havia três pessoas no seu casamento”. Isso é uma alusão à célebre queixa da Princesa Diana sobre seu matrimônio com Charles. Como todos esses aristocratas têm parentesco, preste atenção no sobrenome de Georgiana e de Diana, Spencer. Elas vêm da mesma família! (E a Sarah Ferguson, se é que alguém ainda se lembra da Fergie, vem da linhagem iniciada pela filha bastarda de Georgiana).
No entanto, apesar da rivalidade entre Georgiana e Bess, há muita cumplicidade entre elas. Bess afirma que está tendo um caso com o duque porque ele é influente e, assim, ela pode viver com os filhos que lhe foram tirados. Georgiana replica que há limites para os sacrifícios, e Beth lhe conta que não, não há. Logo Georgiana vai entender que Bess tem razão. Nenhuma das duas se ilude com o duque. Mas Ralph Fiennes está tão bem que consegue trazer nuances ao personagem (compare com o péssimo Luís XVI do Jason Schwartzman em Antonieta). Tem uma hora em que Ralph até o humaniza ao declarar que ama Georgiana - na concepção do que é amor pra ele.
Em A Duquesa, Keira tem o melhor desempenho de sua carreira até agora (é uma menina, só tem 23 anos). Está convincente como uma jovem que é boa mãe, forte e ingênua ao mesmo tempo, e como alguém que crê no amor romântico. Das atrizes novinhas, Keira é a mais adequada pra fazer filme de época (Orgulho e Preconceito, Desejo e Reparação, Piratas do Caribe). Apesar da magreza extrema, incomum em outras eras, ela passa bem por mulheres de séculos antigos. Bem diferente da Kirsten Dunst, que soa como uma mocinha do século 21 que entra numa máquina do tempo e vai parar na Revolução Francesa (se bem que a Kirsten criança é a melhor coisa de Entrevista com o Vampiro). Maria Antonieta está tão preocupado com as aparências que podia ser um fime mudo. A rainha é popular pelo seu estilo fashion, e pronto. Já A Duquesa expõe uma celebridade que não ficou conhecida apenas pelas suas perucas e vestidos, mas principalmente pelo seu carisma, e até pelo seu discurso. Um século antes da primeira campanha pelo voto feminino, ela já achava estranho que só os homens pudessem escolher seus representantes. Se eu usasse chapéu, até tiraria o meu pra ela.
Só que em Duquesa não tem revolução porque o filme começa na Inglaterra, em 1774, e lá de revolução só houve a Industrial, algumas décadas depois. A trama não se concentra muito nem na independência americana, declarada em 1776, e nem no que acontece na França. É uma história íntima, e - guess what? - totalmente feminista. Fala de uma época próxima àquela retratada brilhantemente pela Jane Austen (embora a Jane retratasse figuras menos nobres), em que a única aspiração que as mulheres podiam ter era casar com alguém bem de vida. Georgiana Spencer (Keira Knightley) vem de família rica, evidentemente, e aos 17 anos se casa com o Duque de Devonshire (Ralph Fiennes). O duque é provavelmente o cara mais chato que já pisou na Terra. Mesmo com a turbulência do período, ele não tem nenhum interesse em política ou arte e prefere cães a pessoas. Em sua lua de mel, ele, impaciente com todos os botões do vestido de sua esposa, faz uma pergunta retórica: por que as roupas femininas são assim tão elaboradas? Ela responde: porque vocês, homens, têm vários meios de se expressar, mas a gente precisa se expressar através de chapéus. Sounds familiar? Mais tarde, o amante de Georgiana, futuro primeiro ministro (Dominic Cooper, o noivo jovem de Mamma Mia), diz a ela que ela tenta demais agradar as pessoas, e deveria parar com isso. Ela rebate que é muito difícil deixar de fazer algo que foi criada pra fazer. Rebobinando: sounds familiar?
Sua vida marital é lamentável. Seu marido, o duque, tem montes de casos, e só quer dela um herdeiro homem. Há uma cena em que ele a estupra, e toda a mansão (incluindo as filhas) ouve os gritos de Georgiana. Ela tem um pouco de dificuldade pra entender por que ele pode ter várias amantes, e ela não pode ter nenhunzinho. Numa festa, ela conhece Lady Bess (Hayley Atwell, de O Sonho de Cassandra), que vira sua melhor amiga. Como Bess está sem lugar pra morar, pois seu marido a expulsou de casa e a proibiu de ver seus filhos, a duquesa a convida pra morar com eles. É Bess que lhe ensina que pode haver prazer no sexo, que sexo não é só pra reprodução (ao contrário do que a mãe de Georgiana, feita por uma ótima Charlotte Rampling, havia lhe dito). Mas Bess e o duque passam a ter um caso, o que enfurece Georgiana. Na vida real, os três moraram juntos, sob o mesmo teto, durante 25 anos. O filme só mostra a primeira década da vida de casada da duquesa. E sabe qual é o tagline, o slogan promocional? “Havia três pessoas no seu casamento”. Isso é uma alusão à célebre queixa da Princesa Diana sobre seu matrimônio com Charles. Como todos esses aristocratas têm parentesco, preste atenção no sobrenome de Georgiana e de Diana, Spencer. Elas vêm da mesma família! (E a Sarah Ferguson, se é que alguém ainda se lembra da Fergie, vem da linhagem iniciada pela filha bastarda de Georgiana).
No entanto, apesar da rivalidade entre Georgiana e Bess, há muita cumplicidade entre elas. Bess afirma que está tendo um caso com o duque porque ele é influente e, assim, ela pode viver com os filhos que lhe foram tirados. Georgiana replica que há limites para os sacrifícios, e Beth lhe conta que não, não há. Logo Georgiana vai entender que Bess tem razão. Nenhuma das duas se ilude com o duque. Mas Ralph Fiennes está tão bem que consegue trazer nuances ao personagem (compare com o péssimo Luís XVI do Jason Schwartzman em Antonieta). Tem uma hora em que Ralph até o humaniza ao declarar que ama Georgiana - na concepção do que é amor pra ele.
Em A Duquesa, Keira tem o melhor desempenho de sua carreira até agora (é uma menina, só tem 23 anos). Está convincente como uma jovem que é boa mãe, forte e ingênua ao mesmo tempo, e como alguém que crê no amor romântico. Das atrizes novinhas, Keira é a mais adequada pra fazer filme de época (Orgulho e Preconceito, Desejo e Reparação, Piratas do Caribe). Apesar da magreza extrema, incomum em outras eras, ela passa bem por mulheres de séculos antigos. Bem diferente da Kirsten Dunst, que soa como uma mocinha do século 21 que entra numa máquina do tempo e vai parar na Revolução Francesa (se bem que a Kirsten criança é a melhor coisa de Entrevista com o Vampiro). Maria Antonieta está tão preocupado com as aparências que podia ser um fime mudo. A rainha é popular pelo seu estilo fashion, e pronto. Já A Duquesa expõe uma celebridade que não ficou conhecida apenas pelas suas perucas e vestidos, mas principalmente pelo seu carisma, e até pelo seu discurso. Um século antes da primeira campanha pelo voto feminino, ela já achava estranho que só os homens pudessem escolher seus representantes. Se eu usasse chapéu, até tiraria o meu pra ela.
Primeiraaaaaaa!!!
ResponderExcluirEu adoro filmes de época, e confesso que pelo Ralph Fiennes, estava louca para assistir 'Duquesa'. Adorei sua crítica e já coloquei no topo de minha wish list da locadora!
Beijos
Sério, menina???? Eu vi o trailer e tinha julgado um tremendo abacaxi. Mas no geral adoro filmes e séries (The Tudors) com realeza e plebeus. Bjk.
ResponderExcluirEu detesto filmes de época... Só prefiro a épicos e filmes de guerra. Claroque há exceções, como COld Mountain, Soldado Ryan, Desejo e Reparação e Orgulho e Preconceito. Mas A Duquesa não me atraiu. E nem lendo seu entusiasmo com ele eu consegui me animar a ver...
ResponderExcluirNossa.... eu amei Maria Antonieta. Deve ser pq vc abomina moda, maquiagem, cabelereiro e vida social que vc detestou o filme....
ResponderExcluirGosto de filmes de época...com vestidons e perucons!
ResponderExcluirMe faz querer ter um jardim bem grande pra passear de sombrinha!
Mas o conceito de inútil vem do fato de a releza não trabalhar, nem produzir? Mas você não relativiza tanto o conceito de "utilidade do cerumano"? :)
ResponderExcluirEnfim, eu até gosto do filme. Mas não gosto da atuação da Keira em praticamente filme algum e acho que ela só "convence" como moça de época porque praticamente é só isso que ela é escalada pra fazer. Acho que ficou meio selado nas nossas cabeças vê-la de saiotão e esses chapéus ridículos. Não suporto a Kirsten, mas acho que ela tá OK em Antoinette (lógico que o filme em si é o problema, com aquelas idéias engraçadinhas da Sofia de botar all star no closet da rainha e geral pra dançar 80s rock num baile em Versailles... Tsc).
Sabia da relação da Georgina com a Diana, but wow, não sabia da relação da bastardinha com a Fergie! Pobre Sarah, definitivamente já começou MAL na fita da realeza britânica, haha.
adoro o Ralph e qualquer personagem que ele faça vale a pena o meu olhar,,,
ResponderExcluirvoce contou o filme todinho, so vou ver porque ja vi o trailler e adoro o ralph,,,,
adoro filmes da realeza,
ResponderExcluiradoro a MONARQUIA!
Lolla, já que vc não responde no seu blog, responda aqui, vai: vc não vai escrever mais no seu blog? Só colocar fotos? Ah, não faz assim! Fico com saudades!
ResponderExcluirBom, espero que o meu total desprezo pelos monarcas não esteja influenciado pela ideologia da produtividade. Acho que meu desgosto por reis e rainhas não vem só por eles serem "gente que não faz". É que acho o conceito todo de monarquia algo feudal, ultrapassado, inútil e anti-democrático. Isso de concentração de riqueza e de herdeiros do poder... Eca.
O meu problema com Maria Antonieta, o filme, é que tem muita substância e nenhum conteúdo. É um filme visualmente bonito mas que não diz nada sobre nada. E como que vc faz um filme sobre M. A. e concentra a Revolução Francesa num fotograma?
nao gosto muito de filmes de época, mas depois de ler a sua crítica me interessei... depois de assisir volto a comentar!
ResponderExcluirbjin
o mais legal na historia da Maria Antonieta eh que todos os responsaveis pela decapitação dela , tambem foram decapitados na mesma guilhotina que ate matou o inventor da guilhotina,
ResponderExcluirisso miostra como a vida da voltas em circulos e que com o principio chamdo
KARMA, não se brinca sem levar o mesmo troco!
Adorei o filme "A Duquesa" que vi ha um tempinho. Fiquei com vontade de rever.
ResponderExcluirDepois de assistir fui ler um pouco sobre a Duquesa e Duque de Devonshire e o amante dela que virou o segundo Earl Grey (que deu nome ao meu cha preferido). Essa ultima parte eh cultura inutil. :)
Mas a Duquesa foi uma mulher incrivel para sua epoca.
Adorei sua critica. Right on!
Fiquei morrendo de vontade de assistir!
ResponderExcluirBjs,
Anália
mto bom mesmo!!!
ResponderExcluirAh, mas é Sofia Coppola, vai. Cê queria mesmo ver cabeças rolando? A mulher é especializada em fazer filmes sobre o nada. E veio daquela turma de adolescentes riquinhas norte americanas onde a aparência triunfa fácil sobre a substância. Bem, nada contra, desde que ela se contente em ser idolizada por meninas como ela. Nesses círculos, filmes "bonitos" e "whimsycal" como Maria Antonieta são cultuadíssimos.
ResponderExcluirEu não vou mais escrever sobre a minha vida porque cansei da blogosfera, Lola. E as minhas opiniões gerais são bem dissonantes da maioria; em resumo, cansei de ser xingada. Tem horas que é melhor abrir um Merlot e comer uns bolinhos, life's too short. Se eu voltar com um blog private, te mando convite (se você quiser, naturalmente).
, Lola,
ResponderExcluirvoce ficou sabendo a historia de uma menina de 9 anos gravida de gemeos em Pernambuco? ela foi abusada (estprada uma palvra que não suporto)pelo padrasto de 23 anos que vive com a mãe dela de3 9 anos.a familia pediu a justioça permissão do aborto, ela ja no quarto mes, e a igreja estava sendo contra...
mas foi operada ontem, num hospital infantil do estado aonde uma amiga minha pediatra trabalha,,,
Keira Knightley nao dah. Ela parece o Cazuza na capa da Veja em 1989.
ResponderExcluirEncovada, horrorosa, para mim ela eh um poster pro-ana ambulante, alguem devia prender essa garota em casa ate ela ganhar uns quilos e ficar com cara de gente.
(ufa, desabafei!)
puxa, isso raramente acontece, mas discordo completamente da sua opinião. A Keira não me convenceu, e além disso me incomodou profundamente ver com detalhes os ossos de seu corpo (dos poucos pedaços à mostra). Achei o filme chato, lento demais, e com poucos momentos interessantes. Um deles foi o comentário da duquesa sobre o vestuário feminino.
ResponderExcluirNão a vejo como uma feminista, talvez uma mulher incomum para o seu tempo, que por ser bonita, carismática e "promotora de eventos" ficou mais famosa q o marido. De resto, é ver o Ralph Fiennes humilhando a esposa, ela sofrendo e tentando alguma libertação sem sucesso.
"...e lá de revolução só houve a Industrial..."
ResponderExcluirGloriosa.
Puritana.
Com muito sangue e requintes de crueldade de todos os lados. Bem mais emocionantes que a Industrial e fundamental para que a própria ocorresse. ;-P
Lolla, puxa, sou sua fã. Claro que se vc tiver um private blog vou querer ser convidada. Mas sei tb que não sou sua única fã (e nem tô falando da minha mãe). Eu não vejo ninguém te xingando. Vc deleta? Só vejo altos elogios a vc no seu blog! E, tipo, se tiver um Santiago Trololó pra cada quinze fãs, é sinal que a gente tá agradando, não?
ResponderExcluirFátima, fiquei sabendo sim do terrível caso em Pernambuco. Que bom que ela foi operada. E que pena que demorou tanto! Pô, precisa esperar 4 meses pra uma menina de 9 anos que foi estuprada fazer um aborto?!
Helen, mas Rev. Industrial e Francesa são completamente diferentes. A Industrial não partiu de revolta contra nada. Aliás, quem deu o nome de Revolução pra isso? Os patrões que exploravam crianças?
Ah, Barbara, não dá pra falar uma coisa dessas de prender a Keira até ela engordar um pouco. Seria o mesmo que dizer que a Queen Latifah deveria ser presa e proibida de atuar até emagrecer. Claro, sei que vc tá falando figurativamente, mas ainda assim... Já li que a Keira é "naturalmente" magra. É o biotipo dela. E tá dentro do padrão de beleza. É uma pena que ela sirva de inspiraçao pras meninas do pro-ana, mas não é culpa dela, né?
ResponderExcluirÉ mesmo, Lauren? Vc achou o filme chato?! Eu achei super empolgante, com um ótimo ritmo, desses que não dá pra parar de ver. Vamos discordar em relação a mais filmes ainda....
Não demorou 4 meses pra ela conseguir o aborto. O abuso e a gravidez dela só foram descobertos recentemente. Nem passava pela cabeça da menina que ela estivesse grávida. No jornal disse que ela achava que a barriga tava crescendo por causa de verme.
ResponderExcluirMe metendo no comment alheio, eu acredito sim, é claro, que existam meninas naturalmente magras como a Keira. Mas também acredito que a própria Keira não seja uma delas. Tem alguma coisa naquelas medidas que me cheira a starvation. É claro que o biotipo dela é magro e, se comesse decentemente, não seria gorda. Mas também não teria aquele corpinho triste.
ResponderExcluirE o comment da Bárbara procede num ponto. A Queen Latifah aparece gorda e bela na cerimônia do Oscar, por exemplo, mas ninguém sai dali a fim de comer alopradamente para ficar como ela. Já quando a Li-Lo perde (mais) alguns quilos, todas correm para a academia e trocam o café da manhã pelo cigarro. Nesse ponto, acho que role models magrelos são perigosos, sim. Não dá pra trancar essa gente em casa, mas já passou da hora das atrizes se rebelarem em conjunto contra essa tirania hollywoodiana; se todas jogarem seus jeans size zero no lixo e abrirem a geladeira pelo menos duas vezes ao dia, logo não haverá mais esqueletos disponíveis para contratação.
Eu não deleto comments; os ataques chegam de outras frentes e são bem mais complicados do que trolls de blog (com esses eu convivo bem desde 2001). Se eu realmente fizer o tal blog, falarei sobre o assunto. E lá estarão também todos os meus fãs, pode deixar. :)
Lola, ver o filme pelo seus olhos o fez ficar bem melhor.
ResponderExcluirA magreza dela me incomodou por demais (adorei o comentário da Lolla - Será inteligência mal do nome? eheheh).
O filme mostra pouco porque ela é tão especial. Como ela conseguiu adquirir cultura, como ela conseguia influenciar as pessoas... tirando o comentário sobre a roupa (muito bom) e um outro apoio político... sobra pouco.
Todas as críticas que li sobre este filme me afastaram dele... Mas agora, com a sua, sou obrigada a assistir. Preciso tirar minhas conclusões.
ResponderExcluirÓtima resenha.
A Keira manda bem, mas me dá preguiça de só ve-la em papéis de época. Por que? Por que?
ResponderExcluirA propósito, a Georgiana dá de 10 a 0 na parenta Diana. O que a Diana fez de importante? Não lembro. A Georgiana viveu em um momento bem mais difícil e teve muito mais peito pra encarar a nobrezaida chata.
ResponderExcluirBom, eu estava viajando e so vi as respostas ao meu comentario agora... Lola-com-um-L, acho que a resposta da Lola-com-2-Ls explicou o que eu queria dizer. Prender a garota em casa foi so um exagero para deixar a coisa mais dramatica.
ResponderExcluirMas na boa, se ela eh naturalmente magra assim (o que eu duvido), ela deveria ir ao medico correndo, porque parecer um esqueleto nao eh saudavel.
Acho que essas meninas sao role models, e nao gosto de encherem a bola dela. A Amy Winehouse, por exemplo, eh uma louca, e toda vez que escrevem sobre ela tem um juizo de valor sobre as bebedeiras e uso de drogas, as roupas sujas. Sempre tem alguem dizendo que ela vai morrer em breve.
Mas com a Keira nada... Mostram ela como se ela fosse bonita e saudavel (o que deve deixar algumas meninas loucas de vontade de ficar iguais). Por que tratar cada uma delas de uma forma diferente, considerando que nenhuma das duas eh um role model (no sentido de "exemplo que eu gostaria para a minha filha")?
Anos depois, estou comentando nesse post... Fui levada pela eterna Jane Austen (já escreveu sobre ela Lola?) a ver esse filme... Explico-me! Assisti Orgulho e Preconceito depois de ler o livro, gostei da atuação da Keira e fui conferir os trabalhos dela... Me deparei a duquesa... e adorei!
ResponderExcluirAlguém tem alguma indicação de filmes de época, assim como "A duquesa" ? Procurei em muitos sites, mas são poucos que dão as relações,e quando dão, não é completo.
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